Arcadismo

Lira I
Eu, Marlia, no sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expresses grosseiro, dos frios gelos e dos sis queimado. Tenho prprio casal e nele assisto; d-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas ls, de que me visto. Graas, Marlia bela. graas minha Estrela!
Toms Antnio Gonzaga

A poesia rcade caracteriza-se por cantar a vida no campo Sua linguagem busca ser simples, para contrastar com o Barroco. A tendncia europeia tambm era exaltar as belezas da ptria.

Profa. Miran Bertanha

Arcadismo

No Brasil, a tendncia rcade chegou em meio consolidao do Barroco nas Artes Plsticas; Sua principal produo foi em Minas Gerais Muitos de seus poetas participaram da Inconfidncia Mineira

Para cantar de amor tenros cuidados, Tomo entre vs, montes, o instrumento; Ouvi pois o meu fnebre lamento; Se , que de compaixo sois animados: J vs vistes, que aos ecos magoados Do trcio Orfeu parava o mesmo vento; Da lira de Anfio ao doce acento Se viram os rochedos abalados. Bem sei, que de outros gnios o Destino, Para cingir de Apolo a verde rama, Lhes influiu na lira estro divino: O canto, pois, que a minha voz derrama, Porque ao menos o entoa um peregrino, Se faz digno entre vs tambm de fama.

Profa. Miran Bertanha

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O uraguai
CANTO PRIMEIRO

A idealizao da mulher amada; A retomada dos mitos; A aventura pica, so caractersticas da produo rcade. No Brasil, o poema pico O uraguai de Baslio da Gama marca a poca A produo brasileira foi por diversas vezes acusada de plgio pelos portugueses.

Pasto de corvos. Dura inda nos vales O rouco som da irada artilheria. MUSA, honremos o Heri que o povo rude Subjugou do Uraguai, e no seu sangue Dos decretos reais lavou a afronta. Ai tanto custas, ambio de imprio! E Vs, por quem o Maranho pendura

O espao azul, onde no chega o raio. J dos olhos o vu tinha rasgado A enganada Madri, e ao Novo Mundo

Profa. Miran Bertanha