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Minorias, Preconceito e Discriminao.

A histria do Brasil est repleta de exemplos de grupos que foram escravizados, desprezados, renegados, isolados, explorados, ridicularizados e, como tais, tornados mais fceis de serem controlados e dominados. O preconceito e a discriminao em relao as minorias fazem com que estas se sintam inferiores e lhes d a sensao de que so anormais, incapazes, suprfluas e deslocadas. A atual Constituio (1988) probe qualquer tipo de discriminao contra as pessoas com base em raa, etnia, religio, sexo ou quaisquer outros fatores que as tornem diferentes. Alm das protees que so oferecidas s minorias pela nova Constituio, existem no Brasil grupos que esto preocupados em proteger o direito de ser diferente sem sofrer preconceito. Impende esclarecer que mesmo antes da nova Constituio ser elaborada, o Brasil j tinha algum tipo de legislao que protegia as pessoas contra a discriminao. Vale citar a Lei n. 2.899 (1956), especificando o crime de genocdio; Lei n. 6.001 (1973), especificando os crimes contra os ndios; Lei n. 1.390 (1951), identificando o crime de preconceito contra minorias raciais e religiosas; Lei n. 7.437 (1985), que estende a Lei n. 1.390 para cobrir preconceito contra sexo e contra status marital. No obstante, importa esclarecer que certas minorias, tais como a dos dependentes de drogas e a dos homossexuais, assim como a das vtimas de AIDS, so consideradas pessoas das quais a sociedade precisa manter distncia. S recentemente que a dependncia de drogas tem sido considerada como doena, similar dependncia do fumo, mas a discriminao contra o vcio das drogas muito mais forte e os viciados em drogas no so aceitos pela sociedade da forma em que so aceitas as pessoas que fumam ou que tm problemas com o alcoolismo e desta forma os dependentes de drogas tm que criar uma vida social dentro de grupos desviantes que em ltima anlise ir reforar ainda mais a sua necessidade de drogas.

No entanto, hoje em dia, mesmo as minorias em desvantagem esto esclarecidas sobre seus direitos de cidadania. Elas falam de seus direitos e esto cada vez mais decididas a no aceitarem menos do que merecem.

PEDRO LUCIANO EVANGELISTA FERREIRA Advogado e professor de Criminologia e Direito Penal da Escola da Magistratura e Curso Prof. Luiz Carlos. Mestre em Criminologia e Direito Penal pela UCAM/RJ.

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