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4. CONSERVANDO AS FRONTEIRAS Ctiente, amor prt desssdssertages eta pss Seaclnt ou inconscenenente, a dstingf central entre ‘rem animae Femament o comporameno de todo. 0 gue sc, peep, clo es moray ens eats de Manag gue Miedo thamava vo animal sevagem dentro de Mi Colny afrmow Richard Bester, “aguele que aprenden Fes oem que pono um ore eftvamente dere de om Teil, Tago um alee tao slid para uma exitnci ‘anus que todas rao do mundo amas ser eapaz de der veer, de um hme mio inka mene pura ia liver ‘Chanel naa mais aiferencava do animal. O angio eta jon Fletcher explcow gue regeneraiosigifcwa ka exude matrera a0 de grag: “Ele eau hones Nie foreato que osmbolo do Anceito fsse 9 Bess MWe Diabo contumasse yr setatalo como combina de Mane ana sno pss vn gs pene eva icho: cio, gato ou rato; um memorialista relatava 0 sae um heme Srrastado pat a Sua po un ser ina devour” oe : side relma amin inka eo oti ‘ica soit como Bali onde se ens deans tetpe umn opersgoasgoroa que € melhor eta rane Tee eB fl wm poueo sno so jatar, esreve o sce ‘Roads en Rusty em se rn capita) Sev conempor wePtner Goktanth coserava que "de tds ow ania Tee nin ue menos tempat coments ea da grandes diferngas entre n6se eign bros acecenta {i virwosarens comer ¢ um prer de genera oil que ningoém, ecto qu eth mito pera dos quadrdpees, dese o seo probngumeto™ (Gollanith feos comprecnivelnents choca co cs, secontemponee do rapa de Biol que provnh dea fa ruminant eq mints ap cas Teg, comogarea maicar indo ane outa ye, dlr ous da sua ino ost cs nln) Muito ames de Gaitamith, 0 manta que Frasno vest rida einfugnes diva no san) fr do homen frente aos animats mais do que face ae prion «Fistcne Nio etal os bon como um exo, avert ley do em (618, an dovcneir qe on lrinos dsearaanents fn se ni 3 mus es fle plo nari Iago €peprio das galas v dow ela test Novscenl vith Henry Fiekling nara sue cram “esses grands tines de noss mania ov metres de dang, ina wr que am a mesma preocupagivs las as fungi fiscas tinham assoeiagdes animais indesejsveis, alguns comentadores consideravam ser a moderagio do corpo, ainda mais que a ryzdio, o que distin- via os homens das bestas.” IL uma passagem instrutiva no didrio de Cotton Mather, clérigo da Nova Inglaterra, datada de 1700: {qua no mur. aviando a cisterna da naturezs, ajorrar uanto isso, aproximou-se um eo, que fer 0 mesmo, 4 minha frente. Penseé comigo: “Que criata- ras vis e banais sio os filhos dos homens, Como as nossas nnecessidades naturais nos degradam e nos situam (..) 10 ‘mesmo plano gue 0s préprios cies". ‘Os meus pensamentos prosseguiram: “Todavia, serei ‘uma criatura mais nobre;e no exato instante em que nvinhas necessidades naturais me rebaixarem & condigZ0 do animal, meu espitito deve (cepito: 0 mesmo instante!) elevar-se € pairar acima dele (.1" ‘Consequentemiente, esolvi que seria minha prética co ‘mum, quanclo quer que ew desse um passo para saciar essa ‘ou aquela necessidade da natureza, fazer disso uma oporeu~ nidade para formar em minha mente algum pensamento puro, aobre e divine (1 Passou, assim, a ser sua firme resolugio, em I7LL, usar a opor= tunidade das evacuagbes naturais difrias para ter alguns pensamentos piedosos sobre 0 ponto em que ew poss diferir dos seres brutos (0 que, nos atos priticos, fag muito pouco)." Nem todos atingiam um nivel to peculiar de autocons= ancia, Mas a maioria das pessoas era ensinada a enarar seus a exigir controle, O contrario significaris “brutal Tun fem particular, era sindnimo de eondigio animal, pois as cana tagdes sextais de rermos como “bruro”,“bestial” e“animalesco" cram entao muito mais fortes do que hoje.” A luxtiria, afirmava ‘umn moralista do séeulo x0, fazia os homens “pareceremse [| ‘com prrcos, cabras, cies e 38 mais selvagens hestas do mundo” Nos bestiérios ¢ nos livros de emblemas, uma poreentagem rotavelmente elevada dos animais que apareceim representa lascivia om a infidelidade sexual. Para Geran! Winstanley, a Tiberdade sexual era *a liberdade de bestas devassas e despro= vidas de razao". Para Jeremy Collier, a moral desregrada do, impulsos fisicas como impolsos “anim *animalesco" a cendvio da Restauragio® rompera “as distingBes entre homem, € bicho. Cabras ¢ macacos, se pudessem falar, expressariam, sua brutalidade nessa mesma linguagem”. O impulso sextal no. Ihomem era comumente concebide como vindo de baixo para ‘Onde quer que olhen sna Inglaterra do inicio do perfodo moderno, encontramos ansiedad, latente ou explicta, quanto, ‘qualquer forma ce comportamento ameagando transgredir os, limites entre © homem e a eriagio animal. A higiene ss necessiria, eonforme afirmaria John Stuart Mill, por~ gue a sua fala, “mais do que qualquer outra coisa, torna © ho- ‘mem bestial™* A nudez. era bestial, pois as roupas, como 0 ato, de cozinhar, constitufam um atributo humano exclusive." Era bestal ques homem tivesse o cabelo indevidamente longo: “Os, bichos sio mais peludos que o homem”, escrevia Bacon, “e 0s hhomens selvayens mais que os civilizados™” Era bestial traba thar noite, pela mesma razao que a invasio norurna de domi iio era um erime pine que o roubo i hz do dia; a noite, como, cexplicava sir Edward Coke, era “o momento em que 0 homem deve descansar, e em que os bichos vagam busca de sua presa”" Até mesmo nadar era bestial, pois, além de ser aos ‘olhos cle muitos puritanos uma forma perigoss de semissuici- dio, representava um mécodo nie humano de locomogsio. Co. ‘mo observont um ceélogo de Cambridge em 1600: os homens, anda os pssaros voam somente peixes madam.” Um comen- tador cheyava mesmo a pensar que o motivo pelo qual alguns peles-vermelhas pintavam seus dentes de preto era porque su- punham “essenci Dratos em todos os aspeetos e, portante para os homens distinguir-se dos seres ‘nea snesmo os dentes ea mesa eor"." ‘Mesmo 0 fato de fingir ser um animal para fins de ritual ‘ou diversio era inaceitivel. William Prynne declarava que era + Ascenso m paer de Carl 1 (1600-648), pica more de Cron reve perm de a iho Raed. (N.'1) su imoral vestir-se como bicho no paleo porque isso signifieava obliterar a gloriosa imagem do homnem. Muitos moralistas par- tilhavam sta objeso aos disfarces animais;além disso, no inicio do século XVI, 0 cavalo de vime parece ter praticamente des parecido da morris dance.* Outeas formas de se vestir como ani ral tambéin se tornazam incomuns, até serem revivids folcloristas no periodo moderno. Ao mesmo tempo, as histrias tradicionais sobre a metamorfose de seres humnanos em bichos crim condenadas ow como fantasias poéticas ou como fieges diabolicas," Uma das razdes pelas quais 0s péssaros monstruo- sos causavam tamanho horror era que eles ameagavam a solide da linha divis6ria entre homens ¢ anima Tamhém se desaprovavam relagdes de proximidate com fos animais. Quando, em 1667, 6 de. Edmund King plangjow 4 transfusio do sangue de uma avelha para as veias de um to foi loge sustado, devido a “certas cconsideragies de natureza moral"; no séeulo XIX, um dos prin cipais argumentos contra a vacinacio seria que a inoculagio dle fluidos provenientes de vacas resultaria na “animalizagio” dle seres humanos.” Dessa mancira, a bestialidade era consi derada 0 pior dos crimes sexuais porque, como explicava um moralista da época Scuar, “transforma 0 homem no priprio bicho, tornando-o um exemplar da criagio bruta”.” O peva tio era oda confusto;” sendo imoral misturar as eateyorias.*** As injunges eontra a “sodomia com anitiais” eram comuns na literatura moral do século Xvi, embora ocasionalmente © topico fosse omitido, “sendo 0 fato: mais sSrdido que sua omen, 0 experi + Amiga cana fires nls malas pests area famosa a1) anu refers ala piso dated Bae ata na Goode {ot 194 "Vins pty degiose pba ay seas igual unfit, qu tev se mene une aout (NE) “SF revelalor dorm pla qual seis wa questo se rweifaram que um eset tal cosine» pi egal da bestia the cone “insets Ty Manor, Sex (979, 7 dscrigéo"." A hestialidade passou a ser crime capital em 1534 , com um breve intervalo, assim permancces até 1861. O incesto, em contrapartida, no foi crime punido nos tribunals seculares, até 0 século xx. 'Na Inglaterra do inicio da épocs moderna, até os animais de estimagio despertavarn suspeita moral, especialmente se audmitidos 3 mesa v mais bem alimentados que os serves. Feria as norinas dle civilidade trazer cles 3 mesa, decretava Erasmo, “O emprego excessivamente familiar de toda eriatura bruta deve ser abominado’, dizia um moralista em 1633." O animal de estimagio no convencional — ur sapo, um inseto ext um dosinha — podia ser identfieado como tntimo de feiticei ris, a0 passo que, para as damas, acariciar um mica no colo, cera, come determinos Helkiah Crooke em 1631, “algo muito perverse € no humane”. O homem de f€ recondava a hist, da devota clisabetana Katherine Stubbes, que, de seu leito de ‘morte, avistou sua eadelinha predileta Talver ola preferise no t€-la visto, mas taeoua dali © chamou © marido, dizendo-Ihe: “Bom exposo, eu © vo fofenxlemos a Deus gravemente a0 receher tantas vezes essa ceadela em nosso leit; nde terkamos mostrada disposigio para receber uma ala eris -la em nosso colo ¢ dae-Ihe comida 8 nossa mesa como © fizemos com esta virs-lata imunda por tanto eempo. O Senor deu-nos graga de nos arrependermos” [.. e desde pode mais tolerar a presenga do anizal.” -| em nosso quarto, aimen- Foi durante esses séculos que a maior parte dos agricultores ‘terminou colocando os animais para fora de suas casas (Os sentimentos para com os animais, dizem os antropé- logos, em geral sio projegio de atitudes diante do homem.” Na Inglaterra do principio da cra moderna, o valor oficial Papas humans. No encornar aanttxe de tudo 0 que era ‘alone walrizadoy idea que se inba dos seres brutos Gctabeleidos quanto ac noges igosinente absurd entio Sstentada a tespeito ds festiceias om dos papstas.O sen hhomens que conviviam com maior nimero de bichos, selva tens ou domésticos, do que os nossos contemporineos. A triagio bruta proporcionavs o ponto de referéncia mais aces sivel para o continuo process de autodefinigio humans. Sem serem iguais ao homem, nem completamente diferentes ‘os animais ofereciam ums reserva quase inesgotavel de signi Fieados simbdlicos. No entanto, nao havia muita justificagdo objetiva para 0 modo pelo qual os animais eram percebidos. “Bébado como ‘uma eabra diziao provérbio. Mas quem jamais viu uma eabra ‘babada?" © homem atribuia aos animais os impulsos da natu: zeza que mais temia em si mesmo —a ferocitade, a gala, a sexualidade — apesar de ser o homem, e no os animais, quem iguerreava com sta propria espécie, comia mais do que devia © tra sexualmente ativo durante todo o ano. Foi enquanto un comentirio impliito sobre a natureza banana que se dlineou. fo conecito dle “animalidade”, Como observaria 8. T: Coleridge, thamar os vieios humanos de “bestiis” era difamar os seres brutes.” * Bm ings dea cag Ci commen cachor (Ne) 5, SERBS IIUMANOS INFERIORES Ao tragar uma sétid Tina diviséria entre 0 hom animais,o principal propdsito dos pensadores do inieio do pe- rode moderno era justificar acaga, a doamesticagao, o habito de comer came, a vivisseegio (que se tornara pritica cienifica corrente, em fins do séeulo XVU) e a exterminio sistemético de animais nocivos ou predadores. Mas ess insisténcia tlo grande em distinguir 0 humano lo animal também teve consequéncias {importantes para as relagies entre os homens. Com efeito, sea esséncia da humanidade era definida como consistindo em al- quma qualidade especifiea, seguia-se entio que qualquer ho- ‘mem que no demonstrasse tal qualidade seria sub-humano ou semianimal. “Fim todo mundo natural snentalmente elabora- do, escreve um antropalogo moderne, “o contraste entre ho- ‘mem e nie homem forneee una abslogia para o contraste entre ‘omembro da socivdade humana e 0 estranho a ela.” F frequen: te, diz outro, que tribos se reservem o titulo arrogante de “ho. mem", referindo-se a outros povos como “macucos™? [No inicio da era moderna havia na Inglaterra grupos exclu- sivos, como a Familia do Amor, de quem se dizia no perioda elisabetano que “qualquer um que nio pertenga & sua seita é visto por eles como um animal sem alima”.’ Mas igual atitude de exclasio do outro se notava, em escala ainda maior, fice 20s ppovos “primitivos” que nzo dispunham de atributos como os {gue também faltavam aos animais: tecnologia, linguagem inte ligivel,religiao crit. Muitos, dentre os primeicos exploradores, cconcordariamn com Gibbon que “o ser hummano bruto, sem artes ce sem lei, [1 msl pode ser distinguido do restante da eriag0 snimal","eulcura era tio necessiria ao homem como 3 domes- sieagio as plantas ¢ aos animais. Robert Gray declarava, em 1609, que “a maior parte” do globo era “possuida einjustamence vusurpada por animais selvagens {..] 00 por selvagens brutais, que, em razio de sua impia ignorancia e blasfema idolatria, 0 ainda piores que 0s animais”. O conde de Clarendon concorla- va: “a maior parte do mundo é ainda habitada por houtens tio selvagens como as feras que com eles convivem”, “Suas pakavras soam mais parecidas as dos chimpanzés que as dos homens”, relatava sir Thomas Herbert, a respeito dos habitantes do Cabo da Boa Esperanga; “duvido que 2 maioria deles tenha ante- passados melhores que macacos”, “Os hotentotes’, dia um clérigo da época de Jaime 1, eram “bestas em pele de homem”, sua fala, “um rutdo inarticukdo em vez. de uma linguagem, como o cacarejar das galinhas ou o engrolar dos perus.” ‘Trata- “se de “animais imundos", disse um viajante, que “dificilmente smerecem o nome de eriatirasracionais", Os sécalos XVI € XVI ‘ouviram muitos discursos sobre a natureza animal dos negros, sobre sua sexualidade animalesea e sua natureza brutal: ‘De modo geral, 0s indios americanos nig eran vistos dessa forma, mas, 3s vetes, também eram deseritos em Tinguagem semelhante, Frobisher os imaginava morando em eavernas ¢ tagando suas pres “como 0 faze 0 urs arom ania selvagens” Robert Johnson os via a vaya “para cima e para tnsixo em bandos, como manadas de cervos eit florest No Virginia, foram observados “arrastando-se de quatro [el con uso ss casas eram desrias como “covs ou pocilgas” © eles proprios como “mais brotais que a8 estas que cago Em 168, Edmund Hickeringll, um eleigo ingles que estivera nas lindas Ocientas, flava desdenhosamente dos “pobres € 56 tolos indios nus” como estando “apenas a um passo (Ge tanto) dos macicos”: Muitos viam os irlandeses 3 mesma luz. Viviam “como bi hos”, afirmara o elsabetano Barnaby Rich; “em condigoes bra- tis e derestiveis" dizin sir William Petty. C bbebiam sangue quente le vacas” Anaturera ani npo antes das earicaturas vitorianas que ‘0 desereviam com feigdes simiescas. Na década de 1650, um e2- pitdono regimento co yeneral Treton contou de que modo, quan do uma guarnicio irlandesa foi destrogada em Cashel, no ano de 1647, 08 vencedores eneontraram entre 0s mortos “vétios que ti rnham caudas de quase vinte centimetres’ e, quando se duvidow de histria, quarentasoldados apeesentaram-se para testemunhar, sob jaramento, que as tinham visto pessoalmente Flavia outros animais mais perto de casa. “O que € um ‘bebe, perguntava um autor jacobiano, “Seno uma besta rode ra forma ce homer? Fo que & um javem sendo (por assim, dizer) um burrico selvagem sem modlos sem freios?” As erian- ‘cas pequenas mio tinham o conteule de suas agbes e a lingua- gem da inficia “no era nem um pouco melhor que os sons produzidos pelos bichos mais sagazes quando se comunicam, ‘ans com os outros"* Os jovens, ainda ineapazes de controlar suas paixdes, eram apenas um pouco melhores. Comportavam= se “como asnos selvagens € novilhos bravios", dizia George Fox; como potros, na opinio de Gerrard Winstanley.” “Também as mulheres estavam perto do estado animal. Durante virios séculos os te6logos tinham discutido, em parte frivola, em parte seriamente, se 0 sexo ferinino tinhe alma ‘x no, debate que acompankava de perto a polémiea sobre os animais e que, as veres, produria ecos no nivel popular. Em Witley in Surrey, em 1570, um certo Nicholas Woodie teria ‘Term que ser wad para dsignaro tempo do Jame (Que goer sou entre 108 1625). Part wreinad precedent, ode Isabel entre 1858 1600), wsaremeo terete, hoe ea atl x pores do ge # forme vernal aio, (N.T. € R.J- RD 7 afirmado que as mulheres nfo tinbam alma; em Earls Calne Essex, em 1588, 0 préiprio ministro disse 0 mesmo; ena diocese de Peterborough, em 1614, sonhe-se de um individuo espiritwos0, {que “sustentava aberta e obstinadamente que as mulheres ni tinham alma, exceto a [soles de seus sapatos"* O quaere George esustentava que as mulhe~ Fox encontrou win grupo ce pessoas res “no tinham mais alma que os an oes davam mnuita énfase aos aspectos animais lo parte, Bra comm referit-se a uma mulher grivida como “)procriando, tum elérigo do periodo anterior 2. Guerra Civil eomparava, no palpito, as mulheres as poreas. Certos puritanos inimigos «los rituais realizads apd 0 naseiment inudo-se 3 mie como uma porea seguida pelos bacorinhos os" Os ginecologgisas da as vores fam o mesmo, A visto pola classes superiores come uma 1 s€eulo XVI «ate de amnamentar os be dade deyracarne, 2 ser evitaa quando possvel, eonfiando-se os recéienaseides aos cellos de amas delete, Jane Austen alinhavaese muna hang travigda ao deserever as pessoas de seu sexo como “pobres an ‘mais consuinidos por partos todos os anos. Anda mais bestia eram os pobres — sido, esquilidos em suas condigoes de existencia e, mais impor- tante, ado tendo os elementos que se supunha caracterizarem o ser hnumano: alfabetizagio, céleulo numérico, boas manciras © apurado senso de tempo, Os intelectuais desde muito eostum ‘encarar as pessoas tio letradas como sub-humanss" No “Os re no THst0", inicio dos tempos moclernos essa avituele persis dla vista ralé que parece porta os sinais do ho cexplicava si Thomas Pope Blount, em 1698, sores rules io passamy de sett entendimento J & por metifora que os melhor das hipeteses nad m ‘que os ausdmatos de Descartes, molduras e sombras de homens, "tis irae om dann sn na & a Go) mcs ni. (NT) ‘Nv ii burg crooning ares cram ech eran gree cm ese, hong eae (NT) {que tém to somente a aparéncia para justficar seus diveitos a racionalidade,” Para outros observadores, os pobres eram “a parcela mais vil e grosscira da humanidade”; suas ocupagBes, ‘tam “hestisis"e “labutavam como seus cavalos®." Na sua zes- posta aos reheldes do Lincolnshire, em 1536, o rei Henrique ‘Vn descrevew aquela comunidaule como “uma das mais rudes € animalescas de toda o reine”, No Pembrokeshire efisahetano George Owen observava rapsres pastoreando rehanhos, forte- mente qusimados de sol, “suas peles gretades como as de elefan- tes", Os aldebes de Tottington, Lancashire, eram “meros seres brrucos, segundo o beneficiaga local, em 1696. Nos charcos do Essex, cnn 1700, havia "gente de indole Ho abjetae sérdida que quase parecem ter suportada a sina de Nabueodonosor, © de tanto Gonversarci com as estas terem aprendido as manciras delay” Fim Madeley, Shropshire, o vigévio, John Fletcher, refle- sole a condo das harqucitos sia em 17 reso is sas cords come eavalos a seus tirantes, em que pono eles diferum dos seres rudes ¢ laboriosos? Nao na posture les se curva para a frente, adiantande a cabeca, suas mos apoiadas a0 solo, Se & que hi diferenga, ela consiste nisto: ‘cavalo sio fivorecidos com um arreio para poupar o seu lors, jf aqueles, coma se © seu no valesse ser poupado, lo carp, poisy na intensidade de seu esforgo, pixar sem qualquer ausitio; os anin iis mourejam em pacientesiléncio e em mitua hnrmonta eiteal; jos homens, ‘em barulhentasdisputas ¢ horriveis imprecacies.” (Os mais bestins le tonlos eran os que se situavam nas mar- na: os lowes, que pareciam possuidos por bichos selvagens; os vagabundos, que ndo segaiam nenhu- ‘ma vocagio,* mas viviam, no dizer do puritano William Per- gens da sociedade hum * ns ling: ttm stl ds restantin inglés, puritan mas ro soment. Sera chan qe Devs far els hos, Sai oe 9 kins, “uma vida de bichos”” Ji se disse, corretamente, que @ imagem da animalidade pairava sobre o hospicio.* Imagem se- rmelhante perpassa as acusagies da época contra os vadios, que nfo se “associavam em familias, mas se juntavam como ani- mais”, Os mendigos tambéin eram como os brutos, pois gast- vam todo 0 seu tempo procurando comida.” ‘Uima ver perecebidas como bestas, as pessoas exam pass dle serem tratadas como tais, A ética da dominagio humana removia os animais da esfera de preocupagio do homem. Mas também legitimava os maus-tratos Aqueles que supostamente viviam uma condigio animal. Nas col6nias, a escravido, com. seus mercados, as marcas feitasa ferro em brasa e 0 trabalho de sol sol, consttuia uma das formas de tratar os homens vistos como bestia. Segundo o relaeo de um viajante inglés, os por ttugueses marcavam os eseravos “como fzemess com as ovelhas, 4 ferro quente” © no mereado de eseravos de Constantinopla, ynes Moryson vitt os compradares levarem as pecas para dn= ‘to para exannins-las sem roupa, oeando-as “como apalpamo bichos, a fim de eonferir se eram gordos ou fortes”" Davam-se ‘aos escravos, com frequéneia, nomes tipieos de cies ¢ eavales.” ‘Um ourives Jondrino do séeulo xvmt annciava “eadeados de prata para pretos ou eachorros"; 0s anvineios ingleses de negros fuygidos mostram que amide eles traziam argolas em torno do pescogo.” Os historiadores consideram atualmente que a es- cravidio negra preceden as afirmagies da condigdo semianimal dos negros, AS tearias mais desenvolvidas le inferioridade racial vieram depois." Eneretanto, é dificil erer que o sistema jamais tives sido tolerado se aos negros fossem atribuidos tragos to- necessirio dos mans-trates ‘Dentri da pais, a domesticagio des animnaisformecia virias dda téenieas para enfrentar a delinguéneia:freios para mulheres ente humans. A sua desumanizagio foi um pre-requisite Foo deve tra vis Helens 58 eg, Por, em nl ase ees, e 8c eres camdcad 0 nero. (N.C) "Ver 925 o raugentas; clas, coreentes ¢ palha para os locos; cabrestos puva.as mulheres vendida em leila no mereado, nm rit in formal porém amplamente acito de dvércio” A edvcacio dos inves era mute vezes comparada a0 aransarsento de cavalo, {no fo! por acidente que o surgimente, nos culos ve XVM, cle métodos mais humanos de domareivaloseoinctiia com sma reagio contra 0 wso de poniges cas no eiengio™ Acioa de cudo, a gente comum era constantemente des- «rita como composta de animais, que precisavam ser contro- Jados 8 forga para no explodirem e se tornarem perigosos. A. smlhor maneira de lidar com eles, afirmou ‘Timothy Nourse. em 1700, seri prthes freio & fazé-los sentivem as exporas, sempre {que comecem con seus trugues © patadas. O dito de am fidalgo ingles vinhss mui a propesite, que tees coisas lever «estar txlo-o tempo sob controle: um eo mastimy, um cavalo de bolas fie. un garano] ¢ um homens ristiens © eu real- mente veo 0 nistico resmungio e intrativel como, dos trés, ‘omais desventurado.” Essa aitude no chegava a ser a forma tipica pela qual todos ‘0s membros das classes abastadas encaravam os seus inferio- res, mas também no era excepeional. FE. uma earta reeém- -descoberta do gentil Charles Lan mente escrita numa fase de inquietagio rura Jembrar-nos 0 quanto ela sobrevive if" sem data, mas eerta- serve para ‘Oshons tempos se foram da Inglate passaram a especular sobre sua condi ede que os pobres ‘Outrora eles se “Ch pps ita, conte, pt ren ings (178-183 (NT) ‘m+ Posies com (822. CI, Jobn Cantar swrrpondone. R. B Beckton Sofa: Recon Sc, WM), p88 Cours uaa mie ses visto do ncn" arrastavam aos trancos, de modo to inrefletido como 08 ‘avalos. Assobiando, 6 lavrador seguia lado a lado com seu irmio que relinchava. Hoje o bipede carrega uma eaixa de fésforos nos culotes de couro [.] ¢, 4 cada novo inetndio, meio condado se diverte.” Alguns antropélogos acred tnhos dle animais domésticos que dew origem a uma coneep- cio da vida politica como espago da intervengio ¢ da técnica hhumanas. Sociedades como as da Polin dla horticultura e do cultivo de gén 1m que foi o trato de reba nas quais se vivi os que requerem inter- vengio humana bastante limitada, parecem ter assumido uma vise poueu ambieiosa da fungio do governante, Acreditavam ‘a naturera deve ser deixada a seu eurso proprio, © que se pode confiar na eapacidade dos homens cuidarem de si pri= 1a. Mas a domesticagio los patos, sem reyras vindas de aninvais eriow ua atitude mais antoriearia.” Na Inglaterra {do inicio do periods modern, « dominio humane sabre as criaturas inferiores fornecew a analogia mental em que se hhasearam viios arranjos politicos e sociais. Além disso, os dois tipos de dominio reforgavam-se mutuamente. A “sobe: ania” que Deus concedeu a Adio sobre os animais, explicava ‘um comentador do periodo jacobiano, significava “preilo~ ‘minio © posse como tem 0 senhor sobre seus ervas”" Os homens gozavam de soberania sobre as criaturas inferiores,, ‘mas nem todos os homens, Come dizia um provérbio conhe- cid: “Os homens mais sibios viam eon bs servidore: vm grande mal que assem a cavalo”. ‘A domestieagio tornou-se, assim, padri arquetipico para foutras formas de subordinagio soci paternal, com © yovernante como bom pastor, ta como 0 bispo. ‘com seu rebanho, Animais déceis e fidis abedecendo a um. IO modelo isieo era * Conformeo tet ser pa edits coma rc femetendo psa mr neioaln rvideras mdern) (RJ) senkor atencioso consticulam um exemplo pars todos os subal- Suas faculdades menteis si [.] proporcionais a seu estado, de submissio fescrevia um observador em 1758] [.] eles ‘tém conhecimento alequado as suas respectivas esleras, e suficiente para o papel secundario que devem desempenhar [else tivessem um grau de saber mais elovado |. seria a5 pestes do género hamano; iriamn queixar-se e ressenti se [a] associae-se e se rebelar [.] nfo mais suporteriam, seu estado atual e necessério de subordinag30, que é muito mais feliz do que qualquer outzo que possamn ter Nio se trata le um politien do séeulo xvi opondo-s tama proposta de edcagio para os pobres, esim de um natur 1 Bolas) discutindo os snimaisinferiores. Como iver Goldsmith sobre a toupeira: “Um gran restrite die visio € suiciente para uma eriacura dh sevus, Una vist mais ampla somente serviria pars mostra The os horrores de sua pri essa maneira, «ideal do predominio humane repercutia io relacionamento dos homens entre si, no apenas no modo de tratarem @ mundo natural. Alyuns homens exam vistos come animals lites, a seren refreados, domesticados € tornados iiceis; outras eram daninhos e predadores, a serem eliminadlos. “Deixem que vista a eabeca de lobo”, dizia-se do fora da lei na século Xi, “Fles agem como lobos eh que rat clos cone tus", afiemava um clérigo em 1703 sobre os indios da Nova Inglaterra, justificando 0 fato de serem cagados como cles." Na Fsesicia jacabiana um chefe do eli Campbell oferecia pela cabesa ce um MacGregor uma recompensa equivalente & ‘le um loos na rlanda, na 6poea de Cromwell, 05 tories foram frequentemente comparados a lobos vorazes.* John Locke con- siderava que quando win agressor ignorava os ditames da raz0 humana automaticamente se tornava passfvel de ser elimsinado como una fera. Assim Fizeram cm 1687 os moradores da akleia de Great Horkesley, em Essex: confrontados com um certo ‘Samuel Warner, “a mais perigoso e sanguinzrio vilio do conda- do”, de quem se dizia ter morto um homem e assaltado outro, cles exigiram que as autoridades “o amarrassem, como se usava tratar das feras selvagens™"" Foi na mesma década que, sendo 0 quacre Edward Billing atacado por uma mutidio, “um granda- Ido” disse: “a perturbemos um magistrado com ele. Arran- quem-the 0 miolos [eles sio come edes em tempo de peste. [Deve ser exterminadas enquanto andam na rua, pata que nao ‘ngs infectem Fala si, portato os poemistas que trtaat de d- soimaninar seus oponentes com, por exemple, John Miko, Sher oo devots Nehemiah Walling, qu descreve 0s retinas com “tigre euros, pela erveldade[.) preosdo “rt ds dar sos pl ruc fa loom pela ganincis’” Do excolistico mesial seh Arto Mago, qu ease seus contador de Bis femar como fer a Karl Marg gue chamot Malus de "fubutoo, al linguagem fer pare ete, da ea de controvenis erudite evropeia”™ No infio da Kade Moderna Single, foi uma ara ruta da polemica religion e politics, thas por Thomas More, que chainou Wiliam ‘Tyaale de eneosaeftide de algunn serpent edorent on pelo ritanos, que denunciavam os elérigos ni pregadores co Sedes enulecides"” Os bispos, dizia 0 autor andnimo dos “Tratados le Marprelate, eram *poreos, cies, loos € raposas”. * Ui ds mse conto ene os patos 0s pests ets rains do que ees specalente anglican) cra 3 dees que os prison Feviam sen crs gue pane, Deveria sete apenas rar, coma ‘qerinn ow enc cos prteantes Mais conservidores er soo pipe ‘Mc progr eacleycer slay farer qu eat Bel pense, xa ase Trrementessvenlaesda fc a Forirse O para comes 6 cones tea de calico gate eatin. RJR) ‘As analogias animais eram igualmente visives na siira e of sas populares. Os que se opunham as ceriménias da Tgreja :nuitas vezes encenavam batismos ou funerais simulados de vacas, porcos, gatos, cies e cavalos.” As vezes, os defensores da Igrejaretaliavam na mesma moedas em 1643, um putritano re- sistrou triunfalmente nascimento de uma erianga-monstro, filha de pais papistas, como sendo um eastigo para a avé, que alguns anos antes, “por malignidade inveterada [..J © por es irnio diabélico” para com as famosas vitimas do arcebispo. LLavd batizara seus trés gatos com os nomes de “Bastwick”, “Burton” e “Prynne”, cortando-Ihes as orelhas “em enorme dlesdém por seus gloriosos sofrimentos"."" Xingar alguéim de animal ainda faz parte do discurso ki ‘mano, Mas isso perdeu a forea que teve numa época em que as bestas nde govavam de qualquer direito a consideragio moral Com efeito deserever um homem como um bicho era dizer que cle devia ser eratado como tal. A histria das persegigdies reli s0sas no inicio do periodo moderno torna absolutamente claro que, para aqueles que cometiam atos atrores e sanguinsios, desumanizar a vitima reclassfieando-a como animal era, rivi- ‘as vezes, uma preliminar mental indispensivel No entanto, quase todos os protestos em prol dos pobres| «© oprimidos, no comego da era moderna, estavam vazedos, em termos da mesina ideologia de dominacio humana que se ‘usava para justificar 9 opressio, A escravidio eta stacada por- {que confundia ay eategorias de homem ¢ animal" enquanto *Auligndde” & una asa mit pres, os puritans da dca da revlon (68080) taza 208 partion do ee. O aresbispo La ors ver i prin eonducer, a aos 180 da epresso a pari os — se sas tins foram Joba Bastwic, Henry Barton e Willa Prynne, que vara ssraiha spas cadils,a 80 dejo de 16 (O iis grave mio ets a png; mas sim que els ose inl por simples datz de expres, eaftaese um medico, mm telogo eur quer dre, representantes ds pisses imtlectuss pa xl, La foi condendo 3 ‘mort pelos evoluconiin, snl sou sear ode. Pry, © capita com IS na Torre de Landes (RJR) se denunciva a tania poten com o argumento de que er 5 iota sees bumanos somo se fssem anima Ea 159%, sree rou de Ononshie protestara ue 0» srw et tan endo reprints e preset ees’ Jomes Harrington TanUws pov a Hseocs primo porque vivia "em consi pcr melhor que o ga da bre ab pass ge cone tend Tallow a questo central darante a Gara Ci ‘Taninfl, “emo bests on pa fog. *0s homens ise sear momar em 16% nao so cn ovelhasob ever supa ano em que ada da expe pre com seuss reiindicarsuprirsad enn sore espace nf sews da gran diferncsextente entre lA ado Tiara ome dearva Join Tack, fg cP apenas pao erste” : ‘Também as pessoas comuns sempre foram extremamente sernvc quilt eoparis posse com os anima Ses Fern umn prime sage de Buckingham iin vee sor ex's en i, orga eg Frade de le “emer riaturas sts semelhes pea Fr tig Je best eno tess vtoanosdenunch ‘etm utna sprue birbara” 0 costume dey nas fis de eno death, “homens emuberes aren cm tes cae, pues ingpeio"- Os pais enam qe o ils mor eee et Eames ose conan era ann ce pio on 155% quando plsadaivos frances ecusian-se We aa a Casi scomo se fos win eer Por essa ravdo, boa parte do proteste popular durante & prion se expresson na reivindicaca de que todos deviam ser Mimitidos 4 compartithar aquele predominia sobre a eriagio inferior que Deus conceders & especie human, “Voda a terra, ts drvores, as animais, os peines e as aves", queiava-se 0 ator Tavlical de Light shining in Buckingbamsbire (Lvs que britha fom Buckinghamshire, 1648}, “esto confinados « umas poucas ine Medi, que resting ones reser eg ea aia as fe ques partido seu nba Timicado ‘diel de cass quem tnks wma determina posi sot (rN aq cpl Jame que o isco enka ster nes pte) "Os pores nbn qucriamo dive de i vena ptr Hes eva + propre ia ain i en 2 ah ts fers fener) aque foson nota ov anata eafrgriam por refit 1 renga das *pesous iorante para quem todo homem tina direito 2 alguma parte da toma sobre 4 atureraoutorgado por Deus a0 home, porém 0 comum do pov manteve-se it : laos Waits aguoraieio loo sabes sical ‘05 admoestont, ae lee Si ds et hana an ose Comm, pla pa eto te bas tases am oem da Sauces neues asim, retirouse, deixando-o fier No sceuho xv, « grande advgado Wiliam Blackstone con- Grmava qu es retase de caa *fundavantse tas mis mmesmas concepgiesinscitvels de propriedade permanente cbr satin seages® Nip hues Ho eo lr Tarts a 2 nts eee tr condenao erm 1722, [| pores, sm como oe o ddeviam poder usé-los”, Os animais silvestres, os paissaros € os peines eram um doin de Deus para todos os homens, “propric= ade de todos” ‘Portanto, a principal discussio no decorrer do periodo deu- -se entre aqueles que sustentavam que toda 2 humanidade tinha ‘Odorninio sobre as criaturase os que acreditavam que os direitos {do homem sobre as criaturas inferiores deviam ser eonfinados ‘rum grupo privilegiado. As divergencias sobre as leis de cag hig levaram a dividas sobre o dircito humano de cagar as aves s, pois as classes hainas estavam t3o comprometidas ‘com a ideia da dominagio humana quanto as outras eamadas ‘Afinal, até mesmo os trabalhadores agricolas mandavam nos tanimais damésticos, a quem podiam xingar e espanear quando fis coisas iatn mal Os animais dle eriagio eram uma espécie de Gasse inferior, que assegurava ao mais humilde protetsrio do ‘campo que ele nd estava na parte mais inferior da escala social, tint consolo que seu sucessor das indstras iia perder. Q boy tomo enstumavam dizer as gregos, era o escravo do pobre: © mesmo o mais misero latociro ambulance tinha um eo em seus ‘aleanhares no «ual desferir © pontapé que indicava sua supe Fioridade. As classes subalternas, refletia Mary Wollstonecraft tem 1792, tiranizavam os animais “para vingar os insultos que io obrigadas « suportar de seus superiores”." “Tadavin, a visio intransigentemente agressiva do Inyar do bomen no mundo natural, esbogads neste capitulo, nio era de firma alguina representativa de todas as opinides na Inglaterra do inicio das teinpos modernos. Nem todas as pessoas ache vam que © mando fora feito exelusivamente para 0 homem, + No acl ur, Sine, Figs ems sosits prope serum compet opera bn ene ani e eu dni te ‘Sho tte expt infrioves exploragn do hoe po ame sera ‘Rhee pt ealoragin sla nature plo ower. er Frank F. Manel ¢ Pre PMc, io br i ne aster word (Oso, 179, pp. S17. (658 220% Rar Mars Prich Fel Seed mons (Msn. 1950, at ais CSpéciesinferires nto garam de nenttom direto ou, aida ine as diferengas entre homem e animal eram intransponiveis, Pcemenarainires matt musranionnee tscnfoe « vergonin ane o ttmemo con tna ¢ Ge ee ee ambiguas. :

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