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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE


CURSO BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA

Ancilostomídeos
Cleverson Vitoretti
Jean C. de Figueiredo
Julie Anne Buch
Sthephany K. F. Sprenger

Profª. Silvana Krychak Furtado


Ancylostomidae é uma das mais importantes
famílias de Nematoda cujos estágios parasitários ocorrem
em mamíferos,inclusive em humanos, causando
ancilostomose. A ação dos parasitos, tanto por etiologia
primária como secundária, geralmente desencadeia um
processo patológico de curso crônico, mas que pode
resultar em consequências até fatais.
Dentre mais de 100 espécies de Ancylostomidae
descritas, apenas três são agentes etiológicos das
ancilosmoses humanas: Ancylostoma duodenale (Dubini,
1843),- Necator americanus (Stiles, 1902) e Ancylostoma
ceylanicum (Loss, 191 1). As duas primeiras espécies são
os principais ancilostomatídeos de humanos, enquanto A.
ceylanicum, embora possa ocorrer em hospedeiros
humanos, tem os canídeos e felídeos domésticos e silvestres
como hospedeiros definitivos.
VIAS DE TRANSMISSÃO OU INFECÇÃO
A infecção por A. duodenale se estabelece, em proporções semelhantes,
quando as L, penetram tanto por via oral como transcutânea, apesar de alguns
autores admitirem que a via oral é mais efetiva. Já o N. americanus assegura maior
infectividade, quando as larvas penetram por via transcutânea. A possibilidade de
L, ingeridas penetrarem na mucosa da boca, ou no epitélio da faringe e caem na
corrente sanguínea completando o ciclo, via pulmonar, devidamente comprovada
em N. americanus. A infecção por A. ceylanicum em indivíduos humanos (e
inclusive em animais) é bem mais efetiva quando as larvas penetram por via oral.
Vale a pena ressaltar que a auto-infecção endógena não ocorre por
Ancylostomidae e que as infecções pré-natal (intra-uterina) e transmamária
(através da ingestão de colostro ou leite) - verificadas em canídeos domésticos, por
A.caninum -, não ocorrem em humanos. Há citação de suspeita de infecção pré-
natal em humanos (dois casos), mas não foram devidamente confirmados, devendo
ser considerados ainda como especulações.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
– Grau de Infecção: carga parasitária, fase de infecção, localização, idade, etc;
FASE AGUDA: migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar com instalação dos
vermes adultos no Intestino Delgado
– Lesões cutâneas: lesões traumáticas e fenômenos vasculares
– Dermatite urticariforme: prurido, edema e eritema (carreamento de bactérias)
– Lesões Pulmonares: hemorragias petequiais, pneumonite difusa e síndrome de
Loeffer: febre, tosse produtiva e eosinofilia sanguínea.

FASE CRÔNICA: Sinais e sintomas: Primários – atividade dos parasitas


Secundários – anemia e hipoproteinemia
-Lesões da mucosa intestinal: dilaceração e maceração de fragmentos da mucosa
(formação de úlceras hemorrágicas); edemaciada com infiltração leucocitária (presença
de bactérias)
- Expoliação sanguínea: Hematofagismo (por cada verme):
*N. americanus = 0,01 a 0,04 ml/sangue/dia
* A.duodenale = 0,05 a 0,3 ml/sangue/dia
PATOGENIA E
SINTOMATOLOGIA
– Anemia (microcítica e hipocrômica),
leucocitose, eosinofilia, hemoglobina baixa
e hipotroteinemia.
– 0,1g de albumina ou 0,3ml de plasma é
ingerido por 100 N.americanus/dia
SINTOMATOLOGIA: Náuseas, vômitos,
flatulências, cólica, indigestão, diminuição
do apetite e geofagia, edema das pernas e
debilidade orgânica
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

PARASITOLÓGICO:
-Detecção de ovos na matéria fecal > exame de fezes
- Métodos > Stoll e Kato-Katz
- Métodos quantitativos > Willis, Hoffmann, Ricthie, etc

IMUNOLÓGICO:
Precipitação, hemaglutinação, difusão em gel, imunofluorescência e ELISA.

HEMOGRAMA COMPLETO
EPIDEMIOLOGIA

- Solo arenoargiloseo e permeável; temperaturas entre 25 e 30ºC, bastante matéria


orgânica, umidade acima de 90% são ideais; preferência por locais temperados e
tropicais.
- Falta de instalações sanitárias e o hábito de defecar no solo (peridomicílio) e
andar descalço
-Classicamente: > A. duodenale – Europa, África, Ásia ocidental, China e Japão

> N. americanus – África, sul da China e da Íncia, Américas.


-No Brasil > A. duodenale: 20 a 30%
> N. americanus: 70 a 80%
PROFILAXIA

- Tratamento em massa da poipulação


- Instalação de serviço de esgoto
- Educação sanitária, ambiental e cívica
TRATAMENTO

PARASITOLÓGICO:
- PARAMOATO DE PIRANTEL (Piranver e Cobantrin) > inibe a colinesterase
causando a paralisia do verme
- MEBENDAZOL (Pantelmin e Sirben) > age bloqueando a captação de glicose e
aminoácidos
- ALBENDAZOL (Zentel) > larvicida
* Suplemento alimentar > rico em proteínas e Ferro
* Anemia > sulfato ferroso
Larva Migrans
Cutânea
Larva Migrans Cutânea : também denominada de dermatite
serpiginosa e dermatite pruriginosa, apresenta distribuição
cosmopolita, porém ocorre com maior frequência nas regiões
tropicais e subtropicais.

Agentes Etiológicos: Ancilostoma braziliensis e Ancilostoma caninum (parasitas do


intestino delgado de cães e gatos)

Infecção no homem: as L3 desses ancilostomideos penetram ativamente na pele do


homem e migram através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então
morrem
Larva Migrans
Cutânea
Sintomas : As partes do corpo frequentemente atingidas são
os pés, pernas, nádegas, mãos e antebraçois e mais raramente
boca, lábios e palato.
No local da penetração das L3, aparece lesão eritemopapulosa
que evolui, assumindo um aspecto vesicular, produzem
intenso prurido.
Diagnóstico : Anamnese, sintomas e aspectos dermatológico
da lesão
Tratamento : Uso tópico > Cloretila e neve carbônica, que
mata a larva pelo frio
> Tiabendazol pomada (4x ao dia)
Larva Migrans
Profilaxia : Cutânea
Medidas isoladas, tomadas pelos proprietários de animais
domésticos.
 Tratamento dos animais de forma sistemática, com ou sem
exame parasitológico prévio.
 Impedir o acesso de animais aos tanques de areia de escolas
e parques
 Nas praias, procuras as áreas que são periodicamente
cobertas pelas cheias da maré.

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