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Meu caderno de anotações de neonatologia

Terminologia no Período Perinatal.

1. Notificação de todos os fetos pensando pelo menos 500g ou com 20-22 semanas
de gestação ou 25cm de comprimento.

2. Nascido Vivo é todo RN nascido com algum sinal de vida.

3. Óbito fetal é todo RN nascido sem sinais vitais.

4. Data Provável do parto, soma-se 7 ao ultimo dia da menstruação + 9 meses


(Naegelle)

5. Período neonatal nos primeiros 28 dias de vida.

6. Período neonatal precoce até 7 dias de vida e tardio de 7 a 27 dias de vida.

Classificação do RN.

1. Peso ao nascer

A) Excessivamente grande maior que 4500g.

B) Baixo Peso menor que 2500g.

C) Muito baixo peso menor que 1500g.

D) Extremo baixo peso menor que 1000g.

2. Idade Gestacional

A) Pós-termo acima de 42 semanas.

B) Termo 37-41 semanas.

C) Pré-termo de 28 a 36 semanas.

D) Imaturidade extrema menos que 28 semanas.


NEW BALLARD

EXAME NEUROLÓGICO

POSTURA – Com o RN em repouso, observar a atitude dos 4 membros.

O. Deflexão total dos 4 membros.

1. Flexão ligeira dos quadris e joelhos.

2. Flexão moderada ou acentuada dos membros inferiores e discreta flexão do antebraço.

3. Membros inferiores em flexão, quadris abduzidos, com membros superiores com alguma
flexão (posição de batráquio).

4. Os quatro membros apresentam flexão igual e forte.

ÂNGULO DE FLEXÃO DO PUNHO – Flexionar a mão sobre o punho, exercendo pressão


suficiente para obter o máximo de flexão possível. Medir o ângulo entre a iminência hipotenar e a
face anterior do antebraço.

RETRAÇÃO DO BRAÇO – Flexionar ao máximo o antebraço durante 5 segundos, em seguida


estender ao máximo através de tração das mãos, soltando em seguida observando o ângulo entre
o braço e antebraço.

ÂNGULO POPLÍTEO – Com o RN em decúbito dorsal e a pelve apoiada na superfície da mesa de


exame, a perna é flexionada por completo sobre a coxa com uma das mãos, e com a outra mão a
perna é estendida, observando-se o ângulo obtido.

SINAL DO XALE – Com o RN em decúbito dorsal, segurar umas das mãos e levá-la o máximo
possível em direção ao ombro do lado contralateral. Permite-se levantar o cotovelo sobre o corpo.
A contagem de pontos se faz segundo a localização do cotovelo.

Menos 1: cotovelo ultrapassa a linha axilar do lado oposto.

O: cotovelo atinge a linha a linha axilar anterior contralateral.

1: permanece entre a linha axilar contralateral e a linha média.


2: cotovelo na linha média do tórax.

3: cotovelo não chega à linha média do tórax.

MANOBRA DE CALCANHAR-ORELHA - Levar um dos pés ao máximo possível em direção à


cabeça, mantendo a pelve sobre a mesa. Atribua os pontos conforme a figura.

EXAME CLÍNICO

No item superfície plantar medir o comprimento dos pés, da extremidade do primeiro artelho
até a extremidade do calcanhar. Atribuir pontuação menos 1 quando a medida obtida estiver
entre 40 e 50 mm e pontuação menos 2 quando a medida encontrada for inferior a 40 mm.

No item olhos-orelhas avaliar o grau de dificuldade encontrado para a abertura forçada das
pálpebras. Frouxamente aderidas no caso de uma ou ambas poderem ser separadas com leve
tração. Fortemente aderidas quando ambas as pálpebras não são separadas por leve tração.
PONTUAÇÃO IDADE EM SEMANAS
-10 20 SEMANAS
-9 20 + 3 d
-8 20 + 6 d
-7 21 + 1 d
-6 21 + 4 d
-5 22 SEMANAS
-4 22 + 3 d
-3 22 + 6 d
-2 23 + 1 d
-1 23 + 4 d
0 24 SEMANAS
1 24 + 3 d
2 24 + 6 d
3 25 + 1 d
4 25 + 4 d
5 26 SEMANAS
6 26 + 3 d
7 26 + 6 d
8 27 + 1 d
9 27 + 4 d
10 28 SEMANAS
11 28 + 3 d
12 28 + 6 d
13 29 + 1 d
14 29 + 4 d
15 30 SEMANAS
16 30 + 3 d
17 30 + 6 d
18 31 + 1 d
19 31 + 4 d
20 32 SEMANAS
21 32 + 3 d
22 32 + 6 d
23 33 + 1 d
24 33 + 4 d
25 34 SEMANAS
26 34 + 3 d
27 34 + 6 d
28 35 + 1 d
29 35 + 4 d
30 36 SEMANAS
31 36 + 3 d
32 36 + 6 d

33 37 + 1 d
34 37 + 4 d
35 38 SEMANAS
36 38 + 3 d
37 38 + 6 d
38 39 + 1 d
39 39 + 4 d
40 40 SEMANAS
41 40 + 3 d
42 40 + 6 d
43 41 + 1 d
44 41 + 4 d
45 42 SEMANAS
46 42 + 3 d
47 42 + 6 d
48 43 + 1 d
49 43 + 4 d
50 44 SEMANAS

3. Peso/Idade Gestacional

A) Grande para idade gestacional (acima do percentil 90).

B) Apropriado para idade gestacional (entre percentis 10 e


90).

C) Pequeno para idade gestacional (abaixo do percentil


10).

4. Restrimento de Crescimento Intra-uterino, taxa de crescimento fetal menor que o


normal para a população. Pode ser simétrico (proporcional) ou assimétrico
(desproporcional).

Admissão na unidade neonatal

1. Calor para manter temperatura do RN em 36,1-37C.

2. Oxigênioterapia para manter saturação de O2 entre 85 e 94% e PaO2 entre 50 e


80 mmHg.
3. Manter PAM em prematuros extremos acima de 30 mmHg, alguns aceitam de 26-
28 se boa perfusão e FC estável. Pode haver hipotensão precoce devido a
vassoreatividade alterada que deve ser corrigida com expansão de volume com SF
0.9% 10-20 ml/kg, se persistir, usar dopamina, dobutamina e hidrocortisona.. Na
persistência do canal arterial sintomático e na ausência de cardiopatia canal-
dependente, usar indometacina ou ligadura cirúrgica.

4. Nutrição parenteral de início precoce em todos os prematuros abaixo de 1000g


caso não seja possível nutrição enteral nas primeiras 48-72 horas de vida. Priorizar
leite materno ou LHP + complemento, em segundo lugar a fórmula apropriada para
idade. A fórmula hidrolisada deve ter uso reservado para casos de intolerância ao leite
ou apos jejum prolongado. Prematuros que apresentaram asfixia perinatal, aguardar
48-72 horas para iniciar a dieta enteral, dependendo do estado clínico deve-se iniciar
nutrição parenteral acompanhada de nutrição trófica (enteral mínima, colostro com
aumento progressivo variando de 2-20 ml/kg/dia) o mais precoce possível. Ofertar uma
dieta enteral de 105-130 kcal/kg/dia para um crescimento do RN adequado.

Volume inicial e incrementos diários na dieta enteral para o RN.

Peso aoVolume inicialAumentos Intervalos Fase de


nascimento (ml/kg/dia) (ml/kg/dia) (horas) Manutenção
(gramas) (ml/vez)
< 800 10 10 1-2 10
801-1000 10-20 10-20 2-3 10-12.5
1001-1500 20 20 2-3 15-28
1501-2000 20-30 20-30 2-3 18-37.5
2001-2500 30-40 20-35 3 37.5-45
5. Distúrbios metabólicos de glicemia, cálcio e magnésio são freqüentes em pré-
termos e geralmente assintomáticos o que indica rastreamento rotineiro.

6. Presença de fatores de risco indica rastreamento com HMG, HMC, PCR, em alguns
tratamento empírico.

7. Fundo de olho para retinopatia da prematuridade, triagem auditiva, principalmente


se em uso de oxigenioterapia ou medicações ototóxicas.

8. Encefalopatia hipóxico-isquêmica , leucomalácia periventricular, hemorragias peri-


intraventriculares, mal formações no SN, solicitar USG transfontanela em todos os RNs
< 34 semanas ou peso abaixo de 1500g.

Requisitos básicos para alta hospitalar

1. Padrão consistente de ganho ponderal e capacidade de manutenção da


temperatura, sucção adequada, sem comprometimento cardiorrespiratório.

2. Maturação e estabilidade das funções cardiorrespiratórias.


3. Avaliação e correção, dos distúrbios metabólicos, hematológicosm nutricionais e
neurossensoriais (fundoscopia, teste audiométrico, ultra-sonografia).

4. Planejamento para os cuidados pós–alta. Identificação dos problemas não


resolvidos.

REANIMAÇÃO NEONATAL

1. Filme plástico poroso e transparente , envolver RN com menos de 1000g mesmo


sem secagem + touca e seguir com a reanimação.

2. Cianose central é indicativo de oxigênio suplementar. Saturação de 80-90% nas


primeiras horas de vida é fisiológica devido a transição da circulação. Tolerar mais a
cianose central em RNs que estabeleceram de maneira adequada a respiração,
freqüência cardíaca e tônus muscular na sala de parto.

3. Mecônio. Aspirar hipofaringe e traquéia com cânula traqueal com uma pressão
negativa de 100-150 mmHg, não exceder 3 a 5 segundos. Poderá ser repetido até
existir pouco mecônio ou até que a avaliação da freqüência cardíaca aponte para a
necessidade com pressão positiva.

4. Ventilação com Pressão Positiva se após 30 segundos dos passos iniciais o RN


ainda apresenta bradicardia ou apnéia ou cianose persistente mesmo após oxigênio
inalatório com O2 a 100%. Na primeira insuflação usar menor pressão e tempo
inspiratório maior.Considera-se falha se nos primeiros 30 segundos não houver
resposta. Usar sonda orogástrica para evitar regurgitação.

5. Intubar se ventilação com balão-máscara for ineficaz ou não houver expansão


torácica , necessitar de massagem cardíaca e / ou adrenalina ou existe hipótese de
hérnia diafragmática. Prematuros extremos com peso < 1000g e naqueles que
receberão surfactante exógeno profilático.

1. Cânula 2.5 (menor que 28 sem. ou <1000g).

2. Cânula 3 (28-34 sem ou peso de 1000-2000g)

3. Cânula 3.5 (34-38 sem e peso 2000g -3000g)

4. Cânula 4 (>38 sem e peso> 3000g)

5. Fixar em LS (peso + 6 = cm)

6. Massagem Cardíaca se persistir FC < 60 após 30 segundos de VPP. Relação 3/1.


Considera-se melhora se FC > 60, interrompendo-se a massagem cardíaca.

7. Adrenalina quando a massagem cardíaca não for eficaz, 0,1 a 0,3 ml/kg
(1/10.000) EV ou 1 a 3 ml (1/10000) VT, repetir em 5 minutos e considerar uso de
expansores se hipovolemia (SF ou Ringer Lactato 10 ml/kg EV em 5 -10 minutos). Se
não houver melhora repetir o expansor e considerar uso de BIC de sódio (2 meq/kg de
solução a 4,2% com 0,5 meq/ml em mais de 5 minutos). Concentrado de hemácias se
grandes perdas.

8. Naloxona (narcan), para reverter o efeito do opióide feito na mãe. (0.1 mg/kg EV
ou IM)

Equilíbrio Hidroeletrolítico

1. Perda insensível de água,.

750-1000 g - 82 ml/kg/dia

1001-1250 g - 56 ml/kg/dia

1251-1500 g - 46 ml/kg/dia

> 1500 g – 26 ml/kg/dia

2. Desidratação hiperosmolar do RN de EBP, com hipernatremia, hipercalcemia e hiperglicemia e


diurese e pressão arterial dentro da normalidade.

3. Água endógena 5-10 ml kg/dia, deve ser acrescentada ao cálculo de oferta hídrica.

4. Fluidoterapia (ml/kg/dia) no RN

PN (g) 1 dia 2 dia 3 dia 7 dia 2 sem


< 1000 80-100 110 120 150 150-170
1000-1500 70-80 100 110 150 150-170
> 1500 60-70 80 100 150 150-170
Primeira fase ou de transição, 3 a 5 dias de vida, maior PIA e
diurese. BH e pesagem 2X/dia.

Segunda fase ou de estabilização, 10 a 15 dias, PIA diminui,


ganho de peso mais lento.

Terceira fase ou de crescimento, mais que 15 dias, OH pode chegar a


200ml/kg/dia por via enteral.

5. Taquicardia pode ser resultante de baixo débito cardíaco (aumento no tempo de


preenchimento capilar), depleção do VEC (diminui a pré carga) ou excesso de VEC
(insuficiência cardíaca congestiva, com rebaixamento de fígado).

6. Excreção fracionada de Sódio, FENa = Na urinário/ Na plasmático X Cr


plasmática/Cr urinaria, se valor ≤ 1 sugere oligúria pré-renal, > 2,5% ocorre em
IRA ou crianças em uso de diuréticos (pouco válido para RN < 32 sem).

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