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Ano 3 - Edição n. 2
Nesta edição:
♦ Reuniões Editorial
♦ Fale com nossa administração
♦ Editorial NOSSOS SETE ANOS
♦ “O Livro da Esperança”
♦ Disciplinar o Pensamento A 13 de fevereiro de 2000, o médium Raul Teixeira assinava a Ata de
♦ Evangelizar - A Arte de Educar Fundação de um novo grupo Espírita, que o nosso fundador, Kleber Celadon,
♦ Questões que a Espiritualidade responde chamou de Sir William Crookes Spiritist Society. Depois de sete anos, o grupo já
♦ Evangelho no Lar passou por várias mudanças e os que estão conosco há algum tempo já têm visto
♦ Pais e aprendido bastante. Já mudamos o idioma de nossas reuniões do inglês para o
♦ Interdependência dos Seres português, já vimos chegarem e partirem vários amigos e trabalhadores, que
♦ Calendário da SWCSS deixaram sua contribuição de amor e dedicação ao Espiritismo junto dos nossos
♦ Capacitação do Trabalhador Espírita - 2 corações.
♦ Chegada da Letícia Mas nestes sete anos há algo que permanece sempre inalterado. Invisível,
♦ Reuniões em Inglês - SWCSS porém sempre atuante, guiando os nossos passos e influenciando a direção que
♦ Reminiscências seguimos: é a presença amiga dos Benfeitores Espirituais, que nunca nos falta-
♦ Cursos oferecido pelo SSG ram. Discretos, só ocasionalmente se manifestam ostensivamente através de al-
♦ BUSS gum médium, sempre para estimular e encorajar, nunca para determinar ou in-
tervir. Deixam a nós próprios a responsabilidade e o mérito de nossas escolhas,
como fazem os Espíritos Superiores, e é a eles que queremos hoje agradecer.
Reuniões
Obrigados lhes somos, Amigos Invisíveis, pela sua presença constante em
♦ Das 14:30 às 17:30 nossas vidas. Nos sentimos tocados pela sua influência sublime nos momentos
mais anônimos do dia a dia, e quando nos lembramos de vocês, em meio ao
Estudos em grupo com temas variados burburinho da vida, sentimos chegar a inspiração discreta, a resposta baixinha à
dentro da codificação de Kardec nossa dúvida, um sopro de calma e tranqüilidade quando a tensão ameaça nosso
♦ Das 16:00 às 16:15 - Passe estado d´alma.
♦ Das 16:15 às 16:45 - Confraternização Agradecemos pelo seu devotamento ao trabalho de Jesus, Inspiração
♦ Das 16:45 às 17:30 - Estudo do Livro
Altíssima de todos nós, pela sua constância, perseverança, humildade e paciên-
cia. É graças a tudo isso que chegamos a estes sete anos e que esperamos fazer
dos Médiuns ainda muito por todos aqueles que baterem às nossas portas simples.
Pedimos da sua bondade, Amigos, que continuem conosco, que nos
♦ Evangelização inspirem a viver segundo a Boa Nova de Jesus. Que cada um de nós, no silêncio e
das 14:30 às 16:15 privacidade do seu cotidiano se lembre de que estamos conectados ao Mais Alto,
de que temos um compromisso que somente a nós é dado cumprir, por pequena
Fale com nossa Administração seja a nossa parte no trabalho. Jesus conta com cada um de nós.
Dirigente: Luis del Nero A Ele agradecemos pela Sir William Crookes Spiritist Society, nestes
sete anos de atividades!
Fone: 0208 673 5224
Celular: 078 7949 4514
E-mail: luis.delnero@virgin.net “O Livro da Esperança”
“É muito difícil reconhecer, num livro que surge, a marca da Verdade. Não foram
Secretária: Edivania R M Claydon (Vivi) poucos, no entanto, os que identificaram, logo de início, essa virtude em “O Livro
Celular: 079 7383 1485 dos Espíritos”, quando publicado pela primeira vez, em 1857. ...
E-mail: massoocoo@yahoo.co.uk O bom senso de Kardec deve ter oferecido aos seus elevados amigos da espiritua-
lidade as condições de que precisavam para lançar entre os homens um livro tão
Tesoureiro: Guilherme N Silva avançado para a época. …
Muitos seres humanos estão cansados da descrença e já ultrapassaram a infância
Fone: 020 7517 2398 espiritual. Para esses é que surgiu “O livro dos Espíritos”. Sua mensagem poderia
E-mail: guilhermensilva@hotmail.com ser assim resumida: Este livro se destina às minorias que sonham com um mundo
melhor.”
I - Sobre a Desobsessão
ção”, dedicado à enfermagem espiritual desobsessiva, não deverá www.consejoespirita.com e-mail: spiritist@spiritist.org
exaurir-se em inúmeras e ininterruptas passividades dentro de
uma reunião. Assim, o limite máximo de duas passividades de
espíritos sofredores, por reunião, deverá ser respeitado, em bene-
fício de todos.
... Continua no Boletim Informativo de março 07
Colaboração: Geraldo Lemos Neto - Belo Horizonte - MG - Brasil
E-mail: lemosneto@gmail.com
Liberdade de expressão: O conteúdo das matérias deste Boletim, ainda que se pautem pela Doutrina Espírita, não refletem necessariamente a opinião da
editora Sir William Crookes Spiritist Society, mas a de seus autores e suas fontes.
Boletim Informativo fevereiro/2007 SIR WILLIAM CROOKES SPIRITIST SOCIETY pág. 4
Quando Jesus nos trouxe o Mandamento Maior, “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si
mesmo”, ficou definitivamente firmada a certeza de que somos todos irmãos, e que devemos nos unir pelos laços da
fraternidade, filha do Amor.
A própria Criação Divina nos demonstra que estamos todos os seres (Dicionário: “Ser” – tudo o que existe, tudo o
que foi criado por Deus), ligados uns aos outros, necessitando uns dos outros para evoluir e crescer juntos.
Vejamos alguns rápidos exemplos: a terra e a água alimentam os vegetais; o vento também coopera, permutando
sementes e pólen; os animais e o homem usam o sal, a água, além de material para abrigo (barro, pedra); etc. Os vegetais
protegem da erosão o solo das encostas; produzem a fotossíntese; servem de alimento e remédio para animais e homens,
fornecendo, ainda, material para fabricação de utensílios e para construção e aquecimento (madeira, fibras, carvão vegetal);
etc. Os animais produzem o esterco, que fertiliza a terra; pássaros e abelhas polinizam as plantas; minhocas afofam o solo
para as raízes, e produzem o húmus; servem de alimento ao homem, ajudam na sua proteção (cães), transporte, etc. E muitos
outros exemplos haveria dessa inter-cooperação...
“A natureza, em toda parte, é um laboratório divino, que elege o espírito de serviço por processo natural de
evolução.” (Emmanuel, em “Fonte Viva”)
E o ser humano?
Criado o espírito simples e ignorante (L. Espíritos, perg. 115), necessita de encarnações sucessivas para adquirir expe-
riência e desenvolver as “duas asas”: a do conhecimento – que vai disciplinar a sua mente, e a da virtude – que disciplinará
seu coração, ensinando-o a bater ao compasso da melodiosa máxima de Jesus trazendo-nos a Lei do Amor. E, progredindo, irá
o espírito trafegando para a perfeição máxima relativa (nunca será igual a Deus, o Divino Criador) e para a felicidade
absoluta, que tanto almeja.
Para esse caminhar, necessário se faz seguir a lei de Deus, ensinada por Jesus, e que a Doutrina Espírita tão bem nos
coloca na 3ª parte de O Livro dos Espíritos, sob o título de “Leis Morais”, as quais tratam das relações do homem com Deus,
com seus semelhantes e consigo mesmo, leis essas que estão indelevelmente inscritas em nossa consciência (L. Espíritos,
perg. 621).
Para seguirmos o caminho da evolução, precisamos uns dos outros, pois o homem é um ser de relação, bio-psíquico-
sócio-cultural-espiritual, não devendo viver em isolamento (L.Espíritos, perg. 766, 777, 768).
Assim, verificamos sua interdependência, seja materialmente (aptidões e faculdades diferentes, gerando conhecimen-
tos e profissões distintas, das quais todos precisamos para nossa sobrevivência e nosso bem-estar físicos), seja espiritualmente
(para pormos em prática a fraternidade, pois é através desse convívio, nem sempre harmonioso, que alcançamos conquistas
novas de aprendizado e reparações).
Na realidade, todos os companheiros de romagem no corpo físico são nossos grandes cooperadores. Se mais adianta-
dos do que nós, andam conosco, amparando-nos e ensinando-nos pela palavra e pelo exemplo eficaz. Se esses companheiros
estão em nível evolutivo igual ao nosso, ou ainda na nossa retaguarda, será através deles que cresceremos muito, pois não raro
eles nos propiciam as dificuldades imprescindíveis à nossa melhoria. Recordemos o Instrutor Alexandre em “Missionários da
Luz” (André Luiz, por C. Xavier): “A tempestade é nossa amiga, a dificuldade é nossa mestra e o nosso adversário é nosso
instrutor eficiente.” Não raro, os resgates que nos tocam vêm através deles...
E o mesmo se aplica entre os dois planos da vida, quando, pela oração, pelo aconselhamento, pelo trabalho edificante
e sempre pelo exemplo no bem, a ajuda se faz.
Como crescer, pois, mediante essa interdependência? Amando incondicionalmente, como nos disse Jesus.
Façamos uma honesta viagem interior, para analisar e conhecer nosso próprio mundo íntimo, a fim de obtermos a
identificação de nossos erros de pensamento e sentimento, e firmemente dedicarmos-nos a corrigi-los. Desse modo, seremos
capazes de ver os outros homens realmente como Irmãos, de acordo com a orientação do Mestre amado, reconhecendo que
“O próximo é a ponte que nos conduz ao Pai” (Emmanuel, “Seara dos Médiuns”, psicografia de C. Xavier).
Lembremos sempre: tudo é harmonia, serviço e cooperação no Universo! Ninguém cresce sozinho.
Ivone M M Ighiggino - Rio de Janeiro - BR
ighiggino@terra.com.br
11/02 Comemoração do 7º. Aniversário de fundação do nosso grupo. Palestra “O Centro Espírita e Você”, com Luís del Nero
18/02 Palestra com Sr. Fernando Galda Espelho, sobre a vida no Plano Espiritual.
Boletim Informativo fevereiro/2007 SIR WILLIAM CROOKES SPIRITIST SOCIETY pág. 5
Na parte 1, escrevemos que os trabalhadores espíritas são os jardineiros e que as ervas daninhas são os
nossos melindres, o nosso orgulho e egoísmo, nossas mágoas e intolerância.
Somos jardineiros de nossos próprios jardins e principalmente dos futuros jardins que estão ao nosso
alcance, que são nossos familiares, nossos amigos, nossos colegas de trabalho e todos aqueles que estão de algu-
ma maneira conosco relacionados. Mas pode ficar uma pergunta no ar: - quem são os trabalhadores espíritas?
– seriam os dirigentes, seriam os médiuns, seriam os aplicadores de passes (bioenergia)?
A resposta é bem mais ampla: os trabalhadores espíritas são todos aqueles que de uma maneira ou
outra freqüentam um centro espírita regularmente e que se dizem espíritas, estejam eles simplesmente assis-
tindo a palestras ou fazendo qual quer tipo de trabalho na casa. Todos têm uma co-responsabilidade
pela atmosfera psicoespiritual, ou psicosfera da casa espírita. Daí advém a grande responsabilidade de
sermos espíritas; não podemos ser simplesmente público ou assistidos, somos parte de um grande processo de
modificação espiritual do planeta Terra.
Evidentemente que os níveis de responsabilidade variam de um para outro, tudo em função do conhe-
cimento doutrinário espírita de cada um individualmente. Mas ninguém está isento de atentar para um dos
dizeres mais fortes e contundentes do eminente Codificador: se reconhece o verdadeiro espírita pelo esforço
contínuo e incessante para combater suas más tendências e inclinações, sendo hoje melhor do que ontem e
amanhã melhor do que hoje.
Há pessoas que até trabalham em algumas atividades de suporte da casa espírita, como arrumação das
salas, colocação de água para fluidificação, biblioteca ou serviços administrativos que não se vêem como traba-
lhadores espíritas, no que estão totalmente equivocadas. Um centro espírita é como se fosse uma orquestra,
cujo maestro é Jesus, a partitura vem de Deus, os músicos são os diversos espíritos que nos ajudam e nós, os
trabalhadores espíritas, somos os instrumentos musicais. Todos somos instrumentos importantes para que a
sinfonia escrita por Deus possa ser ouvida por todo o mundo, cada um com seu timbre, afinação e uso diferen-
ciado, mas todos importantes. Cada um com seu perfil de trabalho, mas cada um igualmente fundamental
para que o centro espírita seja por fim uma escola, um templo de oração, uma oficina de trabalho e um
hospital de almas necessitadas de amparo.
E agora vem a pergunta seguinte: como nós podemos nos preparar suficientemente e de maneira
adequada para o trabalho à nossa frente? Bom, aí vem o nosso esforço e dedicação para que nos qualifiquemos
e nos capacitemos adequadamente. A parte 3 desta coluna irá começar a abordar estas importantes questões.
(acompanhe a explanação deste artigo no próximo BI março/07)
Humberto Werdine
humberto.werdine@chello.at
REUNIÕES EM INGLÊS
A partir de 4 de fevereiro, todo primeiro
domingo do mês, teremos reuniões em inglês
após a nossa reunião pública.
Serão das 16:30 às 17:30, em uma das salas da
Evangelização e o objetivo será responder a
perguntas que os interessados tenham sobre
he-
á s i o c de a Doutrina Espírita. Há Espíritos? Que é a
t
P or a n e i r o ndo
es mediunidade? Existe a reencarnação? O Espiri-
G om d e J s pesa cm,
í cia ia 5 ora 50 tismo é uma religião? E outras mais que as
Let n o d 4:14 h do 54, escola
u 1 -
g o 7 às medi rso na e feli
n pessoas trouxerem. Convidamos assim a todos
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200 0gr e um cu Mam p elas
3,75 mais apai e Deu a ç ã o
s ! os que tenham amigos, cônjuges ou colegas que
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par ida! P ecem n c a r queiram compreender mais essas questões, que
v e
da a g r a d d a r e
e s s nos contatem para confirmar sua presença.
z ção
bên
Luís del Nero
07879 494 514 ou 0208 673 5224
Boletim Informativo fevereiro 2007 SIR WILLIAM CROOKES SPIRITIST SOCIETY pág. 6
REMINISCÊNCIAS
Quisera lembrar-me de umas tantas coisas, mas já não posso. Conquanto me lembre de muitas outras, não é
dessas que desejaria tratar agora. Mas, never mind, sei que os registros de minha memória jamais se apagam. Por
isso, “recordar é viver”, como já se disse alhures. A questão que coloco é: é viver bem ou é viver mal? O memorá-
vel Shakespeare escreveu, em A Tempestade, “Não sobrecarreguemos nossas lembranças/Com um peso que já se
foi”. Então, é melhor esquecer? Por que não nos lembramos de tudo? Por que não temos acesso à memória do
passado e mesmo de vidas passadas?
Bem, se isso acontece, deve haver uma razão; aliás, várias razões.
Em primeiro lugar, isso está relacionado com o mecanismo da memória. Quando reencarnamos,
‘construímos’ um cérebro novo, o qual vem a ser o canal da memória. Este cérebro, não tendo sido marcado, sulca-
do, por aquelas experiências que eu desejaria trazer à lembrança, não é capaz de servir-me como canal de acesso a
esse reservatório de imagens, sons, palavras, idéias e sentimentos.
Em segundo lugar, o esquecimento é parte integrante e indissociável do processo reencarnatório, pelo qual
todos passamos inúmeras vezes em nossa marcha ascensional. Com a entrada do Espírito no estado de perturbação,
próprio desse mecanismo divino, sua memória desvanece-se, esmaece-se, e resvala para o subnível do inconsciente,
que assim protege seus registros do ataque indevido da curiosidade.
Em terceiro lugar, ao adentrar a área da nova encarnação, encontramo-nos num dinamismo mental novo,
inteiramente diferente daquele em que nos encontrávamos em cada uma de nossas experiências passadas. Então,
para termos acesso a tão precioso material, seria necessário que retornássemos ao estado vibracional de cada encar-
nação anterior, ou ao menos ao de uma específica vivência. Para isso, nos dias atuais, é que existem as chamadas
terapias regressivas a vivências anteriores, em que o paciente é levado a atingir aquele estado vibratório. Daí, as
memórias buscadas afloram em toda a sua intensidade.
Ora, quem tem acesso ao bom, o tem também em relação ao mau, obviamente. Dante, na Divina Comédia,
já dizia que “não existe... maior dor que recordar, no mal, a hora feliz”. Então, não é bom recordar-se nem dos maus
momentos vividos nem tampouco dos bons. O que demonstra a sabedoria divina nessa questão, como em tudo o
mais, naturalmente. Não desejar saber acerca do passado é, ao que me parece, uma questão de bom senso...
Uma coisa é certa, e a Doutrina Espírita no-lo diz: aquilo de que realmente precisarmos (ou pudermos) nos
lembrar surgirá em nosso íntimo como ‘a voz da consciência’, uma poderosa força de impulsão que nos leva a agir
automaticamente de acordo com as nossas necessidades evolutivas, e nada mais. O mais deve ficar quieto e intocá-
vel no poço profundo do inconsciente. Como escreveu Martin du Gard, em suas Máximas, “a vida seria impossível
se a gente se lembrasse. Tudo está em escolher o que se deve esquecer”.
A Doutrina Espírita, em sua função pedagógica dirigida à evolução do Espírito, proporciona-nos um tipo de
aprendizado que já nos torna mais sábios, e esse, a respeito da memória, é um deles. Por isso, termino com Platão,
para quem “aprender é recordar”...
Manuel Portásio
manuelportasio12@yahoo.com.br