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Lula da Silva, que está deixando o seu mandato em 2010 sem realizar uma alteração à Constituição
Brasileira, “sabia exatamente como ser uma figura democrática e lutar contra a pobreza” Le Monde
descreve em seu artigo.
O jornal o descreveu como “um referencial para os países emergentes e também para o mundo em
desenvolvimento”. Lula da Silva, 64 anos, segundo a publicação Francesa, “posicionou o seu país no
mundo”.
O presidente Brasileiro vai deixar o seu mandato no final de 2010, sem a intenção de realizar uma
emenda constitucional e, graças a isso, não podendo ser reeleito. Le Monde o retrata como um
presidente que foi capaz de “oferecer uma nova imagem para a América Latina.” E acrescenta: “A
excelente reputação de Lula é a renovação do Brasil”.
O artigo, escrito pelo correspondente do Rio de Janeiro Jean-Pierre Langellier, traça o perfil de Lula
da Silva e elogia a sua administração. “Lula parece estar interessado em tudo: diplomacia, comércio,
energia, clima, a imigração, o espaço, as drogas", descreve o artigo.
Lula da Silva foi o primeiro presidente latino-americano que Barack Obama recebeu na Casa
Branca. De acordo com a opinião do Le Monde, ele destacou-se, porque como ex-líder sindical,
dirigiu de forma bem sucedida, um país que é complexo, centrando-se no desenvolvimento
econômico, na desigualdade e na proteção do ambiente. Obama se referiu a ele, “como o político
mais popular do mundo”.
O perfil que o artigo descreve inclui os prós e os contras. Como ele afirma: “Mesmo que Lula da
Silva tenha reduzido os índices da pobreza e milhões de brasileiros tenham melhorado os seus estilos
de vida, o seu país continua a ser uma das nações mais desequilibrada do mundo, fortemente
dividido entre um sul rico e um norte esquecido”.
Uma lista de afazeres e “pendências e problemas não resolvidos” também estão incluídos no artigo
do Le Monde. São eles: "O ensino primário e secundário inferior, serviço de saúde do deficiente,
burocracia indigesta, polícia ineficiente e uma justiça lenta".
Lula da Silva esteve em todos os holofotes da mídia durante todo o ano de 2009, graças a suas
políticas e a forma em que ele posicionou o Brasil no foco internacional.
Fonte: www.bloomberg.com/