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ORIXAS
ESÚ
Exu Yangui: a laterita vermelha, é a sua múltipla
forma mais importante e que lhe confere a qualidade de
Imolê ou divindade nos ritos da criação. Exu ligado a
antigas e grandes sacerdotisas de Oxun.
Exu Agbà: o ancestral, epíteto referente à sua
antiguidade.
Exu Igbá ketá: o exu da terceira cabaça
Exu Okòtò: o exu do caracol, o infinito.
Exu Oba Babá Exu: o rei pai de todos os Exus
Exu Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orixalá
Exu Òsíjè: o mensageiro divino
Exu Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exu Enú Gbáríjo: a boca coletiva dos Orixás.
Exu Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exu Bárà: o senhor do corpo
Exu Lonan: o Senhor dos caminhos
Exú Olobé: o senhor da Faca
Exú Elébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor da satisfação Pessoal
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.
Esús que
acompanham vários
Orixás.
Ògún Akoró.
É o Ogun que usa o mariwò como coroa, sua roupa
é o mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito
ligado a Oxóssi e não come mel.
Ògún Oniré.
É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a
reinar em Ire, o Senhor de Irê.
Ogun Wàrí.
é o ferreiro dos metais dourados, ligado a Oxun,
ligado ao ar, por isso o mais requintado dentre
todos os Oguns.
Teremos títulos em
Damassá, Lonan, Oluponã,
Igbô-Igbô, Erotò, etc.
Segue
Oxossi
Oxossi era filho de Yemonja e Oxalá, é o deus da
caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos
dos antepassados. Tem a virtude de dominar os
espíritos da floresta.
Na África era a principal divindade de Ilobu, onde
era conhecido pelo nome de Irinlé ou Inlé, um
valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de
Ilobu a guerra e os ensinou a arte de guerrear,
permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em
Salvador, isto porque é o patrono de todos os
terreiros tradicionais.
Oxóssi é o único Orixá que entra na mata da
morte, joga sobre si uns pós-sagrados,
avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser
um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e
aos Eguns.
Sendo ele um rei, carrega o iruquere (espanta
moscas) que só era usado pelos reis africanos,
pendurado no saiote.
Omolu-obaluayê
Omolu Afenan:
É velho, dança curvado, veste a estopa e carrega
duas bolsas de onde tira as doenças. Veste se de
amarelo e preto. Todas as plantas trepadeiras
pertencem-lhe. Tem caminhos com Oxumarê e Oyá,
de quem é companheiro, dança cavando a terra
com Intoto para depositar os corpos que lhe
pertencem.
Osanyin
Ágüe - Usa roupas e contas verdes rajado de
branco. Come com Hongolo e Matamba.
Mokossu - Um tipo velho vive escondido no mato,
fuma muito e bebe com abundância. Tem
caminhos com Esù.
Osumare
Yeuwa
Ewá Gebeuyin: A primeira a surgir no mundo.
Veste se de vermelho maravilha e amarelo claro.
Come com Omolu, Oyá e Oxum. Nas tempestades
ela pode se transformar numa serpente azulada.
Logunedé
Logun Edé (lógunèdè) é o orixá da riqueza e da
fartura, filho de Oxum e Oxóssi, deus da guerra e
da água. É, sem dúvida, um dos mais bonitos
orixás do Candomblé, já que a beleza é uma das
principais características dos seus pais.
Rei de Ilexá, caçador habilidoso e príncipe soberbo,
Logun Edé reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e
quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno
de sua paternidade.
Apesar de sua história, é preciso esclarecer que
Logun Edé não muda de sexo a cada seis meses, ele
é um orixá do sexo masculino. Sua dualidade se dá
em nível comportamental, já que em determinadas
ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum e
em outras, sério e solitário como Oxóssi. Logun Edé
é um orixá de contradições; nele os opostos se
alternam, é o deus da surpresa e do inesperado.
Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilexa
e é uma das mais ricas e prósperas da África,
anualmente fazem encontros com vários festivais
vindos pessoas de todas as partes da África.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na
verdade Ólògún Ode – o guerreiro caçador – o
maior entre todos os caçadores, pai de todos eles,
inclusive de Oxóssi. E se observarmos a cantiga de
Oxóssi, veremos que expressão Omo ode, ou seja,
filho do caçador, é constante, podendo inferir certa
lógica nas histórias contadas pelos africanos, como
também sua ligação com Ogun.
Oxum Yéyé Ipondá e Odé Erinlé Ibò,
respectivamente, as qualidades de Oxum e Oxóssi
que se consideram os pais de Logun Edé.
A história revela que Oxóssi, feliz pelo filho
vindouro, declarou a Oxum o seu amor e pediu a ela
posse do menino:
– Oxum, por amor a você, e peço para que Logun
Edé fique comigo, vou ensiná-lo a caçar. Comigo
ele aprenderá os segredos da floresta.
Mas Oxum também amava Logun Edé e por maior
que fosse seu amor por Oxóssi, ele não poderia
separar-se de seu filho então declarou:
– Logun Edé viverá seis meses com sua mãe e seis
meses com o seu pai, comerá do peixe e da caça. Ele
será Oxóssi e será Oxum, mas sem deixar de ser ele
mesmo, Logun Edé: um príncipe na floresta e um
grande caçador!
Características dos filhos de Logun Edé
Os filhos de Logun Edé possuem as características
de Oxum, ou seja, narcisismo, vaidade, gosto pelo
luxo, sensualidade, beleza, charme, elegância. Tem
também características em comum com Oxóssi, ou
seja, beleza, vaidade, cautela, objetividade e
segurança.
No entanto, há características de Logun Edé que
não pertencem nem a Oxum nem a Oxóssi. Na
verdade, ele reúne o arquétipo de ambos, mas de
forma superficial. A superficialidade é a marca dos
filhos de Logun Edé, porque eles, ao contrário dos
filhos de Oxóssi e de Oxum não têm certeza do que
são nem do que querem. As qualidades de Oxum e
de Oxóssi amenizam-se em Logun Edé, mas, em
compensação, os defeitos são exacerbados. Dessa
forma, os filhos de Logun Edé são extremamente
soberbos arrogantes e prepotentes.
Mas algo não se pode negar: os filhos de Logun
Edé são bonitos e possui olho de gato, algo que
atrai e repele ao mesmo tempo. São mandões, os
donos da verdade, os mais belos, cujo ego não cabe
em si. Melhor não lhes fazer elogios em sua
presença, a não ser que queira ver sua imensa
cauda de pavão abrindo-se em leque. Quando têm
consciência de que conseguem controlar os seus
defeitos, os filhos de Logun Edé tornam-se pessoas
muito agradáveis.
Os filhos de Logun Odé não andam! Pairam sobre
o ar!
Logun Edé pertence ao panteão dos caçadores, é
único, não tem qualidade, por isso só pode existir
um iniciado numa casa de candomblé.
Ayrá
Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá
era considerado um de seus servos de confiança e
segundo uma de suas lendas, Airá, tentou
instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a
isso Airá deve ser tratado de forma diferente de
Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de
Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve
colocá-los juntos jamais na mesma casa
nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de
duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é
o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas
é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido
como redemoinho. Redemoinho é o fenômeno que
mais se assemelha a um furacão em território
Africano. Airá então pode ser louvado como a
divindade que rege o encontro dos ventos.
Em território africano, não existe registro ou
relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele,
onde ele é cultuado, o culto predominante é o de
Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que
fica em território Jeje.
Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de
Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação
à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e
Aganju.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma
qualidade de Xangô. Airá é visto como uma face
mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta
de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar
uma pessoas de Airá do que de Xangô, na
realidade está cada vez mais difícil encontrarmos
filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos
de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei
nem possui o caráter, punitivo e colérico. Este
caráter mais ameno pode ser evidenciado em uma
de suas cantigas que diz:
“A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como
um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma
incondicional, ao contrário de Oxalá que
representa a paz, Airá a estabelece e possui uma
ação muito mais direta em sua imposição, Airá
pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá,
ou melhor, de Oxalufã e seria ele, Airá, quem
estabelece sua vontade.
Apesar de Ayrá ser considerado por muitos como
uma qualidade ou caminho de Sango, não é. Ayrá
era, como contam alguns itãns, um dos súditos de
Sango, talvez um de seus escravos, que a pedido
do rei, acompanhou Obatalá até sua casa após uma
visita às terras de Sango. Obatalá, apreciando
muito a companhia de Ayrá, requisitou que
ficasse para sempre com ele. Ayrá passa a viver
com Obatalá se adaptando aos gostos do Pai.
Diferentemente de Sango, Ayrá não come azeite de
dendê e veste-se totalmente de branco. Três
caminhos de Ayrá são conhecidos, Igbona, Intile e
Adja Osi, sendo o primeiro mais ligado a Sango e
tem como símbolo as fogueiras.
Ayrá é o verdadeiro Oba Kosoo, tendo ganhado este
posto em certa ocasião, quando Sango o pede para
buscar a coroa que estava guardada na casa dos
mortos por Oya, que temia por seu amado em
ocupar o trono de Kosoo. Para entrar na casa dos
mortos, Ayrá se utiliza do Agere; que consistia em
uma vasilha contendo bolas de algodão embebidas
com dendê em chamas, que Ayrá tirava uma a
uma e as colocava na boca, com isso ele conseguia
enxergar e localizar Ade Baiyani, que era o nome
desta coroa, ela só podia ser carregada sobre a
cabeça, e ela escolhia em que cabeça queria ficar.
Ayrá após levar Ade Baiyani até Sango, este não
consegue suportá-la, sobre sua cabeça, e a devolve a
Ayrá, neste momento o povo de Kosoo ovaciona
Ayrá como o novo rei. Cantando:
Yemonjá
São 7 as qualidades, e por possuírem
características tão próprias, há quem chegue a
considerar que se trata de orixás individuais
(independentes) das outras qualidades. no
entanto, Seria necessários estudos mais
aprofundados quanto a esta questão, então vamos
encarar como qualidades de um único orixá, tal
como fazemos com todos os outros. Yemanjá rege a
inteligência humana por isso tem o título de Iyá
Orí.
QUALIDADES
Yemanjá Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, lufã e
Orunmilá, fia algodão, usa corrente de prata no
tornozelo, carrega abebé e sua energia é a espuma
branca do mar e rio, veste branco com prata.
Sango
Alufan: É idêntico a um Airá. Confundido com
Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas são
prateadas.
Alafim: É o dono do palácio real, governante de
Oyó. Vem numa parte de Oxalá e caminha com
Oxaguian.
Observações:
Como já disse alguns acreditam que Ayrá
seria uma das qualidades de Sango.
Por esse motivo estou citando as abaixo
porem tenho esta como uma das mais
divindades...