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Vamos começar a trabalhar com os Arcânos Maiores do Taro.

Para isso vamos vivenciá-los um a cada semana, separadamente e na seqüência abaixo.


Legal seria fazermos uma prática diária e reservarmos um momento para entrar em comunhão
com nosso Eu interno, dentro da tônica proposta.
Abaixo estão os temas que já foram trabalhados no grupo.
Bom trabalho!

Arcâno 1

Representa o Deus interior que todos trazemos dentro de nós.

Representa nosso potencial Divino capaz de manifestar verdadeiros milagres em nossas vidas.

É Aquele que tem diante de si todas as ferramentas para execução de sua obra como
indivíduo.

O Potencial Divino está simbolizado pelo símbolo do infinito que paira sobre sua cabeça.

O Poder Realizador está expresso no bastão que ele segura com a destra.

As ferramentas são as que aparecem sobre a mesa quadrada que simboliza o mundo
manifestado ou a pedra cúbica.

Está associado a letra hebraica “ Aleph” e o planeta “Urano”.

Meditação da semana: Observar o potencial Divino dentro de si e procurar viver de modo


condizente a isso, em comunhão com todos os seres vivos. Observar os projetos de vida e as
“ferramentas” que existem para possibilitá-los. Colocar-se em movimento.
Arcâno 2

Uma vez conscientes de nosso Deus interior, para que este possa se manifestar como criação
em nossa vida é preciso que haja elaboração .

Representa nosso potencial criativo capaz de manifestar verdadeiros milagres em nossas vidas.

Quem tem dons artísticos entende que é preciso abrir os canais para que ocorra o processo
criativo. Essa abertura de canais é o significado do segundo arcano.

Por baixo da capa da Papisa existe algo encoberto a ser revelado.

Dos lados dela está representada a polaridade, que tanto pode conduzir para o bem quanto
para o mal.

Representa elaboração ponderada.

Está associado a letra hebraica “ Beth” e o planeta “Lua”.

É a carta também das emoções em seus dois aspectos: A supra-emoção que é aquela que nos
une ao plano Divino, ou a emoção egoica, instintiva que nos leva a destruição.

Meditação da semana: Observar os modos como cada um de vocês usa para entrar em contato
com seu Eu- Divino e como faz para expressar-lo. Apesar de estarmos conscientes de que Deus
existe e está dentro de nós e que em virtude disso tudo podemos (teoricamente), na verdade
existem nossas limitações humanas. Se por acaso vocês despertassem algum tipo de poder,
como ele seria usado? Para construir, ou para destruir? De modo oculto ou como
demonstração de poder? Altruisticamente ou egoisticamente? Muita sinceridade na auto
análise é fundamental, pois na grande maioria das vezes a serpente de nosso Ego nos torna
cegos e iludidos.

Arcâno 3

Antes de uma idéia ou atitude se manifestar, é preciso ser ponderada, assim como é
necessário um projeto para construção de algo. Percebemos que precisamos ter o mínimo de
discernimento para agir no mundo. Essa foi a lição do segundo arcano.

O terceiro arcano representa o insight, o nosso momento criativo, por isso é um símbolo
feminino por excelência, já que na natureza somente as mulheres são capazes de “dar a luz”.

“Dar a luz” seria seu significado mais intrínseco. Curiosamente todo “artista” é considerado
um ser de polaridade feminina, no momento da criação. Isso começa a nos abrir um pouco
mais a compreensão ao que seria nosso 5° circuito neural.

A imperatriz é rica e suntuosa, pois é senhora de todas as possibilidades de manifestação de


algo, do qual ela é veículo.

Este arcano está associado a letra hebraica “ Ghimel” e ao planeta “Vênus”, por isso seus
atributos dizem respeito ao amor e geração.

Pode ser considerada como expressão do momento exato em que nascemos para algo novo,
um novo estágio da compreensão ou um novo momento de vida. Na arte é o momento da
conexão criativa.

Meditação da semana: Depois de ponderar a respeito de algo que nos seja muito importante,
quando finalmente decidimos começar a realizar esse projeto, quando impulsionamos nossos
pés neste novo caminho, essa certeza nos trás sensação de alegria, amor e felicidade. Torna-
nos otimistas e confiantes. Esse é o sentido prático deste arcano. Ele ainda não é o caminhar
propriamente dito, mas é a possibilidade manifesta disso. É como um bebê recém nascido:
passou pela gestação e agora tem toda uma vida pela frente. A ele dedicamos sonhos, ternura
e amor.

Arcâno 4

Para que uma ideia,pensamento, intenção, obra de arte aconteça é necessário que haja uma
técnica para manifestá-la. Tudo tem suas regras, música requer conhecimento matemático.
Escultura requer habilidade com ferramentas, pintura com os pincéis, escrita com as regras
gramaticais, dança com a técnica corporal e por ai vai.

O quarto arcano representa aquilo que devemos dominar, ou tornar-nos senhores, para que
haja manifestação da idéia ou insight manifestado no arcano anterior.

“Dar a forma” seria seu significado mais intrínseco.

Toda criação segue cânones, padrões para poder existir. E quando finalmente acontece, esta
passa a ser uma expressão do próprio Criador, que, assim como os homens, se projeta naquilo
que faz.

O Imperador é a própria Lei, é o Senhor de Tudo, pois nada pode acontecer fora de seus
desígnios.

Este arcano está associado a letra hebraica “ Daleth ” e ao planeta “Júpiter .

Pode ser visto como a cruz onde a vida acontece aqui nesta dimensão, regida pelos quatro
pontos cardeais, os quatro espaços na pauta musical, ou as quatro dimensões em que este
mundo acontece, levando-se em consideração o tempo.
Meditação da semana: Observar a natureza e ver como tudo faz sentido, suas leis e regras,
perceber que tudo parece ter sido meticulosamente projetado, inclusive em nossos corpos
físicos. Se para tudo há um porquê, então para quê tentar conduzir as coisas? Reconhecer essa
Lei como um aspecto Divino e entregar-se aos desígnios dela.

Arcâno 5

Uma vez vivido o “insight”e o processo criador objetivado, o homem vivencia um sentimento
de esgotamento conseqüente de sua entrega e dedicação. Depois disso, nunca mais será o
mesmo, passará a buscar criar meios para que a experiência vivida possa acontecer
novamente.

O quinto arcano nossa busca por conexão, reintegração com o plano criativo. E isso vai ocorrer
através de estudos, busca de conhecimento, buscar compreender o sentido daquilo que foi
vivido.

É o início da “Demanda”, da peregrinação interior para conquista de si mesmo.

Este arcano está associado a letra hebraica “ He ” e ao signo de “Áries”,como impulsionador do


grande movimento da roda zodiacal , é o peregrino disposto a percorrer todos os setores da
própria alma a fim de despertar seu Eu adormecido. E nesse caminho, conduz os outros
consigo transmitindo-lhes toda experiência vivida que foi de certo modo convertida e
sabedoria. Por isso também é o Arcano da Instrução capaz de construir uma ponte entre dois
mundos. Construtor de pontes: pontífice.

De todos os experimentos da vida obtém-se uma lição, que no processo alquímico é


denominado “quintessência”.

Meditação da semana: Se você já experimentou algum momento que classificou como uma
espécie de “Extase”, compreende que após isso ocorre uma necessidade em repetir essa
experiência. O quinto arcano nesse sentido pode muito bem ser associado ao quinto circuito,
onde ritos e drogas são utilizados como facilitadores para se atingir tal meta.

Arcâno 6

Quando vivenciamos a paixão por algo ou alguém fica difícil o discernimento, surge a indecisão
a respeito de que se aquilo que tanto procuramos conquistar na verdade seria nosso
verdadeiro caminho. Trava-se um conflito entre mente e coração, ou antes, entre vontade e
desejo.

O sexto arcano nossa busca por essa conciliação de caminhos geralmente opostos, entre nossa
satisfação pessoal e nosso destino perante o mundo. É simbolizado por um jovem indeciso
entre o vício e a virtude, e, sobre ele, um anjo (cupido?) aponta a seta para o objeto da
escolha. É a ele mesmo que cabe a decisão.

É o conflito perante o destino.

Este arcano está associado a letra hebraica “ Vo ” e ao signo de “Touro”, que é o mais estático
do zodíaco. A dúvida paralisa, mas como decidir sem consciência? O tema do enamorado
sugere que esta decisão não é mental, que esta deve partir do amor e não da paixão. Mas
como discernir amor de paixão, ou vontade de desejo? A grande questão que este arcano nos
traz é que seja lá qual for a escolha, ou o caminho, todas elas serão apenas meias-escolhas ou
meios-caminhos e fatalmente um conduzirá ao outro. Bem e mal, certo ou errado, karma,
destino ou ilusão? É o entroncamento onde fatalmente teremos que agir de acordo com
nossas convicções e aprender com as lições que ele nos trará.

Ou o indivíduo se atira nos extremos , ou encontra em si um ponto conciliatório que significa o


despertar da consciência. Assim como Vênus rege o signo de Touro, o terceiro arcano (A
Imperatriz), também se relaciona com o sexto.
Meditação da semana: Quantas vezes nos deparamos com coisas que gostaríamos que fossem
verdadeiras, mas ficamos em dúvida...E essa dúvida nos paralisa, impedindo nosso avanço em
alguma questão. Quando isso acontece sempre precisamos ponderar.

Arcâno 7

Certa vez Allahmirah nos chocou ao dizer no Templo: “ ... afinal, Amor é algo que neste plano
não existe, caso contrário o mundo não estaria como está!”

Compreendendo que o Amor é a união de nosso coração com os três princípios superiores, e
que a paixão é fruto da união entre nosso coração (corpo mental) e os três princípios
inferiores, percebemos que práticamente tudo neste plano ainda é paixão. A humanidade
somente começará a compreender o amor quando tiver sua mente voltada única e
exclusivamente á tríade superior, não mais aos planos dos desejos e instintos. A mente, neste
caso, é o fiel da balança capaz de distinguir uma coisa da outra, mas para isso é necessário ter
o experimento. a experiência que é a causa de nosso aprisionamento neste plano. E essa
experiência consiste não na renúncia, mas sim no uso consciente de nossos instintos a serviço
de nossa evolução, na integração perfeita entre todos nossos corpos e facetas.

Uma vez admitido que somos conduzidos por paixões, é necessário nos colocarmos em
movimento, ora como um hábil cocheiro, ou mesmo como um maestro que precisa conciliar os
mais diferentes instrumentos (estados de alma) para conduzir uma sinfonia.

Precisamos fazer uso de nossas Akandas (tendências positivas) e Nidhânas (tendências


negativas) que estão registrados em nosso chacra cardíaco para despertarmos nossa
consciência.

O carro tem quatro rodas (representando os reinos da natureza em evolução, inclusive no


homem através dos quatro chacras inferiores. O condutor seria o despertar do quinto princípio
neural.
Este arcano está associado a letra hebraica “ Zain ” e ao signo de “Gêmeos”, que é o mais
dinâmico e dual do zodíaco.

Meditação da semana: Observar nossas polaridades em todos os níveis, mental, emocional,


instintiva e até mesmo como nossa mente as justifica. Mas afinal, o que é mente? O que é
emoção? E quando a emoção se disfarça nos falando como se fosse mente?É imprescindível
muita sinceridade para consigo mesmo, sem a qual não teremos pulso firme para conduzir
nossas próprias vidas no caminho do bem, do bom e do belo.

Arcâno 8

Quando realizei este Arcâno, deparei-me no Salão do Graal com a imagem de uma mulher de
negro, completamente enlutada e com o rosto encoberto por um véu. Trazia um espada que
estava enterrada no solo. Perguntei ao Guardião que naquele momento me recebeu: - Porque
ela está de negro?; e ele me respondeu: Ela está de negro porque quem ama as vezes é
obrigado a punir e sofre por causa disso...

Compreendendo que fazemos parte deste plano e que somos compostos de tudo aquilo que
este contém e nos analisamos com sinceridade absoluta, percebemos que é impossível mentir
a nós mesmos. Nossas tendências diversas devem ser conciliadas. Suprimir ou tentar aniquilar
aquelas que não nos agradam é absoluta perda de tempo. A energia represada transborda
mais cedo ou mais tarde, e quando isso ocorre o estrago é muito maior do que se tivéssemos
sabido lidar com elas.

Manter imparcialidade ou neutralidade interior, parece ser o grande desafio que este arcano
nos apresenta. Devemos ficar cegos, surdos e mudos a nós mesmos para conquistar esse
estado de equilíbrio, atitude que na verdade acaba nos trazendo sofrimento.
Mas, não devemos confundir neutralidade com omissão. Omissão é inércia, conquista de
neutralidade requer imenso esforço e força interior.

Devemos nos abster de julgamentos, já que todo julgamento pressupõe um veredito e este
nos leva a decretar uma sentença. Assim é a justiça relacionada ao oitavo principio.

Tudo que possuímos ou trazemos é nossa ferramenta de aprendizado neste plano, é o nosso
Mestre que está lá, em meio àquelas sombras nos desafiando a nos libertarmos dos grilhões
deste mundo objetivo, porém sem que para isso tenhamos de abdicar ou renunciar a nós
mesmos (que não tem nada a ver com Ego), da nossa verdadeira integridade.

A mesma Lei que julga também liberta.

Este arcano está associado a letra hebraica “ Cheat ” e ao signo de “Câncer”, que é o mais
crítico do zodíaco.

Meditação da semana: Como nós nos tratamos? Como nos vemos? Como vítimas de um
mundo que não nos compreende, ou como verdadeiros responsáveis por tudo aquilo que nos
acontece? Como lidamos com nossas deficiências, e qual o trabalho que fazemos para supri-
las? De que modo o colocamos em prática?

Amor não julga, compreende. E é dessa compreensão que surge a superação e integração.
Caso contrário, o fato de amar aos outros como a nós mesmos nos tornaria verdadeiros
algozes.

Arcâno 9

Quando aprendemos que o externo é reflexo do interno acreditamos que teremos nossa vida
sob controle, desde que mantenhamos nossos pensamentos e ações sob controle, porém
inevitavelmente um dia nos depararemos com o inesperado que nos deixa perplexos, sem
saber o que fazer.

Nos esquecemos que existe algo dentro de cada um de nós e que foge totalmente ao nosso
controle, muito pelo contrário, na maioria das vezes parece ser ele nosso verdadeiro
controlador.

Com isso, surge necessidade recolhimento para atingir a auto-compreensão.

Não há outro caminho a não ser a peregrinação interior em busca da luz capaz de realizar a
alquimia de alma que se faz necessária para que possamos conquistar a saúde, amor e
felicidade neste plano. Curiosamente, esse senda obrigatoriamente é a mesma que nos leva a
aquisição da sabedoria.

As teorias, receitas, experimentos exteriores, aqui pouco ou nada valem, ou podem fazer por
nós. Somos obrigados ao recolhimento numa região onde mais ninguém pode nos
acompanhar, onde a solidão é a regra. Solidão que dói, fere, aperta, sobretudo a região de
nosso plexo solar, que é regido pelo signo de leão, o mais egóico do zodíaco que se relaciona a
este arcano, juntamente com a letra hebraica de nome “Teth”.

A constatação de nossa impotência perante os fatos, é um duro golpe ao nosso Ego, porém
necessário por ser ela nossa impulsionadora para a etapa seguinte.

Chegamos diante de um Portal, ou caverna cujo caminho nos conduzirá as regiões


desconhecidas do nosso ser, e temos como guia apenas a tênue chama da fé.

O Arcâno 9 é o arcano dos filósofos, da dor de parir a si mesmo.

Meditação da semana: Onde encontrar dentro de mim a paz e a força para que os
acontecimentos externos não me abalem? Tudo é estado mental, e só a mente apaziguada é
capaz de nos restituir a integridade.

Arcâno 10
Inevitavelmente estamos presos a ciclos viciosos. Sempre que superamos algum tipo de prova
e partimos em busca de nossa realização, com o passar do tempo acabamos nos deparando
com os mesmos símbolos que fatalmente nos carregam ao mesmo desfecho. Voltamos
novamente ao mesmo ponto. Cada vez que isso acontece, cabe a nós dar aos símbolos novos
significados antes de partirmos para uma nova tentativa de superação.

Mesmo assim, dificilmente conseguimos mudar muita coisa. Os fatos mais parecem reedições
de velhas histórias já conhecidas, ou encenações de uma mesma peça teatral onde apenas o
elenco (e talvez o cenário) muda.

Nossos impulsos emocionais e nossas mecanicidades movimentam essa roda e somente nossa
mente é capaz de nos libertar, já que tudo isso ocorre exatamente para o aprimoramento dela,
pois, a cada repetição, a cada reformulação, é ela que se auto-reformula exaustivamente até
que tenha esgotado todas as suas possibilidades. A princípio ela se manifesta como mecânica e
só sairá desse estado quando entrar em contato com seu aspecto criativo que representa um
estágio mais Divino a ser conquistado. Assim, a cada repetição, a cada exaustão através desse
contato com aquilo que lhe é superior, ela vai subindo dolorosamente um degrau de cada vez
rumo aos planos abstrato, intuitivo e finalmente crístico.

Essa roda que pode ser associada a reencarnações, ciclos de uma mesma vida, mapa astral,
destino, karma, representa algo que devemos decifrar, compreender e assimilar o aprendizado
até que nossa evolução possa mudar de etapa, tal qual acontece num jogo de vídeo-game.

E de etapa em etapa novos desafios e lições serão renovados até cumprirmos nossa evolução.

Perdemos muito tempo em nossas vidas com repetições, sejam elas no plano objetivo,
emocional ou até mesmo mental. E isso, além de nos trazer sofrimentos, doenças, sentimentos
de impotência, paralisa nosso caminho rumo à Divindade.

Em vista do que foi descrito, imaginamos que com o aprimoramento voluntário desse
instrumento maravilhoso chamado mente, onde esta possa ser ativada em sua face superior e
promover nosso autoconhecimento, seria possível nos libertarmos desse movimento
repetitivo ao mesmo tempo em que nos identificamos com Aquele que é a razão de tal
movimento.

A sede onde se processa tal metabolismo chama-se Chacra Cardíaco, que não por acaso é
ponto central ou equilibrante entre os três centros superiores, ou voltados ao Divino, e os três
centros inferiores, voltados ao plano objetivo ou terreno.

É nele que repousa o eixo do movimento, ou fiel da balança.

É através dele que adentramos verdadeiramente no primeiro Portal que nos conduz aos
Mundos Interiores, ou Agharta (“Coração Flamejante”). É aqui que começa o processo
Iniciático.

Este Arcâno, portanto representa perseverança, determinação e disciplina em cumprir uma


meta, que agora nos é finalmente apontada. Caso contrário, continuaremos presos às mesmas
repetições.

É o Arcâno que nos fala da INÉRCIA que deve ser superada em nós, se quisermos realmente
mudar de vida e conquistar o amor, a saúde e felicidade neste plano.

Para isso é regido pelo signo de Virgem, o mais mental, meticuloso e detalhista do zodíaco, já
que tudo em nós deve ser observado e compreendido em tal empreitada. No alfabeto
hebraico está associado com a letra de nome “Iod”.

Meditação da semana: Sou mesmo perseverante? Quantas vezes me proponho cumprir algo e
realmente chego ao final? As questões repetitivas na minha vida acontecem por ação do
“destino” ou seria porque na realidade eu não as enfrento totalmente?

Arcâno 11
A Inércia (vulgo:preguiça) é nosso grande inimigo. Até agora falamos em luz em sombra,
natureza espiritual e natureza inferior, ficamos atentos a nossas polaridades e conflitos, mas
nem sequer lembramos desta lei natural deste plano manifestado onde tudo tende a ficar
como está. Todas as nossas dificuldades ou provas nada mais são do que estímulos para que
saiamos do local onde insistimos em estar, nem que para isso haja um forte choque de
consciência.

A essa altura, conforme as modificações de vida e o trabalho pessoal vais se intensificando, é


normal a gente olhar para trás e sentir saudades, ou até dizer: - Pôxa, aquilo até que não era
tão mal assim! Nós temos a capacidade de realizar, mas perante o trabalho que ,muitas vezes,
nos impõe renúncias e perdas daquilo que não serve mais tendemos a ficar letárgicos,
estagnados. Nesse momento a mente costuma se perder em teorias, divagar, a se lamentar
para procurar algum culpado pela nossa inércia, quando na verdade não existe culpado algum,
nem dentro nem fora de nós. O que existe é apenas essa lei natural em ação, que nada mais é
do que parte da questão vida/morte, já que tudo que é criado automaticamente se destrói, ou
morre, a partir do momento em que para. Vida é movimento, estagnação é morte. No nosso
caso, em termos de vida-consciência, essa polaridade pode ser também traduzida como
atividade/inércia(preguiça).

Até aqui falamos em olhar pra dentro, em chacra cardíaco, etc, mas de que vale o
conhecimento sem ação? Este precisa ser praticado para ser assimilado.

Lutar contra um lei natural requer MUITO esforço, um esforço sobre-humano diria.

Na mitologia, encontramos referências a isso quando estudamos os 12 trabalhos de Hércules,


cada um deles ligado a uma das pétalas do chacra cardíaco que comentamos semana passada,
mas Hércules é truculento demais e acaba por dar fim a sua própria vida louco e se atirando ao
fogo. (quem não conhece vale a pena ler esse mito, aliás, estudar mitologia é fundamental).

A proposta deste arcano é usar a astúcia, inspiração, amor e doçura para realizar este trabalho.
O leão que nos é mostrado nada mais é do que a alegoria de uma lei natural, como vimos
acima, portanto não pode ser estrangulado, morto ou aniquilado. O leão nada mais é do que o
plano que vivemos, ou pode até ser associado àquilo que chamamos “sistema”. A mulher
representa o plano do vir a ser, plano feminino, segundo trono, plano alquímico onde a
energia se torna consciência.

Se tentarmos domar esse animal à Força (que é o nome deste Arcâno), ou tratá-lo a
chicotadas, como uma besta, talvez até consigamos realizar muita coisa, mas o final já é
previsto no mito. Bater de frente não resolve.

Relacionado á letra hebraica de nome “Caph”, também está relacionado ao planeta marte.
Interessante é que este que nada mais é do que o “Impulso”, ou ação no plano manifesto ou
tamásico. Ao estudar mitologia veremos que o deus Ares que mais tarde foi chamado “ deus
da guerra” na verdade é um grande fracassado que, no Olimpo não ganha batalha alguma, por
ser truculento e racional demais.

A grande guerreira trata-se de Minerva, ou Palas, nascida de um raio de luz que jorrou da
cabeça de Zeus. E é ela que está retratada nesse simbolismo.
Sem essa explanação, a interpretação imediatista que se dá a essa carta acaba não tendo
resultados práticos.

Meditação da semana: Observar a própria preguiça em todos os setores. (Entender “preguiça”


no entendimento que temos e também como tendência a ficar como está, até mesmo nos
conceitos, crenças, idéias, atitudes, sentimentos e por ai vai). Fazemos muito pouco para sair
de onde estamos e quando damos um impulso, dificilmente conseguimos mantê-lo.

Arcâno 12

O Doze representa a base do mundo manifestado por ser produto da ação entre o ternário e o
quarternário. Nele temos representados o zodíaco, os apóstolos, os trabalhos de Hércules
como expressão da superação das pétalas do cardíaco necessárias para que realmente
assumamos a consciência que nos cabe como Reino Hominal.

Está associado ao despertar do quarto circuito neural, o qual recomendo a releitura para
melhor compreensão desta postagem. É a realização (ou manifestação) através do sacrifício ou
do sacro-ofício.

Na prática, é literalmente “cair de cabeça” em algo (que tanto pode ser bom ou ruim).

Aqui o discípulo se vê obrigado a tomar uma decisão ou atitude, pois não adianta mais ficar
aguardando uma resposta que venha do mundo externo. Quando ele faz isso,
obrigatoriamente realiza algo que vai impulsionar seu movimento para tirá-lo da estagnação
evolutiva.

A princípio, essa atitude vai lançá-lo cego em alguma direção. Se foi originada pelo impulso
imediato, mecânico, muito provavelmente esse direcionamento desembocará em uma mesma
experiência repetitiva, porém, se for regido pela razão e aprendizado que se teve até aqui,
agora, finalmente o discípulo se liberta da roda e se desloca para o Novo. Mas isso pode causar
medos e inseguranças caso não haja fé suficiente.

A cabeça, o mental aqui tem grande peso, para poder segurar a onda do emocional que se
encontra fragilizado.

O novo geralmente nos é assustador porque não temos referência alguma a seu respeito em
nossa formação, já que nunca o vivenciamos. Isso nos trás insegurança total, e com ela vem a
necessidade de nos apegarmos a algo conhecido e, portanto “aparentemente” seguro. ( mas
que não nos levará a lugar algum). O que torna esse arcano uma vivência bastante depressiva.

Neste momento, precisamos saber identificar o Movimento Divino e nos lançar confiantes à
ele (embora cegos), permitindo que nos conduza. ( Daí a idéia do “atirar-se de cabeça”).

Como ligado ao 4° circuito, este está no dilema entre o 3°(emocional/instintivo) e o 5° (mente


abstrata/inspiração Divina). É o momento em que somos testados para saber a qual Senhor
estamos seguindo. Dependendo de qual escolhemos para nos orientar, este movimento tanto
pode nos conduzir para uma “Realização” no caso de atendermos ao nosso Eu Superior, ou um
“Sacrifício” quando nosso Eu Instintivo pesa na decisão.

Como os dois Eus aqui se embaralham e confundem essa decisão não é nada fácil. Pra vocês
terem uma idéia, quando realizei esse arcano eu me apaixonei intensamente e tive que
aprender duras lições a partir de um amor... Nada é aquilo que parece... aquilo que era “doce
e sedoso” converteu-se numa penosa lição. Foi neste que encontrei o embrião daquilo que
haveria de superar, a base do trabalho que viria posteriormente.

Geralmente nos leva a ver aquilo que não queremos ver, e como nos recusamos a isso
acabamos tendo que ver na marra... Esse dói...

Na figura do Enforcado este aparece com os pés formando um número 4 invertido. Isso
significa ser ele um desdobramento do 4° arcano que representa aquilo que devemos dominar,
ou tornar-nos senhores, para que haja manifestação do Novo.

Está relacionado com a letra hebraica “Lamed” e o signo de libra, que é o mais indeciso do
zodíaco. A questão aqui é a pesagem que deve ser feita em cada decisão importante que pode
implicar em seguir avante às custas de renuncias de apegos em todos os níveis ou pender para
estes e cair novamente na roda das repetições, até que nova oportunidade de renovação
venha surgir. Em ambos os casos implica em sofrimento que tanto pode ser para nosso Eu,
quanto para nosso Ego aos quais estamos atados.

No meu entender este arcano representa o momento de transpassar o Grande Portal da


Verdadeira Iniciação, do qual não existe retorno.

“Por mim se vai à Cidadela Ardente/ por mim se vai à septerna dor/ por mim se vai à condenada
gente.../ Só justiça moveu meu autor. / Sou Obra dos poderes celestiais/ da suma sapiência e do primo
amor./ Antes de mim, não houve coisa criada senão eterna,/ e, por isso, eterna duro!/ Deixai toda
esperança ó vós que entrais!”
(Portal do Inferno – A Divina Comédia)
Arcâno 13

A morte nada mais é de que uma mudança radical de postura perante alguma coisa ou fato.

Uma vez decidido embrenhar-se pelo caminho que nos libertará da Roda e, por isso mesmo,
nos conduzirá a uma série de novas experiências, é necessário que mudemos o pensar, o sentir
e o agir, pois não adianta partir para o novo utilizando-se de velhas fórmulas que doravante
pouco ou nenhum sentido fazem exatamente por serem pré-conceituosas ou resultantes de
vivências já ultrapassadas.

Diante disso, poderíamos dizer que o discípulo a partir deste momento adentra uma nova vida.
E se ele entrou para uma nova existência, então ele morreu para a anterior. O processo
iniciático nos permite avançar muitas vidas em uma só. Isso significa muitas mortes a
atravessar.

Quando vivenciei este arcano fui consagrado Sacerdote, o que acabou exigindo mudança
radical em todo meu ser através de experiências até então inimagináveis para mim naquele
momento de vida, quando eu regulava de idade com vocês.

A morte foi inevitável naquele momento, assim como o processo ao qual estamos nos
propondo provocará semelhante transformação em nossas vidas.

Terminamos o arcano anterior falando em Portais Iniciáticos que se abrem em direção ao


nosso interior, simbolizado pelas entranhas da Terra que acabaram se confundindo com a
simbologia infernal. Na verdade, diante dos Portais Iniciáticos nos deparamos com a figura
negra da Morte, coisa que acontece em TODOS os ritos de passagem, em todas as Ordens,
geralmente associados ao Primeiro Grau. Simbolicamente este representa a entrada para o 5°
Circuito Neural, ou seja, o início do trabalho de superação de tudo aquilo que foi registrado no
cardíaco e que agora deve ser transposto para um estágio superior, regido por novas Leis e
regras direcionadas ao nosso novo aprendizado.

Diante disso, somos obrigados a mudar nossas posturas, visões e atitudes.


E quando realmente mudamos, tudo muda a nossa volta e dentro de nós, por isso este arcano
tem também um sentido de transmutação radical.

Como ele é o grande transformador, acaba sendo uma expressão do Plano da Mãe Divina ( ou
2° Trono), por isso está representado pela segunda Letra Mãe do Alfabeto Hebraico: Mem.

É também o Arcâno do contato ou encontro com a Divindade através do aspecto devocional e


renuncia do ego. Tudo que estudamos a respeito da passagem do 4° para o 5° circuito neural
se enquadra aqui.

É o momento do desapego de tudo aquilo que não faz mais sentido, esteja dentro ou fora de
nós.

Meditação da semana: O universo é criado pela mente que depois atravessa o plano
emocional (astral) para tomar forma no físico. Se usarmos nosso conhecimento para equilibrar
nosso emocional com certeza mudaremos a realidade de nossas vidas.

Arcâno 14

Este arcano se refere basicamente a posturas e ações.

O Novo obrigatoriamente necessita de um modo de manifestação inusitado para nós até o


momento e isso vai depender de nossas mudanças de atitudes e posturas perante nós mesmos
e o mundo que nos rodeia.

A postura a ser assimilada é a do eterno iniciante.

Dizer: “- Eu sei”, neste caso é sinal de ignorância já que perante o novo não existem
referências interiores ou racionais ainda formadas. Estas irão acontecer conforme o
aprendizado do caminho até conclusão da etapa. Depois disso, pouca ou quase nenhuma
serventia terão perante novos aprendizados futuros. Perante o Novo Verdadeiro somos
sempre eternos aprendizes ignorantes.

Muitos dirão ao ler estas palavras: - Qual o sentido disso?

O que está em jogo aqui é o desapego total de tudo aquilo que foi sedimentado pelo passado,
diante da abertura ou receptividade perante novos aprendizados, novas experiências.

É entender que o conhecimento que adquirimos é relativo a cada etapa cumprida, nada mais.

Esse entendimento exige do discípulo constante postura de auto-reformulação, desapego e


humildade.

Toda vez que iniciamos algo novo, o primeiro impulso é que o realizemos baseados em velhos
hábitos. A mecânica mental estabelecida sempre é mais forte, é como um inquilino que não
quer sair da casa para dar lugar a um novo morador.

Recentemente fui realizar uma cerimônia e para isso comecei a prepará-la do mesmo modo
como sempre fiz. No dia seguinte, notei meu próprio engano, desconsiderei aquela rotina da
forma e pensamento e me abri totalmente para o novo. O resultado foi um inesperado
aprendizado apontando um caminho que até então ainda estava incapacitado de ser
vislumbrado.

Esse conflito entre o velho e o novo, na verdade pode se manifestar praticamente como um
conflito entre polaridades. O aço é retirado do fogo, depois moldado pelo ferreiro e a seguir é
esfriado na água fria, repetitivamente até adquirir o que se chama “têmpera”, daí o nome
Temperança, como é profanamente conhecido este arcano.

Quando ocorre verdadeiramente a Morte simbolizada pelo arcano anterior, o 13°, TUDO ficou
para trás. Pelo menos em algum setor de nossa vida algo sofre uma grande alquimia ou
transmutação. Já que não somos capazes de nos transformarmos integralmente de uma só
vez, as coisas ocorrem por etapas, caso contrário seria um sofrimento muito grande, e sofrer
não é a meta da evolução, embora não haja expansão de consciência sem renúncias, perdas,
dores, etc. Infelizmente ainda não somos nossos próprios ferreiros, precisamos da ação do
Karma para fazer este papel até que conquistemos autonomia.

Este arcano está relacionado com a letra hebraica Nun e o signo de Escorpião que é o mais
extremista do zodíaco.

Meditação da semana: Quando estamos diante de uma nova situação, seja ela profissional,
afetiva, espiritual, ou diante de algum problema inesperado qual é a nossa reação? Nos
abrimos para o novo ou insistimos em velhas fórmulas? Se toda nova experiência é um novo
desafio, então o passado não cabe lá.

Arcâno 15
Somos limitados pelos nossos instintos, crenças e karma de vidas passadas, Não há nada nem
ninguém que possa nos libertar disso que faz parte do lastro que necessitamos para nos fixar
neste plano. Cabe a nós transformar esses limites em ferramentas de aprimoramento
individual, pois é do atrito entre as polaridades que nasce a luz da sabedoria. Quanto mais
atrito mais Consciência ele gera.

De nada adianta renunciar a isso, sem as experiências do mundo não nos realizamos como
seres em evolução.

Vocês deve ter percebido que, talvez contrariamente ao que muitos esperavam, o início destes
experimentos literalmente nos jogou no mundo, nos levou ao contato com pessoas, situações
e ambientes novos até então, que nem sempre fazem parte deste nosso “universo
espiritual”mas que, de certo modo, nos levam a um outro “universo” necessário a que
tenhamos novos e inesperados aprendizados.

Por outro lado, vai ficando cada vez mais difícil dedicarmos o mínimo de tempo que seja para
realizar nossos exercícios aqui propostos. Coisa que nos obriga a cada vez mais esforço.

O que nos levou a estas novas experiências, ou novos túneis de realidade, foi uma necessidade
que muitas vezes nem saibamos existir em nós, mas que acabou despertando, seja ela afetiva,
de sobrevivência, profissional, de reconhecimento ou até mesmo instintiva.

Como diz o ditado: “ A necessidade é a mãe das invenções”, no sentido de que nos obriga a
trazer a este plano (ou as nossas vidas) algo que até então não existe. E como provoca a
manifestação daquilo que urge, é, portanto uma aceleração nascida da mente abstrata ou
criadora.

Algo que não sabíamos existir dentre de nós vem a tona e se apresenta como a Serpente do
Paraíso.

Embora busquemos isso, lembremo-nos que num estado paradisíaco de ser, onde todas as
nossas necessidades estão satisfeitas, não existe evolução.
Grupos tendem a fechar-se em si mesmos e construir uma redoma onde incluam todos os seus
relacionamentos possíveis, inclusive os de trabalho, numa tentativa de proteger-se, ou isolar
das questões relativas ao mundo externo a eles.

Ai está o embrião da Queda, ai está o Pecado Original. Na simbologia da carta, o casal despido
e acorrentado pode muito bem fazer alusão a essa interpretação, entre tantas outras.

De que adianta consciência sem ação?

Neste caso, a ação não está na fala pregatória de quem diz: - Olha como eu sei!. O que mais
existe é religiões e grupos que fazem isso.

Aquele que se realiza verdadeiramente não está preocupado em convencer ninguém. Torna-
se um Templo Vivo e, como um frasco de perfume desarrolhado, vai impregnando todos os
ambientes por onde passa deixando sementes aptas a germinarem no tempo certo, de modo
imperceptível.

Como para que isso ocorra é necessário um solo fértil, este homem não está preocupado em
transmitir ensinamentos ou revelações, pois sabe que esse preparo só ocorre através de
exemplos.

Cuidar da saúde do corpo, cuidar da mente, do equilíbrio emocional, transmitir bons


conselhos, evitar palavras e atitudes que joguem as pessoas em algum tipo de polaridade, seja
esta religiosa ou partidária, faz mais resultados do que o palavrório lustrado e erudito próprios
das pseudo coisas divinas.

É do esforço hercúleo de conciliar todos esses opostos e contradições que existem em nós que
nasce a paz interior.

A polaridade entre Bem e Mal faz parte do mundo, e toda vez que caímos nela o Inconsciente
Coletivo nos engole.

O Diabo é aquele que persegue a luz, e se busca a luz é porque não a tem.

Quando adquire a consciência de que é o eterno aluno (a-lumini) e nada sabe objetivamente,
sua única saída é meter as mãos no mundo, revolver as coisas da terra, revirar a esterqueira do
solo para transformá-lo em campos férteis e aptos ao desenvolvimento das melhores
sementes. E é isso que os Mestres fazem conosco.

Este arcano representa também a ignorância e nos alerta a queda no destino cego e instintivo
que está reservado aos que se deixam conduzir pelas paixões, julgamentos e o jogo instintivo
da sobrevivência.

Separar o joio do trigo é a proposta inquietante que este arcano nos reserva, mas sem isso não
existe despertar.

Está relacionado com a letra hebraica Samech e ao signo de Sagitário que é o mais otimista do
zodíaco, por ser esta a postura que necessitamos alimentar perante o trabalho de redenção da
humanidade, evitando julgamentos e posturas rígidas pelo seu caráter desagregador.
Meditação da semana: observemos o mundo que nos rodeia, as diversas pessoas e ambientes
que freqüentamos. O que existe em nós que alinhava tudo isso? O que estamos fazendo?

Arcâno 16

É através do processo de queda que o abstrato se firma no concreto.

Existe um mantra chamado “Exaltação ao Graal” que representa todo o trabalho das
hierarquias criadoras para se firmar na superfície da terra, ou melhor dizendo, no plano
objetivo ou físico. Numa de suas estrofes encontramos as seguintes palavras:

“Sentimentos de amor, paz na terra toda em flor/ Porta aberta aos três reis pelo arcâno
dezesseis!”

No referido arcano temos a alegoria de uma torre fulminada por um raio, de onde se
precipitam três reis. Em muitas descrições, podemos encontrar na figura destes monarcas uma
referência as três hierarquias que caíram na matéria para dar suporte ao nosso sistema
evolutivo, hierarquias estas relacionadas aos três reinos que dão base ao nosso, o humano, e
que representam o mineral, vegetal e animal.

Por outro lado, à figura dos “Reis” podemos associar a idéia de “Coroas” ou “Princípios
Superiores” que para nós estão associados aos planos: Mente Abstrata (Manas); Mente
Intuitiva (Budhi) e Mente Crística (Atmã), que são os relativos ao plano Divino (do vir a ser) que
devemos manifestar, ou firmar na terra, e devem desenvolver os 5°, 6° e 7° circuitos neurais na
humanidade.

Ocorre que cada vez que temos um salto qualitativo em nível de consciência, é necessário que
haja também uma adequação cerebral para que essa “nova realidade acessada” possa se
firmar, pois, como já vimos ao estudar os circuitos neurais, são necessárias estruturas mentais
cada vez mais elaboradas para veicularem consciências cada vez mais sutis. Deste modo,
concomitantemente à evolução espiritual vai ocorrendo uma evolução genética.

Como isso não acontece de imediato, esse processo vai se realizando através de estímulos.

Por exemplo: quando ouvimos uma sinfonia e mergulhamos na essência desta, nossa mente
abstrata sofre um impulso que a faz subir de nível (dei como exemplo uma sinfonia, mas isso
pode acontecer através de insights, criação artística, devoção mística, yogas, etc.) depois de
certo tempo, ela aparentemente volta ao seu estado normal. Porém, a cada experiência desse
tipo que temos aumenta nossa capacidade de percepção relativa a este plano, e mesmo
quando a mente retorna ao normal ela já não é mais a mesma. A cada subida está
condicionada uma descida, e a cada queda nos tornamos mais divinos porque
experimentamos algo “superior”.

Para compreender de outro modo, imaginemos uma escada com alguns degraus onde cada
degrau representa um patamar de percepção consciente. Suponhamos que uma experiência
elevou nossa consciência/percepção quatro níveis acima daquele em que estamos. Por mais
que nos esforcemos não conseguimos nos manter naquele estado “nirvânico”por muito tempo
e, inevitavelmente, ao sairmos dele vivemos uma sensação de queda, de abandono, de
solidão, dúvida quando voltamos ao plano objetivo.

O que fica difícil perceber é que, ao voltar, descobrimos que subimos um degrau. Isso ocorre
porque a sensação de “queda” prevalece sobre a “subida” que tivemos.

A esses estados poderíamos associar a idéia de conexão/desconexão com nosso Eu Interno, ou


Tríade Superior (os três Reis), que ocorre mais ou menos da seguinte maneira ilustrativa.

Sobe três degraus, cai dois.

Sobe cinco, cai quatro.

Sobe dez, cai nove, e assim por diante.

Isso acontece porque nossa estrutura cerebral só consegue se ajustar a subida de um “degrau”
de cada vez.

Como diz o ditado: “Quanto maior a subida, maior o tombo”. Em termos humanos, quanto
maior elevação maior depressão, angústia, etc. Percebam que o mecanismo é muito
semelhante ao da droga. No caso desta temos alternância de estados eufóricos/depressivos
por conta de estímulos químicos que vão intoxicando o cérebro, ao passo que no processo
“espiritual” este vai atingindo a capacidade de despertar novos circuitos neurais, e com o
despertar destes vai se tornando cada vez mai aprimorado.

Assim como a droga, o experimento espiritual não deixa de ser um estado alterado de
consciência. Só que, biologicamente falando, um é destrutivo outro construtivo. Coisas do 5°
circuito.

Ciclos de plenitude, amor e gratidão são sucedidos por outros de dúvida, insegurança e
sentimento de abandono, por exemplo, que significa um estado de ser bastante angustiado
que pode somatizar uma série de doenças, que dependem muito da pré-disposição kármica de
cada um. Por isso os grandes Mestres sofrem muito, pois a cada “revoada da consciência” em
busca do alimento espiritual a ser distribuído neste plano, conseqüentemente estes vivenciam
estados de alma bastante insuportáveis, diria. Em suas vidas pessoais são seres em constantes
quedas, em nenhum momento é possível adquirir algum tipo de estabilidade, por isso acabam
muitas vezes dependendo da caridade humana para sobreviver.

Dai a frase proferida por um deles: “Deus na terra caído, no entanto sou o mais desgraçado de
todos os homens.”

No mito Cristão, após o Sermão da Montanha e multiplicação dos pães, desencadeiam-se os


fatos que culminam na Tragédia do Gólgota.

Nos Ciclos da Obra vemos as quedas trágicas decorrentes de cada “conquista” Divina, nos
dando impressão de que a Lei coleciona mais derrotas neste plano do que vitórias
propriamente ditas e que a humanidade jamais evoluirá em termos de consciência.

Na nossa vida prática, a cada período de aprendizado sobrevém um período de provas, onde
nos vemos obrigados a trazer ao plano objetivo aquilo que, a níveis superiores, nos foi
mostrado, ensinado. É um teste para ver se realmente “apreendemos” a lição.

Deste modo, vamos alterando espiritualidade com materialidade até que consigamos
pacientemente nos ajustar. O trabalho deste arcano é nos manter num estado de crença de
que não somos nada e jamais conseguiremos atingir aquilo que almejamos em termos de
consciência. Nesse sentido ele nos chama a humildade, pois verdadeiramente age como um
“puxão de tapete” em relação ao Ego.

Aquele que se julga num patamar elevado realmente nunca esteve lá, pois a queda faz parte
da subida.

Este arcano está relacionado a letra Hebraica “ Ayin” e ao signo de Capricórnio que é o mais
perseverante do zodíaco.

Meditação da semana: Fazer uma avaliação de nossas vidas pessoais e perceber os ciclos de
aprendizado, de provas e de prática. Observar nossas oscilações de consciência.

Arcâno 17
Tudo é mente, e quando esta acelera a vida acelera.

A mente agitada cria uma porção de problemas e acontecimentos a nossa volta que só a
mente apaziguada será capaz de resolver. Daí a importância em serenar a mente.

Quando esta se acelera provocamos uma imensa movimentação a nossa volta, pois nossa
mudança vibratória interfere também no coletivo, nos ambientes que freqüentamos. Como
resposta este ambiente nos trás todo tipo de pessoas ou situações que visam nos colocar
novamente no estado em que estávamos e assim nos tirar de nosso foco, para tentar
restabelecer aquilo que para ela significa equilíbrio. Isso nos dificulta atingir a meta.

Como resultado, ficamos apreensivos, ansiosos, confusos, sem saber por quê. Como cães
correndo atrás da própria cauda, nos cansamos sem chegar a lugar algum. Isso acontece
sempre que lutamos contra a “mente coletiva” (coisa que nos deixa exaustos) e é necessário
MUITO esforço para sair desse estado.

Na verdade, quando e mente silencia todos os problemas, inclusive os relativos ao mundo


externo que nos rodeia, desaparecem como por encanto.

O coletivo associado à nossa mecanicidade mental adquirida começa a agir nos criando todo
tipo de situação cuja única finalidade é nos levar de volta à velha programação do meio onde
fomos e estamos inseridos até agora.

Lembremo-nos que a lei da inércia é a mais forte e tudo tende a continuar como está. O que
acontece quando mudamos?

O arcâno 17, cuja se relaciona com a letra hebraica “Phé” ( Fé?) e tem por correspondência o
planeta Mercúrio que, na mitologia, é o intermediário ou aquele que faz a tecedura entre o
céu e a Terra.
A tônica mercuriana superior, ou Divina, diz respeito ao conhecimento, à consciência de si
mesmo em relação ao Todo. Sua face terrena nos envolve em termos de comunicações,
papéis, negócios, falcatruas e burocracias. Coisas que nos tiram do sério literalmente!

Quando essa tônica está superativada, dependendo do estado vibratório em que estamos
passando e por conta do circuito neural que está em ativação no momento, somos lançados
para uma face ou outra, onde encontraremos soluções ou problemas a serem enfrentados.

Quanto ao aspecto da Fé, este é muito importante.

No nosso caso, trata-se de um sentimento praticamente científico (sentimento científico –


dualidade total), pois realizamos um trabalho experimental e conclusivo através de
experimentos mentais/emocionais.

Por exemplo: quando nos propusemos à vivenciar os arcanos, acabamos sendo lançados,
conjuntamente, à uma série de experiências pessoais que, embora diferenciadas de acordo
com a tônica de cada um, nos levaram as mesmas conclusões, que são a essência dos próprios
arcanos.

E se escolhêssemos Agharta ao invés do Arcanos? Viajaríamos através das Cidades?


Manifestar-se-iam condições ou seres favoráveis a que isso acontecesse?

Percebam que, com este exercício, abre-se uma possibilidade de locomoção no plano mental a
partir de experimentos ou conclusões que se manifestam de dentro pra fora, contrário aos
valores que o inconsciente coletivo tenta nos impor de fora pra dentro.

A Tríade Superior é mental (abstrato/intuitivo/crístico), Agharta é mental


(Badagas/Duat/Shamballah), mas a mente é inquieta, não está em lugar algum mas está onde
a focamos.

A partir destes nossos experimentos percebemos como nosso mental tem a capacidade de
atuar efetivamente em nossas vidas objetivas. Por isso falo em “Fé” experimental ou científica,
já que uma experiência vivida passa a ser fato incontestável e conclusiva.

Toda criação mental humana gera conclusão ou confusão.

A mídia como representante do pensamento coletivo nos manipula para que continuemos
onde estamos, para manter nossa sensação de segurança e conforto (inércia é a força,
lembram?). Nos cega, divide, separa, nos afasta da Fonte, mas usa de ferramentas
extremamente poderosas para nos envolver, vide campanhas políticas, de marketing ou
pregações religiosas, tanto vale.

O coletivo julga, segrega, enfraquece e quando a gente se identifica com ele, inevitavelmente
somos engolidos. Quando isso acontece o Divino se afasta por não ter onde se fixar.

Mente coletiva é ruído, mente divina é silêncio, uma divide porque instiga à discussão, outra
agrega porque reúne a todos através daquilo que lhes é comum e lhes trás a paz.

E é só no silêncio e na paz que a mente se alinha e Agharta de manifesta.


Meditação da semana: Onde foco minha mente, no silêncio ou no ruído?

Arcâno 18

Existem momentos em que vivenciamos o medo da desconexão.

Os envolvimentos com as coisas e pessoas relativas a este plano objetivado acabam nos
envolvendo de tal maneira que, quando nos damos conta, percebemos que algo parece que
foi rompido, algum compromisso interior ou comunicação com o Divino.

Olhamos a nossa volta e não conseguimos mais vislumbrar a Luz ou aquele estado vibratório
que inicialmente nos impulsionou a este caminho. Tudo parece que se afasta e neste estágio
temos que ter muito cuidado com julgamentos que possamos fazer ou sofrer, para que isto
não alimente mágoas, ressentimentos e decepções.

Aqui “Mágoa” (Má água) é a palavra chave, no sentido daquilo que devemos cuidar da nossa
nutrição espiritual que acaba interferindo em nosso corpo físico nos trazendo, no mínimo,
muitas dores em todos os aspectos. Dores provenientes do medo e da insegurança, por isso
mesmo este é o arcano da reestruturação que o caos interior nos obriga a realizar.

Por conta disso, surgem problemas nos ossos, problemas nos dentes, problemas nos nervos.
Emocionalmente nos sentimos incompletos, e isso nos faz buscar segurança através de
atitudes emocionalmente possessivas, numa tentativa de segurar aquilo que queremos ou
julgamos ser de nossa propriedade, por mero capricho ou mérito auto concedido. Por isso
mesmo este pode ser um momento de possíveis perdas de algo que julgávamos haver
conquistado.

Também é possível que tenhamos que lidar com a dura prova da ingratidão.

Aqui o ego sofre duro golpe, e não haveria de ser de outra maneira.
Aquele que acredita que o caminho espiritual vai lhe trazer algum tipo de benefício objetivo
acaba se deparando com suas fraquezas e como absorve toda a dor que está a sua volta,
sente-se impotente e começa a repensar a relatividade de seus passos até aqui.

Olhar para trás, embora nos pareça uma situação mais confortável, não nos traz segurança.
Porém o futuro parece envolto em névoas tempestuosas. Não se vê a luz nitidamente, ela está
embaçada, assim como quando olhamos para dentro de nós procurando a nossa.

Este arcano relaciona-se com a letra hebraica “Tsade” e com o signo de aquarius, que aqui
deve ser tomado em seu significado primordial como sendo “ O aguadeiro”, onde voltamos a
questão da água, ou má-água.

Embora as águas as quais este simbolismo nos remete sejam as águas Akashicas, existe uma
relação entre estas e as águas do mundo manifestado. Curiosamente estamos passando por
sérias questões de abastecimento que nos indicam um desligamento, ou dificuldade de
obtenção daquilo que antes nos parecia abundante, gerando medo de que a “Fonte” esteja se
esgotando. E por “Fonte” entendamos que pode significar tudo aquilo que nos nutre, que nos
dá segurança. Isso vai desde o alimento físico até a Fé que alimenta o espírito.

Este arcano assinala a travessia pelo caos que tanto pode ser interior ou exterior, ou ambos ao
mesmo tempo, que é mais provável, por isso tantas dores.

No meu entender este se refere ao momento que nossa humanidade passa como um todo.

Do lado de fora tudo parece tempestuoso, do lado interior nossos instintos de posse, inclusive
sexual, parecem turvar nosso contato com a “Fonte” Divina.

É momento de esperar a tempestade passar, sem tomar partido ou iniciativa.

Experimento semanal: Sigo adiante sem dar ouvidos aos meus pensamentos, meus
sentimentos e minhas impressões, pois todos eles foram forjados no meu passado e não fazem
mais sentido para onde vou.

Arcâno 19
Constatar uma face de nossa verdade interior nem sempre nos é agradável, porém é de
extrema necessidade para que possamos nos firmar no caminho do crescimento.

O caos nos trouxe até aqui, e sem ele não teríamos chegado a conclusões as quais nos
trouxeram nosso material humano a ser trabalhado doravante.

A tempestade se dissipou, ou pelo menos acalmou, mas deixou seu rastro dentro de nós a
ponto de que quando nos olhamos sinceramente descobrimos que passamos efetivamente por
uma morte simbólica, pois nada mais ficou como era antes. Depois dessa experiência já não
somos mais os mesmos.

A vivenciação de um arcano sempre nos traz o inesperado, aquilo que nos resta a realizar, a
experiência do novo, a quebra da mecanicidade repetitiva a qual viemos acorrentados por
vidas sucessivas até aqui, até este ponto que chegamos. Tudo isso porque a Divindade é
inesperada, pois caso contrário seria pré-conceituosa. Nas Escrituras existem referências a
esse respeito quando se diz “Eu voltarei como um ladrão no meio da noite” ou coisas do
gênero. Mas, quando é que o ladrão se manifesta? Quando estamos distraídos ou ausentes da
nossa realidade interior.

Mas o que buscamos é um exercício de presença. Neste caso, um encontro pasmo entre o
dono da casa e o ladrão. Se por um lado isso nos tira do estado cômodo de sossego, por outro
nos faz redobrar nossa vigilância.

A Iniciação verdadeira nos põe em contato com o inevitável, que nos traz a consciência uma
verdade incontestável que nos esclarece muitas coisas, a ponto de servir como referência a
nossa reconstrução interior, a qual somos impulsionados e, depois disso, nos propomos
doravante a realizar.

É a luz da lanterna com a qual adentramos nas camadas mais profundas dos porões do nosso
inconsciente, onde acabamos encontrando tanta coisa velha e em desordem, depositada lá há
tanto tempo que nem nos dávamos conta, por estarmos acostumados, adaptados a ela que
nos parecia ser coisa de pouca importância.

Agora descobrimos que essa desordem dificulta nossa movimentação através de nosso
interior, ao qual precisamos nos predispor a uma limpeza e arrumação para que não nos
transmita uma visão confusa da realidade.

Ninguém pode fazer isso por nós, nem mesmo um Avatar ou Mestre. Ninguém tem essa
permissão, por isso trata-se de um trabalho solitário.

Trata-se do encontro inevitável entre nossa mente superior e nossa natureza emocional, entre
nosso lado Divino e nosso lado Rebelde decaído e relutante em mudar que deve ser resgatado,
redimido, ou antes, re-admitido a sua condição primordial. E ambos juntos doravante seguirão
como parceiros de caminho, algumas vezes chicoteando-se mutuamente, outras abraçados em
fraternal compaixão, mas de tempos em tempos virão dias de equilíbrio neutro, onde os
irmãos beberão na mesma taça e cada um enriquecerá ao outro com suas experiências e
realizações. Nenhuma das partes sozinha poderá chegar a lugar algum.

A figura tradicional deste arcano nos mostra duas crianças de sexos diferentes que caminham
juntas, nesta versão temos uma criança montando um cavalo. Ambas simbolizam esse
encontro de polaridades que devem crescer e seguir unidos daqui pra frente. É a fusão da
Tríade Superior com o Quaternário Inferior.

A imagem da criança se refere ao fato de que tudo isso, mesmo sendo velho, depois dessa
compreensão passa a ser novo para nós.

Este arcano relaciona-se com a letra hebraica “Kuph” e o signo de peixes, cujo regente netuno
é símbolo de nebulosidade, e seu elemento é a neblina.

Este arcano me foi ditado ao amanhecer. A luz dissipando as trevas, o galo (símbolo de vigília)
cantando enquanto o sol empurra a névoa que se concentra nas regiões mais baixas do vale,
impedindo visão momentânea daquela região que mais tarde também será iluminada.

Tudo está como sempre foi, porém tudo está renovado com a oportunidade nova de mudança
que cada dia nos traz.

Eis o significado do “Sol”.

Experimento semanal: refletir a respeito de tudo que nos aconteceu até agora, e como foi
nosso caminho e aprendizado.

Arcano 20
A ressurreição/ o Julgamento

O arcano dezoito nos levou a conhecer o caos, o dezenove nos tornou conscientes disso, agora
é preciso que passemos por uma reestruturação, uma reformulação como pessoa.

Reconstruir o pensamento, o emocional e a fé para que se possamos seguir adiante. Sem que
ocorra isso, continuaremos soterrados no denso astral coletivo que serve de túmulo ao nosso
Eu espiritual, ao nosso Mestre, enquanto não soar a hora da Ressurreição na carne.

Quando falo em inconsciente ou astral coletivo, falo em termos de 2° e 3° circuitos, onde


aquele que Julga supõe-se superior ao objeto julgado, e, ao manter essa atitude, em virtude de
sua necessidade de sobressair aos demais, acaba por afundar no mar tamásico em que se
debate a humanidade, causando uma espécie de morte por afogamento na substancia
psiquica (como ocorreu na Atlântida) na qual o “Sistema” insiste em nos manter aprisionados.

Funciona assim: Depois do julgamento de algo começa a etapa da competição ou luta para que
ele seja evitado ou não, principalmente quando tememos que este aconteça. Esse é o jogo do
coletivo, fazemos isso tanto com percepções externas quanto com nossas polaridades, o
tempo todo, coisa que acaba impregnando nossos pensamentos e ações mecanicamente.

Neste arcano, vulgarmente denominado “O julgamento” vemos a imagem de um homem, uma


mulher e uma criança ressurgindo dos mortos Na verdade, Homem e mulher representam a
polaridade que deve se unir em neutralidade para que a criança possa surgir, e mortos estão
todos aqueles que se recusam a transformação de conceitos que os arcanos anteriores nos
obrigaram a fazer.

A Lei é neutra e sábia, o Eterno é neutro e sábio. Neste caso, homem, mulher e criança
representam também a Trindade Superior manifesta de dentro para fora como Pai-Mãe-Filho
estimulados pela Inspiração Divina.
É a partir dessa postura que se manifesta o equilíbrio entre nossos três planos, ou “mundos”,
fazendo com que vibremos na mais sublime neutralidade.

Não devemos confundir neutralidade com omissão.

A questão é que para conquistarmos essa neutralidade somos obrigados a um intenso e


constante trabalho interior, onde a prática da vigilância dos sentidos não permita que sejamos
pegos de surpresa pelo inconsciente coletivo que, este sim, julga, decreta a sentença e a
executa ao seu bel prazer, ou de conformidade com seus impulsos baseados em valores
instintivos e egóicos.

Um juiz pode tornar-se num pretenso justiceiro.

O impulso de se fazer justiceiro está estreitamente ligado ao conceito de perseguição. Ambas


as idéias nos atiram impiedosamente no coletivo como gravetos que alimentam uma fogueira.
Tomam conta de nossos pensamentos, permeiam nossas atitudes e palavras e, como
alimentam nossa raiva, esta vai se auto-estimulando indefinidamente. E de ação em ação, de
atitude em atitude e de pensamento em pensamento, sem perceber, vamos sendo engolidos
lentamente por uma espécie de “gosma psíquica” ou areia movediça na qual somos soterrados
e encontramos a morte por imobilidade de nosso verdadeiro Eu.

A Justiça Divina é equilibrante, a humana é tendenciosa, e é com a primeira que devemos nos
identificar, e como ela é para todos, pertence igualmente a todos. Fazer-se justiceiro é querer
apoderar-se da Justiça para si.

Voltando ao metabolismo morte-ressurreição ao qual somos conduzidos, encontramos o


simbolismo da Fênix, que ressurge das próprias cinzas em cumprimento da máxima: IGNEA
NATURA RETIFICATA INTEGRA, como na placa (INRI) que é colocada acima da cabeça daquele
que está sendo sacrificado, iniciado e por isso mesmo tornado sagrado (sacro-ficado), para que
não esqueça que o fogo da consciência (desperto no arcano anterior), mesmo manifestado
enquanto estamos supostamente prestes a morrer, ou mortos pelos humanos pecados (astral
coletivo/arcano 18), acaba nos libertando da morte, provocando nossa ressurreição.

Muitas e muitas vezes caímos e cairemos no coletivo, porém é importante que nesse
momento consigamos manter contato com nossos Princípios Superiores, para que estes nos
tragam de volta ao Caminho que nos propomos. Por isso a importância da prática constante e
metódica de algum tipo de yoga, mentalização ou oração que nos proporcione e mantenha
nem que seja um breve momento de comunicação com o Plano Divino.

Quando conseguimos transformar cada morte numa ressurreição, a cada passo um degrau se
sobe na escada onde Querubins e Serafins se comprazem em tecer o aura dos Iniciados, para
que estes possam realmente interligar o Céu e a Terra.

Este arcano está relacionado a letra hebraica “Resch” e ao planeta Saturno o avô do Universo
ou Ancião das Idades, o mais Antigo, o Primordial, sábio, cauteloso e ponderado em todas as
atitudes.
Em algumas versões desta carta encontramos as figuras de um velho, um jovem e uma criança
ressurgindo dos mortos.

É a volta da comunicação com o Divino.

Prática semanal: Ao despertar de cada dia repetir as seguintes palavras: O Pai no Pai, o Pai na
Mãe, o Pai no Filho. A Mãe na Mãe, a Mãe no Filho, o Filho em mim. Em seguida, visualizar
uma luz descendo do céu, iluminando a cabeça. Agradecer sinceramente com ambas as mãos
colocadas sobre o coração.

Arcano 20

A ressurreição/ o Julgamento

O arcano dezoito nos levou a conhecer o caos, o dezenove nos tornou conscientes disso, agora
é preciso que passemos por uma reestruturação, uma reformulação como pessoa.

Reconstruir o pensamento, o emocional e a fé para que se possamos seguir adiante. Sem que
ocorra isso, continuaremos soterrados no denso astral coletivo que serve de túmulo ao nosso
Eu espiritual, ao nosso Mestre, enquanto não soar a hora da Ressurreição na carne.
Quando falo em inconsciente ou astral coletivo, falo em termos de 2° e 3° circuitos, onde
aquele que Julga supõe-se superior ao objeto julgado, e, ao manter essa atitude, em virtude de
sua necessidade de sobressair aos demais, acaba por afundar no mar tamásico em que se
debate a humanidade, causando uma espécie de morte por afogamento na substancia
psiquica (como ocorreu na Atlântida) na qual o “Sistema” insiste em nos manter aprisionados.

Funciona assim: Depois do julgamento de algo começa a etapa da competição ou luta para que
ele seja evitado ou não, principalmente quando tememos que este aconteça. Esse é o jogo do
coletivo, fazemos isso tanto com percepções externas quanto com nossas polaridades, o
tempo todo, coisa que acaba impregnando nossos pensamentos e ações mecanicamente.

Neste arcano, vulgarmente denominado “O julgamento” vemos a imagem de um homem, uma


mulher e uma criança ressurgindo dos mortos Na verdade, Homem e mulher representam a
polaridade que deve se unir em neutralidade para que a criança possa surgir, e mortos estão
todos aqueles que se recusam a transformação de conceitos que os arcanos anteriores nos
obrigaram a fazer.

A Lei é neutra e sábia, o Eterno é neutro e sábio. Neste caso, homem, mulher e criança
representam também a Trindade Superior manifesta de dentro para fora como Pai-Mãe-Filho
estimulados pela Inspiração Divina.

É a partir dessa postura que se manifesta o equilíbrio entre nossos três planos, ou “mundos”,
fazendo com que vibremos na mais sublime neutralidade.

Não devemos confundir neutralidade com omissão.

A questão é que para conquistarmos essa neutralidade somos obrigados a um intenso e


constante trabalho interior, onde a prática da vigilância dos sentidos não permita que sejamos
pegos de surpresa pelo inconsciente coletivo que, este sim, julga, decreta a sentença e a
executa ao seu bel prazer, ou de conformidade com seus impulsos baseados em valores
instintivos e egóicos.

Um juiz pode tornar-se num pretenso justiceiro.

O impulso de se fazer justiceiro está estreitamente ligado ao conceito de perseguição. Ambas


as idéias nos atiram impiedosamente no coletivo como gravetos que alimentam uma fogueira.
Tomam conta de nossos pensamentos, permeiam nossas atitudes e palavras e, como
alimentam nossa raiva, esta vai se auto-estimulando indefinidamente. E de ação em ação, de
atitude em atitude e de pensamento em pensamento, sem perceber, vamos sendo engolidos
lentamente por uma espécie de “gosma psíquica” ou areia movediça na qual somos soterrados
e encontramos a morte por imobilidade de nosso verdadeiro Eu.

A Justiça Divina é equilibrante, a humana é tendenciosa, e é com a primeira que devemos nos
identificar, e como ela é para todos, pertence igualmente a todos. Fazer-se justiceiro é querer
apoderar-se da Justiça para si.
Voltando ao metabolismo morte-ressurreição ao qual somos conduzidos, encontramos o
simbolismo da Fênix, que ressurge das próprias cinzas em cumprimento da máxima: IGNEA
NATURA RETIFICATA INTEGRA, como na placa (INRI) que é colocada acima da cabeça daquele
que está sendo sacrificado, iniciado e por isso mesmo tornado sagrado (sacro-ficado), para que
não esqueça que o fogo da consciência (desperto no arcano anterior), mesmo manifestado
enquanto estamos supostamente prestes a morrer, ou mortos pelos humanos pecados (astral
coletivo/arcano 18), acaba nos libertando da morte, provocando nossa ressurreição.

Muitas e muitas vezes caímos e cairemos no coletivo, porém é importante que nesse
momento consigamos manter contato com nossos Princípios Superiores, para que estes nos
tragam de volta ao Caminho que nos propomos. Por isso a importância da prática constante e
metódica de algum tipo de yoga, mentalização ou oração que nos proporcione e mantenha
nem que seja um breve momento de comunicação com o Plano Divino.

Quando conseguimos transformar cada morte numa ressurreição, a cada passo um degrau se
sobe na escada onde Querubins e Serafins se comprazem em tecer o aura dos Iniciados, para
que estes possam realmente interligar o Céu e a Terra.

Este arcano está relacionado a letra hebraica “Resch” e ao planeta Saturno o avô do Universo
ou Ancião das Idades, o mais Antigo, o Primordial, sábio, cauteloso e ponderado em todas as
atitudes.

Em algumas versões desta carta encontramos as figuras de um velho, um jovem e uma criança
ressurgindo dos mortos.

É a volta da comunicação com o Divino.

Prática semanal: Ao despertar de cada dia repetir as seguintes palavras: O Pai no Pai, o Pai na
Mãe, o Pai no Filho. A Mãe na Mãe, a Mãe no Filho, o Filho em mim. Em seguida, visualizar
uma luz descendo do céu, iluminando a cabeça. Agradecer sinceramente com ambas as mãos
colocadas sobre o coração.

Arcâno 21
(texto escrito em 17 de outubro de 2014)

A impulsividade/ risco de se colocar tudo a perder.

Este arcano aponta um reinício que tanto pode ser numa oitava superior, quanto a volta ao
mesmo ponto onde se estava inicialmente. Por isso em alguns baralhos essa carta ganha o
status de “arcano zero”, uma espécie de coringa. É o tudo ou nada, ou se liberta ou retorna até
aprender a lição.

Pessoas põe muito a perder por conta de suas impulsividades, às vezes tudo.

Esta ocorre quando a mecânica do passado toma a frente, antes que o novo aprendizado
recente tenha capacidade de se manifestar por não estar ainda sedimentado em nossas
estruturas psíquicas.

É a resposta iniciada do cérebro, ativada pela inércia do ego em sua inércia ou eterno medo de
mudança.

A figura deste arcano traz consigo uma bagagem existencial, tem um dos joelhos descobertos
em sinal de Iniciação, é alertado por um cão (símbolo do instinto fiel) e mesmo assim se lança
num abismo, por estar olhando para trás. (nesta representação postada ele se porta como
sonhador incauto ou alheio a realidade) Um abismo que o levará novamente ao sopé da
montanha que ele acabou de escalar a duras penas.

Para que Maytréia pudesse nascer nos Mundos Interiores foi necessário antes eliminar a
polaridade, já que este Avatara representa a neutralidade do 6° circuito entre outras coisas.

Primeiro foi extinto o Buda Negro de Shagai que era um egrégora mantido por Ordens
Obscuras e com este a Monopol, onde o próprio Lúcifer estaria encarnado. Coisa que
desencadeou a grande depressão econômica dos anos 30 e a Segunda Guerra Mundial.
Uma vez neutralizada a questão psíquica desses egrégoras, o Graal pode subir novamente para
que os dois Irmãos pudessem beber na mesma Taça. Houve a redenção do Anjo Rebelde que
aconteceu em 1957 após o julgamento da Humanidade, ocorrido em agosto de 1956. A
polaridade Cósmica com isso acabou de existir, e Lúcifer foi renomeado como Arabel, que
significa Bela Fala, o Anjo da Palavra.

Trinta e dois anos depois, em novembro de 1989, o Cavaleiro das Idades, como Akdorge, fez
um avatara em (MG) Mikail Gorbashov ( como MIkael) e muro de Berlin foi finalmente
derrubado, para nossa surpresa.

Ou seja: primeiro houve a neutralização do mal cósmico (religiões), depois a polaridade


direita/esquerda que prevalecia dividindo o mundo de então (política). Porque isso? Para que
o Rei do Mundo (que representa tanto o poder espiritual quanto político) aqui pudesse se
manifestar em novas bases como o Budha Maytréya ou Aktalaya.

Infelizmente a humanidade ainda não assimilou isso, e passados 25 anos após a queda do
Muro, ainda hoje se alimenta a idéia de polaridade como forma de domínio e manobra de
massas, tanto nas religiões ou grupos pseudos-espiritualistas, quanto na política onde são
alimentadas ideologias que semeiam ódio e separatividade entre os homens e lutas entre as
classes sociais.

Vocês devem perceber o estrago e estagnação que isso nos traz.

Quando isso acontece, somos rebaixados ao circuito de combate territorial (2°), pior ainda,
quando acreditamos que nossa sobrevivência depende de ganhar essa luta, então estamos
vibrando no mais primitivo ( 1°) que é o das paixões e baixos instintos, conforme estudamos,
ou seja, estamos mos animalizando ao invés de nos elevarmos como verdadeiros seres da
hierarquia humana.

Independente de quem ganha ou perde, radicalismo gera radicalismo e todos perdemos


quando isso acontece.

Após o Julgamento existe um período de recesso (interegnun) onde cada um fica a mercê de
seus próprios julgamentos interiores. É um período de reflexão, antes que seja pronunciada a
sentença, que representa o cumprimento da Lei.

Por isso foi necessário um período de silêncio, ou parada com relação a este trabalho dos
arcanos, para que o grupo pudesse confrontar o aprendizado que tivemos até então com o
mundo que nos rodeia, e descobrir que facilmente podemos ser engolidos, guiados pelos
nossos impulsos alimentados pelas mesmas velhas crenças que levaram a humanidade a
dores, sofrimentos e separatividade. Sejam eles de Cristãos/Mulçumanos, árabes/judeus,
gays/héteros, pobres/ricos, negros/brancos, evoluídos/involuídos ou tantos outros conceitos
que estão ai a nossa volta, nenhum deles no trouxe nada, muito pelo contrário só tirou.

Convicções humanas não passam de meras convicções geradas por mentes de seres ainda
incompletos e desequilibrados, evolutivamente falando. Tentar impô-las aos demais é cair na
velha armadilha: “- Tudo que é meu é melhor”, ou “ – Sei mais do que você (tenho mais
consciência e portanto devo te guiar)”.
Quando se fala em Obra, em Lei, devemos esquecer nossas convicções (não nossas metas) e
nos focarmos no Amor, Progresso e Felicidade para TODA a humanidade. Caso contrário,
corremos riscos de nos tornarmos “ Fora da Lei” e sofrer as conseqüências disso.

Quando ocorre a manifestação de um Ser para guiar a humanidade, podemos seguramente


dizer que Este é uma Expressão Pura da Agharta ou do Espírito da Verdade. Quando Ele deixa a
face da terra, começa o trabalho humano de construção dos egrégoras baseados nos
ensinamentos dos Avatares, porém acrescidos de interpretações pessoais e antigas convicções
ainda existentes, o que acaba criando egrégoras ligados a Ordens e Ideologias que com o
passar do tempo vão se afastando pouco a pouco da origem, na medida em que ganham força
psíquica e poder de domínio.

Com isso, de tempos em tempos faz-se necessário que haja nova Manifestação da Lei para
renovação da verdade. Para isso é necessário que egrégoras do passado sejam neutralizados
ou deixados de ser alimentados. Trata-se de um momento de escuridão, sem dúvida, como o
que estamos atravessando.

Por sua incapacidade em viver num mundo “vazio”, principalmente os idealistas recorrem aos
velhos egrégoras como tábuas de salvação, e sem perceber acabam alimentando aquilo que
deveria ficar para trás. Mas é a hora mais escura da noite justamente aquela que antecede o
dia.

Na alegoria do arcano XXI, enquanto o protagonista estiver carregando sua “Trouxa” de


valores ultrapassados ele sempre voltará ao abismo de onde saiu. Ele não entende que tal
bagagem (combativa) não é mais necessária quando realmente se pretende caminhar para o
Novo, construir o Novo, ou ser veículo deste, já que o verdadeiro Novo não possui referência
anterior.

No decorrer de todos os arcanos transcorremos a respeito da questão da polaridade, que foi


mais estimulada a partir do momento em que começamos o trabalho em conjunto com o
chacra cardíaco, tudo isso para que vocês compreendessem que sem auto-dominio não existe
auto-conhecimento, e que para obtenção do primeiro é necessário muito vigilância dos
sentidos, como sempre nos alertava nossa Mãe Allahmirah.

O Louco está relacionado a letra hebraica “ Shin”, que é a segunda Letra Mãe (associada ao
Plano da Mãe Divina, ou Inspiração) e ao planeta Netuno que é o mais nebuloso de todos, e
regente da Era de Peixes, o daquela que deve ser superada.

Foi sob a vigência desta que se criou toda essa confusão de idéias que geraram ideologias,
regras, códigos, divisões de grupos e tantas outras que insistem em sobreviver em todos os
setores de nossa sociedade, e inclusive na mente coletiva.

Mantê-las através do pensamento maniqueísta que o Sistema nos impõe, impulsionando


nossas atitudes mecânicas, nos fazendo acreditar que tudo isso é verdadeiro, constitui o
grande obstáculo para que haja manifestação integral do Budha Maytréia, ou Consciência de
Aquarius, onde não existem divisões, sejam elas do tipo que forem, e a humanidade possa ser
vista e se reconhecer como realmente é: huma(só)unidade a refletir na Terra a grandeza
paradisíaca “daquilo que vindo de cima, no entanto vem de baixo.”
Num episódio denominado “Dia dos Imortais” (Vinda definitiva do Mestre), Este entrou com os
olhos vendados no Santuário onde a Sacerdotisa ( como expressão da Verdade) estava envolta
em densos véus. Quando Ela lhe retirou a venda, Ele exclamou: “Do Ilusório conduz-me ao
Real, da Morte a Imortalidade, das Trevas a Luz! Ó vós que ousais perscrutar o Caminho das
Estrelas!”

E é o sentido desta oração que sugiro, seja nossa prática semanal uma prática de esvaziamento
para que possamos nos começar a perceber o Novo.

Arcano 22

O Mundo/ O absoluto/ A Consciência.

Uma vez transpostas as Portas de Ouro de Dhyana, que nos livram da Deusa Maya, ou da
Ilusão Humana, conquistamos o Samadhi, ou o quantun” de Consciência máxima que nos
corresponde em determinado estágio de nossa evolução, que é limitado ao que conseguimos
atingir no patamar em que estamos. Porém, se teoricamente ocorrer uma aceleração desta
evolução podemos dizer que esse limite de consciência vai sendo aumentado na medida em
que avançamos a cada nova “vida em potencial” ou acrescentamos mais uma volta na roda.

Lembremo-nos que uma das propostas do processo iniciático é o avanço de muitas vidas em
uma só.

Este arcano representa a conquista deste estágio, e capacidade de recomeçar


conscientemente a nova etapa num padrão superior, ou mais sutil. No arcano 21 esse reinício
acontecia de modo forçado, pelo fato do discípulo haver sido vencido pelo plano ilusório. Aqui
esse reinício ocorre de modo voluntário, pela conscientização da necessidade em repassar,
repassar e repassar cada experiência até que haja o esgotamento desta e conseqüente
libertação da roda das repetições a qual nos encontramos atados neste nosso universo
manifestado.

Nos seres de alta hierarquia, além do avanço de muitas vidas em uma só, ocorre um processo
de reencarnações sucessivas (sem descanso nos planos sutis) para que essa capacidade de
suportar consciências cada vez mais elevadas seja aumentada. Isso acontece para que o
egrégora avatárico possa se firmar com mais segurança na Terra, já que este necessita muito
mais de suporte qualitativo do que quantitativo para poder se ancorar. (A âncora é um dos
símbolos da Agharta)

E essa aceleração ocorre principalmente pela ação das polaridades, que foi tema decorrente
em todos os arcanos que realizamos até aqui.

Existem seis direções polarizadas e uma neutra. Cada direção vibra em três aspectos, ou
planos: um superior, um intermediário e um inferior. O conjunto dessas sete direções (trinas)
nos dá o valor dos 22 arcanos.

Na superfície são quatro direções relacionadas aos pontos cardiais e aos quatro elementos: ar,
fogo, água e terra. Na cúspide celeste existe mais uma fazendo complementação à uma outra
fixa no Centro da Terra, ambas também com potencialidades trinas.

Não fica difícil concluir que a cada uma dessas direções correspondem elementos e também
nossos chacras e corpos. Estou dizendo isso para que vocês compreendam que através dos
processo dos arcanos fomos trabalhando, a nível de polaridade, não só nossos corpos físicos,
emocionais, mentais e espirituais, como também os nossos chacras. Foi feita uma
reestruturação geral com a finalidade de criar em todos um novo suporte capaz de assimilar o
conhecimento relativo à Nova Era e ao Avatara Maytréia de um modo não racional, não
convencional, não acadêmico porque devemos nos interiorizar para que o conhecimento
desperte de dentro pra fora, assim como Agharta se manifesta na face terrena, do
inconsciente, ao consciente; abrindo caminho para que a Partícula Divina que todos possuímos
possa se manifestar independente do grau intelectual ou conhecimento teórico de cada um.

Essa é a verdadeira Consciência Aquariana, que é distribuída igualmente e amorosamente a


todos aqueles que a procuram com sinceridade de propósito.

E é assim que estamos pretendendo fazer.

Este arcano é um arcano síntese. A figura que está no seu centro é andrógena e laureada pela
consciência. Em torno desta, nas quatro direções encontramos os quatro animais da esfígie,
que podem muito bem ser relacionado a chacras, elementos, hierarquias, potestades, reinos
da natureza, enfim, tudo aquilo que foi manifesto para que a consciência pudesse atingir
determinado potencial.

É difícil falar sobre ele, porque representa aquilo que foi assimilado durante o processo de
vivenciação de todos os arcanos. Qual foi o sentimento que ficou? Cada um percebeu em si
mudanças? Novos conceitos foram implantados? Antigos pré-conceitos foram abandonados?
Cada um atingiu aquilo a que se propôs, pois surgiram obstáculos a isso naturalmente, durante
nossa caminhada. Sabemos que este não significa o final de um processo, mas sim o
experimento de que é possível movimentarmos nossas consciências todas as vezes que nos
propusermos a isso, e que independentemente das personalidades de cada um, os
sentimentos serão praticamente os mesmos, e as conclusões também.

Aprendemos um pouco de magia, já que coletivamente, quando nos focamos num


determinado símbolo, atraímos uma nova realidade a todos. Temos ai uma semente de que é
possível sim mudar o mundo a nossa volta, apenas mudando nossas posturas mentais.

Concluímos a primeira etapa deste trabalho, agora vamos continuar sedimentando isso, com
novos exercícios que começarão a partir da próxima semana.

Este arcano está relacionado com a letra hebraica “ Thau” e o planeta Sol.

Luz e Claridade em todos os sentidos.

A prática semanal resume-se em fazer em levantamento de todo o processo, como tudo era
antes e como tudo ficou, e verão caminhamos um bocado durante estas 22 etapas.

Amor e Gratidão.

Paz na Terra a todos os Seres.

Bijam.

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