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educação Charlotte Mason –

livros vivos

Esse texto faz parte de uma série sobre a filosofia de ensino de


Charlotte Mason. Cada mês, postarei um resumo de um capítulo do
livro “When Children Love to Learn: A Practical Application of Charlotte
Mason’s Philosophy for Today”. O capítulo de hoje foi escrito por
Maryellen St. Cyr.

“Literatura, livros, educação e vida andam de mãos dadas. A melhor


literatura é o coração humano da educação.” (p. 127)
Tendo explicado os fundamentos filosóficos que embasam a educação
Charlotte Mason, a próxima seção do livro trata dos aspectos práticos
e como eles são trabalhados.
O primeiro ponto a ser discutido são os “livros vivos”. O
relacionamento com a literatura é uma das bases da educação
Charlotte Mason, e um dos fatores que a torna tão rica.
Porque essa ênfase em livros vivos – o que torna um livro “vivo”?
Temos algumas características chaves:
“Os livros devem ser bem escritos, não dependentes de ilustrações
para que a história se desenrole.”
“Os livros devem conter linguagem literária para fazer um apelo direto
à mente, agitar a imaginação e segurar o interesse das crianças.”
“Os livros devem ser apreciados. As ideias que eles possuem devem
fazer aquele súbito e delicioso impacto na mente, causando a agitação
intelectual que marca o início de uma ideia.”
“Os livros não devem ser muito fáceis ou muito diretos. Se eles
disserem ao leitor o que pensar logo de cara, ele lerá, mas não
apropriará a informação.”
“Os bons livros podem ser narrados. A criança é capaz de recuperar a
seqüência ordenada com detalhes gráficos.” (p. 125-126)
Charlotte Mason enfatiza esse critério para escolher livros como uma
forma de evitar o que ela chama de “bobagem”: “(…) Crianças têm
uma mente que está com fome de ideias. Elas têm um apetite de
conhecer e experimentar. Se um livro não é vivo, Mason refere-se a
ele como bobagem – algo seco, diluído, prédigerido, vazio de
pensamento vital.” (p. 125)
Parece excessivo – porque não simplesmente dar as crianças livros
que elas pedem, ou que pareçam bonitinhos?
“Pois desejamos dar às crianças uma dieta completa de pensamento
vivo para abordar a vida ativamente, para estar em contato com um
interesse vibrante com tudo aquilo que eles veem e ouçam onde quer
que eles estejam. (…) Não precisamos perguntar o que a menina ou o
menino querem. Muitas vezes ela gosta de livros bobinhos de histórias
boazinhas, e ele gosta de acontecimentos, histórias com muitas
aventuras. Todos somos capazes de gostar de um alimento mental de
pouca qualidade e de natureza empolgante; e, possivelmente, tal
alimento é bom para nós quando nossas mentes precisam de um
descanso… Mas a nossa vida espiritual é sustentada por outras
coisas, sejamos nós meninos ou meninas, homens ou mulheres “. (p.
126-127)
Dando às crianças opções sólidas para que elas escolham entre elas,
estimulamos mais do que o hábito de leitura. Um livro “bobinho” pode
parecer inofensivo, afinal, que mal faz? Mas ao analisar os livros que
apresentamos para as crianças, devemos olhar além disso. “(…) a
questão não é o que o livro não faz, mas, em vez disso, quais histórias
tolas e bobas cultivam em crianças? Que entusiasmos são gerados
por esse tipo de pensamento? Quais gostos são cultivados?” (p. 127)
A leitura bem-elaborada, direcionada, com um propósito tem um
impacto enorme na vida do leitor, não importa quão pequeno! “A
leitura ampla produz filhos com entusiasmos generosos, afetos sábios,
uma visão ampla e bom juízo porque são tratados desde o princípio
como seres de “grande discurso que procuram antes e depois”. (p.
127)

Hoje, temos um guia em PDF com sugestões de livros que se adequam aos
padrões Charlotte Mason. Como existe pouco material em português, os livros
são originalmente de literatura estrangeira (porém traduzidos). Tem também
alguns quesitos objetivos para analisar ao comprar livros!
Guia de Leitura CM

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