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https://novaescola.org.br/conteudo/6895/lingua-portuguesa-quando-usar-virgula-acesso em 09/10/17-adaptado
Por meio da pontuação, indica-se, na escrita, as várias possibilidades de entonação da fala. Ela ajuda também a
expressão de pensamentos, de emoções, de sentidos e assim torna mais precisa a compreensão de um texto.
Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é a que mais requer atenção. Existem situações em que o uso desse sinal é
obrigatório levando em conta a estrutura da frase; em outras, se o deslocarmos, o sentido da frase será totalmente
3) Isolar expressões que indicam circunstâncias variadas como tempo, lugar, modo, companhia, entre outras
(adjuntos adverbiais invertidos ou intercalados na oração):
Todos, em meio à festa, se puseram a fazer brindes aos convidados.
Durante muitos anos, fiz trabalho voluntário. Isso foi muito gratificante!
4) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.
5) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a meu ver, ou melhor, as quais servem
para retificar, continuar ou concluir o que se está dizendo:
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes.
Voltaremos a nos falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta.
2- Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase,
usa-se vírgula. Em outras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado. Exemplo:
Lá fora, o sol está de rachar!
“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto adverbial de lugar.
3- Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto. Nós já vimos um tipo
dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas também há outros casos. Vamos ver os
exemplos:
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana Maria. (A. de Alcântara
Machado)
Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assindéticas.
a) O garoto chegou guardou seus objetos debruçou sobre a mesa sem nada dizer.
b) Chegou sentou começou a discursar.
4- Lembre-se: Antes de todas essas palavras em destaque abaixo , chamadas de conjunções adversativas,
usamos vírgula. Elas se chamam orações coordenadas sindéticas adversativas.
Como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase
depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:
Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto,
usamos vírgula. Outro exemplo:
A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)
Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.
Existem casos em que a vírgula é opcional?
Existe um caso. Lembre-se. Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma
palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para
a frase. Exemplos:
Pense e responda:
Em quais alternativas a vírgula está empregada incorretamente?
a) Pedro, o filho da Ana, foi promovido na firma.
b) Pedro o filho da Ana foi promovido, na firma.
c) A França é um país de cidades vibrantes, e Paris é seu ápice.
d) “Felipão, escala novo time.”
e) “O técnico confia, em seus jogadores.”
f) Chovia, e fazia muito calor.”
g) Marta, passa-me a jarra de suco.
O carro estava encostado no meio-fio ⌂ com um pneu furado ⌂ De pé ao lado do carro ⌂ olhando
desconsoladamente para o pneu ⌂ uma moça muito bonitinha ⌂ Tão bonitinha que atrás parou outro carro e
dele desceu um homem dizendo ⌂ Pode deixar ⌂ ⌂ Ele trocaria o pneu⌂