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RESUMO

para o concurso do
RESUMO
Resumir é uma das práticas linguísticas mais corriqueiras na vida
cotidiana. É uma capacidade exigida para o desempenho de
qualquer atividade – seja escolar, profissional ou de qualquer outro
universo da sociedade letrada (por exemplo, os advogados precisam
resumir os processos que leem; os jornalistas resumem o conteúdo
das entrevistas realizadas; os administradores têm de resumir o
teor dos projetos que empreendem e os estudantes, dos textos de
cada dia).

Vamos conhecer, então quais são os tipos de resumo,


de acordo com a ABNT:
 INDICATIVO – é o resumo que não dispensa a leitura do texto-
fonte, já que descreve, somente, a natureza, a forma e o
objetivo do texto original.
 INFORMATIVO – é aquele que contém as principais informações
apresentadas no texto original e, por isso, dispensa a sua
leitura.
 CRÍTICO (também chamado de Resenha) – é o que se faz
acompanhar de julgamentos sobre o texto resumido.
O QUE É UM RESUMO?
É uma forma de condensar, de maneira coerente, as
ideias, as informações ou os fatos contidos em um texto
(literário, científico, jornalístico etc.) e apresentar – com as
palavras do autor – os pontos relevantes do texto primitivo.
Resumir é reduzir o texto original ao essencial, sem
destruir seu conteúdo. Para isso, é preciso captar apenas as
ideias essenciais, considerando a progressão em que elas se
sucedem e se relacionam em cada uma das partes e no texto
todo.

Atenção: resumir não é reproduzir frases ou partes integrais do


texto fonte, construindo uma espécie de colagem de suas ideias
principais. Isso seria fragmentar o texto, não resumi-lo.
PARA QUE SERVE O RESUMO?
Para evidenciar uma compreensão global do texto
original, por meio da apropriação do saber nele contido e das
normas às quais este gênero está sujeito. Para tanto, o resumo
deve ser um texto autônomo, que recupera de forma concisa o
conteúdo do texto fonte, numa equivalência informativa que
pode ter, ou não, a mesma organização do texto original.

Observe que, para resumir, é necessário:


 suprimir palavras, expressões e até frases inteiras – quando
estas não são necessárias à compreensão de outras partes do
texto;
 substituir alguns elementos por outros ou, ainda, reduzi-los a
um termo que os inclua;
 eliminar repetições e suprimir expressões que tenham sentido
semelhante.
Para elaborar um resumo, siga os passos abaixo:
1º) Leia integralmente o texto a ser resumido do começo ao fim,
tentando responder mentalmente à pergunta: do que trata o
texto?
2º) Leia uma segunda vez, interrompendo a leitura para
compreender o significado de palavras desconhecidas e
captar o sentido de frases longas, complexas ou que possuam
inversões (é preciso tomar muito cuidado com a relação
entre as frases, observando as ideias atribuídas pelos
mecanismos coesivos como, por exemplo, “em primeiro
lugar”, “consequentemente”, “entretanto”, “embora” etc.).
3º) Segmente o texto em blocos de ideias que contenham
alguma unidade de significação. Feito isso, sintetize as ideias
contidas em cada segmento, procurando empregar palavras
abstratas e abrangentes.
4º) Redija o resumo com suas palavras, procurando não só
reduzir ao essencial as segmentações, mas também encadeá-
las numa ordem em que as ideias se sucedam e se
relacionem em cada uma das partes e no texto todo.
Leia o texto abaixo:

Quando se analisa a linguagem publicitária, quase


sempre se fala em manipulação. Devemos considerar que, na
realidade, a linguagem publicitária utiliza os mesmos recursos
estilísticos e argumentativos da linguagem cotidiana, ela
própria voltada para informar e manipular. Falar é argumentar,
é tentar impor. O mesmo se pode dizer da linguagem
jornalística, dos discursos políticos (sobretudo em época
eleitoral), da linguagem dos tribunais (com defesas e
acusações apaixonadas) e até do discurso amoroso. Em todos
esses casos, há uma base informativa que, manipulada, serve
aos objetivos do emissor. A diferença está no grau de
consciência quanto aos recursos utilizados para o
convencimento e, nesse sentido, a linguagem publicitária
se caracteriza pela utilização racional de tais instrumentos
para mudar (ou conservar) a opinião do público-alvo.
Nelly de Carvalho. In: Publicidade – A linguagem da sedução.
Agora, leia o resumo do texto:

A linguagem publicitária, embora acusada de


manipulação, emprega para convencer o interlocutor os
mesmos recursos estilísticos e argumentativos de outras
linguagens. Difere delas, entretanto, pelo grau de
consciência com que são usados os recursos para tentar
convencer o público-alvo.
Vamos treinar?
Leia o texto e sublinhe suas ideias mais importantes:

A palavra filosofia é grega. É composta por duas


outras: philo e sophía. Philo deriva-se de philia, que
significa amizade, amor fraternal, respeito entre os
iguais. Sophía quer dizer sabedoria e dela vem a palavra
sophos, sábio. Filosofia significa, portanto, amizade
pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o
que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja
saber. Assim, filosofia indica um estado de espírito, o
da pessoa que ama, isto é, que deseja o conhecimento, o
estima, o procura, o respeita.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos
(que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da
palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a
sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que
os homens podem desejá-la e amá-la, tornando-se
filósofos.
Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas
compareciam aos jogos olímpicos (festa mais importante da
Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali
estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem
preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para
competir, isto é, os atletas e artistas (pois durante os
jogos também havia competições artísticas: dança, poesia,
música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e
torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que
ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoas, dizia
Pitágoras, é como o filósofo. Com isso, Pitágoras queria
dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais
– não coloca o saber como propriedade sua, como coisa para
ser comprada ou vendida no mercado; também não é movido pelo
desejo de competir – não faz das ideias e dos conhecimentos
uma habilidade para vencer competidores ou “atletas
intelectuais”; mas é movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida; em
resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a
ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para
ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para
vê-la.
Marilena Chauí, Convite à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1996. p.19-20.

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