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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE

Aula 00 - Estruturas Lógicas


Professor Fabio dos Santos

Raciocínio Lógico
Estruturas Lógicas
TJ/PE

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Aula Conteúdo Programático – Receita Federal Data


Estruturas Lógicas; Introdução; 1.1 Proposições Compostas 1.2
Princípios do Raciocínio Lógico; 1.2.1 Princípio da Identidade;
1.2.2 Princípio da não Contradição; 1.2.3 Princípio do Terceiro
Excluído; 1.3 Conectivos Lógicos; 1.3.1 Conjunção; 1.3.2
Disjunção; 1.3.2.1 Disjunção Inclusiva; 1.3.2.2 Disjunção
Exclusiva; 1.3.3 Condicional; 1.3.4 Bicondicional; 1.3.5 Negação;
00 1.4 Tautologia; 1.5 Contradição; 1.6 Contingência; 1.7 20/07
Proposições logicamente equivalentes; 1.7.1 Equivalências que
envolvem a Condicional; 1.7.2 Equivalências que envolvem
“nenhum” e “todo”; 1.7.3 Equivalências Básicas; 1.8 Leis
Associativas, Distributivas e da Dupla Negação; 1.9 Proposições
Categóricas; 2.1.3.3 Raciocínio Dedutivo (dedução); Questões
Comentadas;
Lógica de Argumentação; Introdução; 2.1 Argumento; 2.1.1
Validade e verdade; 2.1.2 Tipos de Argumento; 2.1.2.1
Argumento categórico (silogismo categórico); 2.1.2.1.1 Regras
dos termos; 2.1.2.1.2 Regras das Premissas; 2.1.2.1.3
Indicadores; 2.1.2.2 Argumentos hipotéticos; 2.1.2.2.1 21/07
01
Argumento conjuntivo; 2.1.2.2.2 Argumento disjuntivo;
2.1.2.2.3 Argumento condicional; 2.1.2.2.4 Argumento
bicondicional; 9 2.1.3 Tipos de Raciocínio (Tipos de Inferência);
2.1.3.1 Raciocínio Analógico (analogia); 2.1.3.2 Raciocínio
Indutivo (indução); 2.1.3.3 Raciocínio Dedutivo (dedução).

22/07
02 Diagramas Lógicos.

Sequências Lógicas (Sequências Numéricas); V. Progressão


Aritmética; 5.1 Termos Equidistantes dos Extremos; 5.2 N-ésimo 23/07
03
termo de uma PA; 5.3 Soma dos n primeiros termos; 5.4
Interpolação Aritmética; 5.5 Propriedades da PA.

Progressão Geométrica; 6.1 Classificação das PG; 6.2 Termo


Geral ou N-ésimo termo de uma PG; 6.3 Soma dos termos da PG
04 finita; 6.4 Soma dos termos da PG infinita (limite da soma); 6.5 24/07
Interpolação Geométrica; 6.6 Propriedades mais relevantes das
Progressões Geométricas.

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Apresentação
Olá, caro aluno. Tudo bem? Antes de mais nada gostaria de dizer que procurei
fazer apostilas diferenciadas para você. Procurei ser minucioso na teoria e nos
exercícios, em uma linguagem acessível. Selecionei muitas questões para você
(muitas mesmo), todas resolvidas e comentadas no detalhe e mostrando mais
de uma resolução quando necessário. Já fui concurseiro, sei como é difícil:
apostilas sem conteúdo e feitas às pressas, exercícios mal explicados, somente
com o gabarito “seco”. Mas não verá isto nestas apostilas, pois farei valer seu
investimento. Lembre-se, vencedores são INCANSÁVEIS.
Uma coisa que gosto de ressaltar: não confie em “resuminhos” ou cursos que
afirmam prometer pôr na apostila “só o que vai cair na prova”, prometendo ao
aluno preparação rápida e fácil, ou “caminho mais curto”. NÃO EXISTE ISSO!!
Existe, sim, estudo planejado, direcionado, sério, com treinamento. Mas ele
nunca será fácil. Não se iluda. Se fosse assim qualquer um passaria.
Minhas apostilas são grandes e completas porque eu não engano o aluno. Eu
ponho teoria detalhada e exercícios, desde simples até complexos. Pois eu viso
a preparação do aluno, para que ele possa competir com os inúmeros
concorrentes altamente preparados. Eu quero que meus alunos passem na
prova com louvor, com certeza de uma boa classificação, para que possam
também escolher boas vagas.

Agora, permita me apresentar. Sou carioca, advogado há 09 anos. Fui oficial


intendente (Administração) concursado da FAB por 6 anos, onde exerci funções
na área de Suprimentos e Logística. Ainda militar me formei em Direito e fiz
pós-graduação em Logística. Sempre tive sonhos fora da vida militar (advogar,
dar aulas, prestar consultorias, cursar mestrado e doutorado...). Fiz prova para
a OAB e, aprovado, abandonei a vida militar e fui advogar na área trabalhista,
fazendo inclusive uma pós-graduação em Direito do Trabalho. Apesar da
advocacia, sempre “tive um pé” na Administração e nas Ciências Exatas,
especialmente na Matemática, a qual me traz nostalgia e saudade dos tempos
de cursinho. Prestando consultorias me vi no desejo de fazer outra pós-
graduação, desta vez em Gestão de Cadeia de Abastecimento, onde adquiri

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novos conhecimentos e uma visão um pouco mais diferenciada. No meio desta


pós-graduação consegui ingressar no tão sonhado mestrado no Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Para tanto, fui aprovado no concurso de
admissão em uma prova chamada GMAT. Mas eu não abandonei a pós-
graduação para iniciar o mestrado, pois O QUE UMA PESSOA COMEÇA, ELA
TEM DE TERMINAR SEM DESISTIR. Então, durante um ano eu cursei uma pós-
graduação e um mestrado ao mesmo tempo e foi muito difícil, mas
sobrevivendo um dia após outro terminei os dois cursos, a Pós em Gestão de
Cadeia de Abastecimento e o mestrado no ITA.
Sim, tudo isso relatado foi penoso, houve glórias e derrotas, sucessos e
percalços. Mas valeu à pena não desistir, e eu faria outra vez, pois “portas se
abriram” para mim, e quando eu vencia desafios novas oportunidades surgiam.
Minha jornada tem mais etapas à frente, pois sou um eterno sonhador e gosto
de desafios.

Dicas de Estudo
Tenha uma estratégia, um estudo muito bem planejado. Cada vez mais as
provas de concursos abrangem um conteúdo maior e mais complexo devido à
crescente competitividade. Não adianta lamentar, é assim. Você tem de se
adaptar e competir também, pois se outros conseguem, você consegue. Por
isso a necessidade de um estudo sem perda de tempo, com foco, seriedade e
perseverança. VOCÊ, CANDIDATO, PRECISA SER INCANSÁVEL! Não se dê
desculpas nem justificativas para desistir, pois isso é o que fazem os fracos,
eles se iludem. Não se iluda, encare a realidade. Você já viu esses barcos,
grandes ou pequenos, em tempestades de ondas gigantes? Muitos atravessam
oceanos por semanas, de um continente a outro, indo e vindo, enfrentando
tempestades inacreditáveis. Sabe o que fazem para não afundar? ENCARAM AS
ONDAS DE FRENTE, pois se eles forem abalroados de trás ou de lado,
afundam. Assim, o melhor que têm a fazer é encarar as ondas de frente. Você,
candidato, é o capitão desse barco, você tem de encarar os desafios de frente,
vencendo cada onda e cada batalha.

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Não se preocupe com o tempo de aprovação. Não se preocupe com a pressão


da família também. Infelizmente, por vezes a família pode até atrapalhar com
pressão e cobrança excessivas. Você já terá cobrança constante lhe
perseguindo até nos sonhos: de você mesmo. Preocupe-se com o objetivo
final. Estabeleça metas realistas em termos de tempo de aprovação. Não se
desespere achando que tem de passar em 6 meses porque ouviu falar de uma
pessoa foi aprovada em poucos meses. Cada um tem seu tempo, para alguns
1 ano, para outros 2 anos, não importa, é a sua vida e seu futuro. Se você tem
dificuldades de aprendizado, se trabalha, se tem filhos, se sustenta família,
não use isso como desculpa. Dificuldades significam simplesmente que você
terá que se dedicar mais, e que talvez precise de um pouco mais de tempo.
Mas você tem perfeitas condições de atingir o objetivo.
Converse com pessoas que foram aprovadas para ouvir suas histórias. Não
somente histórias de vitória, mas de derrota também, pois a aprovação em
concursos é muito difícil, é cair, levantar, aprender com os erros, se
aprimorar... como um ciclo. Essas “lendas” de pessoas que estudavam um
pouquinho, somente com resumos, e logo passavam em concursos, isso não
existe. Após estas palavras de incentivo, vamos ao seu planejamento de
estudo.

Planejamento de estudo (estratégia)


 Imprima o edital do concurso, ou salve no computador, e leia-o inteiro. Pode
ser de concursos anteriores, pois estudar para concursos requer antecipação.
De pouco adianta estudar somente quando o edital for publicado, pois o tempo
até o concurso é curto.
 Se você pretende fazer vários concursos diferentes, saiba que é melhor ter um
foco. Faça concursos cujo conteúdo seja parecido, ou você abrirá muito o
“leque” e irá despender pouca força de estudo em cada concurso. Então, por
exemplo, se você quiser fazer concursos na área administrativa, faça
concursos somente na área administrativa. Se você fizer concursos muito
diferentes, como Auditor-fiscal, Auditor de Controle Externo do TCU,
Procurador da República, Oficial de Justiça, Analista de tribunal, etc., você vai

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se “embananar”, pois serão enfoques muito diferentes. Mire no máximo dois


ou três bem parecidos, dentro da área que você quer, como gestão, auditoria,
justiça...
 Elabore uma agenda de estudo:
2ª feira de manhã: matéria 1
2ª feira à tarde: matéria 2
3ª de manhã(...)
É pouco produtivo ficar o dia inteiro ou dias seguidos em uma matéria apenas.
É enfadonho, cansativo, rende pouco. Mas com o tempo, estudando com
afinco, você vai se autoconhecendo. O estudo tem muito de autoconhecimento.
Com o tempo, você vai percebendo qual o tempo limite para estudar um
assunto ou matéria antes de mudar. Esse ponto de equilíbrio você vai
descobrindo com o tempo.
 Procure adquirir, se possível, todo o material de estudo. É importante você ver
um pouco de cada, alternando. Não tente exaurir um tema ou assunto,
pensando que não precisa estudá-lo mais. É necessário estar sempre vendo e
revendo todo o conteúdo alternadamente, pois tudo precisa estar muito fresco
na mente, a qual esquece facilmente o que foi visto há muito tempo.
 Alterne leitura e exercícios, sejam de ciências humanas ou exatas. Por
exemplo, se você traduz textos em inglês, isto é um bom exercício, mas tem
de ler a gramática também, assim como na língua portuguesa. Se você estuda
matérias ligadas ao Direito, faça exercícios também, mas sempre alternando
leitura e exercícios.
 Há sempre aquela matéria que gostamos muito. Aquela matéria que é terapia.
Infelizmente concurso não se compõe somente de matérias que gostamos.
Matérias de que você gosta menos e sabe menos precisam de reforço. De
pouco adianta, por exemplo, sair da prova dizendo que gabaritou raciocínio
lógico se foi mal em Português ou Inglês. Ficar constantemente reforçando
matérias e assuntos que você já domina é uma “miragem”, não o ajudará
muito. Você precisa reforçar constantemente as matérias em que você é mais
fraco para atingir o mesmo nível das outras em que você é mais forte.

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 Mantenha um tipo controle ou lista com os nomes das matérias e assuntos


mais difíceis, de acordo com suas estatísticas. Por exemplo, Combinatória,
Probabilidade, Função Modular... Com o tempo e autoconhecimento, você vai
saber quanto tempo a mais deve dispensar nestas matérias mais difíceis, e em
conjunto com as estatísticas de erros e acertos você vai perceber evolução no
aprendizado e pontuação nestas matérias e assuntos. Lembre-se: controle o
que está acontecendo com você.
 Faça um acompanhamento estatístico. A cada prova ou simulado, anote para
cada matéria a quantidade e o percentual de erros e acertos. É importante
inclusive acompanhar como evoluem seus erros e acertos. Faça tabelas, por
prova, por assunto, por mês... Você precisa ter um controle absoluto do que
está acontecendo, do que você sabe mais, do que você sabe menos, o quanto
você sabe mais e o quanto você sabe menos. Quanto mais controle você tiver
melhor. Isso parece um exagero, parece que o mais importante é sair
estudando. Não saia estudando tudo de qualquer maneira. Seja sistemático. É
muito comum, após um ano de estudo, o candidato se perder dentre o enorme
universo de assuntos e não saber mais o que já foi visto e o que não foi visto.
Você não pode se dar esse luxo, você tem de controlar tudo. A questão é: os
melhores estudam com uma estratégia e obtém sucesso. Você será a pessoa
que não vai fazer isso? Lembre-se, você tem de ser incansável! Se o seu
concorrente estuda 8 horas/dia, você tem de estudar 10 horas/dia; se o seu
concorrente resolve 50 questões em um dia, você tem de resolver 70, se o
concorrente estuda de 2ª a 6ª, você tem de estudar sábado e domingo; se o
seu concorrente faz controles, você faz controles melhores... É uma corrida.
Com o tempo você vai atualizando as tabelas e controles, na medida em que
seu estudo evoluir.

Exemplo:
Jan 2017 Erros Acertos
Matemática 12 questões (60%) 8 questões (40%)
Direito Adm. (...) (...)

Fev 2017 Erros Acertos


Matemática 6 questões (30%) 14 questões (70%)
Direito Adm. (...) (...)

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Já estudei (PRF): Não estudei (PRF):


Números inteiros, racionais e Razões e Proporções
reais. Problemas de contagem
Sistema Legal de Medias Divisão Proporcional
(...) Regra de Três Simples e
Composta
(...) (...)

 Como você fará muitos exercícios, marque os mais difíceis com algum tipo de
sinal, um asterisco, uma caveirinha... É importante ter estes exercícios
marcados para você ter fácil acesso e refazê-los de tempos em tempos, para
você não esquecer. Também vale copiar em um caderno separado. Eu tinha
um colega que tinha um caderno só com os exercícios mais difíceis de
Matemática e Física. Ele chamava de “caderninho de magia negra”.
 Faça simulados constantemente. Faça simulados grandes (com o tempo total
da prova), mas faça também simulados pequenos. Você precisa se testar o
tempo todo para saber o seu nível e buscar as melhorias. Por exemplo, se uma
prova tem 100 questões em 4 horas (240minutos), faça simulados de 10
questões em 24 minutos, especialmente nas matérias em que você é mais
fraco. Será útil para que você tenha noção do tempo para cada questão.
 Tenha metas de estudo, para cada matéria, para cada assunto. Tenha metas
de leitura e de exercícios também. Esteja sempre testando seus limites. Metas
fáceis não são metas. Se você lê um assunto muito complicado, estabeleça
uma meta de 50 páginas por dia, por exemplo. Na medida em que este
assunto se tornar mais fácil, aumente a meta de leitura diária. Se você faz
exercícios de matemática, por exemplo. Tenha uma meta de acordo com sua
realidade em termos de exercícios diários, e se você melhorar, aumente a
meta, Sempre buscando um novo limite. Obviamente há assuntos e tópicos
que gerarão metas diferentes, e com o tempo você saberá dosar. Mas esteja
sempre se aprimorando e estabelecendo novas metas, da mesma forma como
faz um atleta. Não entre em “zona de conforto”, achando que já está bom, que
já atingiu o nível da prova.
 Grupos de estudo são um problema, obviamente porque tendem a virar “bate
papo”. Quando eu era de grupos de estudo, sentávamos separados para não

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conversar, tínhamos metas diárias, e trocávamos questões resolvidas,


compartilhávamos os caderninhos de “magia negra”, resolvíamos exercícios e
dávamos dicas uns para os outros. Um se espelhava no que o outro tinha de
melhor. Para isso é grupo de estudo, para um puxar o outro para cima (e não
para baixo).
 Fuja de todos os tipos de distrações durante seu período de estudo. Aquela
“rapaziada do chopinho”? Melhor esquecer. A família faz muito barulho em
casa? Ponha ear plugs (tampões) no ouvido, se tranque no banheiro, vá
estudar na pracinha. Qual a importância do seu objetivo para você? Veja, não
me leve a mal, sou um pouco conservador neste sentido, mas Facebook e
WhatsApp não têm serventia para concursos, mesmo aos que dizem trocar
questões, resoluções e experiências. O melhor método para aprovação em
concursos ainda é o de 30 anos atrás: se isolar com caderno, livros e
apostilas. Por mais que haja simulados on line, a internet e o celular são um
“prato cheio para distração”. Se vai usar o PC, tablet ou laptop para resolver
questões, recomendo salvar os exercícios e materiais e desativar a internet.
Eu sou tradicional (para infelicidade da floresta amazônica), gosto de material
impresso, para ler sublinhar, rabiscar, anotar, que possa usar na rua, em
bibliotecas, em casa... Pois o concurseiro estuda em tudo quanto é lugar, ele
almoça em 5 minutos e estuda até na cabine do banheiro, na hora do almoço,
no intervalo... Se ele tem um intervalo de 15 minutos e puder resolver 5
questões neste tempo, isso vale muito!
 Quando a prova estiver próxima, reveja os assuntos destacados como mais
difíceis. Idem para os exercícios mais difíceis, faça-os novamente repetidas
vezes. Cada exercício tem de ser refeito até estar na “massa do sangue”.
Quanto mais próximo da prova, veja e reveja os assuntos e exercícios mais
difíceis. Com o tempo e autoconhecimento você saberá quais assuntos devem
ser revistos com 2 semanas de antecedência, com 1 semana de antecedência,
com 2 dias de antecedência, com minutos de antecedência da prova... Por
exemplo, algumas fórmulas muito difíceis de Estatística, ou de Matemática
Financeira, minutos antes da prova eu as reescrevia repetidas vezes, para
ficarem bem frescas na memória.

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 Estudar por resumos é bom, se for SEU RESUMO, feito por você. Um bom
resumo é um resumo sistematizado, organizado, com as coisas mais difíceis
selecionadas por você. Estudar por estes resumos de banca de jornal ou feitos
por um colega não lhe ajudará, pois é você que deve selecionar o conteúdo do
seu resumo. Da mesma forma que as tabelas de controle, os resumos que
você faz, as suas anotações também devem evoluir, retirando as coisas que se
tornarem fáceis, e acrescentando somente as coisas mais difíceis. Em uma
lista de fórmulas matemáticas é interessante ir retirando as fórmulas que você
já sabe bem e deixar somente as fórmulas mais difíceis, para você se desafiar
e buscar sempre evolução, tentar sempre memorizar mais, entender mais.
 Eu tinha uma lista de fórmulas feitas a lápis (Estatística, Matemática
Financeira, Geometria, Álgebra, etc.), uma fórmula abaixo da outra, separadas
por matéria, bem organizada. Fiz então várias colunas em branco ao lado das
fórmulas. Então eu tirei várias cópias, e todos os dias eu tampava as fórmulas
e ia preenchendo as colunas em branco. Fiz isso muitas vezes por semanas a
fio no início 3 ou 4 folhas por dia. Depois fui diminuindo a frequência, e fazia
uma a cada 2 dias, depois uma vez por semana, na medida em que eu me
aprimorava. E um dia consegui decorar todas elas, mas ainda assim de vez em
quando eu pego para refazer, e me escapa uma ou outra. Isso é porque temos
de estar sempre vendo e revendo tudo. Sim, é bom quando você sabe
desenvolver a fórmula sem decorar, mas na hora da prova, com tempo curto,
você só pode se socorrer disso em uma ou outra questão, quando sua
memória lhe trair. Assim, o ideal é saber cada fórmula na “massa do sangue”.
 No caso do Direito, eu me confundia muito com artigos que eram parecidos.
Então, de tempos em tempos eu selecionava todos os artigos de lei que eu
achava parecidos e que me confundiam, e punha um embaixo do outro,
indicando de onde eram, destacando com negrito os termos e palavras
parecidas. Fazia isso também para jurisprudência e súmulas. E nesta hora vale
tudo, até regrinhas mnemônicas. E tentava de toda forma reescrever sem
olhar até memorizar tudo. Por exemplo, eu tenho trauma das competências na
CF/88, dos artigos 21 (Exclusiva da União), 22 (Privativa da União), 23
(Comum), 24 Concorrente, 48 (Congresso), 49 (Competências Exclusivas do

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Congresso), 51 (Competências Privativas da Câmara), 52 (Competências


Privativas do Senado) e 84 (Competências Privativas do Presidente). E há
vários outros traumas parecidos...

Bem, você tem um objetivo agora. Serei realista: a primeira coisa que você tem
de sacrificar em prol de seu objetivo é o lazer. Se você seguir esse programa
que eu passei, para cada matéria, verá que lhe sobrarão pouquíssimas horas de
lazer. É o preço, e quem paga colhe os frutos no futuro. Agora, MÃOS À OBRA.

A banca e a prova
A banca organizadora deste concurso (IBFC-Instituto Brasileiro de Formação e
Capacitação) foi criada há cerca de 8 anos com a finalidade de desenvolver
projetos sociais dirigidos a crianças e adolescentes. Para tanto, capta recursos
por meio da realização de concursos públicos, dentre outras fontes. Trata-se de
uma banca que já realizou alguns concursos relevantes como MP-SP, TRE-
AM,TJ-PR, TCE-RJ. Dentre outros. É uma banca que utiliza formatos objetivos
de múltipla escolha (50 questões) com 5 alternativas. Embora o aluno não deva
contar com isso, é uma banca com pouco histórico de pegadinhas, que gosta de
cobrar a literalidade de lei, por exemplo. A famosa “decoreba”. Também já foi
observado que gostam de elaborar textos de questões envolvendo a profissão
ou cargo que o candidato almeja exercer. São características que atraem o
candidato que está estudando há pouco tempo, ou que costuma iniciar os
estudos quando o edital abre. Confesso que não gosto muito desta estratégia,
pois no fim das contas tudo é competitividade e estarão no páreo candidatos
que estão estudando há muito tempo em virtude de poucos concursos estarem
abrindo. Portanto caro aluno, não tenha o costume de iniciar os estudos
somente com a publicação do edital.
Este concurso foi realizado pela última vez em 2011, com nomeação de cerca
de 600 analistas e cerca de 800 técnicos, o que abre uma possibilidade de
muitas nomeações neste concurso de 2017. Mas haverá muitos candidatos
ávidos, muitos candidatos que estão estudando há anos, devido ao

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represamento de concursos. Portanto, sua preparação tem de ser intensa em


todas as matérias.
As vagas são divididas em polos, que deverão ser escolhidos e indicados já no
momento da inscrição, assim como o local de realização da prova. Perceba que
é possível se inscrever para mais de um cargo, desde que não sejam de mesmo
bloco (pois suas provas serão em períodos diferentes, provavelmente um de
manhã e outro à tarde). Para que não seja eliminado do certame, o candidato
não pode zerar nenhuma das disciplinas e deve alcançar os 25 pontos no
somatório de conhecimentos específicos e conhecimentos gerais, o que abrange
50% do total de pontos da prova objetiva. Não se esqueça, claro, que também
há a prova discursiva, sendo que somente serão corrigidas as provas
discursivas de candidatos classificados dentro de 100 vezes o número de vagas
por cargo/função/polo. Ou seja, competição pura. Por isso eu sempre digo: o
quanto você deve estudar? Mais do que seus concorrentes. Os atuais concursos
focam em pura competição. Houve tempo em que o candidato atingia certa
nota e estava aprovado. Isto não existe mais. Por isso muitos candidatos
estudam antecipadamente, especialmente as matérias certeiras de cair, como
Raciocínio Lógico, Direito Administrativo, Direito Constitucional, dentre outras. E
com a publicação do Edital ele estuda as mais específicas daquele órgão.
Quanto à remuneração dos cargos, para estimulá-lo um pouquinho mais.
Cargos como Analista e Oficial de Justiça possuem remuneração inicial de
R$5.215,28, podendo chegar a R$20.052,70. Cargos como de técnico possuem
vencimentos iniciais de R$4.002,33, podendo chegar a R$15.388,90. Há ainda
os benefícios extras como Auxílio Alimentação (R$805,14), Auxílio Transporte
(R$169,40), bem como os chamados “ofícios de justiça” (transporte de
R$1515,00 e risco de 541,51), e os adicionais de qualificação (para títulos de
pós graduação como mestrado e doutorado).

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
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Sumário
I. Estruturas Lógicas ....................................................................... 14
Introdução ..................................................................................... 14
1.1 Proposições Compostas .............................................................. 14
1.2 Princípios do Raciocínio Lógico ..................................................... 15
1.2.1 Princípio da Identidade ............................................................ 15
1.2.2 Princípio da não Contradição .................................................... 15
1.2.3 Princípio do Terceiro Excluído ................................................... 16
1.3 Conectivos Lógicos ..................................................................... 16
1.3.1 Conjunção .............................................................................. 16
1.3.2 Disjunção .............................................................................. 17
1.3.2.1 Disjunção Inclusiva .............................................................. 18
1.3.2.2 Disjunção Exclusiva .............................................................. 19
1.3.3 Condicional ............................................................................ 19
1.3.4 Bicondicional .......................................................................... 21
1.3.5 Negação ................................................................................ 22
1.4 Tautologia................................................................................. 25
1.5 Contradição .............................................................................. 25
1.6 Contingência ............................................................................. 26
1.7 Proposições logicamente equivalentes .......................................... 27
1.7.1 Equivalências que envolvem a Condicional ................................. 27
1.7.2 Equivalências que envolvem “nenhum” e “todo” .......................... 28
1.7.3 Equivalências Básicas .............................................................. 28
1.8 Leis Associativas, Distributivas e da Dupla Negação ....................... 29
1.9 Proposições Categóricas ............................................................. 29
Questões Comentadas .................................................................... 32

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
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I Estruturas Lógicas

Introdução

As bases das estruturas lógicas estão relacionadas com o que é verdade ou


mentira (verdadeiro/falso). Os resultados das proposições sempre apresentam
o resultado como verdadeiro. Isto porque as proposições que provam, que dão
suporte, que dão razão a algo, são afirmações que exprimem um pensamento
de sentindo completo. Elas podem ter um sentindo positivo ou negativo. Veja
os exemplos abaixo, que caracterizam afirmações, ou proposições.
 Sentido Positivo: João anda de bicicleta.
 Sentido Negativo: Maria não gosta de banana.

1.1 Proposições Compostas

São formadas por duas ou mais proposições simples que estarão sempre
unidas por um conectivo lógico. Em relação a esse conectivo, o lado esquerdo
da proposição é chamado de antecedente e o direito de consequente.
João está rindo (conectivo) Julio está feliz
antecedente consequente

Então, proposição é qualquer sentença declarativa à qual podemos atribuir um


dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de
uma sentença fechada.
Mais exemplos:
 Proposição p: 2 é um nº primo. (Verdadeiro)
 Proposição q: 22 + 32 > (2+3) 2 .(Falso).

Exemplos como estes dois últimos são de fácil verificação quanto a ser falso ou
verdadeiro. Porém, nos concursos, as sentenças serão “nebulosas” ou
confusas, de maneira que a questão apenas lhe dará pistas. O aluno, então,
deve treinar muito para adquirir percepção e saber interpretar as pistas e

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sinais fornecidos pelas questões de concursos. Mas cada coisa a seu tempo.
Vamos seguir em frente.

Agora atente para o que não são proposições, por que não podem ser
validadas:
 frases interrogativas: “Qual é o seu nome?”
 frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!”
 frases imperativas: “Estude mais.”
 frases optativas: “Deus te acompanhe.”
 sentenças abertas (o valor lógico da sentença depende do valor (do nome)
atribuído à variável), não sendo possível afirmar se são falsas ou
verdadeiras. Exemplos:
- “x é maior que 2”;
- “x+y = 10”;
- “Z é a capital do Chile”

1.2 Princípios do Raciocínio Lógico

1.2.1 Princípio da Identidade


Esse princípio determina que tudo é igual a si próprio.
Exemplo: (B=B)
“Um cachorro é um cachorro”

1.2.2 Princípio da não Contradição

Nenhuma proposição pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.


Exemplo:
“O sol é amarelo”; “O sol não é amarelo"
Ou seja, "o sol amarelo não é amarelo" é uma frase incorreta segundo o
princípio da não contradição. Ou ele é amarelo, ou não é.
Isto pode parecer bobo e óbvio, mas as questões de concurso vão tentar lhe
confundir constantemente.

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1.2.3 Princípio do Terceiro Excluído

Segundo esse princípio, uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, sem
a possibilidade de terceira opção ou meio termo.
Exemplo:
“Estudar é fácil”. O contrário é “Estudar é difícil”. Assim, não existe meio
termo. Ou “estudar é fácil, ou estudar é difícil”.

1.3 Conectivos Lógicos

Esses conectivos são símbolos que comprovam a veracidade das informações e


unem as proposições umas às outras, ou as transformam numa terceira
proposição. Preste muita atenção, pois em concursos é certa a utilização
destes conectivos para resolver questões de proposições.

1.3.1 Conjunção (símbolo Λ = “e”)

Um pouquinho de Português, só um pouquinho. Você se lembra das Orações


Coordenadas Sindéticas, das regras sobre conjunção coordenada aditiva “e”?
Ela expressa ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos,
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções
coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (=e+não), as quais introduzem
as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Então, o conectivo lógico de Conjunção não tem este nome por coincidência.
Assim, a Conjunção (das Estruturas Lógicas) é utilizada para unir duas
proposições formando uma terceira. A terceira proposição, resultado dessa
união, somente será verdadeira se as duas proposições (P e Q) forem
verdadeiras. Então, sendo pelo menos uma delas falsa, o resultado (a terceira
proposição) será FALSO. Para verificar se tratar de conjunções, sempre atente
para a conjunção “e” nas proposições.

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Exemplos:
P Λ Q (O Bolo é barato e o Café não é bom.)
P Λ Q
P Λ Q (Carlos é arquiteto e Marcelo é médico)
P Λ Q
Para facilitar a resolução de questões sobre Estruturas lógicas é comum utilizar
o que se chama de “tabela-verdade”. Nela se elencam todas as possibilidades
para as sentenças, com a finalidade de sistematizar o raciocínio. A quantidade
de possibilidades, ou linhas, da tabela-verdade é dada por 2n. Isso porque as
possibilidades sempre serão verdadeiras ou falsas. Então para cada linha
haverá 2 possibilidades. Assim, para todas as linhas serão 2n possibilidades.
Assim,

P Q PΛQ

V V V Conjunção verdadeira, pois P e Q são verdadeiras

V F F

F V F

F F F

1.3.2 Disjunção (símbolo V = “ou”)

Viu como as matérias (no caso, Português e Raciocínio Lógico), estão


integradas? E o examinador sabe disso! E por meio disso ele tenta confundir o
candidato.
Então, mais um pouquinho de Português, porque você tem “sede” de
conhecimento. As Orações coordenadas disjuntivas são introduzidas por uma
conjunção (ou locução) coordenativa disjuntiva “ou”. Coincidência? Não.
Orações coordenadas disjuntivas transmitem um valor de alternativa.
Exemplo: “Vamos ao cinema ou ficamos em casa?”
oração coordenada conjunção oração coordenada disjuntiva

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Então, a disjunção (das Estruturas Lógicas) é o conectivo representado pela


disjunção "ou" e serve para unir duas proposições. O resultado será verdadeiro
se pelo menos uma das proposições for verdadeira. Ele pode ser dividido em
disjunção inclusiva e exclusiva.
E qual a diferença entre a inclusão e a exclusão?
Veja as seguintes proposições:
 Trabalho ou estudo. (inclusão)
 Ou trabalho ou estudo. (exclusão)
Elas são muito parecidas, mas a 1ª denota uma inclusão e a segunda uma
exclusão.
Na proposição 1, apesar de ter feito uso do conectivo ou, há a possibilidade de
fazer as duas coisas, não há impedimento, pois trata-se de uma inclusão.
Entretanto, na proposição 2, a repetição do conectivo ou, alterou o sentido da
proposição, pois excluiu a possibilidade de os dois fatos ocorrerem. Então,
neste caso, há uma exclusão.
Em síntese:
 Na inclusão existe a possibilidade de apenas um ou ambos os fatos
ocorrerem. Você se lembra de Combinatória, em que “ou” significa soma?
Também não é coincidência.
 Na exclusão, se um fato ocorre o outro estará impedido de acontecer.

1.3.2.1 Disjunção Inclusiva

Relaciona duas ou mais proposições simples com o conectivo “ou" = V.


Exemplo: P V Q. (Comprarei um Vestido ou uma Calça)
Assim,
P Q PVQ

Disjunção inclusiva verdadeira, pois ao menos uma das proposições P ou Q


V V V
é verdadeira.

Disjunção inclusiva verdadeira, pois ao menos uma das proposições P ou Q


V F V
é verdadeira.

F V V Disjunção inclusiva verdadeira, pois ao menos uma das proposições P ou Q

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é verdadeira.

F F F A disjunção é falsa quando ambas as proposições forem falsas.

1.3.2.2 Disjunção Exclusiva

Relaciona duas ou mais proposições simples com o conectivo “ou" =


V.(perceba que o V está sublinhado).
Nesse caso a proposição só é verdadeira quando uma das frases for falsa e a
outra verdadeira. As duas não podem ser consideradas verdadeiras porque
isso torna a operação falsa, já que uma exclui a outra.
Exemplo:
P V Q. (Ou Hoje é segunda-feira ou Hoje é domingo)

Então,

P Q PVQ

V V F

Disjunção verdadeira, uma das frases é falsa e a outra


V F V
verdadeira, ou P ou Q.

Disjunção verdadeira, uma das frases é falsa e a outra


F V V
verdadeira, ou P ou Q.

A disjunção é falsa quando ambas as proposições forem


F F F
falsas.

1.3.3 Condicional (símbolo →)

Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra proposição exista,


trazendo uma relação de causa e efeito.

P → Q
Suficiente necessária

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 P é condição suficiente para Q.


 Q é condição necessária para P.
Nesse caso a condicional será falsa se o termo antecedente (da esquerda) for
verdadeiro e o termo consequente (da direita) for falso. Nas questões de
concurso, é comum os termos das proposições virem expressos pelas palavras
“suficiente” e “necessário”.
Então perceba:
A Condicional é FALSA, quando a 1ª proposição é verdadeira e a 2ª é falsa.
Qualquer coisa diferente disto, então a condicional é VERDADEIRA.
Atente muito bem para isto, pois as questões de concurso constantemente
tentam confundir o candidato.

Exemplos:
“se...então”
P → Q. (Se nasci no Rio de Janeiro, então sou carioca)
P → Q
Suficiente Condicional Necessário

 Se nasci no Rio de Janeiro, suficientemente sou carioca.


 Se sou carioca, necessariamente nasci no Rio de Janeiro.
Mas como o candidato vai saber qual é verdadeira e qual é falsa? A questão
vai lhe dizer, ou dar pistas. Por isso treinamento é importante.
No exemplo dado, se a questão disser que
P → Q. (Se nasci no Rio de Janeiro, então sou carioca)
p é verdadeiro → q é falso
Então esta condicional é falsa.

Macete para lembrar: “VFF”


Antecedente verdadeiro, consequente falso, condicional falsa.
Qualquer coisa diferente disso, e a condicional será verdadeira.

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Também é comum em questões de concurso, por exemplo, o examinador


fazer afirmações estranhas, como:
“Se a cobra voa, então o gato mia”
P Q

Isso pode parecer absurdo no mundo real, mas se a questão disser


claramente quais proposições, dentre P e Q são verdadeiros ou falsos, não
questione, pois o examinador quer verificar o raciocínio. Por isso o aluno tem
de treinar muito.
Assim,

P Q P→Q

V V V Condicional verdadeira

A condicional é falsa, pois P (1º) é verdadeiro e Q (2º) é


V F F
falso.

F V V Condicional verdadeira

F F V Condicional verdadeira

1.3.4 Bicondicional (símbolo ↔)

O resultado dessas proposições será verdadeiro somente se as duas forem


iguais, ou seja, as duas verdadeiras ou as duas falsas. Na bicondicionalidade
causa e efeito são recíprocos, isto é, ocorrida a causa a consequência virá. Se
a causa não se verificar, a consequência não se confirmará, por isso, havendo
elementos iguais, “VV” e “FF” resultarão em “V” e elementos distintos “VF” e
“FV” resultarão em “F”.
Então, “P” será condição suficiente e necessária para “Q”.
Exemplo:
P ↔ Q. (6 é maior que 5, se e somente se 5 for menor que 6)
P (verdadeiro) ↔ Q (verdadeiro)

Então,

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P Q P↔Q

V V V Bicondicional verdadeira, pois P e Q são verdadeiros.

V F F

F V F

F F V Bicondicional verdadeira, pois P e Q são falsos.

Existem também termos equivalentes de "A se e somente se B", e que você


deve memorizar:
 A se e só se B.
 Se A então B e se B então A.
 A implica B e B implica A.
 Todo A é B e todo B é A.
 A somente se B e B somente se A.
 A é condição suficiente e necessária para B.
 B é condição suficiente e necessária para A.

1.3.5 Negação (símbolo ~ ou ¬):

Esse é considerado um dos conectivos mais simples e pode ser representado


por dois símbolos. Quando usamos a negação de uma proposição invertemos a
afirmação que está sendo dada. Mas cuidado, bancas de concursos sabem
confundir muito bem o candidato. Por isso, treinaremos muito.
Exemplo:
P: “O pão é barato”
~P (não P): “O Pão não é barato”. (negação lógica de P)
Q: “Queijo é bom”
~Q (não Q): Queijo não é bom. (negação lógica de Q)
O não também pode ser chamado de “modificador”. Por isso, as seguintes
frases são equivalentes entre si:
 Lógica não é fácil.
= Não é verdade que Lógica é fácil.
= É falso que Lógica é fácil.

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= Não é o caso que Lógica é fácil.

Agora atente:
 Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a negação vira falsa.
 Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vira verdadeira.

P ~P

V F Se P for verdadeiro, a negação de P é falsa

F V Se P for falso, a negação de P é verdadeira

Alguns termos importantes sobre negação


Proposição Negação da proposição
Algum ... Nenhum ...
Nenhum ... Algum ...
Todo ... Algum ... não ...
Algum ... não ... Todo ...

Agora atente para alguns exemplos recorrentes em concursos, os quais você


tem de memorizar:
 Negação de “Algum carro é veloz” é “Nenhum carro é veloz”.
 Negação de “Nenhum exercício é difícil” é “Algum exercício é difícil”.
 Negação de “Alguém ganhou o bingo” é “Ninguém ganhou o bingo”.
 Negação de “Algum dia ela me amará” é “Nenhum dia ela me amará”, ou
“Nunca ela me amará”.
 “Nem todo livro é ilustrado” é o mesmo que “todo livro é ilustrado”.
O termo “nem” na frente do “todo” significa que devemos negar a
proposição “todo livro é ilustrado”.
E para obter a negação desta mesma proposição, basta trocar o termo
“todo” por “algum...não”. assim, teremos “Algum livro não é ilustrado”.
 “Não é verdade que algum gato tem sete vidas” é o mesmo que “Nenhum
gato tem sete vidas”.

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O termo “não é verdade que” significa que devemos negar tudo o que vem
em seguida, ou seja, negar a proposição “algum gato tem sete vidas”. E
para obter a negação desta proposição, basta trocar o termo “algum” por
“nenhum”.
Assim, teremos “Nenhum gato tem sete vidas”.

Outras negações importantes, sobre proposições compostas, e que você deve


memorizar:
Proposição Negação da Proposição
(A e B) AB ~AV~B ~A ou ~B
1ª Lei de Morgan: ~(A^B)=(~A)v(~B)
(A ou B) AVB ~A~B ~A e ~B
2ª Lei de Morgan: ~(AvB) = (~a)^(~B)
(Se A então B) (AB) A~B A e ~B
(A  B) 1ªforma: ~(AB e BA) = (Ae~B) ou (Be~A)
2ª forma: A ou B
(A ou B) AVB AB se A então B e se B então A (e seus equivalentes)

Síntese sobre conectivos lógicos:


Conectivos Conectivos Estrutura Exemplo
(linguagem (Símbolo) lógica
idiomática)
e  Conjunção: João é ator e alagoano.
AB
ou V Disjunção: Irei ao cinema ou à praia.
AB
ou ... ou, V Disjunção Ou Tiago é médico ou dentista (mas
mas não ambos exclusiva: não ambos).
AB
se ... então  Condicional: Se chove, então faz frio.
A→B
se e somente se  Bicondicional: Vivo se e somente se sou feliz.
AB

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Atente também que os conectivos, quando aparecem um ao lado do outro em


sequência, possuem uma ordem de precedência, tal qual nas operações
matemáticas de multiplicação, divisão, soma ou subtração.
1º) ~ (Negação)
2º)  (Conjunção)
3º)  (Disjunção)
4º)  (Condicional)
5º)  (Bicondicional)
1.4 Tautologia

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições A, B, C, ...


será uma tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos
valores lógicos das proposições A, B, C,... que a compõem.
Ou seja, para saber se uma proposição composta é uma Tautologia, constrói-
se a sua tabela-verdade com as suas possibilidades. Daí, se a última coluna da
tabela-verdade apresentar apenas valores verdadeiros (e nenhum falso), então
a proposição é uma Tautologia.
Exemplo: A proposição (AB)(AVB) é uma tautologia, pois é sempre
verdadeira, independentemente dos valores lógicos de A e de B, como se pode
observar na tabela-verdade abaixo:
A B AB AVB (AB)(AVB)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V
Observemos que o valor lógico da proposição composta (AB)(AVB), que
aparece na última coluna, à direita, é sempre verdadeiro. Por isso, a expressão
é uma tautologia. Se combinarmos as possibilidades de A, de B, de (AB), de
(AVB), eles sempre terão como resultado que (AB)(AVB) é verdadeiro.

1.5 Contradição

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Por outro lado, uma proposição composta formada por duas ou mais
proposições A, B, C, ... será dita uma contradição se ela for sempre falsa,
independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, C, ... que a
compõem. Ou seja, construindo a tabela-verdade de uma proposição
composta, se todos os resultados da última coluna resultarem em FALSO,
então a proposição é uma contradição.

Exemplo:
A proposição (A~B)(AB) também é uma contradição, conforme
verificaremos por meio da construção de sua da tabela-verdade.
Veja:
A B A ~B AB (A  ~B)  (A  B)
V V F V F
V F V F F
F V V F F
F F F F F

Observemos que o valor lógico da proposição final composta por


(A~B)(AB), que aparece na última coluna, à direita da tabela-verdade, é
sempre Falso, independentemente dos valores lógicos que A e B assumam.

1.6 Contingência

Uma proposição composta será dita uma contingência sempre que não for uma
tautologia nem uma contradição.

Exemplo:
A proposição A  (A  B) é uma contingência, pois o seu valor lógico depende
dos valores lógicos de A e B, como se pode observar na tabela-verdade
abaixo:

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A B AB A  (A  B)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V

Percebe que na última coluna da direita há tanto o valor VERDADEIRO como o


FALSO? Por isso é uma contingência.

1.7 Proposições logicamente equivalentes


Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente
que são equivalentes) quando são compostas pelas mesmas proposições
simples e os resultados de suas tabelas-verdade são idênticos.

1.7.1 Equivalências que envolvem a Condicional

I) Se p, então q = Se não q, então não p.


p  q = ~q  ~p
Isso ocorre porque as tabelas-verdade de p  q e de ~q  ~p são
equivalentes.
Vejamos as tabelas verdade de ambas as proposições compostas:

Condicional: p  q

P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Condicional: ~q → ~p

¬Q ¬P ¬Q → ¬P
F F V
V F F
F V V

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V V V
Podemos verificar que as duas proposições possuem a mesma tabela verdade
(valoração), portanto são equivalentes.

Isso significa que

P → Q ↔ ~Q → ~P (Representação da “equivalência lógica”)

Observando então a relação simbólica acima, percebemos que a forma


equivalente para pq pode ser obtida pela seguinte regra:
1º) Trocam-se de posição os termos da condicional.
2º) Negam-se ambos os termos da condicional.
II) Se p, então q = não p ou q.
p  q = ~p v q
Observando a relação simbólica acima, percebemos que essa é outra forma
equivalente para pq e ela pode ser obtida pela seguinte regra:
1º) Nega-se o primeiro termo;
2º) Mantém-se o segundo termo.
3º) Troca-se o símbolo de ”então” pelo de “ou”
Na verdade, tal equivalência é facilmente deduzida a partir da negação de
p→q.
~(pq)= p~q
Mas pq = ~p v q
Então,
~(p~q) = ~p v q = pq
A relação simbólica acima nos mostra que podemos transformar uma disjunção
numa condicional equivalente, através da seguinte regra:
1º) Nega-se o primeiro termo;
2º) Mantém-se o segundo termo.
3º) Troca-se o “ou” pelo símbolo “”.

1.7.2 Equivalências que envolvem “nenhum” e “todo”

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I) Nenhum A não é B = Todo A é B


Exemplo:
Nenhuma arte não é bela = Toda arte é bela.

II) Todo A não é B = Nenhum A é B


Exemplo:
Todo médico não é louco = Nenhum médico é louco.

1.7.3 Equivalências Básicas

I) A e A = A
II) A ou A = A
III) A e B = B e A
IV) A ou B = B ou A
V) A  B = B  A
VI) A  B = (A  B) e (B  A)

1.8 Leis Associativas, Distributivas e da Dupla Negação

I) Leis associativas:
(A e B) e C = A e (B e C)
(A ou B) ou C = A ou (B ou C)
II) Leis distributivas:
A e (B ou C) = (A e B) ou (A e C)
A ou (B e C) = (A ou B) e (A ou C)
II) Lei da dupla negação: ~(~A) = A
Daí, concluiremos ainda que:
A não é não B = A é B
Todo A não é não B = Todo A é B
Algum A não é não B = Algum A é B
Nenhum A não é não B = Nenhum A é B

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1.9 Proposições Categóricas

As proposições formadas com os termos “todo”, “algum” e “nenhum” são


chamadas de proposições categóricas. Temos as seguintes formas:
I) Todo A é B.
II) Nenhum A é B.
III) Algum A é B.
IV) Algum A não é B.

I) Todo A é B
Proposições do tipo “Todo A é B” afirmam que o conjunto A está contido no
conjunto B, ou seja, todo elemento de A também é elemento de B.
Mas atenção:
Dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é A.
Todo gaúcho é brasileiro  Todo brasileiro é gaúcho
Também, são equivalentes as expressões seguintes:
Todo A é B = Qualquer A é B = Cada A é B

II) Nenhum A é B
Enunciados da forma “Nenhum A é B” afirmam que os conjuntos A e B são
disjuntos, isto é, A e B não têm elementos em comum.
Dizer que “Nenhum A é B” é logicamente equivalente a dizer que “Nenhum B é A”.
Exemplo:
Nenhum diplomata é analfabeto = Nenhum analfabeto é diplomata

III) Algum A é B
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma “Algum A é B”
estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o
conjunto B.
Contudo, quando dizemos que “Algum A é “B, pressupomos que nem todo A é
B. Entretanto, no sentido lógico de “algum”, está perfeitamente correto afirmar
que “alguns alunos são ricos”, mesmo sabendo que “todos eles são ricos”.

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Dizer que “Algum A é B” é logicamente equivalente a dizer que “Algum B é A”.


Exemplo:
Algum médico é poeta = Algum poeta é médico
Também, são equivalentes as expressões seguintes:
Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B
Exemplo:
Algum poeta é médico = Pelo menos um poeta é médico = Existe um poeta que é
médico

IV) Algum A não é B


Proposições da forma “Algum A não é B” estabelecem que o conjunto A tem
pelo menos um elemento que não pertence ao conjunto B.
Dizer que “Algum A não é B” é logicamente equivalente a dizer que “Algum A
é não B”, e também é logicamente equivalente a dizer que “Algum não B é A”.
Exemplo:
Algum fiscal não é honesto = Algum fiscal é não honesto = Algum não honesto é fiscal
Mas atenção:
Dizer que algum A não é B não significa o mesmo que Algum B não é A.
Exemplo:
Algum animal não é mamífero  Algum mamífero não é animal
Atente: nas proposições categóricas, usam-se também as variações
gramaticais dos verbos ser e estar, tais como é, são, está, foi, eram, ..., como
elo de ligação entre A e B.

Agora, para lapidar, vamos aos exercícios, nos quais, aparecendo mais
detalhes importantes eu complemento as explicações da teoria.
E então, vamos à ação?

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Questões Comentadas

1) 2016 - IBFC - EBSERH


Seja a proposição
P: 20% de 40% = 8% e a proposição Q: Se 3/4 do salário de João é R$
720,00, então o salário de João é maior que R$ 1000,00. Considerando
os valores lógicos das proposições P e Q, podemos afirmar que:
a) o valor lógico da conjunção entre as duas proposições é verdade
b) o valor lógico da disjunção entre as duas proposições e falso
c) o valor lógico do bicondicional entre as duas proposições é verdade
d) o valor lógico do condicional, P então Q, é falso
e) o valor lógico do condicional, Q então P, é falso

Resolução:
P: (0,2).(0,4) = 0,8 =8%
Q: 3(x)/4 = 720 => [(720).(4)]/3 = 960 (valor total do salário)<1000

Fazendo então o cálculo, chegamos a P verdadeiro e Q Falso.


P: V
Q: F

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Agora, analisemos as alternativas.

alternativa diz que / resposta correta


a) P ^ Q = V F (conjunção é verdadeira se ambas são V)
b) P v Q = F V (disjunção é falsa se ambas são falsas )
c) P Q = V (bicondicional, se 2V ou 2F, é V, ou seja, VV
FF
d) P  Q = F F(se 1ª V e 2ª F, condicional é F)
e) Q  P = F V (Q teria de ser V e Q F)

Resposta: d)

2) 2016 - IBFC - EBSERH


Uma proposição tem valor lógico falso e outra proposição tem valor
lógico verdade. Nessas condições é correto afirmar que o valor lógico:
a) da conjunção entre as duas proposições é verdade
b) da disjunção entre as duas proposições é verdade
c) do condicional entre as duas proposições é falso
d) do bicondicional entre as duas proposições é verdade
e) da negação da conjunção entre as duas proposições é falso

Resolução:
Para resolver esta questão, temos de analisar cada alternativa atentamente.
Logicamente, as propriedades têm de estar “na ponta da língua” para não
perder tempo, porque neste tipo de questão é praxe ter de analisar as
alternativas. Então, o candidato tem de estar muito íntimo das propriedades
para poder resolver a questão em tempo hábil. Portanto, pratique questões
deste tipo repetidas vezes incansavelmente.

a) da conjunção entre as duas proposições é verdade


P ^ Q (conjunção “e”)

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Para que a conjunção seja verdadeira, ambas as proposições devem ser


verdadeiras.
Macete: “Conjunção - Somente Verdade e Verdade dá Verdade”
Como a questão diz que uma é falsa e a outra é verdadeira, o resultado é falso,
estando esta alternativa errada.

b) da disjunção entre as duas proposições é verdade


P ou Q (disjunção “ou”)
Macete: “Disjunção - Somente Falso ou Falso dá Falso
Para que a disjunção seja falsa, ambas as proposições têm de ser falsas.
Como a questão diz que uma é falsa e a outra é verdadeira, o resultado é
verdadeiro, estando esta alternativa certa, sendo esta a resposta.
c) do condicional entre as duas proposições é falso
P -> Q (condicional “então”)
Condicional: A 1ª proposição tem de ser verdadeira e a 2ª falsa para a
condicional ser falsa.
V  F resulta em condicional Falsa
Como a questão diz que uma é falsa e a outra é verdadeira, o resultado é
verdadeiro, estando esta alternativa errada.
Se fosse o contrário, o resultado seria falso, e esta alternativa estaria certa.

d) do bicondicional entre as duas proposições é verdade


P Q (bicondicional )
Ambas as proposições têm de ser verdadeiras ou ambas têm de ser falsas para
a bicondicional ser verdadeira.
2V ou 2F resulta em bicondicional Verdadeira
Como a questão diz que uma é falsa e a outra é verdadeira, o resultado é falso,
estando esta alternativa errada.

e) da negação da conjunção entre as duas proposições é falso


~(P ^ Q) (negação da conjunção)
F V Questão diz que uma é falsa e a outra verdadeira.

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(~P) V (~Q) Virou disjunção.

(~P) ou (~Q) Nega-se todas as partes e troca-se o conectivo "e" por "ou".
V F Então, proposições se transformam em Verdadeira e Falsa.
Sabe-se que a disjunção é falsa se ambas as proposições forem falsas.
Então o resultado será falso pois a 1ª se transformou em verdadeira e a 2ª se
transformou em falsa, resultando em disjunção Verdadeira, estando esta
alternativa errada.
Recapitulando:
Lembre-se de que na prova você terá 2 minutos para raciocinar isso tudo...
 Conjunção (“e”):
V e V resulta em V (Demais casos resulta em falso)
 Disjunção (ou)
F ou F resulta em F (Demais casos resulta em verdadeiro)
 Condicional (“então”)
Se V então F resulta em F (Demais casos resulta em verdadeiro)
 Bicondicional ( “se e somente se”)
Duplas iguais (VV)( FF) resulta em verdadeiro (Demais casos resulta em falso)
 Disjunção exclusiva (ou...ou)
Duplas diferentes (VF) (FV) será verdadeiro (porque uma exclui a outra)
Se V/F e Somente se V/F resulta verdadeiro V (Demais casos será falso)

Resposta b)

3) 2016 - CESPE - ANVISA


Considerando os símbolos normalmente usados para representar os
conectivos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica
proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sentido, considere,
ainda, que as proposições lógicas simples sejam representadas por
letras maiúsculas.
A expressão (¬ P) ∧ ((¬ Q) ∨ R)  ¬ ( P ∨ Q) ∨ ((¬ P) ∧ R) é uma
tautologia.

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( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Podemos resolver esta questão por meio de uma tabela-verdade. Contudo,
como existem 3 proposições simples (P, Q, R), a tabela verdade terá 8 linhas,
pois teremos 2 possibilidades para cada proposição. Como são 3 proposições,
teremos
2 possib x 2 possib x 2 possib = 8 possib = 23possib.
O que nos faria perder tempo precioso de prova. Além disso, pode ser que não
haja espaço hábil no caderno de prova para fazer um quadro significativamente
grande.
Mais um comentário. Quando o aluno vir nas questões este símbolo: ¬
Saiba que ele é a mesma coisa que ~ (“til”). É que para expressar negação,
alguns usam ¬ outros usam ~.
Vamos lá!
Geralmente, quando vemos bicondicional e a questão quer saber se é
tautologia, temos que analisar os dois lados da proposição para, após
desenvolver as equivalências, verificar se são expressões iguais, já que PP é
uma tautologia.

(¬P)∧((¬Q)∨R)¬(P∨Q)∨((¬P)∧R)
Negando o termo em NEGRITO encontraremos ¬P ∧ ¬Q

(¬P) ∧ ((¬Q) ∨ R)  (¬P ∧ ¬Q) ∨ ((¬ P) ∧ R)


Isolando o termo ¬P (EM NEGRITO) encontraremos ¬P ∧ (¬Q ∨ R)

¬P ∧ (¬ Q ∨ R)  ¬P ∧ (¬Q ∨ R)
Como na Bicondicional valores iguais são sempre verdadeiros (PP), temos
Tautologia.

Uma outra forma de raciocinar.


Lembra da propriedade distributiva, vista linhas atrás?

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Leis distributivas:
 A e (B ou C) = (A e B) ou (A e C)
A ^ (B v C) = (A ^ B) v (A ^ C)

 A ou (B e C) = (A ou B) e (A ou C)
A v (B ^ C) = (A v B) ^ (A v C)
Para a primeira parte da bicondicional proposta, vamos usar a Lei Distributiva
uma vez que temos conjunção e disjunção.
A questão diz (¬ P) ∧ ((¬ Q) ∨ R)  ¬ ( P ∨ Q) ∨ ((¬ P) ∧ R)
A referida lei distributiva significa que vamos “multiplicar” a proposição ¬ P,
pelas proposições que se encontram dentro dos parênteses Veja:
1º passo: (¬ P) ∧ (¬ Q) = ¬ P ∧ ¬ Q
2º passo: Repete-se o conectivo “∨”
3º passo: ¬ P ∧ R
Então,
~P ^ (~Q v R) = (~P ^ ~Q) v (~P ^ R) = ~(P v Q) v (~P ^ R)

Em relação à segunda parte da bicondicional, podemos usar a lei de Morgan.

2ª parte da bicondicional: ¬ ( P ∨ Q) ∨ ((¬ P) ∧ R)


Aplicando a Lei de Morgan na proposição ¬ ( P ∨ Q), temos:
¬ ( P ∨ Q) = ¬ P ∧ ¬ Q
Foi um tipo de multiplicação em que levamos a negação a cada um dos termos.
A segunda parte da bicondicional vai ficar assim:
¬ P ∧ ¬ Q ∨ ((¬ P) ∧ R)
Perceberam que a 1ª parte, então, ficou igual à 2ª parte da bicondicional?

Isso nos leva a esta tautologia:


~(P v Q) v (~P ^ R)  ¬ ( P ∨ Q) ∨ ((¬ P) ∧ R) tautologia
P  P tautologia

Resposta: Certa

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4) 2016 - IF/CE
Sejam as proposições:
p: os alunos se mobilizam.
q: a reforma continua sem solução.
A simbolização da sentença "Se os alunos não se mobilizam, então a
reforma continua sem solução" é
a) ~q ->p
b) ~p -> ~q
c) ~p ->q
d) p ->q
e) q ->~ p

Resolução:

"Se os alunos não se mobilizam, então a reforma continua sem solução"

~p  q

Resposta: c)

5) 2016 - MS CONCURSOS - Prefeitura de Itapema/SC


Qual das alternativas pode representar a proposição da quarta coluna
da seguinte tabela verdade?

a) A ^ B
b) A v B
c) A ^ (A v B)
d) (A ^ B)  A

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Resolução:
Aqui é necessário analisar as alternativas.
a) não pode ser, pois na 4ª coluna da direita temos v para Av e para Bf, o que é
absurdo
b) não pode ser, pois na 4ª coluna da direita temos F para Af e para Bv, o que é
absurdo.
c) Se AvB for verdadeiro, sendo A verdadeiro, é possível que A^(AvB) seja
verdadeiro. No caso B poderia se falso ou verdadeiro, pois em ambos os casos a
disjunção AvB seria verdadeira. É a resposta, pois ela pode representar a 4ª
coluna na tabela.
d) não pode ser, ser pois precisaríamos de da conjunção A^B verdadeiro (e
para tanto A e B teriam de ser verdadeiros ao mesmo tempo) com A falso (mas
A já seria verdadeiro) para termos a condicional falsa na 4 ª coluna com VFF. E
se analisarmos a tabela-verdade fornecida não há esta possibilidade.
Resposta: c)

6) 2016 - IF/PA
Qual sentença a seguir é considerada uma proposição?
a) O copo de plástico.
b) Feliz Natal!
c) Pegue suas coisas.
d) Onde está o livro?
e) Francisco não tomou o remédio.

Resolução:
Vamos analisar as alternativas.
a) Não contém verbo;
b) Afirmação/exclamação;
c) Ordem;
d) Pergunta;
e) Francisco não tomou o remédio. Contém: sujeito + verbo + complemento

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São características obrigatórias de toda proposição:


 Se é uma oração deve possuir sujeito e predicado.
 A oração é declarativa, ou seja, faz uma afirmação ou negação.
 Tem um, e somente um, dos dois valores lógicos possíveis, V ou F

a) O copo de plástico. FALSO => Não contem verbo, não é uma oração; por
isso, não é uma proposição.
b) Feliz Natal! FALSO => A frase é EXCLAMATIVA; logo, não é uma proposição.
c) Pegue suas coisas. FALSO => A frase contém verbo IMPERATIVO; dito isto,
não pode ser considerado como uma proposição.
d) Onde está o livro? FALSO => Frase INTERROGATIVA; também não pode ser
considerado uma proposição.
e) Francisco não tomou o remédio. VERDADEIRO => É uma oração
(1) Tem verbo
(2) É feita uma declaração (no caso uma afirmação)
(3) Podemos atribuir um valor lógico (V ou F).
Então, é uma proposição.

Resposta: e)

7) 2016 - IBFC - EBSERH


A conjunção entre duas proposições compostas é verdadeira se:
a) os valores lógicos de ambas as proposições forem falsos
b) se o valor lógico de somente uma das proposições for verdade
c) se ambas as proposições tiverem valores lógicos verdadeiros
d) se o valor lógico de somente uma das proposições for falso
e) se o valor lógico da primeira proposição for verdade e o valor lógico
da segunda proposição for falso.

Resolução:
Vamos repetir, para não esquecer.
 Conjunção

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Somente será verdadeira se ambas forem verdadeiras, caso contrário será


falso.
 Disjunção
Somente será falsa se ambas forem falsas, caso contrário será verdadeira.
 Condicão
Somente será falsa se a 1ª proposição for verdadeira e a 2ª falsa, caso
contrário será verdadeira.
 Bicondição
Somente será verdadeira se ambos os valores forem iguais a falso ou a
verdadeiro, caso contrário será falsa.

Resposta: c)

8) 2016 - IBFC - EBSERH


Dentre as alternativas, a única incorreta é:
a) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então a conjunção entre
elas, nessa ordem, é falso.
b) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então a disjunção entre
elas, nessa ordem, tem valor lógico verdadeiro.
c) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então o bicondicional entre
elas, nessa ordem, tem valor lógico falso.
d) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então o condicional entre
elas, nessa ordem, tem valor lógico verdadeiro.
e) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico verdadeiro, então a conjunção
entre elas tem valor lógico verdadeiro.

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Resolução:
a) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então a conjunção entre elas, nessa ordem, é
falso.
Alternativa correta.
b) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então a disjunção entre elas, nessa ordem,
tem valor lógico verdadeiro.
Alternativa correta.
c) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então o bicondicional entre elas, nessa
ordem, tem valor lógico falso.
Alternativa correta.
d) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então o condicional entre elas,
nessa ordem, tem valor lógico verdadeiro.
Alternativa incorreta. O valor lógico final seria falso.
e) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico verdadeiro, então a conjunção entre elas tem valor
lógico verdadeiro.
Alternativa correta.

Tabelas-Verdade:
Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional
V^V=V VvV=V V→V=V V↔V=V
V^F=F VvF=V V→F=F V↔F=F
F^V=F FvV=V F→V=V F↔V=F
F^F=F FvF=F F→F=V F↔F=V

Resposta: d)

9) 2016 - FCC - SEGEP/MA


Se Roberta for promovida, então Antônio não será demitido.

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Se Cláudia se aposentar, então Douglas não perderá o seu posto.


Se Douglas não perder seu posto, então Antônio será demitido.
Sabe-se que Cláudia se aposentou.

A partir dessas informações é correto concluir que


a) Antônio não será demitido ou Roberta será promovida.
b) Roberta não foi promovida ou Cláudia não se aposentou.
c) Douglas perdeu seu posto e Antônio não será demitido.
d) Se Douglas não perder seu posto, então Cláudia não irá se
aposentar.
e) Roberta foi promovida e Douglas não perdeu seu posto.

Resolução:
Questão clássica.
Veja: “A partir dessas informações é correto (verdadeiro) concluir que”
A questão tem de ser analisada de trás para frente, partindo da afirmação de
que Cláudia se aposentou, e a partir desta ir tirando as conclusões quanto às
outras assertivas.
A questão diz que “Cláudia se aposentou”. Então isto é verdadeiro, porque a
questão impôs isso, ela deixou claro que Cláudia se aposentou.
Se Cláudia se aposentou, então temos as seguintes situações, as quais se
concluem da simples leitura das assertivas:
 Douglas não perdeu o posto.
 Antônio será demitido.
 Roberta não foi promovida.
Agora vamos substituir os valores lógicos nas alternativas, baseados nestas
conclusões.

Então vejamos:
a) Antônio não será demitido ou Roberta será promovida. F v F = F
F v F

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b) Roberta não foi promovida ou Cláudia não se aposentou. V v F = V


Verdadeira v Falsa (Claudia se aposentou)
Veja, a disjuntiva é falsa quando ambas as proposições forem falsas.
A 1ª proposição é verdadeira e a 2ª é falsa. Então a disjuntiva é verdadeira.
A alternativa nos deu esta assertiva, o que significa que a alternativa está
afirmando que isto é correto. Como é uma das alternativas, temos de avaliar
então se é mesmo correto. É uma situação diferente do enunciado. Muitos
alunos têm dúvida quanto a isso, e não sabem quando têm de avaliar o que é
verdade ou não, no enunciado ou nas alternativas.
Então saiba: no enunciado, a questão vai lhe dar situações, e alguma pista para
você concluir o que é certo ou errado, verdadeiro ou falso.
Já as alternativas vão lhe dar situações para você encaixar as conclusões
tiradas no enunciado, para você avaliar as alternativas, se são conflitantes.
E esta alternativa é a única correta, pois o valor logico final é verdadeiro.

c) Douglas perdeu seu posto e Antônio não será demitido. F ^ F = F


F ^ F

d) se Douglas não perder seu posto, então Cláudia não irá se aposentar.V→F = F
V → F

e) Roberta foi promovida e Douglas não perdeu seu posto. F ^ V = F


F ^ V

Resposta: b)

10) 2016 - VUNESP - MPE/SP


Considere verdadeiras as proposições:
Se José prefere assistir a séries de televisão, então Roberto assiste a
filmes no cinema.
Carlos não assiste ao futebol.
Se Lucas assiste a novelas, então Carlos assiste ao futebol.

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Roberto assiste a filmes no cinema ou Lucas assiste a novelas.

A partir dessas proposições, pode-se afirmar corretamente que


a) Roberto não assiste a filmes no cinema ou José não prefere assistir a
séries de televisão.
b) Lucas não assiste a novelas e Carlos assiste ao futebol.
c) José prefere assistir a séries de televisão e Carlos não assiste a
futebol.
d) Lucas não assiste a novelas ou José prefere assistir a séries de
televisão.
e) Lucas assiste a novelas e Roberto assiste a filmes no cinema.

Resolução:
Quando a questão disser algo como "Considere verdadeiras as proposições", ela
quer que consideremos as premissas inteiras como verdadeiras.
Vamos analisar as assertivas.
1. Se José prefere assistir a séries de televisão, então Roberto assiste a filmes
no cinema.
Toda esta assertiva é verdadeira (o enunciado impôs). Mas sabe-se que a
condicional é falsa quando a 1ª proposição for verdadeira e a 2ª for falsa.
Qualquer coisa diferente disso, a condicional é verdadeira. Então para que
todo o período (toda a assertiva) seja verdadeiro, precisamos ter
V→V = pois resulta em condicional verdadeira (V)
F→F = pois resulta em condicional verdadeira (V)
F→V = pois resulta em condicional verdadeira (V)
Vamos analisar as demais assertivas e deixar esta por último.
2. Carlos não assiste ao futebol.
Isso, então, é verdadeiro (a questão impôs). Baseado nela, vamos analisar as
demais.
3. Se Lucas assiste a novelas, então Carlos assiste ao futebol.

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Carlos assistir a futebol é falso (foi imposto pela questão). Então, pelas
regras da condicional, para que toda a premissa seja verdadeira, e sendo a
2ª proposição falsa, a 1ª proposição tem de ser falsa.
Então, Lucas não assiste a novelas.
4. Roberto assiste a filmes no cinema ou Lucas assiste a novelas.
Toda esta premissa é verdadeira (a questão impõe isso quando faz a
afirmação acima). Mas sabemos que Lucas assistir novelas é falso. Para a
disjunção ser falsa ambas as proposições são falsas. Ora, se o período todo é
verdadeiro e a 2ª proposição é falsa, a 1ª proposição é verdadeira.
Ou seja, Roberto assiste a filmes no cinema.
Veja a tabela-verdade.
F ou F = F (a disjunção é falsa se as duas proposições forem falsas)
V ou V = V
V ou F = V
F ou v = V
Mas temos da assertiva 1 que
Se José prefere assistir ... televisão, então Roberto assiste ... cinema.
? → V
Como funciona mesmo a condicional?
v→f resulta em falsa condicional
v→v resulta em verdadeiro
f→v resulta em verdadeiro
f→f resulta em verdadeiro
Então, José pode ou não assistir a séries de televisão, porque Roberto assiste
cinema e porque a 1ª assertiva pode ser verdadeira ou falsa para que esta
condicional seja verdadeira.
Então temos:
 Carlos não assiste ao futebol.
 Lucas não assiste a novelas.
 Roberto assiste a filmes no cinema.
 José pode ou não preferir assistir a séries de televisão.

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Agora vamos analisar as alternativas.


a) Roberto não assiste... cinema ou José não prefere assistir ... televisão.
f pode ser f ou v

Há duas situações possíveis para José. Assim, não podemos afirmar que ela é
verdadeira.

b) Lucas não assiste a novelas e Carlos assiste ao futebol.


V ^ f
A conjunção é verdadeira quando as 2 proposições são verdadeiras. Mas temos
V ^ F, resultando em conjunção falsa. Se a alternativa diz que toda a sentença
está certa, a alternativa é errada porque a conjunção é falsa.

c) José prefere assistir a séries de televisão e Carlos não assiste a futebol.


Pode ser v ou f ^ f
A alternativa diz que toda a assertiva está certa, mas não está porque para a
conjuntiva ser verdadeira, as duas proposições têm de ser verdadeiras, e no
caso, a 2ª assertiva é falsa, o que tornará a sentença inteira sempre falsa.
Então, alternativa errada.

d) Lucas não assiste a novelas ou José prefere assistir a séries de televisão.


verdadeiro v pode ser v ou f

A 1ª proposição é verdadeira e a 2ª pode ou não ser verdadeira (no caso de


José). Sendo uma disjunção, isso torna toda a sentença sempre verdadeira
(porque a disjunção é falsa quando ambas são falsas). Se a alternativa diz que
toda a sentença é verdadeira, esta alternativa está CERTA.

e) Lucas assiste a novelas e Roberto assiste a filmes no cinema.


f ^ v
Vimos, como decorrência das análises, que Lucas não assiste novelas e Roberto
assiste a filmes. Com isso, para que toda a alternativa esteja certa

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(verdadeira), a conjunção precisaria ter as duas proposições verdadeiras, o que


não ocorre, pois a 1ª proposição é falsa e a 2ª é verdadeira. Então, a
alternativa é errada.

Resposta: d)

11) Se Maria é economista, então Jorge é contador. Se Luiza é


administradora, então Jorge não é contador. Se Luiza não é
administradora, então Norberto é engenheiro. Sabe-se que Norberto
não é engenheiro. A partir dessas informações é possível concluir
corretamente que
a) Luiza é administradora ou Maria é economista.
b) Maria é economista ou Jorge é contador.
c) Jorge é contador e Norberto não é engenheiro.
d) Maria não é economista e Luiza não é administradora.
e) Jorge não é contador e Luiza não é administradora.

Resolução:
É necessário começar a análise por “Norberto não é engenheiro”, pois é a
proposição que o problema impõe como verdadeira, vindo de baixo para cima.
A partir dela analisa-se as demais.
Temos que
 Se Maria é economista, então Jorge é contador.
Concluímos pela análise que Jorge não é contador. Mas a questão impõe que
toda esta assertiva é verdadeira. Sendo uma condicional (V → F resulta F) e
tendo a 2ª proposição falsa, para que toda a assertiva seja verdadeira,
precisamos ter
F→F pois resulta em condicional verdadeira (V)
Para que fique bem claro, lembre-se que em condicional:
V→F = resulta em condicional falsa (F)
V→V = resulta em condicional verdadeira (V)
F→F = resulta em condicional verdadeira (V)

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F→V = resulta em condicional verdadeira (V)


Ou seja, nossa 1ª parte da assertiva (1ª proposição tem de ser falsa), o que
nos faz concluir que Maria não é economista.

 Se Luiza é administradora, então Jorge não é contador.


Concluiu-se que Luíza é administradora. E a questão impõe que toda a
assertiva é verdadeira. Trata-se de condicional (V → F resulta F), mas sendo
condicional, para que toda a assertiva seja verdadeira, com a 1ª proposição
sendo verdadeira, precisamos ter
V→V pois resulta em condicional verdadeira (V)
Então Jorge não é contador.

 Se Luiza não é administradora, então Norberto é engenheiro.


A questão impõe que toda esta assertiva é verdadeira, mas a 2ª parte é
falsa porque Norberto não é engenheiro.
Trata-se de condicional (V → F resulta F), então para que todo o período
seja verdadeiro com a 2ª parte falsa, precisamos ter
F→F pois resulta em condicional verdadeira (V)
Então Luíza é administradora.

 Sabe-se que Norberto não é engenheiro.


Então, Norberto ser engenheiro é falso.
Percebam que fizemos a análise das assertivas debaixo para cima. Então, ao
fim das análises temos que:
 Norberto não é engenheiro.
 Luíza é administradora.
 Jorge não é contador.
 Maria não é economista.

Então, de tudo isso temos que


 Se Maria é economista, então Jorge é contador.
F → F resulta em verdadeiro.

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 Se Luiza é administradora, então Jorge não é contador.


V → V resulta em verdadeiro.

 Se Luiza não é administradora, então Norberto é engenheiro.


F → F resulta em verdadeiro.

 Sabe-se que Norberto não é engenheiro.


V é verdadeiro.
Agora vamos analisar as alternativas.
a) V v F = V (disjuntiva é falsa quando ambas são falsas, então esta é
alternativa é inteiramente verdadeira)
b) F v F= F (disjuntiva é falsa quando ambas são falsas)
c) F ^ V = F (conjuntiva é verdadeira quando ambas são verdadeiras)
d) V ^ F= F (conjuntiva é verdadeira quando ambas são verdadeiras)
e) V ^ F= F (conjuntiva é verdadeira quando ambas são verdadeiras)

Gostaria de comentar que eu tentei detalhar bem as resoluções para que o


aluno compreenda o raciocínio e a análise. Mas lembre-se de que na prova o
candidato terá menos de 2 minutos por questão. Portanto, pratique este tipo de
questão repetidas vezes até “massificá-la”.

Resposta: a)

12) 2016 - CESPE - Polícia Científica


Considere as seguintes proposições para responder a questão.
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então
há punição de criminosos.
P2: Se há punição de criminosos, os níveis de violência não tendem a
aumentar.
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não
faz justiça com as próprias mãos.
A quantidade de linhas da tabela verdade associada à proposição P1 é
igual a
a) 32

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b) 2
c) 4
d) 8
e) 16

Resolução:
Questão bem simples.
Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há
punição de criminosos. Representando fica: (P v Q) → R
São 3 proposições, com 2 possibilidades para cada uma (falso ou verdadeiro).
Calcula-se por 2 elevado a n, onde n é a quantidade de proposições.
n = 3, Logo, 23 = 8

Resposta: d)
13) 2016 - CESPE - Polícia Científica de Pernambuco
A Polícia Civil de determinado município prendeu, na sexta-feira, um
jovem de 22 anos de idade suspeito de ter cometido assassinatos em
série. Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo de outro jovem e
de enterrar as partes em um matagal, na região interiorana do
município. Ele é suspeito também de ter cometido outros dois
esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos em que ele
supostamente aparece executando os crimes.
Assinale a opção que apresenta corretamente a quantidade de linhas da
tabela verdade associada à proposição “Ele é suspeito de cortar, em
três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar as partes em um
matagal, na região interiorana do município”, presente no texto.
a) 32
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
Aula 00 - Estruturas Lógicas
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Resolução:
O número de linhas da tabela verdade é 2 elevado ao número de proposições.
“Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar
as partes em um matagal, na região interiorana do município”
Resumindo:
Ele é suspeito de cortar... e (é suspeito) de enterrar as partes ...
P e Q
Há então uma conjunção com 2 proposições.
22 = 4 linhas

Resposta: c)

14) 2016 - Instituto AOCP - EBSERH


Considere as proposições p e q:
p = “João gosta de maçãs”,
q = “Está chovendo aqui”.

Assinale a alternativa que corresponde à proposição (~p ˄ ~q).


a) “João gosta de maçãs ou está chovendo aqui”.
b) “João não gosta de maçãs ou não está chovendo aqui”.
c) “João gosta de maçãs e está chovendo aqui”.
d) “João não gosta de maçãs e está não chovendo aqui”.
e) “Se João gosta de maçãs, então não está chovendo aqui”.
Resolução:
p = “João gosta de maçãs”
Negação de p = (~p): João não gosta de maçãs
q = “Está chovendo aqui”
Negação de q= (~q): Não está chovendo aqui.
Então, (~p ˄ ~q) é o mesmo que:
João não gosta de maçãs e não está chovendo aqui.

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Na alternativa d) tem-se:
“João não gosta de maçãs e está não chovendo aqui”.
As bancas também usam este tipo de escrita em negações. Apesar de não ser
normal, não é incorreto, e com certeza tem a intenção de confundir o
candidato, fazendo-o perder tempo com elucubrações. O aluno também precisa
atentar que a negação geralmente vem antes do verbo principal.

Resposta: d)

15) 2016 - CESPE - INSS


Com relação a lógica proposicional, julgue o item subsequente.
Considerando-se as proposições simples “Cláudio pratica esportes” e
“Cláudio tem uma alimentação balanceada”, é correto afirmar que a
proposição “Cláudio pratica esportes ou ele não pratica esportes e não
tem uma alimentação balanceada” é uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Em questões da CESPE de certo ou errado, geralmente a resolução é rápida.
Mas aqui quero expor o completo entendimento da questão, então vou
esmiuçar.
p: “Cláudio pratica esportes”.
q: “Cláudio tem alimentação balanceada”.
(pV~p)^~q:
“Claudio pratica esportes ou ele não pratica esportes e não tem alimentação balanc...
p v ~p ^ ~q
Tabela verdade com as possibilidades:
p q ~p ~q pV~p (pV~p)^~q
v v f f v f
v f f v v v
f v v f v f

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f f v v v v

Verificando a tabela, pode-se perceber que para (pV~p)^~q trata-se de uma


contingência, pois há valores lógicos falsos e verdadeiros.
Agora, vamos analisar de uma forma mais ágil, indo direto para a conjunção
(“e”). Perceba que se houver uma proposição falsa, toda a conjunção será falsa
(porque a conjunção é verdadeira quando ambas as proposições são
verdadeiras). Então, uma proposição falsa contamina tudo e já não se tem uma
tautologia. Pois na tautologia toda a expressão precisa ter valor final lógico
verdadeiro. Isso já mata a questão.
Então, se (pV~p) for falso, a conjunção é falsa e não se tem tautologia, pois
tanto (pV~p) tem de ser verdadeiro quanto (~q) tem de ser verdadeiro para
se ter conjunção verdadeira.

Resposta: Errado.
16) 2016 - CESPE - INSS
Com relação a lógica proposicional, julgue o item subsequente.
Na lógica proposicional, a oração “Antônio fuma 10 cigarros por dia,
logo a probabilidade de ele sofrer um infarto é três vezes maior que a
de Pedro, que é não fumante” representa uma proposição composta.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Uma proposição é uma sentença declarativa fechada com um valor lógico, que
pode ser verdadeira ou falsa. Proposição simples é uma afirmação que pode ser
valorada em verdadeiro ou falso. Exemplo: “O céu é azul” (proposição simples).
Uma proposição composta ocorre quando há mais de uma proposição simples
conectada, sendo aquela que contém em sua estrutura duas ou mais
proposições simples. Então, a proposição composta é a reunião de duas ou mais
proposições simples e será composta se tiver mais de um verbo.
São tipos de proposição composta
 Conjunção: utiliza o conectivo “e”.

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 Disjunção: utiliza o conectivo “ou”.


 Condicional: utiliza o conectivo “se, então”.
 Bicondicional: utiliza o conectivo “se, e somente se”.
Separando as proposições da questão, tem-se:
 Proposição p: “Antônio fuma 10 cigarros por dia”
 Proposição q: “logo a probabilidade de ele sofrer um infarto é três vezes
maior que a de Pedro, que é não fumante”
Como estrutura lógica seria: p → q (Se p, então q), trata-se de uma proposição
composta. Além disso, se há a conjunção "logo", está implícito o "se", o que faz
do enunciado uma proposição composta. Enfim,
 Possui conectivo...
 Possui verbos...
Então, é proposição composta.

Resposta: Certo.
17) 2016 - CESPE - INSS
Julgue o item a seguir, relativos a raciocínio lógico e operações com
conjuntos.
A sentença “Bruna, acesse a Internet e verifique a data da
aposentadoria do Sr. Carlos!” é uma proposição composta que pode ser
escrita na forma p ∧ q.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Exclamações não podem ser valoradas como verdadeiras ou falsas. Lembre-se:
Não são proposições:
 As frases Imperativas ( Ex. “Pense, Lembre, faça, etc”)
 As frases exclamativas ( Ex. “Que lindo!”)
 As frases interrogativas (Ex. “Qual é o seu nome?”)
 As sentenças abertas (Ex. x > 8) . Neste exemplo não se sabe quem é x,
então não e possível atribuir-lhe um valor logico.

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Resposta: Errado.

18) Julgue o item a seguir, relativos a raciocínio lógico e operações com


conjuntos.
Para quaisquer proposições p e q, com valores lógicos quaisquer, a
condicional p → (q → p) será, sempre, uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Vamos montar a tabela-verdade:
P Q (Q→P) P→ (Q→P)
V V V V
V F V V
F V F V
F F V V
Para todas as possibilidades, ao final tem-se na coluna da direita [P→ (Q→P)]
somente valores verdadeiros. Ou seja, é uma tautologia.

Resposta: Certo

19) 2016 - CESPE - INSS


Julgue o item a seguir, relativos a raciocínio lógico e operações com
conjuntos.

Caso a proposição simples “Aposentados são idosos” tenha valor lógico


falso, então o valor lógico da proposição “Aposentados são idosos, logo
eles devem repousar” será falso.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Aposentados são idosos
Falso

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A única forma de uma condicional resultar em falso será quando a 1ª


proposição for verdadeira e a 2ª for falsa. No caso, a 1ª proposição já é falsa,
obrigatoriamente resultando em verdadeiro.
Aposentados são idosos, logo eles devem repousar
Falso → Possib 1: Falso (Condicional resulta em verdadeiro)

Falso → Possib 2: verdadeiro (Condicional resulta em verdadeiro)

Resposta: Errado.

20) 2016 - CESPE - INSS


Julgue o item a seguir, relativo a raciocínio lógico e operações com
conjuntos. Dadas as proposições simples
p: “Sou aposentado” e
q: “Nunca faltei ao trabalho”,
a proposição composta
“Se sou aposentado e nunca faltei ao trabalho, então não sou
aposentado”
deverá ser escrita na forma (p∧q)→~p,
usando-se os conectivos lógicos.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Se sou aposentado e nunca faltei ao trabalho, então não sou aposentado
p ^ q → ~p

Resposta: Certo.

21) 2016 - IBFC - EBESERH


A frase “O atleta venceu a corrida ou a prova foi cancelada” de acordo
com a lógica proposicional é equivalente à frase:
a) Se o atleta não venceu a corrida, então a prova foi cancelada.

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b) Se o atleta venceu a corrida, então a prova foi cancelada.


c) Se o atleta venceu a corrida, então a prova não foi cancelada.
d) Se o atleta não venceu a corrida, então a prova não foi cancelada.
e) Se a prova não foi cancelada, então o atleta não venceu a corrida.

Resolução:
O atleta venceu a corrida ou a prova foi cancelada
p ^ q
 Negação da condicional (implicação):
~(p→q) = p^~q

 Reescrita da condicional (equivalência):


p→q = ~pvq
Assim,
p → q ↔ ~q → ~p (contrapositiva)
é uma equivalência lógica, pois possuem a mesma tabela-verdade.
Então, a questão quer
Se o atleta não venceu a corrida, então a prova foi cancelada.
~p → q
Percebam também que se fizermos a tabela-verdade para o atleta e para o
cancelamento da corrida, teremos ao final os mesmos valores lógicos:
A = O atleta venceu a corrida ou a prova foi cancelada
p|q| pvq
V|V| V
V|F| V
F|V| V
F|F| F
B = Se o atleta não venceu a corrida, então a prova foi cancelada.
~p | q | p→ q
F|V | V
F|F | V
V|V| V

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V|F| F

Resposta: a)

22) 2016 - IBFC - EBSERH


A negação da frase “O Sol é uma estrela e a Lua não é um planeta”, de
acordo com a equivalência lógica, a frase é:
a) O Sol não é uma estrela e a Lua é um planeta.
b) O Sol não é uma estrela ou a Lua não é um planeta.
c) O Sol é uma estrela ou a Lua é um planeta.
d) O Sol é uma estrela ou a Lua não é um planeta.
e) O Sol não é uma estrela ou a Lua é um planeta.

Resolução:
Negar as proposições e trocar o conectivo “e” pelo “ou”. Assim,
“O Sol é uma estrela e a Lua não é um planeta”
p ^ q
O Sol não é uma estrela ou a Lua é um planeta.
~p v ~q

Resposta: e)

23) 2016 - IF/CE


Considere a sentença: “Maria é estudiosa, e José decora”. A negação
dessa sentença é
a) Maria não é estudiosa ou José não decora.
b) Maria é estudiosa ou José decora.
c) Maria não é estudiosa e José decora
d) Maria não é estudiosa ou José decora.
e) José não decora e Maria é estudiosa.

Resolução:

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Maria é estudiosa, e José decora.


p ^ q
Negando, tem-se:
Maria não é estudiosa, ou José não decora.
~p v ~q

Resposta: a)

24) 2016 - FCC - Metrô/SP


Se a gasolina acabou ou apareceu um defeito, então o motor apagou.
Uma afirmação equivalente a esta é
a) a gasolina acabou ou apareceu um defeito e o motor apagou.
b) se o motor apagou, então a gasolina acabou ou apareceu um defeito.
c) apareceu um defeito e a gasolina acabou e o motor não apagou.
d) a gasolina acabou e não apareceu um defeito e o motor apagou.
e) se o motor não apagou, então não apareceu um defeito e a gasolina
não acabou.

Resolução:
Questão de Equivalência contrapositiva.
Se a gasolina acabou ou apareceu um defeito, então o motor apagou
p v q → r
Sabendo que a equivalência de uma condicional é dada por:
p→q = ~pvq
e
p → q ↔ ~q → ~p

a negação da assertiva da questão será:


~r→~(pvq) = ~r→~p^~q
“se o motor não apagou, então não apareceu um defeito e a gasolina não acabou.”.
~r → ~p ^ ~q

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Resposta: e)

25) 2016 - EASF - FUNAI


Sejam as proposições p e q onde p implica logicamente q. Diz-se de
maneira equivalente que:
a) p é condição suficiente para q.
b) q é condição suficiente para p.
c) p é condição necessária para q.
d) p é condição necessária e suficiente para q.
e) q não é condição necessária para p.

Resolução:
Recapitulando e simplificando,
Expressões equivalentes a ”Se p, então q (p→q)” são as seguintes:
se p, q = p implica q
q, se p = p é condição suficiente para q
quando p,q = q é condição necessária para p

mas
Todo p é q = p somente se q

Além disso,
Condicional (se P, então Q)
P é condição suficiente para Q.
Q é condição necessária para P.

Bicondicional (P se, somente se Q)


P é necessária e suficiente para Q.
Q é necessária e suficiente para P.

Resposta: a)

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26) 2016 - ESAF - FUNAI


Sejam as proposições (p) e (q) onde (p) é V e (q) é F, sendo V e F as
abreviaturas de verdadeiro e falso, respectivamente. Então com relação
às proposições compostas, a resposta correta é:
a) (p) e (q) são V.
b) Se (p) então (q) é F.
c) (p) ou (q) é F.
d) (p) se e somente se (q) é V.
e) Se (q) então (p) é F.

Resolução:
Apesar de o enunciado não especificar se é conjunção, disjunção, ou
bicondicional, as alternativas o fazem, sendo necessário analisá-las uma a uma.

a) (p) e (q) são V


(p) e (q) é F porque só é V nesse caso se (p) e (q) forem V.
v f
b) Se (p) então (q) é F
condicional é falsa se a 1ª proposição for v e a 2ª for f. Alternativa correta.

c) (p) ou (q) é F
(p) ou (q) é V porque só é F, nesse caso, se p e q forem F.

d) (p) se e somente se (q) é V – é F, na verdade, porque na bicondicional só é


V se os valores lógicos forem iguais, ou seja, se (p) e (q) forem verdadeiros ou
se ambos forem falsos.

e) Se (q) então (p) é F.


A questão diz que p é verdadeiro e q é falso. Então, teríamos F→V, resultando
em verdadeiro.

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Resposta: a)

27) 2016 - BIORIO - Prefeitura de São Gonçalo


Se Ana gosta de Beto, então Beto ama Carla. Se Beto ama Carla, então
Débora não ama Luiz. Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com
Débora. Mas Luiz não briga com Débora. Assim:
a) Ana gosta de Beto e Beto ama Carla.
b) Débora não ama Luiz e Ana não gosta de Beto.
c) Débora ama Luiz e Ana gosta de Beto.
d) Ana não gosta de Beto e Beto não ama Carla.
e) Débora não ama Luiz e Ana gosta de Beto.
Resolução:
1º) Comecemos pela proposição simples que será verdadeira
“Mas Luiz não briga com Débora”. verdadeira
2º) Iremos verificar a proposição composta que tenha os mesmos dizeres da
simples. Sabe-se que a 2º parte da proposição é falsa já que "Luiz não briga
com Débora é verdadeiro. Trata-se de uma proposição composta com uma
condicional, que é falsa quando verdadeiro → falso. Assim como a 2º parte é
falsa e o resultado tem que ser verdadeiro, a 1º (Débora ama Luiz) tem que ser
falsa também.
Se Débora não ama Luiz (F), então Luiz briga com Débora. (F) resulta em
condicional verdadeira.
3º) Vamos analisar a proposição que tem Débora. Na proposição anterior,
"Débora não ama Luiz" é falsa, colocaremos falso na 2 º parte da proposição,
trata-se de uma condicional, como visto no caso anterior, assim a 1º frase não
pode ser verdadeira porque o resultado tem que ser verdadeiro e
verdadeiro→falso resulta em condicional falsa . Conclui-se que a 1º frase será
falsa.
Se Beto ama Carla (FALSA), então Débora não ama Luiz (FALSO) resulta em
condicional verdadeira.
4º - Beto ama Carla é falsa, e sendo uma condicional a 1º também será falsa.
Se Ana gosta de Beto (falsa), então Beto ama Carla (falsa).

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Então, de tudo o que foi analisado, concluem-se como verdadeiras:


 Ana NÃO gosta de Beto. verdadeira
 Beto NÃO ama Carla. verdadeira
 Luiz não briga com Débora. verdadeira
 Débora ama Luiz. verdadeiro
Vamos analisar as alternativas.
a) Ana gosta de Beto (F) e Beto ama Carla(F) .
b) Débora não ama Luiz (F) e Ana não gosta de Beto (V) .
c) Débora ama Luiz (V) e Ana gosta de Beto.(F)
d) Ana não gosta de Beto (V) e Beto não ama Carla.(V) resposta certa
e) Débora não ama Luiz (F) e Ana gosta de Beto (F) .

Resposta: d)

28) 2016 - FCC - TRF 3ª REGIÃO


Considere verdadeiras as afirmações abaixo.
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro.
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária.
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária.
IV. Carlos é engenheiro.
A partir dessas afirmações, pode-se concluir corretamente que
a) Eliane não é secretária e Durval não é administrador.
b) Bruno não é médico ou Durval é administrador.
c) se Eliane não é secretária, então Bruno não é médico.
d) Carlos é engenheiro e Eliane não é secretária.
e) se Carlos é engenheiro, então Eliane não é secretária.

Resolução:
1) tomar como verdadeira todas as premissas:
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. (V)
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária. (V)
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária. (V)

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IV. Carlos é engenheiro. (V)

2) pegar a premissa mais simples, do item IV e aplicar na premissa do item I.


I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. (V)
(V) (F)

Lembre-se do que já foi dito: a proposição resultante da disjunção exclusiva (ou


p ou q) só será verdadeira se uma das partes for falsa e a outra verdadeira
(independentemente da ordem), não podendo acontecer verdadeira nas duas
proposições nem falsa nas duas proposições. Se tivermos duas proposições
falsas ou duas verdadeiras, a disjunção exclusiva será falsa. Veja este esquema
exemplificativo abaixo.
Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)

P Q PvQ

V V F

V F V

F V V

F F F

Voltando à questão.
Continuando a análise, então, tem-se:
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. (V)
(V) (F)
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária. (V)
(F) (F)
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária. (V)
(V) (V)
IV. Carlos é engenheiro. (V)
Agora, analisando as alternativas:
BM = Bruno é Médico
~BM = Bruno não é médico

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CE = Carlos é Engenheiro
~CE = Carlos não é Engenheiro
DA = Durval é Administrador
~DA = Durval não é Administrador
ES = Eliana é Secretária
~ES = Eliana não é Secretária

a) ~ES ^ ~DA
F^V F
b) ~BM v DA
F v F F
c) ~ES → ~BM
F→F V
d) CE ^ ~ES
V^F F
e) CE → ~ES
V→F F

Resposta: c)

29) 2016 - FCC - TRF 3ª REGIÃO


Considere, abaixo, as afirmações e o valor lógico atribuído a cada uma
delas entre parênteses.
− Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro (afirmação FALSA).
− Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor (afirmação FALSA).
− Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro (afirmação
VERDADEIRA).
A partir dessas afirmações,
a) Júlio não é pintor e Bruno não é cozinheiro.
b) Antônio é pedreiro ou Bruno é cozinheiro.
c) Carlos é marceneiro e Antônio não é pedreiro.
d) Júlio é pintor e Carlos não é marceneiro.

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e) Antônio é pedreiro ou Júlio não é pintor.

Resolução:
É melhor começar pela condicional, pois na condicional há apenas uma
possibilidade de ter valor logico falso (V→F).
 Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro. Disjunção exclusiva falsa
V v V
A proposição resultante da disjunção exclusiva (“ou p ou q”) só será verdadeira
se uma das partes for falsa e a outra verdadeira (independentemente da
ordem), não podendo acontecer verdadeira nas duas proposições nem falsa nas
duas proposições. Se tivermos duas proposições falsas ou duas verdadeiras, a
disjunção exclusiva será falsa. Veja este esquema exemplificativo abaixo.
Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)

P Q PvQ

V V F

V F V

F V V

F F F

Como o primeiro componente é verdadeiro, o segundo componente precisa


ser verdadeiro. Então, “Bruno não é cozinheiro” é verdadeiro.
Conclusão: “Bruno não é cozinheiro” é verdadeiro.
 Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor. Condicional falsa
V --> F
“Júlio é pintor” é verdade.
 Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro. Disjunção verdadeira
F v V
Sabemos que o primeiro componente, “Bruno é cozinheiro” é Falso.

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A disjunção é falsa quando ambas as proposições são falsas. Se a 1ª


proposição é falsa (pois Bruno não é cozinheiro), a 2ª tem de ser verdadeira.
Então “Antônio não é pedreiro” é V.
Então
 Júlio é pintor.
 Bruno não é cozinheiro.
 Antônio não é pedreiro.

Analisando as alternativas:
(a) Júlio não é pintor (F) e Bruno não é cozinheiro (V). (F ^ V resulta F)
(b) Antônio é pedreiro (F) ou Bruno é cozinheiro (F). (F v F resulta F)
(c) Carlos é marceneiro (V) e Antônio não é pedreiro (V). (V ^ V resulta V)
(d) Júlio é pintor (V) e Carlos não é marceneiro (F). (V ^ F resulta F)
(e) Antônio é pedreiro (F) ou Júlio não é pintor (F). (F v F resulta F)

Resposta: c)

30) 2016 - CESPE - FUNPRESP/EXE


Acerca dos argumentos racionais, julgue o item a seguir.
No diálogo a seguir, a resposta de B é fundamentada em um raciocínio
por analogia.
A: O que eu faço para ser rico assim como você?
B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que
tenho hoje trabalhando muito duro. Logo, você também conseguirá ter
esse padrão de vida trabalhando muito duro.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Analogia é uma relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais
entidades distintas. Pode ser feita uma analogia, por exemplo, entre cabeça e
corpo e entre capitão e soldados. Cabeça (cérebro) e capitão são duas
entidades análogas. Possuem função semelhante que, neste caso, é comandar,

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dar ordens. De igual forma, corpo e soldados exercem a mesma função que é
obedecer às ordens. Uma argumentação por analogia é aquela onde
ressaltamos características em comum entre duas ou mais situações visando
inferir conclusões similares. Neste caso temos uma analogia na fala de B, que
apresenta uma situação (ficou rico trabalhando duro) para concluir outra similar
(que A ficará rico trabalhando duro também). A analogia é o raciocínio que se
desenvolve a partir da semelhança entre casos particulares, uma espécie de
comparação. Através dele não se chega a uma conclusão geral, mas só a outra
proposição particular. Além disso, assemelha-se à indução, mas considera
somente um caso particular como ponto de partida.
Exemplos:
 Se a minissaia fica bem numa atriz de TV, muitas espectadoras tendem a
pensar que também ficaria bem nelas;
 Se tal remédio fez bem para um amigo meu, logo deverá fazer bem a mim
também;
 Se fulana emagreceu com um tipo de regime da lua, logo cicrano também
emagrecerá; e assim por diante.

Resposta: Certo.

31) 2016 - CESPE - FUNPRESP/EXE


Acerca dos argumentos racionais, julgue o item a seguir.
O texto que se segue, produzido por um detetive durante uma
investigação criminal, ilustra um raciocínio por indução.
Ontem uma senhora rica foi assassinada em sua casa. No momento do
crime, havia uma festa na casa da vítima e nela estavam presentes
umas cinquenta pessoas. Dessas cinquenta, é sabido que nove tinham
algum tipo de problema com a senhora assassinada. Assim, é plausível
supor que o assassino esteja entre essas nove pessoas.
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
Aula 00 - Estruturas Lógicas
Professor Fabio dos Santos

 Abdução significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a regra para


defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: "Quando
chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então pode ter
chovido." Associa-se este tipo de raciocínio aos diagnosticistas e detetives,
etc.

 Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-se da regra e sua


premissa para chegar a uma conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama
fica molhada. Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum
associar os matemáticos com este tipo de raciocínio. Podemos ainda dizer
que o silogismo é um raciocínio que parte de uma proposição geral e conclui
outra proposição geral (que também pode ser particular).
Uma proposição é geral quando o sujeito da proposição é tomado na sua
totalidade. Por exemplo: "Toda baleia é mamífero".
É preciso prestar atenção, pois às vezes usamos apenas o artigo definido (o,
a) para indicar a totalidade: "O homem é livre". Observe também que não
importa se nos referimos a uma parte de outra totalidade; se na proposição
tomamos todos os elementos que a constituem. Trata-se de uma proposição
geral. Na proposição "Os paulistas são sul-americanos", não importa que os
paulistas sejam uma parte dos brasileiros, mas que nesse caso estamos nos
referindo à totalidade dos paulistas.
Uma proposição é particular quando o sujeito da proposição é tomado em
apenas uma parte indeterminada: "Alguns homens são injustos": "Certas
pessoas são curiosas". Uma proposição particular pode ser singular quando
o sujeito se refere a um indivíduo: "Esta flor é bonita"; "São Paulo é uma
bela cidade"; "Mário é estudante".
Nos exemplos a seguir, a primeira dedução tem conclusão geral; e no
segundo caso, a conclusão é particular:
a)
Todo brasileiro é sul-americano.
Todo paulista é brasileiro.
Todo paulista é sul-americano.

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
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b)
Todo brasileiro é sul-americano.
Algum brasileiro é índio.
Algum índio é sul-americano.
Assim, O método dedutivo se caracteriza quando se parte de uma situação
geral e genérica para uma particular. A dedução é o processo mental
contrário à indução. Através da indução, não produzimos conhecimentos
novos, porém explicitamos conhecimentos que antes estavam implícitos.

 Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir de diversos


exemplos de como a conclusão segue da premissa. Exemplo: "A grama ficou
molhada todas as vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama
ficará molhada." É comum associar os cientistas com este estilo de
raciocínio. Indução é uma argumentação na qual, a partir de dados
singulares suficientemente enumerados, chegamos a proposições universais,
inferimos uma verdade universal. Enquanto na dedução a conclusão deriva
de verdades universais já conhecidas, partindo, portanto, do plano do
inteligível, a indução, ao contrário, chega a uma conclusão a partir da
experiência sensível dos dados particulares. O método indutivo se
caracteriza pelo processo pelo qual o pesquisador por meio de um
levantamento particular chega a determinadas conclusões gerais, ou seja,
parte-se do específico para o geral. No método indutivo há um processo
mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,
suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos é levar
a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas
quais se basearam.

Exemplos:
a) Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...;
logo, a água ferve a cem graus.

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
Professor Fabio dos Santos

b) O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, e o ferro, e o zinco, e a


prata também...; logo, o metal (isto é, todo metal) é condutor de
eletricidade".
No caso da questão, partiu de 50 pessoas restringindo-se em 9 pessoas.
Geral → particular
O erro da questão é que para ser indutivo tem que partir de casos particulares
para se fazer uma consideração geral, não é 100% certeza mas tem boas
chances de ser.

Resposta: Errado.

32) 2016 - CESPE - FUNPRESP/EXE


Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da
argumentação, julgue o item a seguir. “Na linguagem cotidiana, as
condições de verdade de Fulano tomou suco e saiu são diferentes das
de Fulano saiu e tomou suco.”
( ) Certo ( ) Errado

Resolução:
Na lógica formal (ou proposicional), sabemos que as proposições “p e q” e “q e
p” são equivalentes entre si. Isto significa que a conjunção apresenta a
propriedade comutativa. Entretanto, a questão enfatizou o termo “linguagem
cotidiana”, o que nos lembra da lógica informal, onde o significado assume
valor importante.
Na linguagem cotidiana, a ordem das informações gera diferença no significado.
Dizer que “tomou suco e saiu” dá a ideia de que primeiro a pessoa tomou suco
e depois saiu, já dizer que “saiu e tomou suco” permite inferir que o suco foi
tomado fora de casa, após a pessoa ter saído. Se a questão pedisse a
linguagem lógica as proposições seriam iguais. Mas como pediu linguagem
cotidiana, as proposições são diferentes.
Ou seja, em lógica são iguais p^q= q^p, porém na linguagem cotidiana são
diferentes.

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
Professor Fabio dos Santos

Resposta: Certo.

33) 2016 - CESPE - DPU


Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
 Quando chove, Maria não vai ao cinema.
 Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
 Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
 Quando Fernando está estudando, não chove.
 Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item
subsecutivo.
Durante a noite, não chove.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Uma dica para resolver questões como esta é que quando pedirem para
comprovar a veracidade de um argumento, tente provar o contrário, ou seja,
que o argumento é falso.
Quando chove, Maria não vai ao cinema.
F F
Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
V V
Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
F F
Quando Fernando está estudando, não chove.
V/F V
Durante a noite, faz frio.

Durante a noite faz frio e não chove


F V Verdadeiro

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
Aula 00 - Estruturas Lógicas
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Perceba que se você analisar as proposições de baixo para cima, e aplicando


p→q=~q→~p, você chegará em
 Durante a noite, faz frio, logo, Cláudio não sai de casa (fica em casa).
 Se Cláudio fica em casa, então Maria vai ao cinema.
 Se Maria vai ao cinema, então não chove.
 Conclusão: Durante a noite, faz frio e não chove.

Resposta: Certo.

34) 2014 - ESAF - MF


Em um argumento, as seguintes premissas são verdadeiras:
 Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
 Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
 Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
 A Polônia se classificou.

Logo, pode-se afirmar corretamente que:


a) a Itália e a França se classificaram.
b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo.
c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo.
d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo.
e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo.

Resolução:
Sabemos que:
O enunciado se compõe de condicionais do tipo “se p, então q”. Mas a negação
da condicional “p então q” é “se não q, então não p” (porque p→q=~q→~p).
Assim, vamos trabalhar negando as condicionais.
A questão impõe que "A Polônia se classificou". Então vamos negar a última
premissa onde fala que ela não se classifica, e vamos analisar as assertivas de
baixo para cima, da última premissa para a primeira:

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
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3º) Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica. Ou seja, se a


Polônia se classificar, então a Itália não se classifica. (lembre-se que que
p→q=~q→~p)
2º) Se a França não se classificar, então a Itália se classifica. Mas sabemos que
a Itália não se classifica, então a França se classifica.
1º) Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica. Mas sabemos
que a França se classifica, então o Brasil não vence. Então,
 Brasil não vence
 França se classifica
 Itália não se classifica
 Polônia se classifica

Analisando as alternativas:
a) a Itália e a França se classificaram. ERRADO
f ^ v (conjunção é verdadeira quando ambas são verdadeiras)

b) a Itália se classifica e o Brasil não venceu o jogo. ERRADO


f ^ v (conjunção é verdadeira quando ambas são verdadeiras)

c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo. CERTO.


V v f (disjunção é falsa quando ambas são falsas)

Observem o uso do "ou"! Se fosse "e" estaria errado.

d) a França se classifica e o Brasil venceu o jogo. ERRADO


v ^ f (conjunção é verdadeira quando ambas são verdadeiras)

e) a França se classifica se, e somente se, o Brasil venceu o jogo. ERRADO


v ↔ f
Para que a bicondicional seja verdadeira, é necessário dois valores falsos ou dois verdadeiros.

Resposta: c)

35) 2013 - ESAF - MF


Considere verdadeiras as premissas a seguir:

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 se Ana é professora, então Paulo é médico;


 Ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
 Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

Resolução:
 se Ana é professora, então Paulo é médico (Condicional verdadeira)
F F
Se Paulo não é médico, para que a condicional continue sendo verdadeira (já
que o enunciado do problema impôs que toda a assertiva é verdadeira), então
“Ana é professora” tem de ser necessariamente falso.
Então Ana não é professora.
 ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante (Disjunção exclusiva
verdadeira)
V F
Conforme visto sobre Estruturas Lógicas, lembre-se de que a proposição
resultante da disjunção exclusiva só será verdadeira se uma das partes for falsa
e a outra verdadeira (independentemente da ordem), não podendo acontecer
verdadeira nas duas proposições nem falsa nas duas proposições. Se tivermos
duas proposições falsas ou duas verdadeiras, a disjunção exclusiva será falsa.
Veja este esquema:
Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)

P Q PvQ

V V F

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
Professor Fabio dos Santos

V F V

F V V

F F F

Então, se “ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante” é verdadeiro, sendo


que “Marta é estudante” e falso. Para que a disjunção exclusiva continue
verdadeira, “ou Paulo não é médico” necessariamente tem de ser verdadeira.
Então Paulo não é médico.
 Marta não é estudante (verdadeira, porque a questão impôs assim no
enunciado)
V
Então,
 Marta não é estudante.
 Ana não é professora.
 Paulo não é médico.

Agora basta analisar as alternativas, distribuindo os “F” e os “V”.


b) Ana não é professora e Paulo é médico. falso
V F
c) Ana não é professora ou Paulo é médico. (verdadeiro)
V F
d) Marta não é estudante e Ana é Professora. (falso)
V F
e) Ana é professora ou Paulo é médico. (falso)
F F
Então, a única assertiva que tem valor final lógico como verdadeiro é a c), pois
para que a disjunção seja falsa, ambas as proposições têm de ser falsas.
Qualquer coisa diferente disso na disjunção, então ela terá valor lógico final
verdadeiro.

Resposta: c)

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
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36) 2009 - ESAF - MPOG


Admita que, em um grupo: "se algumas pessoas não são honestas,
então algumas pessoas são punidas". Desse modo, pode-se concluir
que, nesse grupo:
a) as pessoas honestas nunca são punidas.
b) as pessoas desonestas sempre são punidas.
c) se algumas pessoas são punidas, então algumas pessoas não são
honestas.
d) se ninguém é punido, então não há pessoas desonestas.
e) se todos são punidos, então todos são desonestos.

Resolução:
Equivalências de p→q:
 ~p v q
 ~q --> ~p
Além disso,
Proposição Negação Equivalência
Todo Algum não Nenhum não
Nenhum Algum Todo não
Algum não Todo
Algum Nenhum

Então, a=b
a) se algumas pessoas NÃO SÃO honestas, então algumas pessoas SÃO punidas
p → q
b) ~(ALGUMAS pessoas SÃO punidas)→~(ALGUMAS pessoas NÃO SÃO honestas)
~q →~ p
= NENHUMA pessoa é punida -> TODAS as pessoas são honestas
= NENHUMA pessoa é punida -> NENHUMA pessoa não é honesta
(ou NENHUMA pessoa é desonesta)
= Se ninguém é punido, então não há pessoas desonestas
Resposta: d)

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37) 2009 - ESAF - MPOG


Suponha que um pesquisador verificou que um determinado defensivo
agrícola em uma lavoura A produz o seguinte resultado: "Se o
defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes", enquanto que o
mesmo defensivo em uma lavoura distinta B produz outro resultado:
"Se e somente se o defensivo é utilizado, as plantas não ficam
doentes". Sendo assim, se as plantas de uma lavoura A e de uma
lavoura B não ficaram doentes, pode-se concluir apenas que:
a) o defensivo foi utilizado em A e em B.
b) o defensivo foi utilizado em A .
c) o defensivo foi utilizado em B.
d) o defensivo não foi utilizado em A e foi utilizado em B.
e) o defensivo não foi utilizado nem em A nem em B.

Resolução:
 Lavoura A: se o defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
p → q
Lembre-se de que a condicional é verdadeira se a 1ª proposição é verdadeira e
a 2ª é falsa.
 Lavoura B: se, e somente se, defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
P ↔ q
Lembre-se de que a bicondicional é verdadeira se ambas as proposições forem
verdadeiras ou se ambas forem falsas. Perceba que é o mesmo defensivo, ou
não poderíamos denominar as duas assertivas com p e q.
A questão afirma que as plantas de ambas as lavouras não ficaram doentes:
Então, q é verdadeiro.
Lavoura A:
p q p→q
V V V
V F F
F V V

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Aula 00 - Estruturas Lógicas
Professor Fabio dos Santos

F F V
Perceba que para a assertiva da 1ª lavoura ser verdadeira, com q verdadeiro
(plantas não ficam doentes) podemos ter p verdadeiro ou falso, que das duas
formas a condicional continua sendo verdadeira. Então o defensivo pode ou não
ter sido aplicado na lavoura A.
Cuidado! Não é possível afirmar com certeza que o defensivo foi aplicado em A,
nem pode ser afirmado com certeza que ele não foi aplicado em A. Sabemos
com certeza que ele pode ou não ter sido aplicado, o que é muito diferente.
Lavoura B:
p q p se e somente se q
V V V
V F F
F V F
F F V
Para que a bicondicional seja verdadeira e q sendo verdadeiro (plantas não
ficam doentes), p só pode ser verdadeiro, pois na bicondicional ambas as
proposições têm de ser verdadeiras ou ambas têm de ser falsas. E se q
obrigatoriamente é verdadeiro, p tem de ser verdadeiro, ou a bicondicional
seria falsa.
Isto significa que na lavoura B o defensivo foi aplicado. Isso pode ser afirmado
com certeza. Veja que se o candidato fose correndo marcar a d), ele erraria.

Resposta: c)
38) 2006 - ESAF - CGU
Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é bailarina ou Renata
não é ruiva. Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz
não é bailarina então Márcia é magra. Assim,
a) Márcia não é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
b) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
c) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz não é bailarina.
d) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz é bailarina.
e) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz não é bailarina.

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Resolução:
Marcia ser magra: p
Renata ser ruiva: q
Beatriz ser bailarina: r
Precisamos considerar as 4 premissas todas verdadeiras, pois se a questão nos
deu estas premissas, então a questão nos está impondo que elas são
verdadeiras.
1.ª premissa: Márcia não é magra ou Renata é ruiva. (~p v q)
2.ª premissa: Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva. (r v ~q)
3.ª premissa: Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. (~q v ~r)
4.ª premissa: Se Beatriz não é bailarina, então Márcia é magra. (~r → p)

Nesta questão o examinador não nos deu propriamente uma pista. Ele não
indicou uma proposição como certa ou como errada. Ele apenas nos deu 4
premissas como se fosse um sistema linear, para resolvermos.
Então, temos de escolher uma delas como verdadeira ou como falsa, ir
analisando as demais e tentar eliminar as contradições que forem sendo
encontradas.
Vamos considerar que as quatro premissas formam uma grande conjunção.
(~p v q)^(r v ~q)^(~q v ~r)^(~r → p)

Já que temos as proposições p, q e r, então vamos começar analisando por p.


Vamos supor que "p" seja verdadeiro. Assim, temos:
(F v q)^(r v ~q)^(~q v ~r)^(~r → V)
Agora, "q" deve ser verdadeiro para que (F v q) seja verdadeiro:
(F v V)^(r v F)^(F v ~r)^(~r → V)
Mas então, aqui, encontramos uma contradição, pois para que (r v F) seja
verdadeiro “r" deve ser verdadeiro e para que (F v ~r) seja verdadeiro "~r"
deve ser verdadeiro. Portanto, essa suposição é inválida. Vamos seguir em
frente.

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Vamos supor agora que "p" seja falso. Assim, temos:


(V v q)^(r v ~q)^(~q v ~r)^(~r → F)
Então, "~r" deve ser falso para que (~r → F) seja verdadeiro, portanto "r" deve
ser verdadeiro.
(V v q)^(V v ~q)^(~q v F)^(F → F)

Então, "~q" deve ser verdadeiro para que (~q v F) seja verdadeiro, portanto
"q" deve ser falso:
(V v F)^(V v V)^(V v F)^(F → F); esta expressão possui valor lógico
verdadeiro, portanto suposição válida.

Conclui-se então que "p" e "q" são falsos e "r" é verdadeiro, ou seja, Márcia não
é magra, Renata não é ruiva e Beatriz é bailarina.

Também podemos fazer as tabelas verdade de cada premissa. Utilizando as


tabelas-verdades nas quatro premissas, observamos que as situações abaixo
são impossíveis.
~r ^ ~p (elimina a alternativa "e")
q ^ r (elimina a alternativa "d")
~r ^ q (elimina a alternativa "e")
p ^~q (elimina as alternativas "b" e "c")
Sobra então como correta somente a a).

Resposta: a)

39) 2006 - ESAF - CGU


Se X está contido em Y, então X está contido em Z. Se X está contido
em P, então X está contido em T. Se X não está contido em Y, então X
está contido em P. Ora, X não está contido em T. Logo:
a) Z está contido em T e Y está contido em X.
b) X está contido em Y e X não está contido em Z.

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
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c) X está contido em Z e X não está contido em Y.


d) Y está contido em T e X está contido em Z.
e) X não está contido em P e X está contido em Y.

Resolução:
1. Se X está contido em Y, então X está contido em Z.
2. Se X está contido em P, então X está contido em T.
3. Se X não está contido em Y, então X está contido em P.
4. X não está contido em T.(Examinador deu a “pista”. Disse que esta é V.)

Vamos utilizar primeiramente “x não está contido em T.” (nº4) como


verdadeira para analisarmos as demais.

Vamos analisar a assertiva 2.


Se X está contido em P, então X está contido em T
p → q (condicional verdadeira)
falsa
Para que a condicional seja verdadeira, sendo a 2ª proposição falsa,
obrigatoriamente a 1ª proposição tem de ser falsa. Então, x não está contido
em p.
Se invertermos p→q para ~q→~p também chegaremos a esta conclusão.
VF F
VVV
FV V
FF V
Vamos analisar a assertiva 3.
Se X não está contido em Y, então X está contido em P
p → q (condicional verdadeira)
falsa
Mesmo raciocínio da análise anterior. Então, X está contido em Y.
Vamos analisar a assertiva 1.
Se X está contido em Y, então X está contido em Z

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p → q (condicional verdadeira)
v →
Para que esta condicional seja verdadeira com a 1ª proposição verdadeira,
obrigatoriamente a 2ª proposição tem de ser verdadeira. Então, X está
contido em Z.
Assim,
 X não está contido em p
 X está contido em Y
 X está contido em Z
Vamos conferir as alternativas:
a) Z está contido em T e Y está contido em X.ERRADA
b) X está contido em Y e X não está contido em Z. ERRADA
c) X está contido em Z e X não está contido em Y. ERRADA
d) Y está contido em T e X está contido em Z. ERRADA
e) X não está contido em P e X está contido em Y. CERTA

Resposta: e)

40) 2006 - ESAF - CGU


Ana é artista ou Carlos é compositor. Se Mauro gosta de música, então
Flávia não é fotógrafa. Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é
compositor. Ana não é artista e Daniela não fuma. Pode-se, então,
concluir corretamente que
a) Ana não é artista e Carlos não é compositor.
b) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa.
c) Mauro gosta de música e Daniela não fuma.
d) Ana não é artista e Mauro gosta de música.
e) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa.

Resolução:
Temos 4 premissas impostas pela questão no enunciado. Por isso
consideraremos todas como verdadeiras.

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
Aula 00 - Estruturas Lógicas
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1. Ana é artista ou Carlos é compositor.


2. Se Mauro gosta de música, então Flávia não é fotógrafa.
3. Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é compositor.
4. Ana não é artista e Daniela não fuma.

Começaremos pela 4, pois uma conjunção é verdadeira se ambas as


proposições forem verdadeiras. Assim, podemos concluir que :
 Ana não é artista.
 Daniela não fuma.
Sabendo que "Ana não é artista", vamos analisar a proposição 1.
Ana é artista (F) ou Carlos é compositor
falsa v (assertiva verdadeira)
Já que Ana não é artista, sua negativa é falsa. Se a assertiva é uma disjunção,
e se para a disjunção ser verdadeira com a 1ª proposição falsa é necessário que
a 2ª proposição seja verdadeira, sabemos que Carlos é compositor.
FF F
VV V
FV V
VF V

Vamos analisar a assertiva 3.


Se Flávia não é fotógrafa (F), então Carlos não é compositor
→ falsa (assertiva verdadeira)
A condicional será falsa quando a 1ª proposição for verdadeira a 2ª for falsa.
Mas a assertiva é verdadeira com a 2ª proposição falsa. Então,
obrigatoriamente a 1ª proposição tem de ser falsa. Com isso, conclui-se que
Flávia é fotógrafa.
VF F
VV V
FV V
FF V
Agora vamos analisar a assertiva 2.

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
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Se Mauro gosta de música (F), então Flávia não é fotógrafa


→ falsa (assertiva verdadeira)

Sabemos que "Flávia é fotógrafa". Portanto temos uma condicional verdadeira


com a 2ª proposição falsa. Isso nos permite concluir que a 1ª proposição
obrigatoriamente tem de ser falsa, e por isso Mauro não gosta de música.
Conclui-se então, por tudo o que foi analisado:
Ana não é artista.
Daniela não fuma.
Carlos é compositor
Flávia é fotógrafa
Mauro não gosta de música
Vamos analisar as alternativas.
a) Ana não é artista e Carlos não é compositor. ERRADA
b) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa. CERTA
c) Mauro gosta de música e Daniela não fuma. ERRADA
d) Ana não é artista e Mauro gosta de música. ERRADA
e) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa. ERRADA

Resposta: b)

41) 2004 - ESAF - MPU


Fernanda atrasou-se e chega ao estádio da Ulbra quando o jogo de
vôlei já está em andamento. Ela pergunta às suas amigas, que estão
assistindo à partida, desde o início, qual o resultado até o momento.
Suas amigas dizem-lhe:
Amanda: "Neste set, o escore está 13 a 12".
Berenice: "O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o primeiro
set".
Camila: "Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra".
Denise: "O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set, e
quem vai sacar é a equipe visitante".

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Raciocínio Lógico e Sequências Lógicas - TJ/PE
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Eunice: "Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando


este set".

Conhecendo suas amigas, Fernanda sabe que duas delas estão


mentindo e que as demais estão dizendo a verdade. Conclui, então,
corretamente, que
a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem
vai sacar é a equipe visitante.
d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a
Ulbra venceu o primeiro set.
e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e a Ulbra venceu o
primeiro set.

Resolução:
1ª forma de resolver.
Nesta questão também teremos de realizar tentativas para encontrar
contradições e então ir chegando na resposta.

Vamos então considerar que Amanda é mentirosa.


Vamos avaliar a frase de Amanda. Ela diz que o escore está 13 a 12.
Então Amanda mente e o escore não está 13 a 12.

Vamos agora para a frase de Camila.


Camila: “Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra”.
Sabemos que o escore não está 13 a 12 (baseado que Amanda mente). Então
Camila também mente.
Então
Se Amanda mente:

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O escore não está 13 a 12.


Camila mente.
Berenice, Denise e Eunice falam a verdade.
Então, por enquanto, se temos 2 amigas que mentem, as demais falam a
verdade.

Analisemos então a frase de Berenice:


Berenice: “O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o primeiro set”.
Como Berenice fala a verdade, o escore não está 13 a 12 e Ulbra ganhou o
primeiro set.

Então até agora temos que:


Amanda mente.
O escore não está 13 a 12.
Camila está mentindo.
Berenice, Denise e Eunice falam a verdade.
Ulbra ganhou o primeiro set.
Agora vamos analisar o que disse Denise.
Denise: “O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante”. Se Denise também falar a verdade, que ela disse
acima é correto. Então teremos:
Amanda mente.
O escore não está 13 a 12.
Camila está mentindo.
Berenice, Denise e Eunice falam a verdade.
Ulbra ganhou o primeiro set.
Ulbra está perdendo este set.
Quem vai sacar é a equipe visitante.
Agora analisemos a frase de Eunice.
Eunice: “Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando este
set”.

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Se Eunice também falar a verdade, o que ela disse acima está correto e
teremos que
Amanda mente.
O escore não está 13 a 12.
Camila está mentindo.
Berenice, Denise e Eunice falam a verdade.
Ulbra ganhou o primeiro set.
Ulbra está perdendo este set.
Quem vai sacar é a equipe visitante.
Ulbra está ganhando este set.

Chegamos então a uma contradição, pois temos uma conclusão de que Ulbra
está perdendo o set, contrariando outra de que Ulbra está ganhando o set. Mas
chegamos a esta contradição porque hipótese inicial (de que Amanda mente)
estava errada. Então temos que alterar nossa hipótese inicial. Vamos então
trabalhar com a hipótese inicial de que Amanda fala a verdade.

Vamos novamente avaliar a frase de Amanda. Ela diz que o escore está 13 a
12, e como desta vez ela diz a verdade, o escore realmente está 13 a 12.
Então:
Amanda diz a verdade.
O escore está 13 a 12.

Berenice e Denise dizem que o escore não está 13 a 12. Mas como Amanda não
mente (e diz que o escore está 13 a 12), é justamente o contrário que ocorre.
Então Berenice e Denise mentem. Assim:
Amanda fala a verdade.
O escore está 13 a 12.
Berenice mente.
Denise mente.

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Baseados então na hipótese inicial de que Amanda não mente encontramos as


duas amigas que mentem. As demais amigas dizem a verdade e afirmam o
seguinte:
Camila: “Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra”.
Eunice: “Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando este
set”.
Como elas são verdadeiras, tudo o que está dito acima é correto. Assim:
Amanda fala a verdade.
O escore está 13 a 12.
Berenice mente.
Denise mente.
Ulbra está ganhando este set.
A equipe visitante vai sacar.

Não há qualquer contradição. É a resposta.

2ª forma de resolver:
Amanda, Berenice, Camila e Denise falam do se 13 a 12. Então vamos chamar
set 13 a 12 de “s”.
A questão diz que algumas meninas estão mentindo. Então não podemos sair
acreditando nas afirmações, mas precisamos analisar caso a caso, ver as
contradições então concluir cuidadosamente sobre quem está mentindo ou não.

Premissas:
Amanda: "Neste set, o escore está 13 a 12".
Amanda, Berenice, Camila e Denise falam do se 13 a 12. Então vamos chamar
set 13 a 12 de “s” (para simplificar).
P1: s
Berenice: "O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o primeiro set".
Vamos chamar “Ulbra já ganhou o primeiro set.” de 1º (para simplificar).
P2: ~s ∧ 1º

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Camila: "Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra". Vamos chamar “a favor da
Ulbra” de “f”.
P3: s ∧ f
Denise: "O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set (não está a
favor da Ulbra), e quem vai sacar é a equipe visitante". Vamos chamar “equipe
visitante” de “v”.
P4: ~s ∧ ~f ∧ v (temos um conjunto de conjunções com 3 premissas)
Eunice: "Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando este
set".
P5: v ∧ f
Admitindo P3 = V; s = V e f = V

P1: V

P2: ~s ∧ 1º
P2: F ∧ Ø
P2: F

P4: ~s ∧ ~f ∧ v
P4: F ∧ Ø ∧ Ø
P4: F
P5: v ∧ f
P5: ? ∧ V ("v" sendo verdadeira não altera o valor de P4 e, como apenas duas
mentiram, P5 = V)
P5: V ∧ V
P5: V
Alternativas:
Sendo que a validade da conclusão decorre necessariamente da validade das
primissas, termos que:
s = V;
f = V;
1º = Ø;

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v = V.
a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai sacar é
a equipe visitante.
C(a): s ∧ ~f ∧ v
C(a): V ∧ F ∧ V
C(a):F
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é
a equipe visitante.
C(b): s ∧ f ∧ v
C(b): V ∧ V ∧ V
C(b): V

c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
C(c): ~s ∧ f ∧ v
C(c): F ∧ V ∧ V
C(c): F

d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a Ulbra
venceu o primeiro set
C(d): ~s ∧ ~f ∧ 1º
C(d) F ∧ F ∧ Ø
C(d) F

e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e a Ulbra venceu o primeiro set.
C(e): s ∧ Ø∧ 1ª
C(e): V ∧ Ø ∧ Ø
C(e): Ø
Resposta: b)

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42) 2017 - IBFC - AGERBA


A negação da frase “O Sol é uma estrela e a Lua é um satélite” de
acordo com a equivalência lógica proposicional, é dada por:
a) O Sol não é uma estrela e a Lua não é um satélite
b) O Sol não é uma estrela e a Lua é um satélite
c) O Sol não é uma estrela ou a Lua é um satélite
d) O Sol é uma estrela ou a Lua não é um satélite
e) O Sol não é uma estrela ou a Lua não é um satélite

Resolução:
Negação simples de uma conjunção

O sol é uma estrela e a lua é um satélite


p ^ q

Negação de p^q é ~p ou ~q

Portanto: O sol não é uma estrela ou a lua não é um satélite

Resposta: e)

43) 2017 - IBFC - EBSERH


Considerando a frase “João comprou um notebook e não comprou um
celular”, a negação da mesma, de acordo com o raciocínio lógico
proposicional é:
a) João não comprou um notebook e comprou um celular
b) João não comprou um notebook ou comprou um celular
c) João comprou um notebook ou comprou um celular
d) João não comprou um notebook e não comprou um celular
e) Se João não comprou um notebook, então não comprou um celular

Resolução:

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“João comprou um notebook e não comprou um celular”


P ^ q
Negação:
“João não comprou um notebook ou comprou um celular”
~P v ~q

44) 2017 - IBFC - EBSERH


Sabe-se que p, q e r são proposições compostas e o valor lógico das
proposições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico da
proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r} cujo valor
lógico é verdade, é:
a) falso
b) inconclusivo
c) verdade e falso
d) depende do valor lógico de p
e) verdade

Resolução:
{[q v (q ^ ~p)] v r}
Sabe-se que q e r são falsas, assim, substituindo na expressão acima teremos:
{[F v (F ∧~F)] vr}
Primeiro, fazemos o que está dentro dos parênteses, assim:
{[F v (F ∧~F)] vr}
{[F v (F ∧ V)] vr}
Sabemos que uma conjunção só é verdadeira quando os valores lógicos de
ambas as proposições que a compõem são verdadeiras, logo
{[F v (F)] vr}
Passamos, então, a resolver o que está dentro dos colchetes:
{[F v F ] vr}
Uma disjunção só é falsa quando ambas as proposições que a compõem
também são falsas, logo
{Fvr}

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Sobrou apenas uma disjunção.


Sabemos que essa disjunção é verdadeira e que uma de suas partes é falsa.
Para que a disjunção seja verdadeira, é necessário que o valor lógico de r seja
VERDADEIRO.

Resposta: e)
_____________________________________________________________
Bem, caro aluno, por enquanto isso é tudo. Vemo-nos na aula 01 (Lógica de
Argumentação). Espero que tenha gostado desta aula demonstrativa.
Repetindo como se fosse um “mantra”:
 Faça e refaça todos os exemplos e exercícios repetida e exaustivamente, de
todas as aulas. Você deve ser INCANSÁVEL!
 Leia e releia a teoria em conjunto com a revisão dos exercícios e exemplos.
Com a releitura você terá uma visão mais completa.
 Procure questões suplementares, para reforçar seu estudo.
 Simule o tempo de prova. Você precisa treinar até conseguir resolver cada
questão em menos de 2 minutos. Faça simulados e minissimulados. É
importante para verificar como está o seu nível.

Desejo muito sucesso a você.

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