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Raciocínio Lógico
Estruturas Lógicas
TJ/PE
22/07
02 Diagramas Lógicos.
Apresentação
Olá, caro aluno. Tudo bem? Antes de mais nada gostaria de dizer que procurei
fazer apostilas diferenciadas para você. Procurei ser minucioso na teoria e nos
exercícios, em uma linguagem acessível. Selecionei muitas questões para você
(muitas mesmo), todas resolvidas e comentadas no detalhe e mostrando mais
de uma resolução quando necessário. Já fui concurseiro, sei como é difícil:
apostilas sem conteúdo e feitas às pressas, exercícios mal explicados, somente
com o gabarito “seco”. Mas não verá isto nestas apostilas, pois farei valer seu
investimento. Lembre-se, vencedores são INCANSÁVEIS.
Uma coisa que gosto de ressaltar: não confie em “resuminhos” ou cursos que
afirmam prometer pôr na apostila “só o que vai cair na prova”, prometendo ao
aluno preparação rápida e fácil, ou “caminho mais curto”. NÃO EXISTE ISSO!!
Existe, sim, estudo planejado, direcionado, sério, com treinamento. Mas ele
nunca será fácil. Não se iluda. Se fosse assim qualquer um passaria.
Minhas apostilas são grandes e completas porque eu não engano o aluno. Eu
ponho teoria detalhada e exercícios, desde simples até complexos. Pois eu viso
a preparação do aluno, para que ele possa competir com os inúmeros
concorrentes altamente preparados. Eu quero que meus alunos passem na
prova com louvor, com certeza de uma boa classificação, para que possam
também escolher boas vagas.
Dicas de Estudo
Tenha uma estratégia, um estudo muito bem planejado. Cada vez mais as
provas de concursos abrangem um conteúdo maior e mais complexo devido à
crescente competitividade. Não adianta lamentar, é assim. Você tem de se
adaptar e competir também, pois se outros conseguem, você consegue. Por
isso a necessidade de um estudo sem perda de tempo, com foco, seriedade e
perseverança. VOCÊ, CANDIDATO, PRECISA SER INCANSÁVEL! Não se dê
desculpas nem justificativas para desistir, pois isso é o que fazem os fracos,
eles se iludem. Não se iluda, encare a realidade. Você já viu esses barcos,
grandes ou pequenos, em tempestades de ondas gigantes? Muitos atravessam
oceanos por semanas, de um continente a outro, indo e vindo, enfrentando
tempestades inacreditáveis. Sabe o que fazem para não afundar? ENCARAM AS
ONDAS DE FRENTE, pois se eles forem abalroados de trás ou de lado,
afundam. Assim, o melhor que têm a fazer é encarar as ondas de frente. Você,
candidato, é o capitão desse barco, você tem de encarar os desafios de frente,
vencendo cada onda e cada batalha.
Exemplo:
Jan 2017 Erros Acertos
Matemática 12 questões (60%) 8 questões (40%)
Direito Adm. (...) (...)
Como você fará muitos exercícios, marque os mais difíceis com algum tipo de
sinal, um asterisco, uma caveirinha... É importante ter estes exercícios
marcados para você ter fácil acesso e refazê-los de tempos em tempos, para
você não esquecer. Também vale copiar em um caderno separado. Eu tinha
um colega que tinha um caderno só com os exercícios mais difíceis de
Matemática e Física. Ele chamava de “caderninho de magia negra”.
Faça simulados constantemente. Faça simulados grandes (com o tempo total
da prova), mas faça também simulados pequenos. Você precisa se testar o
tempo todo para saber o seu nível e buscar as melhorias. Por exemplo, se uma
prova tem 100 questões em 4 horas (240minutos), faça simulados de 10
questões em 24 minutos, especialmente nas matérias em que você é mais
fraco. Será útil para que você tenha noção do tempo para cada questão.
Tenha metas de estudo, para cada matéria, para cada assunto. Tenha metas
de leitura e de exercícios também. Esteja sempre testando seus limites. Metas
fáceis não são metas. Se você lê um assunto muito complicado, estabeleça
uma meta de 50 páginas por dia, por exemplo. Na medida em que este
assunto se tornar mais fácil, aumente a meta de leitura diária. Se você faz
exercícios de matemática, por exemplo. Tenha uma meta de acordo com sua
realidade em termos de exercícios diários, e se você melhorar, aumente a
meta, Sempre buscando um novo limite. Obviamente há assuntos e tópicos
que gerarão metas diferentes, e com o tempo você saberá dosar. Mas esteja
sempre se aprimorando e estabelecendo novas metas, da mesma forma como
faz um atleta. Não entre em “zona de conforto”, achando que já está bom, que
já atingiu o nível da prova.
Grupos de estudo são um problema, obviamente porque tendem a virar “bate
papo”. Quando eu era de grupos de estudo, sentávamos separados para não
Estudar por resumos é bom, se for SEU RESUMO, feito por você. Um bom
resumo é um resumo sistematizado, organizado, com as coisas mais difíceis
selecionadas por você. Estudar por estes resumos de banca de jornal ou feitos
por um colega não lhe ajudará, pois é você que deve selecionar o conteúdo do
seu resumo. Da mesma forma que as tabelas de controle, os resumos que
você faz, as suas anotações também devem evoluir, retirando as coisas que se
tornarem fáceis, e acrescentando somente as coisas mais difíceis. Em uma
lista de fórmulas matemáticas é interessante ir retirando as fórmulas que você
já sabe bem e deixar somente as fórmulas mais difíceis, para você se desafiar
e buscar sempre evolução, tentar sempre memorizar mais, entender mais.
Eu tinha uma lista de fórmulas feitas a lápis (Estatística, Matemática
Financeira, Geometria, Álgebra, etc.), uma fórmula abaixo da outra, separadas
por matéria, bem organizada. Fiz então várias colunas em branco ao lado das
fórmulas. Então eu tirei várias cópias, e todos os dias eu tampava as fórmulas
e ia preenchendo as colunas em branco. Fiz isso muitas vezes por semanas a
fio no início 3 ou 4 folhas por dia. Depois fui diminuindo a frequência, e fazia
uma a cada 2 dias, depois uma vez por semana, na medida em que eu me
aprimorava. E um dia consegui decorar todas elas, mas ainda assim de vez em
quando eu pego para refazer, e me escapa uma ou outra. Isso é porque temos
de estar sempre vendo e revendo tudo. Sim, é bom quando você sabe
desenvolver a fórmula sem decorar, mas na hora da prova, com tempo curto,
você só pode se socorrer disso em uma ou outra questão, quando sua
memória lhe trair. Assim, o ideal é saber cada fórmula na “massa do sangue”.
No caso do Direito, eu me confundia muito com artigos que eram parecidos.
Então, de tempos em tempos eu selecionava todos os artigos de lei que eu
achava parecidos e que me confundiam, e punha um embaixo do outro,
indicando de onde eram, destacando com negrito os termos e palavras
parecidas. Fazia isso também para jurisprudência e súmulas. E nesta hora vale
tudo, até regrinhas mnemônicas. E tentava de toda forma reescrever sem
olhar até memorizar tudo. Por exemplo, eu tenho trauma das competências na
CF/88, dos artigos 21 (Exclusiva da União), 22 (Privativa da União), 23
(Comum), 24 Concorrente, 48 (Congresso), 49 (Competências Exclusivas do
Bem, você tem um objetivo agora. Serei realista: a primeira coisa que você tem
de sacrificar em prol de seu objetivo é o lazer. Se você seguir esse programa
que eu passei, para cada matéria, verá que lhe sobrarão pouquíssimas horas de
lazer. É o preço, e quem paga colhe os frutos no futuro. Agora, MÃOS À OBRA.
A banca e a prova
A banca organizadora deste concurso (IBFC-Instituto Brasileiro de Formação e
Capacitação) foi criada há cerca de 8 anos com a finalidade de desenvolver
projetos sociais dirigidos a crianças e adolescentes. Para tanto, capta recursos
por meio da realização de concursos públicos, dentre outras fontes. Trata-se de
uma banca que já realizou alguns concursos relevantes como MP-SP, TRE-
AM,TJ-PR, TCE-RJ. Dentre outros. É uma banca que utiliza formatos objetivos
de múltipla escolha (50 questões) com 5 alternativas. Embora o aluno não deva
contar com isso, é uma banca com pouco histórico de pegadinhas, que gosta de
cobrar a literalidade de lei, por exemplo. A famosa “decoreba”. Também já foi
observado que gostam de elaborar textos de questões envolvendo a profissão
ou cargo que o candidato almeja exercer. São características que atraem o
candidato que está estudando há pouco tempo, ou que costuma iniciar os
estudos quando o edital abre. Confesso que não gosto muito desta estratégia,
pois no fim das contas tudo é competitividade e estarão no páreo candidatos
que estão estudando há muito tempo em virtude de poucos concursos estarem
abrindo. Portanto caro aluno, não tenha o costume de iniciar os estudos
somente com a publicação do edital.
Este concurso foi realizado pela última vez em 2011, com nomeação de cerca
de 600 analistas e cerca de 800 técnicos, o que abre uma possibilidade de
muitas nomeações neste concurso de 2017. Mas haverá muitos candidatos
ávidos, muitos candidatos que estão estudando há anos, devido ao
Sumário
I. Estruturas Lógicas ....................................................................... 14
Introdução ..................................................................................... 14
1.1 Proposições Compostas .............................................................. 14
1.2 Princípios do Raciocínio Lógico ..................................................... 15
1.2.1 Princípio da Identidade ............................................................ 15
1.2.2 Princípio da não Contradição .................................................... 15
1.2.3 Princípio do Terceiro Excluído ................................................... 16
1.3 Conectivos Lógicos ..................................................................... 16
1.3.1 Conjunção .............................................................................. 16
1.3.2 Disjunção .............................................................................. 17
1.3.2.1 Disjunção Inclusiva .............................................................. 18
1.3.2.2 Disjunção Exclusiva .............................................................. 19
1.3.3 Condicional ............................................................................ 19
1.3.4 Bicondicional .......................................................................... 21
1.3.5 Negação ................................................................................ 22
1.4 Tautologia................................................................................. 25
1.5 Contradição .............................................................................. 25
1.6 Contingência ............................................................................. 26
1.7 Proposições logicamente equivalentes .......................................... 27
1.7.1 Equivalências que envolvem a Condicional ................................. 27
1.7.2 Equivalências que envolvem “nenhum” e “todo” .......................... 28
1.7.3 Equivalências Básicas .............................................................. 28
1.8 Leis Associativas, Distributivas e da Dupla Negação ....................... 29
1.9 Proposições Categóricas ............................................................. 29
Questões Comentadas .................................................................... 32
I Estruturas Lógicas
Introdução
São formadas por duas ou mais proposições simples que estarão sempre
unidas por um conectivo lógico. Em relação a esse conectivo, o lado esquerdo
da proposição é chamado de antecedente e o direito de consequente.
João está rindo (conectivo) Julio está feliz
antecedente consequente
Exemplos como estes dois últimos são de fácil verificação quanto a ser falso ou
verdadeiro. Porém, nos concursos, as sentenças serão “nebulosas” ou
confusas, de maneira que a questão apenas lhe dará pistas. O aluno, então,
deve treinar muito para adquirir percepção e saber interpretar as pistas e
sinais fornecidos pelas questões de concursos. Mas cada coisa a seu tempo.
Vamos seguir em frente.
Agora atente para o que não são proposições, por que não podem ser
validadas:
frases interrogativas: “Qual é o seu nome?”
frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!”
frases imperativas: “Estude mais.”
frases optativas: “Deus te acompanhe.”
sentenças abertas (o valor lógico da sentença depende do valor (do nome)
atribuído à variável), não sendo possível afirmar se são falsas ou
verdadeiras. Exemplos:
- “x é maior que 2”;
- “x+y = 10”;
- “Z é a capital do Chile”
Segundo esse princípio, uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, sem
a possibilidade de terceira opção ou meio termo.
Exemplo:
“Estudar é fácil”. O contrário é “Estudar é difícil”. Assim, não existe meio
termo. Ou “estudar é fácil, ou estudar é difícil”.
Exemplos:
P Λ Q (O Bolo é barato e o Café não é bom.)
P Λ Q
P Λ Q (Carlos é arquiteto e Marcelo é médico)
P Λ Q
Para facilitar a resolução de questões sobre Estruturas lógicas é comum utilizar
o que se chama de “tabela-verdade”. Nela se elencam todas as possibilidades
para as sentenças, com a finalidade de sistematizar o raciocínio. A quantidade
de possibilidades, ou linhas, da tabela-verdade é dada por 2n. Isso porque as
possibilidades sempre serão verdadeiras ou falsas. Então para cada linha
haverá 2 possibilidades. Assim, para todas as linhas serão 2n possibilidades.
Assim,
P Q PΛQ
V F F
F V F
F F F
é verdadeira.
Então,
P Q PVQ
V V F
P → Q
Suficiente necessária
Exemplos:
“se...então”
P → Q. (Se nasci no Rio de Janeiro, então sou carioca)
P → Q
Suficiente Condicional Necessário
P Q P→Q
V V V Condicional verdadeira
F V V Condicional verdadeira
F F V Condicional verdadeira
Então,
P Q P↔Q
V F F
F V F
Agora atente:
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a negação vira falsa.
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vira verdadeira.
P ~P
O termo “não é verdade que” significa que devemos negar tudo o que vem
em seguida, ou seja, negar a proposição “algum gato tem sete vidas”. E
para obter a negação desta proposição, basta trocar o termo “algum” por
“nenhum”.
Assim, teremos “Nenhum gato tem sete vidas”.
1.5 Contradição
Por outro lado, uma proposição composta formada por duas ou mais
proposições A, B, C, ... será dita uma contradição se ela for sempre falsa,
independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, C, ... que a
compõem. Ou seja, construindo a tabela-verdade de uma proposição
composta, se todos os resultados da última coluna resultarem em FALSO,
então a proposição é uma contradição.
Exemplo:
A proposição (A~B)(AB) também é uma contradição, conforme
verificaremos por meio da construção de sua da tabela-verdade.
Veja:
A B A ~B AB (A ~B) (A B)
V V F V F
V F V F F
F V V F F
F F F F F
1.6 Contingência
Uma proposição composta será dita uma contingência sempre que não for uma
tautologia nem uma contradição.
Exemplo:
A proposição A (A B) é uma contingência, pois o seu valor lógico depende
dos valores lógicos de A e B, como se pode observar na tabela-verdade
abaixo:
A B AB A (A B)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V
Condicional: p q
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Condicional: ~q → ~p
¬Q ¬P ¬Q → ¬P
F F V
V F F
F V V
V V V
Podemos verificar que as duas proposições possuem a mesma tabela verdade
(valoração), portanto são equivalentes.
I) A e A = A
II) A ou A = A
III) A e B = B e A
IV) A ou B = B ou A
V) A B = B A
VI) A B = (A B) e (B A)
I) Leis associativas:
(A e B) e C = A e (B e C)
(A ou B) ou C = A ou (B ou C)
II) Leis distributivas:
A e (B ou C) = (A e B) ou (A e C)
A ou (B e C) = (A ou B) e (A ou C)
II) Lei da dupla negação: ~(~A) = A
Daí, concluiremos ainda que:
A não é não B = A é B
Todo A não é não B = Todo A é B
Algum A não é não B = Algum A é B
Nenhum A não é não B = Nenhum A é B
I) Todo A é B
Proposições do tipo “Todo A é B” afirmam que o conjunto A está contido no
conjunto B, ou seja, todo elemento de A também é elemento de B.
Mas atenção:
Dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é A.
Todo gaúcho é brasileiro Todo brasileiro é gaúcho
Também, são equivalentes as expressões seguintes:
Todo A é B = Qualquer A é B = Cada A é B
II) Nenhum A é B
Enunciados da forma “Nenhum A é B” afirmam que os conjuntos A e B são
disjuntos, isto é, A e B não têm elementos em comum.
Dizer que “Nenhum A é B” é logicamente equivalente a dizer que “Nenhum B é A”.
Exemplo:
Nenhum diplomata é analfabeto = Nenhum analfabeto é diplomata
III) Algum A é B
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma “Algum A é B”
estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o
conjunto B.
Contudo, quando dizemos que “Algum A é “B, pressupomos que nem todo A é
B. Entretanto, no sentido lógico de “algum”, está perfeitamente correto afirmar
que “alguns alunos são ricos”, mesmo sabendo que “todos eles são ricos”.
Agora, para lapidar, vamos aos exercícios, nos quais, aparecendo mais
detalhes importantes eu complemento as explicações da teoria.
E então, vamos à ação?
Questões Comentadas
Resolução:
P: (0,2).(0,4) = 0,8 =8%
Q: 3(x)/4 = 720 => [(720).(4)]/3 = 960 (valor total do salário)<1000
Resposta: d)
Resolução:
Para resolver esta questão, temos de analisar cada alternativa atentamente.
Logicamente, as propriedades têm de estar “na ponta da língua” para não
perder tempo, porque neste tipo de questão é praxe ter de analisar as
alternativas. Então, o candidato tem de estar muito íntimo das propriedades
para poder resolver a questão em tempo hábil. Portanto, pratique questões
deste tipo repetidas vezes incansavelmente.
(~P) ou (~Q) Nega-se todas as partes e troca-se o conectivo "e" por "ou".
V F Então, proposições se transformam em Verdadeira e Falsa.
Sabe-se que a disjunção é falsa se ambas as proposições forem falsas.
Então o resultado será falso pois a 1ª se transformou em verdadeira e a 2ª se
transformou em falsa, resultando em disjunção Verdadeira, estando esta
alternativa errada.
Recapitulando:
Lembre-se de que na prova você terá 2 minutos para raciocinar isso tudo...
Conjunção (“e”):
V e V resulta em V (Demais casos resulta em falso)
Disjunção (ou)
F ou F resulta em F (Demais casos resulta em verdadeiro)
Condicional (“então”)
Se V então F resulta em F (Demais casos resulta em verdadeiro)
Bicondicional ( “se e somente se”)
Duplas iguais (VV)( FF) resulta em verdadeiro (Demais casos resulta em falso)
Disjunção exclusiva (ou...ou)
Duplas diferentes (VF) (FV) será verdadeiro (porque uma exclui a outra)
Se V/F e Somente se V/F resulta verdadeiro V (Demais casos será falso)
Resposta b)
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Podemos resolver esta questão por meio de uma tabela-verdade. Contudo,
como existem 3 proposições simples (P, Q, R), a tabela verdade terá 8 linhas,
pois teremos 2 possibilidades para cada proposição. Como são 3 proposições,
teremos
2 possib x 2 possib x 2 possib = 8 possib = 23possib.
O que nos faria perder tempo precioso de prova. Além disso, pode ser que não
haja espaço hábil no caderno de prova para fazer um quadro significativamente
grande.
Mais um comentário. Quando o aluno vir nas questões este símbolo: ¬
Saiba que ele é a mesma coisa que ~ (“til”). É que para expressar negação,
alguns usam ¬ outros usam ~.
Vamos lá!
Geralmente, quando vemos bicondicional e a questão quer saber se é
tautologia, temos que analisar os dois lados da proposição para, após
desenvolver as equivalências, verificar se são expressões iguais, já que PP é
uma tautologia.
(¬P)∧((¬Q)∨R)¬(P∨Q)∨((¬P)∧R)
Negando o termo em NEGRITO encontraremos ¬P ∧ ¬Q
¬P ∧ (¬ Q ∨ R) ¬P ∧ (¬Q ∨ R)
Como na Bicondicional valores iguais são sempre verdadeiros (PP), temos
Tautologia.
Leis distributivas:
A e (B ou C) = (A e B) ou (A e C)
A ^ (B v C) = (A ^ B) v (A ^ C)
A ou (B e C) = (A ou B) e (A ou C)
A v (B ^ C) = (A v B) ^ (A v C)
Para a primeira parte da bicondicional proposta, vamos usar a Lei Distributiva
uma vez que temos conjunção e disjunção.
A questão diz (¬ P) ∧ ((¬ Q) ∨ R) ¬ ( P ∨ Q) ∨ ((¬ P) ∧ R)
A referida lei distributiva significa que vamos “multiplicar” a proposição ¬ P,
pelas proposições que se encontram dentro dos parênteses Veja:
1º passo: (¬ P) ∧ (¬ Q) = ¬ P ∧ ¬ Q
2º passo: Repete-se o conectivo “∨”
3º passo: ¬ P ∧ R
Então,
~P ^ (~Q v R) = (~P ^ ~Q) v (~P ^ R) = ~(P v Q) v (~P ^ R)
Resposta: Certa
4) 2016 - IF/CE
Sejam as proposições:
p: os alunos se mobilizam.
q: a reforma continua sem solução.
A simbolização da sentença "Se os alunos não se mobilizam, então a
reforma continua sem solução" é
a) ~q ->p
b) ~p -> ~q
c) ~p ->q
d) p ->q
e) q ->~ p
Resolução:
~p q
Resposta: c)
a) A ^ B
b) A v B
c) A ^ (A v B)
d) (A ^ B) A
Resolução:
Aqui é necessário analisar as alternativas.
a) não pode ser, pois na 4ª coluna da direita temos v para Av e para Bf, o que é
absurdo
b) não pode ser, pois na 4ª coluna da direita temos F para Af e para Bv, o que é
absurdo.
c) Se AvB for verdadeiro, sendo A verdadeiro, é possível que A^(AvB) seja
verdadeiro. No caso B poderia se falso ou verdadeiro, pois em ambos os casos a
disjunção AvB seria verdadeira. É a resposta, pois ela pode representar a 4ª
coluna na tabela.
d) não pode ser, ser pois precisaríamos de da conjunção A^B verdadeiro (e
para tanto A e B teriam de ser verdadeiros ao mesmo tempo) com A falso (mas
A já seria verdadeiro) para termos a condicional falsa na 4 ª coluna com VFF. E
se analisarmos a tabela-verdade fornecida não há esta possibilidade.
Resposta: c)
6) 2016 - IF/PA
Qual sentença a seguir é considerada uma proposição?
a) O copo de plástico.
b) Feliz Natal!
c) Pegue suas coisas.
d) Onde está o livro?
e) Francisco não tomou o remédio.
Resolução:
Vamos analisar as alternativas.
a) Não contém verbo;
b) Afirmação/exclamação;
c) Ordem;
d) Pergunta;
e) Francisco não tomou o remédio. Contém: sujeito + verbo + complemento
a) O copo de plástico. FALSO => Não contem verbo, não é uma oração; por
isso, não é uma proposição.
b) Feliz Natal! FALSO => A frase é EXCLAMATIVA; logo, não é uma proposição.
c) Pegue suas coisas. FALSO => A frase contém verbo IMPERATIVO; dito isto,
não pode ser considerado como uma proposição.
d) Onde está o livro? FALSO => Frase INTERROGATIVA; também não pode ser
considerado uma proposição.
e) Francisco não tomou o remédio. VERDADEIRO => É uma oração
(1) Tem verbo
(2) É feita uma declaração (no caso uma afirmação)
(3) Podemos atribuir um valor lógico (V ou F).
Então, é uma proposição.
Resposta: e)
Resolução:
Vamos repetir, para não esquecer.
Conjunção
Resposta: c)
Resolução:
a) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então a conjunção entre elas, nessa ordem, é
falso.
Alternativa correta.
b) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então a disjunção entre elas, nessa ordem,
tem valor lógico verdadeiro.
Alternativa correta.
c) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico falso, então o bicondicional entre elas, nessa
ordem, tem valor lógico falso.
Alternativa correta.
d) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra
proposição composta tem valor lógico falso, então o condicional entre elas,
nessa ordem, tem valor lógico verdadeiro.
Alternativa incorreta. O valor lógico final seria falso.
e) Se uma proposição composta tem valor lógico verdadeiro e outra proposição
composta tem valor lógico verdadeiro, então a conjunção entre elas tem valor
lógico verdadeiro.
Alternativa correta.
Tabelas-Verdade:
Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional
V^V=V VvV=V V→V=V V↔V=V
V^F=F VvF=V V→F=F V↔F=F
F^V=F FvV=V F→V=V F↔V=F
F^F=F FvF=F F→F=V F↔F=V
Resposta: d)
Resolução:
Questão clássica.
Veja: “A partir dessas informações é correto (verdadeiro) concluir que”
A questão tem de ser analisada de trás para frente, partindo da afirmação de
que Cláudia se aposentou, e a partir desta ir tirando as conclusões quanto às
outras assertivas.
A questão diz que “Cláudia se aposentou”. Então isto é verdadeiro, porque a
questão impôs isso, ela deixou claro que Cláudia se aposentou.
Se Cláudia se aposentou, então temos as seguintes situações, as quais se
concluem da simples leitura das assertivas:
Douglas não perdeu o posto.
Antônio será demitido.
Roberta não foi promovida.
Agora vamos substituir os valores lógicos nas alternativas, baseados nestas
conclusões.
Então vejamos:
a) Antônio não será demitido ou Roberta será promovida. F v F = F
F v F
d) se Douglas não perder seu posto, então Cláudia não irá se aposentar.V→F = F
V → F
Resposta: b)
Resolução:
Quando a questão disser algo como "Considere verdadeiras as proposições", ela
quer que consideremos as premissas inteiras como verdadeiras.
Vamos analisar as assertivas.
1. Se José prefere assistir a séries de televisão, então Roberto assiste a filmes
no cinema.
Toda esta assertiva é verdadeira (o enunciado impôs). Mas sabe-se que a
condicional é falsa quando a 1ª proposição for verdadeira e a 2ª for falsa.
Qualquer coisa diferente disso, a condicional é verdadeira. Então para que
todo o período (toda a assertiva) seja verdadeiro, precisamos ter
V→V = pois resulta em condicional verdadeira (V)
F→F = pois resulta em condicional verdadeira (V)
F→V = pois resulta em condicional verdadeira (V)
Vamos analisar as demais assertivas e deixar esta por último.
2. Carlos não assiste ao futebol.
Isso, então, é verdadeiro (a questão impôs). Baseado nela, vamos analisar as
demais.
3. Se Lucas assiste a novelas, então Carlos assiste ao futebol.
Carlos assistir a futebol é falso (foi imposto pela questão). Então, pelas
regras da condicional, para que toda a premissa seja verdadeira, e sendo a
2ª proposição falsa, a 1ª proposição tem de ser falsa.
Então, Lucas não assiste a novelas.
4. Roberto assiste a filmes no cinema ou Lucas assiste a novelas.
Toda esta premissa é verdadeira (a questão impõe isso quando faz a
afirmação acima). Mas sabemos que Lucas assistir novelas é falso. Para a
disjunção ser falsa ambas as proposições são falsas. Ora, se o período todo é
verdadeiro e a 2ª proposição é falsa, a 1ª proposição é verdadeira.
Ou seja, Roberto assiste a filmes no cinema.
Veja a tabela-verdade.
F ou F = F (a disjunção é falsa se as duas proposições forem falsas)
V ou V = V
V ou F = V
F ou v = V
Mas temos da assertiva 1 que
Se José prefere assistir ... televisão, então Roberto assiste ... cinema.
? → V
Como funciona mesmo a condicional?
v→f resulta em falsa condicional
v→v resulta em verdadeiro
f→v resulta em verdadeiro
f→f resulta em verdadeiro
Então, José pode ou não assistir a séries de televisão, porque Roberto assiste
cinema e porque a 1ª assertiva pode ser verdadeira ou falsa para que esta
condicional seja verdadeira.
Então temos:
Carlos não assiste ao futebol.
Lucas não assiste a novelas.
Roberto assiste a filmes no cinema.
José pode ou não preferir assistir a séries de televisão.
Há duas situações possíveis para José. Assim, não podemos afirmar que ela é
verdadeira.
Resposta: d)
Resolução:
É necessário começar a análise por “Norberto não é engenheiro”, pois é a
proposição que o problema impõe como verdadeira, vindo de baixo para cima.
A partir dela analisa-se as demais.
Temos que
Se Maria é economista, então Jorge é contador.
Concluímos pela análise que Jorge não é contador. Mas a questão impõe que
toda esta assertiva é verdadeira. Sendo uma condicional (V → F resulta F) e
tendo a 2ª proposição falsa, para que toda a assertiva seja verdadeira,
precisamos ter
F→F pois resulta em condicional verdadeira (V)
Para que fique bem claro, lembre-se que em condicional:
V→F = resulta em condicional falsa (F)
V→V = resulta em condicional verdadeira (V)
F→F = resulta em condicional verdadeira (V)
Resposta: a)
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
Resolução:
Questão bem simples.
Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há
punição de criminosos. Representando fica: (P v Q) → R
São 3 proposições, com 2 possibilidades para cada uma (falso ou verdadeiro).
Calcula-se por 2 elevado a n, onde n é a quantidade de proposições.
n = 3, Logo, 23 = 8
Resposta: d)
13) 2016 - CESPE - Polícia Científica de Pernambuco
A Polícia Civil de determinado município prendeu, na sexta-feira, um
jovem de 22 anos de idade suspeito de ter cometido assassinatos em
série. Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo de outro jovem e
de enterrar as partes em um matagal, na região interiorana do
município. Ele é suspeito também de ter cometido outros dois
esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos em que ele
supostamente aparece executando os crimes.
Assinale a opção que apresenta corretamente a quantidade de linhas da
tabela verdade associada à proposição “Ele é suspeito de cortar, em
três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar as partes em um
matagal, na região interiorana do município”, presente no texto.
a) 32
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
Resolução:
O número de linhas da tabela verdade é 2 elevado ao número de proposições.
“Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar
as partes em um matagal, na região interiorana do município”
Resumindo:
Ele é suspeito de cortar... e (é suspeito) de enterrar as partes ...
P e Q
Há então uma conjunção com 2 proposições.
22 = 4 linhas
Resposta: c)
Na alternativa d) tem-se:
“João não gosta de maçãs e está não chovendo aqui”.
As bancas também usam este tipo de escrita em negações. Apesar de não ser
normal, não é incorreto, e com certeza tem a intenção de confundir o
candidato, fazendo-o perder tempo com elucubrações. O aluno também precisa
atentar que a negação geralmente vem antes do verbo principal.
Resposta: d)
Resolução:
Em questões da CESPE de certo ou errado, geralmente a resolução é rápida.
Mas aqui quero expor o completo entendimento da questão, então vou
esmiuçar.
p: “Cláudio pratica esportes”.
q: “Cláudio tem alimentação balanceada”.
(pV~p)^~q:
“Claudio pratica esportes ou ele não pratica esportes e não tem alimentação balanc...
p v ~p ^ ~q
Tabela verdade com as possibilidades:
p q ~p ~q pV~p (pV~p)^~q
v v f f v f
v f f v v v
f v v f v f
f f v v v v
Resposta: Errado.
16) 2016 - CESPE - INSS
Com relação a lógica proposicional, julgue o item subsequente.
Na lógica proposicional, a oração “Antônio fuma 10 cigarros por dia,
logo a probabilidade de ele sofrer um infarto é três vezes maior que a
de Pedro, que é não fumante” representa uma proposição composta.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Uma proposição é uma sentença declarativa fechada com um valor lógico, que
pode ser verdadeira ou falsa. Proposição simples é uma afirmação que pode ser
valorada em verdadeiro ou falso. Exemplo: “O céu é azul” (proposição simples).
Uma proposição composta ocorre quando há mais de uma proposição simples
conectada, sendo aquela que contém em sua estrutura duas ou mais
proposições simples. Então, a proposição composta é a reunião de duas ou mais
proposições simples e será composta se tiver mais de um verbo.
São tipos de proposição composta
Conjunção: utiliza o conectivo “e”.
Resposta: Certo.
17) 2016 - CESPE - INSS
Julgue o item a seguir, relativos a raciocínio lógico e operações com
conjuntos.
A sentença “Bruna, acesse a Internet e verifique a data da
aposentadoria do Sr. Carlos!” é uma proposição composta que pode ser
escrita na forma p ∧ q.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Exclamações não podem ser valoradas como verdadeiras ou falsas. Lembre-se:
Não são proposições:
As frases Imperativas ( Ex. “Pense, Lembre, faça, etc”)
As frases exclamativas ( Ex. “Que lindo!”)
As frases interrogativas (Ex. “Qual é o seu nome?”)
As sentenças abertas (Ex. x > 8) . Neste exemplo não se sabe quem é x,
então não e possível atribuir-lhe um valor logico.
Resposta: Errado.
Resolução:
Vamos montar a tabela-verdade:
P Q (Q→P) P→ (Q→P)
V V V V
V F V V
F V F V
F F V V
Para todas as possibilidades, ao final tem-se na coluna da direita [P→ (Q→P)]
somente valores verdadeiros. Ou seja, é uma tautologia.
Resposta: Certo
Resolução:
Aposentados são idosos
Falso
Resposta: Errado.
Resolução:
Se sou aposentado e nunca faltei ao trabalho, então não sou aposentado
p ^ q → ~p
Resposta: Certo.
Resolução:
O atleta venceu a corrida ou a prova foi cancelada
p ^ q
Negação da condicional (implicação):
~(p→q) = p^~q
V|F| F
Resposta: a)
Resolução:
Negar as proposições e trocar o conectivo “e” pelo “ou”. Assim,
“O Sol é uma estrela e a Lua não é um planeta”
p ^ q
O Sol não é uma estrela ou a Lua é um planeta.
~p v ~q
Resposta: e)
Resolução:
Resposta: a)
Resolução:
Questão de Equivalência contrapositiva.
Se a gasolina acabou ou apareceu um defeito, então o motor apagou
p v q → r
Sabendo que a equivalência de uma condicional é dada por:
p→q = ~pvq
e
p → q ↔ ~q → ~p
Resposta: e)
Resolução:
Recapitulando e simplificando,
Expressões equivalentes a ”Se p, então q (p→q)” são as seguintes:
se p, q = p implica q
q, se p = p é condição suficiente para q
quando p,q = q é condição necessária para p
mas
Todo p é q = p somente se q
Além disso,
Condicional (se P, então Q)
P é condição suficiente para Q.
Q é condição necessária para P.
Resposta: a)
Resolução:
Apesar de o enunciado não especificar se é conjunção, disjunção, ou
bicondicional, as alternativas o fazem, sendo necessário analisá-las uma a uma.
c) (p) ou (q) é F
(p) ou (q) é V porque só é F, nesse caso, se p e q forem F.
Resposta: a)
Resposta: d)
Resolução:
1) tomar como verdadeira todas as premissas:
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. (V)
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária. (V)
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária. (V)
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
Voltando à questão.
Continuando a análise, então, tem-se:
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. (V)
(V) (F)
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária. (V)
(F) (F)
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária. (V)
(V) (V)
IV. Carlos é engenheiro. (V)
Agora, analisando as alternativas:
BM = Bruno é Médico
~BM = Bruno não é médico
CE = Carlos é Engenheiro
~CE = Carlos não é Engenheiro
DA = Durval é Administrador
~DA = Durval não é Administrador
ES = Eliana é Secretária
~ES = Eliana não é Secretária
a) ~ES ^ ~DA
F^V F
b) ~BM v DA
F v F F
c) ~ES → ~BM
F→F V
d) CE ^ ~ES
V^F F
e) CE → ~ES
V→F F
Resposta: c)
Resolução:
É melhor começar pela condicional, pois na condicional há apenas uma
possibilidade de ter valor logico falso (V→F).
Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro. Disjunção exclusiva falsa
V v V
A proposição resultante da disjunção exclusiva (“ou p ou q”) só será verdadeira
se uma das partes for falsa e a outra verdadeira (independentemente da
ordem), não podendo acontecer verdadeira nas duas proposições nem falsa nas
duas proposições. Se tivermos duas proposições falsas ou duas verdadeiras, a
disjunção exclusiva será falsa. Veja este esquema exemplificativo abaixo.
Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
Analisando as alternativas:
(a) Júlio não é pintor (F) e Bruno não é cozinheiro (V). (F ^ V resulta F)
(b) Antônio é pedreiro (F) ou Bruno é cozinheiro (F). (F v F resulta F)
(c) Carlos é marceneiro (V) e Antônio não é pedreiro (V). (V ^ V resulta V)
(d) Júlio é pintor (V) e Carlos não é marceneiro (F). (V ^ F resulta F)
(e) Antônio é pedreiro (F) ou Júlio não é pintor (F). (F v F resulta F)
Resposta: c)
Resolução:
Analogia é uma relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais
entidades distintas. Pode ser feita uma analogia, por exemplo, entre cabeça e
corpo e entre capitão e soldados. Cabeça (cérebro) e capitão são duas
entidades análogas. Possuem função semelhante que, neste caso, é comandar,
dar ordens. De igual forma, corpo e soldados exercem a mesma função que é
obedecer às ordens. Uma argumentação por analogia é aquela onde
ressaltamos características em comum entre duas ou mais situações visando
inferir conclusões similares. Neste caso temos uma analogia na fala de B, que
apresenta uma situação (ficou rico trabalhando duro) para concluir outra similar
(que A ficará rico trabalhando duro também). A analogia é o raciocínio que se
desenvolve a partir da semelhança entre casos particulares, uma espécie de
comparação. Através dele não se chega a uma conclusão geral, mas só a outra
proposição particular. Além disso, assemelha-se à indução, mas considera
somente um caso particular como ponto de partida.
Exemplos:
Se a minissaia fica bem numa atriz de TV, muitas espectadoras tendem a
pensar que também ficaria bem nelas;
Se tal remédio fez bem para um amigo meu, logo deverá fazer bem a mim
também;
Se fulana emagreceu com um tipo de regime da lua, logo cicrano também
emagrecerá; e assim por diante.
Resposta: Certo.
Resolução:
b)
Todo brasileiro é sul-americano.
Algum brasileiro é índio.
Algum índio é sul-americano.
Assim, O método dedutivo se caracteriza quando se parte de uma situação
geral e genérica para uma particular. A dedução é o processo mental
contrário à indução. Através da indução, não produzimos conhecimentos
novos, porém explicitamos conhecimentos que antes estavam implícitos.
Exemplos:
a) Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...;
logo, a água ferve a cem graus.
Resposta: Errado.
Resolução:
Na lógica formal (ou proposicional), sabemos que as proposições “p e q” e “q e
p” são equivalentes entre si. Isto significa que a conjunção apresenta a
propriedade comutativa. Entretanto, a questão enfatizou o termo “linguagem
cotidiana”, o que nos lembra da lógica informal, onde o significado assume
valor importante.
Na linguagem cotidiana, a ordem das informações gera diferença no significado.
Dizer que “tomou suco e saiu” dá a ideia de que primeiro a pessoa tomou suco
e depois saiu, já dizer que “saiu e tomou suco” permite inferir que o suco foi
tomado fora de casa, após a pessoa ter saído. Se a questão pedisse a
linguagem lógica as proposições seriam iguais. Mas como pediu linguagem
cotidiana, as proposições são diferentes.
Ou seja, em lógica são iguais p^q= q^p, porém na linguagem cotidiana são
diferentes.
Resposta: Certo.
Resposta: Certo.
Resolução:
Sabemos que:
O enunciado se compõe de condicionais do tipo “se p, então q”. Mas a negação
da condicional “p então q” é “se não q, então não p” (porque p→q=~q→~p).
Assim, vamos trabalhar negando as condicionais.
A questão impõe que "A Polônia se classificou". Então vamos negar a última
premissa onde fala que ela não se classifica, e vamos analisar as assertivas de
baixo para cima, da última premissa para a primeira:
Analisando as alternativas:
a) a Itália e a França se classificaram. ERRADO
f ^ v (conjunção é verdadeira quando ambas são verdadeiras)
Resposta: c)
Resolução:
se Ana é professora, então Paulo é médico (Condicional verdadeira)
F F
Se Paulo não é médico, para que a condicional continue sendo verdadeira (já
que o enunciado do problema impôs que toda a assertiva é verdadeira), então
“Ana é professora” tem de ser necessariamente falso.
Então Ana não é professora.
ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante (Disjunção exclusiva
verdadeira)
V F
Conforme visto sobre Estruturas Lógicas, lembre-se de que a proposição
resultante da disjunção exclusiva só será verdadeira se uma das partes for falsa
e a outra verdadeira (independentemente da ordem), não podendo acontecer
verdadeira nas duas proposições nem falsa nas duas proposições. Se tivermos
duas proposições falsas ou duas verdadeiras, a disjunção exclusiva será falsa.
Veja este esquema:
Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
Resposta: c)
Resolução:
Equivalências de p→q:
~p v q
~q --> ~p
Além disso,
Proposição Negação Equivalência
Todo Algum não Nenhum não
Nenhum Algum Todo não
Algum não Todo
Algum Nenhum
Então, a=b
a) se algumas pessoas NÃO SÃO honestas, então algumas pessoas SÃO punidas
p → q
b) ~(ALGUMAS pessoas SÃO punidas)→~(ALGUMAS pessoas NÃO SÃO honestas)
~q →~ p
= NENHUMA pessoa é punida -> TODAS as pessoas são honestas
= NENHUMA pessoa é punida -> NENHUMA pessoa não é honesta
(ou NENHUMA pessoa é desonesta)
= Se ninguém é punido, então não há pessoas desonestas
Resposta: d)
Resolução:
Lavoura A: se o defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
p → q
Lembre-se de que a condicional é verdadeira se a 1ª proposição é verdadeira e
a 2ª é falsa.
Lavoura B: se, e somente se, defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
P ↔ q
Lembre-se de que a bicondicional é verdadeira se ambas as proposições forem
verdadeiras ou se ambas forem falsas. Perceba que é o mesmo defensivo, ou
não poderíamos denominar as duas assertivas com p e q.
A questão afirma que as plantas de ambas as lavouras não ficaram doentes:
Então, q é verdadeiro.
Lavoura A:
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Perceba que para a assertiva da 1ª lavoura ser verdadeira, com q verdadeiro
(plantas não ficam doentes) podemos ter p verdadeiro ou falso, que das duas
formas a condicional continua sendo verdadeira. Então o defensivo pode ou não
ter sido aplicado na lavoura A.
Cuidado! Não é possível afirmar com certeza que o defensivo foi aplicado em A,
nem pode ser afirmado com certeza que ele não foi aplicado em A. Sabemos
com certeza que ele pode ou não ter sido aplicado, o que é muito diferente.
Lavoura B:
p q p se e somente se q
V V V
V F F
F V F
F F V
Para que a bicondicional seja verdadeira e q sendo verdadeiro (plantas não
ficam doentes), p só pode ser verdadeiro, pois na bicondicional ambas as
proposições têm de ser verdadeiras ou ambas têm de ser falsas. E se q
obrigatoriamente é verdadeiro, p tem de ser verdadeiro, ou a bicondicional
seria falsa.
Isto significa que na lavoura B o defensivo foi aplicado. Isso pode ser afirmado
com certeza. Veja que se o candidato fose correndo marcar a d), ele erraria.
Resposta: c)
38) 2006 - ESAF - CGU
Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é bailarina ou Renata
não é ruiva. Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz
não é bailarina então Márcia é magra. Assim,
a) Márcia não é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
b) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
c) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz não é bailarina.
d) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz é bailarina.
e) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz não é bailarina.
Resolução:
Marcia ser magra: p
Renata ser ruiva: q
Beatriz ser bailarina: r
Precisamos considerar as 4 premissas todas verdadeiras, pois se a questão nos
deu estas premissas, então a questão nos está impondo que elas são
verdadeiras.
1.ª premissa: Márcia não é magra ou Renata é ruiva. (~p v q)
2.ª premissa: Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva. (r v ~q)
3.ª premissa: Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. (~q v ~r)
4.ª premissa: Se Beatriz não é bailarina, então Márcia é magra. (~r → p)
Nesta questão o examinador não nos deu propriamente uma pista. Ele não
indicou uma proposição como certa ou como errada. Ele apenas nos deu 4
premissas como se fosse um sistema linear, para resolvermos.
Então, temos de escolher uma delas como verdadeira ou como falsa, ir
analisando as demais e tentar eliminar as contradições que forem sendo
encontradas.
Vamos considerar que as quatro premissas formam uma grande conjunção.
(~p v q)^(r v ~q)^(~q v ~r)^(~r → p)
Então, "~q" deve ser verdadeiro para que (~q v F) seja verdadeiro, portanto
"q" deve ser falso:
(V v F)^(V v V)^(V v F)^(F → F); esta expressão possui valor lógico
verdadeiro, portanto suposição válida.
Conclui-se então que "p" e "q" são falsos e "r" é verdadeiro, ou seja, Márcia não
é magra, Renata não é ruiva e Beatriz é bailarina.
Resposta: a)
Resolução:
1. Se X está contido em Y, então X está contido em Z.
2. Se X está contido em P, então X está contido em T.
3. Se X não está contido em Y, então X está contido em P.
4. X não está contido em T.(Examinador deu a “pista”. Disse que esta é V.)
p → q (condicional verdadeira)
v →
Para que esta condicional seja verdadeira com a 1ª proposição verdadeira,
obrigatoriamente a 2ª proposição tem de ser verdadeira. Então, X está
contido em Z.
Assim,
X não está contido em p
X está contido em Y
X está contido em Z
Vamos conferir as alternativas:
a) Z está contido em T e Y está contido em X.ERRADA
b) X está contido em Y e X não está contido em Z. ERRADA
c) X está contido em Z e X não está contido em Y. ERRADA
d) Y está contido em T e X está contido em Z. ERRADA
e) X não está contido em P e X está contido em Y. CERTA
Resposta: e)
Resolução:
Temos 4 premissas impostas pela questão no enunciado. Por isso
consideraremos todas como verdadeiras.
Resposta: b)
Resolução:
1ª forma de resolver.
Nesta questão também teremos de realizar tentativas para encontrar
contradições e então ir chegando na resposta.
Se Eunice também falar a verdade, o que ela disse acima está correto e
teremos que
Amanda mente.
O escore não está 13 a 12.
Camila está mentindo.
Berenice, Denise e Eunice falam a verdade.
Ulbra ganhou o primeiro set.
Ulbra está perdendo este set.
Quem vai sacar é a equipe visitante.
Ulbra está ganhando este set.
Chegamos então a uma contradição, pois temos uma conclusão de que Ulbra
está perdendo o set, contrariando outra de que Ulbra está ganhando o set. Mas
chegamos a esta contradição porque hipótese inicial (de que Amanda mente)
estava errada. Então temos que alterar nossa hipótese inicial. Vamos então
trabalhar com a hipótese inicial de que Amanda fala a verdade.
Vamos novamente avaliar a frase de Amanda. Ela diz que o escore está 13 a
12, e como desta vez ela diz a verdade, o escore realmente está 13 a 12.
Então:
Amanda diz a verdade.
O escore está 13 a 12.
Berenice e Denise dizem que o escore não está 13 a 12. Mas como Amanda não
mente (e diz que o escore está 13 a 12), é justamente o contrário que ocorre.
Então Berenice e Denise mentem. Assim:
Amanda fala a verdade.
O escore está 13 a 12.
Berenice mente.
Denise mente.
2ª forma de resolver:
Amanda, Berenice, Camila e Denise falam do se 13 a 12. Então vamos chamar
set 13 a 12 de “s”.
A questão diz que algumas meninas estão mentindo. Então não podemos sair
acreditando nas afirmações, mas precisamos analisar caso a caso, ver as
contradições então concluir cuidadosamente sobre quem está mentindo ou não.
Premissas:
Amanda: "Neste set, o escore está 13 a 12".
Amanda, Berenice, Camila e Denise falam do se 13 a 12. Então vamos chamar
set 13 a 12 de “s” (para simplificar).
P1: s
Berenice: "O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o primeiro set".
Vamos chamar “Ulbra já ganhou o primeiro set.” de 1º (para simplificar).
P2: ~s ∧ 1º
Camila: "Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra". Vamos chamar “a favor da
Ulbra” de “f”.
P3: s ∧ f
Denise: "O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set (não está a
favor da Ulbra), e quem vai sacar é a equipe visitante". Vamos chamar “equipe
visitante” de “v”.
P4: ~s ∧ ~f ∧ v (temos um conjunto de conjunções com 3 premissas)
Eunice: "Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando este
set".
P5: v ∧ f
Admitindo P3 = V; s = V e f = V
P1: V
P2: ~s ∧ 1º
P2: F ∧ Ø
P2: F
P4: ~s ∧ ~f ∧ v
P4: F ∧ Ø ∧ Ø
P4: F
P5: v ∧ f
P5: ? ∧ V ("v" sendo verdadeira não altera o valor de P4 e, como apenas duas
mentiram, P5 = V)
P5: V ∧ V
P5: V
Alternativas:
Sendo que a validade da conclusão decorre necessariamente da validade das
primissas, termos que:
s = V;
f = V;
1º = Ø;
v = V.
a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai sacar é
a equipe visitante.
C(a): s ∧ ~f ∧ v
C(a): V ∧ F ∧ V
C(a):F
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é
a equipe visitante.
C(b): s ∧ f ∧ v
C(b): V ∧ V ∧ V
C(b): V
c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
C(c): ~s ∧ f ∧ v
C(c): F ∧ V ∧ V
C(c): F
d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a Ulbra
venceu o primeiro set
C(d): ~s ∧ ~f ∧ 1º
C(d) F ∧ F ∧ Ø
C(d) F
e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e a Ulbra venceu o primeiro set.
C(e): s ∧ Ø∧ 1ª
C(e): V ∧ Ø ∧ Ø
C(e): Ø
Resposta: b)
Resolução:
Negação simples de uma conjunção
Negação de p^q é ~p ou ~q
Resposta: e)
Resolução:
Resolução:
{[q v (q ^ ~p)] v r}
Sabe-se que q e r são falsas, assim, substituindo na expressão acima teremos:
{[F v (F ∧~F)] vr}
Primeiro, fazemos o que está dentro dos parênteses, assim:
{[F v (F ∧~F)] vr}
{[F v (F ∧ V)] vr}
Sabemos que uma conjunção só é verdadeira quando os valores lógicos de
ambas as proposições que a compõem são verdadeiras, logo
{[F v (F)] vr}
Passamos, então, a resolver o que está dentro dos colchetes:
{[F v F ] vr}
Uma disjunção só é falsa quando ambas as proposições que a compõem
também são falsas, logo
{Fvr}
Resposta: e)
_____________________________________________________________
Bem, caro aluno, por enquanto isso é tudo. Vemo-nos na aula 01 (Lógica de
Argumentação). Espero que tenha gostado desta aula demonstrativa.
Repetindo como se fosse um “mantra”:
Faça e refaça todos os exemplos e exercícios repetida e exaustivamente, de
todas as aulas. Você deve ser INCANSÁVEL!
Leia e releia a teoria em conjunto com a revisão dos exercícios e exemplos.
Com a releitura você terá uma visão mais completa.
Procure questões suplementares, para reforçar seu estudo.
Simule o tempo de prova. Você precisa treinar até conseguir resolver cada
questão em menos de 2 minutos. Faça simulados e minissimulados. É
importante para verificar como está o seu nível.