You are on page 1of 79

www.brf-global.

com
BRF RELATÓRIO ANUAL E DE SUSTENTABILIDADE 2015

relatório
anual 2015
SUMÁRIO
Introdução  4
Nossa cadeia de valor global  6
principais indicadores  8
Mensagem da administração  12

Quem somos 16
Governança corporativa  23
Comportamento ético  34

Nossa
estratégia 36
Modelo de negócios  44
Gestão da sustentabilidade  46
Riscos e oportunidades futuras  50

Resultados 57
Capital financeiro e construído  59
Capital intelectual  79
Capital humano  86
Capital social  97
Capital natural  116

O relatório 127
Sumário GRI  129
Anexos  142
Informações corporativas  154
Você tem em mãos a
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


INTRODUÇÃO versão 2015 completa do
Relatório Anual da BRF,
companhia global de
alimentos com presença
em mais de 120 países
O propósito deste documento é trazer a todos os públicos de
relacionamento da empresa uma visão ampla e abrangente
do nosso desempenho, contemplando aspectos econômicos,
sociais, ambientais e de governança.

Adotamos novamente as diretrizes de relato da Global Repor-


ting Initiative (GRI) para o desenvolvimento deste relatório.
Além disso, seguimos as orientações do International Integra-
ted Reporting Council (IIRC), de cuja comissão brasileira faze-
mos parte – o que se traduz no esforço em integrar na comuni-
cação de resultados os aspectos financeiros e não financeiros
que envolvem nossas atividades.
Introdução

Introdução
4 5
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

6
Introdução

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


7

Introdução
PRINCIPAIS
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Faturamento líquido
Operações continuadas (R$ milhões)

INDICADORES
CAGR* = 10% 50%
47%
48%
GRI G4-9
46%
44 %

59% 45 %

53% 50%
54% 52%
56 %

44% 55%
41%
Valores em R$ milhões 2011 2012 2013 2014 2015 48%
46% 56%
Receita líquida 23.167 25.975 27.787 29.007 32.197 58%
54%
Brasil 12.756 13.979 14.371 15.424 16.038 R$ 5.210 R$ 6.633 R$ 11.393 R$ 20.937 R$ 20.370 R$ 23.167 R$ 25.975 R$ 27.786 R$ 29.007 R$ 32.197

Internacional 10.411 11.996 13.416 13.582 16.159


2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Lucro bruto 6.112 5.902 6.910 8.509 10.089
 BRASIL    INTERNACIONAL    total
Margem bruta (%) 26,4% 22,7% 24,9% 29,3% 31,3%

Lucro operacional 2.026 1.360 1.896 3.478 4.228


vendas1
Margem operacional (%) 8,7% 5,2% 6,8% 12,0% 13,1% Operações continuadas (mil toneladas)
CAGR* = 0%
EBITDA – operações continuadas 2.914 2.295 3.009 4.709 5.525 49% 52% 48%
50% 55% 47%
51%
Margem EBITDA – operações
12,6% 8,8% 10,8% 16,2% 17,2%
continuadas (%)
49% 50% 51% 48% 52% 53%
EBITDA1 2.914 2.283 3.131 4.897 5.735 52% 54% 54% 45%
48% 46% 46%
Margem EBITDA (%) 11,3% 8,0% 10,3% 16,9% 17,2%
1.350 1.537 2.020 4.281 4.589 4.641 4.808 4.587 4.725 4.515
Lucro líquido – operações
1.386 797 1.015 2.135 2.928
continuadas
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Margem líquida – operações
6,0% 3,1% 3,7% 7,4% 9,1%
continuadas (%)
Lucro (prejuízo) líquido –
 BRASIL    INTERNACIONAL    total
-18 -27 47 90 183
operações descontinuadas
1.  Inclui carnes e outros processados.
Lucro líquido 2
1.367 770 1.062 2.225 3.111

Margem líquida (%) 5,9% 3,0% 3,8% 7,0% 9,3%


faturamento por região
Valor de mercado 31.776 36.810 42.969 55.350 48.335 (%)
Ativo total 29.983 30.765 32.375 36.104 40.388
15.42416.038
Patrimônio líquido 14.110 14.589 14.696 15.690 13.836

Dívida líquida 5.408 7.018 6.784 5.032 7.337

Dívida líquida/EBITDA 1,86 3,07 2,17 1,24 1,28


Introdução

Introdução
Resultado por ação – R$ 1,59 0,92 1,17 2,46 3,85
7.097
5.710
N.o de ações 872.473.246 872.473.246 872.473.246 872.473.246 872.473.246 3.093 3.640 3.073 3.290
N.o de ações em tesouraria 3.019.442 2.399.335 1.785.507 1.785.507 62.501.001
1.707 2.132

1. Inclui o valor de R$ 209 milhões em 2015, por conta, principalmente, da venda das operações de lácteos.
2. Inclui o valor de R$ 183 milhões em 2015, por conta, principalmente, da venda das operações de lácteos. 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

 Brasil    Europa    Oriente Médio e África    Ásia    LATAM 


8 * O CAGR é calculado considerando os anos de 2010-2015, período após a fusão da Sadia e Perdigão.
9
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Patrimônio líquido1 Número de funcionários1
R$ milhões CAGR* = -1%
CAGR* = 0%

2.105 3.226 4.111 12.996 13.637 14.110 14.589 14.696 15.690 13.836 39.048 44.752 59.008 113.912 113.614 118.859 113.560 109.426 104.400 105.733

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.  Inclui operações continuadas e descontinuadas. Atualizado de acordo com as regras da norma CPC 33. 1.  Contempla funcionários de tempo indeterminado e funcionários fora do Brasil.

Resultado líquido Produção de carnes1


R$ milhões Mil toneladas
CAGR* = 29% CAGR* = -1%

94 292 -25 140 815 1.386 797 1.015 2.135 2.928


1.331 1.483 2.039 3.767 3.992 4.250 4.269 4.089 3.825 3.864
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.  O volume de carnes divulgado em 2013 foi modificado em decorrência de uma correção no volume da produção da Argentina.
Lucro operacional
R$ milhões
CAGR* = 23%

Investimentos ambientais
R$ milhões
CAGR* = 24%

162 475 602 -60 1.499 2.026 1.360 1.896 3.478 4.228

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Remuneração dos acionistas


R$ milhões 212,00 208,39 324,66
CAGR* = 30%
2013 2014 2015
68% 34%
Introdução

Introdução
39%
40%
39%
30% 31% 41% 40% 33%
35 100 76 100 263 632 275 724 824 991

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

 remuneração dos acionistas    lucro líquido1 

10 1.  Histórico de lucro líquido de 2005 a 2013 contempla o resultado de lácteos. A partir de 2014, apenas operações continuadas.
*  O CAGR é calculado considerando os anos de 2010-2015, período após a fusão da Sadia e Perdigão.
*  O CAGR é calculado considerando os anos de 2010-2015, período após a fusão da Sadia e Perdigão.
11
MENSAGEM
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


economia brasileira e variação estratégicas de distribuidores,
cambial, mantivemos o cresci- como parte de nosso movimen-

DA ADMINISTRAÇÃO
mento de vendas no nosso País to de internalização da cadeia de
e obtivemos uma performance valor, gerando ganhos de margem
acima do esperado nos merca- e mais confiabilidade nas entregas.
dos internacionais, confirmando
a vantagem competitiva de nos- Na América Latina não foi dife-
so modelo. Além disso, lançamos rente. Adquirimos marcas consa-
(ROIC) e da receita; geramos ino- novos produtos e renovamos nos- gradas na Argentina, entre elas:
Nos últimos dois anos, vação adaptada aos diferentes so portfólio. Paty, sinônimo de hambúrguer,
mercados em que estamos pre- mercado em que fizemos um tra-
a BRF fortaleceu sua posição de sentes; e demos coesão ao nosso No Brasil, tivemos dois grandes balho muito forte de Go to Mar-
ambiente organizacional com a destaques: o retorno de duas cate- ket; Vieníssima, após a sua aquisi-
empresa rentável, admirada, consolidação do VIVA BRF, movi- gorias-chave da Perdigão (presun- ção, a BRF consolidou sua posição
mento que traduz nosso espírito to e linguiça) ao mercado, além com líder de mercado de salsi-
com marcas fortes e presente e nosso jeito de ser e fazer, dando dos produtos natalinos, após o chas; Dánica, que tem posição de
ênfase ao principal patrimônio da cumprimento dos prazos estabe- dominância no mercado de mar-
nas mais diversas regiões do empresa e nossa razão de ser e lecidos pelo Conselho Administra- garinas; e a Companhia consoli-
crescer: nossa gente. tivo de Defesa Econômica (Cade). dou ainda mais a sua posição no
globo, consolidando-se como Conhecida e admirada pelo consu- mercado argentino, com as aqui-
Se pudermos resumir nosso negó- midor brasileiro, a marca é uma de sições da Manty e da Delícia. Ain-
uma multinacional com a cio em três pilares abrangentes, nossas apostas para diversificar as da na Argentina, aumentamos a
destacaríamos: marca, produção e vendas e expandir a presença no produtividade de plantas desse
cara e a força do Brasil. distribuição. No primeiro, conside- varejo. De volta em mais de 80% país, como parte do nosso pro-
ramos a reputação sólida de Sadia, das categorias do segmento de jeto de redesenho do footprint
Perdigão, Qualy, Paty e Vieníssima, processados, a Perdigão recebeu fabril – que busca aproximar os
Em 2015, mesmo diante de cená- entre outras no Brasil e no mundo, investimentos para um retorno focos de produção dos mercados
rios instáveis e de um ambiente investindo para que sejamos admi- robusto, com ações de marke-
cada vez mais competitivo para rados por aquilo que entregamos ting, promoção e comunicação.

O grande destaque no
a indústria de alimentos, senti- ao consumidor. No segundo, abor- Além disso, investimos na des-
mo-nos orgulhosos de protagoni- damos o desafio de diversificar centralização da gestão no Brasil,

mercado brasileiro foi


zar grandes mudanças que cons- nossa produção nas diferentes com unidades regionais que têm
troem as bases para nosso modelo regiões, por meio de uma atuação autonomia para decidir táticas de

o retorno da Perdigão,
de negócio global. local e eficiente. Já o pilar de dis- negócios e vendas e planejar seu
tribuição abrange um de nossos crescimento futuro, com apoio e

em mais de 80% das


Ao longo dos últimos dois anos, grandes desafios: ter uma cadeia supervisão da gestão executiva.
construímos efetivamente uma produtiva ágil, robusta e flexível,

categorias do segmento

Mensagem da administração
nova empresa e uma nova cultu- que trabalhe conosco, de ponta a Nos demais mercados, o movi-
ra, na qual a fome de performan- ponta, em prol do nível de servi- mento de descentralização da

de processados.
ce e o amor de dono, atributos ço da empresa e da satisfação de gestão, com a criação da estrutu-
relevantes da nossa Companhia e nossos clientes – pontos nos quais ra de General Managers para Bra-
da nossa gente, se traduzem em evoluímos de forma significativa sil, América Latina (Latam), Euro-
resultados benéficos não só para nos últimos anos. É por meio desse pa/Eurásia, Ásia e Oriente Médio/
a Companhia, mas também para tripé que conseguimos visualizar África (MEA), também foi desta-
cada um de seus parceiros, tais o que a BRF enxerga em seu futu- que. Os drivers de orientação ao de consumo mais atraentes, além
como consumidores, investidores, ro: uma empresa com capacidade consumidor, produção local e con- de termos formalizado a aquisição
clientes, comunidades, produto- global, reputação sólida e eficiên- solidação de uma marca verdadei- de unidades produtivas (fábricas,
res integrados e demais públicos. cia em entregas e resultados. ramente global – principalmente abatedouros, fazendas), nas áreas
Sadia – geraram resultados positi- de suínos e frios, reforçando nos-
Guiados por nosso plano estraté- Foi atacando essas três frentes vos: no Oriente Médio, por exem- sa estrutura de ativos locais. Em
gico, criamos bases sólidas para a que conquistamos resultados plo, onde em 2014 inauguramos outras regiões, como África e Ásia,
evolução do resultado operacio- positivos, no Brasil e no mundo, nossa planta de Abu Dhabi, regis- mantivemos o olhar atento para
nal: expandimos nossa presença com uma receita líquida conso- tramos produção e vendas acima buscar parcerias e nos aproximar
internacional, focando merca- lidada de R$ 32 bilhões, além de das expectativas e antecipamos o cada vez mais do consumidor local,
dos-chave; avançamos na estra- R$ 2,928 bilhões em lucro líqui- projeto de expandir a capacidade entendendo suas necessidades e
tégia de parcerias e aquisições, do, R$ 3,4 bilhões em geração de de 70 para 100 mil toneladas/ano, estreitando laços.
buscando uma execução perfeita caixa e R$ 5,525 bilhões em EBIT- a fim de aprimorar o abastecimen-
no varejo; garantimos a expansão DA. Mesmo com a pressão exer- to dos mercados da região. Tam- No final do ano, anunciamos uma
12 do retorno sobre investimentos cida pelo cenário de retração da bém anunciamos mais aquisições série de aquisições, entre elas a 13
Estamos cientes de nosso
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


papel e da oportunidade de
tornarmos a responsabilidade
socioambiental um legítimo
mecanismo de geração de valor.

Golden Foods Siam, da Tailândia, de vida das comunidades por meio Além disso, realizamos nossa pri-
conectadas à nossa estratégia de das ações do Instituto BRF. meira emissão de green bonds
agilidade local e dominância nos – captando recursos para investi-
canais de venda. Isso demonstra Mantivemos nosso olhar atento mentos ambientais em uma ope-
nosso interesse em ser não uma para temas como mudanças cli- ração financeira inédita em nosso
empresa brasileira com presença no máticas, energia e água – que, setor e no País – e reafirmamos
exterior, mas uma companhia glo- como vimos no Brasil nos últimos nosso compromisso com o desen-
bal sediada no Brasil. Todos esses dois anos, têm implicações diretas volvimento sustentável ao sermos
resultados, porém, não fariam sen- e urgentes nas atividades empre- signatários do Pacto Global, com
tido se estivessem orientados para sariais e na sociedade. Investimos ações guiadas por seus princípios e
entregas estritamente financei- em uma metodologia própria de reportadas neste documento.
ras. É por isso que mantemos um mensuração de risco hídrico para
olhar atento para os riscos e opor- as operações e, paralelamente, con- Mais uma vez, convidamos você
tunidades do nosso negócio, com seguimos melhorar alguns de nos- a conhecer um pouco da nossa
uma gestão criteriosa de aspectos sos indicadores, com um uso mais história e entender como a BRF
legais, socioambientais e econômi- racional dos recursos naturais. entregou resultados ao longo de
cos que podem afetar nosso futuro. 2015. Neste relatório, buscamos
Outro ponto que viemos enfatizan- demonstrar de que modo geramos
A sustentabilidade é um conceito do em nosso discurso e em nossas valor para a empresa e para aque-
multifacetado e um caminho sem práticas é a ética. Comprometidos les com quem nos relacionamos,
volta para empresas que têm nos- com a realização de negócios ínte- com base na ideia de que a trans-
Mensagem da administração

Mensagem da administração
so porte e a magnitude de nossos gros, justos e que exprimam nos- parência com nossos stakeholders
impactos, tanto positivos quanto sos valores em todas as relações e é, mais que uma obrigação empre-
negativos. Cientes de nosso papel atividades da BRF, revisamos nosso sarial, um sinal de respeito e con-
e da oportunidade de tornarmos a código de conduta – agora, chama- vite ao diálogo. Aproveitamos,
responsabilidade socioambiental do Manual de Transparência BRF. ainda, para agradecer a todos os
um legítimo mecanismo de gera- Além disso, lançamos o Canal de nossos públicos, em especial nos-
ção de valor, mantivemos o foco Transparência no Brasil e, em 2016, sos colaboradores, pela entre-
na gestão dos temas materiais da levaremos essa estrutura para ga tão positiva de resultados que
Companhia, comunicando-os de outros 19 países em que atuamos. vivenciamos ao longo deste ano.
forma contínua aos stakeholders,
inclusive por meio deste relatório. Todos esses esforços se traduzi- Boa leitura! GRI G4-1, G4-2
ram em nossa inclusão, pelo 11.o
Durante o ano, demos continui- ano consecutivo, no Índice de Sus-
dade aos investimentos para a tentabilidade Empresarial (ISE) Abilio Diniz
adesão a boas práticas internacio- da BM&FBovespa, bem como no Presidente do Conselho de
nais no eixo de bem-estar animal ingresso, pela quarta vez conse- Administração
– tema no qual queremos, sem- cutiva, no Dow Jones Sustaina-
pre, estar à frente – e sistematiza- bility Index Emerging Markets
mos nosso Programa de Monitora- (DJSI) – confirmando a conexão Pedro Faria
mento da Cadeia de Fornecedores. entre práticas socioambientais, CEO Global
Também contribuímos cada vez nossa reputação de mercado e o
14 mais para melhorar a qualidade desempenho do nosso negócio. 15
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Quem somos

Que Somos
Presença em mais
de 120 países e 95%
dos lares brasileiros
faz da BRF uma das
mais importantes
companhias de
16 alimentos do planeta. 17
Como operamos
Sadia, Perdigão, Qualy,
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


GRI G4-8, G4-9

Chester, Dánica, No BRASIL

Vieníssima, Perdix e
Paty são as principais
marcas consagradas no
Brasil e no exterior. AM PA
1 1 CE
1
A BRF S.A. é uma empresa de ali- postos diretos e mais de 8 mil indi- últimos dois anos (leia mais na p.
mentos sediada no Brasil, ocupan- retos, e mantemos uma cadeia de 42). Essas medidas respondem
do a terceira posição mundial no valor com mais de 16 mil produ- ao nosso objetivo de consolidar PE 1
1
abate de aves, segundo a Watt tores agropecuários integrados um modelo de negócios eficiente
Global Media. Nossos produtos e mais de 21 mil outros fornece- de ponta a ponta, sintonizado às
estão presentes em 95% dos lares dores logísticos, de suprimentos, necessidades dos consumidores
brasileiros. Entregamos produtos grãos, farelos e óleos. GRI G4-9 finais e com capacidade global de BA
MT
inovadores e de alta conveniên- fornecimento e entrega.
1 1
cia para consumidores globais, Em 2015, nossa Receita Operacio-
incluindo presuntaria, salsichas e nal Líquida (ROL) teve aumento de Com ações negociadas no mercado 4
linguiças, e linhas como Assa Fácil, 11% e alcançou R$ 32 bilhões, e o de capitais há mais de 30 anos, a
GO
2
Meu Menu, Hot Pocket e Nuggets lucro líquido ficou em R$ 3 bilhões. Companhia completou uma déca-
Sadia, entre outras. GRI G4-3, G4-4 Esse desempenho está em linha da de participação no Novo Merca- 4 MG
com a expansão internacional e do da BM&FBovespa – segmento 2
Entre nossas marcas consagradas reflete diversas melhorias em cus- mais exigente do mercado brasi- ES
no Brasil e no exterior estão Sadia, to, eficiência e distribuição. leiro –, com valor de mercado esti- MS 3
1
Perdigão, Qualy, Chester, Dánica, mado em mais de R$ 44 bilhões, e 1 1
Perdix, Paty e Vieníssima. GRI G4-9 Além de manter um ciclo de ino- integra o Índice de Sustentabili-
SP RJ
vação estruturado para os dife- dade Empresarial (ISE). No exte- 2 1
1 1
Nos últimos anos, direcionamos rentes mercados, com mais de rior, possuímos papéis negociados
nossa estratégia para a internacio- 300 inovações e renovações no na Bolsa de Nova York (NYSE – ADR
PR 2 6
nalização da Companhia, que hoje ano, reforçamos o ritmo de parce- nível III) e participamos do Dow
atende Europa e Eurásia, América rias e aquisições estratégicas, com Jones Sustainability Index – Emer-
Latina, Oriente Médio, África e Ásia. 11 movimentos dessa natureza nos ging Markets (DJSI). GRI G4-7 SC
Para isso, apoiamo-nos em espe- 2 8

cial no crescimento da marca Sadia,


como principal marca global, e em RS 2 6
quatro categorias-chave: cortes de Atributos BRF GRI G4-56
frango e suíno de alto valor agrega- O jeito de ser e de fazer da Companhia
do; frios e embutidos; empanados;
e pratos prontos. GRI G4-8 Centros de distribuição BRF

243 mil
• Amor de dono
A empresa possui 35 fábricas e Unidades produtivas
mais de 20 centros logísticos no • Inspirados pelo consumidor BRF (carnes, soja e
Brasil; em 2015, foi anunciada a 36.ª industrializados)
Quem somos

Quem somos
planta industrial a ser construída • Vida saudável clientes
no País, em Seropédica (RJ), com
investimento de R$ 180 milhões. • Fazendo juntos

35 Fábricas
No exterior, são 13 unidades indus-

20
triais, incluindo a de Abu Dhabi, nos • Fome de performance
Emirados Árabes Unidos, inaugura- de processamento de carnes
da em 2014. GRI G4-6 • Inconformismo positivo unidades fabris em 3 de margarinas

No total, empregamos 105.733 • É pra já centros 10 estados, de 3 de massas


1 de sobremesas
18 pessoas, com mais de 97 mil de distribuição 4 regiões do País 3 de esmagamento de soja 19
NO MUNDO
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


GRI G4-8, G4-9, G4-10

Operação internacional
Unidades produtivas no exterior
Centros de distribuição no exterior

1
1 1

1
12

2 6
2

+ de
4 mil
SKU
Quem somos

Quem somos
13 Fábricas
+ de
120
20 6 na Argentina

37 mil
1 nos Emirados Árabes Unidos

5 miLHÕES + de + de
105 mil
1 na Inglaterra*
centros 1 na Holanda*

países de distribuição
4 na Tailândia **
de toneladas de fornecedores, sendo mais de colaboradores * Operações da Plusfood.
atendidos alimentos produzidos 16 mil produtores integrados no exterior ** Operações da GFS, cujo fechamento da aquisi-
20 ção ocorreu no início de 2016.
21
Governança
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Relações com investidores conference calls a cada três meses,
A área de Relações com Investido- roadshows nacionais e internacio- corporativa
res (RI) da BRF busca disseminar, nais, reuniões individuais (one-on-
com transparência e acessibilida- -one) e atendimento a demandas O modelo de governança corpo- A BRF também possui áreas dedi-
de, informações sobre a Compa- das principais instituições finan- rativa da BRF está baseado nas cadas à gestão de riscos, com-
nhia para embasar investimentos ceiras para a realização de reu- melhores práticas nacionais e pliance, ética e conduta, além de
em ações e títulos de sua emissão. niões com investidores. internacionais, tendo como pila- políticas internas que têm como
A área de RI procura consolidar e res a responsabilidade corporati- finalidade assegurar que as deci-
manter a imagem de liderança e Além disso, considerando que os va, a ética, a transparência, a equi- sões da Companhia sejam toma-
inovação da BRF no mercado de seus papéis são negociados no dade, a prestação de contas e o das no melhor interesse da BRF e
capitais, sempre reforçando o res- segmento de Novo Mercado da equilíbrio das decisões estratégi- de seus acionistas, assegurando,
peito aos princípios legais e éticos. BM&FBovespa (BRFS3) e na Bolsa cas, compreendendo todas as leis, ainda, transparência aos inves-
de Nova York (ADRs nível III-BRFS), normas e regras a ela aplicáveis, tidores e ao mercado em geral e
Por meio do site de relações com a Companhia deve observar os políticas e manuais internos, bem equidade de tratamento com for-
investidores (www.brf-br.com/ri), mais elevados padrões de conduta, como todas as pessoas, órgãos da necedores e clientes, consoante as
buscamos assegurar a transpa- exigidos pelas disposições legais e administração, áreas, processos e melhores práticas de governança
rência no relacionamento com os regulamentares aplicáveis às com- tecnologias da BRF. corporativa.
acionistas e com o mercado em panhias abertas no Brasil e no exte-
geral. A área de RI conta com equi- rior. Com presença nos dois merca- A estrutura de governança da
pe especializada no atendimento dos, a Companhia adota, em suas
dos investidores individuais, sen- demonstrações financeiras, os Ações BRF é monitorada e avaliada por
uma área de Governança, que
do responsável por promover princípios internacionais de conta- Nossos papéis são negociados compreende, além de sua própria
reuniões em associações, como a bilidade (IFRS) e as determinações no Novo Mercado da equipe, profissionais de cada uma
Associação dos Analistas e Profis- do Sistema de Controle Interno do BM&FBovespa e na Bolsa de Nova das principais áreas de negócios da
sionais de Investimento do Merca- Reporte Financeiro (SCIRF), com York – o que estimula a adoção de BRF, que atuam para perenizar os
do de Capitais (Apimec), realizar base na Lei Sarbanes-Oxley (SOX). práticas de referência. princípios de governança. A área é
responsável por orientar e moni-
torar os relacionamentos entre
a Companhia, seu Conselho de Boas práticas de governança
Administração, Comitês, Conselho adotadas pela BRF
Composição acionária* Fiscal, Diretoria Executiva, audito-
ria interna, auditoria independen- • Ações listadas no segmento de Novo Mercado da BM&FBovespa
te, acionistas e o mercado, bem
como pela observância de todas as • Manutenção exclusiva de ações ordinárias, garantindo tratamento
7,2 % políticas internas da BRF por estes igualitário aos acionistas

10,5
e por todas as áreas da Companhia.
%
21,8%
• Mecanismos de proteção a investidores, como a obrigatoriedade de
oferta pública de aquisição (OPA) – tag along de 100%

10,8% • Canal de Transparência BRF (antigo canal de denúncias) implanta-


do no Brasil e que em 2016 será lançado em 19 países

• Manutenção de políticas internas, tais como:

10,0% (i) Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes e de


Negociação de Valores Mobiliários

27,8% (ii) Política de Transações com Partes Relacionadas e Demais Situa-

11,9
ções de Conflitos de Interesses
%
Quem somos

Quem somos
• Demonstrações financeiras seguem princípios internacionais de

Pilares de
contabilidade (IFRS) e determinações do Sistema de Controle
Interno do Reporte Financeiro (SCIRF), pautado pela Lei Sarbanes-

governança
-Oxley (SOX)
21,8% Nacionais 10,8% petros
27,8% Estrangeiros 10,5% tarpon responsabilidade corporativa; • ADRs Nível III
11,9% ADR 7,2% tesouraria ética; transparência; equidade;
10,0% previ prestação de contas; e equilíbrio • Processo de Notas Técnicas para respaldar a tomada de decisão
das decisões estratégicas. dos órgãos colegiados
22 *  Capital social: R$ 12,5 bilhões. Número de ações ordinárias: 872.473.246. Base: 31/12/2015.
23
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Administração A estrutura dos órgãos colegia- O atual Conselho de Administra-
O conjunto de instâncias decisó- dos é composta de profissionais ção foi eleito em abril de 2015,
rias da BRF compreende a Assem- que incluem habilidades, requi- para mandato que se encerra em
bleia Geral de Acionistas, o Conse- sitos, competências e experiên- 2017. GRI G4-40, G4-44
lho de Administração, o Conselho cias diversas, contribuindo para

Para todos
Fiscal, o Comitê de Auditoria Esta- a tomada de decisões em toda Em dezembro de 2015, o Con-
tutário e a Diretoria Executiva. a complexidade do modelo de selho de Administração era
Desde 2006, o Conselho de Admi- negócios da BRF. composto por nove membros
Além da área de Governança, a responsabilidade nistração da BRF conta, ainda, titulares, sendo seis deles inde-
corporativa é tratada pelas diferentes áreas da BRF, com o apoio de comitês de asses-  ssembleia Geral de Acionistas:
A pendentes1 (67%), proporção que
a fim de assegurar o envolvimento de cada equipe soramento, cujos membros são principal órgão deliberativo da supera os 20% recomendados
com a aplicação dos princípios da Companhia. eleitos por esse órgão, os quais BRF, as assembleias são realizadas pelas regras do Novo Mercado da
criam condições para o aprofun- ordinária ou extraordinariamente, BM&FBovespa. Além disso, o pre-
damento do Conselho de Adminis- mediante convocação dos acionis- sidente do Conselho não exerce
tração em assuntos de relevância tas na forma da Lei n.º 6.404/1976. funções executivas. GRI G4-39, G4-40
estratégica. GRI G4-34 GRI G4-53

Como parte do propósito de bus-  onselho de Administração: com


C 1.  O conceito de conselheiro independente
é o definido pela regulamentação do Novo
car a melhoria contínua na con- atuação colegiada, compete ao Mercado da BM&FBovespa e pelos critérios
dução do negócio, em janeiro de Conselho de Administração, entre estabelecidos na Lei Sarbanes-Oxley.
2015 adotamos um novo modelo outras atribuições, fixar a orienta-
administrativo, alinhado ao pro- ção geral dos negócios, eleger os
cesso de crescimento e globaliza- membros da Diretoria Executiva
ção da Companhia (leia mais na p. e fiscalizar sua gestão, sempre
30). Outra evolução foi a transfor- em conformidade com o Estatuto
mação, em 2015, da Diretoria de Social da BRF. GRI G4-42, G4-45
Prevenção à Fraude em Diretoria
de Compliance (leia mais na p. 34). Na eleição de membros para o
Conselho de Administração, são
levados em consideração fatores
como: reputação, reconhecimen-
to pela adoção de padrões éti-
cos e morais de comportamen-
to, experiência e conhecimentos
relevantes sobre finanças, conta-
bilidade, governança, sustenta-
bilidade empresarial e ambiente
de negócios da BRF, além da ine-
xistência de conflitos de interesse.
Quem somos

Quem somos
Conselho de Administração,
Conselho Fiscal, Diretoria
Executiva e Assembleia Geral
de Acionistas são as principais
24 instâncias de nossa governança. 25
Membros da administração
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


conselho de administração

Abilio Diniz
Presidente e membro
independente

Na BRF, a competência,
a reputação e a experiência
de nossos executivos
garantem a tomada de
decisões colegiadas, que
repercutem positivamente
nos resultados da Companhia.
Quem somos

Quem somos
Henri Philippe Luiz Fernando Renato Proença José Carlos Reis Vicente Falconi Manoel Cordeiro Paulo Guilherme Walter
Reichstul Furlan Lopes de Magalhães Neto Campos Silva Filho Farah Correa Fontana Filho
Membro independente Membro independente Membro Membro Membro Membro independente Membro independente Membro independente
26 27
Membros da
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


administração
Comitê de Auditoria
Estatutário

Sérgio Ricardo Fernando Dall’Acqua Walter Paulo Guilherme


Silva Rosa Especialista financeiro e Fontana Filho Farah Correa
Coordenador independente membro externo Membro independente Membro independente

Comitês de assessoramento: apo- de Administração na formulação e consultivo e de assessoramento ao Por meio do Comitê de
Finanças, Governança e
-iam o Conselho de Administração prática da cultura BRF, monitoran- Conselho de Administração, sem
nas tomadas de decisão estratégi- do e encorajando o adequado com- poder decisório ou atribuições

Sustentabilidade, aspectos,
cas, por meio de reuniões mensais portamento das lideranças, além executivas, podendo, entre outros
com participação de representan- de propor ações que alinhem as assuntos, encaminhar denúncias e

riscos e programas
tes da alta liderança. expectativas de acionistas e exe- queixas para apuração pela Direto-
cutivos. GRI G4-34, G4-36, G4-38 ria de Compliance ou por empresa

socioambientais são
Em 2015, foram quatro comitês independente, conforme o caso.
em atividade: Comitê de Finanças, Governança GRI G4-34, G4-36, G4-38

tratados e levados
e Sustentabilidade: assessorar o
omitê de Estratégias M&A e
C Conselho de Administração para Conselho Fiscal: órgão indepen-

ao conhecimento da
Mercados: responsável por acon- assegurar o cumprimento dos dente da administração, compos-
selhar o Conselho de Adminis- mecanismos e controles relacio- to, em sua maioria, por profissio-

alta liderança.
tração na proposição e discussão nados à gestão de riscos finan- nais independentes, tendo como
do planejamento e no monito- ceiros e a aplicações das políticas principal atribuição a fiscalização
ramento e direcionamento da financeiras, alinhadas ao perfil de dos atos dos administradores e a
estratégia corporativa da BRF, risco do negócio, considerando a revisão dos balanços e demons-
envolvendo investimentos nacio- adequada estrutura de capital da trações financeiras da BRF. conselho fiscal
nais e internacionais (fusões/aqui- Companhia. O comitê também
sições, desinvestimentos, expan- é responsável pelo acompanha- Diretoria Executiva: é responsável
sões/novas capacidades, novos mento dos resultados da BRF e da pela administração e gestão
negócios), mercados de atuação, gestão orçamentária. Cabe a esse dos negócios e atividades ope-
marcas e produtos (novos e exis- comitê monitorar, aprimorar e racionais e pela implementação
tentes). GRI G4-34, G4-36, G4-38 recomendar ao Conselho de Admi- do plano estratégico definido
nistração princípios, diretrizes e pelo Conselho de Administração,
 omitê de Pessoas, Organização e
C melhores práticas de governan- além do estudo e desenvolvi-
Cultura: assessorar o Conselho de ça corporativa e sustentabilidade. mento de projetos estratégicos,
Quem somos

Quem somos
Administração na aprovação de O comitê também é responsável sujeitos à aprovação do Conse-
processos relacionados ao desen- pelo acompanhamento dos ris- lho de Administração. Ao fim de
volvimento de pessoas e da orga- cos não financeiros ou contábeis, 2015, como parte da estrutura de
nização e na definição das políticas incluindo riscos operacionais e governança, a Diretoria Executiva
de remuneração e compensação outros. GRI G4-34, G4-36, G4-38 era composta pelo diretor-presi-
de executivos e colaboradores. dente Global e seis vice-presiden-
Dar suporte à área executiva nos Comitê de Auditoria Estatutário: tes: de Finanças e Relações com
processos de avaliação, seleção e atua com autonomia e indepen- Investidores; de Qualidade; Legal Attilio Guaspari Reginaldo Ferreira Marcus Vinicius
desenvolvimento das principais dência no exercício das suas fun- e Relações Corporativas; Supply Membro independente AlexandrE Dias Severini
28 lideranças. Aconselhar o Conselho ções, servindo como órgão auxiliar, Chain; e Gente. Até o fim de 2014, Membro independente Membro 29
diretoria executiva estatutária
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Diretoria Executiva

Pedro de Andrade Faria Gilberto Antônio Augusto Ribeiro Jr. Hélio Rubens Mendes José Roberto Rodrigo Reghini Vieira
Diretor-presidente Global Orsato Diretor vice-presidente dos Santos Junior Pernomian Rodrigues Diretor vice-presidente
Diretor vice-presidente de Finanças e de Relações Diretor vice-presidente Diretor vice-presidente Legal e de Gente
de Qualidade com Investidores de Supply Chain Relações Corporativas

A Diretoria Executiva é
o diretor-presidente Global era General Managers (GM) – Brasil, ao estabelecerem as prioridades características culturais dos locais
Claudio Galeazzi, que assumiu a América Latina (Latam), Euro- da BRF nos diferentes mercados, onde a Companhia atua. Também

composta pelo diretor-


Companhia em 2013 para promo- pa/Eurásia, Ásia e Oriente Médio/ sempre em sintonia com os clien- é parte de um conjunto de ações
ver a reestruturação de custos e África (MEA) –, que se reportam tes e consumidores e ancorados internas, iniciado há cerca de dois

presidente Global e
despesas, alcançando melhoria ao CEO Global. Até o fim de 2014, por planos e metas. anos, cujos frutos aparecem nos
dos resultados, sendo substituí- a estrutura administrativa da nossos resultados, que tem como

seis vice-presidentes:
do por Pedro Faria, que era dire- Companhia contemplava um CEO Cada diretoria regional tem equi- pilares a qualidade, a meritocra-
tor-presidente Internacional e Global, um CEO Brasil e um CEO pe própria, de modo a descentra- cia, a racionalização de custos, o

de Finanças e Relações
assumiu o cargo de CEO Global em Internacional. lizar serviços, fortalecer as estru- crescimento sustentável e a busca
1.º de janeiro de 2015. turas nas pontas do negócio e incessante pela eficiência.

com Investidores; de
Os GMs contam com suporte dos responder com maior agilidade às
Gestão mais ágil setores corporativos de Complian- demandas de cada mercado. Em

Qualidade; Legal e
Adotamos um novo modelo de ce, Qualidade e Gestão, Inovação, toda regional há, além da área de
Quem somos

Quem somos
gestão, no início de 2015, alinha- Supply Chain, Legal e Relações Vendas, as áreas de Logística, Tra-

Relações Corporativas;
do ao processo de crescimento e Corporativas, Finanças e Relações de Marketing, Gestão Comercial,
globalização da BRF, cujo alicerce com Investidores, e Gente. Na GM Finanças e Gente, entre outras.

Supply Chain; e Gente.


é fortalecer o protagonismo e a Brasil, foram criadas cinco lide-
autonomia das estruturas regio- ranças regionais: Nordeste (sede A medida aprofunda o modelo de
nais da empresa no Brasil e no em Recife), Centro-Oeste/Norte gestão adotado pela BRF em sua
exterior. Assim, instituímos cinco (Brasília), São Paulo (São Paulo, atuação global, voltado a ade-
grandes regiões globais de negó- capital), Sul (Curitiba) e Sudeste quar seus processos e produtos
cio, definidas conforme mercados (Rio de Janeiro). Os GMs e líde- aos diferentes perfis e hábitos
30 estratégicos e dirigidas por cinco res regionais têm papel decisivo dos consumidores, respeitando as 31
Diretoria executiva
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


general managers

Flavia Moyses Faugeres José Alexandre Carneiro Borges Roberto Banfi


Brasil América Latina Europa e Eurásia

Novo modelo de
Quem somos

Quem somos
gestão permite a
execução da estratégia
considerando a diversidade
de cenários nos mercados
que atendemos.
Patrício Rohner Simon Cheng
32 Oriente Médio e África Ásia 33
Comportamento ético Mecanismos de queixas e reclamações em 2015
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


A cultura da ética e da integridade Também treinamos e capacitamos Impactos na
Ambientais Trabalhistas Direitos humanos
  sociedade
é de máxima importância para a a equipe de Compliance, por meio (GRI G4-EN34) (GRI G4-LA16) (GRI G4-HR12)
(GRI G4-SO11)
BRF, permeando os valores da nos- de vivências e relações com profis-
sa gente. Em 2015, foi criada a Dire- sionais renomados no combate à 2014
100% 100%  100% 0%
Solucionadas
toria de Compliance, que assume corrupção. Da mesma forma, um
e amplia as atribuições da antiga grupo selecionado de executivos 2015
2%  65% 36% 37,8%
Em andamento
Diretoria de Prevenção à Fraude. O de áreas-chave também foi capa-
órgão possui reporte direto ao Con- citado. Em 2016, os treinamentos 2015
92% 35%  64% 62,2%
selho de Administração, por meio alcançarão os demais colaborado- Solucionadas
do Comitê de Auditoria Estatutário, res da BRF. GRI G4-SO4
sendo responsável por identificar,
documentar, avaliar, monitorar e O planejamento do próximo ano de dúvidas e o registro de elogios, Com intuito de atendimento à Outra iniciativa envolve o Proje-
mitigar riscos, seguindo um mode- prevê a ampla comunicação do demandas e reclamações, alimen- legislação vigente, assim como a to de Controle das Obrigações de
lo de referência no mercado. Essa novo manual e do novo canal, tando transformações nos proces- proteção de seus colaboradores, a Funcionamento, que monitora os
área passa a atuar proativamente visando estimular ainda mais esse sos de relacionamento e, também, Companhia busca atendimento e prazos de validade de licenças e
diante de questões como corrupção, diálogo aberto e a transparência na própria gestão da Companhia melhoria continua das condições suas condicionantes, contemplan-
fraude, truste/concorrencial, lava- nas relações com a empresa, com (leia mais na p. 103). de trabalho de suas fábricas. Para do tanto atividades fabris quanto
gem de dinheiro e insider trading, o mercado e com a sociedade. isso, em 2014 criou o programa agropecuárias.
provendo orientação e monitoran- Operação legal denominado Fábrica Legal, resul-
do sua aderência em toda a cadeia Diálogo e relacionamento Cotidianamente, mantemos con- tado de um acordo com o Ministé-
de valor da Companhia. Assim, GRI G4-57, G4-58 troles, sistemas e ferramentas rio Público do Trabalho (MPT), para Canal de Denúncias
Compliance passa a ser visto como A gestão do Canal de Denúncias e para avaliar a conformidade de reforçar a gestão da saúde ocupa-
trusted business advisor das áreas o monitoramento e apuração de nossas operações ao redor do cional nas unidades produtivas da Funcionamento:
de negócio, apoiando estas pre- alegações são atribuições da Dire- mundo, a fim de prevenir riscos Companhia. O programa objeti- 24h por dia, sete dias
ventivamente na mensuração dos toria de Compliance. As alegações e melhorar as condições ambien- va auditoria de suas fábricas por por semana, em diversos
riscos antes das áreas de negócio recebidas são documentadas e tais, trabalhistas e de saúde e equipe multidisciplinar, que ava- idiomas, operado por uma
assumi-los, o que estimula o com- tratadas por meio de metodolo- segurança das nossas instalações. lia condições de trabalho de seus empresa terceirizada.
partilhamento dos riscos e sua con- gia específica de investigação. GRI colaboradores, ritmo de trabalho, Para realizar uma denúncia
sequente mitigação. GRI G4-57 G4-37, G4-49, G4-50 pausas e proteções de máquinas, por website ou consultar
entre outros aspectos relacionados o telefone disponível para
Durante 2015, o nosso código de O novo Canal de Transparência às NRs vigentes (leia mais na p. 94). seu país, acesse o endere-
conduta foi revisado e atualizado, ampliou a visibilidade sobre as ço: www.brf-global.ethics-
passando a denominar-se Manual alegações recebidas, registradas point.com.
de Transparência BRF. O manual, e tratadas, garantindo a integrida-
que aborda temas como compor- de da informação e a existência de
tamento, direitos humanos e éti- registros auditáveis sobre as ale-
ca, entre outros, está disponível na gações recebidas e tratadas. GRI
intranet para o público interno e na G4-37, G4-49, G4-50
internet para investidores e parcei-
ros de negócios, em três idiomas A reformulação do canal também
(português, inglês e espanhol). Um buscou aumentar a acessibilida-
novo canal de denúncias foi, então, de nos países do mercado exter-
implementado, o Canal de Transpa- no, em linha com a estratégia de
rência BRF. GRI G4-56 expansão internacional da BRF. O
novo modelo de operação foi lan-

Criação da Diretoria de
çado para o Brasil em 2015, e será
apresentado para outros 19 países
Quem somos

Quem somos
Compliance, revisão
em que a BRF possui operação no
primeiro semestre de 2016.

do código de conduta e Outros importantes canais de

treinamentos anticorrupção
relacionamento são a Comunica-
ção Corporativa, responsável por

foram alguns dos projetos


assuntos relacionados a tratati-
vas na mídia; e o Centro de Servi-

de destaque em 2015.
ços ao Consumidor/Cliente (SAC),
34 que serve para o esclarecimento 35
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


nossa estratégia
Marcas líderes e
admiradas, produção
local e distribuição
com alcance global:
confira como
direcionamos nossa
36 visão de futuro. 37
Nossa ambição
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


A BRF tem como principal ambi- O novo plano, intitulado BRF-18,
ção ser a mais inspiradora e rele- parte de nossa ambição e propõe

Ser a mais inspiradora


vante empresa de alimentos uma visão de futuro de médio
do mundo, com um modelo de prazo alicerçada em três pilares

e relevante empresa de
negócios orientado ao consumi- – marca e orientação ao consumi-
dor final, pautado por marcas dor final; posição de liderança nos

alimentos do mundo
fortes e baseado em uma cadeia campos de atuação relevantes; e
de valor ágil, flexível, eficiente e footprint de suprimentos ágil,
global. A fim de concretizar esse global e sintonizado ao mercado.
objetivo, investimos, nos últimos Para alcançá-los, definimos um Visão
anos, no aprimoramento da ges- arco de prioridades, visando o lon-
tão, com foco na internacionaliza- go prazo, e uma estratégia global,
ção da Companhia, na renovação priorizando quatro categorias-
de portfólio, no aumento de efi- -chave de alimentos – cortes de
ciência, na melhoria da capacida- frango e suíno de alto valor agre-
de de distribuição e na presença gado; frios e embutidos; empana-
de nossas marcas e categorias de dos; e pratos prontos – e a captu-
forma customizada em diferen- ra de oportunidades globais em Uma empresa de Posição de Footprint de
tes mercados. diversos mercados, principalmen- alimentos global, focada liderança nos nossos suprimentos ágil,
te os emergentes. na marca e orientada ao campos de atuação global e orientado
Definimos metas e prioridades consumidor relevantes ao mercado
de médio e longo prazo que nos O processo envolveu todos os
tornarão uma empresa líder, com General Managers e Vice-Presi-
alto retorno de investimento, dências na construção do pla-
admirada por suas marcas e refe- nejamento, com discussões em
Arco de Prioridades
rência internacional em qualidade. diferentes países que deverão
Ao mesmo tempo, aprimoramos a orientar decisões estratégicas,
percepção de que esses objetivos como entrada em novos merca-
só se alcançam a partir do maior dos, fluxos de inovação e modelos
patrimônio da Companhia – suas de operação por região geográfi-
pessoas –, o que estimulou o enga- ca. O planejamento estratégico da
jamento dos colaboradores e a dis- BRF resulta na definição de metas
seminação de uma cultura forte e que impactam diretamente a ava-
integrada, por meio do movimen- liação e a remuneração das lide-
to VIVA BRF. ranças. GRI G4-51

Em 2015, demos um passo adian-


te na revisão de nosso plano estra-

BRF-18
tégico (BRF-17), elaborado e vali-
dado pela liderança nos últimos
anos. No segundo semestre, a Revisada em 2015, nossa estra-
Diretoria Executiva e os Gene- tégia orienta a Companhia rumo
ral Managers iniciaram um novo ao consumidor, à liderança em
ciclo de análise dos pilares estra- segmentos relevantes e à eficiên-
tégicos, atualizando-os conforme cia total na cadeia.
nossa estratégia

nossa estratégia
os avanços obtidos e os desafios e
perspectivas da Companhia para

Nos últimos anos, avançamos


os próximos anos e diferentes
cenários. GRI G4-47

em internacionalização,
vendas e
logísticas

renovação de portfólio,
eficiência, distribuição e
presença de nossas marcas
38 em mercados relevantes. 39
Nossas conquistas
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Foco Atuação Avanços
• Como resultado de melhorias em logística e no atendimento,
Em 2015, avançamos no modelo Líquida (ROL) (leia mais na p. 62). em 2014 a satisfação consolidada ficou 5 pontos percentuais
Conquistar e fidelizar os
de internacionalização da Compa- Além disso, melhoramos nossos clientes e ampliar a presença
acima de 2013. A pesquisa aborda temas como logística/
nhia e mantivemos nossos investi- níveis de engajamento interno, supply, atendimento e qualidade dos produtos, abrangendo
das marcas BRF no ponto de
regiões e canais mais relevantes para a Companhia. O ano
mentos em produtividade, desen- satisfação de clientes e eficiência Nível de serviço venda
de 2015 foi de busca de avanços nos pontos com maiores
como diferenciação
volvimento da cadeia de valor, da cadeia, especialmente consi- oportunidades de melhoria GRI G4-PR5
melhoria de nível de serviço aos derando a internalização de ope-
clientes, qualidade, integração rações de distribuição em diferen- Ampliar a rentabilidade, o
• Aumento de 19% na ROL consolidada das operações
cultural e eficiência de custos e tes regiões do globo. fluxo de caixa e a margem
internacionais
líquida da Companhia,
fluxo de caixa. gerando resultados
• Aumento de 4% na ROL Brasil
• 13,2% de retorno sobre investimento (ROIC) no 4T 2015,
Confira, a seguir, nossos princi- Eficiência, consistentes para seus
vantagem de custos contra 11,7% no 4T 2014
Como resultado, nossa performan- pais resultados em alguns dos acionistas e investidores
e competitividade
ce financeira/operacional supe- temas priorizados pela estraté-
rou a de 2014, com crescimento gia da BRF nos últimos anos. • Transferência das plantas de bovinos (para a Minerva)
e da divisão de lácteos (para a Lactalis), a fim de ampliar
nos mercados internacionais e o foco no core business
expansão da Receita Operacional Investir em negócios que
• Melhorias do projeto de footprint fabril
sejam a especialidade e a
– Lucas do Rio Verde (MT) – aumento de 62% na capacidade
área-foco da BRF, apostando
de abate de frangos
em marcas e negócios de alto
Otimização da – Toledo (PR) – aumento de 18% na produção de carne
valor agregado
utilização de suína e de 9% na produção de frango
ativos – Rio Cuarto (Argentina) – aumento de 100% na produção de
frango, com foco em exportação

Foco Atuação Avanços Respeitar e valorizar as


• Habilitação de plantas no Brasil e no exterior (Argentina)
diferenças de cada região
para atendimento a mercados-chave
atendida, com produtos,
• Estudos e estrutura de pesquisa e inovação nas diferentes
Integrar o público interno marcas e estratégias que
e construir uma cultura • Movimento VIVA BRF: 89% de engajamento dos Visão desagregada regiões geográficas
satisfaçam demandas locais
que traga engajamento e colaboradores, segundo pesquisa aplicada aos colaboradores dos mercados
bem-estar e alavanque os BRF, com 77.260 participações
Cultura BRF forte resultados da Companhia
e única Manter a reputação e o
• Nove grupos de trabalho desenvolvidos na Companhia para
diferencial de qualidade
tratar do tema qualidade de forma transversal, focando a
da BRF, especialmente em
perspectiva do ponto de venda
Liderança na mercados nos quais esse
Contar com o capital humano • Mais de 44 mil movimentações internas registradas no ano • Seleção de produtos-chave para avaliação em critérios de
qualidade dos aspecto é valorizado por
multicultural da BRF para o (alterações entre a área de RH, departamentos e cargos) em qualidade e redução de variação
produtos e consumidores e clientes
Talentos como crescimento dos resultados nível global processos
vantagem
competitiva
Crescer de forma sustentável
e criar valor compartilhado
• Mais de 27 mil fornecedores contemplados no Programa de
de longo prazo, garantindo a
Estimular uma cultura Monitoramento da Cadeia
sustentabilidade do negócio,
de meritocracia e boa • Mais de 400 promoções em 2015 ( janeiro a setembro) • R$ 324,66 milhões investidos em projetos ambientais em 2015
suportando movimentos
performance entre os • Desenvolvimento do novo Ciclo de Performance • Assinatura do MoU – Memorando de Entendimento – com
globais, promovendo o
colaboradores Sustentabilidade a World Animal Protection para melhoria contínua nos
Gestão por valor e consumo sustentável
como criação de processos de bem-estar animal)
desempenho e valorizando o capital
valor
humano

Direcionar investimentos,
Revitalizar as categorias
marcas e inovações segundo • Mais de 300 renovações e inovações ao redor do mundo • Trabalho focado em categorias-chave de cortes de frango e
nossa estratégia

nossa estratégia
core, considerando as
as necessidades dos • R$ 227 milhões investidos em P&D suíno de alto valor agregado, frios e embutidos, empanados
macrotendências e as
Orientação ao mercados consumidores e pratos prontos
Revitalização do estratégias das marcas
consumidor, cliente
e mercado core via inovação

Considerar as
Gerar oportunidades, • Parcerias, joint ventures e aquisições na América Latina, • Mais de 150 inovações nos mercados internacionais
particularidades de cada
desenvolvimento e maior na Europa, no Oriente Médio, na Ásia e na África: foram 11 • Aumento de 4% no market share da marca Sadia nos
mercado nas estratégias
eficiência na cadeia produtiva aquisições e parcerias nos últimos dois anos Fortalecimento das principais mercados da BRF no Oriente Médio
Planejamento da das marcas
marcas
cadeia
• Destaques de SSMA em 2015:
Acompanhar indicadores- – Abu Dhabi: zero acidente desde a inauguração
Preservar a vida de nossos
-chave, metas e objetivos – Brasil: quatro plantas (indústria e margarina) com
• Nova estrutura de gestão executiva, com General Managers colaboradores e parceiros
relacionados ao plano de zero acidente – Vitória de Santo Antão (duas plantas
responsáveis por cada região/mercado e a integridade de nossas
negócios, com foco em cada – indústria e margarina); Uberlândia (margarina); e
instalações
Foco e disciplina mercado e área de atuação Herval D´Oeste (indústria)
40 41
Gestão SSMA
de execução – Argentina: 40% de redução no índice de acidentes
Nossas ações em 2015
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Brasil  Perdigão de volta e O segundo destaque foi a regionali-
gestão regionalizada zação da gestão. A fim de permitir
Durante o ano, dois grandes desta- decisões descentralizadas e ade-
ques marcaram nossa estratégia quadas à realidade de cada região
para o mercado nacional. O pri- do País, em 2015 foram criadas
meiro foi o retorno da Perdigão ao cinco unidades de negócio – São
mercado: com a volta das linhas Paulo, Sudeste, Nordeste, Centro-
de presuntos, produtos natalinos -Oeste/Norte e Sul –, responsáveis
e linguiças defumadas às gôndo- por executar estratégias relativas
las, após cumprimento do prazo a vendas, precificação, contrata-
estabelecido pelo Conselho Admi- ção e negociações com parceiros
nistrativo de Defesa Econômica de negócios. Assim, acreditamos
(Cade), reforçamos nossa presen- concretizar nosso propósito de
ça no varejo em categorias-chave ter uma atuação 100% orienta-
da Companhia. da para o mercado e para nossos
consumidores.
Por conta disso, investimos em
ações, campanhas e iniciativas de Outras importantes ações do ano
Perdigão durante o ano (leia mais foram a conclusão da venda da
na p. 79). Como reflexo, o núme- divisão de lácteos (marcas Elegê O ano de 2015 foi de
ro de clientes com os quais nego- e Batavo) para a Parmalat (Grupo consolidação da presença da
ciamos a venda de presuntos no Lactalis), por R$ 2,1 bilhões, após BRF no exterior.
Brasil saltou de 45 mil para 53 mil, início da transação em 2014; e a
sob o impacto positivo da marca. implantação de uma plataforma
Além disso, como parte da siner- integrada de pricing na Compa- Em 2015, nossos investimen- pelo valor de US$ 360 milhões. de entendimentos vinculantes
gia nas vendas de Sadia e Perdigão, nhia, gerenciando nossas práti- tos em ativos no exterior se con- A Golden Foods Siam é uma das para a aquisição da totalidade
integramos o processo promocio- cas de custos, descontos e precifi- centraram em aquisições, joint líderes do mercado de produção das ações da Eclipse Holding Coo-
nal no varejo, com um vendedor cação com dados de cada uma das ventures e parcerias estratégicas, de aves da Tailândia, com ope- peratief UA, sociedade holandesa
representando ambas as marcas. unidades regionais. GRI G4-13 que dão maior capilaridade e efi- ração integrada e presença em que controla a Campo Austral, um
ciência aos processos logísticos: mais de 15 mercados globais. grupo de companhias com opera-

A Perdigão está de volta


Internacional  expandindo a GRI G4-13 ções comerciais totalmente inte-
presença internacional • No Reino Unido, estabelecemos gradas no mercado de suínos na

ao mercado com linguiças


Em sintonia com nossa ambição, • No Oriente Médio, adquirimos uma joint venture entre a subsi- Argentina, incluindo o mercado
2015 trouxe importantes marcos a distribuição de congelados diária BRF GmbH e a Invicta Food de embutidos.

defumadas, presuntos
para consolidarmos nossa presen- da Qatar National Import and Group Limited (“IFGL” e “Acionis-
ça no exterior, por meio da promo- Export Co (QNIE), por US$ 140 tas Atuais”), para a distribuição

e produtos natalinos.
ção da marca Sadia, do aumento milhões, reforçando nossa de alimentos processados nos
da produção local e da melhoria presença em uma das regiões mercados do Reino Unido, Irlan-
na distribuição e na logística. em que a marca Sadia é Top of da e Escandinávia. Em novembro,
Mind – mais lembrada pelos por meio da controlada BRF Invic-
Inaugurada em 2014, a planta consumidores. ta Limited, adquirimos a Univer-
de Abu Dhabi, nos Emirados Ára- sal Meats (UK) Ltd., distribuidora
bes, é uma operação estratégica • No sudeste asiático, realizamos de alimentos no Reino Unido, com
nossa estratégia

nossa estratégia
para garantir nossa capacidade de dois movimentos de expansão foco no segmento de food service.
abastecimento para os mercados relevantes: (i) em Cingapura,
no Oriente Médio – um dos focos de com investimento de US$ 19 • Na Argentina, adquirimos sete Habilitação de plantas
crescimento da empresa (leia mais milhões, formamos, em parceria marcas de salsicha, hambúr-
na p. 63). com a Singapore Food Industries guer de carne e margarina da Em 2015, tivemos uma signifi-

53 mil
Pte. Ltd., a joint venture SATS BRF Molinos Río de la Plata, no valor cativa ampliação do acesso aos

100 mil
A produção de processados Food Pte. Ltd., da qual detemos de US$ 43,5 milhões: Vieníssi- mercados para carne de aves e de
dessa planta – incluindo marina- participação de 49%. Isso permi- ma, GoodMark, Manty, Delícia, suínos in natura, produtos à base

toneladas
dos, hambúrgueres e empanados te à Companhia produzir e distri- Hamond, Tres Cruces e Wilson. O de carne e subprodutos. Foram
clientes foi a quantidade –, inicialmente prevista para 70 mil buir processados e semiproces- objetivo de tal aquisição é reforçar 46 novas habilitações de plantas
de pontos de venda que alcan- é a marca que alcançaremos toneladas, será antecipadamente sados com maior eficiência na a presença e liderança da BRF em da BRF para nove mercados, entre
çamos na venda de presuntos no na produção da planta de expandida por conta da boa per- região; e (ii) na Tailândia, adqui- algumas categorias-chave para o os quais três abertos em 2015
Brasil, sob influência do retorno Abu Dhabi. formance do negócio, devendo rimos a totalidade das ações mercado argentino. Em novem- (Malásia, Mianmar e México).
42 da Perdigão. alcançar 100 mil. ordinárias da Golden Foods Siam, bro, celebramos um memorando 43
MODELO
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


DE NEGÓCIO PESSOAS

Cultura forte e integrada

Crescimento pessoal
e profissional

INOVAÇÃO MARCAS FORTES


• •
Marca verdadeiramente global (Sadia)
Centros de pesquisa, desenvolvimento
e inovação descentralizados Marcas regionais como líderes locais
Antecipação de tendências Sintonia com as particularidades e
de consumo necessidades do consumidor final

CADEIA
SUSTENTÁVEL

Critérios de sustentabilidade
na avaliação e no desenvolvimento
de parcerias PRODUÇÃO
Relações de ganho mútuo com
• CONSUMIDOR
Cadeia global, ágil
integrados, fornecedores, clientes e
demais parceiros de negócio
e flexível ALIMENTOS •
Acesso a produtos
Proximidade com público- CUSTOMIZADOS padronizados e
DE QUALIDADE
-alvo e fornecedores
estratégicos customizados, com
garantia de origem e
Operações fabris segurança alimentar
desenhadas para a
melhor alocação
de recursos
VENDAS & LOGÍSTICA

Planejamento integrado em
toda a rede de produção e abastecimento

Sinergia nos processos promocionais no


varejo e na distribuição
DISTRIBUIÇÃO

Capacidade global de
fornecimento e entrega
nossa estratégia

nossa estratégia
Presença no varejo e qualidade do
serviço oferecido ao cliente
QUALIDADE Malha logística inteligente
• e capilarizada
Avaliação de critérios–chave em
produtos e processos

Consistência e padrão
MARCA

Atenção às particularidades
regionais dos mercados

Expressão de valores funcionais


e emocionais
44 45
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Nossos compromissos  Objetivos de Desenvolvimento reporte de seu inventário global
GRI G4-15, G4-56 Sustentável (ODS)  como evolução de emissões de GEEs.
Pacto Global somos signatários do dos Objetivos de Desenvolvimen-
pacto, que estimula, entre organi- to do Milênio (ODM), propõe uma CDP Climate Change  estimula a
zações de todo o planeta, a defe- abordagem ampla e multissetorial gestão responsável de emissões
sa de valores fundamentais nas para a erradicação da pobreza e da de carbono e de aspectos como
áreas de meio ambiente, direitos fome, o respeito aos direitos huma- mudanças climáticas, estratégia,
humanos e do trabalho e comba- nos e a promoção do bem-estar riscos e oportunidades. O CDP é
te à corrupção. Além disso, desde humano, entre outros assuntos. uma organização internacional
2013 compomos o Global Compact com base no Reino Unido, que tra-
100 Stock Index, que reconhece Pacto Empresarial pela Integri- balha em prol da transparência
empresas comprometidas com dade e Contra a Corrupção com- de corporações a respeito de suas
a incorporação dos princípios ao promisso em favor da ética nos emissões de gases de efeito estufa.
modelo de negócios. negócios em sintonia com nossos
valores e com as práticas adota- CDP Water aborda a gestão de
Pacto pelo Esporte  em 2016, tor- das pela BRF nas relações com seus recursos hídricos nas organizações
namo-nos signatários da iniciati- parceiros e stakeholders. e em suas cadeias produtivas.
va voluntária, inédita no mundo,
que define regras e mecanismos Instituto Pacto Nacional pela Empresas pelo Clima apoia a
nas relações de investidores com Erradicação do Trabalho Escra- construção da economia de baixo
entidades esportivas, abarcan- vo (Inpacto) compromisso de carbono no Brasil, discutindo cole-
do preocupações relacionadas ao ação para erradicação do traba- tivamente soluções práticas e con-
cumprimento das disposições da lho escravo nas cadeias produti- tribuições ao marco legal no País.
Lei Anticorrupção Brasileira (n.º vas brasileiras.

+ de
12.846/2013).
Programa Na Mão Certa apoia

500
o combate eficaz à exploração
sexual de crianças e adolescentes
nas rodovias brasileiras.

Programa Brasileiro GHG Proto-


Gestão da col  favorece a transparência das milhões de euros foram cap-
sustentabilidade GRI G4-2 empresas na divulgação e ges- tados pela BRF na primeira
tão de sua pegada de carbono. A emissão de green bonds por uma
Desde 2011, a BRF vem trabalhan- engajar nossa liderança e diferen- Trabalhamos para BRF adota o GHG para cálculo e empresa brasileira; recursos
do com pilares de sustentabilida- tes áreas em torno de aspectos de engajar nossa liderança serão aplicados em projetos de
de, conectados aos assuntos críti- sustentabilidade que permeiam a e as diferentes áreas em sustentabilidade.
cos do negócio. Em um processo nossa visão de futuro. torno de uma cultura de
natural de evolução, esses pilares sustentabilidade, que O olhar do mercado: como a
foram incorporados transversal- Nossos indicadores e metas permeie a visão de futuro. sustentabilidade gera valor na BRF
mente à estratégia, vinculando-se socioambientais são acompanha-
à visão de futuro da Companhia e dos pela área de Sustentabilidade Nossos esforços em incorporar a sustentabilidade à gestão têm
às nossas principais competências – que mantém o Comitê de Finan- sido reconhecidos pelo mercado de capitais. Há 11 anos, compomos
(veja o arco de prioridades na p. 49). ças, Governança e Sustentabilida- o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa,
Essas diretrizes viabilizam o alcan- de como instância para tomada de carteira diferenciada da bolsa brasileira que busca criar um ambiente
nossa estratégia

nossa estratégia
ce de nossa ambição e nossa visão decisões e alinhamento com a lide- de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento
de promover o ganho mútuo com rança. Em linha com o propósito de sustentável da sociedade.
toda a nossa rede de stakeholders crescimento, nossos executivos são Além disso, pelo quarto ano consecutivo integramos a carteira
e relacionamentos. responsáveis diretos pela gestão de mercados emergentes do Dow Jones Sustainability Index (DJSI),
de impactos e temas econômicos, lançado em 1999 e que hoje é referência internacional para investi-
Ano a ano, a BRF amadurece na ambientais e sociais, com reuniões dores interessados em empresas que prezam pelas melhores práticas
incorporação de critérios socioam- periódicas para acompanhamento em eixos como capital humano, eficiência ambiental, governança e
bientais à estratégia de negócios. da performance e dos resultados. transparência.
Trabalhamos com quatro macrote- GRI G4-35, G4-36, G4-42, G4-45 Outro marco em 2015 foi a primeira emissão de green bonds por
mas na cadeia de valor, de forma uma empresa brasileira. Com isso, captamos, entre investidores eu-
transversal: ecoeficiência, fornece- ropeus, mais de 500 milhões de euros em recursos para aplicação nos
dores/integrados, bem-estar ani- próximos sete anos em projetos com comprovada redução de impac-
mal e desenvolvimento humano. to ambiental negativo (leia mais nas p. 59 e 117).
46 Também temos trabalhado para 47
Engajamento
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


e materialidade

A BRF mantém, desde 2009, um Dentro desses temas, identifi-


ciclo contínuo de consultas e camos aspectos prioritários, em
ações de engajamento com seus conexão com a metodologia e
principais públicos de relaciona- a base de conteúdos definida
mento internos e externos – cola- pela Global Reporting Initiative Temas Extensão
boradores, alta liderança, clientes, (GRI), na versão G4 de suas dire- materiais dos Aspectos
fornecedores, especialistas, insti- trizes de relato. Essa validação revisados impactos* GRI G4
tuições financeiras e comunida- permitiu uma atualização da lis- ARCO DE GRI G4-19, G4-27 GRI G4-20, G4-21
des, entre outros. A ideia é combi- ta de temas materiais, que resul- PRIORIDADES
nar o olhar interno da Companhia tou, por sua vez, na redefinição
à ótica dos stakeholders impacta- do escopo de indicadores apre-
dos por nós sobre quais aspectos sentados neste relatório (veja
devem ser priorizados na gestão ilustração), em linha com os aspec-

1
e, consequentemente, devem nor- tos GRI.
Governança, Sociedade • Governança
tear este relato. GRI G4-24, G4-25 transparência e Poder público • Ética e integridade
Em comparação com a última sustentabilidade Colaboradores • Desempenho econômico
Consumidores • Combate à corrupção
Em 2015, demos continuidade materialidade, houve mudanças
Fornecedores de grãos • Políticas públicas
a esse movimento, por meio de na cobertura de alguns aspectos Produtores integrados • Concorrência desleal
uma revisão estratégica dos nos- associados aos temas; por exem- Fornecedores logísticos • Conformidade
•M ecanismos de queixas e reclama-
sos temas mais relevantes, a fim plo, os aspectos de diversidade
ções relacionadas a meio ambiente,
de conferir maior sinergia com (LA) e trabalho infantil e escravo práticas trabalhistas, direitos huma-
o desenvolvimento do plano de (HR) não foram mais considerados nos e sociedade
negócios da empresa. Para isso, como de alta relevância, enquan-

2
realizamos consulta às Vice-Pre- to aspectos de ética e integridade Cadeia de Sociedade • Perfil organizacional
fornecedores Colaboradores •A valiação de fornecedores em impac-
sidências, Diretorias e Gerências ganharam força na avaliação da Clientes tos relacionados a meio ambiente,
da BRF, responsáveis por avaliar a liderança. GRI G4-27 Fornecedores de grãos práticas trabalhistas, direitos huma-
Produtores integrados nos e sociedade
relevância e os impactos especí-
Fornecedores logísticos • Práticas de compras + sourcing
ficos dentro de sete macrotemas,
mapeados pela Companhia na

3
última revisão da materialidade: Qualidade e Consumidores • Saúde e segurança do cliente
Governança, transparência e sus- segurança dos Colaboradores • Rotulagem de produtos e serviços
alimentos Clientes • Alimentos saudáveis e acessíveis
tentabilidade; Cadeia de fornece-
Fornecedores de grãos
dores; Bem-estar animal; Comu- Produtores integrados
nidades locais; Responsabilidade Fornecedores logísticos
pelo produto; Práticas trabalhistas;
e Gestão ambiental. GRI G4-26, G4-48

4
Bem-estar Produtores integrados • Bem-estar animal
animal Poder público

5
Ecoeficiência nas Produtores integrados • Energia
operações Fornecedores logísticos • Água
nossa estratégia

nossa estratégia
Fornecedores de grãos • Emissões

Realizamos, em 2015,
Colaboradores • Efluentes e resíduos
Sociedade • Produtos e serviços

uma revisão estratégica


• Transportes

6
Comunidades Colaboradores

dos nossos temas mais


• Impactos econômicos indiretos
Produtores integrados • Comunidades locais
Fornecedores logísticos

relevantes, para conferir


Fornecedores de grãos
Clientes
Sociedade

maior sinergia com o


7
Práticas Colaboradores • Perfil organizacional

desenvolvimento do plano
trabalhistas Produtores integrados • Emprego
Fornecedores logísticos • Saúde e segurança no trabalho
Sociedade • Treinamento e educação

48 de negócios da BRF. * A extensão dos impactos indica os principais públicos, dentro e fora das operações da organização, em relação aos quais
49
os temas materiais são mais críticos.
Riscos e Nossos riscos
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


oportunidades futuras
Financeiro Nossa resposta: pela extensão e Companhia possui ainda o Centro
A BRF está ciente dos riscos e opor- Nossa política de gestão de riscos de Administração, pelos Comitês Qual o risco? impactos de transa- complexidade de sua cadeia pro- de Controle Operacional, desde
tunidades que podem influenciar, é revisada no mínimo a cada dois de Assessoramento e pela Direto- ções, contextos cambiais e nego- dutiva, a BRF mantém uma série 2014 implantado em Curitiba (PR),
positiva e negativamente, sua anos, acompanhada pelo  Comitê ria Executiva, aos quais cabe a aná- ciações prejudiciais à saúde finan- de ações e diretrizes, entre elas que permite a administração inte-
capacidade de geração de valor. de Finanças, Governança e Sus- lise crítica e a validação dos riscos ceira da Companhia. a Norma Corporativa de Proces- grada das operações logísticas.
Com uma área estruturada de tentabilidade do Conselho  e vali- identificados e tratados pela Com- so de Aquisição, a avaliação Pro- Complementando essas ações,
gestão de riscos e uma estratégia dada pelo Conselho de Adminis- panhia. GRI G4-2, G4-46 Nossa resposta: possuímos uma babilidade de Inadimplência (Pri- há seguros contra danos e ocor-
que considera as diferentes variá- tração. GRI G4-45, G4-46, G4-47 Política de Gestão de Risco Finan- nad) – realizada pelo Serasa – e a rências envolvendo nossos prin-
veis que podem afetar os negó- Por exemplo, a Companhia desen- ceiro, revisada em 2015, cujo elaboração e atualização do Stra- cipais ativos, como instalações e
cios, temos o compromisso de res- As áreas de Gestão de Riscos, Com- volve uma estratégia de avaliação acompanhamento é realizado por tegic Sourcing – ferramenta utili- mercadorias. GRI G4-14
ponder com agilidade aos fatores pliance, Controles Internos e Audi- de riscos ambientais, que incorpo- um comitê executivo de mesmo zada por suprimentos para anali-
externos e garantir a perenida- toria Interna  apoiam  as equipes ra indicadores específicos, como nome. Ela, em conjunto com seus sar o mercado, a categoria (análise Controle sanitário
de do negócio, em diálogo com da BRF na identificação, valoração, consumo de energia elétrica, documentos estratégicos, define voltada ao ambiente interno para Qual o risco? não conformida-
nossos acionistas, investidores e comunicação e tratamento dos ris- água, combustíveis, tratamento limites de exposição aos principais entender consumo, utilização) e des legais ou embargos interna-
demais stakeholders. cos. Temos um modelo que permite de efluentes, resíduos e emissões riscos da Companhia, como cam- as estratégias de sourcing e nego- cionais relacionados a falhas nos
a gestão compartilhada pelas dife- de GEE. Para diminuir a sua depen- bial e commodities, bem como ciação, assim como o risco de for- processos produtivos.
rentes divisões e áreas da empresa. dência e evitar o comprometimen- permitem o veto de propostas necimento de cada fornecedor
Também estamos em conformida- to do processo por causa da escas- consideradas inadequadas e a envolvido na cadeia. Essas práticas Nossa resposta: mitigamos esse
de com a Lei Sarbanes-Oxley (SOx). sez da água e/ou energia, por definição de padrões para transa- se refletem no Programa de Moni- risco adotando princípios de qua-
GRI G4-45, G4-46, G4-47 exemplo, define metas de redução ções e operações. toramento da Cadeia de Fornece- lidade nas fábricas, na cadeia pro-
do consumo de recursos naturais. dores (leia mais na p. 112). dutiva e no processo de distribui-
Revisitamos anualmente nossa Energia elétrica ção. Nas unidades de abate, por
matriz de riscos, considerando os Qual o risco? preço e disponibili- Operacionais exemplo, há práticas para aten-
assuntos críticos do setor, as geo- dade, que dependem de fatores Qual o risco? sinistros patrimo- der e, também, superar as legis-
grafias que atendemos mundial- externos, como demanda e oferta. niais e ocorrências que afetem a lações sanitárias dos mercados e
mente e o ambiente econômico, produtividade e a continuidade da evitar eventuais embargos.
regulatório e social. As atividades Nossa resposta: a gestão de ris- operação – como escassez e custo
são acompanhadas pelo Conselho cos relacionada à energia elé- de mão de obra, malha logística, Compliance
Compromisso em trica é conduzida por meio do fábricas etc. Qual o risco? ocorrências e pro-
responder com agilidade monitoramento constante das blemas relacionados ao não cum-
aos fatores externos e condições políticas regulatórias Nossa resposta: o Programa de primento de regulamentos, nor-
garantir a perenidade e climáticas que podem interfe- Segurança, Saúde e Meio Ambien- mas e legislação aplicável ao
do negócio. rir no custo e disponibilidade de te (SSMA), existente desde 2008, setor ou à indústria/setor priva-
energia elétrica, considerando engloba o desenvolvimento de do como um todo.
que a matriz energética brasilei- cultura aderente à mitigação dos
ra é predominantemente basea- riscos e à preservação da vida, Nossa resposta: mantemos um
da em fontes hídricas. A estraté- tendo como um de seus pilares sistema de controles internos
gia de mitigação dos riscos passa o Programa de Gestão de Risco e um programa de compliance
pela redução do consumo, aqui- Operacional (PGR) desde 2010. A com o objetivo de assegurar o
sição de energia elétrica no mer-
cado livre avaliada por meio de
modelagens matemáticas, con-
siderando cenários climáticos
nossa estratégia

nossa estratégia
futuros de curto e médio prazo.

Nosso modelo de gestão de


A BRF prioriza fontes renováveis
de energia, seguindo também os

riscos permite o controle


compromissos assumidos pela
empresa em relação a mudanças

das externalidades do
climáticas. GRI EC2

negócio, contemplando
Cadeia de fornecedores
Qual o risco? não conformidades

variáveis financeiras
socioambientais, falhas no pro-
cesso de suprimentos e problemas

e socioambientais.
relacionados à qualidade de servi-
ços e matérias-primas.
50 51
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Nossa política de gestão de
riscos é revisada, no mínimo,
a cada dois anos.

cumprimento dos requisitos da medidas preventivas para elimi- aos negócios, como milho, fare- internacional, permitindo não Jurídico/tributário usinas hidrelétricas, reduzindo o
legislação brasileira e internacio- nar perigos biológicos, físicos e lo de soja, soja em grãos e suínos, apenas o abastecimento global Qual o risco? exposição a sanções volume dos reservatórios e a pro-
nal aplicável, a fim de mitigar ris- químicos. Fornecedores possuem além de condições de mercado de suas unidades, mas também a por não conformidade. dução de energia, podendo ocasio-
cos de não compliance. Em 2015, cláusulas específicas de garantia internas e externas, doenças, san- captura de oportunidades na oti- nar racionamentos, aumento do
modernizamos o canal de denún- de qualidade em seus contratos, ções e embargos que possam afe- mização de custos de frete, na efi- Nossa resposta: aspectos regu- custo operacional e, em situações
cias, que passou a se chamar Canal assegurando uma produção ras- tar o abastecimento. GRI G4-EC2 ciência da produção e no uso inte- latórios e legais são monitorados críticas, riscos de apagão; (iii) redu-
de Transparência BRF, visando treada até o nível de cuidados e ligente dos recursos disponíveis. nos diferentes mercados, a fim de ção e/ou perdas de vazão dos poços
estimular ainda mais o diálogo práticas agropecuárias (ração e Nossa resposta: os riscos de vola- reduzir o risco e trazer mais segu- artesianos, em função da escassez
aberto e a transparência nas rela- medicamentos fornecidos, por tilidade dos preços das commodi- Imagem e reputação rança e previsibilidade à operação. hídrica; (iv) e uso de novos com-
ções com a empresa, com o merca- exemplo). Adicionalmente, inves- ties também são contemplados Qual o risco? situações e inci- bustíveis renováveis para queima
nossa estratégia

nossa estratégia
do e com a sociedade. timos em equipamentos de ponta, pela Política de Gestão de Risco dentes podem afetar a imagem Ambientais em caldeira ainda não contem-
como detectores de metais e equi- Financeiro, como descrito ante- da Companhia e sua reputação Qual o risco? os riscos ambientais plados na legislação do País. Estes
Segurança dos alimentos pamentos de raios X, para redução riormente. Não obstante, a ges- em aspectos como governança impactam toda a cadeia, desde a temas são estudados e discutidos
Qual o risco? ocorrências e pro- de contaminações físicas; na cer- tão de commodities é integrada corporativa, confiança, ética e produção de grãos até as unidades junto com os órgãos competentes,
blemas relacionados à qualidade tificação de locais de produção; e não apenas para proteger a Com- transparência. produtivas, incluindo acidentes formuladores e reguladores de
e ao impacto de nossos produtos em compras alinhadas a padrões panhia de pressão de custos, mas ambientais que podem ocasionar políticas e regulamentações (leia
na saúde de consumidores. internacionais. também para permitir o adequa- Nossa resposta: mantemos uma danos ao meio ambiente, mul- mais na p. 118).
do abastecimento e a qualida- política de risco e reputação e tas e sanções, bem como danos à
Nossa resposta: nosso sistema Commodities de dos insumos. Para isso, possui uma política de marketing respon- imagem da empresa. Os principais Nossa resposta: projeto para
de qualidade possui programas Qual o risco? volatilidade e sazona- time dedicado para acompanhar sável que suportam todos os seg- impactos são: (i) escassez de água levantamento do risco hídrico nas
específicos para a segurança dos lidade de determinados insumos as principais variáveis que impac- mentos de negócios. Além disso, no corpo receptor, tendo como plantas, avaliando tanto fatores
alimentos, como Boas Práticas de e matérias-primas são exemplos tam o mercado de commodities, nossos padrões comerciais abran- resultado a limitação do uso para internos quanto externos que cau-
Fabricação e Análise de Perigos e dos riscos monitorados, conside- como clima, produções mundiais, gem as relações de mercado, no fins industriais; (ii) escassez de sam impactos ao nosso negócio.
52 Pontos Críticos de Controle, com rando alguns que são essenciais estoques reguladores e comércio Brasil e no mundo. água que ocorre nas regiões das Projetos cada vez mais eficientes 53
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


 GRI G4-2
para a redução de consumo de fatores. No mapeamento de ris- Em nossa visão de negócios, consideramos as oportunidades e as
recursos naturais nas atividades cos climáticos, também foram tendências específicas da indústria de alimentos – o que, no Brasil
da BRF. Controles e monitoramen- considerados o aspecto regulató- e no mundo, se provará crucial para o enfrentamento dos desafios

De olho no futuro
tos ambientais cada vez mais rigo- rio, monitorando as tendências de relacionados ao crescimento populacional, além de ter de lidar com
rosos, em todos os aspectos que alteração nas legislações de licen- riscos específicos associados a fatores regulatórios e socioambientais.
possam gerar impactos ambien- ciamento que incorporam a ges-
tais (efluentes, resíduos, capta- tão de emissões de GEE no cenário O risco: recursos hídricos
ção de água, emissões atmosféri- nacional e internacional; e o aspec- Levantamento do Programa das Nações Unidas para Agricultura e
cas, odor, ruído etc.), trabalhando to reputacional, visto que merca- Alimentação (FAO) aponta que, nas próximas duas décadas, o aumen-
proativamente para evitar que dos de países desenvolvidos são to da demanda por água em escala mundial será de 50%. Com isso,
ocorram acidentes ambientais. Se mais exigentes em relação a aspec- estima-se que, até 2025, 1,8 bilhão de pessoas vivam em países ou
mesmo assim o acidente aconte- tos ambientais do produto, princi- regiões com escassez absoluta de água, e dois terços da população
cer, temos uma forma para relato palmente emissões. mundial podem estar em geografias marcadas pelo estresse hídrico.
e tratativas imediatas, para que a Até 2050, a demanda por água disparará 55%, segundo o órgão da
abrangência e os impactos desse Nossa resposta: entre as ações ONU – inclusive em regiões como norte da África e Oriente Médio,
acidente sejam reduzidos. para minimizar os riscos mapea- onde estão mercados-chave da BRF.
dos e garantir competitividade
Mudanças climáticas nos custos estão o acompanha- Matéria-prima essencial para os nossos negócios, a água está presen-
Qual o risco? alterações extremas mento dos estoques na compra te desde a produção de grãos e insumos até a cadeia agropecuária,
na temperatura e na precipitação, de grãos e o monitoramento cons- passando pelos processos fabris. Por isso, estamos cientes de que
que influenciam produtividade tante do clima nas regiões agríco- seu uso na indústria pode influenciar a disponibilidade do recurso no
agrícola, bem-estar animal e dispo- las, para direcionar a tomada de meio ambiente; além disso, sua escassez ou falta absoluta representa
nibilidade de energia – pois hidrelé- decisão de compras e antecipar um risco crítico para as atividades industriais da Companhia.
tricas predominam na matriz elé- oscilações de preços no mercado
trica brasileira. Essas alterações de commodities; o desenvolvi- Para mitigar tais riscos, iniciamos em 2015 o desenvolvimento de
podem impactar diretamente os mento de projetos de eficiência uma metodologia de avaliação de risco hídrico nos locais onde
custos da Companhia, por vários energética; e a inovação tecnoló- possuímos operações, a fim de entender os impactos específicos da
gica nas instalações agropecuá- empresa e outros atores nas regiões e, assim, diminuir a exposição a
rias, a fim de melhorar a ambiên- riscos de abastecimento local. Em 2015, a metodologia foi aplicada
cia e climatização e garantir o de forma piloto em cinco unidades da Companhia (leia mais na p. 119).
bem-estar animal. GRI G4-EC2
A oportunidade: demanda por alimentos
Segundo dados do FAO, em 2030 a população mundial atingirá o pata-
mar de 8,3 bilhões de pessoas. Até 2025, a demanda por alimentação
terá 1 bilhão a mais de pessoas. Como consequência, o aumento da
demanda por alimentos até 2050 será da ordem de 70%.

Tais dados demonstram que, por envolver a produção e a exportação


de carnes e alimentos processados e congelados, nosso negócio possui
viés estratégico, com uma demanda crescente e capacidade de suprir a
demanda de regiões carentes em produção de proteína animal, como
Oriente Médio e África – não por acaso, mercados nos quais estamos
presentes e aos quais temos levado estratégias de produção e distribui-
ção mais eficientes. Nossas estratégias de internacionalização, reforço
global da marca Sadia, adequação ao consumidor final e atuação sus-
nossa estratégia

nossa estratégia
tentável são reflexos da adaptação do negócio a tais tendências.

Exemplos de como
tendências futuras do
consumo e questões
ambientais globais podem
influenciar nossa estratégia.
54 55
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


resultados
resultados

Em 2015, a estratégia de
expansão global rendeu
bons frutos à Companhia,
incluindo avanços
em cultura, solidez
financeira, gestão da
56 cadeia e inovação. 57
Capital
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Oferta pública

financeiro e A BRF fez uma emissão bem-suce-

construído
dida de Certificados de Recebíveis
do Agronegócio (CRA), realizada
em setembro, decorrentes das
exportações contratadas com a
Os resultados operacionais no de classificação de risco global BRF Global GmbH em favor da
Brasil e nos mercados internacio- corporativo da BRF (veja quadro). Octante Securitizadora S.A. A
nais, com elevado nível de gera- Essa avaliação positiva das agên- oferta pública alcançou o valor
ção de caixa e baixo endivida- cias reforça a capacidade e a fle- de R$ 1 bilhão, o maior no seg-
mento, continuam fortalecendo xibilidade financeira da Compa- mento, sendo atribuído o rating
a solidez financeira da BRF, razão nhia para suportar nosso plano brAAA pela Standard & Poor’s. Os
que permitiu a três das principais de expansão internacional. CRAs terão remuneração equiva-
agências de rating elevar a nota lente a 96,9% da Taxa DI sobre
um período de nove meses.

FINANÇAS SUSTENTÁVEIS
A BRF vem buscando aumentar a transparência e melhorar seus resultados no que con-
cerne ao desenvolvimento sustentável, visto que esse é um dos nossos pilares estraté-
gicos. Nesse sentindo, em junho de 2015, fomos a primeira empresa da América do Sul a
Internacionalização emitir, no exterior, 500 milhões de euros de Senior Notes (green bonds).
estratégia está Com vencimento em 3/6/2022, com cupom ( juros) de 2,75% ao ano, teremos sete
apoiada em marca, anos para investir nos projetos de comprovada redução de impacto ambiental. Nesse
capacidade de distribuição período, a abordagem da BRF para monitorar, auditar e relatar o uso desses recursos
e produção. também assegurará aos investidores que são devidamente geridos. A Companhia terá
uma revisão de conformidade anual, para assegurar que o projeto selecionado está em
conformidade com os critérios de elegibilidade do título. Com a operação, a Companhia
obteve as menores taxas já obtidas por uma empresa brasileira no mercado europeu,
A BRF intensificou, nos últimos Para alinhar nossa prestação de ficando, inclusive, abaixo dos títulos do Tesouro brasileiro.
dois anos, o processo de interna- contas às diretrizes do Internatio- Os recursos obtidos com essa oferta serão usados para financiar projetos sustentáveis
cionalização, com a formação de nal Integrated Reporting Council nas áreas de eficiência energética, redução da emissão de gases de efeito estufa, energia
joint ventures, a abertura de escri- (IIRC), dividimos nossos capítulos renovável, gestão de uso da água, gestão de resíduos, uso de embalagens sustentáveis
tórios comerciais e as aquisições seguindo a sua orientação de capi- e eficientes, gestão sustentável de áreas florestais e redução do uso de matéria-prima
de fábricas, marcas e distribui- tais geradores de valor. O objetivo é (leia mais na p. 117).
dores. No total, foram 11 grandes buscar a conexão das informações Essa captação concederá visibilidade ao compromisso que a BRF já tinha com
movimentos de joint ventures e financeiras e não financeiras, mos- projetos de desenvolvimento sustentável, além de permitir uma melhora no perfil de
aquisições, sendo cinco no Orien- trando a ligação entre os diferentes endividamento da Companhia.
te Médio (Emirados Árabes Uni- resultados da Companhia em 2015,
dos, Omã, Kuwait, Qatar), dois na tendo os capitais como protagonis-
Ásia (Cingapura e Tailândia), dois tas, que geram valor e são orienta-
na Europa (Reino Unido) e dois na dos para o consumidor final. Neste
América Latina (Argentina). Essa capítulo, trataremos de cinco capi-
estratégia, apoiada em três pila- tais: Financeiro e Construído, Inte-
res – marca, capacidade de distri- lectual, Humano, Social e Natural. Mercados No Brasil, o cenário econômico em
resultados

resultados
buição e produção –, nos permi- A expansão internacional da BRF 2015 foi desafiador, com o aumen-

3
tiu encerrar 2015 com resultados impulsionou os resultados da Com- to da taxa de juros e com a infla-

2016
positivos, como se pode constatar panhia, mantendo um ritmo de ção e o desemprego em alta, afe-
ao longo deste capítulo. crescimento robusto e sustentá- tando negativamente o ambiente
Continuaremos expandindo a vel. A fábrica de Abu Dhabi, exem- de negócios, que, por sua vez, cau-

pilares
operação, em sintonia com nossa plo dessa nova fase, vem superan- sou também uma desaceleração
ambição de ser uma empresa de do todas as metas, solidificando no consumo, com uma pressão
apoiam a nossa estratégia: alimentos global, focada na mar- a nossa presença e imagem no mais forte em volumes e preços
marca, capacidade de ca e orientada ao consumidor. Oriente Médio (leia mais na p. 63). ao longo do ano. Contudo, a BRF
58 distribuição e produção. 59
1,7 MI
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


foi capaz de aumentar em 4% sua sua venda para a Lactalis. O valor quatro anos. As exportações cres- pelo aumento de todos os grupos
receita líquida no período no País da transação foi de aproximada- ceram 10% em quantidade em de produtos e serviços que com-
(leia mais na p. 62). mente R$ 2,1 bilhões e está em 2015, mas a redução de 22% nos põem a inflação oficial, principal-
linha com a estratégia de foco no preços internacionais mitigou o mente pela elevação na conta de
Com o retorno da marca Perdigão core business da empresa. ganho obtido com a alta das quan- luz e no preço dos combustíveis. foi o total de cabeças de aves
em categorias relevantes, passa- tidades exportadas. As exporta- Para 2016, as projeções dos eco- abatidas em 2015.
mos a contar com um portfólio Para 2016, continuaremos inves- ções das três categorias de pro- nomistas da Focus apontam um

9,5
mais completo, o que permite o tindo na estratégia Go to Market dutos registraram retração em índice inflacionário de 6,87%.

mil
fortalecimento e a diferenciação (“ir ao mercado”, em português), 2015, no comparativo com 2014:
da nossa estratégia de posiciona- no nosso portfólio de marcas e em básicos (-19,5%), incluindo a que- Operação
mento das principais marcas. nossos colaboradores, aprofun- da na receita de carnes de frango O abate de aves cresceu 3,7% em
daremos o modelo de crescimen- e suína; manufaturados (-8,2%); e 2015 em relação ao ano anterior,
Nesse contexto, a Sadia ganha to sustentável e difundiremos as semimanufaturados (-7,9%). enquanto o abate de suínos cres- foi o total de cabeças de suínos/
espaço para inaugurar um seg- nossas práticas além-fronteiras ceu 0,8% na comparação com bovinos abatidos em 2015.
mento mais premium no mercado para todos os parceiros e comu- Em relação ao Produto Interno o mesmo período. Entretanto, o
de alimentos processados, contan- nidades. Outros focos da geração Bruto (PIB), a economia conti- abate de bovinos apresentou que-
do com uma qualidade superior e de valor são o aumento do ROIC, a nuou em desaceleração em 2015, da de 56,2% em 2015, em função
atributos de inovação e moder- qualidade dos produtos e proces- com previsão de 3,40% de retra- da transferência das plantas de

A produção de carnes, outros


nidade. Já a Perdigão focará em sos internos e a orientação para o ção, puxada pela forte redução abate de bovinos da BRF para a
categorias de acesso dentro do consumidor. dos investimentos, da indústria e Minerva, realizada em outubro

produtos processados e
universo das proteínas, com atri- dos serviços. Segundo a Pesquisa de 2014.
butos de uma marca “família” e Cenário 2015 Focus, realizada pelo Banco Cen-

rações registrou pequeno


que “agrada a todos” e com a pos- Com a economia brasileira em tral junto a instituições financei- O volume de alimentos produzi-
sibilidade de oferecer uma smart recessão e a cotação do dólar ras e divulgada em janeiro, a esti- dos (considerando somente aves

crescimento em 2015.
choice ao consumidor que busca em alta, as importações caíram mativa é de que em 2016 a queda e suínos) subiu 2% em 2015, em
o padrão de qualidade BRF a um 24,3% em 2015. Com isso, o supe- do PIB fique em 2,8%. Já a inflação comparação a 2014, totalizando
preço mais acessível. rávit – exportações menos com- fechou 2015 em 10,67%, medida 3.714 mil toneladas.
pras do exterior – da balança pelo Índice Nacional de Preços ao
Em relação à divisão de lácteos, comercial brasileira ficou em US$ Consumidor Amplo (IPCA), uma
em junho de 2015 concluímos a 19,6 bilhões, o maior valor em significativa alta influenciada

Abates – consolidado GRI G4-FP9 Produção (mil t) GRI G4-FP9


Agência Rating 2014 2015
Fitch BBB- BBB
Standard & Poors BBB- BBB 0,7%
-1,1%
Moody’s Baa3 Baa2

9.621 9.511 10.360 10.437

A expansão internacional
impulsionou os resultados
1%

3,7%

da BRF em 2015, mantendo 3.825 3.864


um ritmo de crescimento 1.664 1.724 2,4%

robusto e sustentável.
resultados

resultados
482 494

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

  Abate de aves (milhões de cab.)   Carnes


  Abate de suínos/bovinos (mil cab.)    Outros produtos processados
  variação   Rações e concentrados
60   variação 61
Brasil
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Vendas – Brasil
  R$ milhões Mil toneladas Preço médio – R$
O volume dos produtos vendidos custos por causa do impacto para o crescimento no mercado,
2015 2014 Var. % 2015 2014 Var. % 2015 2014 Var. %
no Brasil totalizou 2,4 milhões do câmbio, que prejudicaram a permanecem prioritárias para
In natura 3.027 3.086 (1,9) 499 491 1,6 6,06 6,28 (3,5)
de toneladas, 3% abaixo de 2014, expansão de margem bruta, e da a BRF, visando à recuperação da
reflexo da alienação da divisão de elevação das despesas operacio- margem operacional da região Aves 2.293 2.045 12,2 401 364 10,2 5,72 5,62 1,8
bovinos. Em 2015, o volume de pro- nais, reflexo dos maiores inves- Brasil. Ajuste de preços e novos Suínos 697 702 (0,8) 96 98 (1,7) 7,23 7,16 0,9
cessados cresceu 4% na compara- timentos em marketing, trade produtos serão os grandes drivers Bovinos 34 339 (90,0) 2 29 (93,6) 17,96 11,53 55,8
ção com o ano anterior. marketing e na estratégia Go to de crescimento de rentabilidade
Outros 3 0 – 0 0 175,2 20,06 -1,66 –
Market. Além disso, os resultados no ano de 2016.
A receita operacional líquida da região Brasil sofreram o impac- Processados 12.228 11.384 7,4 1.713 1.644 4,2 7,14 6,93 3,1
(ROL) Brasil somou R$ 16 bilhões, to negativo de outros resultados A Companhia permanece con- Vendas diversas 783 955 (18,0) 182 339 (46,2) 4,29 2,82 52,4
4% acima de 2014, resultado operacionais e de equivalência fiante em sua estratégia e em sua Total s/vendas
15.255 14.470 5,4 2.212 2.135 3,6 6,90 6,78 1,7
decorrente, principalmente, do patrimonial, que teve influên- capacidade de retomar a trajetó- diversas
incremento de 7% na receita de cia dos resultados de Minerva, ria de crescimento do Brasil por Total 16.038 15.424 4,0 2.395 2.474 (3,2) 6,70 6,23 7,4
processados. empresa sobre a qual a BRF tem meio de um maior esforço interno
participação acionária de 15,1%. para a redução do custo de servir;
O EBIT Brasil totalizou R$ 1,6 de uma estrutura comercial mais

Food
bilhão em 2015, com queda de Diante desse contexto econômico robusta, focada regionalmente e BRF Internacional
19% na comparação com o ano mais desafiador, a implantação de com melhor execução; e do for-

Services
anterior, registrando contração iniciativas com ênfase em exce- talecimento da liderança da BRF, As operações globais da BRF regis- Unido, na Argentina e na Tailân-
na margem EBIT de 2.9 p.p. em lência operacional, especialmen- pelo reposicionamento de suas traram resultados econômico- dia (leia mais na p. 42).
relação a 2014. Esse resultado te na gestão de custos, e na área principais marcas. Com a reorganização estrutural, -financeiros expressivos em 2015.
ocorreu em função dos maiores comercial, que serão alavancas a Companhia passou a reportar Ao mesmo tempo, conseguimos O resultado de todas as regiões
os resultados dessa divisão inte- avanços na cadeia de valor nos representou um ROL de R$ 16
grados aos das regionais (Brasil, mercados em que atuamos, intro- bilhões, 19% superior ao registra-
Oriente Médio/África, Ásia, Euro- duzindo produtos de maior valor do em 2014. As vendas nas regio-
Market share Vendas por canal – Brasil pa/Eurásia e América Latina). agregado, melhorando os preços nais fora do Brasil foram responsá-
(%) (% da receita operacional líquida – ROL) e com mais controle sobre o vare- veis por 50% da receita operacional
2015 – por categoria jo. Isso foi potencializado com líquida, aumento de 3%, refletindo
as recentes aquisições no Reino a nossa estratégia de nos posicio-
43,9 44,7
narmos localmente, por meio de
Varejo1 aquisições ou parcerias.
63,9 63,3 67,3

Food
9,4 9,7
Abu Dhabi: case de sucesso
Services2
No seu primeiro ano de operação, a fábrica de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, acu-
41,3 mula histórias de sucesso. Concebida a partir do know-how brasileiro, que estimulou
36,6 34,2 práticas relacionadas a segurança no ambiente de trabalho e diversidade, a planta, em
Autosserviço3 seu primeiro ano de funcionamento, não registrou acidentes e reuniu colaboradores de
29 nacionalidades. Outro fator de sucesso é ter matéria-prima de um fornecedor local, o
que nos dá outro patamar de conhecimento e aplicação da orientação para o mercado.
10,1 11,4
A ideia é usar essa planta como modelo para a expansão internacional, uma referência
Atacados4 em termos de integração da cadeia produtiva global.
Diante do sucesso dessa operação, decidimos antecipar a sua expansão, antes
prevista para 2020, aumentando a produção anual de 70 mil toneladas para 100 mil. A
capacidade de produção adicional visa atender tanto o aumento da procura nos merca-
dos atuais quanto os potenciais novos mercados. Iremos aumentar o número de linhas
resultados

resultados
  PRATOS PRONTOS    Canais de distribuição 2015  dos produtos na fábrica para atender de forma ágil e personalizada às demandas de
  EMBUTIDOS    Canais de distribuição 2014 cada mercado. Também é uma maneira de fazer dos Emirados Árabes um importante
  FRIOS  1.  Clientes menores no ramo varejista, como supermercados, açou- polo de exportação.
  Margarinas  gue, mercearia, padaria etc.
2.  Restaurantes, hotéis, pizzarias, cozinhas industriais, órgãos Em destaque:
Fonte: Nielsen. públicos etc.
3.  Contas de grandes clientes (key accounts), com abrangência • um ano à frente do plano de negócios;
nacional entre um e 50 checkouts, inclusive dos ramos atacadistas • atendendo um key account global;
conhecidos como “atacarejos”. • mais de 400 colaboradores de 29 nacionalidades;
4. Clientes distribuidores, pequenos atacadistas e representantes
• nenhum acidente desde a inauguração.
62 63
comerciais, que pertencem à diretoria Varejo Rota.
INTERNACIONAL
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


África
No Oriente médio,
EM 2015
Embora a região tenha enfrentado escassez de

passamos a controlar
dólares, em função do desequilíbrio em sua balan-
ça comercial, impactada pela queda do preço do

a distribuição
petróleo, diminuindo a sua habilidade de importar
os mais diversos produtos, entre eles a proteína ani-

em quase toda a
mal, conseguimos contornar esse problema dando
mais crédito aos nossos clientes e focando produtos

região do Golfo, o
com preços mais acessíveis, como salsichas e mor-
tadela. Assim, pudemos manter nossos resultados,
América Latina
que contribuiu
semelhantes aos alcançados em 2014, e o nosso
O ano de 2015 foi de importantes conquistas nessa e liderança de mercado. Isso significa que continua- market share. Na África, que não produz carnes, o

para fortalecer
região. Consolidamos esse mercado, com uma maior remos a investir mais na expansão de novas marcas; grande problema é com o food security (segurança
aproximação com o consumidor (modelo business to buscar a consolidação na Argentina; crescer no Chi- de ter alimentos). Esse é o modelo que vamos traba-

ainda mais a nossa


consumer – B2C), alinhada à nossa estratégia global. le, onde temos muitas oportunidades de inovação e lhar em curto e médio prazos, oferecendo produtos
Mais que a contribuição financeira para a BRF, a região lançamentos de produtos; ingressar no B2C no Peru acessíveis em termos de consumo e de preços, com

presença na região.
traz uma história de sucesso no processo de interna- (2015 foi o primeiro ano de vendas diretas); e forta- distribuição própria na região.
cionalização da Companhia, com aquisições impor- lecer nossa presença no México.
tantes, em particular, na Argentina. Além de adquirir
sete marcas da Molinos Río de la Plata, em novembro,
ingressamos fortemente no mercado argentino de Ásia
carne suína, por meio da Campo Austral (leia mais na Europa e Eurásia O recorde no desempenho econômico-financeiro da
p. 42). Quando a operação for concluída, a BRF ganha- A presença na Europa possibilita o acesso a vários Oriente Médio região é fruto de um trabalho realizado há um ano e
rá relevância nas categorias de presunto cozido, sala- mercados já desenvolvidos no consumo de proteí- Demos continuidade à estratégia de aquisições nessa meio, com a construção de parcerias de distribuição
me, mortadela e cortes suínos, o que nos permitirá nas, sendo fundamental no acompanhamento das região, adquirindo a distribuição de congelados da nos mercados-chave e o avanço com governos e com
inaugurar a cadeia integrada de suínos. principais tendências do mercado de alimentos e um Qatar National Import and Export. Assim, passamos clientes para servir o mercado consumidor.
importante centro de inovação. Dentro da Eurásia, o a controlar a distribuição em quase toda a região do
Outro importante destaque foi o avanço de nosso país mais representativo é a Rússia, onde temos forte Golfo, fortalecendo ainda mais a nossa presença na Em 2015, perseguimos o objetivo de transferir nos-
projeto de footprint fabril na Argentina. Investimos presença, com destaque para os mercados de suínos região, além de implantar um processo de eficiência, so modelo da venda de commodity para nos aproxi-
R$ 40 milhões para expandir nossa capacidade de (em 2015, atingimos mais de 2 mil pontos de venda) instalando um centro de serviço local. mar cada vez mais do consumidor. Melhoramos, por
produção em frangos, cold cuts (mortadela, presun- e lasanha (em seis meses, estamos com mais de 8% exemplo, nosso posicionamento no mercado japo-
tos, salsicha) e hambúrguer, principalmente de pro- de market share). Os investimentos em marcas, além do desenvolvimen- nês, aumentando a proximidade com os mercados.
dutos processados e de maior valor agregado (leia to e em presença de mercado realizados nos últimos
mais na p. 85). Após dois anos de reestruturação das Mantemos sete escritórios na Europa, possibilitan- dois anos, deram um resultado recorde histórico, em Na China, a diversificação foi geográfica e também de
seis plantas, a sua integração foi acelerada em 2015, do ter nosso pessoal na ponta, próximo aos consu- linha com o queremos ser: marca forte, distribuição canais, alcançando novas regiões e canais. No quesi-
com a padronização da produção, da qualidade dos midores. Também transferimos a matriz da Holanda controlada pela BRF e Go to market, bem como posi- to consumidor, temos experiência de construção do
produtos e do atendimento a clientes com neces- para a Áustria, como parte da estratégia de expansão cionamento local, gerando resultados estáveis e sus- consumo em três grandes regiões: Hong Kong, Guan-
sidades específicas. Vamos avançar e crescer nes- no modelo B2C em direção ao Leste Europeu. Nosso tentáveis. Atualmente, 50% da distribuição de nossos gzhou e Xangai.
se mercado, que também servirá de plataforma de potencial nessas regiões tende a aumentar, com duas produtos na região são próprios; 25% são terceiriza-
exportação global a serviço da BRF, um processo de importantes operações: constituímos uma joint ven- dos, mas com o nosso controle (preço de frete etc.); Também fortalecemos a presença no sudeste asiá-
internacionalização integrado. ture com a Invicta Food, para distribuição de alimen- e outros 25% são realizados no modelo tradicional. tico, reativando as vendas para países como Vietnã
tos processados nos mercados do Reino Unido, Irlanda e Filipinas. Além disso, conseguimos acesso a Myan-
Nos próximos três anos, nosso foco será em B2C na e Escandinávia; e adquirimos a distribuidora de ali- Conseguimos lançar muitos produtos em um tempo mar e habilitamos quatro plantas para exportar para
América Latina, em produtos com marca, inovação mentos Universal Meats, que atua no segmento de de desenvolvimento menor, entre dois e três meses a Malásia, cujo órgão de certificação Halal é conside-
food service, ambas do Reino Unido (leia mais na p. 42). – antes, levávamos um ano e meio. Em 2016, preten- rado o mais estrito do planeta.
demos colocar novos produtos nesse mercado, com
Decidimos trabalhar com embalagens apropriadas inovação incorporada, em linha com nossa estratégia Em linha com nossa estratégia de internacionalização,
para food service na Itália, na Espanha, na Grécia e de consumo de produtos mais saudáveis. formamos, em parceria com a Singapore Food Indus-
resultados

resultados
40mi
em Portugal, com a marca Sadia, além do varejo. Che- tries Pte. Ltd., a joint venture SATS BRF Food Pte. Ltd.,
gamos a mais de 1.500 toneladas em 2015. da qual detemos participação de 49%, o que possibili-
r$ Na Eurásia, entramos em três mercados do Leste
tou à Companhia ampliar a oferta de alimentos proces-
sados e semiprocessados, de alto valor agregado, ini-
Europeu: Hungria, República Tcheca e Romênia. Para cialmente para o mercado de Cingapura, fortalecendo
entrar nessas regiões, desenvolvemos portfólio de nossa presença de varejo. Somada a essa, adquirimos
foi o investimento para expandir, produtos industrializados para cada mercado, basea- a Golden Foods Siam (GFS), terceira maior exportadora
na América Latina, a capacidade de do em pesquisa com consumidores e inovação em pac- de alimentos à base de frango cozido e de valor agre-
produção em frangos, cold cuts e kaging (empanados). gado da Tailândia, como parte da nossa estratégia de
64 hambúrguer. expansão do footprint global (leia mais na p. 42). 65
O fortalecimento da presença da BRF nessas
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


regiões, com a introdução de produtos
de maior valor agregado, melhores
preços e mais controle sobre o varejo,
refletiu positivamente nos resultados.

EUROPA/EURÁSIA

R$
3,640 bi
receita líquida

R$
572 mi
EBIT (lucro operacional)
+3,54% a/a

353 mil ÁSIA

3,290 bi
toneladas em
volume de vendas R$
América Latina receita líquida
R$
2,132 bi
receita líquida
ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA R$
703 mi
R$
7,097 bi EBIT (lucro operacional)
R$
116 mi receita líquida
+28,67% a/a

464 mil
EBIT (lucro operacional)
+86,20% a/a R$
1,214 mi toneladas em

224 mil
EBIT (lucro operacional) volume de vendas
+285,9% a/a
toneladas em

1,080 mil
volume de vendas

toneladas em
volume de vendas
resultados

resultados
66 67
Vendas internacionais* (Receita Operacional Líquida – ROL) GRI G4-8
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Panorama mundial de frango
% da ROL Mil toneladas
22,0 Produção
25.823 25.696
19,7
17.966 18.365
13.080 13.480 13.025 13.100
10.600 10.845
3.900 4.200 3.550 3.650
10,7 11,3 10,6 10,2
Estados Brasil China União Índia Rússia Outros
6,6
5,9 Unidos Europeia

Exportação

3.740 3.880
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
2.990 3.221

  Europa e Eurásia    Oriente Médio e África (MEA)    América Latina (Latam)    ÁSIA 
1.150 1.190 1.036 1.092
*  Operações continuadas.
580 570 395 375 340 360

Vendas – Internacional
Brasil Estados União Tailândia China Turquia Outros
  R$ milhões Mil toneladas Preço médio – R$ Unidos Europeia
2015 2014 Var. % 2015 2014 Var. % 2015 2014 Var. %
In natura 12.225 10.395 17,6 1.717 1.821 (5,7) 7,12 5,71 0
Panorama mundial de suínos
Aves 10.556 8.544 23,5 1.543 1.613 -4,4 6,84 5,30 29,2
Mil toneladas – equivalentes a carcaça
Suínos 1.203 1.275 (5,6) 146 158 (7,6) 8,25 8,07 2,2 Produção
Bovinos 390 528 (26,1) 21 44 (51,3) 18,24 12,01 51,9
Outros 76 48 57,5 7 6 18,3 10,27 7,71 33,2 56.375 56.500

Processados 3.883 3.137 23,8 403 430 (6,3) 9,64 7,30 32,0
Vendas diversas 51 50 2,4 0 0 – 722,94 – –
23.000 22.900
Total 16.159 13.582 19,0 2.120 2.251 -5,8 7,62 6,03 26,3
11.158 11.314 12.394 12.483
3.451 3.510 2.630 2.780 2.450 2.475

16
China União Estados Brasil Rússia Vietnã Outros

R$ mi
Mercado mundial Europeia Unidos
Os gráficos apresentados a seguir
mostram o comportamento dos Exportação
preços e da produção mundial de
2.268 2.370 2.350 2.330
foi o total das vendas frango, suínos, milho e farelo de
internacionais. soja, bem como as exportações e
a variação cambial. Esses dados

19
1.210 1.210

%
influenciam a formação de preços
e custos de nossos produtos. 565 580
resultados

resultados
250 250 185 200 317 319

foi o crescimento das


vendas em 2015, em Estados União Canadá Brasil China Chile Outros
relação ao ano anterior. Unidos Europeia

Fonte: USDA/Jan. 2016.


 20151   20162
68 69
1.  Dados preliminares.
2.  Projeções.
Os preços médios de
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Preço dos grãos (Brasil) – milho
R$/saca (60 quilos)

exportação de frango e
Variação: 29,08%
Dez./15 x Dez./14 37,06

de suínos registraram
35,42
34,40 34,49

queda em 2015, com


32,72 32,64
32,00
30,43 29,53 29,36

variação de 11,86% e
28,43 29,03 28,58 28,94 28,71
28,05
27,46
26,65

38,18%, respectivamente.
27,69 24,98
26,63 24,56
24,10
23,09

JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Preço médio de exportação – frangos
Fonte: APINCO – Indicadores Econômicos.
US$/kg
Variação: (11,86%)
Dez./15 x Dez./14
Preço dos grãos (Brasil) – farelo de soja
1,13
1,12
R$/ton
1,08 1,05 Variação: 12,65%
1,06
1,03 1,04 Dez./15 x Dez./14 1.341,00
0,97 0,99 1.291,00
0,98 0,96 1.245,00
1.315,00
0,89
0,88
0,83 1.162,00 1.160,00 1.150,00 1.146,00
0,82 0,81 1.145,00 1.146,00 1.126,00
0,79 1.119,00 1.121,00
0,77 0,77 0,78 1.091,00 1.083,00
0,76 0,75 1.082,00
0,73 1.064,00
0,71 1.118,00 1.084,00
996,00
1.040,00 1.063,00
1.038,00
978,00

JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.

Fonte: APINCO – Indicadores Econômicos.


Preço médio de exportação – SUÍNOS
US$/kg
Variação: (38,18%)
Dez./15 x Dez./14 Variação cambial
R$/US$ 3,94 3,96
3,85 3,86
2,65
2,55 2,52 Variação: 49,43%
2,47 3,62
Dez./15 x Dez./14
2,28 2,26 2,26 3,42
2,12 2,05 3,19 3,17
1,95 2,03 3,10
1,93 3,01
2,13
2,84
1,60
2,68
1,48 1,48 1,44 1,45 2,65
1,36 1,40 1,37 1,42 1,40 2,56
2,47
resultados

resultados
1,30 2,41 2,44
2,34 2,27
2,23 2,24 2,21 2,26 2,23

JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.

Fonte: Bloomberg.

  2015   2014 Fonte: APINCO – Indicadores Econômicos.   2015   2014


70 71
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Composição da ROL – consolidada 2015
Endividamento (R$ milhões)
  Em 31/12/2015 Em 31/12/2014
2,6 %
6,6 %

10,2%
Não
Endividamento Circulante Total Total Var. %

49,8
circulante
%
Moeda Nacional (1.462) (2.358) (3.820) (3.993) (4,3)
39,9 %
Moeda Estrangeira (1.166) (10.194) (11.360) (7.596) 49,5
Endividamento bruto (2.628) (12.551) (15.179) (11.589) 31,0
Aplicações

22,0%
Por produto Por mercado Moeda Nacional 775 456 1.231 2.105 (41,5)
Moeda Estrangeira 5.323 0 5.323 4.551 17,0
Total aplicações 6.098 456 6.554 6.657 (1,5)
Endividamento líquido 3.469 (12.095) (8.626) (4.933) 74,9

50,0 % Exposição cambial – US$ milhões – –- (117) 567 (120,7)

1,6%
5,9% 11,3%
O endividamento bruto total, no valor de R$ 11.847,0 milhões, conforme demonstrado acima, contabiliza o endividamento total finan-
ceiro, somado a outros passivos financeiros, no valor de R$ 257,4 milhões, conforme Nota Explicativa 4.1.f da DFP de 31.12.2015.

  Aves   Brasil 
  SuínoS   Europa 
 bovinos/OUTROS  MEA 
 Elaborados/processados       Ásia 
  Outras vendas   LATAM 

Resultado financeiro Os grãos, principais componentes principalmente ao aumento das um resultado negativo de R$ 104 cambial sobre empréstimos e
consolidado GRI G4-EC1 do custo da Companhia, registra- despesas com vendas (+14%), milhões, causado principalmen- financiamentos.
ram elevação no preço em reais ao puxadas por maiores gastos com te pelo impactado do resultado
Receita Operacional longo do ano, com alta de 8% no salários, em função do dissídio e proporcional na participação de Imposto de renda e contri-
Líquida (ROL) milho, de 3% na soja e de 11% no da reestruturação das equipes de Minerva. Contudo, a partir do últi- buição social
A BRF registrou uma ROL de R$ 32 farelo de soja. Apesar de a cota- vendas no Brasil; maiores inves- mo trimestre de 2015, a BRF des- Em 2015, a despesa totalizou
bilhões em 2015, representando ção do dólar ficar em alta, o CPV timentos em marketing e trade continuou o uso do método de R$ 389 milhões positivos, ante um
aumento de 11% em relação ao como percentual da ROL totali- marketing; e maiores dispêndios equivalência patrimonial da Miner- pagamento de imposto de R$ 353
ano anterior, resultado impulsio- zou 68,8%, ante 70,7% de 2014, com armazenamento. Em relação va, reclassificando-a como ativo milhões em 2014.
nado pelo preço médio em reais melhora de 2 p.p. às despesas administrativas, hou- financeiro disponível para venda.

22 %
16% mais alto, apesar da que- ve um aumento de 25%, principal-
da de 4% em volumes na mes- Lucro bruto mente pelo impacto da variação Resultado operacional (EBIT)
ma comparação, negativamente A BRF encerrou 2015 com lucro bru- cambial nas despesas com pes- O EBIT acumulou em 2015 R$ 4,2
impactado pela descontinuação to de R$ 10 bilhões, representando soal das operações internacionais. bilhões, alta de 22% em compa-
da divisão de Lácteos e alienação crescimento de 19% em compara- ração com o ano anterior. Esse foi o crescimento do resultado
do segmento de bovinos. ção ao ano anterior. A margem bru- Outros resultados desempenho é decorrente, prin- operacional (EBIT) em 2015
ta teve aumento de 2 p.p., passan- operacionais cipalmente, do crescimento do sobre o ano anterior, somando
Custo do produto do de 29,3% em 2014 para 31,3%, A linha de outros resultados lucro bruto – que compensou o R$ 4,2 bilhões.
resultados

resultados
vendido (CPV) impulsionada principalmente por operacionais ficou negativa em aumento nas despesas operacio-
O CPV encerrou 2015 totalizan- melhores preços médios em reais R$ 445 milhões, 1,5% superior à nais e o impacto negativo do resul-
do R$ 22 bilhões, alta de 8% em em todas as regiões, com desta- despesa registrada em 2014. tado de equivalência patrimonial.
comparação a 2014, em função que para as regiões internacionais
do impacto da variação cambial (+26% ano/ano). Resultado da equivalência Financeiras líquidas
nos preços dos grãos, dos com- patrimonial Em 2015, a BRF apresentou um
ponentes das embalagens e dos Despesas operacionais No acumulado de 2015, o resul- resultado financeiro líquido de
insumos importados, bem como As despesas operacionais aumen- tado de equivalência patrimo- R$ 1,7 bilhão negativo, ante R$ 991
fretes e maiores custos com utili- taram 15% em 2015, na com- nial passou de uma receita de milhões em 2014, impactado,
72 dades e energia. paração ano a ano. Isso se deve R$ 25 milhões, em 2014, para principalmente, pela variação 73
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Evolução da dívida líquida/EBITDA Fluxo de caixa simplificado – LTM*
R$ milhões (EBITDA – Variação do CICLO FINANCEIRO – Capex)
R$ milhões

4.148 4.096

1,28 p.p. 3.422


1,26 p.p. 1,24 p.p.
3.184 3.776 3.782
1,12 p.p.
1,04 p.p
2.595 3.125

1.531

1.150

688

5.032 6.230 5.951 6.949 7.337 101


115

4T14 1T15 2T15 3T15 4T15

*  Consideram-se no EBITDA do 3T15 R$ 213 milhões referentes ao ganho operacional na


venda da divisão de lácteos.   Dívida líquida  4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15
  Dívida líquida/EBITDA
* Consideram-se no EBITDA do 3T15 R$ 213 milhões referentes ao ganho operacional na venda da divisão de lácteos.

Lucro líquido R$ 599 milhões, para ativos bio- servir de cada produto. A otimi- proporciona maior flexibilidade e Endividamento juros sobre capital próprio e R$ 91
Em 2015, a BRF registrou lucro lógicos, e R$ 398 milhões, para zação leva em conta aspectos de agilidade no processo produtivo. O volume da dívida líquida da Com- milhões referentes a dividendos,
líquido de R$ 2,928 bilhões, repre- outros investimentos e arrenda- custo de produção, logístico, tribu- panhia encerrou 2015 em R$ 7,3 totalizando R$ 991 milhões de
sentando crescimento de 37% em mento mercantil. tário e de vocacionamento de pro- Automação – visa trazer retor- bilhões, versus os R$ 5 bilhões no distribuição.
comparação a 2014. A margem dução. Nesse momento, a revisão no financeiro e contribuir para o final de 2014, o que resultou em
líquida em 2015 foi de 9,1%, 1.7 Dentre os principais projetos do aproveita também para melhorar aumento do ROIC da Companhia, uma dívida líquida sobre EBITDA Distribuição do Valor
p.p. acima do ano anterior. ano, destacam-se: o mix de produtos da Companhia, bem como reduzir o turnover das de 1,28x, versus 1,04x em 2014. No Adicionado
maximizando investimentos para fábricas e possíveis problemas período, a dívida líquida foi negati- O valor adicionado, que reflete
EBITDA Footprint operacional – otimi- produtos de maior valor agregado, com ergonomia dos funcionários. vamente impactada pela variação a riqueza agregada pela ativida-
O EBITDA consolidado da Compa- zação de produção entre fábri- em linha com a estratégia da BRF. cambial na dívida bruta e pelo pro- de empresarial, totalizou R$ 16,2
nhia atingiu R$ 5,525 bilhões em cas, visando minimizar o custo de A reavaliação do footprint também Esses dois projetos continuarão grama de recompra das ações. bilhões em 2015, 17,87% superior
2015, aumento de 17% em rela- sendo foco e destaque no Capex ao registrado em 2014.
ção a 2014, com margem EBITDA Investimentos (Capex) da Companhia pelos próximos Situação patrimonial
de 17,2%, (+1,0 p.p. na compara- R$ milhões dois anos. O patrimônio líquido da BRF
ção ano a ano), positivamente Capex 2015: R$ 2,482 bilhões somou o valor de R$ 14 bilhões,
impactado por uma geração de Fluxo de caixa simplificado ante os R$ 16 bilhões registrados
resultado operacional mais for- O fluxo de caixa simplificado (FCF ao final de 2014. Um dos principais
te, principalmente nos mercados = EBITDA – Variação do Ciclo Finan- fatores para esse resultado foi a
resultados

resultados
internacionais. ceiro – Capex) totalizou R$ 3,422 maior quantidade de ações em
bilhões em 2015, ficando 18% tesouraria, fruto da estratégia da
Investimentos abaixo do ano anterior. Os maio- Companhia de aumentar a remu-
Os investimentos realizados res investimentos feitos ao lon- neração para os acionistas via pro-
pela BRF em 2015 somaram go de 2015, combinados com um grama de recompra de ações.
R$ 2,5 bilhões, representando aumento de estoques em trânsi-
um aumento de 18% em relação 277 537 672 599 377 21 to, por causa das aquisições das Juros sobre capital próprio e
a 2014. Desse total, 1,5 bilhão distribuidoras no Oriente Médio, dividendos
foram destinados para a efi- Crescimento Suporte Eficiência Ativos Aquisições Arrendamento pressionaram a geração de caixa Em 2015, a BRF distribuiu um total
74 ciência, crescimento e suporte; biológicos /outros mercantil no período. de R$ 900 milhões referentes a 75
BRF – fluxo de caixa – CONSOLIDADO (R$ milhões)
Investimos R$ 2,5 bilhões em 2015,
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


  2015 2014 Var. %

um significativo crescimento de
Atividades operacionais
Lucro líquido do exercício 2.928 2.135 37,13

18%, contemplando vários projetos, Ajustes para reconciliar o resultado


Variações nos ativos e passivos
3.424 2.314 47,99

com destaque para footprint Contas a receber de clientes (1.112) 459 -342,26

operacional e automação.
Estoques (1.066) 369 -388,80
Ativos biológicos (199) 75 -364,75
Juros sobre o capital próprio recebido 16 55 -70,94
Fornecedores 882 203 334,70
Pagamento de contingências (194) (259) -25,09

R$
14 BI
Pagamento de juros (694) (619) 12,15
Pagamento de imposto de renda e contribuição social (7) (6) 24,75
Outros direitos e obrigações (563) 115 -589,49
Caixa originado pelas atividades operações continuadas 3.415 4.842 -29,47
em patrimônio líquido registrado Caixa originado pelas atividades operações
2 160 -98,49
pela BRF em 2015. descontinuadas

27,6
Caixa originado pelas atividades operacionais 3.417 5.002 -31,68

%
Atividades de investimento
Aplicações financeiras 71 (0) –
Investimento em caixa restrito (1.711) (16) –

foi o aumento do valor adiciona- Ágio na aquisição de acionistas não-controladores – (1) –


do em relação a 2014, somando Aquisição de empresas (91) (373) -75,62
em 2015 R$ 16,2 bilhões. Aquisição de participação em joint venture (62) (54) 15,10
Aquisições de imobilizado/investimento (1.297) (1.021) 27,01
Aquisições de ativo biológico (589) (517) 13,90
Recebimento pela venda de imobilizado 252 171 47,90
Aplicações no intangível (205) (50) 307,49

EBITDA (R$ milhões) Receb. na alienação da op. descontinuada, líquido do caixa


1.977 –
transferido
  2015 2014 Var. %
Caixa originado (aplicado) nas atividades de invest.
(1.654) (1.862) -11,19
Lucro líquido 2.928 2.135 37,13% Continuadas
Imposto de renda e contribuição social 390 -353 -210,48% Caixa originado (aplicado) nas atividades de invest.
(12) (51) -75,95
descontinuadas
Financeiras líquidas -1.670 -991 68,58%
Caixa originado (aplicado) nas atividades de
Depreciação e amortização 1.317 1.230 7,01% (1.666) (1.914) -12,92
investimento
EBITDA 5.735 4.897 17,11% Atividades de financiamentos
Margem EBITDA (%) 17,20% 15,40% Empréstimos e financiamentos 259 409 -36,79
Fornecedores Risco Sacado 719 –
Juros sobre o capital próprio pago (889) (726) 22,47
Distribuição do Valor Adicionado GRI G4-EC1 Caixa gerado na atividade de financiamento
(20) 109
(R$ milhões) descontinuada
Aquisições de ações para tesouraria (3.766) (351) 973,04
DVA 2015 2014 Var. %
resultados

resultados
Alienação de ações para tesouraria 82 100 -17,37
Recursos humanos 4.776 4.607 3,67
Caixa originado (aplicado) nas atividades de
Impostos 3.239 4.064 -20,30 (3.614) (459) 687,22
financiamento
Juros/aluguéis 5.346 2.857 87,12 Caixa gerados (aplicado) nos financiamentos Atividades
20 (109)
Juros sobre capital próprio 899 738 21,82 Descontinuadas
Caixa gerados (aplicado) nos financiamentos (3.594) (568) 532,67
Retenção 1.839 1.401 31,26
Variação cambial sobre caixa e equivalentes 1.199 359 234,03
Participação de acionistas não controladores 20 (0) –
Aumento (decréscimo) líquido no saldo de caixa (644) 2.879 -122,37
Dividendos 91 86 5,81
Caixa e equivalentes a caixa no início do período 6.007 3.128 92,06
76 Total 16.210 13.753 17,87
Caixa e equivalentes a caixa no final do período 5.363 6.007 -10,72 77
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Desempenho dos ADRs X Dow Jones
Base 100 – Dez./05 – série 5 anos
154
151
143

129 129 147


119

113
106

89

Dez./11 Dez./12 Dez./13 Dez./14 Dez./15

  BRFS3   Dow jones

Desempenho das Ações X Ibovespa


Base 100 – Dez./05 – série 5 anos 246

218

188

Capital
159

136
Foram 307 INOVAÇÕES E

Intelectual
RENOVAÇÕES em 2015, um índice
de renovação de 9,5%.
88
82 74 72
63
Na BRF, o capital intelectual é um aprimoramos a genética de nos- em marketing, a fim de concretizar
pilar que suporta sua ambição de sos ativos, além de melhorarmos a estratégia Go to Market no Bra-
Dez./11 Dez./12 Dez./13 Dez./14 Dez./15 ser uma companhia global admi- a conversão alimentar e alinhar- sil e no mundo, com independên-
rada por suas marcas e referência mos nossas operações a práticas cia nas tomadas de decisão e solu-
  BRFS3   Ibovespa em qualidade. O desenvolvimento de referência em eixos como bem- ções que atendam ao gosto local
de novos produtos, a adaptação às -estar animal, por exemplo. de nossos consumidores – em um

648,6 mi
necessidades de mais de 120 países modelo de negócios “glocal”.
BRFS – NYSE e o olhar inovador para os processos A partir do processo de revisão do
  2015 2014 produtivos e agropecuários são cha- plano estratégico, optamos pelo Para o mercado global, em 2015,
Cotações – US$* 13,82 22,73 ves para garantirmos nossa partici- modelo de profitable portfolio definimos uma estratégia nutricio-
pação de mercado e, no longo prazo, (portfólio rentável) – o que, na nal e de posicionamento das mar-
foi o volume de ações negociado Volume de ADRs negociado (milhões) 398,45 373,7
criarmos uma relação de confiança prática, se traduz em investimen- cas, elegendo, para cada região e
na BM&FBovespa em 2015. Performance (40,6%) 33,1%
com nossos consumidores. tos no core business, com inova- perfil de consumidor, os valores
Índice Dow Jones 1,5% 13,5% ções concentradas em produtos e atributos-chave que queremos
* Fechamento. Em 2015, colocamos no mercado de alto valor agregado e que ofe- enfatizar em nossos produtos.
global um total de 307 inovações recem conveniência, qualidade e
e renovações, o que representa um confiabilidade. Apoiados, principalmente, na mar-
BRFS3 – BM&FBOVESPA índice de renovação de 9,5%. ca Sadia, investimos em estraté-
  2015 2014 Em 2015, a BRF reforçou sua estru- gias de aproximação com o consu-
resultados

resultados
Cotações – R$* 54,704 61,641
Ano a ano, temos ampliado o inves- tura focada em inovação com a midor em mercados como Ásia e
timento em inovação. O valor con- criação de uma diretoria global Oriente Médio – no qual registra-
Volume de ações negociado (milhões) 648,60 569,45 templa pesquisa e desenvolvimen- para o tema, apoiada por cinco mos avanços importantes em mar-
Performance (13,3%) 47,9% to tanto em produtos como em centros de inovação e equipes de ket share (veja gráfico) –, com pro-
estudos agropecuários; assim, ante- Pesquisa, Desenvolvimento e Ino- dutos customizados e adaptados
Índice Bovespa (7,6%) 5,0%
cipamos tendências de consumo, vação (PD&I) espalhadas nos prin- às demandas locais.
IGC (6,0%) 11,1% melhoramos nosso market share cipais mercados.
ISE (7,6%) 5,3% em categorias estratégicas e forta-
lecemos a presença de nossas mar- Esse modelo intensifica nossas
78 * Fechamento.
cas. Com os estudos agropecuários, ações tanto em inovação quanto 79
Brasil
Centros de inovação
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Destaques de inovação em 2015
Atualmente, a BRF possui cinco centros destinados à
pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos
 timização do portfólio
O
Descontinuamos 250 SKUs
ao longo de 2015.
HOLANDA
Oosterwolde

 xecução das
E
inovações de 2014
(Aéra, linha Soltíssimo, Frango Fácil)
EMIRADOS ÁRABES
Abu Dhabi
 olta da Perdigão
V
Retorno da marca Perdigão
nas categorias presuntaria e linguiça Brasil
calabresa e suínos comemorativos Jundiaí (SP)

Ampliação do core (snacks)


CINGAPURA
Europa
Entrada da marca Sadia no segmento
de snacks (Salamitos) Cingapura

 ood service
F

Oriente Médio
Lançamentos com foco em
praticidade e fidelização do cliente

e África Sadia ARGENTINA


Buenos Aires
Investimento em inovação
Fortificação da marca, focando maior R$ milhões
Renovação de produtos valor agregado por meio de novidades em
Mudança de tamanho e embalagens em tamanhos e embalagens
produtos como hambúrguer e nuggets,
atendendo a demanda do mercado Rússia
Prêmio de empresa mais inovadora no
Lançamentos país, com atuação, especialmente, em
Lançamentos de produtos como hambúr- pratos prontos e lasanhas
guer empanado e linguiça, ampliando a
presença da BRF nos mercados Saudabilidade
Inovação em produtos sem glúten
e categoria premium 190 227.280

Ásia 2014 2015

Ampliação do core (snacks) América “Glocal”:

Latina
Entrada da marca Sadia no segmento conhece a expressão?
de snacks (Pao Jiao) Crescimento de vendas de
Termo muito abordado na antropologia moderna, processados no Oriente Médio
 enovação de produtos Paty
R o “glocal” é um neologismo que associa os termos R$ milhões
Nova apresentação de embalagem local e global – fazendo referência ao movimento
e remodelação visual simultâneo de mundialização da cultura e de reto-
mada das tradições locais.
IQF Chicken Para a BRF, a combinação de marcas mundial- 19%
resultados

resultados
Lançamento em novo mercado mente conhecidas e uma produção local, que
atende às expectativas dos consumidores, traduz
Cold Cuts o conceito em um novo modelo de negócios, que
Lançamento de mortadela e renovação valoriza a presença nas mais diferentes geografias
em outros produtos, como presunto, sem deixar de lado os traços culturais e prefe-
a fim de reforçar a categoria rências de quem adquire nossos produtos, além
de responder às demandas emocionais e reunir
Vegetais funcionalidades sintonizadas às necessidades de 2014 2015
Renovação, com novas embalagens cada mercado.
80 e tamanhos 81
Nossos lançamentos
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Entre as mais de 300 inovações e embalagem Assa Fácil, que per-
renovações nacionais e internacio- mite levar o alimento diretamen-
nais de 2015, inovamos com novas te do freezer ao forno, com tempo
apresentações para cortes de de preparo de 1 hora e 15 minutos.
frango e comemorativos, marga-
rinas, frios e itens de food service. Presunto Perdigão
Do total, quase metade das inova- 2015 foi marcado pelo retorno
ções se destinou ao mercado bra- do presunto com mais proteína e
sileiro, sob influência do retorno menos gordura do mercado, em
da marca Perdigão durante o ano. comparação com as três marcas
líderes do País.
Com base em pesquisas de mer-
cado e consultas diretas a consu- Frango Na Medida Sadia
midores, investimos em produtos Disponível em diversas versões
com os atributos de praticidade/ de cortes e opções temperadas, a
conveniência – ou seja, manuseio linha Na Medida é produzida por
fácil, sem prejuízo ao sabor – e meio de uma tecnologia de rápi-
saudabilidade. Alguns dos desta- do congelamento, que dispensa
ques recentes: a adição de conservadores e pre-
serva a qualidade nutricional da
Kit festa suínos Perdigão carne, especialmente as proteí-
De volta ao mercado para o perío- nas de alta qualidade, vitaminas
do de festas de 2015, a nova linha do complexo B e minerais – entre
incluiu lombo suíno temperado eles fósforo e zinco.
congelado, paleta suína defuma-
da, pernil com/sem osso tempera- Pao Jiao
Retorno da Perdigão do, presunto tender e tender suíno. Lançada exclusivamente para

+ de
o mercado chinês, marcando o
O grande destaque no mercado comunicação. Para potencializar Frango Fácil Peito Sadia reforço da presença da BRF no

300
brasileiro foi o retorno da Perdi- sua atuação de mercado, a marca Lançada em 2014 em alguns mer- país com maior população do pla-
gão ao varejo. Atendendo às nor- ganhou um novo slogan em 2015: cados do Brasil, a fim de simplifi- neta, a linha de snacks Sadia ofe-
mas definidas pelo CADE, alguns “Evite surpresa, vá na certeza”. A car e otimizar o tempo gasto com rece aos consumidores produtos
produtos e categorias da marca ideia é reforçar os laços de confian- o preparo de frango, a linha Fran- de frango em diversas versões.
foram removidos do mercado, por ça construídos ao longo de mais de go Fácil entrou em 2015 ganhan-
períodos entre três e cinco anos – 80 anos com os consumidores e inovações e renovações foram do mais uma opção, com cortes de Salamitos Pocket
incluindo lasanhas, pizzas, quibes, consolidar a Perdigão como uma colocadas nos mercados nacio- peito de frango. Snack de proteína da marca Sadia,
presuntos, linguiças, apresunta- marca para a família brasileira, nal e internacional em 2015. produzido com 100% de sala-
dos e salames. com preços acessíveis e produtos No total, são quatro versões, me, o novo produto foi lançado
de qualidade assegurada. somando a nova linha às de fran- em dezembro de 2015 no mer-
Em 2015, a Perdigão voltou às gôn- go inteiro, coxas e sobrecoxas, cado brasileiro, em uma aposta
dolas com linhas de presuntos, Para divulgar o retorno da marca, todas com embalagens entre da Companhia no segmento de

De volta
apresuntados, linguiças defuma- foi realizado significativo investi- 800 gramas e 1,5 kg (para frango snacks e salgadinhos.
das e cortes de carnes suínas (ten- mento em marketing. As campa- inteiro). A principal inovação é a

ao mercado
der, pernil temperado, lombo e nhas publicitárias contaram com
picanha suína). Com isso, a marca o casal Luciano Huck e Angélica,
Próximas categorias passa a atuar novamente em 83% que reforçaram o posicionamen-
da Perdigão a retornar das categorias do mercado de ali- to de família da Perdigão. Além
resultados

resultados
ao varejo mentos processados. de comerciais em TV e revistas, a
marca também teve ações de mer-

2016 Buscamos inovar em nossos


Segunda marca mais valiosa do chandising no programa de audi-
País no setor de alimentos, a Perdi- tório de maior audiência da tele-

produtos, agregando
Salame gão atua de forma complementar visão brasileira, o Domingão do
à Sadia na expansão dos negócios Faustão (TV Globo), redesenhou

2017 atributos como manuseio


da BRF. Mais do que um relan- todas as embalagens de produtos,
çamento de produtos, Perdigão que estão mais modernas, e ati-

fácil, sabor e saudabilidade.


Lasanha, peito de peru, pizza passou por um reforço substan- vou ações específicas nos pontos
82 congelada, quibe e almôndega cial de sua presença nos meios de de venda. 83
Inovação em processos Reconhecimentos Footprint fabril
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


investimentos & resultados
Outra importante frente que for- Em 2015, as boas práticas imple- Sul Fort Export – 90 Maiores
talece nossa estratégia de negó- mentadas em seus processos, Exportadores do Sul, do Grupo Lucas do Rio Verde (MT)
cio é a de inovações em processos bem como a transparência em Amanhã Produz: processados
e relacionamentos, contemplan- divulgar suas informações, foram e abate de aves e suínos
do a eficiência de nossas fábricas reconhecidas e renderam à BRF Prêmio Broadcast Empresas, da Melhoria: aumento de 62% na ca-
e rotinas e as atividades de distri- uma série de premiações. As prin- Broadcast pacidade de produção, alcançando
buição e vendas. cipais são: 420 mil frangos abatidos/dia
Troféu Ponto Extra, da Associa- Início: 2016 (terceiro trimestre)
Nos últimos dois anos, uma força- Época Negócios 360º – 250 ção Paulista de Supermercados
-tarefa envolveu diversas áreas Melhores Empresas do País, da (APAS)
para buscar oportunidades de Editora Globo
aumento de produtividade e velo- Prêmio Top of Mind 2015, do jor-
cidade de execução na Companhia. As Melhores Companhias para nal Folha de S.Paulo, para a Sadia,
Essa revisão, intitulada footprint os Acionistas, da revista Capital nas categorias Top Alimentação e
fabril, passou a ser implantada no Aberto Pratos Congelados Seropédica (RJ)
começo de 2015 e, durante o ano, Produzirá: processados
já trouxe impactos positivos para Empresas que Melhor se Comu- Marcas Cariocas, do jornal O Glo- Melhoria: tecnologia de ponta
a BRF, com redução de custos e nicam com Jornalistas, da revis- bo, para Sadia, na categoria Ali- para a preparação de alimentos
maior rentabilidade e flexibilida- ta Negócios da Comunicação mentos Congelados; e para Per- Início: 2016 (terceiro trimestre)
de nos negócios. digão, segundo lugar, na mesma
As 100 Melhores Empresas categoria
As prioridades foram alocar recur- do Brasil, da revista América
sos conforme as demandas e as Economia
expectativas de mercado e sele-
cionar plantas mais competitivas As Melhores da Dinheiro Rural, da Toledo (PR)
e com acesso a mercados atraen- revista Dinheiro Rural Produz: processados
tes, para ter sua produção elevada. e abate de aves e suínos
Para isso, foram executadas medi- 500 Melhores do Sul, da revista Melhoria: 18% de aumento na
das de modernização tecnológi- Amanhã produção de carne suína, atingin-
ca, com foco na automação indus- do 7,5 mil porcos abatidos/dia
trial. No total, foram mais de R$ 40 Início: 2016 (quarto trimestre)
milhões investidos no projeto, con-
templando unidades no Brasil e na

Reconhecimentos
Argentina (confira alguns desta-
ques dessa iniciativa, na p. 85).

relacionados à popularidade
de nossos produtos e
Baradero (Argentina)
Produz: processados

às práticas corporativas
Melhoria: US$ 5,4 milhões inves-
tidos para reduzir ociosidade e

refletem o compromisso
gerar nova linha de produção
Início: desde 2015

da BRF em manter uma


reputação sólida.
resultados

resultados
Mais Footprint
Rio Cuarto (Argentina)
Produz: abate de aves

investimentos fabril
Melhoria: US$ 16 milhões aplicados no au-
mento de 100% na produção de frango, com
em automação industrial, trouxe impactos positivos foco em produtos de maior valor agregado,
contemplando unidades para a BRF, com redução de voltados para os mercados internacionais
no Brasil e na Argentina. custos e maior rentabilidade e Início: 2016 (terceiro trimestre)
84 flexibilidade nos negócios. 85
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


O processo de construção
do VIVA BRF acontece de baixo
para cima e é transversal.

Capital
Humano
A valorização dos colaboradores é cultural, regional e individual, Sustentável, Inovação, Pessoas, da BRF: a construção de labo- grupo de pessoas que mobilizam Destacou-se a evolução da identi-
o alicerce fundamental da estraté- ampliando o potencial de aderên- Qualidade, Marca e Vendas & Logís- ratórios de cultura em todas as os VIVA Labs e auxiliam as outras ficação com a empresa e os atri-
gia da BRF, contribuindo para inte- cia à cultura e potencializando sua tica. O objetivo é produzir resulta- regiões do mundo, chamados de áreas da Companhia no proces- butos do VIVA BRF: entre agos-
grar as pessoas à sua cultura com expansão. dos em cada um desses eixos de VIVA Labs, um grupo de funcio- so de disseminação e amadureci- to e o fim de 2015, por exemplo,
sucesso e aderência. Implementa- interesse. nários que se candidataram, a mento cultural, evoluindo assim todos os aspectos tiveram evolu-
do em 2014, o Viva BRF é o movi- Em 2015, a cultura deu um passo partir de um projeto democráti- o Viva BRF em todas as partes do ção. Além disso, 87% das pessoas
mento cultural da organização, significativo dentro da organiza- Cultura e comunicação co de votação realizado em todas mundo nas quais houver sede da declararam ter orgulho de traba-
que reúne ações, valores e atribu- ção, com a realização do Viva BRF Os canais de comunicação da BRF as unidades, para serem agentes Companhia. Com isso, reforçamos lhar na Companhia e 88% afirma-
tos elaborados pelo núcleo de cul- Week, uma semana dedicada a também são utilizados para dis- de transformação em suas loca- a riqueza de participar de uma ram que recomendariam a empre-
tura da Companhia e construídos, promover e fortalecer a cultura da seminar a cultura. Por meio de lidades. Produzirão, dessa forma, companhia com mais de 29 dife- sa para um amigo trabalhar.
resultados

resultados
colaborativamente, com todos os Companhia, incluindo colaborado- campanhas, de murais e da TV uma nova arquitetura para traba- rentes idiomas.
colaboradores. res, integrados e stakeholders das BRF, batizada de Conexão BRF, por lhar a comunicação e a cultura, se Gestão de pessoas
transformações que já ocorreram exemplo, é possível abordar gran- valendo dessas redes informais e Além disso, para medir o engaja- A BRF tem o compromisso de gerar
O processo de evolução da cultu- internamente e quais as projeções des temas ligados a cultura para independentes de colaborado- mento e a adesão dos atributos e oportunidades a seus colaborado-
ra acontece transversalmente à de futuro que a BRF tem para os todos os colaboradores res para produzir conteúdo como da cultura, realizamos pesquisas res. Entre nossas ações, mantemos
estrutura hierárquica e está pre- próximos anos. vídeos, peças gráficas e até mes- de engajamento. Em 2015, foram uma política para atração e sele-
sente em todos os níveis da Com- Para abrir novas formas de diálogo mo campanhas culturais. 77.260 participantes na pesquisa, ção de pessoas focada em valori-
panhia, desde as fábricas até os Nossos recursos estão mobiliza- dentro da Companhia, em 2016, ini- adesão de 85%, com aplicação zar as competências e a diversida-
escritórios; dessa forma, permiti- dos para os seis elementos do ciaremos uma nova forma de dis- Para apoiá-los nessa nova forma online de um questionário com de. Atrelado a isso, o Programa Eu
86 mos a coexistência da diversidade nosso Arco de Prioridades: Cadeia seminar os valores e a identidade de trabalho criou-se o Viva HUB, 44 itens. Recomendo, que visa à indicação 87
Multicultural
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


de novos funcionários por cola- prioridade à contratação de pro- mulheres, abaixo dos 20,70% e cartão-refeição ou restaurante As negociações salariais e sociais
boradores já ativos na empresa, fissionais locais. GRI G4-10 dos 14,10%, respectivamente, interno, plano de saúde, plano ocorrem a cada 12 meses (confor-
nossos colaboradores demonstra uma relação de con- registrados em 2014 (ver tabe- odontológico, assistência ambu- me data-base), com encontros
têm aproximadamen- fiança e satisfação em trabalhar na Desde 2013 mantemos o Pro- las de contratação, desligamen- latorial, previdência privada com- periódicos durante a vigência do

20
BRF, atuando como uma ferramen- grama de Recrutamento Inter- to e rotatividade na seção Anexo, plementar, auxílio escolar, seguro acordo ou convenção coletiva.
te 90 nacionalidades e ta de atração e seleção de pessoas. no, cujo objetivo é fortalecer o p. 143). Para monitorar aspectos de vida, auxílio-creche, Mercado Para isso, a BRF mantém relacio-
falam + de reconhecimento profissional e relacionados à retenção e rotati- BRF (loja de produtos da empre- namento com mais de 80 sindica-
Em 2015, adotamos como estraté- contribuir para promover cola- vidade de colaboradores, existe sa), associação de colaboradores, tos, com 66 acordos e 22 conven-
gia a descentralização de gestão boradores aos cargos de lideran- um comitê específico que anali- licença-maternidade/paternida- ções coletivas. Em 2015, o menor
de pessoas, compartilhando com ça. Em 2015, intensificamos a for- sa os indicadores da Companhia, de, brindes em datas comemora- salário praticado foi 6,60% acima

idiomas as lideranças o gerenciamento de


suas equipes.
mação de líderes, sendo 52,20%
das vagas preenchidas por nossos
avaliando índices e propondo
melhorias. GRI G4-LA1
tivas e entrega de presentes para
filhos com até 10 anos de idade. A
do salário mínimo nacional.

colaboradores. BRF ainda oferece a todos os cola- No Brasil, 100% dos colaborado-
Encerramos 2015 com quase 106 Mantemos benefícios e progra- boradores um programa de valo- res são abrangidos por acordos e
mil colaboradores, entre empre- Um dos pontos sensíveis na BRF mas de valorização e reconheci- rização por tempo de empresa. representados pelo sindicato dos
gados diretos, terceirizados, esta- está relacionado ao turnover. Em mento dos profissionais, esten- Apenas o plano de aquisição de trabalhadores. A BRF intermediou
giários e aprendizes. Somos um 2015, graças ao engajamento das didos a todos os colaboradores, ações é restrito e facultativo ao todo o processo de transição, sen-
dos maiores empregadores da equipes no VIVA BRF, consegui- que estão garantidos e previstos nível executivo. Alguns benefícios, do que não houve nenhum even-
indústria de alimentos do País, mos reduzir a taxa de rotativi- em nossas normas internas. São como refeição diária, não se apli- to que pudesse criar um ambiente
com presença nacional e no exte- dade, que ficou em 16,18% para eles: vale-transporte, cartão- cam a todos os trabalhadores de de desconfiança ou descredibi-
rior, e, temos como diretriz dar os homens e em 11,59% para as -alimentação ou cesta básica, meio período. GRI G4-LA2 lidade entre as instituições. No

Os canais de
comunicação da BRF
também são utilizados
para disseminar
a cultura. • Amadurecimento •B
 ase forte para consolidar
essa cultura
•8
 9% dos colaboradores se
declaram engajados •E
 xpansão do Viva BRF para
nossas comunidades
• Início do movimento VIVA  IVA BRF Week  12 eventos
•V
na mesma semana, em novas •A
 tuação em rede
•E
 m maio, encontro com cerca instalações, com a participação
de 400 líderes globais para o de 2 mil profissionais das •C
 olaboração
lançamento e a apresentação lideranças
dos sete atributos da cultura:
Amor de Dono, Inconformismo •F
 ormação de liderança de alta
Positivo, Fome de Performance, performance
É pra Já, Fazendo Juntos, Inspi-
rados pelo Consumidor e Vida •C
 onstrução de uma
Saudável valorização do aprendizado
resultados

resultados
•E
 m novembro, encontro global • Um mantra: “Gente no centro e
Liderança VIVA, com mais de 3 o centro nas pontas”
mil pessoas de todas as unida-

Evolução
des, quando foram lançados
sete compromissos da lideran-
ça: líder servidor, líder meri-

do VIVA BRF
tocrático, líder humilde, líder
desafiador, líder formador, líder
88 motivador e líder realizador 89
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


exterior, são seguidas as leis do Em inclusão de PcD, a BRF firmou Empregados, por tipo de emprego e gênero GRI G4-10
trabalho de cada um dos paí- um acordo judicial com o Ministé-
2014 2015
ses, e, quando há uma entidade rio Público do Trabalho que esta-
Homens Mulheres Homens Mulheres
representante dos trabalhadores, beleceu várias ações para abordar
a cobertura de acordos coletivos o tema, como conference call com Tempo indeterminado 59.623 40.718 53.630 36.904
é de 100%. GRI G4-11 as unidades, materiais de comu- Tempo determinado 218 159 346 154
nicação, termos de cooperação Estagiários e aprendizes 813 863 791 725
Em relação às avaliações de técnica para reabilitação profis-
Funcionários fora do Brasil 3.310 749 4.458 787
desempenho, em 2015 reestru- sional, contratação de consulto-
turamos os programas e métri- ria especializada, benchmarking Total 63.964 42.489 59.225 38.570
cas de avaliação, com feedbacks e treinamentos. O resultado pode Terceirizados¹ 8.502 7.938
constantes dos gestores e outras ser constatado pelo aumento no Total de empregados (próprios e terceiros) 114.955 105.733
ações, que promoveram um diá- percentual de PcD, que subiu para
1. Para terceirizados, não há controle segregado por gênero.
logo mais aberto e transparen- 2,48%, próximo aos 2,5% determi-
te, tornando possível construir nados para julho de 2016. Em 2015,
um plano de desenvolvimento um total de 2.289 pessoas com

23 %
pessoal elencado aos valores e distintas deficiências faziam par-
anseios da Companhia. te dos quadros da Companhia, alta
superior a 23% em relação a 2014.
Diversidade Atrelado às ações internas de inclu-
Nosso modelo e nossa cultura são, a BRF oficializou o patrocínio foi o aumento da presença
estimulam a valorização da plu- às Paralimpíadas/Olimpíadas Rio de pessoas com deficiência no
ralidade de ideias e da convivên- 2016, demostrando o seu incenti- quadro funcional da Companhia
cia positiva entre pessoas com vo e valorização ao tema. em relação a 2014.
diferentes trajetórias. A BRF não
faz distinção de gênero, raça ou Licenças em 2015
religião na contratação, no rela- Em 2015, 100% dos colaboradores
cionamento diário e na remune- tinham direito a licença-mater-
ração de seus colaboradores, e os nidade e paternidade, haven-
salários se baseiam nos padrões do 2.262 mulheres que saíram
de mercado, no desempenho e no de licença-maternidade. Desse
tempo de empresa. total, 1.811 retornaram ao traba-
lho e continuaram empregadas 12
meses após seu retorno, ou seja,
80% do total. GRI G4-LA3

3.937
Ciclo de Alta Performance
O crescimento da BRF está intrinsecamente conectado ao desempenho
e desenvolvimento dos colaboradores. Para mobilizar nossa gente em pessoas avaliadas
7.271
torno do crescimento pessoal e profissional, possuímos o Ciclo de Alta
Performance, processo de avaliação 360º baseado na aderência à cultu-
ra VIVA BRF e aos resultados e entregas individuais de cada colaborador.
Mais de 20 mil pessoas participam desse movimento, que alcança avaliadores
a força de trabalho de todas as unidades BRF. Aplicando a metodolo-
resultados

resultados
gia 9box, mapeamos e reconhecemos colaboradores com performan-

82 %
ce diferenciada, reforçando a cultura de meritocracia.
Para mensurar as melhorias do processo, em 2015 realizamos
uma pesquisa entre as pessoas que participaram do Ciclo de Alta
Performance.
Do total de 2.023 respostas, 82% acreditam que o Ciclo evoluiu dos participantes acredi-
significativamente desde a última vez em que foi aplicado; além tam que o processo evo-
disso, 89% avaliam positivamente a experiência de avaliação e 75% luiu significativamente
se sentem estimulados a alcançar desenvolvimento a partir do ciclo.
90 91
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Aprendizagem GRI G4-LA10 Viva o Tempero BRF: o novo pro- Incentivo Educacional: foram
Na BRF, acreditamos na forma- grama de integração global foi contemplados 268 colaborado-
ção e no desenvolvimento de nos- criado por meio da identificação res, sendo 75 com especialização,
sa gente como um dos principais da necessidade de cada região. 79 com idiomas e 114 com curso
pilares que farão nossa empresa Alteramos o modelo de boas- técnico.
conquistar outros patamares. Em -vindas a fim de adaptá-lo à nova
2015, um dos projetos prioritários cultura da empresa, pois enten- Educação a Distância (EAD): 11
da BRF foi a criação do Viva Lear- demos que o primeiro dia de tra- mil participantes desenvolve-
ning, uma iniciativa para poten- balho do colaborador deve gerar ram competências funcionais por
cializar a aprendizagem da Com- encantamento e identificação meio de acesso a ferramentas,
panhia com um foco inicial no com a Companhia. Esses senti- técnicas e conhecimentos em
desenvolvimento de liderança. mentos são gerados desde o iní- programas EAD, comunidades e
cio do dia, o que traz o colaborador biblioteca virtual.
Mantemos programas de aprendi- como protagonista da sua carrei-
zagem focados em ações de capa- ra e dos resultados da BRF. Nesse TV de Vendas: alcança 12 mil cola-
citação e treinamento de cola- novo formato, nossa gente, nos- boradores. Com divulgação padro-
boradores, alcançando todos os sa cultura, nossos produtos têm nizada, repassa de maneira rápida

90
níveis hierárquicos e áreas da BRF. papel fundamental, além de uma as informações mensais de cada
Há ações coletivas e programas plataforma digital que possibilita canal de vendas, com o objetivo
específicos, como cursos, con- ao colaborador aprofundar-se no de contribuir para o processo de
gressos e outras atividades que nosso mundo. capacitar e ampliar resultados.
atendem a necessidades indivi-

ferramentas
duais. No total, investimos R$ 16,5 Integração de líderes: estrutu- TV Logística: comunica projetos
milhões em 2015, com destaque ramos um modelo de integração e outras notícias relacionadas às
para as seguintes ações: para os novos líderes promovidos operações dos centros de distri-
ou contratados, com uma profun- buição da BRF e oferece treina- compõem nosso Sistema de
Programa Eu Sou Líder BRF: é um da imersão na “Rede” BRF, bem mento para mais de 3 mil colabo- Gestão de SSMA, que abrange
programa global de desenvolvi- como visão estratégica dos princi- radores diretos de todo o Brasil. todos os níveis organizacionais.
mento da nossa liderança, geran- pais projetos/metas das empresas,
do sentimento de pertencimen- acelerando as conexões com pes- Treinamento de Vendas (pre-
to e capacitando o líder BRF em soas e processos para que possam sencial): 490 líderes passaram Saúde e segurança controles operacionais e adminis- Nosso Sistema de Gestão de SSMA
nosso jeito de liderar. Adotamos se integrar à Companhia e entre- pela “Jornada da Transformação”, O Programa de SSMA (Saúde, trativos implantados para elimi- contempla todos os níveis organi-
a metodologia de desenvolver o gar resultados mais rapidamente. uma iniciativa que visou discutir Segurança e Meio Ambiente) exis- nar ou minimizar riscos. GRI G4-LA7 zacionais. São realizadas reuniões
conteúdo dos programas interna- o papel da liderança de vendas. te desde 2006, com ações que via- mensais, com a participação de
mente, bem como formamos mul- Programa Facilitadores: um pro- Tivemos, também, 6.900 pessoas bilizam o comportamento seguro A busca por eliminar acidentes, mais de 8 mil pessoas – 10% dos
tiplicadores internos com os pró- grama que visa à formação dos treinadas, entre promotores e e a valorização da vida nas opera- doenças relacionadas ao ambien- colaboradores, que representam
prios líderes, para conduzir estes nossos líderes como facilitado- vendedores, em rotinas de vendas, ções, garantindo a integridade e te de trabalho e óbitos está entre 100% do público interno. O siste-
workshops. No último semestre res, valorizando e reconhecen- visando aprimorar cuidados e téc- o bem-estar de colaboradores e as prioridades de gestão, cujo ma de gestão é composto de 16
de 2015, treinamos 58 turmas, do o papel do líder como grande nicas necessários ao manuseio de comunidades. Esse processo vem principal impacto está relaciona- alavancas (veja na seção Anexo,
tendo mais de 1.000 líderes trei- incentivador da aprendizagem na produtos no ponto de venda. sendo consolidado no Brasil e está do às fatalidades. Em 2015, a taxa p. 145) e 90 ferramentas que são
nados com o apoio de 23 facilita- Companhia. em implantação na Argentina até de frequência para acidentes com aplicadas continuamente para
dores. O investimento financeiro 2016. Na nova fábrica de Abu Dha- afastamento foi de 1,54, abaixo da identificar, avaliar e gerenciar os

+ de
nesse formato foi apenas com as Programas de Qualificação e bi, também em implementação taxa de 1,69 do ano anterior. Para riscos com potencial para aciden-

1.000
despesas de materiais e de deslo- Desenvolvimento (externos): até 2016, registramos resulta- acidentes sem afastamento, a tes de trabalho. Diversos líderes,
camento dos facilitadores, geran- atingiram 11 mil colaboradores, do positivo: não houve acidentes taxa foi de 8,3, abaixo da taxa de entre eles o Vice-Presidente de
do uma significativa economia com o objetivo de desenvolver, com afastamento no primeiro ano 9,57 em 2014 (veja tabela na p.95). Supply, Diretores de Manufatura,
para a BRF. qualificar e ampliar as competên- da operação. Outros impactos relacionados às Gerentes industriais, Gerentes de
cias técnicas e comportamentais. questões de saúde e segurança Processo e Diretor/Gerente/Coor-
Estamos cientes da exposição são gastos médicos, indenizações denadores de SSMA, possuem
resultados

resultados
Programas de Capacitação (inter- líderes treinados no Programa de alguns colaboradores aos ris- e taxas de administração de recla- metas atreladas ao desempenho
nos): 472 mil participações, sendo Eu Sou Líder BRF. cos inerentes à operação fabril e mações, além de custos indiretos em saúde e segurança. GRI G4-35
238 mil em treinamentos internos agropecuária, que representam provenientes de equipamentos e

16,5
R$

mi
e 234 mil em treinamentos em o maior risco ocupacional na BRF. bens danificados, perda de pro-
local de trabalho (TLT). Por isso, mantemos um trabalho dução e de qualidade, interrup-
contínuo de mapeamento, aná- ção de processos, perdas de recei-
lise e monitoramento, além de ta, substituição de mão de obra,
foi o investimento total em horas extras, litígios e danos ao
treinamento e aprendizagem relacionamento com o cliente e à
92 durante 2015. imagem pública. GRI G4-LA6 93
Foco em saúde Tipos e taxas de lesões GRI G4-LA6
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Paralelamente, 1.553 membros tem mural nas fábricas e momen-
de 85 Comissões Internas de Pre- to de conhecimento na abertura Alguns programas que Taxas de saúde e segurança 2013 2014 2015
venção de Acidentes (Cipas) estão de reuniões, além de estar na TV a BRF desenvolve para de trabalhadores, por gênero H M T H M T H M T
presentes em todas as nossas uni- Corporativa. aprimorar as condições
Lesões com afastamento 245 117 362 223 112 335 165 124 289
dades, nas quais a norma regula- de trabalho:
mentadora é mandatória. Em Acompanhamos, desde 2013, o Taxa 1,35 0,65 2 1,8 1,48 1,69 1,43 1,72 1,54
casos de não obrigatoriedade, há processo de implantação da Nor- • Gestão de Saúde Ocupacional Lesões sem afastamento 1.387 476 1.863 1.369 545 ​​1.914 1.108 453 1.561
no mínimo um colaborador que ma Regulamentadora nº 36 para • Programa de Ergonomia e Taxa 7,66 2,63 10,29 11,02 7,2 9,57 9,57 6,27 8,3
atua ativamente na prevenção Segurança e Saúde no Trabalho Comitês de Ergonomia
Taxa de doenças ocupacionais 0,05 0,09 0,14 0,04 0,16 0,09 0 0,06 0,02
de acidentes. em empresas de abate e proces- • Programa de Prevenção de
samento de carnes e derivados. Riscos Ambientais Total de dias perdidos 10.846 9.278 20.124 20.388 7.182 27.570 10.585 8.029 18.614
Mantemos, ainda, mais dois Como iniciativa para aprimorar as • Programa de Controle Médico e Taxa de absenteísmo N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
mecanismos importantes: condições de saúde e segurança Saúde Ocupacional Total de óbitos 5 0 5 2 1 3 1 0 1
no setor frigorífico, em sintonia • Programa de Conservação
Serviços especializados em segu- com a legislação aplicável – em Auditiva
rança e medicina do trabalho: a especial as normas NR 10, NR 12, • Programa de Proteção Respira- Taxas de saúde e segurança de trabalhadores, por região
governança SSMA, composta por NR 13, NR 17, NR 36 e outras –, foi tória Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Comitês e Grupos de Trabalho implementado o Projeto Fábrica
2013
e com a participação de 10% da Legal a fim de eliminar ou mini-
Lesões com afastamento – 22 98 112 130
força de trabalho, representan- mizar ao máximo a exposição dos
do todos os níveis da organização, colaboradores (veja box). Taxa – 13 1,63 3,32 1,52
promove uma gestão sistêmica e Lesões sem afastamento – 20 1.089 107 647
participativa. O objetivo é monito- Atualmente, temos 66 acordos Taxa – 11,82 18,11 3,17 7,56
rar os programas SSMA, dissemi- e 22 convenções, dos quais cer-
Taxa de doenças ocupacionais – 0 0,13 0 0,2
nar informações e atender a polí- ca de 95% contemplam tópicos
tica, os princípios e os requisitos de saúde e segurança, como for- Total de dias perdidos – 1.637 4834 4.403 9.250
legais. Hoje, aproximadamente necimento de uniformes e equi- Taxa de absenteísmo – 1,14 4,4 3,25 2,89
4% da força de trabalho é treina- pamentos de proteção individual Total de óbitos – 1 – 1 3
da para atuar nas ocorrências e (EPIs), comitês de SST (Cipa) e
emergências. GRI G4-LA5 treinamentos em normas de saú-
de em geral. GRI G4-LA8 2014
Diálogos de Saúde, Segurança
Lesões com afastamento 4 30 57 66 178
e Meio Ambiente (DSSMA): pro- Somos signatários do protoco-
Taxa 6,23 3,57 1,15 1,88 1,68
grama dissemina informações lo de intenções celebrado com
para engajar os colaboradores o Tribunal Regional do Trabalho Lesões sem afastamento 5 32 654 436 787
no tema. Semanalmente, dicas da 12ª Região desde 2014. A par- Taxa 7,78 3,81 13,25 12,84 7,43
e orientações repassadas pre- tir do termo de adesão assinado, Taxa de doenças ocupacionais 0 0 0 0,09 0,12
sencialmente aos funcionários e criamos um comitê interinstitu-
Total de dias perdidos 19 1066 3.709 5142 17.634
terceiros fomentam o comporta- cional, visando à implantação de
mento seguro, a manutenção da programas e ações regionais de Taxa de absenteísmo – 0,94 4,37 4,11 3,26
saúde e a preservação do meio prevenção de acidentes de traba- Total de óbitos 1 0 0 0 2
ambiente. O DSSMA também lho (leia mais na p. 47).

2015
Lesões com afastamento 1 17 72 64 123
Projeto Fábrica Legal Taxa 1,56 2,25 1,48 2,2 1,26
Lesões sem afastamento 1 24 456 435 616
Conduzido há mais de um ano por um grupo multidisciplinar da BRF,
o projeto Fábrica Legal é pioneiro no setor em que atuamos. Em agos- Taxa 1,56 3,18 9,39 14,97 6,29
resultados

resultados
to de 2015, assinamos com o Ministério Público do Trabalho (MPT) um Taxa de doenças ocupacionais 0 0 0 0 0,04
acordo que reforça a gestão da saúde ocupacional em nossas unida- Total de dias perdidos 5 482 3383 3633 9493
des produtivas.
Taxa de absenteísmo          
Foram mapeadas melhorias em diferentes frentes de trabalho e
unidades produtivas. O primeiro acordo contempla ações na unidade Total de óbitos 0 0 1 0 0
de Capinzal (SC), que emprega atualmente cerca de 5 mil funcioná-
1. Os dados acima se referem a ocorrências com empregados diretos em todas as Unidades e negócios da BRF no Brasil. Não incluem infor-
rios. Outros acordos estão em processo de negociação. A expectativa mações de empregados contratados que ainda são registrados e monitorados em separado.
é abranger cerca de 30 mil funcionários nessa primeira etapa do pro- 2. As lesões acima reportadas inclui acidente de trabalho, doença ocupacional e acidente de trajeto.
3. A taxa de doenças ocupacionais considera somente com afastamento.
jeto, o que representa aproximadamente um terço do quadro da BRF.
94 4. As taxas são calculadas pelo número de acidentes x 1.000.000 dividido pelo homem horas trabalhadas. Portanto, a consolidação das
taxas entre os gêneros não basta ser somado, uma vez que o homem hora é variado. 95
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


100 %
dos transportadores que
prestam serviços para a BRF partici-
param de ações que promovem
o comportamento seguro.

Transporte seguro
Em 2015, demos continuidade à última etapa de implantação do
Programa de SSMA em Transportes e Distribuição, abrangendo todas
as unidades e centros de distribuição da BRF. No total, 100% (50%
envolvidos nas etapas 1 e 2 e 50% na etapa 3, em implementação) dos
transportadores que prestam serviços para a BRF foram envolvidos
25 %
foi a queda da taxa de
frequência de acidentes no
Capital Social
A BRF está comprometida com Também buscamos uma atuação construção, com a comunidade,
em ações que promovem o comportamento seguro, abordando temas transporte, resultado das ações seus públicos, construindo rela- sustentável, considerando a uti- de soluções customizadas para seu
como segurança, saúde, proteção ambiental e combate à exploração do Programa SSMA. cionamentos perenes, baseados lização de recursos naturais e o desenvolvimento.
sexual nas estradas. Essas ações desenvolvidas dentro do programa em confiança, agregando suas relacionamento com funcionários
permitiram reduzir em 25% a taxa de frequência de acidentes (aciden- demandas, necessidades e expec- e comunidade. Para isso, construí-
A viabilização das ações voltadas
tes por milhão de km) em 2015; consequentemente, houve redução de tativas ao negócio, bem como mos relações que compartilham às comunidades é realizada por
custos com franquia de seguro e outros custos indiretos. criando soluções que melhoram a valores com nossos stakeholders, meio do Instituto BRF, criado em
O programa tem como metodologia os 10 Elementos de Gestão, qualidade de vida de nossos cola- gerando a percepção do impac- 2012, cujo compromisso é fazer a
que buscam eliminar os acidentes e incidentes de transportes por boradores e sociedade. Somos to positivo que nossas atividadescoordenação corporativa das ativi-
meio do comportamento seguro. Os motoristas das transportadoras uma empresa global, com pre- causam em suas vidas. dades de promoção do desenvolvi-
parceiras são envolvidos diariamente com a aplicação de check list sença e produção local, orientada mento local, garantindo a gestão
nos veículos, diálogos de segurança e o Programa de Observação e para consumidor. Portanto, onde Comunidades locais compartilhada do investimento
Prevenção (POP) Rodoviário, que observa o comportamento do moto- estamos presentes, as relações Com a expansão global da BRF, as social da Companhia e do relacio-
rista, entre outras ações. com governos, entidades, clientes, comunidades locais ganham cada namento com as comunidades.
Como parte da nossa gestão, mantemos postos avançados de ge- fornecedores globais e comunida- vez mais complexidade e relevân- Também tem a função de incubar
renciamento de risco localizados nas principais unidades, realizando des são relevantes. cia. Além de oferecermos estrutu- ações que contribuam para avan-
a leitura dos tacógrafos, verificando o excesso de velocidade e a jorna- ra de apoio, investimos e damos çar sistematicamente em ques-
da dos motoristas. Além disso, realizamos: reuniões de DSSMA com Um exemplo da nossa busca por suporte para viabilizar projetos tões regionais de responsabilida-
resultados

resultados
as equipes; palestras de orientação quanto à velocidade nas estradas; melhorar relacionamentos é a que promovam o desenvolvimen- de social empresarial.
sinalizações; e check list de SSMA da frota. mudança nas relações com nos- to e o engajamento das pessoas
Também trabalhamos com Programa Círculo da Qualidade (CIQ), sos fornecedores, promovida des- nas comunidades em que atua- O modelo de atuação do Instituto
que busca constantemente melhorias em todos os processos do de 2014, estamos promovendo, mos para a transformação positi- tem como premissas a melhoria
transporte, bem como projetos que visam otimizar toda a operação cujo objetivo é buscar o equilíbrio va de seu ambiente. da qualidade de vida e o fortaleci-
com redução de custo, tempo e melhoria contínua na segurança dos de resultados e a sustentabilida- mento do protagonismo comuni-
colaboradores. de das parcerias comerciais. Hoje, Mais que mitigar potenciais impac- tário. Com isso, as ações realizadas
Os transportadores também são auditados periodicamente por nosso desafio é manter o produtor tos negativos da operação, bus- contribuem para oferecer oportu-
meio da ferramenta Gestão Integrada de Fornecedores (GIF), em que integrado rentável, estimulado e camos gerar uma agenda posi- nidades, promovendo transforma-
96 um dos pilares observados é a gestão de SSMA do prestador de serviço. próximo da BRF. tiva e participativa, voltada à ção e pertencimento de espaços 97
Em 2015, o Instituto BRF
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


públicos coletivos e a geração de crucial que o grupo de cerca de relacionamento com comunida-
conhecimento (inclusive técnico/ 320 colaboradores dos Comitês de des e seus canais de comunicação

estendeu sua presença,


especializado), buscando mudanças Desenvolvimento Local estivesse e mitigação de impactos negativos
positivas de hábitos e tendo foco na sensível e empático às questões no presente e no futuro da corpo-

apoiando ações de
melhoria dos serviços prestados. GRI e oportunidades sociais que sur- ração. Também participa do grupo
G4-SO2 giram nos municípios nas 32 uni- de trabalho que define estratégias

voluntariado no Nepal, na
dades produtoras, sedes adminis- de patrocínios vinculadas a incen-
O relacionamento com stakehol- trativas e centros de distribuição tivos fiscais, conectando o engaja-

Argentina e em Cingapura.
ders é o centro da estratégia de onde o Instituto atuou em 2015 mento da BRF em transformações
relacionamento com as comunida- no Brasil. Esse trabalho é parte da sociais positivas para a sociedade e
des e o investimento social privado estratégia de investimento social para o próprio negócio.
da BRF, que estabelece e fomenta da empresa e se reflete direta-
uma atuação intersetorial nas mente nos relacionamentos com O Conselho do Instituto é compos-
comunidades onde a Companhia o público externo e na reputação to de lideranças da Companhia, e
está presente. Por isso, o respeito, do negócio. GRI G4-26, G4-SO1 as gerências locais são envolvidas
a transparência e a corresponsa- nos processos e nas estruturas de
bilidade permeiam todas as rela- Os gestores dos projetos sociais governança. As decisões estraté-
ções que o Instituto BRF estabele- desenvolvidos se reúnem men- gicas sobre investimentos e pro-
Destaques do Instituto BRF GRI G4-EC8, G4-SO1
ce com seus parceiros. salmente com o IBRF, por con- jetos são influenciadas por essas
ferência, a fim de acompanhar discussões e contam com a aná- Programas-foco em 2015 Impacto
O Instituto manteve seu foco na indicadores do trabalho e tomar lise de dados de plataformas e Mais de 5 mil pessoas beneficiadas pelas ações de educação e mobilização do projeto.
melhoria da qualidade de vida nos decisões de forma participativa. índices como ISE (BM&FBovespa),
20 toneladas de resíduos sólidos retirados da comunidade.
municípios onde a Companhia está Dow Jones Sustainability Index
presente. Em 2015, essa busca foi Para 2016, o IBRF tem como prin- e Censo GIFE. Outra importante 86 ações de educação e mobilização local.
intensificada através do que a BRF cipal oportunidade a expansão ferramenta é o Benchmarking de Projeto ReciclAção (RJ)
Apresentação do caso de sucesso do projeto na Environmental Protection Agency
faz bem: alimento. Neste sentido, da estratégia social em âmbito Investimento Social Corporativo (EPA), em Washington (EUA), Agência Americana de Proteção Ambiental.
o alimento em suas diferentes global. Também assumirá o com- (BISC), realizado pelo Comunitas,
abordagens foi uma das alavancas promisso de buscar ser referência que direciona as práticas segundo Reconhecimento externo pelos resultados alcançados com o recebimento do
certificado de tecnologia social na 8.ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de
fundamentais para impulsionar o mundial em investimento social, tendências e experiências positi- Tecnologia Social.
movimento da transformação nas promovendo inovação social para vas do mercado. GRI G4-SO1
Devido ao tornado que ocorreu no oeste de Santa Catarina, em 20 de abril de
comunidades. que as comunidades sejam luga- 2015, o Instituto BRF realizou uma campanha de arrecadação de recursos entre os
res sustentáveis, sendo, assim, Em 2015, o Instituto BRF rees- funcionários para auxiliar colaboradores e serviços atingidos pelo evento. A campanha
reuniu doações de funcionários de toda a Companhia e contou com um matching fund,
Assim, o IBRF gera valor para e mais saudáveis, mais justas e mais truturou suas regiões de atuação,
em que a BRF contribuiu com R$ 1,00 por cada R$ 1,00 doado por funcionário.
pela Companhia, à medida que integradas; e direcionando e qua- reduzindo sua atuação no Brasil
estabelece relações transparen- lificando a atuação social da BRF. devido à alienação das unidades de Resultados da campanha:
•2  2.560 funcionários e acionistas participaram da campanha, realizando doações de
tes, respeitosas, de aprendizado e lácteos da operação da BRF, e ini-
diferentes valores.
corresponsabilidade entre empre- Gestão dos impactos GRI G4-EC8, ciando sua presença internacional, • 1 28 unidades de negócio se envolveram na campanha em todo Brasil.
sas, sociedade civil e poder públi- G4-SO1, G4-SO2 realizando ações de voluntariado •V  alor total arrecadado: R$ 980.430,48.
co. Essa relação permite que dife- Para potencializar seus impactos no Nepal (por meio do escritório
Com o valor arrecadado foi possível ajudar as pessoas afetadas pelo tornado e ainda
rentes influências e interesses das sociais, econômicos e ambientais, da BRF em Dubai), na Argentina Fundo de Ajuda
compor um fundo para ajuda emergencial a funcionários e seus familiares afetados
Emergencial – Campanha
partes interessadas possam ser e as ações desenvolvidas para e em Cingapura. Com isso, seguiu Solidária Xanxerê e Ponte
por catástrofes naturais:
canalizados, construindo e unin- tratá-los, o Instituto BRF realiza, aprofundando seus projetos de Serrada
•7
 1 pessoas foram beneficiadas com doações em materiais e em espécie para
do esforços em prol da busca do junto com os Comitês de Desen- protagonismo comunitário, inves- recuperação de suas residências afetadas por chuvas e tornados;
objetivo comum: desenvolvimen- volvimento Local, monitoramen- tindo na atuação intersetorial •d
 uas instituições (um centro social para crianças e um hospital) foram recuperadas
com doações da campanha.
to dos territórios. O Instituto man- to mensal e avaliações anuais para resolução de desafios locais
•R
 $ 539.305,52 foi o valor total dos repasses destinados em 2015 (dos quais um
tém uma relação de ganha-ganha, dos projetos implementados nos – envolvendo empresa, socieda- repasse no valor de R$ 30.000 será realizado no início de 2016).
que fortalece o protagonismo, res- municípios. O Instituto também de civil e poder público –, contri- •R
 $ 441.124,96 estão disponíveis no fundo de ajuda emergencial para situações
similares nos próximos anos.
peita valores e gera outros novos, está engajado em diversos gru- buindo para a melhoria do aten-
reforça vínculos e ativa o papel pos de trabalho multidisciplinares, dimento de organizações sociais Todas as doações são realizadas seguindo critérios de priorização (severidade, valor
resultados

resultados
cidadão de cada ator envolvido, com áreas corporativas e das uni- e escolas em todos os municípios das perdas, renda variável, crianças, idosos, pessoas com deficiência/doenças crônicas)
e têm teto máximo, sendo estudadas caso a caso (R$ 30 mil para funcionários; R$ 7 mil
criando consciência e colocando a dades de negócio para garantir o onde atuou no Brasil. Como em
para familiares).
sociedade em movimento. engajamento social da Companhia 2014, adotou os temas qualidade
Realização de campanha de arrecadação e ação de voluntariado pelos funcionários do
nos seus mais diferentes processos. de vida e alimentação equilibrada
GM MEA para auxiliar a recuperação de vítimas do terremoto no Nepal, ocorrido em 25
Em 2015, as lideranças da BRF como pauta de sua atuação, pro- de abril. Em parceria com a ONG Flea 4 Charity (Dubai, Emirados Árabes).
estiveram presentes e ativas no Por exemplo, faz parte do gru- movendo duas grandes ações no Programa Voluntários BRF –
Ação de voluntariado em Cingapura, realizada pelo escritório local, com doação de
engajamento e na mobilização po de trabalho corporativo que ano, chamadas Ações Voluntários Atuação internacional
alimentos para a ONG Willing Hearts.
tanto de colaboradores quanto orienta o avanço da estratégia BRF (8.ª e 9.ª edições), para garan-
de novos parceiros e membros da operacional da Companhia, asse- tir a relevância do tema nas comu- Realização de atividades de voluntariado e mobilização comunitária em duas unidades
98 comunidade local. Também foi gurando aprofundamento no nidades onde atua. na Argentina, nas cidades de Baradero e San Jorge.
99
Investimento em infraestrutura e desenvolvimento GRI G4-EC7 Voluntários BRF
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


desse trabalho interssetorial

Nossos programas
Programa Voluntários BRF Comunidade Ativa O voluntariado é o coração do pode-se destacar a incidência em
investimento social privado da política pública no município de
Campo Verde, Campos Novos, Capinzal,
Concórdia, Dourados, Faxinal dos Guedes, BRF. Tem como objetivo viabilizar Francisco Beltrão (PR), que, após
Francisco Beltrão, Herval D’Oeste, Itajaí, Jataí,
Campos Novos, Concórdia, Dois Vizinhos, a atuação voluntária dos colabo- a criação do Conselho de Enfren-
Localização Jundiaí, Lajeado, Nova Mutum, Ponta Grossa,
Francisco Beltrão e Vitória de Santo Antão radores da Companhia em ações tamento de Drogas, sancionou
Rio Verde, Serafina Corrêa, Tatuí, Uberlândia,
Várzea Grande, Videira e Vitória de Santo de melhoria da qualidade de vida pelo Legislativo três projetos de
Antão nos municípios onde a BRF está lei, visando à segurança e à cons-
Revitalização de praças, quadras de esportes, presente. Em 2015, o Programa ciência no consumo de álcool no
Revitalização de quadra esportiva; estudo
parques de lazer e trilha ecológica; reforma Voluntários BRF expandiu sua município.
de adequação em topografia; construção
Descrição em creches e escolas; adequação de
de cisterna; construção de parque, horta e atuação no Brasil e, pela primeira
bibliotecas, brinquedotecas e sala de vídeo,
cozinha comunitária vez, no mundo. Foram duas uni- Portas abertas
entre outros
Investimento
dades no Brasil (sedes adminis- Viabiliza a visita de familiares,
R$ 263.143 R$ 347.609 trativas – São Paulo e Curitiba) e escolas, universidades, organiza-
(R$)
Aumento de participação e engajamento de
o lançamento do programa em ções sociais, grupos comunitários
stakeholders estratégicos à operação das sete unidades internacionais: e outros públicos às unidades
Impactos Melhoria dos serviços oferecidos pelas ONGs
unidades locais BRF, para a realização de cinco na Argentina, uma em produtivas, sedes administrati-
atuais ou e escolas; melhoria da qualidade de espaços
projetos de desenvolvimento social relevantes
esperados sobre verdes e áreas de lazer; e realização de
ao município; diminuição da dependência
Cingapura e uma em Dubai. Com vas e centros de distribuição da
comunidades e projetos compartilhados de desenvolvimento isso, o programa alcançou mais Companhia. Nas visitas, também
econômica de atores locais às unidades locais
economias locais local
BRF; e realização de projetos compartilhados de 200 mil pessoas com as ações são disseminadas boas práticas
de desenvolvimento local
realizadas pelos colaboradores da BRF sobre Saúde, Segurança
Tipo de da Companhia. O programa focou e Meio Ambiente (SSMA). Em
Em espécie e gratuito Em espécie e gratuito
investimento
a atuação social nas diferentes 2015, 768 pessoas estiveram nas
abordagens em que o alimento unidades, em 48 visitas.
pode promover transformação
O ReciclAção, projeto de educação (eventuais denúncias); eventual de taludes/barragens; problemas positiva: nutrição, promovendo ReciclAção
ambiental, mobilização comuni- dano à imagem da Companhia em captações de água a jusan- práticas e hábitos de vida saudá- Suas ações propõem uma
tária e gestão de resíduos sólidos, (mídias escritas e televisão); e te dos rios utilizados para des- vel; cultura, valorizando diferen- mudança de comportamento,
tem como objetivo erradicar os grandes desembolsos financeiros cartar efluentes industriais, em tes culturas por meio das tradi- com ampliação da consciência
riscos socioambientais no Morro com projetos de adequação dos virtude de eventual colapso em ções culinárias; e oportunidade, ambiental e engajamento dos
dos Prazeres, localizado em Santa processos geradores de eventual estações de tratamento de efluen- incentivando o empreendedoris- moradores da comunidade, por
Teresa (RJ), por meio de parceria impacto ambiental. Os impactos tes; e explosão em depósito de mo e a inovação social na área de meio de processos educativos e
entre poder público, iniciativa pri- negativos potenciais identificados grãos (semelhante ao ocorrido no alimentos. Em 2015 o Instituto de mobilização, para que façam
vada e sociedade civil organizada. são: poluição de recursos hídri- porto de São Francisco do Sul – SC). BRF e a BRF contaram com 3 mil a correta gestão de seus resíduos
cos em eventuais rompimentos GRI G4-EC8 voluntários atuantes nas ações e promovam a reciclagem. Os
Entre os impactos econômicos de voluntariado e mais de 22 mil resíduos encaminhados para re-
indiretos identificados pela BRF funcionários que participaram ciclagem são vendidos a recicla-
estão o desenvolvimento de negó- da campanha de doação para as doras parceiras e geram recursos
cios com propósito inclusivo (como vítimas do tornado de Xanxerê e que a própria comunidade rein-
ReciclAção); o aumento de produ- Ponte Serrada, ambos municípios veste em projetos locais, promo-
ção e compras; e o desenvolvimen- de Santa Catarina, e foi estendido vendo melhoria nas condições

Os negócios da BRF geram


to de terceiros, na cadeia de supri- ao auxílio de pessoas de outros de vida. Em 2015, no seu terceiro
mentos, entre outros. Também municípios atingidos por situa- ano de atividade, o projeto atuou

impactos indiretos, como


identificamos impactos negati- ções emergenciais, por meio da no Morro dos Prazeres (Rio de
vos reais, de ocorrência eventual: constituição de um fundo. Janeiro) e conseguiu dobrar o vo-

aumento de produção e de
poluição atmosférica (emissão lume de resíduos sólidos coleta-
de pós/poeiras, fuligem, fumaça Comunidade ativa dos em relação a 2014, atingindo

compras e desenvolvimento
preta, odores) em comunidades Estimula a formação de redes 20 toneladas/ano. O Grupo de
vizinhas; poluição sonora (recla- entre representantes da so- Trabalho integrou a delegação
resultados

resultados
de terceiros, na cadeia
mação de altos níveis de ruído, ciedade civil, do poder público brasileira que apresentou a
principalmente em regiões alta- e da iniciativa privada para a iniciativa no “Philly-Rio Expe-

de suprimentos.
mente povoadas e durante a safra/ construção de projetos coletivos rience”, seminário internacional
safrinha de grãos); eventual rece- de desenvolvimento para as direcionado ao desenvolvimento
bimento de auto de infração e con- comunidades locais. Em 2015, comunitário sustentável a partir
sequente desgaste jurídico peran- o programa foi responsável por da redução de riscos ambientais.
te os órgãos ambientais; embargos articular a atuação entre os
de documentos legais (licenças, setores da economia, correspon-
outorgas, autorizações); desgas- sabilizando e potencializando as
100 te com a comunidade do entorno iniciativas existentes. Como fruto 101
Governos, instituições Consumidor: no centro
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


e setor da decisão

A BRF está empenhada em man- pela transparência em suas rela- alimentos à base de carnes, cujo Como reflexo de sua estratégia, Nosso principal canal de relacio- Também investimos, nos últimos
ter um relacionamento estreito ções, pela idoneidade das candi- maior foco será o abastecimen- a BRF tem buscado se aproximar namento é o Centro de Serviços anos, na criação e na manuten-
com entidades e associações que daturas e pelo apoio a projetos de to local, que possibilitará inte- cada vez mais dos consumidores ao Consumidor, disponível para ção de canais digitais. A marca
representam seu segmento de governo voltados ao desenvolvi- ração direta com a comunidade finais. O objetivo é firmar nossa as diferentes marcas no Brasil corporativa, por exemplo, pos-
atuação, a fim de garantir a pere- mento do agronegócio. O apor- local onde a BRF passará a estar posição como uma empresa com e no exterior. Nesse canal, fun- sui site (www.brf-global.com) e
nidade dos negócios e sua contri- te de recursos sempre obedece inserida.  vocação de mercado, em vez de cionários próprios da BRF trei- redes sociais – Twitter (@brf_bra-
buição para o desenvolvimento ao que dispõe a legislação elei- um player industrial, sempre aten- nados para o atendimento inte- sil), Linkedin (www.linkedin.com/
dos mercados em que atua. Nas toral do Brasil, sendo divulgado A BRF usufrui de incentivos fiscais ta às necessidades, demandas e ragem com os consumidores e company/brf) e Youtube (www.
relações setoriais, priorizamos no site do Tribunal Superior Elei- e financeiros nas esferas federal, preferências das regiões nas quais clientes para esclarecer dúvidas youtube.com/user/brfglobal).
participar de discussões vincula- toral (TSE). Em 2015, não houve estadual e municipal, como incen- está presente. e lidar com elogios e reclama-
das ao nosso core business, ocu- eleições e, por isso, não fizemos tivo à produção ou comercializa- ções. O nosso nível de satisfação Sadia, Perdigão, Qualy e Perdix,
pando cargos diretivos ou atuan- doações. GRI G4-SO6 ção local, sendo essenciais para o A BRF possui a Norma Corporati- no atendimento em 2015 foi de entre outras marcas no Brasil e
do de forma consultiva. Somos desenvolvimento socioeconômi- va de Atendimento a Consumido- 93%. GRI G4-PR5 no exterior, também mantêm
signatários de vários pactos e ini- O Manual de Transparência BRF co das regiões e tendo como con- res e Clientes, buscando garantir contas próprias em redes sociais
ciativas voluntárias que propõem (nosso código de ética e conduta) trapartida a geração de empre- a padronização do nível de ser- Além disso, a BRF mantém canais e sites institucionais, com recei-
o aprimoramento das práticas da estabelece que todos os adminis- gos diretos e indiretos, além do viço, bem como o cumprimento de denúncias, para acolher conta- tas, informações sobre produtos
indústria, com foco na sustentabi- tradores e colaboradores da BRF fomento às parcerias locais com integral do Código de Defesa do tos sobre temas como ética e inte- e orientações de uso destinadas
lidade empresarial. são proibidos de participar de atos transportadores, pequenos pro- Consumidor. gridade (leia mais na p. 35). aos consumidores.
de propina e/ou corrupção, passi- dutores e ao desenvolvimento de
Dentro dos mais restritos padrões va ou ativa, direta ou indiretamen- novos fornecedores.
legais, éticos e morais, seguindo te. Também é terminantemente interações via SAC*
regras brasileiras e internacionais, proibido frustrar, fraudar, ludi- 2013 2014 2015
como a americana Foreign Cor- briar, impedir ou perturbar proce- Positivas 75% 52% 74%
rupt Practices Act (FCPA), a Sar- dimentos licitatórios públicos ou
Negativas 25% 48% 26%

Nossa
banes-Oxley (SOX), a Lei Anticor- privados. GRI G4-SO4
rupção brasileira (12.846/2013) * Em 2014 tivemos uma transição do sistema operacional, o que alterou a base de dados.

vocação
e o United Kingdom Bribery Act No âmbito do governo federal,
(UKBA), a BRF contribui para o uma conquista do setor em 2015
processo eleitoral fazendo doa- foi a preservação da desoneração é compreender as necessida- a qualidade está No eixo de segurança alimentar, a
ções para campanhas políticas, da folha de pagamentos sobre os des, demandas e preferências em todos nós GRI G4-PR1 Companhia toma a avaliação de
com o objetivo de ajudar a demo- segmentos de aves e de suínos, das regiões nas quais estamos Nosso compromisso de oferecer impactos na saúde dos consumi-
cracia brasileira. A BRF faz doa- possibilitando a manutenção de presentes. produtos de qualidade que con- dores como uma premissa bási-
ções políticas somente em anos empregos do setor. No âmbito Rede de grupos setoriais tribuam para uma vida saudável ca de trabalho, incluindo fabrica-
eleitorais; também não tem a prá- estadual, a principal parceria fir- e empresariais GRI G4-16 se traduz em diversas iniciativas, ção, acondicionamento, consumo,
tica de realizar contribuição con- mada pela BRF foi com o governo incluindo a gestão do ciclo pro- transporte e conceituação. Por
tínua. Definimos nosso apoio a do estado do Rio de Janeiro e com •R  edEAmérica dutivo, controles na cadeia de dis- meio da Política Interna de Qua-
partidos políticos (não a pessoas) o município de Seropédica.  Esta- • Associação Brasileira tribuição e nos pontos de venda e lidade e Segurança de Alimentos,
a partir de critérios estabeleci- mos construindo a 36.ª fábrica de Indústrias da Alimentação melhorias em formulação e desen- das normas do Sistema da Qualida-
dos internamente, que prezam no Brasil, empreendimento de (Abia) volvimento de produtos. de BRF e do Programa de Análise de
• Instituto Ethos Perigos e Pontos Críticos de Con-
•S  indicato Nacional da Indústria Impactos e ocorrências relaciona- trole (HACCP, na sigla em inglês),
de Alimentação Animal dos à saúde e à segurança do con- são estabelecidos procedimentos-
(Sindirações) sumidor são críticos, por poder -padrão, medidas e critérios que
• I nstituto Brasileiro de afetar diretamente a reputação abrangem todos os produtos e as
Governança Corporativa (IBGC) e a imagem da Companhia, além unidades da BRF, livrando-os de ris-
• Grupo de Institutos, Fundações de gerar reflexos nos resultados cos sanitários e legais. Hoje, 100%
resultados

resultados
e Empresas (GIFE) financeiros com reprocesso, des- dos produtos BRF são avaliados no
• I nstituto Brasileiro dos truição de produtos e custos liga- programa HACCP.
Profissionais de Relações com dos ao recolhimento, à não venda
Investidores (Ibri) e a problemas de qualidade. Por A Companhia também possui
• Comunitas/BISC isso, o planejamento estratégi- padrões de certificação BRC,
• Comitê de Pronunciamento co contempla o tema qualidade, IFS, Global-GAP, AloFree e ISO
das Melhores Práticas e considerando-o um alicerce para a 17025:2005 e é auditada externa-
Comissões Técnicas do Mercado abertura de mercados, a manuten- mente por diversos mercados e
de Capitais (Codim) ção de exportações e para assegu- clientes, além de órgãos compe-
102 rar a boa imagem da BRF. tentes brasileiros – Ministério da 103
Sódio para quê?
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Agricultura, Pecuária e Abasteci- O número de reclamações tem (alimentos autorizados para con- O aprimoramento nutricional de
mento (Mapa) e Agência Nacional diminuído, mas o valor repor- sumo com base nos padrões islâ- produtos industrializados é um
de Vigilância Sanitária (Anvisa). tado aumentou – os dados não micos). Como exemplos de adap- grande desafio para a indústria e Além de contribuir para a
são comparáveis em função da tação às regulações de mercado, foi o grande foco da modificação definição de sabor, o sódio é um
Em 2015, demos continuidade às mudança de conceito e da base tivemos de adequar nossas rotu- e do melhoramento da composi- importante ingrediente para
ações para aprimorar os padrões de dados. No entanto, houve lagens para atender a nova legis- ção nutricional dos produtos BRF a qualidade final dos produtos,
de qualidade de nossos produ- aumento na satisfação do clien- lação da União Europeia, que pas- em 2014, reduzindo sódio e gordu- por sua capacidade de conser-
tos, baseados na estratégia de te (leia mais na p. 104). Já no eixo sou a vigorar em janeiro de 2015. ras e enriquecendo com vitaminas vação. A fim de reduzir os níveis
negócios que visa à consolidação de auditorias, nossa meta era de e minerais. Em 2015, a estratégia do sódio em nosso portfólio,
da BRF como companhia líder e 95% de conformidade em audito- Perfil nutricional nutricional foi completamente nossa área de Pesquisa, Desen-
admirada pelos consumidores. rias de clientes e órgãos oficiais GRI G4-FP6, G4-FP7 revista. Nesse processo, reformu- volvimento e Inovação (PD&I)
do Brasil e de mercados do exte- Estamos atentos aos diversos lamos o conceito de “produtos faz estudos constantes sobre o
Por meio de grupos de trabalho rior. Em 2015, atingimos 97%. desafios relacionados ao nosso saudáveis” e definimos como foco assunto, buscando alternativas
multidisciplinares, mapeamos setor, em especial quanto à neces- a adequação nutricional frente ao tecnológicas e de ingredientes.
um conjunto de produtos para Rotulagem GRI G4-PR3 sidade de aprimoramento do per- momento de consumo. Dentro
monitoramento mais próximo No intuito de estimular escolhas fil nutricional dos produtos indus- dessa nova estratégia, estamos
em aspectos de qualidade, a conscientes de compra por par- trializados. Setorialmente ou de revisando os critérios nutricionais
fim de oferecer produtos homo- te do consumidor, a BRF adota maneira direta, por meio de ino- de nossos compromissos, tornan-
gêneos ao mercado, livres de a legislação brasileira de rotu- vações, debates e pesquisas, res- do esse um pilar robusto e forte
variações e inconsistências nos lagem e comunicação de marca, pondemos ao avanço dos estudos nos próximos três anos.
padrões. Assim, o objetivo é redu- em linha com o Código de Defesa que relacionam problemas como
zir as reclamações de consumido- do Consumidor, e capacita os fun- obesidade, diabetes e doenças Ainda em 2015, trabalhamos em
res e garantir que os produtos dis- cionários de áreas como Qualida- crônicas ao consumo de alimen- parceria com a Subway em um pro-
ponibilizados serão encontrados de e SAC para garantir o forneci- tos ricos em gorduras, sódios e jeto clean label, alterando a for-
com as mesmas características mento de informação precisa ao açúcar, conciliando a seguran- mulação de itens cárneos da rede,
em diferentes regiões do plane- público. Para nós, o atendimen- ça da produção e os atributos de entre eles: Presunto Black Forest,
ta. Até 2015, o monitoramento to contínuo de normas de rotula- sabor à busca por alimentos mais Peito de Peru, Peito de Frango e
era realizado nas rotinas das uni- gem e a adaptação a alterações nutritivos e saudáveis. Peito de Frango em Cubos. Impor-
dades, de forma estruturada, em dessas normas são um importan- tante destacar que, como fornece-
todo o processo. Agora, o moni- te requisito para gestão de ris- No setor, a Associação Brasilei- dor exclusivo de salame e pepero-
toramento está sendo estrutura- cos, evitando multas e sanções ra das Indústrias de Alimentos ni da rede no Brasil, esses itens já
do considerando também o pon- e garantindo nossa reputação (Abia) discute meios para reforçar foram desenvolvidos com o novo
to do PDV e do cliente, focando perante o consumidor final. atributos de saudabilidade nos conceito. Clean label representa
a qualidade. Em 2016, a expec- produtos e marcas das empre- produtos formulados que priori-
tativa é saltar de nove para 20 Hoje, 100% dos produtos da BRF sas do setor, com a participação zam ingredientes naturais em sua
produtos monitorados de forma estão em sintonia com as normas direta da BRF. Desde 2008, nos- composição, descritos de forma
constante. de rotulagem de produtos dos dife- sos esforços na eliminação do uso simples e de mais fácil compreen-
rentes mercados em que atuamos. de gordura trans na formulação. são pelo consumidor. Além dessa
A BRF identifica uma série de No Brasil, atendemos as normas da Para isso, realizamos pesquisas e parceria, a formulação das lingui-
impactos sociais e ambientais nas Anvisa, do Mapa, do Ministério da testes sensoriais, de desempenho ças defumadas Sadia embaladas
fases do ciclo de vida de seus pro- Justiça e do Instituto Nacional de e segurança em todas as catego- foi revisitada e houve uma redu-
dutos. Na fase de pesquisa e desen- Metrologia, Normalização e Quali- rias de produtos. GRI G4-16 ção de 30% de sódio na composi-
volvimento, por exemplo, a homo- dade Industrial (Inmetro). Assim ção dos itens dessa categoria.
logação de fornecedores e os como no que concerne às normas A redução de níveis de sódio é
padrões de segurança são aspec- de bem-estar animal, inspiramo- outro eixo de atuação importan-

A BRF revisou a estratégia


tos críticos; na fase de certificação, -nos nos controles sanitários e de te: desde 2013, nos compromete-
a transferência de conhecimentos rotulagem de regiões como o blo- mos, via Abia, a reduzir os níveis

nutricional em 2015,
e boas práticas para empresas ter- co da União Europeia. de sódio em produtos da cate-
ceiras; na produção, destaca-se a goria cárneos (presuntaria, sal-
resultados

resultados
em linha com o foco de
fabricação em empresas terceiras Além dos dados regulatórios, sichas, linguiças, hambúrgueres,
e o cumprimento de padrões de nossos rótulos de produtos con- empanados de frango e morta-

promover a modificação
higiene e segurança; no marke- têm informação adicional, como delas). As metas foram traçadas
ting e promoção, são impactantes selos de reciclagem e coleta sele- para 2015 e 2017, com perspec-

e o melhoramento da
a destinação de produtos e a for- tiva de embalagens (no Brasil), tiva de atualização em 2020. Na
ma de preparo e consumo, comu- sinalização sobre ingredientes BRF, trabalhamos para adequar

composição nutricional
nicada de modo a evitar erros ou considerados alergênicos e cer- as linhas de salsicha, mortade-
dúvidas; no armazenamento e na tificados religiosos exigidos por la, linguiças curadas e presunto

de seus produtos.
distribuição, a rastreabilidade e a alguns mercados, como o Orien- cozido para atender esses novos
104 cadeia de frios têm relevância. te Médio e a certificação halal percentuais. 105
Nossos fornecedores
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


A BRF possui uma cadeia de forne- trouxe fornecedores para a discus- Cadeia de fornecimento1 GRI G4-12, G4-FP1
cimento complexa e global, que são sobre o futuro da Companhia, Volume comprado
envolve processos de compra, atitude inédita que demonstra Tipo de negócio Perfil e categorias
Número de Regiões dos fornece- em conformidade
cotação e negociações nacional estarmos cada vez mais próximos parceiros2 dores com política de
compras
e internacional. Nesse contexto, dos fornecedores, numa visão que
Os fornecedores de suínos se Argentina
buscamos otimizar nossos cus- evolui do papel de simples prove-
enquadram como parceria, compra Canadá
tos e controlar riscos, ganhos de dor para um agente realmente e venda, consignado e comodato, Estados Unidos
Agropecuária
rentabilidade e eficiência, bem participativo no futuro da BRF. enquanto produtores de aves e 16.563 Paraguai
fornecedores de ovos se enquadram BRASIL: DF, GO, MG,
como reduzir os impactos e os
como parceria MS, MT, PR, RS, SC, SP
riscos socioambientais. Para Outro importante encontro de
África do Sul,
isso, temos como propósito estar relacionamento com a cadeia foi
Alemanha, Andorra,
cada vez mais próximos de nos- o VIVA Integração, que reuniu 250 Antilhas, Arábia
sos fornecedores, com o intuito participantes – entre colaborado- Saudita, Argentina,
Austrália, Áustria,
de aprender e fazer juntos, tendo res e líderes da BRF e cerca de 180
Bélgica, Bulgária,
como objetivo a busca por melho- produtores integrados do Brasil e Canadá, Catar,
ria em suas práticas. da Argentina – em Curitiba (PR). Na Chile, China, Chipre,
Cingapura, Colômbia,
ocasião, foram debatidos novos
Croácia, Dinamarca,
A Companhia está voltada para a modelos de trabalho em defesa de Emirados Árabes,
construção de conexões, e esta- interesses comuns da Companhia Eslováquia, Espanha,
Estados Unidos,
mos trabalhando fortemente com e de seus parceiros, baseados em
Filipinas, Finlândia,
as redes de relacionamento inter- confiança mútua, pertencimento Franca, Grécia,
na e externa, no sentido de asse- e partilha de desafios. Diretos Holanda, Hungria,
Indiretos Índia, Irlanda,
gurarmos um crescimento mútuo
Suprimentos Fretes 16.890 Islândia, Israel,
com custos competitivos, por meio Também estamos preocupados Parcerias Itália, Japão, Kuwait,
de inovação e novos modelos de em entender como os fornecedo- Logística3 Líbano, Liechtenstein,
Lituânia, Malásia,
abastecimento, que otimizem res estão percebendo nossa atua-
Marrocos, Nova
aspectos tributários e alavanquem ção em relação à sustentabilida- 100%
Zelândia, Omã,
as sinergias e economias de escala de. Em novembro, concluímos Panamá, Paraguai,
Polônia, Portugal,
global. Entre os nossos fornecedo- uma pesquisa com fornecedores
Reino Unido,
res estão: produtores integrados de suprimentos que contou com República Tcheca,

37mil
(agropecuários), parceiros locais 253 respondentes, do total de 534 Servia, Suécia, Suíça,
Tailândia, Turquia,

+de
e estratégicos para o nosso negó- convites enviados, entre públi-
Ucrânia, Uruguai.
cio; suprimentos; grãos, farelos e co interno e externo. Em linhas BRASIL: AC, AL, AM,
óleos; e logística (veja quadro). gerais, o trabalho de Procure- AP, BA, CE, DF, ES, GO,
MA, MG, MS, MT, PA,
ment foi bem avaliado: 78% dos
PB, PE, PI, PR, RJ, RN,
2015, em suma, foi o ano em que pequenos e médios fornecedores RO, RS, SC, SE, SP, TO
trouxemos o fornecedor para den- e 67% dos grandes nos pontua- empresas, cooperativas Produtores rurais: compra direta da
tro de casa e consolidamos a ges- ram com nota acima de 7, numa e parceiros de negócios com- lavoura para a BRF (representam
tão de Procurement na BRF Global. escala de 1 a 10, para questões põem nossa cadeia de forne- 89,4% do número de parceiros)
Assim, promovemos uma mudan- que avaliaram a atitude de nos- cimento, nas categorias agro- Cerealistas: empresas de pequeno
ça de paradigma na forma como sos profissionais (ética, cultura); a pecuária, suprimentos e grãos, porte que são intermediárias no Argentina
mercado de commodities (grãos) Emirados Árabes
nos relacionamos com nossos disposição na construção dos rela- farelos e óleos. Grãos, farelos Paraguai
Tradings: empresas de grande porte 4.515
fornecedores estratégicos (ener- cionamentos; a busca conjunta de e óleos Portugal
que operam como intermediárias BRASIL: GO, MG, MS,
gia elétrica, embalagens e fretes oportunidades; robustez e com- no mercado de grãos MT, PR, RS, SC, SP
internacionais), criando conexões pliance de nossos processos; ges-
Cooperativas: sociedade civil/
mais fortes e compromissadas, tão da performance; preocupação comercial sem fins lucrativos,
vivenciando o conceito de “par- com a sustentabilidade; e busca formadas por grupos de produtores
resultados

resultados
ceiros de negócio”. de inovação. rurais
1. Escopo considera nível global.
O primeiro passo ocorreu em Percebemos que temos oportuni- ​ . Mudança considerável de dado em função da inclusão de todos os fornecedores globais ativos da Companhia, desconsiderando lácteos.
2
3. Em 2015, incluímos as contratações de logística em suprimentos.
junho, quando reunimos mais de dade para desenvolvimento. Nos-
100 transportadores para con- so próximo passo é entender o que
versar sobre segurança, saúde e motivou essa avaliação e quais
melhorias no processo logístico, os pontos de melhoria. Já temos
movimento denominado VIVA programados para 2016 eventos
Community. Em setembro, rea- com fornecedores para entender
106 lizamos o VIVA BRF Week, que melhor esses pontos. 107
Sinergia nos processos de
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Nossa gestão principais elementos da gestão
A gestão dos fornecedores está de fornecedores (Código de Con-

compras permite à BRF manter


diretamente ligada à estratégia duta para Fornecedor, Política de
da BRF e é essencial para garantir SSMA, Código de Ética e Conduta),

uma cadeia competitiva e


o desempenho contratado, pos- estamos revisando a metodologia
sibilitando o gerenciamento de e os materiais de apoio para aten-

reduzir os custos de operação.


riscos da cadeia, dando orienta- der ao mercado internacional.
ção de práticas de sustentabili-
dade ambiental, social e econô- Suprimentos
mica e de relacionamento com a Em função da expansão dos inves-
comunidade. timentos realizados pela BRF, uma
das áreas com maior demanda foi
Nossa operação é diretamen- a de compra de máquinas e equi-
te impactada, uma vez que nos- pamentos, além de categorias
sos parceiros precisam aderir como energia elétrica, embala-
Consolidamos, em 2015, a gestão dos processos de compras nas às práticas de sustentabilidade gens e fretes internacionais. Con-
Integração global
regiões Latam, MEA e Europa e iniciamos na Ásia, replicando modelos, adotadas pela Companhia para seguimos obter significativas
padrões, governança, auditabilidade e procedimentos que já esta- garantirmos que nossa cadeia de melhorias em custo em fretes
vam solidificados no Brasil. Nossas equipes regionais também foram fornecimento represente nossas internacionais e no segmento de
consolidadas, passando a reportar seus resultados para a Diretoria de práticas e pactos assumidos. Os máquinas e equipamentos, além
Procurement do Brasil (GPO – Global Procurement Office), que esta- impactos financeiros na empresa de levarmos oportunidades de
beleceu metas para os principais indicadores e implementou ciclos podem ser percebidos pela redu- compartilhamento de benefícios
mensais de verificação de performance. Os resultados melhoraram ção do número de fornecedores com nossos fornecedores parcei-
significativamente ao longo do ano. em algumas categorias por causa ros, em função do aumento de
da eventual não aderência a requi- volumes de aquisição. Nos seg-
Em complemento, criamos no Brasil uma estrutura com foco na sitos de sustentabilidade, assim mentos como energia elétrica e
internacionalização, responsável por mapear e capturar ganhos de reduzindo a oferta, na prevenção embalagens, focamos em tornar
sinergia nas categorias com perfil global, com as quais temos con- de perdas com a avaliação preven- mais eficiente o consumo e pro-
dições de negociar simultaneamente a demanda de várias regiões, tiva de riscos e no reconhecimen- curamos alcançar melhorias da
tendo como principais alavancas de negociação a concentração de to de mercado quanto às práticas especificação, respectivamente,
volumes, a eficiência dos escopos e a melhoria da gestão do consumo. sustentáveis. trabalhando com os fornecedores
na busca de soluções para mitiga-
No total, temos fora do Brasil 28 pessoas de Procurement em quatro Os aspectos políticos, culturais e ção das ameaças.
escritórios: Dubai (sete), Argentina (17), Holanda (dois) e China (dois). legais são os principais pontos de
Essa equipe, com o time do Brasil, trouxe R$ 43 milhões para a BRF, impacto aos quais a Companhia Na contratação de logística, faz
equivalentes a uma redução média de 5,5% no custo dos contratos está suscetível, principalmente, parte do processo de negocia-
negociados. diante da nossa expansão para ção o Supply Sustainability Index
novos mercados e, consequen- (SSI), que permite à Companhia
Expandimos nossa atuação para fora do País, mas também nos temente, relacionamento com analisar os dados dos fornecedo-
voltamos para as comunidades mais próximas de nossas unidades. novos governos, clientes e for- res. Essa é uma das ferramentas
Iniciamos um trabalho de aproximação com fornecedores locais e uti- necedores globais. Assim, além que compõem a metodologia
lizamos as associações comerciais para nos ajudar na divulgação de da produção de materiais na lín- que utilizamos para a estratégia
nosso interesse em conhecer o potencial da rede local. Fizemos essa gua inglesa e espanhola com os de negociação das categorias (SS).
primeira aproximação em Francisco Beltrão (PR) e estamos expandin-
do o projeto para mais localidades no Paraná. A ideia é replicar para
as demais regionais no Brasil. GRI G4-EC9

Essa maior aproximação com nossos fornecedores nos permitiu fazer A cadeia de fornecedores
recebe orientação sobre
um trabalho de identificação e mitigação de riscos de abastecimento.
resultados

resultados
Estreitamos o diálogo na busca de alternativas de custo e abasteci-

práticas de sustentabilidade
mento. Também reestudamos o prazo de pagamento para fornece-
dores, cujas negociações estavam alinhadas à estratégia financeira da

ambiental, social e econômica


Companhia. O resultado foi uma cadeia com custos mais competitivos
e risco compartilhado.

Para os próximos anos, temos como estratégia focar em cinco pontos: e de relacionamento
com a comunidade.
custos competitivos; cadeia de suprimentos sustentável; conexão
global com a comunidade e com a cultura VIVA BRF; Procurement a
108 favor da inovação na Companhia; e Global Sourcing. 109
Migração para
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


novos candidatos a serem parcei- para destinação de resíduos e reci-
ros da BRF são submetidos a uma clagem. Estamos estimulando o etanol
avaliação de sustentabilidade. A cada vez mais o fornecedor a pen-
Norma de Expansão e Crescimen- sar em alternativas e tecnologias Por meio de projeto desenvol-
to Agropecuário é a regulação que sejam mais eficazes ambien- vido com a cadeia logística, os
interna da Companhia para esse talmente. Em Videira e Campos estados do Paraná e de São Paulo
tema. Entre as medidas tomadas, Novos, ambos municípios de San- abastecem exclusivamente com
destacam-se a aplicação do Índi- ta Catarina, por exemplo, imple- combustível etanol desde janeiro

O Programa de Saúde,
ce de Conformidade, a análise de mentamos projetos de compos- de 2015. Em outubro do mesmo
indicadores e sua respectiva evo- tagem em substituição a aterros, ano, mais cinco estados aderiram

Segurança e Meio Ambiente


lução, a elaboração de normas fruto da parceria com a área téc- à iniciativa: Bahia, Goiás, Mato
corporativas internas e o desen- nica e as unidades. Grosso do Sul, Mato Grosso e

(SSMA) visa mitigar os


volvimento de planos de ação Minas Gerais.
com os parceiros. Quanto mais conseguirmos avan-

impactos negativos da
çar na cadeia de fornecimento com A frota integrada à iniciativa
Outra ação segue na linha do con- a implementação dos requisitos de engloba 2.323 veículos. Além da

operação de transporte.
ceito de conexão entre as dife- sustentabilidade, maior será nossa melhoria no quesito ambiental,
rentes áreas da BRF. Já vínha- capacidade de seleção dos melho- o projeto resulta em redução de
mos trabalhando fortemente no res parceiros para o desenvolvi- custo para a BRF. Somente em
desenvolvimento de projetos jun- mento e a melhoria de desempe- 2015, a economia gerada pela
Pelo método de análise, os forne- considerando-se as operações pri- prévia em SSMA. No total, mais de to às áreas demandantes de con- nho da empresa, uma vez que os migração para o etanol foi de
cedores com atuação na área de márias e agropecuárias. 99% do spend de fornecedores de tratações. Em 2015, intensifica- requisitos priorizados são essen- R$ 1.506.039.
sustentabilidade possuem vanta- logística teve o Código de Conduta mos esse trabalho conjuntamente ciais e constam na política da BRF.
gem em relação aos concorrentes. Os 99 maiores transportadores do para Fornecedores assinado.
Identificamos ainda alguns pon- segmento frigorificado fazem par-
tos de melhoria na ferramenta te do Programa Gestão Integrada Sustentabilidade na cadeia
que nos fornece parte dos dados de Fornecedores (GIF), que orien- Para aprimorar a gestão da nossa
do SSI. Em 2016, pretendemos ta o transportador para ampliar cadeia, procuramos difundir nos-
deixar o processo mais robusto, sua rentabilidade e sustentabili- so Código de Conduta e nossa Polí-
com maior quantidade de relató- dade de negócio, em uma ferra- tica de Saúde, Segurança e Meio
rios, verificação de documenta- menta de autoavaliação validada Ambiente (SSMA) para fornecedo-
ções e periodicidade de avaliação, posteriormente pela BRF, além res, dos quais consta uma série de
por meio de um sistema global de de reforçar o aspecto ambiental orientações e recomendações no
gestão de negócio. sobre emissão de gases poluen- campo socioambiental. Em 2015, Impactos negativos reais e potenciais mapeados na cadeia e trabalhados
tes. No programa, 34% dos trans- implantamos o aceite do Código pela BRF1 GRI G4-EN32, G4-EN33, G4-LA14, G4-LA15, G4-HR10, G4-HR11, G4-SO9, G4-SO10
Logística GRI G4-EN30 portadores participantes efetuam e da Política por meio dos pedidos
A BRF atua para mitigar os impac- corretamente o descarte de resí- de compra, que apresentaram um • não cumprimento da legislação ambiental;
• licenciamento ambiental;
tos negativos da operação de duos, e 60% da frota foi avaliada link da internet no qual constam • desmatamento ilegal pelo fornecedor;
transporte por meio do Progra- em testes de fumaça. Atualmen- os documentos. • utilização de áreas do bioma, ausência de reserva legal;
Meio ambiente
ma de Saúde, Segurança e Meio te, 40% dos transportadores que • não preservação da biodiversidade;
• emissões de gases de efeito estufa;
Ambiente (SSMA), que prevê participam do GIF têm pontua- Em parceria com as áreas de Sus- • sobreposição a unidades de conservação, como parques;
ações para redução de acidentes, ção acima de 750 pontos (o valor tentabilidade, Compliance, Quali- • tratamento e destinação de resíduos sólidos.
preservação do meio ambien- máximo é 1.000 pontos). Para dade e Gestão de Riscos, estamos
te, conscientização sobre explo- todos os transportadores, são revisando o Código a fim de tor-
• direitos indígenas;
ração sexual infanto-juvenil nas entregues relatórios das audito- ná-lo mais abrangente quanto ao Sociedade
• disseminação de odores das fábricas.
estradas e atendimento à Lei rias, com indicações das melho- cenário internacional, o que nos
12.619, entre outros. Para isso, rias necessárias. permitirá expandir nossos precei-
•c
 umprimento legal da legislação trabalhista, legislação
utilizamos a Norma de Critérios tos para os fornecedores de fora Práticas trabalhistas
previdenciária e direitos da criança e do adolescente.
de SSMA para a contratação de As análises de fornecedores logís- do País. Precisamos nos atentar
resultados

resultados
transportadores de cargas, além ticos consideram indicadores de a particularidades e à legislação
de serem adotadas normas sobre saúde e segurança, dados sobre dos países com os quais temos • diversidade;
• exploração sexual de crianças e adolescentes;
aspectos como Inspeção Veicu- rotas, acidentes e demais ocorrên- relacionamento comercial. O fator Direitos humanos
• trabalho escravo, forçado ou análogo à escravidão;
lar e Avaliação do Motorista; Pla- cias ligadas a velocidade e excesso cultural também é algo a ser con- • trabalho infantil.
no de Atendimento a Emergência de jornada. siderado para o aprimoramen-
de Transportes; e Investigação de to da gestão socioambiental dos 1.  Cada diretoria encontra-se em uma fase de implantação e amadurecimento do Programa de Monitoramento.
Acidentes e Incidentes. O termo Durante 2015, 100% das contrata- fornecedores. 100% dos novos fornecedores da BRF seguem os critérios do Código de Conduta para Fornecedores, sendo eles de
de compromisso para gestão em ções de transportadores da ope- compra contratual ou spot. Para os casos nos quais são identificados desacordos com algum requisito do Código de
Conduta para Fornecedores, dependendo da gravidade, ou são executados planos de melhoria, ou o contrato de
segurança foi assinado por 95% ração primária continuaram sen- Atualmente, 100% dos nossos
110 111
fornecimento é cancelado. As principais irregularidades causadoras de rompimento contratual são a presença na
dos transportadores em 2015, do efetivadas com qualificação produtores integrados e 100% dos Lista do IBAMA de Autuações Ambientais e Embargos e na Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego.
99
Na prática
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Em 2015, continuamos com o Programa de Monitoramento da Cadeia,

da Cadeia
GRI G4-EN32, G4-EN33, G4-LA14, G4-LA15, G4-SO9, G4-SO10, G4-HR10, G4-HR11
Monitoramento
no qual 27.164 fornecedores foram envolvidos no processo e do qual fa- 100% dos produtores integrados são monitorados
zem parte auditorias de qualidade, disseminação do Código de Conduta e avaliados em relação às questões ambientais,
para Fornecedores e consulta a listas públicas. Iniciamos também um econômicas e sociais, entre as quais de direitos dos maiores transportadores do
projeto de desenvolvimento de “contratos sustentáveis”. Realizamos humanos e trabalhistas, dentro dos critérios de segmento frigorificado fazem
consultas a listas públicas para identificar fornecedores que não este- Índice de Conformidade. Ao todo, os parceiros são parte do Programa Gestão In-
jam em acordo com padrões preconizados pela Companhia. Quinzenal- avaliados em 18 questões relacionadas aos impac- tegrada de Fornecedores (GIF),
mente, consultamos as listas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente tos ambientais (gestão ambiental) e trabalhistas tendo como um dos objetivos re-
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério do Trabalho + direitos humanos (gestão social). Após essa forçar o aspecto ambiental sobre
e Emprego e do Portal da Transparência. avaliação, os produtores integrados são avaliados emissão de gases poluentes.
individualmente e possuem planos de atendimento
Elegemos fornecedores para estreitarmos ainda mais a parceria e o e evolução em relação aos questionamentos do Ín-
relacionamento. Um exemplo é o contrato com um de nossos forne- dice de Conformidade. Além disso, a equipe técnica
cedores de serviços de carregamento de aves, em todas as aparições. de campo visita e monitora a carteira de produto-
Identificamos alguns pontos que poderiam ser críticos se não fossem res mensalmente.
bem administrados e passamos a dar orientações e treinamentos es-
pecíficos para o fornecedor, nas áreas de segurança, recursos humanos O contrato de produção integrada que mantemos Critérios
e financeira. Definimos indicadores e índices de melhoria e passamos com os produtores prevê, entre outras medidas Realizamos as compras de acordo com nossa Po-
a fazer acompanhamento mensal junto ao fornecedor. Em conjunto, de orientação e recomendação, notificação para lítica de Compras, que considera os impactos que
estamos estabelecendo um padrão que poderá ser aplicado aos demais adequação sob pena de suspensão dos alojamen- podem sofrer as operações e, consequentemente,
fornecedores da categoria, o que pretendemos fazer em 2016. tos, ou seja, o não alojamento não é sumário, salvo os resultados financeiros. Essa política está alinha-
em condições especialíssimas, como em caso de da à estratégia e às perspectivas da BRF.
O serviço de carregamento de aves é uma categoria sensível do eventos graves. Não houve distrato por questões
processo produtivo da BRF. Em 2015, foi tema do Discovery Workshop, ambientais em 2015. A BRF também possui um Orientamos nossos fornecedores a seguirem algu-

evento que reuniu fornecedores, integrados, compradores, técnicos e sistema/software que faz o gerenciamento do mas diretrizes por meio do Código de Ética e Condu-
área de segurança num fórum de discussão durante dois dias. O obje- licenciamento ambiental, que atualmente alcança ta, Código de Conduta para Fornecedores e Política
tivo era ter um plano de ação para melhorias no setor. Esse é mais um 97% de conformidade com esse critério; os 3% que de Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Todos os
exemplo de como a BRF está trabalhando para criar conexões entre os estão sob renovação dos licenciamentos são novos nossos contratos têm cláusulas para garantir o
diferentes stakeholders. processos e/ou estão nos órgãos ambientais para comprometimento ético na condução dos negócios
serem protocolados. e na observância de medidas anticorrupção, inclu-
sive por parte de eventuais subcontratados dos for-
necedores. Além disso, fazem parte dos contratos
com fornecedores cláusulas sobre trabalho infantil
e trabalho escravo ou análogo a escravo.

A BRF mantém uma equipe denominada “Gestão de


Terceiros” que realiza a homologação dos forne-
cedores por meio de análise documental, aceite
do Código de Conduta para Fornecedor e monito-
ramento mensal do cumprimento das obrigações
legais para fornecedores que prestam serviços
dentro das unidades BRF. Em algumas categorias,
também são realizadas auditorias presenciais na
estrutura do parceiro por colaboradores da BRF,
com o intuito de garantir o cumprimento das obri-
gações assumidas na contratação.

Quando identificados, os pedidos de compra e


orçamentos para ele são bloqueados via sistema.
resultados

resultados
Os produtores integrados são
Em Suprimentos, para sair do bloqueio é necessário
que o negociador informe um plano de ação, criado

monitorados e avaliados em
em conjunto com o fornecedor, para novas con-

100 %
tratações. Os fornecedores que possuem contrato

questões relacionadas aos


devem se comprometer a realizar o plano sob pena
de rescisão contratual. Caso não seja possível exe-

impactos ambientais, de direitos


cutar o plano com o fornecedor, o negociador deve
dos nossos produtores são fazer um plano para substituição da aquisição com

humanos e trabalhistas.
submetidos a uma avaliação um novo provedor.
112 de sustentabilidade. 113
Bem-estar animal
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


de produção de aves, mostrando fazem uso da anestesia. O corte Mantemos uma área de inteligên-
GRI G4-FP10, G4-FP12 nosso comprometimento com as parcial de cauda persiste, em cia agropecuária (CIEX), compos-
boas práticas. função de o impacto do procedi- ta por médicos veterinários com
Faz parte da nossa cultura e de sensibilização para as lideranças ambiental; livres de dor, lesões mento ser pequeno diante do pro- ampla experiência em sanida-
nossa estratégia realizar ações e os operadores envolvidos com e doenças; livres para expressar Em 2015, na cadeia de produção blema potencial de desencadea- de, que organiza e libera o uso de
que busquem o bem-estar animal o tema. A designação de profis- seu comportamento natural; e de perus, foi implementado o pro- mento de canibalismo durante as medicamentos veterinários para
em todas as etapas do processo sionais dedicados ao bem-estar livres de medo e estresse. Esses cesso de debicagem em 75% da fases de crescimento e engorda as unidades, visando assegurar a
produtivo. Entre as várias inicia- animal e a atuação conjunta das padrões são constantemente produção total de perus de corte, dos suínos. Está sendo reduzido, correta utilização de antibióticos
tivas, desde 2012 adotamos o sis- áreas de Qualidade, Agropecuá- monitorados por profissionais da por meio de procedimento uti- gradativamente, o tamanho do e a segurança alimentar de nosso
tema de gestação coletiva, que é ria, Sustentabilidade, Operações empresa, e os principais indicado- lizando infravermelho ainda no corte de cauda dos leitões. produto. O período de carência dos
obrigatório em todos os projetos e Relações Institucionais geram res são monitorados diariamente, incubatório, atendendo às melho- medicamentos é constantemente
de expansão da produção da BRF visibilidade ampla ao tema, por tais como mortalidade, animais rias em relação ao bem-estar ani- A BRF adota a imunocastração na revisado e reforçado pelos médicos
– para os existentes, a implanta- meio de reporte direto e constan- eliminados, densidade, calo de mal. É debicado apenas 1/3 do bico maioria dos animais da cadeia de veterinários responsáveis.
ção está sendo gradual. Em 2014, te ao vice-presidente responsável. pata, condenações mortalidade superior da ave, não causando dor suínos, assim como a castração
a BRF se comprometeu a adotar o Além disso, apoiamos congressos de transporte, contusões e fratu- ou sofrimento desnecessário ao cirúrgica nos animais de abate na Todos os períodos de retirada dos
sistema de gestação coletiva na relativos ao bem-estar animal de ras. Todos esses indicadores aju- animal. Em 2016, será implanta- integração de suínos para produ- produtos são seguidos rigorosa-
produção de matrizes suínas, rea- universidades importantes, como dam a nortear quais são os proces- do em 100% da cadeia produti- tos específicos. Não são utilizados mente, não deixando nenhum
lizando uma implantação progres- a Universidade de São Paulo (USP), sos que devem ser melhorados e va de perus e será dado início à animais clonados ou hormônio de tipo de resíduo do produto final.
siva até atingir 100% da produção e participamos da comissão de auxiliam a manter a conformida- implantação na cadeia de matri- crescimento na cadeia de suino-
em 2026, a partir da parceria com bem-estar animal da ABPA, com de com os nossos processos. zes de frango de corte. Além disso, cultura da empresa. Ao longo dos anos, a BRF, indo ao
a ONG World Animal Protection interação com o Ministério da durante 2015 foram implementa- encontro das tendências mun-
no Brasil. Como não há uma nor- Agricultura, Pecuária e Abasteci- Temos objetivo a melhora da per- das ações para atender ao tempo Todas as novas instalações para diais e buscando melhorias cons-
ma brasileira para essa matéria, mento e a Empresa Brasileira de formance em alguns índices, evi- máximo de jejum pré-abate, de matrizes produtoras de leitão tantes em seus processos, já vem
seguimos o padrão da legislação Pesquisa Agropecuária (Embrapa). tando confinamentos e sistemas acordo com premissas estabele- estão sendo construídas dentro reduzindo gradualmente o uso de
da União Europeia. Com isso, as intensivos, mutilações rotineiras cidas pela comunidade europeia. dos preceitos da Comunidade medicamentos, sem causar qual-
fêmeas permanecerão o período No ano de 2015, a BRF, atendendo e transporte de longa distância de Europeia, sem a utilização de celas quer tipo de prejuízo ao bem-estar
mínimo necessário em alojamen- todos os mais modernos preceitos animais vivos. Procuramos elevar As produtoras de suínos seguem de gestação após a quarta semana animal e em detrimento da quali-
to individual e, depois, serão sol- de Bem-estar Animal, construiu a nosso desempenho por meio de as diretrizes compartilhadas pela de gestação. dade dos animais.
tas em baias coletivas, seguindo Granja Modelo de Bisavós de Suí- projetos dedicados a avançar nas Comunidade Europeia. Entre as
os preceitos de bem-estar animal. nos, na cidade de Mineiros (GO). A práticas de bem-estar animal na práticas abolidas está o corte ou Medicamentos
granja atende a todos os requisitos fazenda, premiando e certifican- desgaste de dentes – que só ocor- GRI G4-FP10, G4-FP12
Ao longo de 2015, a parceria entre exigidos pela legislação da Comu- do a nossa cadeia produtiva (nos re em regime de exceção nas leite- Temos como prática que todo
a BRF e a World Animal Protection nidade Europeia, que não permi- últimos dois anos). gadas, com ocorrência de agressi- medicamento administrado aos
foi fundamental para o desenvol- te o uso de celas de gestação para vidade. A adoção da tatuagem nas animais da Companhia é feito de
vimento dos projetos que contem- matrizes suínas, proporcionando Além disso, monitoramos, por orelhas aumentou, por demanda maneira responsável, cumprindo
plam o bem-estar dos animais em aos animais uma melhor qualida- meio de relatórios, o tempo médio do Serviço Veterinário Oficial. Por requisitos específicos de clientes
todas as etapas de produção, des- de de vida e servindo de avaliação de transporte vivo dos animais, os motivos técnicos (idade do animal, e em conformidade com a legisla-

15,5 %
de a criação até o abate humani- dos novos projetos da companhia. processos de insensibilização pré- duração e intensidade da inter- ção dos países onde são destina-
tário, bem como na sensibilização A granja está em fase de alojamen- -abate e os resultados sobre medi- venção), as duas atividades não dos nossos produtos e do Brasil.
de colaboradores da Companhia, to e deve ser concluída ainda no pri- das de resultados sobre bem-estar
por meio de treinamentos espe- meiro semestre de 2016. animal, atuando com ações corre-
cíficos. Também foram estabele- tivas quando necessário. Na BRF,
é o percentual de gaiolas
cidos cronogramas de atividades CRIAÇÃO E ABATE os animais são insensibilizados
de gestação coletiva para
para desenvolver e implementar A criação e o abate de animais, antes do abate.
suínos em nossa cadeia.
procedimentos que irão aprimo- elos importantes da nossa cadeia
rar a eficácia das atividades da de valor, seguem princípios e nor- Trabalhamos com as mais eleva-
cadeia de fornecimento e produ- mas nacionais e internacionais, das tecnologias na produção dos

75 %
ção da BRF no Brasil. Um resulta- tanto para granjas de aves e suí- animais, considerando critérios
do que pode ser contabilizado é o nos próprias quanto para granjas rigorosos de bem-estar animal
resultados

resultados
fato de termos adequado 15,5% integradas – fornecedores da BRF e qualidade. Indicadores de pro-
das gaiolas de gestação para suí- que adotam as normas internas dutividade são monitorados lote

Parceria
nos de sua cadeia de produção. e práticas da Companhia. Possuí- a lote, incluindo ganho de peso, da produção total de perus de
mos normas corporativas sobre conversão alimentar e viabilida- corte passou a praticar o pro-
Como parte das ações da parce- bem-estar animal, baseadas em de do lote. Também são monito- cesso de debicagem, que utiliza com a ONG World Animal Pro-
ria com a World Animal Protec- padrões e legislações nacionais rados o consumo diário de água infravermelho ainda no incuba- tection no Brasil é fundamental
tion para alavancar o bem-estar e internacionais, nos padrões e as temperaturas máximas e tório – é debicado apenas 1/3 do para a BRF desenvolver proje-
animal, treinamos 250 colabo- GlobalGAP, STS e nas cinco liber- mínimas, bem como não utiliza- bico superior da ave, não causan- tos que contemplam o bem-
radores sobre bem-estar animal dades: animais livres de fome mos nenhum tipo de hormônio do dor ou sofrimento desneces- -estar dos animais em todas as
114 e realizamos cinco eventos de e sede; livres de desconforto nem animais clonados na cadeia sário ao animal. etapas de produção. 115
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


representar algum risco ambien- pelo setor ambiental, desde a suas restrições específicas, tornan-
tal para a empresa, bem como os concepção até a execução, pas- do-se necessário aplicar o ICA Glo-
passivos existentes e o seu trata- sando pela fase de licenciamento bal e a gestão ambiental para os
mento e recuperação/eliminação. pelos órgãos responsáveis. Dessa demais países em que temos sede
Também buscamos inovações no forma, garantimos que qualquer (Argentina, Inglaterra, Holanda,
tema ambiental, que gerem o projeto passe por uma rigorosa Abu Dhabi e Tailândia).
menor impacto ao meio ambiente avaliação de aspectos e impactos

85 %
e à comunidade. Além disso, todos ambientais, para que todos os ris-
os nossos projetos de expansão ou cos sejam levantados e tratados.
construção precisam estar alinha-
dos à Norma de Gestão de Obras. Nosso desafio para 2016 será revi-
sar todas as normas ambientais foi percentual de atendimento
Independentemente da área, corporativas sob abrangência glo- da implantação do ICA nas opera-
todo projeto deve ser avaliado bal, uma vez que cada país possui ções da Argentina em 2015.

Recursos dos green bonds

Capital
A BRF não se preocupa somente em produzir alimentos de qualidade, mas em produzir
alimentos com menor impacto ambiental. Para isso, investe em questões ambientais,

Natural
sendo que esse valor vem aumentando a cada ano. Em 2015, com recursos próprios, a
Companhia investiu mais de R$ 324 milhões nas operações do Brasil, da Argentina e do
Oriente Médio (Abu Dhabi), o que demonstra nosso compromisso com a conservação
ambiental e a melhoria contínua de nossos processos.
Tanto a comunidade quanto con- da qualidade e à minimização dos • Índice
de Conformidade Ambien- Em 2015, com o intuito de elevar nossa capacidade de investimento em ações ambien-
sumidores e órgãos ambientais impactos ambientais associados. tal (ICA), que mede o desem- tais, fizemos a emissão de green bonds destinados a financiar projetos verdes em nossas
estão cada vez mais rigorosos em penho, a qualidade, a meta e o divisões e operações de negócios (leia mais em Capital Financeiro e Construído, p.59).
relação ao tema ambiental. Soma- Para garantir a qualidade da ges- compliance. Esses projetos poderão ter como foco as seguintes categorias: eficiência energéti-
-se a isso a preocupação da BRF tão, nas operações há equipes ca, energias renováveis, florestas sustentáveis, redução de emissão de gases de efeito
em proteger e conservar o meio técnicas especializadas nas ope- • Emtodas as nossas operações, estufa, gestão de água, embalagens, redução do uso de matéria-prima ou gestão de
ambiente e temos como resultan- rações, que seguem as seguintes temos práticas de DSSMA (diá- resíduos. São mais de 500 milhões de euros em recursos para aplicação em investimen-
te uma empresa que busca cada diretrizes globais da Companhia: logos de saúde, segurança e tos socioambientais nos próximos sete anos.
vez mais a melhoria de seus pro- meio ambiente), quando ocor- Parte desse recurso foi utilizada em 2015. Um exemplo foi o investimento de R$ 7,6
cessos e também de seus parcei- • NormasCorporativas (NC) inter- rem conscientizações constantes milhões – valor que representa 45% do total necessário para o projeto – em três gran-
ros. Dessa forma, a melhoramos nas, cujas diretrizes superam a dos colaboradores das plantas des projetos focados em eficiência energética em três importantes unidades da BRF,
o tratamento desses aspectos e legislação em muitos casos; para conservação e economia Uberlândia (MG), Toledo (PR) e Chapecó (SC). O principal objetivo foi a redução do consu-
ajudamos nossos parceiros a se de recursos, principalmente em mo de energia na geração de frio, por meio da aplicação de automações, instalação de
desenvolverem para também • Procedimentos operacionais liga- relação a desperdícios. equipamentos mais eficientes, reaproveitamento térmico e otimização de processos.
antederem as expectativas da dos aos processos ambientais Outro importante exemplo de utilização desse recurso ocorreu na unidade de Nova
comunidade, dos órgãos ambien- críticos; O monitoramento considera o ICA, Mutum (MT), cujo projeto é de separação das tubulações de efluentes por tipo de carga
tais e dos requisitos legais. composto pelos aspectos efluente, orgânica para o tratamento em diferentes etapas da ETE. Anteriormente ao projeto, os
• 
Comitê Organizacional Corpora- resíduos, emissões atmosféricas, efluentes oriundos de diversas etapas do projeto eram despejados em uma única tubu-
A gestão ambiental da BRF é basea- tivo de meio ambiente (COC MA); ruídos, odor, outorgas e licenças lação, e passavam por várias etapas de tratamento independentemente do conteúdo,
da nas diretrizes da ISO 14001 e ambientais. Em 2015, iniciamos a para que em seguida fossem devolvidos ao ambiente. O projeto de separação das tubu-
orientada por uma Política de Meio • Grupos de Trabalhos Específicos implantação do ICA nas atividades lações por tipo de efluente faz com que cada um seja tratado de uma forma específica,
resultados

resultados
Ambiente específica, que aborda de meio ambiente (GT); da agropecuária (rações, incubató- uma coleta seletiva que resulta em uma grande redução tanto de processos quanto de
os aspectos e possíveis impactos rios e granjas próprias). Também utilização de produtos químicos. Por exemplo, a linha que tem origem na lavação de
ambientais relacionados ao nosso • Comitê geral de Saúde, Seguran- implantamos o ICA na Argenti- gaiolas transportadoras de frango e lavação de caminhões é encaminhada apenas para
negócio, trazendo o cumprimen- ça e Meio Ambiente (SSMA); na, onde conseguimos 85% de peneiramento e em seguida para uma etapa de tratamento biológico, enquanto a linha
to legal como patamar mínimo atendimento. com origem no processo de abate de aves é encaminhada para outro peneiramento em
de desempenho e determinando • Formulário de Análise de Instala- seguida passa por uma etapa físico-química antes da etapa de tratamento biológico.
patamares de desempenho, com ções (FAI), para análise ambien- Com base nas diretrizes da nos- Além da separação das tubulações, a aquisição de novos equipamentos e outras ade-
diretrizes para o aprimoramento tal de novos projetos antes da sa Norma de Passivos Ambien- quações fizeram com a o processo ficasse com um rendimento muito maior e com uma
de seus processos, produtos e ser- instalação; tais, anualmente, avaliamos os expectativa de ganho de R$ 545 mil por ano com economia de energia.
116 viços, visando à melhoria contínua principais pontos que possam 117
Mantemos representantes
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Gestão da água consumo de água nos equipamen- Para reforçar os estudos e atua-
A gestão de água permanece tos, realizar instalações de novas lizações das obrigações legais

nos Comitês de Bacias


como um desafio de sustentabi- fábricas e/ou aumentos de produ- quanto a esse recurso, hoje, man-
lidade para a BRF. A insuficiência ção somente após avaliações de temos representantes nos Comi-

Hidrográficas para reforçar


de água pode afetar significativa- disponibilidade hídrica no local. tês de Bacias Hidrográficas das
mente os processos produtivos e Estamos, ainda, trabalhando regiões em que atuamos. Tam-

os estudos e atualizações
os resultados financeiros da BRF. com a filosofia Lean na higieniza- bém fazemos análise na cadeia
Entre os impactos relativos ao ção das fábricas, um dos grandes de fornecedores, dentro da qual

legais relacionados à água.


nosso negócio está a escassez em processos consumidores de água, o tema água está entre os indica-
determinadas regiões, colocando reforçando o conceito de valor e dores de sustentabilidade agro-
em risco ampliações da produção desperdício, o que está direta- pecuária, avaliados in loco e com
e/ou até a paralisação do proces- mente ligado ao consumo desse reporte para o nosso Conselho de
so. O uso concorrente de água recurso. Temos também diretri- Administração.
também se torna relevante por zes para realizar o reúso/reapro-
conta da captação nas mesmas veitamento, evitando retiradas
fontes utilizadas para abasteci- de água de fontes superficiais e
mento da população, para irri- subterrâneas. Em 2015, passamos Risco hídrico
gação e para outras indústrias. a considerar a nova a classificação
Além de seu uso na produção da Organização Mundial da Saúde Em 2015, a BRF iniciou o trabalho referente ao
industrial, destaca-se a impor- (OMS), que estabelece: risco hídrico, pelo qual podemos avaliar aspectos
tância do recurso hídrico para a internos e externos que impactam o aspecto água
produção de animais e de com- • reúso
indireto: ocorre quando e geramos uma pontuação para cada unidade. O
modities agrícolas. a água já usada, uma ou mais objetivo é realizar ações tanto internas quanto ex-
vezes, para uso doméstico ou ternas para a redução de consumo e o atendimento
O primeiro gerenciamento ocor- industrial, é descarregada nas legal, minimizando o impacto da Companhia no
re no estabelecimento de metas águas superficiais ou subterrâ- meio ambiente e na comunidade.
de consumo de água para cada neas e utilizada novamente a Executada em quatro plantas no Brasil – Toledo

25 %
planta. Mesmo não existindo exi- jusante, de forma diluída; (PR), Rio Verde (GO), Lucas do Rio Verde (MT) e
gências externas para o estabele- Carambeí (PR) – durante o ano, como projeto-piloto,
cimento de metas, a Companhia se • reúso
direto: uso planejado e a metodologia analisa o contexto e as micro e
compromete em determinar con- deliberado de esgotos tratados macrobacias hidrográficas que compõem a região,

foi o índice
sumos máximos permitidos que para certas finalidades, como bem como as atividades industriais e característi-
não podem ser extrapolados. Cada irrigação, uso industrial, recar- cas do uso de recursos hídricos, a fim de compreen-

aproximado
planta desdobra sua meta e busca ga de aquífero e água potável; der o histórico de crescimento da demanda local e
alternativas para alcançá-las. antecipar riscos.

de recirculação
• reciclageminterna: reúso da Em 2016, esperamos consolidar esse trabalho,
A gestão do tema também é rea- água internamente nas insta- expandindo a avaliação para as demais plantas no

de água na BRF.
lizada nas nossas operações no lações industriais, tendo como Brasil.
exterior. A exemplo, na Argentina, objetivos a economia de água e
seguimos a Ordem do Ministério o controle da poluição.
de Assuntos Hídricos da Província
de Santa Fé (Argentina) n.º 395/07, A partir deste relatório anual,
que regula fontes para o uso das incluímos o reúso indireto de
águas subterrâneas. água, visto que temos diversas
plantas nas quais lançamos nos- Consumo de água por fonte1 GRI G4-EN8
Em Abu Dhabi, para a água potá- so efluente no corpo receptor e (m3)
vel, seguimos o Regulamento de captamos a jusante desse lança- Variação
Tipo de fonte 2012 2013 2014 2015
Qualidade da Água (Fourth Edi- mento. Também temos casos de (2014/2015)
tion), de 2014, emitido pela Regu- reúso direto, quando utilizamos Superficial 38.732.576 38.828.985 36.544.505,98 38.559.842,23 5,51%
resultados

resultados
lação e Supervisão Bureau. Para a nosso efluente para a prática da
Subterrânea 20.597.104 24.646.055 21.410.123,38 18.379.836,95 -14,15%
reutilização de água nessa unida- fertirrigação.
Abastecimento
de, há uma regulamentação espe- público
1.868.339 2.024.728 1.592.281 1.315.427,59 -17,39%
cífica – Recycled Água e Biossólido. Em 2015, o total de água de reú-
Chuvas 40.563 55.122 92.300 59.400,00 -35,64%
Ambos os regulamentos são de so indireto e direto, de acordo
2010, emitidos pela Regulação e com a nova classificação, somou Total 61.238.582 65.554.890 59.639.210,36 58.314.506,77 -2,22%
Supervisão Bureau. 3.259.361,03 m3, e registramos
índice de recirculação de 24,98%
1  Contempla todas as unidades fabris do Brasil, Argentina, Holanda, Inglaterra e Abu Dhabi. Em julho, foram entregues as unidades de lác-
No aspecto operacional, existem (veja tabela completa em Anexo,
118 119
teos. Consumo lácteos janeiro-maio: 1.420.363,82 m³. Se fizermos uma projeção de consumo anual de lácteos, o consumo da BRF poderia
práticas frequentes para reduzir o p. 148). GRI G4-EN10 chegar a 60.303.016,12 m³/ano, obtendo uma variação de 1,1% a mais, comparado a 2014.
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Efluentes GRI G4-EN22, G4-EN24 de pirólise para transformação de Eficiência energética incluindo as áreas de Suprimen-
Os aspectos de efluentes e resíduos resíduos em combustíveis. Por seu uso intenso nos processos tos, Engenharia e Controladoria, Total de consumo de energia
são inerentes às atividades indus- industriais, o aspecto energético formam o nosso Comitê de Ener- fora da organização* (GJ) GRI G4-EN4
triais da BRF. Se não forem geren- Esses dois aspectos são forte- impacta diretamente nossas ope- gia. Eles se reúnem mensalmen-
ciados adequadamente, podem mente estudados dentro da Nor- rações. O preço e a disponibilida- te para definir quais estratégias
causar impactos negativos signifi- ma de Monitoramento Ambiental, de da energia dependem muito de serão adotadas para a contrata-
cativos à condição ambiental das que estabelece diretrizes para fatores externos, como a deman- ção de energia, aprovar projetos -22,21%
unidades produtivas. Os impactos seu tratamento e gerenciamen- da e a oferta. Um exemplo disso estratégicos, acompanhar inicia- 6.835.200,54
estão relacionados à comunidade to. Também temos a busca de foi o que ocorreu no começo de tivas e estudar formas de redu-
5.940.982,41
e ao atendimento de requisitos parceiros comprometidos com o 2015: com a estiagem no Sudeste, ção de consumo. Cabe ao comitê
legais, desde qualidade da emissão tema ambiental para transpor- a oferta de geração de energia elé- elaborar planos para eventuais 4.621.360,37
de efluentes líquidos em corpos te, tratamento e disposição final trica de hidroelétricas foi reduzida. casos de racionamento. Existem
hídricos que abastecem municí- dos resíduos sólidos. Esses par- também compromissos firmados
pios até a minimização da geração ceiros somente são contratados Faz parte da nossa gestão o moni- internamente e externamente
e/ou a disposição adequada de resí- mediante apresentação de licen- toramento do uso de energia nos para a redução do consumo desse
duos sólidos, evitando a contami- ciamento ambiental para a referi- diferentes processos produtivos, aspecto. Anualmente, são defini-
nação de solo, águas subterrâneas da atividade, além de realizarmos considerando as linhas, as cate- das metas de redução de consumo
e corpos hídricos. auditorias periódicas para verifi- gorias e os produtos finais elabo- de energia por planta, que estão 2013 2014 2015
car o estado das instalações e o rados, utilizando indicadores de diretamente atreladas à remune-
Dentro da estratégia da empresa processo operacional. desempenho. As atividades em ração variável dos gestores. * Veja a tabela completa em Anexo, p. 150.
está o compromisso com a redução centros de distribuição, agrope-
constante tanto do volume de resí- Tanto a comunidade quanto con- cuária e áreas administrativas Redução de emissões
duos quanto da carga orgânica dos sumidores e órgãos ambientais também desenvolvem ações de Estruturamos o Programa de
efluentes. Cada planta possui equi- estão cada vez mais rigorosos melhoria para esse recurso. Mudanças Climáticas, em linha
pes especializadas no tema meio em relação ao tema ambiental. com nossa estratégia de susten- Emissões de substâncias1 que destroem a camada de ozônio
ambiente, que, em conjunto com Soma-se a isso a preocupação da O Programa de Excelência Energé- tabilidade, considerando os con- (Kg CFC11) GRI G4-EN20
as demais áreas da empresa, des- BRF em proteger e conservar o tica da BRF faz a gestão da eficiên- ceitos de adaptação, avaliando os
  2015
dobram essas metas e gerenciam meio ambiente, e temos como cia energética. Temos como meta aspectos relacionados a mudan-
Quantidade (kg) 0
ações diárias para as práticas de resultante uma empresa que bus- conseguir uma redução global do ças climáticas e gerenciamento CFC
redução de resíduos e carga orgâni- ca cada vez mais a melhoria de consumo de energia por meio de dos riscos e impactos nas opera- Resultado (kg CFC – 11) 0

ca nos efluentes. Para isso, também seus processos e também de seus melhorias em fábricas, centros de ções e cadeia de fornecimento, Quantidade (kg) 15.940,45
HCFC
buscamos inovações para transfor- parceiros. Dessa forma, melhora- distribuição e operações agrope- reconhecendo a vulnerabilidade Resultado (kg CFC – 11) 883,53
mação de resíduos em matéria-pri- mos o tratamento desses aspec- cuárias das unidades do Brasil e diante de recursos fundamen-
ma para outros processos, como o tos e ajudamos nossos parceiros a do exterior. tais para o negócio e abordando 1. O fluido de refrigeração industrial predominante é a amônia, que não agride a camada
estudo para implantação de bio- se desenvolverem para também a mitigação das emissões de GEE. de ozônio e não causa efeito estufa. A BRF utiliza, em pequena quantidade, o HCFC 22 para
refrigeração industrial e o restante desse gás é utilizado em ar-condicionado.
digestores cada vez mais moder- antederem as expectativas da Representantes de áreas com Além disso, a BRF é membro do
nos para transformar efluente em comunidade, dos órgãos ambien- consumo intensivo do recurso e Programa Brasileiro GHG Proto-
energia e o estudo para utilização tais e dos requisitos legais. equipes técnicas e estratégicas, col e segue a metodologia para o
cálculo de inventário de gases de
efeito estufa. GRI G4-EC2 extensas redes de abastecimen- veículos; bem como dar preferên-
to e distribuição, os impactos cia a veículos que usam diesel

25,42 %
As emissões atmosféricas e de ambientais relacionados a ques- menos poluente (S-50), são algu-
gases de efeito estufa (GEE) são tões logísticas podem representar mas das iniciativas de gestão de
gerenciadas em sintonia com a grande parte da pegada ambien- impactos na logística. Como refle-
legislação ambiental e com boas tal. Com foco em redução de GEE, xo, os deslocamentos com modais
práticas aplicáveis aos mercados adotamos iniciativas de uso de mais eficientes (rodotrem, ferro-
foi a queda de destinação de
em que a BRF atua. No caso de GEE, biomassa (energia renovável), de viário, cabotagem e Vanderleia –
efluentes em relação a 2014.
o volume de emissões dentro da conservação de energia e calor carreta com três eixos espaçados)
própria Companhia não é consi- em equipamentos e processos e representaram 14% do total de
Destinação de efluentes GRI G4-EN22
resultados

resultados
derado significativo, em função eficiência no sistema logístico. viagens. GRI G4-EN19
(m3)
da proporção elevada de uso de
Variação energia renovável, dos projetos de A adoção de diferentes modais, Com os produtores integrados de
  2012 2013 2014 2015
(2014/2015)
eficiência energética e do Sistema como ferroviário e cabotagem; suínos, temos o Programa 3S – Sis-
Fonte superficial 54.285.284 57.845.094 54.053.549,09 50.911.409,92 -5,81% de Gestão Ambiental. otimização no carregamento de tema de Suinocultura Sustentável,
Solo 1.402.034 1.063.861 1.207.563,66 3.302.121,00 173,45% cargas; mudança do perfil da frota, que apoia esses produtores no tra-
Rede Pública 54.843 510.877 569.848,38 267.355,45 -53,08% O maior impacto de emissões está com veículos com maior capacida- tamento alternativo dos dejetos
na nossa cadeia de valor, princi- de de carga; implantação de mode- por meio de biodigestores com sis-
Total 55.742.161 59.419.832 55.830.961,13 54.480.886,37 -2,42%
palmente nos setores agropecuá- los de logística reversa, otimizan- tema de queima dos gases ou uso
120 Qualidade (kg DQO/ano) 5.744.631 5.102.859 4.290.685,13 3.199.834,90 -25,42%
rio e logístico. Como a BRF tem do o carregamento de retorno dos como fonte de energia. GRI G4-EN19 121
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


ESCOPO 1* – emissões diretas de GEE (tCO2e) GRI G4-EN15 Empresarial, coordenada pelo construção de um sistema sólido
  2012 2013 2014 2015 Compromisso Empresarial para de governança para os catadores.
Reciclagem (CEMPRE), que reúne Nesse sentido, foi definido que as
Emissões de gases de efeito estufa 327.123,85 359.559,21 352.422,69 ​361.059,61
outras associações dos diversos associações participantes da Coa-
Emissões biogênicas de CO2 2.797.109,23 2.892.186,26 2.304.715,27 ​2.213.212,72
setores da indústria. lizão do CEMPRE irão realizar um
Gases incluídos no cálculo Todos foram mapeados, porém a BRF emite apenas CO2, CH4, N2O e HFCs investimento em 2016 na Asso-
Em 2015, foi aprovado o Acordo ciação Nacional dos Catadores
ESCOPO 2* – emissões indiretas (tCO2e) GRI G4-EN16
Setorial, proposto pela coalizão (ANCAT), que representa os carro-
  2012 2013 2014 2015 para o governo federal, que prevê ceiros e catadores de matérias reci-
Aquisição de energia elétrica e redução de 22% das embalagens cláveis, os quais estarão inseridos
185.034,60 265.031,29 350.108,19 322.098,78
vapor1 dispostas em aterro até 2018. Ao no Sistema de Logística Reversa
Gases incluídos no cálculo CO2, CH4, N2O longo do processo de aprovação (leia mais sobre gestão de resíduos
1. Os fatores de emissão da energia elétrica adquirida nos países considerados no Inventário são coletados nos sites dos órgãos res- do acordo setorial foi identificada em Efluentes, na p. 120).
ponsáveis em cada país. Por exemplo, no Brasil, o fator de emissão utilizado é aquele disponibilizado pelo MCT– Ministério de Ciência e a necessidade de investimento na
Tecnologia.

ESCOPO 3* – outras emissões indiretas1 (tCO2e) GRI G4-EN17


  2012 2013 2014 2015
Resíduos por tipo e método de disposição (t) GRI G4-EN23
Total das fontes inventariadas 1.046,91 1.000,44 938.298,26 695.020,80
Variação %
Gases incluídos no cálculo CO2, CH4, N2O 2013 2014 2015
(2015 x 2014) equivalente
Emissões biogênicas de CO2 17.896,93 16.799,80 16.678,57 27.964,62
Resíduos Classe I
1. A partir de 2012, foram incluídas a logística hidroviária e viagens terrestres a negócio, e, em 2014, os resíduos sólidos tratados externa-
mente (aterro e compostagem) foram adicionados.
Incorporação no solo 435 0 0 – –
* Durante a apuração do relatório, os dados estavam sendo verificados pela auditoria (terceira parte). Portanto, estão sujeitos a futuras
alterações. Aterro industrial e autoclavagem – 599,87 538,89 -10,2% –

Reciclagem (reciclagem, devolução


de fabricante, fab. ração animal e – 289,92 230,78 -20,4% –
rerrefino)
Gestão de resíduos 100% do lodo oriundo da produ- fabris e escritórios até a fase de pós-
Continuamos investindo na redu- ção. Ainda não há dados que per- -consumo. Mesmo possuindo uma Incineração – 10,38 2.110,93 20.236,5% –
ção, na reciclagem e na reutiliza- mitam avaliar o quanto houve de cadeia complexa, desenvolvemos
Compostagem – 0 0 – –
ção de materiais durante o ciclo diminuição de compra de cavaco, iniciativas para minimizar perdas,
de vida de nossos produtos e pro- mas o fato de o subproduto poder melhorar o controle de produtores Total 435 900,17 2.880,6 220,0% 0,8%
cessos industriais, visando à maior ser reutilizado já representa um integrados e encontrar destinação
eficiência de custos e à redução avanço para a Companhia. mais adequada para cada tipo de Resíduos Classe II
dos impactos, mesmo sem uma resíduo. As referências de gestão
Incorporação no solo 451.928 60.828 58.405,38 -4,0% 16,1%
norma para uso de matérias-pri- Em função das características dos são os planos de Gerenciamento de
mas ou embalagens recicláveis ou resíduos gerados pela BRF, o prin- Resíduos Sólidos e de Gerenciamen- Aterro Industrial e Autoclavagem – 62.947 79.931,03 27,0% 22,1%
reutilizáveis na Companhia, consi- cipal método de disposição final to de Resíduos Sólidos de Saúde.
derando os entraves regulatórios é a compostagem, que permite Para efluentes e resíduos, outras Reciclagem (reciclagem, devolução
de fabricante, fab. ração animal e – 81.705 101.300,99 24,0% 28,0%
para uso desses recursos na indús- a transformação de resíduos em Normas Corporativas são aplicadas rerrefino)
tria de alimentos. fertilizante orgânico, garantindo – como a de Controle Ambiental, a
sua destinação de acordo com as norma de licenciamento e obriga- Incineração – 258 1.061,9 311,6% 0,3%
A busca por formas mais inteli- obrigações legais. ções legais, a de Gestão Ambiental
Compostagem – 211.973 121.672,6 -42,6% 33,6%
gentes e sustentáveis na utiliza- Agropecuária e o Programa Suino-
ção de materiais é parte da roti- Nas unidades administrativas, é cultura Sustentável. Total 451.928 417.711 362.371,9 -13,2% –
na de diversas áreas na BRF. Um promovida a separação para o des-
exemplo é a utilização de lodo, carte do resíduo orgânico, de reci- A BRF e a indústria em geral têm Soma Classe I e II 452.363 418.611,17 365.252,5 -12,7% –
um subproduto, como mistura cláveis e de não recicláveis. Exis- o desafio de adequar plenamente
resultados

resultados
para combustível das caldeiras de tem, ainda, coletores de pilhas e suas operações à Política Nacional
acordo com as obrigações legais. A baterias, e em alguns dos prédios de Resíduos Sólidos (PNRS), o que Resíduos perigosos transportados (t) GRI G4-EN25
área corporativa do Meio Ambien- são realizadas as coletas de óleo envolve uma série de melhorias Variação
  2013 20142 2015
te trabalha há mais de um ano de cozinha e de resíduo eletrônico. nos eixos de operação, cadeia de (2015/2014)
em parceria com área Ambien- Todos os centros de distribuição fornecimento e processos de dis- Transportados1 435 900,17 483,25 -46%
tal para aproveitamento do lodo têm estruturas de coleta seletiva. tribuição, venda e pós-consumo. Tratados 435 900,17 2.232,31 148%
que antes era resíduo. Isso permi-
Total 870 1.800,34 2.715,56 51%
tiu uma redução no consumo de A gestão de resíduos envolve desde A Companhia participa, via Asso-
cavaco e, em algumas unidades, o a adequação e disposição de mate- ciação Brasileira da Indústria da 1. Resíduos classe I transportados e que não ultrapassam as fronteiras estatais.

122 aproveitamento de praticamente riais nos fornecedores, unidades Alimentação (ABIA), da Coalizão
2. Aumento significativo em função da inclusão de dados de transporte e destinação para tratamento dos resíduos de saúde animal.
123
Projetos de embalagens
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Biodiversidade
conduzidos em 2015
GRI G4-EN27
Resultado
A BRF busca controlar impactos dependências, riscos e oportu- Projeto PSA
potenciais ou atuais situados em nidades relacionados a serviços
Eliminado o uso de plásticos (shrink) suas operações e na cadeia de ecossistêmicos. Todas as áreas A BRF iniciará o Projeto PSA Cor-
Eliminação de plásticos: R$ 2.3671,43/ano
que envolvem as caixas de papelão
valor. Nas atividades potencial- da BRF aplicáveis ao Novo Códi- porativo BRF no campo em 2016.
Redução e padronização no mente poluidoras, como incuba- go Florestal estão seguindo o O projeto busca desenvolver
Redução de consumo de energia e manutenção: R$ 76.828,00/ano; redução de
consumo de filme plástico em
estoques tórios, fábricas de rações e gran- cronograma definido pelo Iba- um sistema de pagamento por
produtos BRF
jas próprias, não são identificados ma para adequação ao proces- serviços ambientais corporativo
Implementação do Lean para
Redução de filme plástico de 34 cm para 28 cm. Ganho de R$ 102.922,98/ano; impactos significativos em áreas so de georreferenciamento e em três eixos: mecanismo de
reduzir desperdício de água na
melhora na aparência da embalagem para o cliente
unidade de CNC protegidas ou de alto índice de ao Cadastro Ambiental Rural PSA; mecanismo financeiro, com
Consumo de 29 L/ave foi para 27 L/ave, redução de 6,9%. Indicador de 14,87 biodiversidade. Entretanto, o (CAR). Monitoramos os impac- modelo de negócio competitivo
m³/ton. foi para 13,95 m³/ton., redução de 6,2%. Indicador médio de 7.800 m³/ aspecto biodiversidade é crítico tos e a abrangência de nossas e inovador; e uma estratégia de
dia (11.090 ton. produzidas/mês) foi para 7.500 m³/dia (11.850 ton. produzidas/
por estar vinculado a transfor- áreas contempladas por políti- implantação para a sustentabi-
mês). Dessa forma, houve redução de 3,8% (7.500/7.800) = 300 m³/dia, ou
Redução no uso de plásticos seja, redução em torno de 300 m³/dia (300 mil litros de água dia). Mas, se mações no clima, que alteram o cas de conservação e preserva- lidade do negócio na cadeia BRF.
(shrink) em caixas de papelão fosse mantida a média de consumo de 11.090 ton. produzidas para 11.850 ton., ritmo e a produtividade da pro- ção ambiental. A meta é ampliar um modelo-pi-
o valor final deveria ser de 8.335 m³. Assim, o retorno foi maior, de 10% de
dução agrícola mundial e, conse- loto, envolvendo até 250 produ-
redução (7.500/8.335), igual a 534 m³/dia. Retorno financeiro de R$ 594,00/
dia; R$ 12.474,00/mês dos dias úteis de produção (300 m³/dia). Não tivemos quentemente, os preços de com- Na cadeia agropecuária, os pro- tores em uma área estimada de
impactos financeiros significativos, apenas melhorou a aparência ao consumidor modities usadas pela Companhia dutores integrados são avaliados 400 hectares. GRI G4-EN26
Retiradas as cantoneiras e fita 3M de todos os pallets das linhas 3, 5 e 7, tanto na formulação de produ- mensalmente com o indicador
totalizando 190 pallets/dia, e padronizada a quantidade de stretch de 800 tos como na cadeia agropecuária, de percentual de licença ambien-
g para 470 g/pallet. Com essas alterações, em 2015 a Companhia teve os
seguintes ganhos:
como milho e soja. tal de propriedades. O controle
do licenciamento dos fornecedo-
Eliminar cantoneira/Fita 3M dos • Cantoneira: R$ 0,41 unidade para 190 pallets: R$ 311,60/dia – R$ 74.784,0
Para melhor compreender e res é realizado por meio da Nor-
pallets e padronizar a quantidade
• Fita 3M: R$ 0,03 m – 1 pallet utiliza 9 m, para 190 pallets: R$ 58,9/dia – avaliar nossas externalidades ma de Gestão Ambiental Agrope-
de stretch utilizados
R$ 14.136,0/ano;
ambientais, em 2014, passamos cuária, do contrato de integração
• Stretch: R$ 5,62 kg – 800 g por pallet: R$ 4,49 – padronizado para 470 g por a integrar a iniciativa TeSE, do e do checklist de Extensão Rural
pallet: R$ 2,64 – 190 pallets: R$ 351,5/dia – R$ 84.360,0
Centro de Estudos em Sustenta- (que avalia as rotinas dos exten-
• Total de ganho conforme volume do PO em 2015: R$ 173.280,0 bilidade da Fundação Getúlio Var- sionistas, responsáveis pela apli-
A tecnologia do filme coextrusado PET está associada à capacidade de gas (GVces), que propõe desen- cação do índice de conformidade
Reduzir a quantidade de material um único filme garantir todas as necessidades existentes no processo de volver estratégias e ferramentas nos produtores integrados, com
em estoque e eliminar a tarefa de embalagem, sem que existam perdas ou danos no produto final, quando
fixar as cantoneiras1 comparado com a versão atual, em que o filme é laminado com PET. Não há destinadas à gestão de impactos, foco em temas ambientais).
necessidade de ajustes no processo atual das fábricas
As aparas desse filme podem ser
Maximizar o carregamento em contêineres e reduzir o número de pallets e
usadas como diluente de adesivo
caixas. Cada unidade passou de 480 kg para 550 kg e cada contêiner passou de
de coextrusão; bem como redução
19.200 kg para 24.200 kg. Aumento de 26% no carregamento de produto por
da etapa de laminação no processo
contêiner; redução de 1,5% na tara de embalagem por tonelada de produto
do fornecedor2
Aumento de eficiência no processo do fornecedor pela redução de set up em
Simplificação de itens de caixa3
máquina
Avaliação da extensão do projeto
Redução da área da embalagem de 4,5%; redução de 16,2 ton. de papelão
HD0003 (Redução Dimensional
ondulado por ano
Tabuleiro) para 19 UP’s
Redução dimensional na aba de Redução da área da embalagem de 2,35%; redução de 39,5 ton. de papelão
colagem tampa griller DVZ ondulado por ano
Redução da área da embalagem de 21,1% e redução de 28,6% da espessura do
Projeto Coiote – Fatiados filme fundo; redução de aproximadamente 91,375 ton. de consumo de material
coextrusado de PET e EVOH
Utilização de filme reciclado no lugar de filme virgem. Utilização de 1.849 ton.
de embalagens recicladas em 2015, com redução de 2.828,97 ton. de emissões
Filme reciclado de gases do efeito estufa. Redução de 2.254.992 litros de petróleo; redução
de 10.086,03 MW de consumo de energia elétrica; redução de 2.033,9 ton. de
resultados

resultados
resíduos plásticos em aterros
1. EMB-0100 – Inovação – Desenvolvimento de Filme Termoformado Tampa Coex PET – Bemis/Eastman.
2. ME-0799 – EMB-0199 – (Top 10 “B” Europe) – Legislation Update 1169/2011 – (B2B) SKU 142571 – CPZ.
3. SUP-0928 – FA – IRANI para Caixas Maleta.

124 125
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


o relatório

o relatório
Neste ciclo,
aprofundamos nossa
apresentação de
dados e indicadores,
em sintonia com as
126 diretrizes GRI e IIRC. 127
SUMÁRIO GRI
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Abrangente
O Relatório Anual e de Sustenta- estratégico da Companhia, seus
bilidade 2015 da BRF adota como temas mais relevantes de sus-
Mais uma vez, reportamos diretrizes a metodologia de rela- tentabilidade, compromissos de conteúdo geral
todos os indicadores to da Global Reporting Initiative relatos anteriores e a percepção
relacionados a cada aspecto (GRI), versão G4, e o framework de seus principais executivos e Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Pacto Objetivos do
material identificado pela Global Milênio*
de relato integrado proposto pelo líderes sobre a materialidade. Em
Companhia. International Integrated Repor- 2015, a lista de temas materiais Estratégia e análise G4-1 Mensagem do 15
presidente
ting Council (IIRC), grupo que a passou por revisão, considerando
Companhia integra, por meio da o alinhamento à atual estratégia G4-2 Descrição dos 15, 46, 50, 55
principais impactos, riscos
Comissão Brasileira de Acompa- e o objetivo de aumentar a espe- e oportunidades
nhamento de Relatórios Integra- cificidade do reporte de assuntos
Perfil organizacional G4-3 Nome da 18
dos. GRI G4-29, G4-30 e indicadores, como evolução da organização
aplicação das diretrizes de relato G4-4 Principais marcas, 18
Com indicadores que abrangem adotadas pela empresa. GRI G4-18 produtos e/ou serviços
o período de 1º de janeiro a 31 de G4-5 Localização da sede Sede: Rua Jorge Tzachel, 475
dezembro de 2015, além de infor- Anualmente, buscamos obter e da organização 88301-600 Itajaí – SC – Brasil
mações sobre a gestão e a estra- reportar avanços em nossa ade- Escritório corporativo:
Rua Hungria, 1.400 – 5º andar
tégia da Companhia, o documen- são às diretrizes de relato integra- 01455-000 São Paulo – SP – Brasil
to segue a versão Abrangente das do propostas pelo IIRC; destaca-
G4-6 Países onde 18
diretrizes GRI, reunindo os con- mos, além da estrutura orientada estão as principais
teúdos específicos associados aos pelo modelo de capitais – finan- unidades de operação
ou as mais relevantes
temas materiais do negócio, além ceiro, intelectual, humano, social
para os aspectos da
de indicadores setoriais de alimen- e natural –, nosso compromisso sustentabilidade do
tos. As métricas e o escopo dos indi- de evoluir na conectividade de relatório
cadores são, sempre que possível, informações e na apresentação G4-7 Tipo e natureza 18
alinhados à metodologia GRI; even- de dados que abordem não ape- jurídica da propriedade
tuais variações em dados e métri- nas nosso contexto presente e G4-8 Mercados em que a 18, 19, 20, 68
cas são apresentados ao longo do nosso desempenho, mas também organização atua

relato. GRI G4-22, G4-23, G4-28, G4-32 riscos, oportunidades e perspecti- G4-9 Porte da organização 8, 18, 19, 20
vas de futuro para a Companhia, G4-10 Perfil dos 20, 88, 91, 142 6
A definição dos conteúdos a nos diferentes mercados em que empregados
reportar levou em conta o plano atuamos. G4-11 Percentual de 90 3
empregados cobertos por
acordos de negociação
Os dados das demonstrações coletiva
financeiras da BRF são apresen-
G4-12 Descrição da cadeia 107
tados seguindo os padrões brasi- de fornecedores da
leiros e as normas International organização
Financial Reporting Standards G4-13 Mudanças 42, 43

Neste relatório,
(IRFS), em linha com instruções significativas em relação
a porte, estrutura,
da Comissão de Valores Mobiliá- participação acionária e

buscamos aprofundar a
rios (CVM) e da Security Exchange cadeia de fornecedores
Commission (SEC), e foram audi- G4-14 Descrição sobre Na BRF, o Princípio da Precaução impacta 7

adesão às diretrizes de
tados pela Ernst & Young. Já os como a organização adota os investimentos no desenvolvimento,
indicadores socioambientais não a abordagem ou princípio na concepção, na fabricação e na

relato integrado do IIRC,


da precaução distribuição e venda de produtos.
passaram por processo formal de
o relatório

o relatório
Segundo o princípio, incertezas científicas
auditoria. GRI G4-33 são consideradas motivo suficiente para

com foco em aspectos


evitar determinados projetos, iniciativas
e práticas das organizações, prevenindo a
Todos os dados dos indicadores são ameaça de danos sérios ou irreversíveis à

como conectividade,
globais. Em caso de especificidade saúde humana e ao meio ambiente. Mais
no escopo, essa diferença está sen- informações na p. 51.

foco estratégico e
do considerada ao longo do texto. G4-15 Cartas, princípios 47
ou outras iniciativas
O inventário de emissões de GEE
desenvolvidas

orientação para o futuro.


para as operações BRF no Brasil, na externamente
Europa e na Argentina foi verifica-
128 do pela KPMG. GRI G4-17, G4-33 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
129
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* Global Milênio*
Perfil organizacional G4-16 Participação 102 Governança G4-35 Processo de 46, 93
em associações e delegação do mais alto
organizações órgão de governança
para tópicos econômicos,
Aspectos materiais G4-17 Entidades incluídas 128
ambientais e sociais
identificados e limites nas demonstrações
financeiras consolidadas G4-36 Cargos e funções 28, 46
e entidades não cobertas executivas responsáveis
pelo relatório pelos tópicos econômicos,
ambientais e sociais
G4-18 Processo de 128
definição do conteúdo do G4-37 Processos 34
relatório de consulta entre
stakeholders e o mais
G4-19 Lista dos temas 49
alto órgão de governança
materiais
em relação aos tópicos
G4-20 Limite, dentro 49 econômicos, ambientais
da organização, de cada e sociais
aspecto material
G4-38 Composição do mais 28
G4-21 Limite, fora da 49 alto órgão de governança e
organização, de cada dos seus comitês
aspecto material
G4-39 Presidente do mais 25
G4-22 Reformulações de 128 alto órgão de governança
informações fornecidas
G4-40 Critérios de seleção 25 3
em relatórios anteriores
e processos de nomeação
G4-23 Alterações 128 para o mais alto órgão de
significativas de escopo governança e seus comitês
e limites de aspectos
G4-41 Processos de Situações dessa natureza são combatidas
materiais em relação a
prevenção e administração segundo o Código de Ética e Conduta e o
relatórios anteriores
de conflitos de interesse Estatuto Social.
Engajamento de G4-24 Lista de grupos de 48
G4-42 Papel do mais alto 25, 46
stakeholders stakeholders engajados
órgão de governança
pela organização
e dos executivos na
G4-25 Base usada para a 48 definição de políticas e
identificação e seleção metas de gerenciamento
de stakeholders para de impactos
engajamento
G4-43 Medidas tomadas
G4-26 Abordagem para 48, 98 para aprimorar o Divulgação ampla do Relatório Anual e
envolver os stakeholders conhecimento do mais de Sustentabilidade, comunicação no
alto órgão de governança site e divulgação de programas sociais e
G4-27 Principais tópicos e 48, 49 sobre tópicos econômicos, ambientais nas regiões de atuação.
preocupações levantadas ambientais e sociais
durante o engajamento,
por grupo de stakeholders G4-44 Processos de 25
autoavaliação do
Perfil do relatório G4-28 Período coberto 128 desempenho do mais alto
pelo relatório órgão de governança
G4-29 Data do relatório 128 G4-45 Responsabilidades 25, 46, 50
anterior mais recente pela implementação das
G4-30 Ciclo de emissão de 128 políticas econômicas,
relatórios ambientais e sociais

G4-31 Contato para Dúvidas sobre este documento podem G4-46 Papel da 50
perguntas sobre o ser esclarecidas pelos telefones (55 11) governança na análise
relatório ou seu conteúdo 2322-5052 / 5061 / 5048 ou pelo e-mail da eficácia dos processos
acoes@brf-br.com. de gestão de risco da
organização para temas
G4-32 Opção da 128
aplicação das diretrizes e G4-47 Frequência com 38, 50
localização da tabela GRI que o mais alto órgão
o relatório

o relatório
de governança analisa
Governança G4-33 Política e prática 128 impactos, riscos e
atual relativa à busca de oportunidades
verificação externa para o
relatório G4-48 Mais alto 48
responsável por aprovar
G4-34 Estrutura 25, 28 1 a 10 formalmente o relatório de
de governança da sustentabilidade e garantir
organização a cobertura de todos os
aspectos materiais

130 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
131
conteúdo específico
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
Governança G4-49 Processo 34
adotado para comunicar
preocupações críticas
categoria econômica
ao mais alto órgão de
governança Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
G4-50 Natureza e número 34
total de preocupações Terceirização e G4-DMA Forma de gestão 109
críticas comunicadas compras
ao mais alto órgão de
governança e soluções G4-FP1 Percentagem 107 8
adotadas de volume comprado
de fornecedores em
G4-51 Relação entre A remuneração total paga a diretores conformidade com
a remuneração e executivos e conselheiros em 2015 (salários, política de compras da
o desempenho da pagamentos de participação nos lucros organização
organização, incluindo e benefícios) foi de R$ 80 milhões. A
social e ambiental composição da remuneração inclui valores G4-FP2 Percentagem 145 8
fixos e participação nos lucros, além de de volume comprado
benefícios; em 2015, também foi pago que está em
um benefício para ex-diretores executivos conformidade com
(em sintonia com a nota 24.2.4 das normas e certificações
Demonstrações Financeiras da BRF). Desde internacionalmente
2006, a metodologia adotada relaciona a reconhecidas,
participação no resultado com um múltiplo discriminadas por tipo de
do salário mensal do diretor, considerando certificação
vários indicadores financeiros, como Valor Desempenho G4-DMA Forma de gestão 121
Adicionado, EBITDA e orçamento anual, econômico
proporcionando um teto para o valor pago
a executivos. G4-EC1 Valor econômico 72, 76 8
direto gerado e distribuído
G4-52 Participação de A BRF determina a remuneração de
consultores (internos todos os seus postos de trabalho G4-EC2 Implicações 51, 52, 54, 121 8
e independentes) por intermédio de metodologia de financeiras e outros
na determinação de consultoria internacional e independente. riscos e oportunidades
remunerações Os consultores de remuneração apoiam decorrentes de mudanças
os Comitês ligados ao Conselho de climáticas
Administração e à equipe de RH. G4-EC3 Cobertura das Os benefícios de renda pagos pelo Plano são 8
G4-53 Consultas a 25 obrigações no plano de custeados diretamente pelas reservas já
stakeholders sobre pensão de benefício constituídas nos Planos. Em 2015, a BRF efetuou
remuneração e sua um total de R$ 14.265.730,62 em contribuições.
aplicação nas políticas da Os participantes efetuaram um total de R$
organização 17.394.513,41. O percentual de contribuição
definido nos Planos I, II e III segue os seguintes
G4-54 Relação proporcional O indivíduo mais bem pago recebe 44 critérios: para o Plano I, a contribuição definida no
entre o maior salário e a vezes mais que a média de salários de regulamento é de 0,70% sobre a parte do salário
média geral da organização, todos os demais funcionários. correspondente a até 10 Unidades Referência Brasil
por país Foods (URBFs), que hoje equivale a R$ 4.553,90,
G4-55 Relação No Brasil, o indivíduo mais bem pago e de 3,70% sobre a parcela excedente do salário,
proporcional entre o se houver. As contribuições da patrocinadora
recebeu aumento de 53,85%, enquanto a
aumento do maior salário são efetuadas sobre a contribuição básica dos
média de aumento para todos os demais
participantes e obedecem à seguinte escala: até 50
e o aumento médio da colaboradores ficou em 14,0%.
anos, 100% da contribuição básica do participante;
organização, por país
de 51 em diante, 200% da contribuição básica do
Ética e integridade G4-56 Valores, princípios, 18, 34, 47 10 participante. Para os Plano II e III, a contribuição
padrões e normas de definida no regulamento é de 0,70% sobre a parte
comportamento da do salário correspondente a até 10 URBF (Unidade
organização Referência Brasil Foods), que hoje equivale a R$
4.553,90 e de 3%, 4%, 5%, 6% ou 7% (conforme
G4-57 Mecanismos 34 10
opção do participante) sobre a parcela excedente
internos e externos de
do salário, se houver. Em ambos os planos (II e III),
orientação sobre ética e
as contribuições da patrocinadora correspondem
conformidade
a 100% da contribuição básica efetuada pelos
o relatório

o relatório
G4-58 Mecanismos 34 10 participantes. No Plano FAF, as patrocinadoras
internos e externos para contribuem com valores mensais correspondentes
comunicar preocupações a 0,10% dos salários dos participantes, e estes, com
sobre comportamentos valores mensais correspondentes a 0,22% de seus
não éticos salários. A rentabilidade dos planos em 2015 foi
de: Plano I = 8,75%; Plano II = 9,22%; Plano III =
9,33%; Plano FAF = 10,67%. Os principais motivos
para a variação dos valores de 2014 e 2015 foram:
redução das contribuições adicionais realizadas
pelos participantes; venda da unidade de Lácteos; e
mudanças no quadro de funcionários da BRF.

132 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
133
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* Global Milênio*
Desempenho G4-EC4 Ajuda financeira Incentivos fiscais são informações Emissões G4-EN16 Emissões
econômico significativa recebida do confidenciais. A BRF desfruta de incentivos indiretas de gases
governo fiscais e financeiros nas esferas federal, de efeito estufa 122 7, 8 7
estaduais e municipais, como incentivo à provenientes da
produção ou comercialização local e ao aquisição de energia
desenvolvimento socioeconômico das regiões,
G4-EN17 Outras emissões
tendo, normalmente, como contrapartida,
indiretas de gases de 122 7, 8 7
investimentos em geração de empregos
efeito estufa
diretos e indiretos.
G4-EN18 Intensidade de
Impactos econômicos G4-DMA Forma de gestão 97
emissões de gases de 151 8 7
indiretos
efeito estufa
G4-EC7 Impacto de 100 1, 8
G4-EN19 Redução de
investimentos em
emissões de gases de 121 8, 9 7
infraestrutura oferecidos
efeito estufa
para benefício público
G4-EN20 Emissões de
G4-EC8 Descrição de 98, 99, 100 1, 9
substâncias que destroem 121 7, 8 7
impactos econômicos
a camada de ozônio
indiretos significativos
G4-EN21 Emissões de NOx,
Práticas de compras G4-DMA Forma de gestão 109, 110, 112
SOx e outras emissões 151 7, 8 7
G4-EC9 Políticas, práticas e 108, 147 atmosféricas significativas
proporção de gastos com
Efluentes e resíduos G4-DMA Forma de gestão 110, 120, 122
fornecedores locais
G4-EN22 Descarte total
de água, discriminado por 120 8 7
qualidade e destinação
G4-EN23 Peso total de
categoria ambiental resíduos, discriminado
123 8 7
por tipo e método de
disposição
Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* G4-EN24 Número
Não houve acidente ambiental
e volume total de
Energia G4-DMA Forma de gestão 120 registrado em 2015. Mais informações 8 7
derramamentos
na p. 120.
G4-EN3 Consumo de significativos
energia dentro da 149 7, 8 7 G4-EN25 Peso de
organização resíduos transportados 123 8 7
G4-EN4 Consumo considerados perigosos
de energia fora da 121, 150 8 7 Todos os corpos receptores onde
organização são lançados os efluentes possuem
G4-EN5 Intensidade condições de autodepuração que
150 8 7 G4-EN26 Proteção e controlam impactos e ocorrências. Os
energética
índice de biodiversidade dados de emissões de efluentes são
G4-EN6 Redução do 8 7
150 8, 9 7 de corpos d’água e ponderados no Índice de Conformidade
consumo de energia hábitats Ambiental (ICA), sendo mensalmente
Em 2014, a BRF iniciou o analisados. Em 2015, a BRF submeteu
desenvolvimento de ferramentas um projeto de Pagamentos por Serviços
G4-EN7 Reduções nos Ambientais ao Inova Sustentabilidade.
para avaliação do impacto ambiental
requisitos energéticos de 8, 9 7
de produtos, priorizando os aspectos Produtos e serviços G4-DMA Forma de gestão 122
produtos e serviços
água e carbono e considerando,
também, as questões energéticas. G4-EN27 Iniciativas para
mitigar os impactos 124 7, 8, 9 7
Água G4-DMA Forma de gestão 118 ambientais
G4-EN8 Total de água A BRF não possui o controle percentual
119 7, 8 7
retirada por fonte de embalagens recuperadas, visto
G4-EN28 Percentual de
G4-EN9 Fontes hídricas que os projetos de Logística Reversa
produtos e embalagens
significativamente de Resíduos Sólidos estão em fase 8, 9 7
148 8 7 recuperados, por
afetadas por retirada de inicial. Anualmente, serão reportadas
categoria de produtos
o relatório

o relatório
água a evolução das iniciativas e a
quantificação possível para os dados.
G4-EN10 Percentual e
volume total de água 118, 148 8 7
reciclada e reutilizada
Emissões G4-DMA Forma de gestão 121

G4-EN15 Emissões
diretas de gases de efeito 122 7, 8 7
estufa

134 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
135
Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
Pacto Objetivos do
Conformidade G4-DMA Forma de gestão 116 Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
As demandas judiciais e administrativas
Emprego G4-DMA Forma de gestão 87
são consideradas significativas quando
os valores envolvidos são maiores que G4-LA1 Número
R$ 250 mil ou quando a matéria pode total e taxas de
expor a imagem da BRF e/ou criar novas contratações 89, 143 6 3, 5
precedentes relevantes. Em 2015, dentre e rotatividade de
as consideradas significativas, tivemos empregados
três demandas ambientais (uma ação
judicial e dois autos de infração) que, G4-LA2 Comparação
juntas, somam o valor aproximado de entre benefícios a
89 3, 5, 6
R$ 3.500.000,00. Ainda, no tocante empregados de tempo
ao critério de sanções não monetárias, integral e temporários
G4-EN29 Valor de
foi identificado apenas um auto de G4-LA3 Taxas de
multas e número total
advertência. Por fim, salienta-se que retorno ao trabalho
de sanções resultantes
houve recebimento de outros autos e retenção após uma 90 6 3, 5, 7
de não conformidade
de infração com aplicação de multa licença-maternidade/
com leis
simples em valor não significativo, bem paternidade
como notificações/ofícios, sem fixação
de qualquer sanção, para apresentação Saúde e segurança G4-DMA Forma de gestão 93, 94
de documentos e fornecimento de no trabalho
G4-LA5 Percentual
informações, principalmente, quanto à dos empregados
regularidade das licenças e relacionados representados em 94 6
a condicionantes ambientais, bem como comitês formais de
observação de padrões de emissões de segurança e saúde
efluentes regidos pelo Brasil e também a
emissão de sólidos suspensos totais acima G4-LA6 Taxas de lesões,
dos limites estabelecidos pelo Kalifa doenças ocupacionais e 93, 95 6
Industrial Zone (Kizad), em Abu Dhabi. dias perdidos

Transportes G4-DMA Forma de gestão 96, 109, 110 G4-LA7 Empregados


com alta incidência ou
G4-EN30 Impactos Em 2015, houve um tombamento com alto risco de doenças 93 6
ambientais significativos farinha de vísceras, no qual a empresa relacionadas à sua
referentes a transporte especializada foi imediatamente 8 7 ocupação
de produtos e de acionada para limpeza do terreno, e
trabalhadores não houve impacto ambiental. G4-LA8 Temas relativos
a saúde e segurança
Avaliação ambiental de 94 6
G4-DMA Forma de gestão 109, 112 cobertos por acordos
fornecedores formais com sindicatos
G4-EN32 Percentual Treinamento e G4-DMA Forma de gestão 92
de novos fornecedores educação
111, 112 8 7 Após revisão da materialidade, o aspecto
selecionados com base
em critérios ambientais treinamentos foi considerado relevante. A BRF
G4-LA9 Média de horas
dará luz à gestão e ao monitoramento das horas
G4-EN33 Impactos de treinamento por ano
de treinamentos em 2015. O desempenho será
ambientais negativos reportado em 2016.
significativos, reais e 111, 112 8 7
potenciais, na cadeia de G4-LA10 Programas para
fornecedores gestão de competências 92
e aprendizagem contínua
Mecanismos de queixas
e reclamações relativas G4-DMA Forma de gestão 34 Em 2015, a BRF dobrou o número de pessoas que faz
a impactos ambientais G4-LA11 Percentual parte da análise de desempenho (100% da liderança
de empregados que dos profissionais sêniores). O processo é realizado
Em 2015, foram registradas recebem análises de por avaliação 360º, que contempla fortalecimento
25 reclamações/demandas da desempenho de cultura e contratação e entregas de metas. A
G4-EN34 Número de
comunidade, sendo que, em 2014, avaliação é individual e o feedback, coletivo.
queixas e reclamações
houve 13 reclamações (aumento 8
relacionadas a impactos Avaliação de G4-DMA Forma de gestão 109, 112
de 48%). Esse aumento se vincula,
ambientais fornecedores em
provavelmente, à ampla divulgação G4-LA14 Percentual
dos canais de relacionamento da BRF. práticas trabalhistas
de novos fornecedores
selecionados com base 111, 112 6 3
o relatório

o relatório
em critérios relativos a
práticas trabalhistas
G4-LA15 Impactos
negativos significativos,
reais e potenciais, para as 111, 112 6 3
práticas trabalhistas na
cadeia de fornecedores

136 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
137
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* Global Milênio*
Mecanismos G4-DMA Forma de gestão 34 G4-DMA Forma de gestão 34, 47
de queixas e
G4-LA16 Número de A BRF condena toda e qualquer forma de suborno
reclamações G4-SO3 Unidades
queixas e reclamações e corrupção. Com a criação da Diretoria de
relacionadas a submetidas a avaliações
relacionadas a práticas Compliance, em 2015, os indicadores relacionados 10
práticas trabalhistas 35 de riscos relacionados à
trabalhistas registradas a esse aspecto serão aprimorados para divulgação
corrupção
por meio de mecanismo nos anos subsequentes.
formal
G4-SO4 Percentual
Combate à corrupção de empregados
treinados em políticas 34, 102 10
e procedimentos
anticorrupção
G4-SO5 Casos
Categoria social – direitos humanos confirmados de
Não houve casos em 2015. 10
corrupção e medidas
tomadas
Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* Políticas públicas G4-DMA Forma de gestão 102
Avaliação de G4-DMA Forma de gestão 109, 112 G4-SO6 Políticas de
fornecedores em contribuições financeiras
G4-HR10 Percentual 102 10
direitos humanos para partidos políticos,
de novos fornecedores
políticos ou instituições
selecionados com base 111, 112 2
em critérios relacionados Concorrência desleal G4-DMA Forma de gestão A BRF condena toda e qualquer forma de
a direitos humanos concorrência desleal, conforme preconizam seu
Código de Ética e Conduta e seu Código de Conduta
G4-HR11 Impactos G4-SO7 Número total para Fornecedores.
negativos significativos, de ações judiciais por 10
Em 2015, não houve nenhuma ação judicial
reais e potenciais, em concorrência desleal
111, 112 2 movida por concorrência desleal, práticas de
direitos humanos na
truste e monopólio e seus resultados.
cadeia de fornecedores e
medidas tomadas Conformidade G4-DMA Forma de gestão
Em 2015, não houve dispêndio de valor monetário
Mecanismos G4-DMA Forma de gestão 34 G4-SO8 Valor monetário de multas significativas e sanções não monetárias
de queixas e de multas significativas e aplicadas em decorrência da não conformidade
G4-HR12 Número de
reclamações número total de sanções com leis e regulamentos.
queixas e reclamações
relacionadas a não monetárias
relacionadas a impactos
direitos humanos 35 1
em direitos humanos Avaliação de G4-DMA Forma de gestão 109, 112
registradas, processadas fornecedores
e solucionadas G4-SO9 Percentual de
em impactos na
novos fornecedores
sociedade
selecionados com 111, 112
critérios de impactos na
sociedade
G4-SO10 Impactos
Categoria social – sociedade negativos significativos,
reais e potenciais, da
111, 112
cadeia de fornecedores
Pacto Objetivos do na sociedade e medidas
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* tomadas
Comunidades locais G4-DMA Forma de gestão 97 Mecanismos G4-DMA Forma de gestão 34
de queixas e
G4-SO1 Percentual G4-SO11 Queixas
reclamações
de operações com relacionadas a impactos
relacionadas
programas de na sociedade registradas, Não houve queixas relacionadas a impactos na
1, 2, 4, 5, a impactos na
engajamento da 98, 99 1 processadas e sociedade reportadas ao IBRF no período relatado.
6, 8 sociedade
comunidade local, solucionadas por meio de
avaliação de impactos e mecanismo formal
desenvolvimento local
G4-SO2 Operações com
impactos negativos
1, 2, 4, 5,
o relatório

o relatório
significativos, reais 98 1
6, 8, 9
e potenciais, nas
comunidades locais

138 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
139
Categoria social – responsabilidade pelo produto
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Pacto Objetivos do
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
Pacto Objetivos do Conformidade G4-DMA Forma de gestão Em 2015, a BRF não foi autuada com multas de
Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio* valor monetário significativo, assim consideradas
G4-PR9 Multas por não as superiores a R$ 150.000,00, aplicadas em razão
Saúde e segurança conformidade relativas de não conformidade com leis e regulamentos
G4-DMA Forma de gestão 103, 104
do cliente ao fornecimento e uso de relativos ao fornecimento e uso de produtos e
produtos e serviços serviços.
G4-PR1 Avaliação de
impactos na saúde e
segurança durante o ciclo 103 1, 4, 5
de vida de produtos e
serviços
Em 2015, ingressaram 770 (setecentos e setenta)
processos/autuações administrativas envolvendo
o tema impactos causados por produtos e serviços
G4-PR2 Não
na saúde e segurança durante seu ciclo de vida,
conformidades
relacionadas aos
discriminados por tipo de resultado, sendo que suplemento setorial – bem-estar animal
319 (trezentos e dezenove) estão arquivados e 452
impactos causados por
(quatrocentos e cinquenta e dois) estão em trâmite.
produtos e serviços Pacto Objetivos do
Não ocorreram pagamentos de processos judiciais/ Aspecto Descrição Página/resposta/omissão
Global Milênio*
autuações administrativas com valores relevantes,
ou seja, superiores a R$ 150.000,00, durante o ano. Bem-estar animal G4-DMA Forma de gestão 114
G4-FP5 Percentagem G4-FP9 Percentagem e
do volume de produção Reprodução e total de animais criados
61
fabricado em locais genética e/ou transformados, por
certificados por terceiros, 146 espécie e tipo da raça
de acordo com normas
internacionalmente G4-FP10 Políticas e
reconhecidas práticas, por espécie
Criação de animais e raça, relacionadas a 114, 115
G4-FP6 Percentagem do alterações físicas e uso
volume total de vendas de anestésico
de produtos de consumo,
por categoria de produto, G4-FP11 Percentagem e
105 total de animais criados
que possuem redução
de gordura saturada, e/ou transformados, por 147
gorduras trans, sódio e espécie e raça, por tipo
adição de açúcares de habitação

G4-FP7 Percentagem do G4-FP12 Políticas e


volume total de vendas práticas com relação ao
de produtos de consumo, uso de antibióticos, anti-
por categoria de inflamatórios, hormônios
114, 115
produto, que contenham e/ou tratamentos
105 com promotores de
aumento de ingredientes
nutritivos e aditivos crescimento, por espécie
alimentares como fibras, e tipo de criação
vitaminas, minerais, G4-FP13 Número
fitoquímicos e funcionais total de casos de Em 2015, ingressaram 23 (vinte e três) processos/
Rotulagem de G4-DMA Forma de gestão 103, 104 descumprimentos autuações administrativas envolvendo o tema
produtos e serviços significativos de leis práticas de transporte, manuseio e abate dos
G4-PR3 Tipo e regulamentos e animais terrestres e aquáticos, sendo que 06 (seis)
Manuseio, transporte
de informação aderência aos padrões estão arquivados e 17 (dezessete) ainda estão em
e abate
sobre produtos e voluntários relacionados trâmite. Não ocorreram pagamentos de processos
104 8
serviços exigido por a práticas de transporte, judiciais/autuações administrativas com valores
procedimentos de manuseio e abate dos relevantes, ou seja, superiores a R$ 150.000,00,
rotulagem animais terrestres e durante o ano.
aquáticos
Em 2015, ingressaram 11 (onze) processos/
autuações administrativas envolvendo o tema
G4-PR4 Não rotulagem de produtos e serviços, discriminados
conformidades por tipo de resultado, sendo que 03 (três) estão
relacionadas à rotulagem arquivados e 08 (oito) ainda estão em trâmite. Não
de produtos e serviços ocorreram pagamentos de processos judiciais/
o relatório

o relatório
autuações administrativas com valores relevantes,
ou seja, superiores a R$ 150.000,00, durante o ano.
G4-PR5 Resultados de
pesquisas medindo a 41, 103
satisfação do cliente

140 * No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
* No fim de 2015, entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em continuidade aos Objetivos de Desenvolvimen-
to do Milênio (ODM). A partir de 2016, a BRF fará acompanhamento dos ODS.
141
ANEXOS Pessoas – contratações e desligamentos* GRI G4-LA1
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Número de contratações por gênero
Pessoas – perfil dos colaboradores G4-10
  2013¹ 2014 2015

Empregados, por tipo de emprego e região brasileira – 2014 Masculino 19.314 19.808 14.173

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Feminino 13.267 14.355 8.792

Tempo indeterminado 316 4.087 23.581 16.850 55.507

Tempo determinado 4 45 12 247 69


Número de CONTRATAÇÕES por faixa etária
  2013¹ 2014 2015
Estagiários e aprendizes 58 39 484 141 954
Abaixo de 30 anos 22.738 25.177 15.781
Terceirizados 4 248 2.148 1.105 4.997
Entre 30 e 50 anos 9.532 8.723 7.040
Total 382 4.419 26.225 18.343 61.527
Acima de 50 anos 311 263 144
Total no Brasil 110.896

Número de CONTRATAÇÕES por região


Empregados, por tipo de emprego e região brasileira – 2015
  2013¹ 2014 2015
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Sul 12.471 15.563 10.925
Tempo indeterminado 285 3.312 23.307 14.578 49.052
Sudeste 5.506 5.269 3.922
Tempo determinado 0 57 15 370 58
Centro-Oeste 13.390 11.365 6.273
Estagiários e aprendizes 18 135 407 399 557
Nordeste 1.140 1.042 754
Terceirizados 4 184 2.241 1.043 4.466
Norte 74 96 74
Total 307 3.688 25.970 16.390 54.133
Exterior N/A 828 1.017
Total no Brasil 100.488

Taxa de novas contratações por gênero (%)


Empregados fora do Brasil, por região – 2014   2013¹ 2014 2015
América Latina Ásia África Europa Oriente Médio Masculino 18,20% 18,90% 14,49%
Empregados 2.639 27 10 465 918 Feminino 12,50% 13,70% 8,99%
Total fora do Brasil 4.059
Taxa de novas contratações por faixa etária (%)
  2013¹ 2014 2015
Empregados fora do Brasil, por região – 2015
Abaixo de 30 anos 21,40% 24,03% 16,14%
América Latina Ásia África Europa Oriente Médio
Entre 30 e 50 anos 9,00% 8,33% 7,20%
Empregados 2.607 62 14 482 2.080
Acima de 50 anos 0,30% 0,25% 0,15%
Total fora do Brasil 5.245

Taxa de novas contratações por região (%)


  2013¹ 2014 2015
Empregados, por tipo de emprego e gênero – 2015
Sul 11,32% 14,85% 11,17%
América Latina2 Ásia África Europa Oriente Médio
Sudeste 5,00% 5,03% 4,01%
H M H M H M H M H M
Centro-Oeste 12,16% 10,85% 6,41%
Tempo indeterminado 53.630 36.904 0 0 0 0 0 0 0 0
Nordeste 1,04% 0,99% 0,77%
o relatório

o relatório
Tempo determinado 346 154 0 0 0 0 0 0 0 0
Norte 0,07% 0,09% 0,08%
Estagiários e aprendizes 791 725 0 0 0 0 0 0 0 0

Funcionários fora do Brasil 2.144 468 29 32 9 5 300 180 1.976 102 *  A diferença entre o quadro de colaboradores de 2014 e de 2015 pode ser justificada pela não integralização total do quadro de funcio-
nários referentes ao ME (Federal Foods), que resulta em aproximadamente 460 funcionários. O processo de estruturação das atividades
Total 56.911 38.251 29 32 9 5 300 180 1.976 102 no ME também impacta os indicadores, visto que ainda há muitos fluxos/procedimentos não estruturados/padronizados, resultando em
Terceirizados¹ 7.938 informações não totalmente corretas e cadastradas no sistema. Outro ponto se refere aos transferidos entre empresas, pois podemos
mencionar a movimentação de colaboradores da BRF para a Elebat (aprox. 5 mil), que não foram contabilizados como desligados, mas sim
Total de empregados transferidos no fechamento do respectivo mês (06/2015).
105.733
(próprios e terceiros) 1. Para 2013, não foram contabilizadas as informações do exterior.

142 143
1.  Para terceirizados não há controle segregado por gênero.
2.  América Latina – compilação contempla os empregados do Brasil. Não há dados segregados para Argentina, Uruguai e Chile.
Relacionamento com a comunidade
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Número de desligamentos por gênero
  2013¹ 2014 2015
Programas de engajamento, gestão de impactos e desenvolvimento GRI G4-SO1
Masculino 21.840 22.040 15.827
Implementação nos Comitês de
Cobertura da operação
Feminino 14.934 15.011 11.334 Operação do Instituto BRF
2013 2014 2015 2013 2014 2015
Número de desligamentos por faixa etária Inspira1 48% 37% – 54% 54% –
  2013¹ 2014 2015 ReciclAção 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Abaixo de 30 anos 21.747 22.747 15.327 Voluntários BRF 65% 65% 88,5% 100% 100% 100%
Entre 31 e 50 anos 13.993 13.257 11.030 Portas Abertas – 65% 22,8% – 100% 25%
Acima de 50 anos 1.034 1.047 804
1.  Programa encerrado no final de 2014.

Número de desligamentos por região


  2013¹ 2014 2015

Sul 15.065 16.488 13.855


Pessoas – Sistema de Gestão SSMA
Sudeste 7.095 6.194 4.700 SSMA – 16 alavancas
Centro-Oeste 13.689 12.220 6.742 Cultural Operacional Instalações Processos
Nordeste 840 966 1.070 11. Integridade de
7. Treinamento e 14. Gerenciamento de
1. Políticas, princípios e metas de SSMA instalações e qualidade
Norte 85 77 121 comunicação mudança de tecnologia
assegurada
Exterior N/A 1.106 673 8. Investigação de 15. Avaliação de riscos e
2. Compromisso da alta administração 12. Revisão pré-partida
acidentes análises de perigos

Taxa de rotatividade por gênero (%) 16. Resposta à


9. Auditoria e 13. Gerenciamento de
3. Estrutura organizacional integrada emergência e plano de
observações mudança de instalação
  2013¹ 2014 2015 contingência

Masculino 19,75% 20,70% 16,18% 4. Atribuições e responsabilidades 10. Gestão de SSMA de


– –
da linha organizacional terceiros
Feminino 12,70% 14,10% 11,59%
5. Consultores internos de SSMA – – –

6. Normalização de SSMA – – –
Taxa de rotatividade por faixa etária (%)
  2013¹ 2014 2015

Abaixo de 30 anos 19,75% 21,71% 15,67%

Entre 30 e 50 anos 12,70% 12,65% 11,28%


Segurança de alimentos
Acima de 50 anos 0,94% 1,00% 0,82%
Compras de acordo com normas e certificações internacionais¹ GRI G4-FP2
Taxa de rotatividade por região (%) 2014
  2013¹ 2014 2015 % do volume
comprado
Sul 13,68% 15,74% 14,17% Nome da certificação que está em
Áreas de Tipo de produtos
Sudeste 6,44% 5,91% 4,81% internacionalmente conformidade com Origem geográfica
fornecedores comprados certificados
reconhecida essa certificação
Centro-Oeste 12,43% 11,66% 6,89% internacionalmente
reconhecida
Nordeste 0,76% 0,92% 1,09%
EPIs, sistemas de
Norte 0,08% 0,07% 0,12% segurança, materiais Nacionalizado e
Suprimentos – De 80% a 100%²
de manutenção, importado
o relatório

o relatório
material elétrico etc.
1.  Para 2013, não foram contabilizadas as informações do exterior.

1.  O volume total de compras é considerado informação estratégica, pois envolve a metodologia de negociação das áreas de compras.
2.  Variação de 80% a 100%, dependendo da categoria mapeada pela área de compras de suprimentos.

144 145
Fornecedores – Criação de animais
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


2015
Forest Stewardship Council
(FSC) Percentagem e total de animais criados e/ou transformados, por espécie, raça e por tipo de
Certificação Florestal habitação GRI G4-FP11
(Cerflor)
National Sanitation Perus Frangos Suínos
EPIs, sistemas de Foundation (NSF) Estado
segurança, materiais 2015 2014 2015 2014 2015 2014
NR6 – Equipamento de Nacionalizado e
Suprimentos de manutenção, De 80% a 100%²
proteção individual importado Pressão negativa 23,07% 65% 38% 30% – –
material elétrico,
papel A4 etc. NR36 – Segurança e Saúde Pressão positiva 76,93% 35% 48% 61% – –
no Trabalho em Empresas de
Abate e Processamento de Dark house – – 14% 9% – –
Carnes e derivados Gestação coletiva – – – – 15,50% 19%
NR12 – Proteção de Máquinas
Gestação
e Equipamentos – – – – 84,50% 81%
individual
Diretiva Europeia de
Biocombustíveis (EU-RED),
International Sustainability MG, GO, MT, PR, MS,
Farelo de soja 74,10%
and Carbon Certification PI, BA, SC
Grãos, farelos (ISCC), HAACCP, ISO 14001,
e óleos ISO 18001, RTRS
MG, GO, MT, PR, MS,
Fornecedores – práticas de compras
Óleo de soja GMP+ 73,40%
PI, BA, SC
Proporção de gastos com fornecedores locais em unidades
Óleo de palma RSPO 100,00% Cingapura e SP
operacionais importantes GRI G4-EC9
1.  O volume total de compras é considerado informação estratégica, pois envolve a metodologia de negociação das áreas de compras.
2.  Variação de 80% a 100%, dependendo da categoria mapeada pela área de compras de suprimentos. Suprimentos Agropecuária2 Farelo, óleo e grãos
Estado
2015 2014 2015 2014 2015

AL 0% 0% 0% 0% 0%

Certificações de terceiros, de acordo com normas internacionalmente reconhecidas AM 0% 0% 0% 0% 0%


no sistema de gestão de segurança alimentar G4-FP5 BA 0% 0% 0% 0% 0%
Certificações Unidades (Brasil)
CE 0% 0% 0% 0% 0%
Chapecó, Toledo, Concórdia, Serafina Corrêa, Lajeado,
DF 0% 0% 0% 0% 0%
Produto final BRC Uberlândia, Várzea, Capinzal, Francisco Beltrão, Mineiros,
Marau, Rio Verde e Dourados ES 0% 14,90% 0% 0% 0%
Chapecó, Toledo, Concórdia, Serafina Corrêa, Lajeado, GO 0% 0% 20,80% 22% 19,40%
Produto final IFS Uberlândia, Várzea, Capinzal, Francisco Beltrão, Mineiros,
Marau, Rio Verde e Dourados MA 0% 8,60% 0% 0% 0%
Matéria-prima GlobalGAP Chapecó e Marau MG 0% 1,40% 6,40% 8% 11,90%
Matéria-prima AloFree¹ Capinzal, Marau, Mineiros, Serafina Corrêa MS 0% 17,10% 2,20% 3% 3,20%
Matéria-prima ISO 17025:2005² Lab. Jundiaí, Uberlândia, Marau e Videira MT 0% 0% 16,10% 26% 18,20%

PA 0% 0% 0% 0% 0%
1.  Em 2015, as unidades de Toledo e Uberlândia não realizaram auditoria na norma Alo Free. Portanto, essas unidades não possuem mais ha-
bilitação para esse mercado. As unidades de Faxinal dos Guedes e Francisco Beltrão possuem granjas de matrizes e incubatório certificados PE 0% 0% 0% 0% 0%
na norma Global GAP. A unidade de Francisco Beltrão possui incubatório certificado na norma GlobalGAP. Em 2016, será ampliado o número
de granjas certificadas na norma GlobalGAP na unidade de Marau (RS). A unidade de Dourados foi certificada nas normas BRC e IFS no ano de PI 0% 20,9% 0% 0% 0%
2015. A unidade de Marau foi certificada na norma STS para o mercado suíço. Em 2015, foram certificados na norma ISO 17025 os laboratórios
das unidades de Marau, Videira e Uberlândia. Estão em processo de finalização de certificação do INMETRO as unidades de Carambeí, Capin- PR 0% 0% 21,4% 29% 28,5%
zal e Concórdia. Estão aguardando a auditoria na norma os laboratórios das unidades de Lucas do Rio Verde, Rio Verde, Toledo e Chapecó. RJ 0% 0% 0% 0% 0%
2.  Além das certificações relacionadas à segurança de alimentos, algumas unidades possuem certificação ISO 9001, ISO 14001, OHSAS
18001, Halal, além das acreditações e auditorias de clientes. RN 0% 15,4% 0% 0% 0%
o relatório

o relatório
RS 0% 21,8% 13,2% 8% 14,3%

SC 0% 0% 19,9% 4% 4,5%

SP 0% 0% 0% 0% 0%

1.  A informação para a frente suprimentos foi disponibilizada porque não reflete a nova realidade dessa prática de compras. As compras
são realizadas com fornecedores por meio de suas matrizes, e o fornecimento é realizado pelas filiais. Sendo assim, a informação do ende-
reço de compra/faturamento versus entrega não reflete o relacionamento com fornecedores locais/regionais.
2.  Todas as unidades são consideradas com a mesma importância, bem como as unidades com grande volume de abate e/ou que atendam
mercados significativos. Compramos produtos de fornecedores locais em regiões onde existe produção agrícola. A prática é comprar ao
máximo de fornecedores locais durante as safras, de acordo com a capacidade de operação da cada unidade.
146 147
Gestão ambiental – água Gestão ambiental – energia e emissões
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Fontes hídricas afetadas por retirada de água¹ GRI G4-EN9 Consumo de energia dentro da BRF (GJ) GRI G4-EN3
Valor para 2013 2014 2015
Tamanho da fonte Presença em Valor da comunidades Fábricas, CDs, Gestão Fábricas, CDs, Gestão Fábricas, CDs, Gestão
Município
(m³) área protegida biodiversidade locais e povos  Tipo de uso agropecuária, de frotas agropecuária, de frotas agropecuária, de frotas
indígenas grãos e prédios (veículos leves grãos e prédios (veículos leves grãos e prédios (veículos leves
Capinzal (SC) 13.140.000 Sim N/D N/D administrativos da BRF) administrativos da BRF)1 administrativos da BRF)1

Marau Alves (RS) 23.652.000 Sim N/D N/D Combustíveis – fontes de energia renovável

Chapecó (SC) 14.941.756.8 Sim N/D N/D Álcool de


14,23 157.700,60 9,01 257.523,96 23,71 193.121,27
cana
Dois Vizinhos (PR) 13.400.000 Sim N/D N/D Biodiesel – 17,06 – 26,72 – 39,43
Carambeí (PR) 17.250.192 Sim N/D N/D Briquete de
51.420,80 – 22.713,51 – 7.133,28 –
madeira
Várzea Grande (MT)² 29.802.150.720 Sim N/D N/D
Cavaco 11.401.069,11 – 12.084.151,41 – 12.510.507,12 –
Concórdia (SC) 14.065.056 Sim N/D N/D Lenha 15.306.728,31 – 12.944.686,00 – 11.019.877,29 –
não capta de Óleo vegetal
Dourados (MS)2 – 308.289,23 – 295.919,34 – 288.555,51 –
fonte superficial – – ou animal
Ripa 265.412,21 – 121.410,61 – 345.408,52 –
1.  O critério para definição dessa lista como fontes afetadas foi a retirada superior a 5% da vazão total da fonte (rio).
2.  A unidade de Várzea Grande não tem captação superior a 5% da vazão do rio. Dourados capta de fonte subterrânea. Foram citadas por Serragem 2.923,36 – 1.028,15 – 6.205,13 –
estarem na lista de Ramsar. Total 27.335.857,25 157.717,66 25.469.918,03 257.550,67 24.177.710,57 193.160,70

Eletricidade – fontes de energia renovável


Água reciclada e reutilizada1 (m3/ano) GRI G4-EN10
Hidrelétrica 7.576.638,15 – 7.336.128,20 – 6.662.464,13 –
Variação (2015/
Tipo de fonte 2013 2014 2015 Biomassa 208.341,80 – 203.073,05 – 445.551,82 –
2014)
Eólica 38.278,81 – 49.266,65 – 173.868,77 –
Total de água reciclada 9.725.337,00 7.705.400,04 8.416.355,28 9,23%
Fotovoltaica 14,40 – 22,06 – 3.452,76 –
Total de água reutilizada 6.508.584,00 7.789.513,78 7.740.455,35 -0,63%
Total 7.823.273,16 7.588.489,96 7.285.337,47
Total de água reciclada/reutilizada 16.233.921,00 15.494.913,82 16.156.810,63 4,27% Consumo total de energia
35.316.848,07 33.315.958,66 31.656.208,74
renovável
Índice de recirculação (%) 19,85% 20,62% 21,70% – 
Total de água de reúso indireto/ Combustíveis – fontes de energia não renovável
–  –  3.259.361,03 – 
direto (OMS)
BPF 138.026,54 – 155.068,11 – 166.017,18 –
Índice de recirculação (%) 19,85% 20,62% 24,98% –  Óleo diesel 166.513,99 484,61 86.229,20 2.629,71 109.030,87 561,13
Gás natural 353.736,92 – 80.407,00 – 266.331,36 –
1.  A partir de 2015, a BRF passou a considerar a nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – reúso indireto (ocorre quando
a água já usada, uma ou mais vezes, para uso doméstico ou industrial, é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada no- Gasolina 891,01 210.251,52 841,43 764.990,88 1.501,97 146.404,66
vamente a jusante, de forma diluída), reúso direto (uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades, como irrigação, GLP 385.226,14 – 396.674,69 – 595.626,97 –
uso industrial, recarga de aquífero e água potável) e reciclagem interna (reúso da água internamente nas instalações industriais, com os
objetivos de economizar água e controlar a poluição). Assim, o reúso indireto é aplicado nas unidades de Francisco Beltrão (PR); e o reúso Querosene 1,58 – 3,50 – – –
direto, nas unidades de Uberlândia (MG) – margarina –, Campos Novos (SC) e Carambeí (PR), que faz, por exemplo, fertirrigação. Xisto 98.537,36 – 94.743,17 – 106.181,00 –
Total 1.142.933,54 210.736,13 813.967,10 767.620,59 1.244.689,36 207.593,90

Eletricidade – fontes de energia não renovável


Gás 404.697,99 – 412.786,15 – 460.899,45 –
Petróleo 160.114,34 – 180.679,30 – 340.219,93 –
Nuclear 95.981,75 – 98.855,96 – 74.991,73 –
Carvão
86.705,29 – 102.664,88 – 126.980,61 –
mineral
Total 747.499,37 – 794.986,29 – 1.003.091,72 –
Consumo total de energia
2.101.169,04 2.376.573,98 2.394.746,86
não renovável
o relatório

o relatório
Consumo
de energia
por áreas
37.049.563,32 368.453,79 34.667.361,38 1.025.171,26 33.710.829,12 340.126,49
(renovável
e não
renovável)
Consumo total de energia
37.418.017,11 35.692.532,64 34.050.955,60
(renovável e não renovável)

148 149
Consumo de energia fora da organização (GJ) GRI G4-EN4 Emissões atmosféricas significativas (t) GRI G4-EN21
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Variação Categoria 2013 2014 2015 Variação (2015/2014)
 Tipo de uso¹ Fonte 2013 2014 2015
(2015/2014)
NOX 1.421,00 1.999,09 2.065,37 3,3%
Fonte não
Óleo diesel 6.602.747,80 5.711.348,79 5.529.820,20 -3,18%
renovável SOX 1 135,57 81,59 208,68 155,8%
Fonte renovável Biodiesel 232.452,74 229.633,62 388.553,32 69,21% Material
1.735,58 2.309,01 2.344,87 1,6%
particulado (MP)
Total 6.835.200,54 5.940.982,41 5.918.373,52 -0,38%
CO 5.226,08 7.461,40 6.500,02 -12,9%
1.  Os dados apresentados correspondem à categoria 3 (transporte e distribuição, relativos ao transporte de grãos, agropecuária, leite,
HC N/A N/A N/A N/A
transferência entre fábricas, produtos acabados para centros de distribuição e produtos acabados para clientes).
Total 8.518,23 11.851,09 11.118,94 -6,2%

Intensidade energética (GJ) GRI G4-EN5


1
1.  As emissões de SOX tiveram aumento significativo por conta da ampliação do número de unidades que passaram a medir o indicador.
Atualmente, a BRF faz mais análises do que é exigido pelos órgãos estadual e federal, de acordo com a fonte energética utilizada.i
2014 2015

Total de consumo de energia 35.014.928.68 33.710.829.12


Produção dos segmentos (t) 14.667.000.00 14.795.000.00 Intensidade de emissões de GEE1 GRI G4-EN18
Taxa de intensidade energética 2.39 2.28 Emissões Unidade 2013 2014 2015
1.  Foi realizado um ajuste retroativo e incluso rações para 2014 e 2015. Emissões absolutas
tCO2e 359.559,21 352.422,69 361.059,01
– escopo 1

Redução do consumo de energia GRI G4-EN6 Emissões relativas


kgCO2e/t prod. 66,62 68,76 76,98
– escopo 1
2013 2014 20151
Emissões absolutas
tCO2e 265.031,29 350.108,19 322.098,78
– escopo 2
Fora da organi- Fora da organi- Fora da organi-
Dentro da Dentro da Dentro da
zação – logísti- zação – logísti- zação – logísti- Emissões relativas
Organização Organização Organização kgCO2e/t prod. 49,10 68,31 68,68
ca (terrestre) ca (terrestre) ca (terrestre) – escopo 2
Emissões absolutas
Reduções de tCO2e 624.590,50 702.530,88 683.157,78
– escopo 1 + 2
consumo de
energia em Emissões relativas
kgCO2e/t prod. 115,72 137,07 145,66
decorrência de 262.670,00 446.275,56 – 619.388,73 712.114,84  6.570,76 – escopo 1 + 2
melhorias na
Métrica As emissões estão relacionadas ao volume de produção
conservação e
eficiência (GJ)
1.  Durante a apuração do relatório, os dados estavam sendo verificados pela auditoria (terceira parte). Portanto, estão sujeitos a futuras
Tipos de alterações.
Consumo Energia
energia
de energia Combustível elétrica e vapor Combustível    
incluídos nas
elétrica fábricas
reduções
A base utilizada A base utilizada
para economia para economia
de energia de energia
elétrica foi elétrica foi
o consumo o consumo
de 2013, de 2014,
comparado comparado
ao consumo ao consumo
de 2012, de 2013,
levando em levando em
consideração Para análise consideração Para análise Para análise
as alterações da redução de as alterações da redução de da redução de
Base usada de volume e energia foram de volume e energia foram energia foram
 
para o cálculo mix, bem como considerados mix, bem como considerados considerados
a instalação os dados de a instalação os dados de os dados de
e a retirada 2012 e 2013. e a retirada 2013 e 2014. 2014 e 2015.
de novos de novos
consumidores consumidores
o relatório

o relatório
do parque do parque
fabril, pois, em fabril, pois, em
consequência consequência
do TCD, a BRF do TCD, a BRF
passou a dividir passou a dividir
as instalações as instalações
com outras com outras
empresas. empresas.

1. Durante 2015, grandes projetos de eficiência energética foram implantados nas plantas, o que reduziu o consumo de energia con-
sideravelmente. Os projetos foram focados, principalmente, em melhorias dos sistemas de refrigeração e reaproveitamento térmico
de fontes que eram desperdiçadas. Visando à qualificação dos colaboradores, também foram feitos dois workshops corporativos
sobre o tema de eficiência energética, além de encontros regionais sobre o tema. Em 2015, a equipe de especialistas corporativos no
150 tema foi dividida por unidades para intensificar as visitas e potencializar as economias. Esses profissionais conduziram forças-tarefas 151
em cada uma das unidades para o levantamento de oportunidades.
Gestão ambiental – biodiversidade1
BRF RELATÓRIO ANUAL 2015

BRF RELATÓRIO ANUAL 2015


Posição de áreas protegidas2 GRI G4-EN11; G4-EN13; G4-EN14

Área altamen- Área altamen-


Área de APP Áreas de APP Área de APP Áreas de APP
Tamanho da te conservada Tamanho da te conservada
Área total do dentro da área adjacentes à Área total do dentro da área adjacentes à
Estado Atividade área protegida dentro da área Estado Atividade área protegida dentro da área
terreno (m2) da organização área da organi- terreno (m2) da organização área da organi-
(m2) da organiza- (m2) da organiza-
(m2) zação (m2) (m2) zação (m2)
ção (m2) ção (m2)

Minas Gerais Laticínios, incu- Paraná Granja de aves,


batório, multipli- granja de suínos,
cadora de suínos, abate suínos/
SPL, recria de peru, aves/ind. cárneos e
matrizes de frango não cárneos, granja
(recria e produção), de recria e
quarenternário, matrizes de frango,
recria e produção 76.229.178,00 10.389.550,52 10.005.752,00 251.152,00 – incubatório de aves,
de frangos (avós), incubatório de aves,
produção de perus, recreação, frigorí-
fábrica de rações, fico/ laticínios, inc.
margarina, abate de perus, granja
de suínos e posto matrizes frangos, 59.635.286,70 9.571.121,20 3.591.535,20 40.250,00 5.038.248,20
de resfriamento de granja matrizes
leite de peru, abate de
frangos e perus e
Goiás Frigorífico de aves, inc. de frangos,
fábrica de rações, industrializados,
reflorestamento, reflorestamento,
44.424.160,00 7.920.705,00 2.889.970,00 – 7.914.152,00
industrializados, in- fábrica de
cubatório, laticínios produtos gordu-
e granjas rosos (margarina),
Montevideu (ar- abate aves e
mazenamento de 126.000,00 Industrial – – – incubatório granjas
grãos) internas

Goiás Planalto Verde Pernambuco Laticínios, indus-


1.563.962,17 102.700,00 102.700,00 – –
(armazenamento 328.200,00 Industrial – – – trializados
de grãos) Rio Grande Industrialização de
Mato Grosso Recria e produção do Sul leite e derivados,
de ovos, criação de beneficiamento
frangos de de leite, posto de
corte, bovinos / 24.996.862,00 7.004.773,00 6.977.240,00 – 6.495.140,00 resfriamento de
1.543.224,40 180.615,12 164.618,00 – –
industrializados, leite, indústria
frigorífico de lácteos, produção
frangos rações aves/suínos,
matadouro e pro-
dução premix
1. Embora não tenha mais sido identificado como um aspecto material na revisão realizada em 2015, a BRF opta por reportar os indicadores
São Paulo Industrializados 159.650,85 N/A N/A N/A N/A
de desempenho de gestão da biodiversidade (G4-EN11, G4-EN13 e G4-EN14).
2. A BRF está realizando um estudo de impacto na biodiversidade, que sofreu alteração de cronograma e escopo. Permanecem as respostas Santa
de 2014. Em 2015, foi terminado o georreferenciamento das fazendas para regularização do Cadastro de Área Rural (CAR). Abate aves/suínos/
Catarina
ind., florestal,
fábrica de rações, 47.944.648,80 12.237.243,38 12.237.243,38 – –
granja aves e suí-
nos e incubatório

Total 257.712.169,44 47.477.708,22 36.039.058,58 292.402,00 19.447.540,20

1. Embora não tenha mais sido identificado como um aspecto material na revisão realizada em 2015, a BRF opta por reportar os indicadores
de desempenho de gestão da biodiversidade (G4-EN11, G4-EN13 e G4-EN14).
2. A BRF está realizando um estudo de impacto na biodiversidade, que sofreu alteração de cronograma e escopo. Permanecem as respostas
de 2014. Em 2015, foi terminado o georreferenciamento das fazendas para regularização do Cadastro de Área Rural (CAR).
o relatório

o relatório
152 153
Informações créditos
corporativas GRI G4-31

Sede Bancos depositários No Brasil Coordenação


Rua Jorge Tzachel, 475 – 88301-600 Banco Itaú S/A geral do projeto – BRF
– Itajaí-SC – Brasil Av. Engenheiro Armando de Arruda Vice-Presidência de Finanças e Rela-
Pereira, 707 – 9.o andar ções com Investidores
Escritório corporativo 04344-902 – São Paulo-SP – Brasil Vice-Presidência Legal e Relações
Rua Hungria, 1.400 – 5º andar Tel.: (55 11) 2797-4209 Corporativas
01455-000 – São Paulo-SP – Brasil Fax: (55 11) 5029-1917
Tel.: (55 11) 2322-5000 Consultoria GRI, coordenação
Fax: (55 11) 2322-5747 Nos Estados Unidos editorial e design
The Bank of New York Mellon – Report Sustentabilidade
Relações com Investidores Investor Services
Augusto Ribeiro Jr. P.O. Box 11258 – Church Street Station Revisão
Vice-presidente de Finanças e RI New York NY 10286-1258 USA Assertiva Mindfulness Editora
André Mota Tel.: 1-888-269-2377
Gerente de Relações com E-mail: shareowners@bankofny.com Fotografia
Investidores Deco Cury
Código de negociação
Rua Hungria, 1.400 – 5.º andar – nas bolsas Infográfico
01455-000 – São Paulo-SP – Brasil BM&FBovespa Cássio Bittencourt
Tel.: (55 11) BRFS3 – ordinárias – Novo Mercado
2322-5048/5037/5049/5051/5052 Família tipográfica
Fax: (55 11) 2322-5747 New York Stock Exchange – NYSE FS Truman (Jason Smith, Fernando
E-mail: acoes@brf-br.com BRFS – ADR Nível III Mello), 2012

Jornais oficiais
Diário Oficial do Estado de
Santa Catarina, Diário Catarinense,
Valor Econômico

Auditores independentes
Ernst & Young Auditores
Independentes
www.brf-global.com
BRF RELATÓRIO ANUAL E DE SUSTENTABILIDADE 2015

relatório
anual 2015

You might also like