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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ENGENHARIA ALIMENTOS

DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA


ANTONIO WANDERLEY

Relatório da prática de nº 5: Queda Livre

Alunos:
Fellyphe Gonzaga
Natália Mariana Oliveira de Sá

Palmas-TO
10/11/17
Sumário
1. Introdução ........................................................................................................................ 3
1.1 Teoria ................................................................................................................................. 3
2. Objetivo ............................................................................................................................ 6
3. Materiais e Métodos .......................................................................................................... 6
3.1 Materiais ............................................................................................................................ 6
3.2 Métodos ............................................................................................................................. 6
4. Resultado e Discursões .................................................................................................... 7
5. Conclusão ...................................................................................................................... 12
6. Referencia Bibliográfica............................................................................................... 12
1. Introdução
Apresentamos um método sofisticado e barato para medir uma grandeza
física simples: o valor da aceleração da gravidade (g). Esse método consiste
em medir, de maneira automatizada, o tempo de queda-livre de uma esfera de
aço que cai de alturas variáveis. O uso de lançamento remoto da esfera e
sensores nas medidas nos permite obter um resultado mais confiável para o
valor de g comparado ao método manual de lançamento e medida do tempo.
O uso desta experiência em sala de aula ou em laboratório de ensino é
fácil e muito proveitoso para o entendimento do conceito de aceleração
constante.

1.1 Teoria
Lei dos corpos em queda

A lei dos corpos em queda diz que todos os corpos caem


com aceleração constante, uma vez que o efeito da aceleração gravitacional,
ou seja, da gravidade em todos os corpos, à mesma altura, é igual. Esta lei só
é observada no vácuo, pois como a densidade dos corpos é diferente, no ar o
corpo mais pesado exerce maior força e cai primeiro.

Um exemplo frequentemente usado nos livros para exemplificar esta lei


consiste em colocar num tubo em vácuo uma pedra e uma pena e observar
que ambos caem à mesma velocidade.

Esta lei foi descoberta por Galileu Galilei, foi revistada por Isaac Newton e
com Albert Einstein foi criada a Teoria Mecânica do Cosmo.

O grande cientista italiano Galileu Galilei descobriu as leis da queda dos


corpos pouco antes da invasão do Brasil pelos holandeses. Galileu observou
que uma esfera rolando por um plano inclinado percorria uma distância 4 vezes
maior em 2 segundos do que em 1 segundo. Ele assim provou que a distância
percorrida a partir do repouso variava com o quadrado do tempo.

Ele mostrou ainda que a velocidade da bola ao fim de 2 segundos era o


dobro da velocidade ao fim de 1 segundo, de modo que a velocidade variava
proporcionalmente com o tempo. Em outros termos, a aceleração da bola era
constante.

Quando Galileu aumentou cada vez mais a inclinação do plano,


a aceleração da bola se tornou cada vez maior. Ele raciocinou que se a bola
caísse verticalmente, sua aceleração seria de 9,8 metros por segundo.

Hoje em dia, muita gente conhece as leis da queda dos corpos e as acha
naturais. Há três séculos e meio, os cientistas ficaram chocados
quando Galileu declarou que uma pedra pesada e uma pedra leve caíam com
velocidades iguais.

Dois mil anos antes, o filósofo grego Aristóteles tinha afirmado que uma
pedra de 2 quilos cairia duas vezes mais depressa que uma pedra de um quilo.
Os outros professores da Universidade de Pisa, onde Galileu lecionava,
mantinham que como Aristóteles era sábio e bom, ninguém devia duvidar dos
seus ensinamentos.

Galileu insistiu calorosamente em que os homens deveriam acreditar no


que viam. Segundo reza a lenda sobre Galileu, porém em versão não
confirmada, ele teria convencido os professores a acompanhar
suas experiências, levou-os à torre inclinada de Pisa e deixou cair uma grande
pedra junto com outra pequena do balcão mais alto da torre.

Elas chegaram juntas ao solo "o seu impacto soou como o toque de
finados da autoridade pela fama, em Física". Desde então nós aprendemos a
nos apoiar cada vez mais na experiência e a fazer experiências para descobrir
a verdade. A experiência de Galileu marca o nascimento da Física moderna.

Velocidade média é a distância percorrida dividida pelo tempo.

Aceleração é o acréscimo de velocidade dividido pelo tempo; é expressa


em metros por segundo ao quadrado.

Quando um corpo se acelera a partir do repouso, a distância percorrida


varia com o quadrado do tempo.

Para encontrar a distância percorrida por um corpo que se acelera a partir


do repouso, determine a velocidade média e multiplique pelo tempo.

No vácuo todos os corpos caem com igual aceleração g (9,8 metros por
segundo). Um corpo partindo do repouso cai 4,9 metros no primeiro segundo.
Supondo que a velocidade inicial é nula e desprezando o efeito do
ar sobre a esfera durante a queda (figura1). Colocando o eixo y ao longo da
trajetória de sua queda, com 𝑦 0 = 0no ponto de partida e seu sentido positivo
para baixo positivo. Então, sua aceleração é 𝑎 = 𝑔 ao longo deste eixo e o
nível de 𝑦 = 𝑦3 . Considerando que a queda começa no instante 𝑡 = 0, com uma
velocidade inicial igual a 𝑣0 = 0. Observe que num lançamento vertical e numa
queda livre, o sinal da aceleração escalar é determinado somente Pela
orientação da trajetória e não depende do fato de o corpo estar subindo ou
descendo.

Através da queda livre de esferas de aço podemos medir a aceleração


da gravidade g. Se as esferas forem soltas de uma altura h, sem velocidade
inicial ( v0 = 0), vale a relação h=1/2gt2 onde g é o valor da aceleração da
gravidade e t, o intervalo de tempo de queda.
Medindo-se os intervalos de tempo t, diferentes para cada altura h
escolhida, podemos obter a constante g através da linearização dessa função
quadrática. Se colocarmos em um gráfico, diretamente, h em função de t
teremos uma parábola. Mas se calcularmos os quadrados de t, isto é, t 2 , e
fizermos um gráfico de h em função de t2 , é como se estivéssemos analisando
a função h=1/2gz , onde z = t2 .
Portanto, h em função de z é apresentada por uma reta, cujo coeficiente
angular é 2 g .
Este processo de análise é chamado linearização e é muito utilizado
para facilitar a obtenção de constantes através de uma reta. Note que é mais
fácil traçar uma reta média do que uma parábola média, pois basta o uso de
uma régua.
2. Objetivo
Este relatório tem como objetivo estudar queda livre, um importante
exemplo de movimento retilíneo uniformemente acelerado bem como associar
conhecimentos teóricos e práticos realizados no laboratório de Física,
identificando , formulando, equacionando e resolvendo problemas que possa
acontecer na vida pratica, assim promovendo interação suficiente para
consolidar de forma positiva nossas experiências.

3. Materiais e Métodos

3.1 Materiais
 Sistema de sustentação principal de aço
 Dispositivo para a variação contínua
 Bobina de retenção magnética
 Chave do Disparato e retenção acoplada ao cronometro digital
 Sensor fotoelétrico com múltiplas esperas de posicionamento
 Cronometro digital
 Trena
 Esfera metálica

3.2 Métodos
Durante o experimento posicionou-se o sensor fotoelétrico na posição h1= 10
cm abaixo da bobina de disparo e configurou-se o cronometro para a função
queda livre. Na primeira realização do experimento anotou-se o tempo que o
cronometro detectou, e a cada detecção do mesmo, foram determinadas
05(cinco) alturas(h) diferentes de queda livre, variando-as de 0,10m até 0,50m.
Para cada uma dessas alturas foram registrados cinco (cinco) medidas de
tempo de queda livre, a fim de quantificar o tempo em alturas diferentes e
observar uma média de tempo em segundos.

4. Resultado e Discursões
A tabela 1 mostra os resultados das medidas tomadas conforme descrito
acima.
Tabela 1: Coleta de dados
Altura (m) 1º 2º 3º 4º 5º T médio T2 médio
medida medida medida medida medida (s) (s2)
H2 (m) 0,1329 0,1310 0,1313 0,1326 0,1319 0,1319 0,0173
0,10
H2 (m) 0,1951 0,1959 0,1953 0,2022 0,2004 0,1977 0,0390
0,20
H3 (m) 0,2570 0,2533 0,2563 0,2489 0,2502 0,2531 0,0640
0,30
H4 (m) 0,2789 0,2859 0,2821 0,2795 0,2868 0,2826 0,0798
0,40
H5 (m) 0,3217 0,3156 0,3197 0,3148 0,3139 0,3171 0,1005
0,50
Figura 1- Mostra pontos experimentais do tipo (h versus t)

h versus t
0,6

0,5 0,3171; 0,5

0,4 0,2826; 0,4


h (m)

0,3 0,2531; 0,3

0,2 0,1977; 0,2 Série1

0,1 0,1319; 0,1

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
t (s)

Esse gráfico foi construído para que fosse obtida uma reta no gráfico de
posição do movimento. Assim, ao calcular o coeficiente angular da curva
apresentada descobrimos o coeficiente angular da equação de segundo grau
que rege o movimento retilíneo uniformemente variado.
O valor obtido através do cálculo do coeficiente angular do gráfico acima foi
2,133179. Se analisarmos a fórmula da posição do movimento de queda livre,
sabemos que o coeficiente angular da equação é a aceleração do objeto, ou
seja, o valor da gravidade.

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡)

Portanto, o valor achado nesse gráfico deveria se aproximar de 9,8 (valor da


gravidade). O coeficiente angular obtidos nesse experimento se aproxima
pouco do valor esperado, devido a diversos fatores que provocam interferência,
mas que são comuns em experimentos feitos no laboratório de física .

Em seguida, a figura abaixo mostra o ajuste linear dos pontos experimentais


do tipo (h, tm 2 )
Figura 2- Pontos representados no gráfico (h vs t2 (s2) e o respectivo ajuste
linear.
0,6

0,5

0,4
0,1319
H (m)

0,3
0,1977
0,2 0,2531

0,1 0,2826
0,3171
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
t2 (s2)

Dessa maneira temos:


2
ℎ = 𝐴 × (𝑡𝑚 )
Da teoria sabemos que:
1 2
ℎ= 𝑔 × (𝑡𝑚 ) Equação (1)
2

Logo:
𝑔 =2×𝐴

1. Calcular a Gravidade, quando a distância é de 0,1m:

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡)

𝑙𝑜𝑔 (0,1) = 𝐴 + 2 𝑙𝑜𝑔 (0,1319)

−1 = 𝐴 – 1,75

𝐴 = 0,75

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

0,75 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

10^0,75 = ½ 𝑔
𝑔 = 11,24𝑚/𝑠²

2. Calcular a Gravidade, quando a distância é de 0,2m:

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡) →

𝑙𝑜𝑔 (0,2) = 𝐴 + 2 𝑙𝑜𝑔 (0,1977) →

−0,69 = 𝐴 – 1,40 →

𝐴 = 0,71

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

0,71 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

10^0,71 = ½ 𝑔

𝑔 = 10,25𝑚/𝑠²

3. Calcular a Gravidade, quando a distância é de 0,3m:

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡) →

𝑙𝑜𝑔 (0,3) = 𝐴 + 2 𝑙𝑜𝑔 (0,2531) →

−0,52 = 𝐴 – 1,19 →

𝐴 = 0,67

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

0,52 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

10^0,67 = ½ 𝑔
𝑔 = 9,35𝑚/𝑠²

4. Calcular a Gravidade, quando a distância é de 0,4m:

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡) →

𝑙𝑜𝑔 (0,4) = 𝐴 + 2 𝑙𝑜𝑔 (0,2826) →

−0,39 = 𝐴 – 1,09 →

𝐴 = 0,7

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

0,7 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

10^0,7 = ½ 𝑔

𝑔 = 10,02𝑚/𝑠²

5. Calcular a Gravidade, quando a distância é de 0,5m:

𝑙𝑜𝑔 (𝑦) = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔) + 2 𝑙𝑜𝑔 (𝑡) →

𝑙𝑜𝑔 (0,5) = 𝐴 + 2 𝑙𝑜𝑔 (0,3171) →

−0,30 = 𝐴 – 0,99 →

𝐴 = 0,69

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

0,69 = 𝑙𝑜𝑔 (½ 𝑔)

10^0,69 = ½ 𝑔
𝑔 = 9,79𝑚/𝑠²

Comparando o resultado obtido no item anterior com o valor teórico g= 9,8


m/s2, é observado que o valor da aceleração da gravidade que mais se
aproxima e o correspondente a altura de 0,50 m que foi :
𝑔 = 9,79𝑚/𝑠²

5. Conclusão

O relatório abordou de forma clara o conceito de queda livre, este que traz
consigo um conceito de movimento retilíneo uniforme. Os gráficos conseguiram
traduzir com razoabilidade aquilo que o movimento de queda livre exigia,
portanto, pequenos erros ou desvios de valores foram percebidos. Inclusive no
gráficos (espaço x tempo) no traçado da reta no gráfico. Esses erros teriam
como causas, um simples erro de calibragem dos cronômetros, erro de
manuseio de um dos integrantes da equipe, nivelação malfeita do
equipamento, resistência do ar entre uma outra série de fatores. Em um bom
exemplo conseguimos obter pela equação exponencial um valor de ‘g’ próximo
do ideal, mas quanto pela construção do gráfico (espaço x tempo²) ocorreu
algumas distorções. Vemos também o conceito de energia mecânica, calculo
de gravidade local entre outros, o relatório trouxe uma dinâmica mais ampla e
interessante.

6. Referencia Bibliográfica
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física
1 - Mecânica - 9ª Ed . 2012. Editora LTC. Acesso em: 05/11/17;
Associação Brasileira De Normas Técnicas. Nbr 14.724: Informação e
documentação — Trabalhos acadêmicos — Apresentação. Rio de Janeiro, dez.
2005. 09 p. Acesso em: 05/11/17.
TIPPLER, Paul A. Física para Cientistas e Engenheiros: Vol. 1 Mecânica. 7ª ed
Traduzida. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan S.A. 1994. Acesso em:
05/11/17
http://cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/basico/cap21/cap21_04.htm
http://www.scribd.com/doc/33802410/QUEDA-LIVRE-TEORIA

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