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Angeologia

O que podemos aprender com os Anjos? Esta é uma pergunta muito ampla.

Podemos perguntar, algumas coisas:

 O que são Anjos?

Eles são ´´espíritos ministradores, enviados a favor daqueles que hão de herdar a
salvação`` Hb.

 Do que os Anjos são feitos?

Para alguns estudiosos judeus , eles são feitos de ´´ar e fogo``. Biblicameente, são ´´puro
espírito´´ Tomas de Aquino.

 Quantos são os anjos?

Milhares de milhares. São inumeráveis.

 A Quem obedecem?

Os REBELDES a Satanás. Os que guardaram a sua posição original, Deus.

 Querem os Anjos pregar o Evangelho?

O que Pedro quiz dizer em sua epístola I Pe1:12

São muitas outras perguntas que podem ser feitas sobre o anjos.

Mas Teologia, como tenho sempre afirmado, não deve ser algo meramente teórico, a
teologia deve sim, servir para aprendemos a viver mais biblicamente. Ou seja, a
Angeologia deve servir para aprendermos a viver também a luz destes seres criados por
Deus.

Mesmo sendo diferentes dos anjos ( são essecialmente espiritos), somos muitos parecidos
com os anjos, pois, assim como os seres humanos, eles possuem intelecto, o livre arbítrio e
sentimentos similares aos nossos, eles, nunca podemos esquecer, por sua vez são espíritos
desprovidos de corpo.

O fundamento para esta comparação é baseada na história de rebelião do povo de Deus,


com relação a rebelião angelical.

A história do povo de Deus não é apenas uma história de glória, santidade e progresso, mas é
tambem uma feia novela de relacionamentos quebrados, infidelidade, ambição, orgulho,
política de força e atos imorais.
Estou convencido de que quando se pensa na história da rebelião dos seres humanos em
relação a Deus e aos padrões divinos, podemos associar isto a rebelião angelica. O mal tem
caras diferentes, mas é essencialmente o mesmo: anjos e homens rebelados não passam de
criaturas em revolta contra Deus. E, em ambos os casos, a atitude de enfrentar a Deus nasce da
mesma fonte: o desejo de autonomia em relação a ele.
Se como os anjos podemos agir de maneira má, nós também podemos imitar exemplos bons
dos anjos, principalmente porque também somos filhos de Deus.

Seres humanos:
Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por
isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. 1 João 3:1
Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos. 1 João 3:2.

Anjos:
Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? Jó 38:7

E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre
eles, apresentar-se perante o SENHOR. Jó 2:1

Jó _1:6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre
eles.

Os Anjos como servos


Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu
beneplácito.Salmos 103.21 λειτουργοι
E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos
que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus. Apocalipse 22:9 συνδουλος

Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. Mateus 4:11 διηκονουν

Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles
que hão de herdar a salvação? Hebreus 1:14 υπηρεσιαν

Os Anjos de Deus são servos de quem?

1º de Deus
2º dos Homens

Existem pessoas que dizem, ´´não sou servo de homens``, mas biblicamente falando, querendo nós
ou não, somos servos do nosso próximo sim. Somente para quem quiser discordar, deixo um
versículo ´´Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar
a sua vida em resgate de muitos.``Mateus 20:28
Mas quanto aos anjos, que tipo de servos são eles?

Os Anjos são leiturgos - litúrgicos - ministros (Sl.103.21, Heb.1.14)

Quem eram os litúrgicos - ministros dos dias bíblicos?

Segundo Barclay,
 Primeiro: No mundo grego, Os leiturgos, eram as pessoas que de livre e espontânea
vontade empreendiam algum serviço voluntário. ´´Nos dias da Grécia antiga muitos
amavam tanto a sua cidade que com seus próprios recursos e seus próprios gastos se
responsabilizavam de certos deveres cívicos importantes.``;
 Segundo: Eram também aqueles cidadãos qualificados a desempenharem alguma tarefa
imposta pelo Estado especialmente por suas qualificações, competências;
 E por fim, a palavra leiturgos passou a ser sinônimo de (trabalhador) tanto do âmbito
secular como religioso``.

É deste contexto que a palavra liturgia é inserida no texto bíblico.

 Paulo diz que os magistrados são leiturgos (Rm.13.6)


 Os líderes da igreja de Antioquia eram leiturgos (At.13.2)
 A si mesmo Paulo se chama leiturgos (RM.15.16)
 Jesus é leiturgos (Hb.8.2)
 Os crentes de Filipos eram leiturgos (Fp.2.17, 30)
Os anjos de Deus e os salvos em Jesus são aqueles que trabalham, são leiturgos
(servos) para Deus e para os homens, voluntariamente, de todo o coração; mas
também são aqueles que sentem-se ´´obrigados, constragidos`` a fazer assim, devido
ao amor de Cristo que os constrange. ´´Porque o amor de Cristo nos constrange,
julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.`` 2
Coríntios 5:14

Os Anjos são sundoulos – servos - escravos (Ap.22.9)

Paulo aos Romanos, começa mostrando seus próprios créditos.


Chama-se a si mesmo escravo (doulos) de Jesus Cristo.

O título favorito de Paulo para Jesus é SENHOR (kurios). Este termo em grego se refere a
quem tem a posse indiscutida de uma pessoa ou coisa; significa dono ou proprietário, no sentido
mais próprio e absoluto. O oposto do termo SENHOR (kurios) é escravo (doulos).

Paulo se considera a si mesmo como escravo de Jesus Cristo, seu Dono e


Senhor. Jesus o tinha amado e se deu a si mesmo por ele, portanto tem a
segurança de já não pertencer-se mais a si mesmo, mas inteiramente a
ele.
Sob este aspecto o termo descreve a absoluta obrigação de amor.
Assim, pois, a expressão escravo de Jesus Cristo descreve ao mesmo tempo:
 a obrigação de um grande amor e
 a honra de um grande ofício.

Paulo reclama para si este título: é o servo (doulos) de Cristo. Doulos é mais que servo; significa
escravo. Um servo tem a liberdade de ir e vir, de ligar-se a outro amo; mas um escravo é
possessão de seu senhor para sempre.

Quando Paulo se chama escravo de Jesus Cristo o faz por três motivos.

(1) Deixa situado que é possessão absoluta de Cristo. Cristo o amou e o comprou mediante um
preço (1 Coríntios 6:20); já não pode pertencer a ninguém mais que a Cristo.
(2) Deixa claro que se deve a Cristo com uma obediência absoluta. O escravo não tem vontade
própria; sua vontade é a do senhor; as decisões do senhor são as que regem sua vida. Paulo não
tem outra vontade a não ser a de Cristo e não obedece a ninguém a não ser a seu Salvador e
Senhor.

(3) Mas ainda há algo mais. No Antigo Testamento o título comum dos profetas é servo de Deus
(Amós 3:7; Jeremias 7:25). Este é o título que foi dado a Moisés, a Josué e Davi (Josué 1:2;
Juízes 2:8; Salmo 78:70; 89:3.20). Em realidade, o mais elevado de todos os títulos honoríficos é
o de servo de Deus. Quando Paulo o adota se coloca humildemente na mesma linha dos profetas
e dos grandes homens de Deus. A grandeza e a glória destes residia no fato de serem escravos
de Deus. A escravidão cristã não é uma sujeição rasteira e abjeta mas sim, como diz o lema
cristão: Ser seu escravo é ser um rei. Ser escravo de Cristo é o caminho à liberdade perfeita.

O título doulos, o escravo, o servo de Deus não era, por certo, um título vergonhoso para
PAULO;

Os Anjos e os servos de Jesus são aqueles que pertencem unicamente a Jesus os quais
tem suas atitudes e serviços baseadas unicamente na vontade do Seu Senhor.

Os Anjos são diakonun - diáconos (Mt.4.11, Mc.1.13,Hb.1.14)

Um Anjo serviu a um profeta com comida nos dias do Antigo Testamento (I Re.19.5-8)

Na Igreja primitiva a função dos diáconos dirigia-se à esfera do serviço prático. A Igreja cristã
herdou dos judeus uma organização magnífica de ajuda caridosa. Nenhuma nação jamais teve
tal sentido de responsabilidade para com os irmãos e irmãs mais pobres como a judia. A
sinagoga tinha uma organização habitual para tratar e ajudar a essa gente. Os judeus em
realidade desalentavam a ajuda individual aos indivíduos. Este fundo para os pobres se
chamava o kuppah, ou a cesta. Além disto diariamente se arrecadavam mantimentos de casa em
casa para aqueles que por uma emergência nesse momento necessitavam comida para o dia.
Este fundo se chamava o tamhui, ou a bandeja. A Igreja cristã herdou esta organização caridosa,
e sem dúvida o dever e a tarefa dos diáconos era levá-la à prática. (At.6.1-3).

(1) Os primeiros diáconos do NT foram anjos:Mt.4.11; Marcos 1.13. O grego é diékonoun,


“prestar serviço”.
(2) Mateus 8.15. A sogra de Pedro se levantou e diakonéi, “foi servir”. A ideia é a de prestar um
serviço a Jesus, mesmo que como dona de casa. O serviço a Jesus é um ato de diaconía ou
serviço de um diácono.

(3) Lucas 8.1-3. Joana, Suzana e outras mulheres “Serviam” é diákonoun. A ideia se repete em
Mateus 27.55. Pode -se diaconar a Jesus com os bens. Isto é: colocar os bens a serviço a dele.

(4) 1Pedro 4.10. Ensina que todos são diáconos de todos. O grego é diakonountes, “ponde-vos a
serviço uns dos outros”. Além de servirmos a Jesus, servimos aos irmãos. Todos somos
diáconos dele e todos somos diáconos dos outros. Diácono não domina, mas serve.

A vida cristã é serviço a Deus e aos outros. Quando servimos a Jesus imitamos os anjos
(lembra de Marcos 1.13). Também parecemos com eles quando servimos aos irmãos: Hebreus
1.14 diz que eles são espíritos enviados para diakonían (“fazer diaconato”).

Os Anjos e os servos de Jesus são aqueles que estão sempre preparados e com
iniciativa de atender as necessidades materiais de todos,principalmente dos irmãos da
fé.

Seres magníficos em poder


O conceito ´´seres magníficos em poder``, segundo dele se depreende, faz criar a idéia de que
os anjos se sobressaem aos homens não só em poder como também em sabedoria. Porém, não
são seres de conhecimentos ilimitados. Vamos observar alguns detalhes deste conceito:
Sua rapidez
 "Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha
visão ao princípio, veio voando rapidamente..." (Dn 9.21a). A arte medieval apegou-se à
narrativa que está em foco, que descreve o anjo Gabriel "...voando rapidamente" como
fundamento para a imposição de asas em todos os seres angélicos.
 E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago. Ez.1:14

Os anjos passam de um local para outro com uma rapidez inconcebível e retornam novamente
como se não estivessem estado ali! Vejamos pois:
Entre todas as criaturas que estão dentro dos limites de nossa visão, aquelas que possuem asas
e voam, exemplificam as dotadas de maior velocidade. As Escrituras e conseqüentemente nossa
própria imaginação, nos levam a entender que os anjos são seres velozes além da imaginação
humana. Isto é, eles se movimentam dentro do campo da metafísica vão além das leis
estabelecidas pela física.
Em nossas dimensões, a capacidade da rapidez angelical é comparada à "rapidez de um
relâmpago ou da velocidade da Luz" (Mt 28.3); 300.000 km por segundo, mas na esfera celeste
são rápidos como a imaginação. Observe o que diz o Senhor em Mateus 26.53: "Ou pensas
[Pedro] tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze
legiões de anjos?" Observe agora! Que distância há entre o trono de Deus e o Jardim do
Getsêmani? É inconcebível! Mas "doze legiões" poderiam chegar ali, numa fração de segundo..
O pensamento que deve ser destacado, em relação à velocidade angelical é que sua morada é o
Céu, mas, mesmo assim, podiam chegar instantaneamente para defesa de seu Senhor. Isso
indica velocidade, rapidez verdadeiramente inconcebível.
Existe um evento na Bíblia cuja velocidade é semelhante a dos ANJOS. Arrebatamento, Paulo
ao falar deste evento diz "um momento" (1 Co 15.52). "Momento", em grego, é "átomo". É
única ocorrência desse termo, em todo o Novo Testamento

Apenas cinco classes de anjos são apresentados na Bíblia como portando asas:
1. Os querubins (Êx 25.20; 2 Co 5.7; Ez 1.6; Ap 4.8 e ss).
2. Os serafins (Is 6.1-6).
3. O anjo Gabriel (Dn 9.21).
4. O anjo dos "dois ais" (Ap 8.13).
5. O anjo do "evangelho eterno" (Ap 14.6).

Seres superiores
"Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder não pronunciam contra eles juízo
blasfemo diante do Senhor" (2 Pe 2.11). Eles são seres superiores, porquê:

 São seres imortais . Esta capacidade a eles imposta, lhes dá a condição de serem
superiores aos homens que são seres mortais (SI 8.5; Hb 9.27) Jesus deixou claro que os anjos
nao morrem, ao ensinar aos saduceus que os santos serao semelhantes aos anjos, apos a ressurreicao. E, respondendo
Jesus; disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dao-se em casamento; mas os que forem havidos
por dignos de alcancar o mundo vindouro, e a ressurreicao dos mortos, nem hao de casar, nem ser
dados em casamento; porque, ja nao podem mais morrer; pois sao iguais aos anjos, e sao filhos de
Deus, sendo filhos da ressurreicao (Lc 20.35-36);
 Não possuem limitações físicas e materiais. ´´Não são porventura, espíritos
ministradores``(Hb1:14);
 São superiores aos homens por sua obediência (Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, vós que
excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua
palavra.Salmos 103:20);
 Tem acesso livre ao trono de Deus. (E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e
dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de
milhares,Apocalipse 5:11);
 Eles existem para servir : Bendizei ao Senhor; anjos seus, magnificos em poder; que cumpris as suas
ordens, obedecendo a voz da sua palavra. Bendizei ao Senhor; todos os seus exercitos, vos, ministros
seus, que executais 0 seu beneplacito (Sl 103.20,21).

O texto biblico em apreço mostra que os anjos existem para servir a Deus de muitas maneiras:
1) Para bendizer ao Senhor (em adoracao e culto).
2) Para cumprir a suas ordens (em relacao ao que ocorre no mundo).
3) Para obedecer a Palavra de Deus (inclusive quanto aos seus santos na Terra).
4) Para ministrar em nome de Deus a favor dos santos (Hb.1:14).
5) Para fazer o que agrada a Deus (porque as hostes celestiais estao sob o seu comando).
Porém quanto à pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, são inferiores, vejamos alguns pontos. "Ainda que por
um pouco de tempo, Jesus fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão e morte" (SI 8.5;
Hb 2.9). Vejamos:
 Em razão da adoração, os anjos são inferiores a Cristo; eles são adoradores, enquanto que Cristo é
adorado! Isto é depreendido nas próprias palavras do Criador: "...E todos os anjos de Deus o
adorem" (Hb 1.6b). Este direito inerente ao Filho de Deus, o coloca acima deles. As Escrituras
dizem que os anjos são seres superiores aos homens: contudo, jamais em hipótese alguma, eles
aceitam adoração; em lugar de os anjos serem objeto de adoração, eles são súditos que adoram Jesus
Cristo. O apóstolo Paulo advertiu: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de
humildade e culto dos anjos..." (Cl 2.18a). E no Apocalipse (19.10; 22.9) João é advertido pelo
próprio ser angelical: "...Olha não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os
profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus". Portanto, o anjo, ou os anjos
não são objetos de adoração como João chegou a supor momentaneamente. Esta rejeição por parte
do anjo, foi certamente (além do respeito a Cristo) um golpe mortal, na prática gnóstica da Ásia
Menor ao tempo em que João escrevia o livro do Apocalipse.
 Os anjos foram criados, portanto são criaturas; Cristo é Criador: "Porque nele [Jesus] foram criadas
todas as coisas que há nos céus e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16; Hb 1.7-12). Como
Criador, Jesus é superior aos anjos, pois maior do que a criatura é aquele que a criou (cf. Is 45.9).
 Os anjos são súditos; Cristo é o Senhor. Ora, tanto no passado como no presente, e, muito mais no
futuro, os anjos foram, são e serão súditos do reino de Deus, porém Cristo, foi, é e será o Soberano
Senhor (Hb 2.5-9).

Seu poder
"Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens,
obedecendo à voz da sua palavra" (SI 103.20). O que se aplica a todas as criaturas em relação
ao poder que têm, também se aplica aos anjos: seu poder deriva de Deus. O seu poder, embora
seja grande, contudo é restrito. Eles não podem fazer aquelas coisas que são peculiares à
Trindade: criar, agir sem os meios, ou sondar o coração humano.
No registro das Escrituras temos Algumas manifestações Poderosas dos anjos :
 Atuaram na proteção e saída de Ló e suas filhas de Sodoma e Gomorra e na destruição
das mesmas Gn.19.11-13;
 "...magníficos em poder", como ministros da administração divina que um só deles,
destruiu 70 mil varões valorosos do reino de Israel em três dias (2 Sm 24.12,15);
 outro elevado poder destruiu em uma noite 185 mil guerreiros do exército armado do
monarca assírio (2 Rs 19.35);
 um outro anjo destruiu todos os primogênitos no Egito em uma noite (Êx 12.19-30; SI
136.10).
 tão poderoso e deslumbrante é sua glória que o anjo que apareceu no túmulo do Salvador,
que houve um grande terremoto houve na ressurreição de Cristo e que o mesmo removeu
a pedra que fechava a entrada do túmuo e o texto diz que ele tinha o rosto "como um
relâmpago, e a sua veste branca como a neve", fez com que os guardas por medo dele
tremessem, e ficassem "como mortos". Mat. 28: 2,3 e 4.
 No Apocalipse vemos anjos detendo os quatro ventos do céu (7.1), esvaziando taças e
controlando os trovões da ira de Deus sobre as nações inquietas e angustiadas; a velha
terra treme sob a exibição dos ministros de um Deus vingador do pecado. Mas os anjos
são também bons para fazer o bem; e enquanto sua natureza santa faz deles fiéis
executadores da justiça, sua benevolência, como também sua santidade, faz que se
deleitem no emprego de suas energias no serviço da misericórdia.
´´Uma das crenças antigas era que os ventos que sopravam do Norte,
do Sul, do Este e do Oeste eram ventos bons e favoráveis, enquanto que
os outros ventos, que sopravam em diagonal (do Sudeste, por exemplo,
ou do Noroeste) eram daninhos. É por isso que os anjos estão nos quatro
diagonal. Também era comum crer que as forças da natureza estavam a
cargo e sob a administração de anjos. Assim, por exemplo, lemos a
respeito do anjo do fogo (Apocalipse 14:18) e do anjo das águas
(Apocalipse 16:5). Estes eram chamados "anjos servidores".
Aqui se pede aos anjos servidores dos ventos que contenham sua
fúria até terminar a tarefa de selar todos os crentes fiéis. Esta idéia tem
mais de um eco na literatura judia.
Uma das idéias interessantes e pitorescas do Antigo Testamento é
que os ventos são servos e agentes de Deus. É especialmente assim com
relação ao siroco, o vento quente do Sudeste, que sopra seu ar quente
como o ar que sai da boca de um forno, destruindo e secando toda a
vegetação. Em Zacarias encontramos a imagem dos carros dos ventos
que se dispersam depois de terem estado diante do Senhor da Terra
(Zacarias 6:1-5). Naum fala do Senhor que faz seu caminho no vento
como torvelinho (o siroco, precisamente) do Sul (Zacarias 9:14). Os
ventos são a carruagem de Deus (Jeremias 4:13). Deus vem com seus
carros como um torvelinho (Isaías 66:15). O vento é a respiração de
Deus (Jó 37:9-10). O vento é capaz de partir montanhas (1 Reis 19:11),
secar o pasto (Isaías 40:7, 24), os cursos de água, dos rios e do mar
(Naum 1:4, Salmo 18:15).``

O que podemos aprender com os Anjos ´´seres magníficos em poder``


Uma antítese

Que Deus prefere usar seres humanos frágeis, pequeninos, que escolheram a mobilidade descendente e não
Anjos ´´Superiores, Poderosos e Ágeis`` para pregar o evangelho .

O Evangelho é talvez o mais precioso bem, que Deus a deixado na Terra. Tudo o que é precioso
materialmente falando passará, mas a mensagem do Evangelho perdurará para sempre. Assim, a
pregação do Evangelho é algo singular e especialíssimo. Porém, nunca devemos entender a pregação
do Evangelho pelo padrão humano de compreender as coisas.

A sociedade em que vivemos sugere de inúmeras maneiras que o caminho a seguir é para cima.
Alcançar o topo, ficar no centro das atenções, quebrar o recorde - isso é o que chama a atenção, que
nos coloca na primeira página do jornal, e nos oferece as recompensas de dinheiro e fama.

Os Anjos como seres poderosos, ágeis e muito superiores aos seres humanos, jamais poderiam nos
dar o exemplo que Deus queria que seguissemos para a mais nobre tarefa designada por Deus aos
seres humanos, a pregação do Evangelho. Somente Jesus poderia nos trazer este ensino, para que o
perseguissemos e capturassemos para nós.

O caminho de Jesus é o caminho onde o Pai, revelou o modo como o pregador do evangelho deve
trilhar, os anjos jamais puderam seguir esta maneira, frágil, pequenina, radicalmente diferente dos
padrões angelicais. E qual é este caminho vivido e ensinado por Jesus, o Senhor dos Anjos e dos
homens? É o caminho não de mobilidade ascendente, mas de mobilidade descendente. Está em ir
para o fundo, ficar atrás dos bastidores, e escolher o último lugar! Porque é que vale a pena escolher
caminho de Jesus? Porque é o caminho para o Reino, o caminho que Jesus tomou, e o caminho que
traz a vida eterna. Fp.2.6-8

Toda a minha vida, tenho sido encorajado por gente bem intencionada a «subir na escala» e o argumento mais
comum é: «Nessa posição, nesta profissão, com um ótimo salário,você pode fazer tanto bem a tanta gente!» Mas
essas vozes, chamando-me à mobilidade ascendente, estão completamente ausentes do Evangelho. Jesus diz:
«Quem ama a sua vida, perdê-la-á e quem odiar a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna» (João 12,
25).
E diz mais:
«Se não vos fizerdes como crianças nunca entrareis no reino dos céus» (Mateus 18, 3).
E finalmente diz:
«Vós sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores e que os grandes exercem sobre elas o seu
poder. Não seja assim entre vós. Ao contrário, quem quiser fazer-se grande entre vós, seja o vosso servo; e quem
quiser ser o primeiro no meio de vós, seja vosso escravo. Assim fez o Filho do Homem que não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida pelo resgate de muitos» (Mateus 20, 25-28).
Esta é a via da mobilidade descendente, a via descendente de Jesus.

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