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Instituto Federal de Alagoas - Campus Coruripe

Curso Técnico Integrado de Edificação

Coruripe - Al, Maio de 2018


Disciplina: Elementos Estruturais
Professor: Esdras Costa
Alunos(a): Alane Ketly, Débora Eduarda, Edilaine Lima, Maria Laisa, Marta Nascimento
Turma: 4º ano - Vespertino
Data: 05/2018

Trabalho solicitado pelo professor Esdras, da disciplina


Elementos Estruturais do curso de Edificações, como
requisito compor uma das notas do 1º Bimestre do ano
letivo de 2018, com o objetivo de elaborar um relatório
sobre o ​CONTROLE TECNOLÓGICO DO
CONCRETO.

Coruripe - Al, Maio de 2018


Introdução

Uma das principais exigências requeridas para um bom projeto em uma construção é a
resistência à compressão, o que se refere a esse caso,em que, deve-se apresentar também um
material que não se deforme facilmente obtendo uma boa precisão na extensão do material
quando for solicitado seus esforços de compressão.
Compressão nada mais é do que uma pressão que irá ser exercida sobre esse material
fazendo com que provoque uma redução ou até um rompimento do elemento submetido a este
esforço. Em ensaios de compressão realizados em concreto são produzidos corpos de prova
com dimensões padronizadas, que por fim serão submetidos a esse tipo de esforço de maneira
uniforme em todo o corpo com o objetivo de analisar sua resistência que indicará eventuais
variações de qualidade do concreto, seja com relação à dosagem, seja quanto a seus insumos.
Este ensaio de dosagem do concreto é importante pois a resistência do concreto depende
não apenas da qualidade dos constituintes mas também, da sua dosagem, ou seja, a correta
feitura do concreto vai determinar a sua resistência. Considerando que os constituintes são de
boa qualidade, a dosagem do concreto deve levar em conta a consistência necessária para as
condições da obra, o concreto com maior teor de cimento é mais resistente. Para tanto
precisa-se acompanhar os procedimentos da dosagem, o principal e de muita importância é o
traço, que é a relação entre as quantidades de cimento, areia e brita ou mais precisamente
entre as quantidades de cimento, aglomerado miúdo e aglomerado graúdo. O “traço” é
normalmente uma relação de volumes. Não importa qual a unidade de volume utilizada
contanto que seja a mesma: metros cúbicos, litros, pés cúbicos, padiolas, carrinhos, baldes
etc.
O traço pode ser dado por uma relação entre pesos: quilos, toneladas, libras etc. Apesar de
melhor representar a dosagem, o traço em peso é mais difícil de realizar-se na prática. Em
estruturas de grande porte e responsabilidade, o calculista indica o traço de concreto
considerado em seus cálculos, o qual deve evidentemente ser respeitado.
Neste relatório iremos mostrar a dosagem de um corpo de prova realizado no dia 27 de
março de 2018, nas seguintes páginas estará o detalhamento e finalização dos cálculos e
resultados esperados pela equipe, onde estarão pondo em evidência a resistência do concreto e
o teste de compressão pelo qual foi submetido
Dosagem do Concreto

A resistência do concreto depende não apenas da qualidade dos componentes mas também,
e muito, da sua dosagem, ou seja, a correta dosagem do concreto vai determinar a sua
resistência, mas antes da dosagem é necessário calcular a quantidade de produtos necessário
para a sua utilização nas suas variadas finalidades.
Os valores irão variar mediante o Fck - que do inglês, significa Feature Compression
Know, e foi traduzida para o português como Resistência Característica do Concreto à
Compressão - que o engenheiro irá necessitar para construir. Para o nosso caso foi dado o Fck
de 21 MPa e um d​max​= 19 mm.

Preparação do Concreto

As amostras devem ser obtidas para que se consiga determinar suas propriedades, logo
após terem sido completadas a adição e a homogeneização de todos os componentes do
concreto, principalmente após a incorporação total da água de mistura. A moldagem de
corpos-de-prova para ensaios de resistência deve ser iniciada no máximo 15 minutos após a
obtenção da amostra, conforme está na NM 33 - Amostragem de concreto fresco. Colocado
em um ambiente úmido para poder acontecer o processo da cura, sendo necessária ela está
protegida do sol, do vento e de qualquer outra fonte de evaporação ou contaminação durante
28 dias para a cura total do concreto.
Os primeiros cálculos irá se basear pela a Tabela 8 rigoroso controle da qualidade o valor
da resistência média aos 28 dias pode ser determinado pela fórmula:

f​c ​= 21+ 6,5 MPa = 27,5 MPa

Com o valor da resistência média pode-se


determinar o valor de X através da Tabela 8.
Como não há o valor de 27,5 MPa deve-se
fazer uma interpolação (método que permite
construir um novo conjunto de dados a partir
de um conjunto discreto de dados pontuais
previamente conhecidos.) para se economizar
cimento. Isto é feito utilizando-se regra de três
com o valor logo abaixo (25 MPa) e o valor
logo acima (30 MPa), observe abaixo
Há cada 1kg de cimento será necessário 0,525 kg de água. A partir disso começamos a
calcular a quantidade necessária de agregado para ter o resultado desejado no Mpa do concreto,
para tanto utilizaremos a relação abaixo:

A relação ​Y ​constitui um dado experimental, que depende principalmente do diâmetro


máximo do agregado e da consistência desejada. Outros fatores influem na relação ​Y​, tais
como tipos de agregado, granulometria, formas dos grãos, etc. Pode-se, entretanto, adotar
valores aproximados de ​Y​, aplicáveis para
agregados usuais, exemplificado na Tabela 9.
Escolhido o valor de ​Y​, conforme a Tabela
9, e o valor de ​X conforme a Tabela 8, pode-se
determinar a quantidade total de agregados
(​A+B​). A quantidade de brita (​B​) pode ser
estimada, em função do peso total de materiais
sólidos, adotando-se as seguintes porcentagem
em função da adição de aditivos presentes no
mesmo.
Concreto vibrado, sem aditivo = 50%
Concreto vibrado, com aditivo = 55%
Resultam então as fórmulas da Tabela 10, para cálculo das massas de areia de Areia (​A​) e
Brita (​B​).
Um dos dados do problema estipula o diâmetro máximo do agregado em 19 mm, a partir
desse dado e das relações da Tabela 9, tem-se ​Y = 9%, abaixo os valores correspondentes ao
que foi entregue:

O consumo de cimento por m​3​ será de:

O consumo de cimento por m​3​ será de:


Para este ensaio foram utilizados: 3,09 kg de cimento; 5,87 kg de areia; 8,9 kg de brita e
1,62 litros de água.

Ensaio de Abatimento de Tronco de Cone, Slump Test

O Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do material,


permitindo que se controle a uniformidade do concreto. A principal função deste ensaio é
fornecer uma metodologia simples e convincente para se controlar a uniformidade da
produção do concreto. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto trabalhável, a
constância do abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade.
No Brasil este ensaio é regulamentado pela NBR NM 67 (1998) – Determinação da
Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone. Basicamente consiste no preenchimento de
um tronco de cone em três camadas de igual altura, sendo em cada camada dados 25 golpes
com uma haste padrão. O valor do abatimento é a medida do adensamento do concreto logo
após a retirada do molde cônico, observe a Imagem 1.
Será utilizado para esse ensaios os seguintes equipamentos:
O molde deve ter a forma de um tronco de cone oco, com as
seguintes dimensões internas:
- diâmetro da base inferior: 200 mm ± 2 mm;
- diâmetro da base superior: 100 mm ± 2 mm;
- altura: 300 mm ± 2 mm;
E uma haste de compactação: de seção circular, reta, feita de aço ou
outro material adequado, com diâmetro de 16 mm, comprimento de
600mm e extremidades arredondadas.
Após o preparo do concreto prosseguiremos para o abatimento do
cone. Observe os passo a passo do procedimento adotado:
- Coletar a amostra do concreto já pronto;
- Colocar na fôrma sobre uma placa metálica nivelada e apoiar
os pés sobre as abas inferiores do cone;
- Preencher o cone com uma primeira camada de concreto e aplicar 25 golpes com a
haste, atingindo a parte inferior do cone;
- Preencher com mais duas camadas, cada uma com 25 golpes da haste;
- Após a compactação da última camada, retirar o excesso do concreto, alisar a
superfície com a pá e em seguida retirar o cone em movimentos linear;
- colocar a haste sobre o cone invertido e medir o abatimento (a distância entre o topo
do molde e o ponto médio da altura do tronco de concreto moldado).
Observe as imagens ao lado, na qual obtivemos no nosso resultados:
Corpo de Prova

​ ara se obter um bom desempenho do concreto é necessário fazer amostras de corpo de


P
prova para se fazer testes. Todos os procedimentos estão presentes na ABNT NBR
5738:2015 desde a moldagem até a cura do corpo de prova.
Para moldes cilíndricos devem ter altura igual ao dobro do diâmetro. O diâmetro deve ser
de 10 cm, 15 cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm. Na tabela 1 da NBR 5738:2015 mostra que
para cada diâmetro de corpo de prova é mostrado o número de camadas e o número de golpes.
O corpo de prova utilizado foi cilíndrico com dimensões de 10x20, para este, foram
necessários duas camadas e doze golpes, cada golpe deverá ser distribuído uniformemente em
toda seção do molde, na última camada será eliminado o excesso de concreto e deverá
registrar, para posterior referência, a data, a hora de adição, o local de aplicação do concreto,
a hora da moldagem e o abatimento obtido de acordo com a norma.
Após todo esse procedimento o corpo de prova é reservado para o processo de cura inicial,
24 h depois os moldes serão desmoldados e submersos em uma solução saturada de hidróxido
de cálcio, não podem ficar expostos ao gotejamento nem à ação de água em movimento.
Evitar empilhamento de corpos de prova. Deverão permanecer no local durante 28 dias até o
momento do ensaio.
Antes de ensaiar os corpos de prova, é imprescindível preparar suas bases, de modo que se
tornem superfícies planas e perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo de prova, existem
alguns métodos para isso porém o mais convencional é por meio de uma retífica. Consiste na
remoção, por meios mecânicos, de uma na camada de material das bases a serem preparadas.
Esta operação é normalmente executada em máquinas especialmente adaptadas para essa
finalidade, com a utilização de ferramentas abrasivas. A retificação deve ser feita de tal forma
que se garanta a integridade estrutural das camadas adjacentes à camada removida e
proporcione uma superfície lisa e livre de ondulações e abaulamentos. Deve ser utilizado um
dispositivo auxiliar,que garanta a perpendicularidade da superfície obtida com a geratriz do
corpo de prova.
Para começar o procedimento de compressão do concreto é utilizado o aparelho adequado
que é a máquina de ensaio a compressão, os corpos de prova devem estar devidamente
alinhado com o eixo da máquina de modo que a resultante das forças passe pelo centro.
Por último é aplicada uma carga contínua até o momento em que o corpo de prova se
rompa.

Apresentação dos resultados

Os resultados obtidos no ensaio de corpos de prova moldados serão apresentados conforme


a ABNT NBR 5738.
a) ​Número de identificação do corpo de prova
O número 05
b) ​Data de moldagem
27 de março de 2018
c) ​ Idade do corpo de prova
28 dias
d) ​Data do ensaio
24 de abril de 2018
e) ​Dimensões dos corpos de prova
15cm de diâmetro por 30 cm de altura
f) ​Tipo de capeamento empregado
Não foi empregado nenhum tipo de capeamento, como podemos observar na
fotografia adiante. O corpo de prova apresenta irregularidades na parte superior.

g) ​Classe da máquina do ensaio


Não informado pelo operador
h) ​Resultado de resistência à compressão do corpos de prova
O corpo de prova 05, a resistência à compressão deste corpo de prova foi de 24,48
MPA. Acima do esperado para o traço que era de 21 MPA.
i) ​Tipo de ruptura
O corpo de prova que foi rompido no ensaio de resistência a compressão, rompeu
de forma colunar com formação de cones – TIPO E do anexo da norma 5739.
Conclusão

O ensaio relatado no presente trabalho transcorreu relativamente bem, atendendo ao que


foi pedido pelo professor e as normas técnicas. Porém ocorreram alguns problemas, um deles
foi a forma de medição dos materiais, pois devido a falta de alguns equipamentos específicos
a dosagem sofreu acréscimo no qual resultou na resistência do corpo de prova.
A resistência a compressão do corpo de prova foi de 24,48 MPA. Acima do
esperado para o traço que era de 21 MPA. Diversos fatores pode explicar esta
diferença, uns dele já relatado foi a falta de materiais específicos para a pesagem dos
materiais, implicando assim na sua resistência. Outro fator importante em ressaltar é na forma
no qual o corpo de prova foi quebrado, que foi a colunar e rupturas colunares, como o do
corpo mostrado neste trabalho, são muito raras. Elas indicam que pode estar havendo uma
pequena influência da preparação de topo do corpo de prova, no resultado. Rupturas assim,
devem motivar avaliações na qualidade de retificadoras e capeadores, bem como do processo
de teste em si.
Ademais o objetivo do ensaio foi atingido, pois foi possível entender todos os
critérios para a realização do ensaio, a compressão e todas as causas que afetaram o
resultado deste ensaio da resistência à compressão.
Referências

● NBR 5738/2015 – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova;


● NBR 67/1998 – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone;
● http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/slump.html

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