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Liturgia Angélica

Por K.G.Gomes

Abertura

O magi de frente para o Oriente, inicia com a Cruz Cabalística: ​“A Ti o Reino,
Poder e Glória pelos Séculos dos Séculos. Amém.”

Após um breve momento de silêncio, o magi prossegue com a primeira prece:


“​Ó Tu, a quem nada, a não ser o Silêncio pode expressar, a quem todos os
corações estão abertos, a quem todos os desejos conhecidos, e a quem
ninguém é ocultado: limpai os pensamentos de meu coração pela
inspiração da tua Divina Luz, para que comungar para com Teu Santo
Nome. Amém.”

O magi prossegue com a execução do Ritual Menor do Pentagrama de


Banimento.

Após a execução do banimento, o magi prossegue recitando a Prece de Enoch:

“Senhor Deus, Fonte da verdadeira sabedoria, tu que abriste os


segredos de teu próprio eu ao homem, tu conheces minha imperfeição e
minha escuridão interna. Como posso falar a ti que não fala pela voz do
homem; ou dignamente chamar teu nome, considerando que minha
imaginação é variável e infrutífera, e desconhecida por mim? Parecerá
que a areia convida as Montanhas ou pode o pequeno rio distrair as
maravilhosas e desconhecidas ondas?
Pode o recipiente de medo, fragilidade ou o que é de determinada
proporção, levantar-se, levantar suas mãos ou reunir o seu sol em seu
âmago?
Senhor, isto não pode ser: Senhor, minha imperfeição é grande;
Senhor, sou menor que areia; Senhor, teus anjos bons e criaturas
excedem-me: nossa proporção não é similar; nossos sensos não
concordam, mas estou confortado, pois que temos todos um Deus, todos
começando por ti, que respeitamos a ti, Criador.
Portanto, invocarei em teu nome e em ti tornar-me-ei poderoso. Tu
me iluminarás e tornar-me-ei vidente; verei tuas criaturas e
dignificar-te-ei entre elas. Aqueles que vêm em ti o mesmo portal e através
do mesmo portal descendem como tu descendeste.
Vê, ofereço minha casa, meu trabalho, meu coração e alma, se isso
agradar teus anjos para habitar-me, e eu com eles; regozijarem-se comigo,
e que possa eu regozijar-me com eles; ministrar a mim, para que assim
possa dignificar teu Nome.
Então, as Tábuas (que providenciei e, de acordo com teu desejo,
preparei) ofereço-as a ti, e a teus anjos santos, desejando-os e através de
teus nomes sagrados; que como tu és a luz e conforta-os, assim eles, em ti,
serão minha luz e conforto. Senhor, eles não prescreveram leis em ti,
assim não é adequado que não prescreva leis a eles: e o que te satisfaz
oferecer, eles recebem; assim, o que satisfaz oferecer-me, também
receberei.
Vê e digo, ó Senhor, que se os invocarei em teu Nome, seja em mim
tua misericórdia, como o servo do Altíssimo. Deixa-os também
manifestarem a mim, como, por que palavras, e em que momento eu os
convocarei.
Ó Senhor, existe algo que mede os céus, que é mortal? Como,
portanto, podem os céus entrar na imaginação do homem? Tuas criaturas
são a Glória de teu Semblante: por estes tu glorificas todas as coisas, ó
Senhor, cuja Glória excede e está acima de meu entendimento.
É uma grande sabedoria falar e conversar de acordo com o
entendimento dos Reis; mas para comandar Reis por um comando exposto
não é sabedoria, a menos que venha de Ti.
Vê, Senhor, como eu, portanto, ascenderei aos céus? O ar não me
levará, mas resiste minha insensatez, e por isso caio, pois sou da terra.
Portanto, tua verdadeira Luz e Conforto, que pode, deve e comanda
os céus. Vê, eu ofereço essas Tábuas a ti, comanda-as como desejar: e vós,
Ministros, e verdadeiras luzes de entendimento, governando esta moldura
terrena e os elementos onde vivemos, fazei por mim como ao servo do
Senhor, a quem agradou ao Senhor falar de vós.
Vê, Senhor, tu determinaste 50 vezes: três vezes 50 vezes levantarei
minhas mãos a ti. Seja isto a mim como te agrada, e a teus Ministros
santos. Nada peço, mas Tu e por teu intermédio e por tua honra e glória;
porém espero, como prometido, que sejas satisfeito e não morras até
reunires as nuvens e julgar todas as coisas, quando em um momento serei
mudado e habitarei em ti para sempre”.
Após o término da prece, o magi prossegue com o Ritual Menor do Pentagrama
de Invocação, do qual, ao fim, recita: ​“​Que eu seja purificado para que possa
dignamente executar vosso serviço. Permita que eu Consagre o templo por
esta água sagrada do Teu Trabalho”.

Aspergindo três vezes em cada quadrante, o magi recita: ​“​Que na força


atribuída a mim por Vós, possa eu repelir todo o mal do teu santo altar e
do teu santuário, e desta casa, te presto louvor, a fim de pedir que envie o
meu Santo Anjo Guardião para edificar em um Templo Espiritual através
do qual a tua Força e Bênção possam ser derramadas sobre meu corpo,
mente e espírito, através das Forças da Criação e pela União com meu
Santo Anjo Guardião”.

Acendendo o incenso e circuambulando em sentido horário, o magi deposita o


turíbulo sobre o altar, do qual recita: ​“​Que eu seja purificado para que possa
dignamente executar vosso serviço. Permita que eu Purifique o templo por
este Fogo sagrado do Teu Trabalho.”

Deste ponto o magi prossegue com a Análise da Palavra Sagrada L.V.X. e o


Ritual Menor do Hexagrama de Invocação.

Após a execução do ritual, o magi recita a seguinte prece pessoal a ser dita de
forma sincera e solene por quanto tempo for necessário e com a intensidade e exaltação
que o magi achar adequada, chamando pelo Santo Anjo Guardião.

Deste ponto em diante, o magi mantém-se meditativo e solene, permanecendo


em silêncio pelo máximo de tempo que for possível.

Encerramento

Encerramento deverá ser feito com os rituais de Banimento do Hexagrama e


Pentagrama, respectivamente e, ao fim, uma prece de agradecimento e encerramento e
próprio punho e recitada de forma solene de forma semelhante a oração anterior.

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