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2017

OS PROJETOS PREMIADOS
151 PRODUTOS E
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anuário tele.síntese | 2017

EXPEDIENTE
Resistência e criatividade
REDAÇÃO
O biênio 2016/17 foi de resistência. Queda considerável no PIB, Diretora Editorial
cortes dramáticos no orçamento público, políticas setoriais sem ins- Lia Ribeiro Dias
trumentos que as sustentassem. E o país continuando a se deslocar
Diretora| Brasília
no Índice de Competitividade Mundial. Este ano, caiu mais quatro
Miriam Aquino
posições, ocupando agora o antepenúltimo lugar entre os 63 países
mapeados pelo International Institute for Management Development Edição de Arte
(IMD), com sede na Suíça. Camila Sipahi
Colaboradores
O segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação, em- Anamárcia Vainsencher, Aurea Lopes,
bora mais resiliente, também sentiu o baque, ora perdendo base de Rafael Bucco, Roberta Prescott,
assinantes, ora crescendo em ritmo mais lento. Até junho, a telefonia Wanise Ferreira (textos),
móvel cortou de sua base, em um ano, mais de 11 milhões de clientes Sandra Leite (revisão)
(movimento provocado também pela redução da tarifa de intercone- e Camila Sipahi, Fotolia e Freepik
xão). A TV paga havia perdido 263 mil clientes no mesmo período; e a (ilustrações)
telefonia fixa, em sua contínua trajetória de enxugamento, com me-
nos 1 milhão de clientes em 12 meses. PUBLICIDADE E MARKETING
Diretora de Publicidade
No front institucional, a aceleração da ocupação da frequência de Meire Alessandra
700 MHz é o movimento mais significativo para o estímulo aos inves-
Gerente de Eventos
timentos das grandes operadoras de celular. A construção de mode-
Mônica Dias
lagem de estratégica digital e para a IoT e o mapeamento das reais
condições das redes de telecomunicações, com a divulgação das prio- ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO
ridades na alocação de recursos, são as políticas a serem conhecidas
Gerente
em futuro breve.
Adriana Rodrigues
E o brasileiro quer acessar a internet cada vez mais, e com maior Mailing
velocidade. Por isso, a banda larga fixa em sua constante trajetória de Camila Carvalho
subida: somaram-se 1,54 milhão de novos acessos no período de ju- Web e Suporte de Rede
nho de 2016 a junho de 2017, conforme a Anatel. Na telefonia celular, Ricardo Oliveira
a receita com a comunicação de dados já ultrapassou a casa dos 50%
em todas as operadoras. IMPRESSÃO
PANCROM INDÚSTRIA GRÁFICA
Com a banda larga vêm as soluções, plataformas, respostas para
as pessoas, para as corporações e, agora, para as “coisas”. É o que va- DISTRIBUIÇÃO
mos ler nesta edição. A resistência transformando-se em criatividade. MTLOG BRASIL
Criatividade para transformar demandas em serviços de ótima quali-
dade; criatividade para dar respostas eficazes aos complexos proble-
mas das grandes cidades ou das áreas rurais; criatividade para apri-
morar a rede de telecomunicações.

Boa Leitura! Anuário Tele.Síntese de Inovação


em Comunicações é uma publicação
MIRIAM AQUINO anual da Momento Editorial
Rua da Consolação, 222, cj. 2110
Diretora
01302-000 – São Paulo – SP
T +55 11 3124-7444
APOIO momento@momentoeditorial.com.br
INSTITUCIONAL
jornalista responsável
Lia Ribeiro Dias (MT 10.187)
foto | Robson Regato

O conteúdo deste Anuário pode


ser reproduzido livremente,
mediante autorização prévia.
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anuário tele.síntese | 2017

12 CENÁRIO

14 MERCADO
EM BUSCA DE UM HORIZONTE
Recessão econômica mais crise política impediram a definição de políticas públicas.
Perdeu-se mais um ano na definição de um novo Plano de Banda Larga, e o mercado só não
parou graças aos investimentos privados, especialmente dos provedores regionais.

22 CABOS SUBMARINOS
BRASIL DOBRA A CAPACIDADE
Entre 2017 e 2019, serão colocados em operação oito novos cabos submarinos
conectando o Brasil aos Estados Unidos, à África e à Europa.

32 OPERADORAS
RUMO AO 5G
Todas as operadoras celulares investem na evolução do 4G em direção à nova geração
tecnológica. E disputam palmo a palmo cada nova etapa.

38 PROVEDORES
CRISE? QUE CRISE?
Para os provedores regionais, a recessão afetou pouco. Continuam crescendo
na casa dos dois dígitos, como nos dois últimos anos.

42 FIBRA
DEMANDA AQUECIDA
A fibra continua em alta, acompanhada de toda a infraestrutura óptica. O recuo dos
investimentos das operadoras foi compensado pelo avanço dos provedores regionais.

48 IoT
DITANDO TENDÊNCIAS
Os números astronômicos de objetos que estarão conectados no curto prazo e as
oportunidades de negócios trazidas pela IoT atraem muitas empresas para seu ecossistema.

52 DADOS AGREGADOS
AS TELES DESCOBREM SEU VALOR
As operadoras começaram a tratar com Big Data e ferramentas de analytics a massa
de dados que movimentam todos os dias. E viram que aí pode haver um negócio.

58 NUVEM
SOLUÇÕES HÍBRIDAS
Para atender à demanda dos clientes, que preferem ter mais de um provedor
de soluções em nuvem, as operadoras partiram para a oferta do Multicloud.
.
62 VÍDEO
TODOS QUEREM OTT
Mesmo quem tem TV linear acha necessário oferecer em seu cardápio vídeo sob demanda.
E dizem que não há nenhuma contradição aí, pois há público para as duas demandas.

68 SMARTPHONES
A CAMINHO DA MATURIDADE
Após dois anos de queda nas vendas, os celulares inteligentes voltam
a ganhar espaço no Brasil. E os clientes já sabem o que querem.
cenário
11

72 PREMIADOS 116
GUIA DE
OPERADORAS DE SERVIÇOS PRODUTOS
DE COMUNICAÇÕES
E SERVIÇOS
74 TIM
76 EMBRATEL
80 ALGAR TELECOM
As empresas participantes
82 EUTELSAT do Guia inscreveram um total
de 151 produtos, soluções, serviços
e apps que consideram inovadores
OPERADORAS REGIONAIS
em seus portfólios.
86 BIGNET
88 MOB TELECOM
118
90 COPREL TELECOM
OPERADORAS DE SERVIÇOS
DE COMUNICAÇÕES
FORNECEDORES DE
PRODUTOS
92 FURUKAWA 121
94 3M
OPERADORAS REGIONAIS
S
98 KHOMP

FORNECEDORES 124
DE SOFTWARE E SERVIÇOS FORNECEDORES DE
100 CONTAMOBI PRODUTOS
102 CPqD
104 NEGER TELECOM
132
106 TRÓPICO
FORNECEDORES
DE SOFTWARE E SERVIÇOS
DESENVOLVEDORES DE
APPS E CONTEÚDO
108 CREATRIX HAVA 141
110 COPEL TELECOM DESENVOLVEDORES DE
112 CLEAR SALE APPS E CONTEÚDO

TECNOLOGIA NACIONAL
114 CPqD
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anuário tele.síntese | 2017
13
cenário

cenário
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anuário tele.síntese | 2017

Em busca
de um horizonte
Com a retração econômica e a falta de definições em políticas públicas,
o setor de comunicações só continuou respirando graças aos investimentos
privados, especialmente dos provedores regionais.

Por Lia Ribeiro Dias

Não só o setor de comunicações não avançou na parte das inovações – foi mantido graças ao cres-
formulação de políticas públicas entre 2016 e 2017, cimento do mercado de banda larga puxado pelos
como corre o risco de sofrer novo retrocesso na área provedores regionais de acesso à internet e servi-
de política industrial com a ameaça de retaliação, ços de telecomunicações.
por países membros da Organização Mundial do
Comércio, em relação a políticas consideradas pro- Desde 2014, sua base de acessos de banda larga
tecionistas por eles, caso da Lei de Informática. A re- vem crescendo acima dos 20% ao ano (ver tabela ao
cessão econômica somada à crise política prolonga- lado). E nos sete primeiros meses de 2017, os prove-
da fizeram com que o país perdesse mais um ano na dores regionais, de acordo com os dados registra-
construção de um novo Plano de Banda Larga. dos pela Anatel, responderam por cerca de 80% dos
novos acessos registrados no período no país. Com
Sem fontes de recursos para implementar polí- uma base declarada de 3,65 milhões de acessos ban-
ticas públicas capazes de superar os desequilíbrios da larga (agosto/2017), eles respondem oficialmente
regionais e levar infraestrutura de fibra óptica às re- por 12,5% do parque de banda larga do país. Mas o
giões onde ela não existe, o país andou literalmente volume real, asseguram as operadoras que vendem
de lado. As iniciativas para criar novas fontes de re- capacidade no atacado para os provedores que
cursos – implementadas pela Anatel e pelo Congres- atendem o varejo, é muito maior. Quanto? Não se
so Nacional, com apoio do governo e do setor pro- sabe. Mas imaginar que possam responder por uma
dutivo de telecom – não frutificaram. O PLC 79/2015, base de 7 milhões de terminais não seria exagero,
que troca concessões de telefonia fixa por autoriza- diz o executivo de uma operadora de atacado.
ções e permitiria investir os saldos das concessões
em banda larga, até setembro não tinha voltado à Atrás do filão
pauta de debates no Senado; e os Termos de Ajus- Não é por outro motivo que os provedores re-
te de Conduta (TACs), já aprovados pela Anatel, que gionais, especialmente as empresas mais estrutura-
trocavam multas das concessionárias por investi- das, vêm sendo tratadas a pão de ló pelos forne-
mento em banda larga, não teriam mais tempo hábil cedores de infraestrutura, de sistemas eletrônicos
de serem sancionados pelo TCU até dezembro. e de software.

Depois de terem reduzido os investimentos em É claro que as grandes operadoras, com seus
2016 em relação a 2015 (-6,6%), que por sua vez já projetos de expansão de redes ópticas e de FTTH,
foram menores do que no ano anterior (ver tabela representam a fatia do leão das encomendas de
ao lado), as grandes operadoras anunciaram que fios e cabos ópticos. E as celulares, na corrida para
manteriam o mesmo ritmo ao longo de 2017. Com expandir as suas redes 4G, têm investido muito na
esse cenário, o dinamismo do setor – e mesmo em conexão por fibra entre suas estações radiobase.
cenário
15
cenário

Neste ano, se a liderança na expansão da 4G esta-


Investimentos Acessos banda larga va com a TIM, a implantação de FTTH era puxada
Operadoras Provedores Regionais pela Vivo.
(em R$ bi) (em R$ mi)

Apesar do peso das operadora s na carteira dos


2012 25,8 2013 1.481
fornecedores de infraestrutura óptica, os prove-
2014 1.897 dores regionais já respondem por 25% ou mais do
2013 31,5
faturamento de fabricantes instalados no país. Por
2014 31,7 2015 2.336 isso, todos eles contam com estruturas dedicadas a
atender a esse segmento de mercado.
2015 30,1 2016 2.926
2017 3.651 Vários fornecedores de infraestrutura óptica
2016 28,1 até 8/2017 ampliaram seus portfólios para atender às deman-
Fonte: Telebrasil Fonte: Anatel/SICI das dos provedores regionais. Depois da pioneira
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anuário tele.síntese | 2017

Furukawa, seguiram-se Prysmian, Cablena e ZTT.


As nacionais sempre tiveram essa preocupação. Os critérios
Alguns incluíram elementos passivos em seu port-
fólio, outros aperfeiçoaram dispositivos de redes da premiação
para facilitar a instalação e evitar o roubo. E os
cabos ópticos mantiveram a tendência à minia-
turização. O Prêmio Anuário Tele.Síntese de Inovação
em Comunicações 2017 é resultado de uma pes-
Muitos lançamentos no segmento da parte quisa feita em um universo de 160 empresas pré-
eletrônica de redes ópticas na tecnologia GPON selecionadas, das quais 128 responderam a um
também foram voltados a esse segmento de mer- questionário elaborado pela Momento Editorial
cado. A nova geração de GPON alcança maiores com o objetivo de apresentar uma fotografia do
velocidades, comporta mais assinantes e ocupa nível e do tipo de inovação que caracterizam o
menos espaço. Os portfólios das brasileiras Parks, mercado brasileiro de comunicações e internet.
Datacom, Intelbras, Digistar, e das multinacionais A pesquisa envolveu todos os segmentos da ca-
Furukawa (com tecnologia nacional), Huawei, ZTE deia produtiva das comunicações: fornecedores
e Nokia, por exemplo, registram essas inovações. de produtos, fornecedores de software e servi-
ços, operadoras de serviços de comunicações,
Uma unidade de transporte óptico compacta operadoras regionais de serviços de comunica-
foi customizada para atender aos provedores re- ções e desenvolvedores de apps e conteúdos.
gionais, que também ganharam uma solução de
Os 151 projetos inscritos pelas 128 empresas
virtualização dos elementos de rede que vão na
que aceitaram o convite da editora foram sele-
casa do assinante, as CPEs. cionados por categoria e avaliados por um júri
de especialistas. Foram considerados os produ-
Desenvolvedores de apps e conteúdo também tos/serviços desenvolvidos no país como os de
decidiram apostar nesse segmento de mercado. tecnologia estrangeira, que fossem inovadores
Não é por outro motivo que empresas de gestão segundo critérios predefinidos.
empresarial como a brasileira Totvs, com 21 filiais
ao redor do mundo, lançou uma versão customi- Entre os critérios para definir a inovação de
zada de seu sistema de gestão para empresas pe- um produto ou serviço, levou-se em conta a sua
quenas e médias. E um dos segmentos que vem diferenciação em relação às práticas tradicio-
explorando neste ano de 2017 é o de serviços e, nais em seu segmento, a melhoria real em rela-
dentro dele, o de provedores regionais. Seu objeti- ção ao que já existisse no mercado e atributos
vo é oferecer seu portfólio de serviços a empresas que representassem vantagem para os usuários
da empresa. Também importou à pesquisa saber
que estão em processo de crescimento e precisam
se a empresa considera o produto/serviço como
se profissionalizar, a um custo que seja compatí-
inovador por:
vel com sua capacidade de investimento. Ou seja,
sair das planilhas para softwares de controle sem
aumentar a produtividade;
que a empresa tenha que investir na compra da
licença — usa tudo o que precisa na modalidade aumentar as receitas;
de pagamento mensal as a service. O pacote men-
aumentar o market share;
sal varia dependendo do que for contratado, mas
o pacote básico pode representar algo em torno reduzir custos;
de R$ 3 mil. explorar novas oportunidades
de mercado.

E, finalmente, se a concepção e o desenvolvi-


mento do produto/serviço foram realizados em
17
cenário

sua maior parte no Brasil e qual seria o impacto


no mercado brasileiro, no seu campo de ativida-
Os vencedores
de ou em tecnologia futura.
OPERADORAS DE SERVIÇOS
O júri foi integrado DE COMUNICAÇÕES

pelos seguintes 1º TIM BRASIL | MAPA DE DESLOCAMENTO


especialistas: DE MASSA EM TEMPO REAL

ACADEMIA 2º EMBRATEL | SMARTGLASS COM


REALIDADE AUMENTADA
José Leite Pereira Filho | professor da UnB
(Engenharia)
3º ALGAR TELECOM | BITCOIN
3º EUTELSAT | SMART LNB
Paulo Bastos Tigre | professor da UFRJ
(Economia)
OPERADORAS REGIONAIS
Sérgio Amadeu da Silveira | professor da UFABC
(Ciências Políticas) 1º BIGNET | SISTEMA DE
GEORREFERENCIAMENTO
GOVERNO
2º MOB TELECOM | CDN REGIONAL
André Pereira Nunes | superintendente da Área
3º COPREL TELECOM | INTERNET RURAL
de Inovação em Defesa, Energia e Tecnologia
da Informação da Finep
FORNECEDORES
José Gustavo Sampaio Gontijo | diretor do DE PRODUTOS
Departamento Políticas e Programas Setoriais da
Secretaria de Política de Informática do MCTIC 1º FURUKAWA | GIGALAN MAX GREEN
SOCIEDADE CIVIL 2º 3M | CTO NG16
Beatriz Tibiriçá | diretora do Coletivo Digital 3º KHOMP | KMG ANALYTICS
Eduardo Grizendi | diretor de Operações da RNP
FORNECEDORES DE
Gabriel Marão | presidente da IoT Brasil
SOFTWARE E SERVIÇOS
Milton Kaoru Kashiwakura | diretor de Projetos
Especiais do NIC.br 1º CONTAMOBI | CONTA.MOBI
2º CPqD | PLATAFORMA IOT
MOMENTO EDITORIAL
2º NEGER TELECOM | METROSAT
Hélio Graciosa | especialista convidado 3º TRÓPICO | VECTURA VIRTUAL EDGE
Jorge Bittar | especialista convidado
Lia Ribeiro Dias | diretora editorial DESENVOLVEDORES DE
APPS E CONTEÚDO
Foram concedidos prêmios aos três primei- 1º CREATRIX HAVA | SUPER MECAFISH
ros colocados em cinco categorias: Operadoras
2º COPEL TELECOM | EASY APR
de Serviços de Comunicações, Operadoras Re-
gionais, Fornecedores de Produtos, Fornecedo- 3º CLEAR SALE | COMPRE&CONFIE
res de Software e Serviços e Desenvolvedores
de Apps e Conteúdos, além do prêmio especial
TECNOLOGIA NACIONAL
de Tecnologia Nacional.

CPqD
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anuário tele.síntese | 2017

Pensando o futuro
A proposta de uma Estratégia Digital para o país de médio prazo, para alavancar
a economia, dar novas ferramentas ao cidadão e fazer girar a roda da história.

Se não há saída no curto prazo, pelo menos o país importante disciplinar o tratamento de dados pessoais
começa a elaborar suas políticas públicas de médio de modo abrangente, com normas aplicáveis nos diver-
prazo. Em consulta pública até o fechamento deste sos setores da economia.”
Anuário, a “Estratégia Digital Brasileira” se propõe a ser
um documento articulador de uma política duradoura Outra diretriz era introduzir e estimular o uso de pa-
para levar o país a superar várias das barreiras e garga- drões de “privacy by design and default e security by
los que, até agora, o impedem efetivamente de entrar design and default”. Ou seja, fazer com que empresas
no século XXI. criem serviços digitais que tenham sempre padrões de
privacidade e segurança garantidos e que só são muda-
Resultado dos trabalhos de um grupo interministe- dos depois de consentimento do usuário.
rial, que agregou pesquisas e levantamentos feitos ao
longo dos anos por muitos pesquisadores, o documento “Garantir o direito à privacidade e à proteção de
apresentado à sociedade no início de agosto de 2017 dados pessoais é um tópico particularmente relevante
pela equipe do Ministério da Ciência, Tecnologia, Ino- para o Brasil, dada a massiva adesão de brasileiros a
vações e Comunicações (MCTIC) pretende desenvolver redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas,
políticas públicas para os próximos cinco anos, que esti- internet banking e plataformas de comércio eletrôni-
mulem o desenvolvimento da produção e da cidadania co”, afirmava o texto.
brasileiras. A minuta considerava que o Brasil vem trabalhan-
do com certa competência a segurança em ambientes
A estratégia escolheu cinco temas habilitadores digitais. Mas destacava que novas tecnologias, como a
para a transformação digital: Internet das Coisas, exigem novos regulamentos. Pro-
infraestrutura de redes e acesso à internet; punha a consolidação de leis esparsas sobre crimes di-
pesquisa, desenvolvimento e inovação; gitais, para facilitar a compreensão tanto de empresas,
quanto dos usuários e a criação de uma agência nacio-
confiança no ambiente digital; nal de segurança cibernética.
educação e capacitação profissional;
O maior desafio, segundo a proposta, era criar uma
dimensão internacional. estrutura institucional adequada. “A estratégia deverá
dedicar atenção especial à proteção da infraestrutura
Os eixos da transformação digital são: uma econo-
crítica nacional, tanto àquela diretamente relacionada
mia baseada em dados, um mundo de dispositivos co-
com o funcionamento da internet (grandes servidores,
nectados, novos modelos de negócio e transformação
pontos de troca de tráfego, data centers) como a de ou-
digital da cidadania e de governo.
tros setores críticos conectados na rede (energia elétri-
A minuta, então colocada em consulta pública, con- ca, abastecimento de água, petróleo e gás, indústria de
siderava fundamental editar uma lei de proteção de da- base, etc.)”, detalhava.
dos pessoais. Também determinava a criação de uma
O Gabinete de Segurança Institucional estava fina-
autoridade nacional para aplicar a lei e fiscalizar o uso
lizando uma Política Nacional de Segurança da Infor-
abusivo de dados dos usuários de internet. As medidas
mação (PNSI). O texto da PNSI seria enviado ao Con-
colocariam o Brasil em linha com mais de cem países
gresso, para ser transformado em lei, e deveria ser o
que já editaram leis para regular o setor.
marco legal em segurança digital da Estratégia Digital
A lei, segundo se propunha, deveria ser ampla e Brasileira.
abordar o uso que a administração pública e empresas
(Rafael Bravo Bucco)
privadas fazem dos dados dos usuários. “Entende-se ser
19
cenário
22
anuário tele.síntese | 2017
Wall Township
Tuckerton

Estados Unidos
da América Virginia Beach

Jacksonville

México Boca Raton

Porto Rico

República Cabo
Dominicana
Verde

Venezuela Guiana
Colômbia

Guiana
Suriname Francesa
Equador

Fortaleza

Peru Brasil
Salvador

Bolívia

CABOS SUBMARINOS
BRASIL Rio de Janeiro
Santos
Praia Grande
Chile
EM OPERAÇÃO
America Movil Submarine
Cable System 1(AMX1)
South American Crossing (SAC) /
Latin American Nautilus (LAN)
GlobeNet
Argentina Uruguai
Brazilian FestoonAmericas II
South America 1 (SAM1) Maldonado
Americas II
Atlantis 2 Las Toninas

NOVOS
Seabras-1
ARBR
EllaLink
Monet
Tannat
Junior
BRUSA
South Atlantic Cable System (SACS)
South Atlantic Inter Link (SAIL)
cenário
cenário
23
Espanha
Portugal

Funchal

Ilhas
Canárias

Dakar
Senegal

Camarões
Kribi

Luanda

Angola

O caminho
da internet
passa pelo mar
A maioria esmagadora do tráfego mundial de dados transita pelos cabos submarinos.
E como o tráfego não pára de crescer, os cabos também têm que se expandir.
Entre 2017 e 2019, o número de cabos submarinos que conectam o Brasil ao resto
do mundo vai mais que dobrar.

Por Patricia Cornils


24
anuário tele.síntese | 2017

Entre as próximas semanas e 2019, o número de bytes por segundo (Tbps). Em 2018, devem entrar em
cabos submarinos que conectam o Brasil ao resto operação o SACS, o BRUSA e o ARBR (que somam 196
do mundo vai mais que dobrar. Hoje, há seis cabos Tbps). Há ainda a previsão de construção do SAIL e
em operação – América Móvil Submarine Cable do EllaLink, que juntos terão uma capacidade poten-
System-1 (AMX-1), South American Crossing (SAC), cial de 104 Tbps. São novos 526 Tbps em capacidade
GlobeNet, Atlantis-2, South America-1 (SAM-1) e potencial entre 2017 e 2019. Para se ter ideia do que
Americas-II. De agosto de 2017 ao final de 2019, significa isso, em termos de crescimento, o último
mais oito cabos – Seabras-1, Monet, Tannat, BRU- cabo ativado entre a América Latina e os Estados Uni-
SA, ARBR, South Atlantic Cable System (SACS), South dos, em 2014, foi o América Móvil Submarine Cable
Atlantic Inter Link (SAIL) e EllaLink – devem ser ati- (AMX-1), com capacidade de 190 Gbps.
vados. Haverá ainda mais um cabo fazendo a co-
nexão submarina entre cidades do litoral brasileiro. O aumento da demanda por novos cabos subma-
Em breve o Junior, um cabo da Google entre Praia rinos é global e acompanha o crescimento do tráfe-
Grande (SP) e Rio de Janeiro, já implantado e em go IP. Por essas fibras passam 99% do tráfego inter-
testes, vai iniciar sua operação. nacional da internet (o restante 1% é via satélite),
que cresce em números espetaculares. De acordo
A soma da capacidade potencial dos cabos inter- com a Cisco, nos próximos cinco anos haverá três
nacionais a serem ativados este ano é de 226 tera- vezes mais bytes trafegando na rede do que neste

Custos de construção (US$ bilhões)

Ásia

Europa – Ásia

América Latina & Caribe

Oriente Médio & África

Oceania

Outros

2015-16
Trans-Atlântico
2017-18

Trans-Pacífico

$ 0,0 $ 0,5 $ 1,0 $ 1,5 $ 2,0

NOTA: Custo de construção baseado no ano em que o cabo entra em serviço. Custos de construção excluem custos
subsequentes de upgrade e manutenção. Os custos para o período 2015-2018 se baseiam nos valores de contratos
anunciados e em estimativas do TeleGeography.
cenário
25
cenário

momento. Hoje, cada pessoa conectada à internet


ou a redes IP privadas (de bancos, provedores de
“Diversificação de rotas
conteúdo, centros de pesquisa) consome em média já é realidade. O cabo
13 GB por mês. Em 2021, serão 35 GB mensais – o
que vai significar um tráfego IP global de 3,3 zetta- SACs tornará o tráfego
bytes por ano. De novo, para comparar: enquanto
um gigabyte são 109 bytes, um zettabyte são 1021.
entre África e América
muito mais rápido.”
América Latina, maior expansão
Todas as rotas globais estudadas pela TeleGe-
ography, uma empresa de pesquisa de mercado e a passar pela África. O Atlantis-2, ativado em 2000,
consultoria em telecomunicações, receberam pelo sai de Fortaleza e passa por Dakar, no norte do
menos um novo cabo submarino entre 2015 e 2016. continente africano, antes de chegar a Portugal.
No mundo, em 2016, 13 novos cabos foram entre- O SACS é, no entanto, o primeiro construído para
gues, com investimentos de US$ 2,5 bilhões. Na Amé- transportar o tráfego gerado na África e oferecer
rica Latina, nos próximos dois anos, US$ 1,5 bilhão maior agilidade ao acesso daqueles países a conte-
será investido na implantação de novos cabos. O uso údos online. “Vamos atender à demanda do merca-
de banda internacional na região cresceu de 8 Tbps do africano pelo consumo de conteúdo ao redor do
em 2012 para 35 Tbps em 2016, e deverá aumentar, mundo”, diz Rafael Pistono, diretor-geral e CEO da
este ano, 41% a mais do que entre 2015 e 2016. Angola Cables Brasil.

Novas rotas são criadas na América Latina, de Hoje, a conexão da África com o resto do mundo
acordo com Anahí Rebatta, analista de pesquisas da é feita principalmente por meio da Europa – assim
TeleGeography, por conta do crescimento do uso como a do Brasil é feita por meio dos Estados Uni-
de banda disponível nos cabos em operação – que dos. Com a construção do SACS, a troca de dados
dobrou entre 2015 e 2016, para 443 Tbps, em todo entre os continentes americano e africano será cin-
o mundo; pelo crescimento da demanda dos pro- co vezes mais rápida, observa Pistono. Novos cabos
vedores de conteúdo; pela necessidade de maior prometem também maior agilidade no atendimen-
capacidade potencial – porque os cabos em ope- to aos clientes. De acordo com Marcos Martin Costa,
ração estão ficando velhos e chegando ao limite de diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios
sua capacidade; e pela necessidade de novas rotas, da Seaborn, dona do Seabras-1, a empresa poderá
porque as redes querem ampliar os caminhos pos- fazer a entrega e ativação de circuitos em dois dias.
síveis para canalizar seu tráfego e, assim, oferecer
maior confiabilidade. Esses dados foram mostrados A existência de mais cabos não significa, neces-
por Anahí em um webinar realizado em junho deste sariamente, que o custo das conexões entre os paí-
ano, em parceria com a Ciena. ses da região vai cair na mesma velocidade que nas
grandes rotas entre continentes. Isso porque um
A diversificação nas rotas é uma realidade tan- dos incentivos ao investimento em novos cabos é
to em nível regional quanto entre continentes. O a conexão entre data centers, ainda concentrados
Seabras-1, que aporta em New Jersey, e o BRUSA, nos Estados Unidos e na Europa.
que chega à Virgínia, não se conectam aos Estados
Unidos pela área metropolitana do sul da Flórida, Os Estados Unidos são o maior centro de produção
onde os cabos anteriores chegaram. O cabo ARBR, de conteúdo do mundo – e a infraestrutura para ar-
e o Seabras-1 vão formar a primeira rota entre a mazenar e distribuir esse conteúdo ainda se concen-
Argentina e os Estados Unidos com participação di- tra lá. Em 2015, de acordo com a Seaborn Networks,
reta de investidores argentinos. 65% do tráfego de internet entre a América Latina
e o resto do mundo passava pelos cabos submari-
O SACS vai ligar diretamente Brasil (Fortaleza) nos entre Brasil e Estados Unidos. Assim, a despeito
e África (Luanda). Não é o primeiro cabo do Brasil da existência de novos caminhos, a (continua p. 30)
Boca Raton, Miami

M
ON
ET

Data Center
Fortaleza

S. Paulo, Brazil

Ligando o Mundo a um Futuro mais brilhante.


Na Angola Cables acreditamos que uma boa comunicação ajudará a construir um futuro melhor para as pessoas
em todo o mundo.
A Angola Cables está construindo uma rede de tecnologia de ponta de baixa latência que vai ligar os oceanos e unir
nações, juntando milhões de pessoas, empresas e organizações num futuro mais brilhante.

Saiba mais em: www.angolacables.co.ao


Highbridge, UK
CS
WA

SACS
Data Center
Angonap

POP
S. Africa

Estamos Ligados ao Futuro


28
anuário tele.síntese | 2017

Cabos a serem ativados entre 2017

Monet, Tannat e Junior Anunciado em 2014, o Monet foi o quarto cabo


submarino da Google. Além dele, a empresa investiu
A expectativa é de que o cabo Monet entre em US$ 300 milhões no cabo FASTER, em parceria com
operação no último trimestre de 2017. Ele liga os a China Mobile, China Telecom, KDDI, Singtel e Time.
Estados Unidos ao Brasil, com ponto de chegada com. Também participa do Unity, que conecta o Japão
em Fortaleza e Rio de Janeiro. à Costa Oeste dos EUA, e do South-East Asia Japan
Cable System (SJC), que conecta sete países asiáticos.
O cabo submarino Monet, construído em parceria Tannat e Junior
entre Algar Telecom, Angola Cables, Google e Antel O Tannat é um cabo de 2 mil km que vai conectar
Uruguai, chegou em dezembro de 2016 à Praia do Santos (SP) a Maldonado, no Uruguai. Construído pela
Futuro, em Fortaleza – ao data center da Angola Cables Alcatel-Lucent Submarine Networks, tem seis pares de
em construção. O cabo de fibra óptica liga o Brasil, com fibra e capacidade de 90 Tbps. É uma parceria entre a
pontos de chegada em Fortaleza e Santos, aos Estados Google e a Antel, operadora de telecomunicações do
Unidos. O investimento na construção do Monet foi de Uruguai. É o quinto cabo da empresa.
cerca de US$ 300 milhões. O cabo tem 10.556 km de
extensão, seis pares de fibras e capacidade total de O sexto cabo é o Junior, contratado pela Google
60 Tbps. Nos Estados Unidos, interconecta-se ao data como um projeto turnkey para a empresa brasileira
center Equinix MI3 International Business Exchange Padtec, que forneceu a infraestrutura óptica terres-
(IBX®), na área metropolitana de Miami. tre e submarina de longa distância. É um cabo de

BRUSA nia Beach, com oito pares de fibra. Este cabo é uma
parceria com o Facebook e a Microsoft e possuirá
O cabo BRUSA vai interligar os Estados Unidos e 6,6 mil km, com capacidade inicial de 160 Tbps. O
o Brasil. Quatro pares de fibra ligarão diretamente BRUSA vai se interligar na mesma estação terrestre
ao Rio. Os outros quatro passam por Porto Rico, que o MAREA (100Tbps+160Tbps), fazendo assim uma
Fortaleza e Rio de Janeiro. conexão entre Brasil e os principais centros da Europa
(Paris, Frankfurt, Amsterdam e Londres).
A Telxius é a empresa de infraestrutura criada
pela Telefônica em março de 2016. Parte de seus ati- O SAM-1, cabo da Telxius que parte de Las Toni-
vos são 65 mil km de cabos submarinos, sendo 31 mil nas (Argentina), sobe a costa brasileira, passa pelo
km próprios. Vai implantar o BRUSA, um cabo de 11 Caribe e desce a Costa Oeste da América do Sul até
mil km de extensão, com capacidade inicial de mais o Chile. Foi instalado em 2001 e é complementar ao
de 100 Tbps. Serão oito pares de fibras, sendo qua- BRUSA em capacidade, redundância, capilaridade e
tro diretos, ligando Virginia Beach (EUA) ao Rio de latência para os clientes. A Telxius é uma empresa
Janeiro. Os outros quatro pares possuem tecnologia Tier-1 de trânsito IP, com mais de cem pontos de pre-
ROADM (Reconfigurable Optical Add Drop Multiple- sença em mais de 40 países. O BRUSA está em cons-
xer), que permite flexibilidade de banda nas rotas trução e sua entrega é prevista para 2018. O SAM-1
entre Virginia, Porto Rico, Fortaleza e Rio de Janeiro. foi construído no ano 2000 e foi modernizado este
ano. Sua vida útil é estimada em 25 anos.
Em junho, a empresa iniciou a implantação do
cabo MAREA, de Sopelana (Bilbao-Espanha) a Virgi-
cenário
29
cenário

e 2018

Seabras-1 e ARBR
Seabras-1 conecta os Estados Unidos ao Brasil, com
390 km que conecta o Rio de Janeiro a São Paulo e
ponto de chegada em São Paulo.
recebeu este nome em homenagem ao pintor itua-
no José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899) – au-
O Seabras-1 é um cabo submarino de seis pares de fibra
tor do quadro “Caipira Cortando Fumo”, que está na
e com capacidade de 72 Tbps. Sua implantação foi conclu-
Pinacoteca de São Paulo. O Junior tem oito pares
ída em julho e a operação deveria se iniciar em agosto de
de fibras, capacidade de 13 Tbps e três repetidores
2017. Em Nova York, conecta-se a importantes data cen-
DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing)
ters, como os dos campi CoreSite, Equinix e Digital Realty.
com tecnologia Padtec.
O projeto do Seabras-1 foi desenvolvido pela Seaborn Ne-
“Com este contrato, a Google contribui para tworks e seu capital integral fornecido pelo grupo de in-
fortalecer um novo participante da indústria glo- vestimentos suíço Partner Group. O investimento é de US$
bal de cabos e repetidores de submarinos”, in- 520 milhões e, para conseguir viabilizá-lo, foi importante a
forma a empresa. “Esta indústria é dominada por empresa ter garantido, antes mesmo de iniciar sua implan-
três grandes players integrados: Subsea Communica- tação, a Microsoft Corporation, a Tata Communications e a
tions, ou SubCom (Estados Unidos), Alcatel Submarine Sparkle (subsidiária da TIM) como clientes-âncora.
Networks (França) e NEC (Japão). A Padtec é a única Já o ARBR, uma sociedade entre a Seaborn Networks e
empresa sul-americana neste mercado”. o Grupo Werthein, da Argentina, será o primeiro cabo in-
dependente e financiado com capital argentino a conec-
tar aquele país ao Brasil (Praia Grande/SP) e, por meio do
Seabras-1, aos Estados Unidos. ARBR terá quatro pares de
fibra e capacidade de 48 Tbps. Está totalmente financiado
e deverá começar a operar na segunda metade de 2018.

South Atlantic Cable (SACS) terá capacidade de pelo menos 40 Tbps e 6 mil km de
extensão.
Hoje, quase todo o tráfego do continente africano passa Além do SACS, a Angola Cables investe US$ 300 mi-
pela Europa. Com o SACS, que entra em operação em lhões em sua participação no cabo Monet e na constru-
2018, o tráfego com o continente americano vai ficar ção de um data center em Fortaleza, na Praia do Futu-
muito mais rápido. ro, iniciada em julho deste ano. Suas operações devem
O SACS é o cabo submarino da Angola Cables que se iniciar no primeiro semestre de 2018. A expectativa
vai conectar Angola ao Brasil – o primeiro a conectar é de que, quando o sistema de cabos e data center esti-
diretamente o continente americano ao sul da África. verem em operação, o tempo de acesso do continente
Começou sua travessia do Atlântico dia 9 de agosto de africano aos conteúdos produzidos nas Américas será
2017, em Sangano, Angola, e deverá levar quatro a cin- cinco vezes menor que o de hoje. A Angola Cables é
co meses até chegar a Fortaleza. A previsão é que co- um dos maiores acionistas do WACS (West Africa Ca-
mece a operar na segunda metade de 2018. O cabo foi ble System), cabo submarino que liga a África do Sul
construído pela unidade japonesa da NEC, com finan- a Londres. Também opera um data center em Angola.
ciamento do banco de desenvolvimento japonês (JBIC) Com todo esse sistema – Monet, SACS, WACS e os dois
e aval do Banco de Desenvolvimento de Angola. O cabo data centers, a empresa será uma operadora de Tier 3.
30
anuário tele.síntese | 2017

“O custo de conexão de levar seu conteúdo e serviços de nuvem para


mais perto dos usuários finais, deve gerar novos
depende do volume de investimentos em cabos e em data centers, explica
Stephan Beckert, vice-presidente de Estratégia da
dados. Sedes de data TeleGeography. Além disso, acrescenta ele, regula-
centers pagam menos.” ções de proteção de dados de alguns países exigem
armazenamento local das informações coletadas
sobre seus cidadãos.

maior parte dos investimentos para conectar gran-


Entre os novos empreendimentos que conec-
des centros de dados, que faz aumentar a concor-
tam o Brasil, a Google tem um papel de destaque. É
rência e cair os preços, é em rotas para os EUA.
sócia no cabo Monet, que liga Boca Raton (EUA) a
Fortaleza, no Ceará, e Santos, no litoral de São Pau-
O custo de conexão entre a Europa e a África do
lo, com a Algar Telecom, a Angola Cables e a Antel
Sul é o mais alto do mundo – uma banda de 10 Gbps
Uruguai. Também vai investir no Tannat, em parce-
entre Johanesburgo e Londres custava, ao final de
ria com a Antel Uruguai. E é a dona do Junior, entre
2016, cerca de US$ 40 mil por mês. Entre São Paulo
São Paulo e Rio de Janeiro. A decisão de empresas
e Miami, a mesma capacidade podia ser contratada
como Amazon, Facebook, Google e Microsoft de
por metade do valor, cerca de US$ 20 mil por mês.
investir diretamente na construção de cabos é con-
Os preços entre Brasil e EUA despencaram desde
sequência de seu próprio crescimento. Um dos fa-
2013, quando 10 Gbps custavam mais de US$ 90 mil
tores desse crescimento é o consumo de vídeos em
por mês.
todo o mundo.

O mesmo não se pode dizer dos custos de cone-


De acordo com a Cisco, a transmissão de vídeo
xão entre São Paulo e Buenos Aires, por exemplo. De
por serviços como YouTube, que pertence à Goo-
acordo com a TeleGeography, o preço de um circuito
gle, Facebook, Netflix e Hulu, vai representar 82%
de 10 Gbps entre Buenos Aires e São Paulo hoje é
do consumo mundial de internet em 2021. Ao fim
duas vezes maior do que entre São Paulo e Miami.
de 2016, eram 72%. Além do consumo individual,
A Seaborn deve ativar seu cabo entre o Brasil e a Ar-
o uso de comunicações em vídeo por empresas e
gentina, o ARBR, no final de 2018. O cabo submari-
de sistemas de vigilância vai contribui para que
no mais recente a conectar a Argentina entrou em
esse crescimento continue. Com grande parte da
operação há 16 anos – se sua atividade vai contribuir
demanda internacional por tráfego nas mãos, as
para reduzir essa diferença, o futuro dirá.
empresas provedoras de conteúdo avaliaram que
o formato de consórcios com operadoras, o mais
Provedores de conteúdo
usado para a construção de rotas submarinas até
A demanda dos provedores de conteúdos –
então, era pouco flexível. E que o custo de construir
como Google, Amazon e Facebook – está mudando
suas próprias redes, com projetos sob seu contro-
o cenário das conexões submarinas. O que a Tele-
le, para conectar seus data centers e também para
Geography chama de “redes privadas” – operadas
colocar seu conteúdo mais próximo dos usuários
por empresas e instituições que não são operado-
finais, é vantajoso.
ras, como redes acadêmicas, bancos e, principal-
mente, provedores de conteúdos – ampliou de 13%
sua participação no uso de banda em 2012 para
23% em 2016.

Na América Latina, isso quer dizer que 8 Tbps


dos 35 Tbps da capacidade da região eram ocupa-
dos por redes privadas ao final de 2016. Essa de-
manda, assim como a necessidade dos provedores
32
anuário tele.síntese | 2017

4G, 4G+, 4,5G:


o caminho para a 5G
A evolução em direção à 5G já está traçada. Passa pelas fases de desenvolvimento
da 4G que, a cada nova marca, ganha mais velocidade e cobertura e melhor experiência
para o cliente. As celulares que operam no Brasil investem na melhor performance
de suas redes e disputam, palmo a palmo, quem chega na frente.

Por Lia Ribeiro Dias

Por diferentes razões, entre elas a disponibilida- “Estamos seguindo o caminho natural de evolu-
de de infraestrutura de rede e o preço, o celular aca- ção da 4G”, diz Átila Branco, diretor de Engenharia
bou se transformando na principal forma de acesso Móvel da Vivo. E os vetores são três: agregação de
à internet. Se isso vale para internautas de todas as portadoras em 1.800 MHz, 850 MHz e 700 MHz à
regiões do planeta, é mais verdade ainda para os faixa de 2.600 MHz, o que permite aumentar o es-
brasileiros. Levantamento do Google Consumer Ba- pectro; novo tipo de modulação na interface aérea,
rometer, divulgado no início de 2017, indicava que e a tecnologia de multiantenas (Mimo). A combina-
59% dos brasileiros usavam o celular para acessar ção desses vetores resulta no 4,5G, que permite ofe-
a internet, enquanto a média mundial era de 33% recer ao cliente velocidades muito mais rápidas e
contra 65% para os que preferem navegar na rede a melhor experiência. Do lado da operadora, aumen-
partir do desktop. Outras pesquisas confirmam essa ta a cobertura e a penetração indoor.
preferência: o Suplemento TICs da PNAD 2015, do
IBGE, divulgado em dezembro de 2016, revelou que Entre o 4G e o 4,5G, a novidade do ano, há um
92,1% dos domicílios brasileiros acessam a internet estágio intermediário: o 4G+. André Sarcinelli, dire-
também pelo celular e em algumas regiões, como tor de Engenharia da Claro Brasil, diz que esse es-
no Norte, mais de 60% acessam a rede exclusiva- tágio de evolução do 4G é o que marca as cidades
mente pelo celular. maiores onde o espectro de 700 MHz ainda não foi
liberado, mas onde a operadora já utiliza a tecno-
O comportamento do usuário brasileiro, que logia de multiantenas, por exemplo, e agrega uma
fez do celular seu canal de comunicação com a portadora. “Esse é o caso das grandes cidades do
internet onde cada vez mais o conteúdo principal Sul e Sudeste, na maioria das quais o espectro de
é o vídeo, é o principal fator a pressionar as ope- 700 MHz só vai ser liberado em 2018 e 2019. Não
radoras celulares a investir em suas redes para se consegue a experiência do 4,5G, que começa a
oferecer a seus clientes uma melhor experiência partir de 30 MHz de largura de banda, por falta de
de navegação. O que se vê, em 2017, é o desdo- espectro”, relata ele.
bramento de uma corrida que começou cinco anos
atrás, com o início da implantação das redes 4G; Na experiência da Claro, que começou a fazer
ganhou força no ano passado, quando começou a agregação de portadora e a incluir o 700 MHz desde
ser liberado o espectro de 700 MHz nas cidades o piloto de Rio Verde (GO), a evolução do 4G sai da
em que a TV analógica foi desligada (as primeiras oferta tradicional de velocidade média de 22 Mbps
foram Rio Verde, em Goiás, e Brasília); e intensifi- ao cliente (com 20 MHz de espectro) para quatro
cou-se este ano. vezes essa velocidade quando se agrega mais es-
cenário
33
cenário

pectro (30/35MHz) ou tecnologia Mimo. Sarcinelli camada de cobertura comparável ao que temos em
lembra que, quando entra em cena a frequência de 850 MHz e usamos o 2.600 MHz para dar robustez à
700 MHz, a cobertura é assustadoramente melhor. rede”, explica ele.
“O ganho estimado na cidade de São Paulo é de 40%
em relação à faixa de 2.600 MHz. Ou seja, se precisa- Sem possibilidade de recorrer à faixa de 700
mos de 1.200 sites para cobrir a cidade, na 700 MHz MHz, que encanta seus concorrentes pela sua efi-
só são necessário de 500 a 600 sites”, compara. ciência, a Oi está se virando com o que tem. A mais
atrasada entre as quatro grandes na corrida do 4G
Melhor cobertura (ver p. 34) tem procurado expandir sua rede recor-
Não é por outro motivo que as operadoras que rendo ao refarming da frequência de 1.800 MHz, até
compraram a faixa de 700 MHz – a Oi não participou então usada para voz e M2M em 2G cuja demanda
do leilão, e este é um complicador em sua estratégia está caindo. “Estamos priorizando o investimento
de cobertura – correm para agregar o espectro assim em uma tecnologia mais eficiente e que proporcio-
que ele vai sendo liberado pela TV analógica. A TIM, na uma melhor experiência de uso de dados para
que foi a primeira a usar comercialmente o espec- o cliente”, diz André Luis Ituassu, diretor de Investi-
tro seguida em seu calcanhar pela Claro, já opera- mento e coordenador Operacional da Oi. Isso é pos-
va a frequência, em junho de 2017, em 62 cidades, sível porque a operadora tem um grande estoque
das quais dez capitais. A Claro planejava chegar a dessa frequência com pelo menos 20+20 MHz em
450 cidades até o final do ano (grandes e pequenas), todo o Brasil. O LTE 1.800 MHz, diz o diretor da Oi,
priorizando regiões de alto tráfego e oferta de expe- tem o dobro ou o triplo da cobertura em relação
riência diferenciada ao cliente. ao LTE em 2.600 MHz e custo inferior. Outro pon-
to que ele destaca: “Além de sua ampla utilização
A estratégia da Vivo não foge a esse figurino. no mundo para aplicações de dados, o LTE 1.800
Em agosto, de acordo com seu diretor de Engenha- MHz viabilizará a exploração do serviço VoLTE (voz
ria Móvel, já operava em 116 municípios na faixa sobre LTE) e da IoT/M2M, com melhoria de quali-
dos 700 MHz. Segundo ele, nas cidades em que a dade e cobertura em relação ao GSM 1.800”. Outra
frequência for liberada e que a operadora tiver vantagem da faixa, acrescenta Ituassu, é a reutili-
frequência de 1.800 MHz ou 2.600 MHz, ela já vai zação de sistemas irradiantes já implantados em
ativar o 4G+ com agregação de portadora. “É uma sistemas indoor.
34
anuário tele.síntese | 2017

Na corrida para se manter à frente na implanta-


ção do 4G – continua liderando em cidades cobertas
Cidades cobertas por 4G
–, a TIM foi a primeira a anunciar o serviço de voz
sobre LTE, em julho, dias antes da Vivo. O serviço Operadora Dez. 2017*
foi lançado para clientes do pós-pago em Brasília
e outras capitais (Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Claro Brasil 1.570
Maceió e Natal) e a empresa pretendia expandi-lo.
“Estamos focados em lançar o VoLTE, porque a co- Oi 844
bertura é bem maior que nas frequências e tecno-
logias anteriores. Em Brasília, nosso 3G tinha 60%
de cobertura indoor. Com o 4G, passou a 99%”, diz o
TIM Brasil 2.500
CTO da operadora, Leonardo Capdeville.
Vivo + de 2.000
Até o desenvolvimento do VoLTE, as redes 3G
e 2G eram usadas para garantir o serviço de voz *Estimativas das operadoras
para as redes de 4G, que foram desenvolvidas ini-
cialmente só para prover banda larga móvel. A nados para o projeto de ativação da voz sobre LTE
incorporação da voz, mesmo nos países desenvol- foram Huawei, que montou os núcleos de rede IMS
vidos, é muito recente. Além disso, é importante em São Paulo e no Rio de Janeiro; e Nokia e Ericsson,
lembrar que o funcionamento do VoLTE depende além da Huawei, que entregaram as células, do tipo
não apenas da rede da operadora, mas também do eNodeB, que integram 2G, 3G, 4G e efetuam a agre-
smartphone do usuário. Atualmente, os celulares gação de portadoras. Outra preocupação foi adequar
capazes de efetuar chamadas de voz por LTE são a rede às exigências legais, o que inclui a identifica-
os top de linha das fabricantes e alguns interme- ção das chamadas para cobranças, além de permitir
diários. Outros fatores importantes para o usuário a interceptação por autoridades de segurança.
são navegação simultânea utilizando o 4G, redução
do consumo de bateria e menor tempo de estabe- A próxima etapa será permitir a interconexão de
lecimento da ligação, passando de oito para dois chamadas VoLTE entre as operadoras, tanto local-
segundos, em média. mente como para roaming. Mas tal projeto ainda
não tem data prevista para acontecer. “No futuro é
Já a Vivo preferiu ser mais cautelosa na estreia possível que a interconexão seja tarifada, mas não
do seu serviço de voz. Lançou o VoLTE em uma ci- vemos isso como fonte de receita. A receita virá à
dade pequena, Rio Verde (GO). “Já temos a rede medida que o usuário se sinta confortável com a
pronta há bastante tempo e nossa ideia é oferecer tecnologia”, acrescenta Capdeville.
o VoLTE dentro do serviço Premium, de forma a lhe
dar mais qualidade. Vamos expandir à medida em Antes, porém, virá a liberação do serviço a clien-
que se expanda a cobertura em 700 MHz e se am- tes do pré-pago, uma vez que o serviço foi liberado
plie a oferta de aparelhos – há poucos modelos dis- apenas para os assinantes pós-pagos. A TIM espera
poníveis e que ainda consomem muita bateria”, ob- realizar, no futuro próximo, 90% das chamadas por
serva Branco, diretor da Vivo. Segundo ele, o tempo VoLTE, liberando seu espectro para o 4G. Para isso,
de amadurecimento do mercado é o intervalo para instalou mais 600 antenas na cidade de São Paulo,
otimizar a rede, garantir a melhoria da qualidade a mais populosa do país, operando em 1.800 MHz e
e a continuidade da conexão. “‘É preciso tempo de 2.600 MHz. “Estamos fazendo um trabalho full layer
maturação. O serviço de VoLTE exige muita otimi- em São Paulo. Estamos ativando o 1.800 em todas as
zação da rede. É uma fase de aprendizado e de pa- estações radiobase, ampliando a cobertura. E esta-
rametrização”, observa Branco. mos fazendo o carrier agregation em toda a cidade.
São 10 MHz de banda do 1.800 MHz para o 4G. E será
De fato, conta Capdeville, da TIM, preparar a mais. No interior do estado, destinamos 15 MHz”,
rede não é tarefa trivial. Os fornecedores selecio- contou Capdeville, em julho, no meio do processo.
35
cenário

Compartilhamento nologicamente no 4G e no 5G, o padrão para a pró-


Enquanto competem acirradamente no merca- xima década, e deverá ser uma das bases dos novos
do 4G – quem tem maior cobertura, quem sai antes, modelos de negócios dessa padronização por meio
quem inova mais –, as operadoras celulares mantêm, de conceitos como RANaaS, IaaS, NaaS etc., ou seja,
em outra ponta, a política de compartilhamento de todas as modalidades ofertadas (e cobradas) na
infraestrutura passiva (torres) e mesmo de eletrônica. forma de serviços.
Ituassu, da Oi, lembra que a operadora foi pioneira,
juntamente com a TIM, na implantação da rede LTE Mas antes de chegar lá, as operadoras celulares
compartilhada, não só de antenas e infraestrutura, que operam no Brasil estão reeditando seus consór-
mas também de eletrônica, o que deu às empresas cios para atuar conjuntamente em grandes empreen-
o prêmio de inovação no Mobile World Congress de dimentos comerciais que sejam de interesse comum,
2016. Hoje, a Oi tem ran sharing com suas três princi- como shoppings centers, conjuntos de escritórios
pais concorrentes: além da TIM, Vivo e Claro. com todos os tipos de serviços de apoio, etc., em cida-
des como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
No caso brasileiro, o ran sharing se expandiu da “Identificada a demanda e o interesse comercial, o
implantação do 4G para a cobertura rural, com o projeto pode envolver as quatro operadoras, ou três,
objetivo de atender às metas impostas pela Anatel ou duas”, comenta Sarcinelli, da Claro Brasil. Esse tipo
às operadoras na compra das licenças de 4G. Na de consórcio não é novo. O que tem de novidade é
visão das operadoras brasileiras, essa modalidade que agora o modelo pode ter uma empreiteira como
de compartilhamento vem sendo aprimorada tec- integradora. “Depende do caso”, explica.

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38
anuário tele.síntese | 2017

Crise? Os provedores
não sabem o que é isso
Provedores regionais de acesso à internet crescem e modernizam suas
redes, investindo com recursos próprios – enquanto driblam as dificuldades
da regulamentação que o governo começa a impor ao setor.

Por Áurea Lopes

Apesar da forte turbulência que sacode o país, atenção. A Associação Brasileira de Provedores de
os provedores regionais de acesso à internet não Internet (Abranet) está realizando um estudo sobre
demonstram o menor sinal de abalo. Ao contrário, investimentos no setor que será divulgado no final
no último ano, exibiram diversos indicadores de so- deste ano. O presidente da associação, Eduardo Pa-
lidez e expansão, obtiveram excelentes resultados rajo, adianta: “Podemos falar em um salto de mais
em comparação aos demais segmentos do merca- de 10% ao ano, em faturamento e em número de
do de telecomunicações e, além disso, as expecta- clientes”.
tivas são de um ano ainda mais promissor em 2018.
O número de assinantes dos provedores regio-
A avaliação é unânime entre os atores da cadeia nais, segundo um levantamento feito pela Anatel,
de negócios dos pequenos e médios provedores. passou de 2,58 milhões para 3,52 milhões no último
A começar pela Agência Nacional de Telecomuni- ano (junho de 2016 para junho de 2017). Esse cres-
cações (Anatel), que registrou em junho de 2017 cimento é claramente ditado pela expansão geo-
cerca de 27,16 milhões de acessos à banda larga, gráfica, com a conquista de novas clientelas em lo-
dos quais 12,75% por meio dos 2,4 mil provedores calidades onde a demanda ainda está desatendida.
regionais com licença de Serviço de Comunicação
Multimídia (SCM). A agência contabilizou ainda, Por sua capacidade de capilaridade, os regio-
entre os grupos de empresas do setor de teleco- nais estão sendo os responsáveis pela chegada da
municações, que o melhor desempenho individual internet de alta velocidade aos municípios menos
foi liderado por eles: tiveram 3,54% de crescimento populosos, em regiões com menor atividade econô-
individual ao mês e 34,21% ao ano. mica – alvos fora do radar das grandes operadoras.
No Sul e no Nordeste, a participação dos regionais,
“Ninguém mais vem aqui pedir outra coisa. Só in- na opinião de Diniz, rivaliza com a das gigantes de
ternet. E são os regionais que estão atendendo a essa telecom. “Em 30% dos municípios do Nordeste os
demanda. Das operadoras autorizadas pela Anatel, pequenos são os principais fornecedores de banda
73% têm até 1 mil assinantes”, aponta Juarez Quadros, larga. E 80% estão em cidades com menos de 30 mil
presidente da agência. “O maior impulso de investi- habitantes”, afirma o conselheiro.
mentos em banda larga no Brasil, proporcionalmente,
tem vindo dos provedores regionais; não das grandes Na ponta, também em tecnologia
operadoras”, reforça o conselheiro Aníbal Diniz. Os provedores regionais não se destacam ape-
nas pela universalização do acesso. Em tecnologia,
No cômputo geral ou nos casos isolados, os in- também estão na disputa. Embora cerca de metade
vestimentos dos provedores regionais chamam das conexões fornecidas pelos pequenos ainda seja
cenário
39
cenário

Depois do Nordeste,
a fibra óptica começa
a chegar ao interior
do Centro-Oeste
e ao Norte.

via rádio, continua forte o movimento de implanta- No mercado, encontram-se dados ainda mais
ção de fibra óptica nesse segmento, seguindo uma impactantes. A unidade voltada a provedores regio-
tendência já de dois anos. Muitos migram direto do nais da fabricante de cabos Furukawa fechou o ano
rádio para a fibra, sem passar pelos cabos metáli- de 2016 com 35% de crescimento. Para 2017, com
cos. O conselheiro Diniz avalia que “o peso da par- toda a crise, estima-se 30% de crescimento. “Para o
ticipação de fibra óptica nas redes dos pequenos é próximo ano, esse número ficará entre 15% a 17%”,
mais do que o dobro na comparação com a última ressalta Celso Motizuqui, gerente geral de Banda
milha das grandes operadoras”. Atualmente, as Larga da companhia. O executivo explica que a ve-
grandes operadoras têm apenas 7% dos seus aces- dete tecnológica do momento é a rede Gigabit Pas-
sos em fibra óptica, enquanto os provedores têm sive Optical Network (GPON): “Nos últimos dois anos,
16% dos seus clientes atendidos nessa tecnologia. houve um boom de GPON no Nordeste. Agora, co-
meça a acontecer nas regiões Centro-Oeste e Norte”.
Basílio Perez, presidente da Associação Brasi-
leira de Provedores de Internet e Telecomunica- É por meio desses provedores, por exemplo, que
ções (Abrint), conta que, no período de dois anos, banda larga de ultravelocidade chega a locais como
as grandes operadoras passaram de pouco mais de a pequena Paraupebas, no Pará, onde a CarajásNet
800 mil acessos em fibra para 1,5 milhão de aces- está implantando 600 quilômetros de fibra, além de
sos, o que representou 70% de aumento. “Os pro- outros 200 quilômetros interligando a cidade a Ma-
vedores passaram de 128 mil para 534 mil acessos, rabá. Com isso, os clientes passam a ter velocidades
um aumento de 400%”, diz. de até 100 Mbps, com serviços de telefonia e TV por
40
anuário tele.síntese | 2017

assinatura. Também no Pará, outro projeto exemplar


é o Xingu Conectado, desenvolvido pela Telebras e
Todo o investimento
pela Prodepa, que prevê 400 quilômetros de fibra é feito com recursos
conectando vários municípios da região. A infraes-
trutura, que vai beneficiar cerca de 600 mil pessoas,
próprios, o que reduz
com capacidade de 10 Gbps expansíveis, será com- o ritmo de expansão.
partilhada com os provedores locais.

De onde vem o dinheiro? A operadora planeja chegar a 2018 dobrando sua


Com crise ou sem crise, cada um dentro de seu atual carteira de 50 mil assinantes. Nos dois últi-
porte, para ampliar ou para modernizar as infraes- mos anos, vem investindo R$ 30 milhões ao ano.
truturas, o fato é que os provedores regionais estão Um dos seus principais projetos é o backbone
investindo em suas redes. Antônio Carlos Silva, ge- que vai até Vitória (ES) e começa a operar com
rente de Engenharia da Furukawa Electric LatAm, 200 Gbps, mas está preparado para expandir até
informa que as vendas de fibra óptica para peque- 4 terabits por segundo.
nos provedores subiram cerca de 25%, de 2016 para
2017. Os maiores chegam a apostar alto, como a Um dos méritos dos provedores regionais, de
Sumicity, que atende Rio de Janeiro e Minas Gerais. acordo com o conselheiro Diniz, da Anatel, é que
os pequenos estão fazendo investimentos com
recursos próprios, uma vez que não têm acesso a
financiamentos. Esse é um dos grandes desafios
do setor. “Mesmo investindo com recursos pró-
Os melhores prios, existe um limite para essa situação. A falta
de um fundo garantidor para facilitar os financia-
números dos ISPs mentos de longo prazo é um inibidor. A inclusão
em 2017 digital estaria muito mais adiantada no país se os
provedores dispusessem das mesmas condições
de financiamento que foram ofertadas as grandes
operadoras”, reivindica o presidente da Abrint.
Atenderam 15% de cerca de 27 milhões
O Fundo Garantidor para Pequenos Prestado-
de acessos à banda larga no país
res de Serviços de Telecomunicações para inves-
timentos em infraestrutura, idealizado e pactuado
Tiveram 3,54% de crescimento em 2014, continua engavetado. Todos os instru-
individual ao mês e 34,21% ao ano mentos legais para a sua criação estão prontos,
todas as negociações com os diferentes agentes
foram feitas – mais de uma vez, pois mudou o go-
Foram responsáveis por 80% do total
verno –, mas o Fundo não sai por falta de dinheiro
de acessos contratados no Brasil do Orçamento. Em março de 2017, Eric Rodrigues,
então presidente da Abrint, propôs que a Anatel
Registraram 16% dos seus clientes pensasse na possibilidade de pegar uma pequena
atendidos em fibra óptica, contra fatia do Termo de Ajuste da Telefônica, já aprova-
do e em análise no TCU, para criar o Fundo Garan-
7% das grandes operadoras tidor. “O Fundo não é um dinheiro que vai ser dado
para os provedores. É um dinheiro que fica com a
Em dois anos, aumento de 400% nos União e que apenas vai garantir os investimentos
acessos ópticos, contra 70% de em infraestrutura de rede para a banda larga”, ex-
crescimento das grandes operadoras plicou ele. O TAC da Telefônica prevê investimen-
tos de R$ 4,8 bi em quatro anos.
41
cenário

O dilema do crescimento
Sair do regime tributário do Simples representa enfrentar uma carga
tributária que pode comprometer o futuro da empresa.

Se os ventos sopram a favor dos provedores regio- possibilitando a cobrança de ICMS. Os provedores re-
nais, essa mesma vantagem vem carregada com um correram à Justiça, amparando-se em liminares.
dos desafios que mais os afligem: entrar no mundo da
regulação das grandes operadoras. Não é raro encon- Organizações representativas dos provedores
trar quem tem medo de crescer por conta da carga de reivindicam que a Anatel altere a regulamentação
impostos no novo patamar orçamentário. No entanto, dos SVA. A compra de links de internet, defendem, é
recomendam os analistas do setor, é hora de se prepa- intrínseca à atividade deles. Por falta dessa explici-
rar. Um novo cenário de tributação se apresenta para tação, muitas empresas de SVA que contratam link
as pequenas e médias empresas. têm problemas com os fiscos estaduais, que querem
que paguem ICMS, embora prestem serviço de valor
Sabe-se, por exemplo, que uma estratégia comum, adicionado, taxado pelo ISS. Na opinião de Parajo, já
para permanecer dentro do escopo do Simples, é abrir está na lei a definição de que internet não é telecom.
uma empresa agregada, no nome de uma pessoa da fa- “Esperamos que o governo federal e a Anatel atuem
mília – uma vez que esse imposto é cobrado pelo CPF no sentido de deixar isso cada vez mais claro”.
do dono. Se essa estratégia evita que a empresa tenha
que passar para o regime tributário do Lucro Real ou do Mas esta, na opinião de alguns consultores, como
Lucro Presumido, mantendo uma carga tributária mais é o caso do ex-presidente da Anatel, João Rezende, é
baixa, ela tem alguns inconvenientes, apontam consul- uma batalha fadada ao fracasso. Ele entende que os
tores. O provedor tem dificuldade de comprovar seu provedores regionais têm que resistir à investida dos
faturamento real (pois são vários CNPJs e diferentes fiscos estaduais, mas têm que se preparar para a tribu-
CPFs) para obter um empréstimo ou solicitar um finan- tação dos serviços de internet pelo ICMS. “A telefonia
ciamento. Além disso, a divisão do negócio em diferen- fixa vem caindo, a TV por assinatura está caindo. Por
tes CNPJs pode dificultar a gestão e o controle. isso, na minha visão, a tentativa de transformar os ser-
viços de valor agregado em serviços de telecom não
Muitos provedores pensam que, se saírem do Sim- vai parar por aí”, disse ele no Encontro Provedores Re-
ples, o negócio morre. De acordo com Eduardo Parajo, gionais de Curitiba, realizado em junho de 2017 pela
presidente da Abranet, este é um raciocínio equivo- Bit Social. Segundo Rezende, se a cobrança do ICMS
cado: “Imposto não é margem. É preciso pensar em sobre a internet se tornar inevitável no médio prazo,
oferecer outros serviços. Vender um antivírus para o os provedores precisam garantir um regime diferen-
cliente, por exemplo”. A saída do Simples requer um ciado para as pequenas empresas.
cauteloso planejamento e tem que ser cuidadosamen-
te preparada, como ensina o tributarista Paulo Henri- Para reduzir a burocracia e facilitar a vida das em-
que Silva Vitor, do escritório Silva Vitor, Faria&Ribeiro. presas muito pequenas, a Anatel, em junho deste ano,
dispensou a exigência de outorga para os provedores
Outra batalha enfrentada pelos provedores regio- com até cinco mil assinantes e que utilizam aces-
nais se dá entre os conceitos e a tributação dos servi- sos cabeados ou por radiação restrita. Estes terão
ços de comunicação multimídia (SCM) e dos serviços apenas que fazer um cadastro na agência – embora
de valor adicionado (SVA). Desde a criação do serviço continuem a responder às demais obrigações regu-
de acesso à internet, nos anos 1980, ele foi enquadra- latórias. A medida gerou inquietações. “O problema
do com um serviço de SVA tributado com ISS. Mas, nos é que falta ouvir os atores, nas pontas. A Anatel pre-
últimos anos, muitos fiscos estaduais vêm incluindo os cisa ter uma escuta mais ampla”, cobra o presidente
serviços de internet no âmbito de serviços de telecom, da Abranet.
42
anuário tele.síntese | 2017

A fibra se mantém
em destaque
Graças aos preços cada vez mais acessíveis e à qualidade intrínseca à tecnologia,
as redes ópticas já estão chegando a cidades com menos de 10 mil habitantes, do interior
do país. Quem está puxando os investimentos são os provedores regionais.

Por Áurea Lopes

Não fosse o bom momento vivido pelos prove- gerente de Engenharia da Furukawa, avalia que hou-
dores regionais de acesso à internet e serviços de ve um aumento de 25% de investimentos em fibra
telecomunicações (ver p. 38), a vida dos fornecedo- óptica pelos provedores regionais no Brasil, graças à
res de soluções para redes ópticas não estaria nada queda contínua dos preços do produto.
fácil, diante da contenção de investimentos por par-
te da maioria das grandes operadoras. Mas, como Também a Prysmian, um dos importantes fabri-
o segmento vai bem, fabricantes de fibra e cabos cantes de fibra e cabo óptico no país, identificou o
ópticos, e mesmo de sistemas, estão trabalhando (e crescimento dos provedores regionais, e traçou uma
vendendo) a todo vapor para atender à crescente estratégia para esse segmento. Diante da demanda,
demanda de expansão de seus clientes – além de anunciou, em meados de 2017, o investimento de
investir esforços e recursos no desenvolvimento de R$ 18 milhões para ampliação e modernização da
novos produtos, capazes de oferecer soluções aos fábrica de fibras ópticas, que fica em Sorocaba (SP).
desafios desse perfil específico de cliente, o prove- A companhia expandiu a capacidade produtiva para
dor regional. atender principalmente regiões afastadas dos gran-
des centros urbanos.
De acordo com dados da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), 3.225 municípios brasi- A partir de julho de 2018, a produção passaria
leiros, mais de 58%, já dispõem de redes de fibra dos atuais 3 milhões para 4 milhões de quilôme-
óptica, embora a internet via rádio ainda tenha tros de fibra ao ano. Reynaldo Jerônimo, diretor
uma presença expressiva no interior (entre 30% e comercial da área de telecom, diz que a retração
40% das conexões). Estima-se que a infraestrutura da demanda das operadoras, no ano passado, foi
óptica geral no país tenha crescido 15% em relação compensada pelo aumento da demanda dos prove-
a 2016, e os maiores responsáveis pelo movimen- dores regionais e pelas exportações. Segundo ele,
to são os provedores regionais – que, não raro, mi- os provedores regionais já respondem por 35% do
gram direto do rádio para a fibra, sem passar pela faturamento da divisão de telecom, o que levou
estrutura de cabos de metal. Antônio Carlos Silva, a Prysmian a passar a vender em 2017, para este
43
cenário

mercado, também equipamentos passivos de rede semelhante ao custo do metro de cabo metálico.
– splitters, conectores e bastidores. Além disso, é uma tecnologia que não tem limite
de velocidade. O limite está nas pontas.”
Com Furukawa e Prysmian, disputam mercado,
com fabricação local, a ZTT, do grupo chinês ZTE; Na descoberta do segmento de provedores re-
a brasileira Fibracem; e a Cablena, do empresário gionais, a Intelbras foi acompanhada pela Digis-
Carlos Slim, que fabrica apenas cabo na sua fábrica tar, que também decidiu investir em GPON. Antes
de Itupeva (SP), importando fibra da Corning. Tam- delas, as gaúchas Parks e Datacom já haviam co-
bém a Bluecom passou, a partir de 2015, a fabricar locado suas fichas aí, onde atuam Furukawa, com
cabo óptico em Vassouras (RJ). E a WDC, o maior tecnologia que adquiriu da AsGa, Huawei, ZTE e
distribuidor no país da chinesa Fiber Home no seg- Nokia, com tecnologia própria. Sem falar na Fiber
mento de GPON, desde outubro de 2016, passou a Home, que é líder entre os produtos de tecnolo-
distribuir fibra óptica, também da Fiber Home. gia importada, segundo o distribuidor WDC, que
diz contar com mil OLTs alugadas em mais de mil
Para os fornecedores de cabos ópticos, é per- cidades do país.
ceptível a diferença entre os dois segmentos de
mercado: o das grandes operadoras, que retraiu Tecnologias promissoras
os investimentos, e o dos provedores regionais. A Na fabricação de fibra, radicaliza-se a tendên-
exemplo de seus concorrentes, a Cablena decidiu cia de miniaturização. Prysmian, Furukawa, Fibra-
olhar com atenção o segmento de provedores re- cem, só para ficar em três exemplos, apresentaram
gionais há três anos, quando direcionou uma das ao mercado, no último ano (entre 2016/2017), pro-
linhas de produção exclusivamente para a deman- dutos com diâmetro mais reduzido. Acompanhan-
da das ISPs. Esse mercado, diz o executivo de ven- do a tendência, há cada vez mais novidades em
das Bruno Carneiro, cresceu mais de 30% em 2017 microdutos e cabos de dimensões reduzidas, com
em relação a 2016. Os produtos que mais cresceram custo menor e mais facilidade de instalação. Em
na empresa foram os ASU – cabos autossustentados especial nas grandes cidades, onde há pouco es-
de estrutura reduzida e, portanto, de baixo preço. paço disponível para redes subterrâneas, são mui-
Para o final de 2017, deverá ser lançada mais uma to bem-vindos os cabos com diâmetro reduzido.
nova linha de produção também dedicada aos ISPs. ZTT e Prysmian têm produtos nessa linha. O cabo
AS Compacto da ZTT, por exemplo, é 36% mais
A Intelbras, que vem em processo de expansão leve do que o produto convencional da empresa,
desde 2011, apresentou crescimento de 20% em além de possibilitar a aplicação de ferragens mais
2016, e espera superar esse índice até o final de simples. O microcabo óptico da Prysmian possibi-
2017. Com foco em GPON desde o ano passado – lita, de acordo com a fabricante, redução de 40%
tecnologia óptica passiva com capacidade gigabit, no custo total de uma rede subterrânea, impac-
que permite uma maior transmissão e recebimento tando até mesmo a velocidade de instalação – em
de dados através de uma única fibra –, a empresa 20 minutos, é possível instalar até um km de cabo
vê na fibra uma tecnologia “à prova de futuro”, se- dentro do microduto.
gundo Diego Zaniol, gerente da área de Redes com
Fio Cabeadas. “A fibra avança rápido no mercado Diante da exigência do mercado por aumen-
porque, primeiro, o custo do metro de fibra já é to de banda, já surge uma nova geração GPON.
44
anuário tele.síntese | 2017

“A nova geração de de Produto da empresa, explica que é uma plata-


forma ideal para o provedor que começa a sofrer a
GPON, mais velocidade pressão do aumento do tráfego de longa distância e
chega a uma situação em que começa a ficar muito
e mais assinantes em caro lançar uma nova fibra. O produto agrega uma
menos espaço.” série de funcionalidades, como a possibilidade de
controle automático da taxa do consumo de dados
A Parks lançou o produto Fiberlink X400/X800, do cliente corporativo por meio de um transponder,
com velocidade simétrica de 10 Gbps. É a chamada por exemplo.
tecnologia XGS-PON, que duplica a velocidade de
downstream e quadruplica o upstream, permitin-
do também aumentar o número de assinantes de
uma rede PON. Outra tendência que se consolida Pega ladrão!
é a tecnologia Passive Optical LAN (POL), para uso
de fibra óptica em instalações LAN tradicionais. “As O furto de equipamentos tem dado enorme
vantagens são muitas. Economia de espaço, menor prejuízo às operadoras de telecomunicações, seja
pela necessidade de repor os equipamentos rou-
custo de lançamento, maior alcance, facilidade de
bados ou pela interrupção do serviço causada pelo
atualização e manutenção”, ressalta Ivo Vargas,
roubo. Desenvolvedores de produtos têm investido
CEO da Parks. Segundo estudos da fabricante brasi-
para suprir essa necessidade de segurança.
leira, em um comparativo com a tecnologia CAT5/6,
a POL apresenta redução de 49% no consumo de Um dos lançamentos de 2017 foi o sistema cria-
energia; 73% no tempo de lançamento e conecto- do pela NEC para evitar ocorrências com rádios,
rização; 70% na ocupação de eletrocalhas; além de que usualmente são protegidos por dispositivos fí-
aumento de 200 vezes no alcance. sicos, como portas, cadeados e alarmes. O sistema
antifurto da NEC tem o objetivo de parear logica-
Já a Datacom trouxe ao mercado uma solução mente os rádios às redes dos clientes nos quais es-
que agrega, nos equipamentos GPON OLT e ONUs, tão inseridos, de forma a impedir o funcionamen-
as funções necessárias para serviços triple play e to em outro ambiente. O produto é baseado em
para a integração com redes Metro Ethernet, o que software e usa criptografia de última geração.
reduz o investimento tanto em equipamentos de
Outra solução inovadora veio da DPR, para
usuário como na rede da operadora. Em setembro,
caixas de emendas ópticas em redes. Além de fa-
fará a primeira entrega do switch DM 4170, com cilidades de instalação e manutenção como um
interfaces de 40 Gbps, além de capacidade de co- suporte que fica fixo no poste, permitindo engate
mutação de pacotes de até 288 Gbps, enquanto o e desengate da caixa sem necessidade de soltar o
produto antecessor chegava a 128 Gbps. O equipa- miolo, a caixa tem uma característica antifurto. Na
mento viabiliza serviços de alta demanda de banda parte externa, anéis coloridos fazem a identifica-
larga, como IPTV 4k. ção do cliente – uma vantagem econômica e de
qualidade em relação aos modelos alternativos,
A plataforma LightPad i64400G 2U, lançada pela de pintura da caixa inteira, o que afeta a durabili-
Padtec, é a mais compacta do segmento de trans- dade e onera o produto.
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48
anuário tele.síntese | 2017

A IoT comanda
os movimentos
Os números astronômicos de objetos que estarão conectados no curto prazo e as
oportunidades de negócios que se abrem com a Internet das Coisas atraem grande número
de empresas para o seu ecossistema, onde as operadoras tentam proteger seu espaço.

Por Wanise Ferreira

Quando se coloca em perspectiva que quase breve, não necessariamente com sua marca. “Pode-
todo objeto poderá se tornar conectado com o uso mos ter um programa de bicicletas conectadas, por
de sensores e outras ferramentas, conseguimos ima- exemplo, mas não faz muito sentido oferecer o pro-
ginar o impacto que a Internet das Coisas (IoT) terá duto diretamente para o cliente. O ideal pode ser
nos próximos anos. Essa escala nos traz números oferecê-lo via fabricante da bicicleta”, comenta o
que impressionam. Para a Business Insider, cerca de executivo. A operadora também já levou a IoT para
34 bilhões de dispositivos estarão conectados até o campo, literalmente. Ela faz parte do projeto que
2020, dos quais pelo menos 24 bilhões dirão respeito está sendo conduzido pela Embrapa em parceria
à IoT. Também se calcula que perto de US$ 6 trilhões com a Qualcomm e o Instituto de Socioeconomia
serão gastos em soluções que utilizam essa plata- Solidária (ISES) a fim de desenvolver tecnologias
forma e nos dados gerados a partir das informações para agricultura de precisão.
capturadas. Chamada de nova revolução industrial,
a IoT tem, entre suas características, o fato de esti- A Vivo inaugurou, recentemente, seu Laborató-
mular novas oportunidades de negócios e atrair um rio de Inovação (Open IoT Lab), em parceria com a
grande número de players para seu ecossistema.

A conectividade é a base de IoT, o que coloca


os provedores de serviços de telecom em uma po-
sição privilegiada. Inclusive para determinar que
o espaço que querem ocupar nesse mercado vai
além da conexão, incluindo também soluções inte-
ligentes. A TIM, por exemplo, optou por atuar nessa
área com o modelo B2B2C (Business to Business to
Consumer). A empresa criou um grupo de IoT que
está trabalhando no conceito de startup. “Quando
atingir a maturidade poderá virar uma unidade de
negócios”, comenta Luis Minoru, vice-presidente de
Estratégia e Inovação, área que, inicialmente, coor-
denará os trabalhos do grupo.

As ideias para aplicações de IoT fervilham. A


TIM está testando wearables para diversas aplica-
ções conectadas que poderão chegar às lojas em
49
cenário

Huawei, com foco no desenvolvimento de soluções frotas, nos quais ela integra as soluções. “Vamos
com tecnologia NB-IoT. Outros parceiros nessa em- operar dessa maneira em IoT”, ressalta. Para o
preitada são a Ublox e Quectel, que desenvolvem executivo, é muito importante que a padroniza-
módulos de conectividade, e a C.A.S. Tecnologia, ção de acesso seja resolvida rapidamente.
especialista em sistemas para o mercado energéti-
co. “Nosso objetivo é complementar o portfólio B2B Para Cátia Tokoro, diretora de B2B da Oi, há
com soluções IoT com serviços de conectividade, uma outra questão importante na área de IoT que
Big Data e novas plataformas”, observa Alex Salga- precisa ser levada em conta – a segurança do sis-
do, vice-presidente de B2B. tema. Como as soluções ampliam – e muito – o
número de dispositivos conectados, muitas dos
A Embratel está finalizando seu business plan quais não comportam um sistema antivírus, tam-
de IoT, no qual vai definir, inicialmente, três setores bém aumenta a complexidade para a proteção
onde focar o desenvolvimento de IoT. “Nós quere- dos dados. Um exemplo disso foi o maior ataque
mos entrar nesse mercado como integradores de DDoS já registrado, conhecido como Mirai, que
soluções que serão roteadas a partir do nosso data aconteceu vez no final de 2016. Câmeras de vigi-
center”, diz Mario Rachid, diretor executivo de Solu- lância conectadas e vulneráveis foram utilizadas
ções Digitais. Mas antes mesmo dessa definição, a para reforçar o ataque.
Embratel já tem experiências de IoT no currículo. A
operadora é parceira da Onstar, empresa do grupo A Algar Telecom tem um laboratório de IoT
Chevrolet especializada em soluções de conectivi- de grandes proporções. Trata-se da Granja Mari-
dade para automóveis, em toda a América Latina. leusa, bairro de Uberlândia, cidade do Triângulo
Mineiro, no qual a operadora aplica o conceito de
Carros conectados também estão no foco da smart city. Várias aplicações estão sendo testadas,
Oi, ao lado das áreas de agronegócios, indústria e como o Easybus, sistema com tecnologia embar-
utilities. Segundo Luiz Carlos Faray, diretor de Solu- cada que reporta o fluxo e a lotação dos carros,
ções de TI B2B, a operadora está colocando equipes bueiros inteligentes, em parceria com a Logicalis,
de engenharia para desenvolver novos negócios e mesmo a plataforma de IoT desenvolvida junto
em cima de aplicações de IoT. Atualmente, a em- com a IoTon.
presa responde por contratos de gerenciamento de
50
anuário tele.síntese | 2017

Caminho sem volta


Com o Plano Nacional de IoT, a definição dos segmentos
prioritários para investimentos e das fontes de recursos.

Não há como pensarmos em um futuro próximo inferior a 1 GHz, que propicia maior área de cobertura e,
sem a Internet das Coisas. Esse é um caminho sem por isso, é mais adequada ao uso em áreas rurais.
volta. O comentário do presidente da Trópico, Paulo
Cabestré, resume bem o que pensam os executivos de Também no radar de IoT estão as aplicações de se-
grandes, médias, pequenas empresas de TI e telecom gurança pública. A Trópico desenvolveu com o Exército
e de startups. As oportunidades de negócios que serão um projeto para a Olimpíada 2016, utilizando a rede 4G
geradas a partir dessa plataforma ainda são difíceis de para monitoramento de áreas com grande densidade
ser mensuradas, mas é consenso entre eles que não dá populacional. Com arquitetura IoT, os dados eram cap-
para ficar fora desse mercado. Não por acaso, o Mapa tados em tempo real tanto das câmeras de vigilância
de IoT que está sendo organizado pelos envolvidos na como de outros dispositivos, como, por exemplo, os vi-
elaboração do Plano Nacional de Internet das Coisas sores instalados nos capacetes dos soldados.
já reúne cerca de 400 empresas com sede no país.
Conectividade
O escopo das aplicações que podem ser intensifica- “A conectividade continua sendo um ponto bastante
das com IoT também é abrangente. De carros conecta- relevante para a escala de IoT”, comenta Vinicius Garcia
dos a agricultura de precisão, de aperfeiçoamento na de Oliveira, coordenador no CPqD do Estudo Nacional
logística a cidades inteligentes, de sistemas de missão de IoT. A empresa faz parte do consórcio selecionado
crítica à indústria 4.0, da educação à saúde, tudo cabe para o projeto do Plano Nacional de IoT, ao lado da
na Internet das Coisas. E muito mais. McKinsey, do escritório de advocacia Pereira Neto, sob
a liderança do BNDES e MCTIC.
“IoT pode proporcionar ao Brasil a oportunidade
de ser um protagonista mundial em agronegócios”, Na sua avaliação, essa questão da conectividade
observa Cabestré. Mas o desenvolvimento da agricul- leva a um movimento natural das teles para ocupa-
tura de precisão tem a conectividade nas áreas rurais rem uma participação importante nesse mercado.
como um dos seus pilares, o que complica, já que a Mas também considera que há outras iniciativas inte-
cobertura não é completa nessas regiões. Foi pensan- ressantes, como as redes de IoT já anunciadas e com
do nisso que a Trópico desenvolveu um terminal com cobertura nacional.
sensoriamento de motor de máquinas agrícolas com
conectividade banda larga de longo alcance para uso A agricultura de precisão foi confirmada no estu-
em automação agrícola. do como uma das fortes tendências para o mercado
brasileiro, ao lado de smart cities e da área da saúde.
Uma importante contribuição para o agronegócio Não se pode, no entanto, esquecer o parque instalado.
– que pode ser replicada em outras empresas – vem do Oliveira lembra que há milhões de dispositivos M2M
projeto AgroTICs, uma rede móvel privada e banda lar- conectados em aplicações de rastreamento, leitura de
ga baseada na tecnologia LTE para utilização em áreas cartões e outras áreas que deverão evoluir para IoT.
rurais e remotas. Ele está sendo desenvolvido pelo CPqD
em parceria com o grupo São Martinho, e conta com o Na previsão do executivo, o Plano Nacional de IoT
apoio do BNDES e da Finep. O objetivo do projeto foi deveria ser anunciado no final de setembro de 2017
ultrapassar os problemas de conectividade com uma in- trazendo ações bem definidas, como linhas de finan-
fraestrutura para uso exclusivo do grupo. Ela utiliza uma ciamento. O estudo se encontrava em sua terceira e
frequência destinada ao Serviço Limitado Privado (SLP), última etapa.
52
anuário tele.síntese | 2017

As teles descobrem
o valor dos dados
A partir do momento em que começaram a tratar de forma adequada a enorme
massa de dados que movimentam todos os dias, as operadoras descobriram que aí
pode haver um negócio. Os dados têm que ser agregados e impessoais.

Por Wanise Ferreira

A economia digital chegou ao eixo principal dos Essa disposição também coincidiu com outro
provedores de serviços de telecom. Depois de vá- momento significativo para o mercado de TI e te-
rios anos enfrentando a concorrência de OTTs (Over lecom: a evolução do processamento de altos volu-
to the Top), de gigantes mundiais da internet e de mes de dados praticamente em tempo real. Dos sis-
novos entrantes em nichos específicos onde elas temas de BI (Business Intelligence) para o Big Data,
também atuam, as operadoras de telecom resol- a trilha foi aberta.
veram dar o troco. E ele veio na forma de serviços
analíticos para terceiros que cobrem os mais varia- O tamanho do mercado de Big Data e analíticos
dos aspectos do comportamento do cliente, desde (BDA) dá uma ideia do interesse que o uso dessas
deslocamento de passageiros pela cidade, ou pelo plataformas está causando na economia. Uma pro-
estado, ao interesse do consumidor por um deter- jeção inicial do IDC indicava que esse segmento
minado produto ou mesmo seu poder de compra. teria uma expansão de 11,7% anual nos próximos
É a era do Big Data, que promete se consolidar anos até chegar a movimentar cerca de US$ 203 bi-
nesse mercado. lhões em 2020. Este ano, a consultoria previu que o
faturamento de 2017 desse mercado poderá chegar
Esse já parecia ser o caminho natural para quem a US$ 150,8 bilhões e praticamente manteve o per-
tem em suas mãos o maior volume de informações centual de expansão, 11,9%, para atingir um pouco
de consumidores e cidadãos. Afinal, são 242 milhões mais em 2020, US$ 210 bilhões.
de pessoas em movimento com seus celulares, são
41,2 milhões de assinantes fixos que têm seus hábi- De acordo com a Frost & Sullivan, no ano pas-
tos também registrados por essas companhias, são sado o faturamento dessa área na América Latina
27,5 milhões de clientes banda larga acessando sites, foi de US$ 2,48 bilhões e sua previsão é de que al-
portais de e-commerce, informações, e ainda 18,6 mi- cance US$ 7,41 bilhões em 2022. No Brasil, a receita
lhões de pessoas conectadas em TVs por assinatura, chegou a US$ 1,16 bilhão em 2016, representando
ou consumindo vídeo on demand, com preferências 46,8% do mercado latino-americano.
de conteúdo sendo igualmente levantadas.
Se os bancos podem liderar os investimentos em
Há pelo menos quatro anos que as operadoras BDA de olho principalmente em segurança das in-
de telecom perceberam a riqueza de informações formações e otimização da jornada do cliente, as
que possuem e tentam descobrir a melhor forma de operadoras de telecom, segundo o IDC, estão en-
rentabilizar esse negócio. Algumas se adiantaram tre as indústrias que deverão registrar maior cres-
e outras ainda montam seus planos de negócios e cimento nos investimentos nessa tecnologia. Isso
testes de tecnologia. Mas todas estão dispostas a porque é uma ferramenta importante para ajudar
seguir esse caminho. no processo de retenção do cliente e conquista de
53
cenário

novos – e tem função estratégica para planejamen-


to e otimização da capacidade de rede.
“O primeiro objetivo ao
extrair valor dos dados
Consumo interno
Foi de olho em suas próprias necessidades de é aumentar a eficiência
expansão da infraestrutura e melhoria de proces-
sos internos que as operadoras brasileiras deram
da própria empresa.”
início a investimentos nessa área. Cientes do poten-
cial da análise das informações trafegadas nessas
redes, alguns data lakes – uma estratégia de arma-
zenamento de dados que ganhou importância para
quem decide implantar um sistema de Big Data –
estão sendo ativados e estudos para monetização
desse novo serviço estão em andamento.

“As operadoras demoraram muito tempo para


despertarem, enquanto seus concorrentes desen-
volviam novos modelos de negócios tendo a infor-
mação como base”, reconhece Ricardo Sanfelice,
vice-presidente de Estratégia Digital e Inovação da
Vivo. E, para ele, toda essa nova economia passa
pelas infraestruturas das teles em forma de dados,
podendo ser acessados e monetizados.

“Antes essas informações passavam pelas nossas


redes, mas não eram armazenadas. Com isso, não
podíamos entendê-las”, diz o executivo. Foi justa-
mente para virar esse jogo que a Vivo deu início, em
2014, a sistemas analíticos e Big Data. Há um ano e
meio o sistema começou a rodar e os dados a serem
extraídos e depositados em um data lake, com análi-
se pelas ferramentas adequadas. “O crescimento do
nosso data lake foi impressionante”, observa.

Segundo o vice-presidente, a Vivo decidiu extrair


valor das informações para atender a duas perspec-
tivas diferentes. A primeira é obter mais eficiência
na operação da empresa, como, por exemplo, aju-
dar na decisão de expansão da rede 4G. “Construí-
mos um modelo, onde cada real a ser investido tem
como base a análise criteriosa dos dados e as reais
necessidades”, salienta.

A segunda tem, como princípio, justamente a ge-


ração de nova receita para a companhia. E o leque,
aberto a partir das possíveis aplicações, parece
cada vez crescer mais. Como usar estudos analíti-
cos para redes de varejo determinarem o melhor
local para a abertura de nova loja. Ou mesmo for-
54
anuário tele.síntese | 2017

necer às empresas de mídia o perfil do público que


pretendem atingir.
“Na área da mobilidade
urbana, muitas
Na área governamental, a Vivo também tem
achado espaço para oferecer os serviços de análises. possibilidades de
“Podemos oferecer, por exemplo, as informações
de deslocamento para que empresas de transporte
transformar os dados
público possam fazer seu planejamento”, diz San- agregados em
felice. Ou criar novos produtos, como foi o caso do
156 Digital, serviço desenvolvido em parceria com as aplicações de valor.”
startups Reglare e Spume News, que oferece às pre-
feituras uma solução que integra a gestão pública
com as redes sociais. A solução conta com o Big Data
para monitorar as redes, colocar as informações em sas do grupo – Embratel, NET e Claro. O segundo
categorias e abrir protocolos de atendimento. passo será justamente o desenvolvimento de pro-
dutos a serem oferecidos ao mercado.
Dos 600 colaboradores de sua área, Sanfelice
conta que 120 estão dedicados a sistemas analíti- Pelo cronograma, essas soluções deverão ser
cos. No ano passado, a empresa anunciou a criação implantadas até o final deste ano para serem co-
do núcleo Vivo Data Labs, para utilizar as soluções mercializadas em 2018. “Estamos na fase de defini-
analíticas nas áreas de redes, comercial e marke- ção tecnológica e montando nosso business plan”,
ting da companhia. E também ganha com novas observa Rachid.
fontes de informações para alimentar seus data
lakes. Esse foi o caso, por exemplo, da recente aqui- “A área de Big Data fala muito com a Internet
sição do Terra. “Com a incorporação do portal, ga- das Coisas. Muitas informações que serão proces-
nhamos com todo o conhecimento que ele possui sadas chegam via IoT”, comenta Cátia Tokoro, dire-
do seu cliente”, comentou o executivo. tora de B2B da Oi. A exemplo de seus concorrentes,
a operadora também investiu inicialmente em Big
A TIM já tem um mapa de deslocamento testado Data para atender às suas próprias necessidades
em um período crítico – Rio 2016 – e aprovado. Em e expandiu para gerar insights de negócios para a
parceria com a Prefeitura do Rio, a empresa forneceu área corporativa.
os dados de movimentação de grande número de
pessoas e em quais regiões elas se concentravam. O data lake da operadora já atende a várias áre-
as da companhia. E trouxe resultados práticos. Se-
A Claro Brasil também aperfeiçoa sua estratégia gundo Luiz Carlos Faray, diretor de TI B2B da empre-
de analíticos. Segundo Mario Rachid, diretor exe- sa, somente dentro da Oi houve uma economia de
cutivo de Soluções Digitais da Embratel, o grupo R$ 600 milhões em atividades geradas a partir da
contava com duas iniciativas de soluções analíti- análise de dados operacionais e mercadológicos.
cas, uma voltada para o atendimento ao mercado
empresarial e outra para o doméstico. Apesar de Carimbo Digital
as necessidades e informações serem diferentes, Os novos produtos digitais da empresa já nascem
a operadora, em meados de 2017, estava prestes a com o carimbo dos sistemas analíticos e seus insights.
unificar esses bancos de dados e criar um grande Da mesma forma, esses sistemas ajudam a otimizar
data lake que servirá de base para o BDA. o atendimento ao cliente, o que colaborou, inclusive,
para a melhoria de indicadores na Anatel e Procon. “O
A Embratel está testando duas ferramentas para potencial dessa área é enorme, afinal estamos falan-
escolher o fornecedor do seu sistema BDA. Primei- do de mais de 100 milhões de CDRs (Registro de De-
ramente, essa área vai atender às necessidades de talhes de Chamadas) gerados mensalmente na área
aprimoramento técnico e operacional das empre- móvel”, observa Faray.
56
anuário tele.síntese | 2017

A Algar Telecom criou o Centro de Inteligência analisava estabelecer regras adicionais para moni-
Analítica (CIA) onde reuniu equipes operacionais e de torar a expansão do Big Data. No ano passado, foi
marketing, além de TI. “Criamos uma estrutura agnós- lançada uma consulta pública para discutir os be-
tica para as soluções porque sabemos que essa é uma nefícios e riscos dessa plataforma.
área que não podemos trabalhar sozinhos, teremos
de estabelecer parcerias”, comenta Eduardo Rabboni, No início deste ano, o Big Data entrou como parte
diretor de Transformação Digital da empresa. de um pacote de leis sobre privacidade e uso de dados
pessoais anunciado pela Comissão Europeia para ser
Melhorar a experiência do cliente é o primeiro analisado pelo Parlamento Europeu. A proposta é de
foco da operadora que já conta com uma estrutura regular serviços digitais e oferecer mais opções para o
de data lake, mas ainda não formatou o desenho da consumidor decidir de que forma quer que seus dados
oferta que fará ao mercado a partir da consolida- sejam tratados pelas companhias que os detêm.
ção e análise dos dados que trafegam em sua rede.

Para Rabboni, o momento é de focar na primei-


ra fase do projeto a fim de melhorar a operação.
E, em seguida, expandi-la. Mas o executivo enxer-
ga alguns obstáculos no caminho. “Essa é uma área
difícil de montar, pois, hoje, não temos um grande
número de cientistas de dados e nem mesmo trei-
namentos formais para esse segmento”, registra.

Mesmo assim, está otimista. Enxerga diversas


possibilidades na oferta a terceiros, como atender
às necessidades de marketing e investimento do
varejo ou colaborar com soluções para transporte
público e individual em grandes cidades.

Uma área em que Big Data terá grande aprovei-


tamento e que vem sendo testada pela operadora é
a de cidades inteligentes. O cruzamento e a análise
de dados em tempo real poderá ter impactos posi-
tivos sobre mobilidade, segurança, serviços, saúde e
outros. Nesse segmento, o cruzamento com IoT será
ainda mais visível para cidadãos e empresas.

O mundo Big Data pode ser promissor para as


empresas, mas assusta os cidadãos e consumido-
res no que diz respeito à exposição de seus dados.
Esse receio é o que leva os executivos do setor a
reforçarem o fato de que as informações vendidas
para terceiros não são individualizadas e compõem
um universo não personalizado. “O dado do clien-
te é do cliente”, reitera o presidente da Telefônica,
Eduardo Navarro, ao falar sobre o tema.

Essa não é uma discussão nova e já vem preo-


cupando especialistas e legisladores em diversas
partes. Na Europa, por exemplo, a União Europeia
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58
anuário tele.síntese | 2017

Multicloud chega
para seduzir o mercado
A tendência de reunir em uma mesma plataforma diversos serviços de cloud
deverá crescer no Brasil, pois atende às necessidades dos usuários. Em sua maioria,
usam mais de um fornecedor de cloud.
Por Wanise Ferreira

Depois de anos de relutante adesão, a cloud A Multicloud entrou no radar das operadoras de
finalmente se consolidou no mercado de TI. Mas telecom, com a oferta de serviços de nuvem em seus
não ficou imune ao constante processo de trans- portfólios. “Não há como negar que as plataformas
formação que envolve essa área. Em pouco tempo Multicloud são o futuro. Elas vão permitir ao cliente
começou a ganhar nova roupagem, dando origem utilizar o melhor acesso à nuvem no momento em
à Multicloud, um ambiente que reúne diversos ser- que precisar”, comenta Mario Rachid, diretor exe-
viços de nuvem dentro de uma única arquitetura cutivo de Soluções Digitais da Embratel. A empresa
heterogênea. Por esse conceito, o cliente seleciona já tem uma solução pronta que deve ser lançada
o serviço do provedor que lhe convier, no momento até setembro de 2017 e está finalizando parcerias
que desejar. Essa facilidade promete seduzir cada com grandes provedores de cloud pública, entre os
vez mais os usuários de computação em nuvem a quais Amazon e Microsoft.
ponto de plataformas Multicloud se tornarem uma
parte significativa dos cerca de US$ 383 bilhões que A Embratel está entre as operadoras que há al-
cloud deverá movimentar globalmente até 2020, guns anos tem oferecido serviços de cloud ao mer-
de acordo com o Gartner. cado corporativo. E com bons resultados. De acordo
com Rachid, o crescimento nessa área tem se man-
Alguns estudos de mercado apontam os movimen- tido na casa de dois dígitos. A solução de nuvem
tos que tornam a Multicloud tão atraente. Uma pes- pública da empresa atende bem ao mercado de
quisa da Microsoft com a 451 Research, por exemplo, pequenas e médias empresas (PMEs), um segmento
comprovou que muitas empresas estão trabalhando considerado promissor para a expansão da compu-
com, no mínimo, quatro fornecedores de cloud. Em tação em nuvem. Mas há outras áreas com grande
muitos casos, utilizam nuvens públicas para algu- potencial que poderão ser exploradas futuramente.
mas áreas, mas, também, garantem a nuvem privada Entre elas, diz Rachid, o setor governamental, que,
quando acham necessário. Ou seja, a forma com que até agora, tem baixos índices de adesão à cloud.
utilizam a computação em nuvem tem de atende às
suas necessidades e demandas, e não o contrário. Para a Vivo, a Multicloud também é considerada
uma forte tendência no mercado corporativo. Tanto
Outra pesquisa, dessa vez do IDC, revela que que promete, ainda para este ano, o lançamento da
85% das empresas estão dispostas a utilizar a pla- plataforma Multicloud multicloud, com sistemas de
taforma Multicloud para ter acesso a serviços de monitoramento e de billing integrados. Será um lan-
nuvens públicas e privadas em uma mesma arqui- çamento global do Grupo Telefónica, mas provas de
tetura. O levantamento ainda aponta para o fato de conceito estão sendo realizadas também no Brasil.
que, no próximo ano, essas companhias utilizarão
mais de cinco serviços distintos de nuvem pública A operadora tem atualmente duas ofertas de
de acordo com suas demandas. serviços em nuvem, o Cloud Plus, com tecnologia
cenário
59
cenário

VMware e parceiros como Cisco, Dell e Hitachi, e a


Cloud Open, com a Huawei e plataforma OpenStack.
Na plataforma Multicloud, deverá repetir a parceria
com a VMware.

“A Multicloud é a tendência, realmente, e quer


dizer que o modelo de negócios da nuvem vem sen-
do aprimorado”, observa Luiz Carlos Faray, diretor
de Negócios TI B2B da Oi. A empresa tem a oferta em nuvem, permitindo que sejam criadas políticas
de cloud pública há algum tempo, em parceria com de uso e de criptografia pelo próprio cliente. Na re-
a Microsoft, e se prepara para lançar uma nuvem taguarda tem apoio do SOC (Centro de Operações
híbrida – pública e privada – e no mesmo software de Segurança) da empresa, localizado em São Pau-
fará a orquestração de todo o sistema. lo. Ele é parte dos investimentos de cerca de R$ 100
milhões que a operadora fez nos últimos anos na
Segurança, questão delicada gestão de sua rede e de seus clientes.
No passado, um dos principais obstáculos para
a adoção de cloud dizia respeito à segurança na Para a TIM, cloud é parte de sua estratégia de
nuvem. Aos poucos, os provedores de serviços e for- avançar no mercado B2B e de sua proposta de se tor-
necedores de soluções de segurança conseguiram nar uma provedora de soluções convergentes para
conquistar a confiança do mundo corporativo, ape- seus clientes corporativos. E uma de suas apostas é
sar de ainda haver resistência em vários flancos. justamente na segurança da nuvem, com produtos
Para as operadoras de telecom, muito visadas por específicos para essa área e o apoio do SOC, instala-
hackers, a própria proteção de seus dados sempre do em Santo André, na Grande São Paulo.
foi uma questão de vida e morte. Isso as levou a
desenvolver soluções robustas que também foram Mas a operadora também está de olho no mer-
oferecidas aos clientes corporativos. E, nesse cami- cado Multicloud. “Estamos muito conectados com
nho, chegaram à nuvem. o que acontece no mercado, hoje com o número
de acessos a nuvem crescendo rapidamente e com
No início do ano, a Oi lançou o Cloud Security, potencial de mais expansão em cima da Internet
solução que conta com a parceria da Cisco e é base- das Coisas”, observa Paulo Humberto, diretor TOP
ada na plataforma Cloud Lock. O serviço tem, como Cliente da empresa, que prepara uma solução inte-
proposta, garantir o monitoramento das aplicações grada de nuvens públicas e privada.
60
anuário tele.síntese | 2017

A movimentação em torno do universo cloud “A Multicloud empurra


não é pouca e tem reflexos no mercado brasileiro. A
UOL Diveo, por exemplo, adquiriu a Dualtec Cloud as teles para parcerias
Builders, aprimorou sua performance na platafor-
ma open source Open Stack que resultou no lança-
com os gigantes
mento de uma grande nuvem pública e foi pioneira de nuvem pública”
no mercado brasileiro ao anunciar, no ano passado,
que teria a oferta de serviços com o conceito Multi-
cloud em seu portfólio. tiplicam entre essas companhias, como as que já
estão sendo conduzidas pela Embratel e Vivo com
No final do ano passado, a Algar Tech, do grupo os provedores internacionais de clouds públicas. E
Algar, anunciou um acordo com a startup pernam- as demais, para trilharem esse caminho, também
bucana Ustore para o desenvolvimento de soluções terão de garantir seus acordos.
robustas para o mercado de nuvem. Também está
previsto o lançamento de um portal multinuvem Essas parcerias chegam justamente em um mo-
que vai suportar diversos formatos e plataformas mento de efervescência do mercado global de nu-
de cloud do mercado. A Totvs anunciou, recente- vens públicas, onde a disputa – e o que está em jogo
mente, uma solução que integra em uma única in- – não é pouca coisa. Segundo a Synergy Research
terface o controle das soluções, independentemen- Group, as clouds públicas devem crescer cerca de
te do provedor de cloud. 29% anualmente. Já o IDC prevê que somente este
mercado poderá atingir um faturamento de US$ 162
A movimentação não acontece por acaso. Le- bilhões em três anos.
vantamento do Gartner mostra que, este ano, os
investimentos das empresas brasileiras em cloud A competição é grande e entre grandes. A
devem chegar a US$ 4,5 bilhões e, até 2020, podem Synergy Research Group relata que a Amazon Web
atingir a casa dos US$ 20 bilhões. Segundo estudo Services (AWS) é a líder do mercado de nuvem pú-
realizado pela Longitude Research a pedido da blica atualmente, com 40% de market share. Em
Capgemini, 15% das soluções corporativas já são, segundo lugar, está a Microsoft Azure seguida da
atualmente, nativas da nuvem. Esse percentual Google Cloud Platform. Juntos, Microsoft, Google e
deve expandir para 32% nos próximos três anos, IBM somam 23% de participação, mas com a vanta-
conforme a consultoria. gem de apresentarem expansão de 5% ao longo do
ano, enquanto Amazon permanece estável em sua
Segundo o IT Brazil Snapshot, da Logicalis, 2016 cota de mercado.
foi o ano que marcou a consolidação da nuvem no
país e as decisões empresariais deixaram de ser so- Ainda estão nesse contexto competitivo os pro-
bre a possibilidade de migrar ou não para cloud, e vedores de infraestrutura de TI tradicionais, como
passaram a envolver quando e quais aplicações de- Oracle, e também um grande número de startups,
vem migrar. No entanto, 66% dos entrevistados ainda com soluções ágeis e segmentadas.
não têm sequer 25% das suas aplicações em cloud.
Os reflexos dessa competição chegam ao Brasil.
Parcerias com gigantes Amazon e Microsoft têm, há alguns anos, o suporte
O mundo Multicloud traz para as operadoras a regional para seus serviços de cloud e a IBM trouxe
necessidade de parcerias com os gigantes mundiais para São Paulo o centro de dados de cloud, hoje
de oferta de cloud pública, como Google, Amazon presente em 19 países. O Google não descarta a
e Microsoft. Não há como oferecer uma arquitetura construção de um data center local à medida que
heterogênea sem compor com os líderes de mer- cresçam os negócios do Google Cloud, e a Oracle
cado, o que leva as teles para um ambiente muito incluiu São Paulo no seu programa Oracle Startup
mais competitivo e aberto. As negociações se mul- Cloud Accelerator.
62
anuário tele.síntese | 2017

O vídeo já está
em todo lugar
Desenvolvedores, operadoras e programadoras investem na
migração do conteúdo de vídeo para a internet. E agora todo mundo
quer estar no mercado das OTTs, mesmo vendendo TV linear.

Por Rafael Bravo Bucco

Todo ano a fabricante Cisco lança um estudo so- Segundo Eduardo Henrique, diretor de Negócios
bre o tráfego de dados nas redes mundo afora. Este Internacionais, o PlayKids foi originalmente criado
ano, o Visual Network Index (VNI) aponta que o vídeo para tablets, privilegiando o consumo de dados via
representou 60% do tráfego mundial. Prevê que até Wi-Fi. Mas hoje em dia sua maior audiência vem
2021, será responsável por 78%. O mesmo relatório dos smartphones. Com a proliferação de ofertas de
indica que o celular, em especial o smartphone, vem acesso à internet móvel LTE, ele vê mudança no há-
ganhando importância e status nas mãos de todas as bito de consumo, embora ainda que incipiente.
pessoas. Atualmente, consumimos 977 MB em dados
por mês, em média. Até 2021, serão 5,7 GB ao mês. “O vídeo está ganhando espaço à medida que
o 4G cresce. Mas nos mercados emergentes o uso
O fenômeno se vê no mercado. O Netflix, prin- maciço ainda vem do Wi-Fi”, lembra o executivo. O
cipal aplicativo do mundo de streaming de filmes investimento em produções próprias dentro da em-
e séries, superou a marca de 100 milhões de usu- presa é grande. Henrique não revela quanto, mas
ários no segundo trimestre de 2017. O YouTube, lembra que ao menos 50 pessoas são encarrega-
tradicional plataforma online, lançou o YouTube das de produzir conteúdo audiovisual. O PlayKids
Red, pago , em 2016. Sem propagandas, traz tam- recebe três episódios novos do conteúdo original
bém conteúdos exclusivos. Mas o Brasil está fora por mês. Além do material de parceiros, os quais in-
da lista de mercados do serviço, disponível por en- cluem animações de Galinha Pintadinha, Turma da
quanto apenas em cinco países: Austrália, Coreia do Mônica, entre outros.
Sul, México, Nova Zelândia e Estados Unidos. Criou,
ainda, uma versão infantil, o YouTube Kids, livre de O SVA ficou melhor
conteúdo violento, com palavrões ou impróprio A Movile tem mais apps que exigem produção
para rebentos. Lançamento feito na esteira do audiovisual. A plataforma de ensino Vivo Educa, por
sucesso de outro aplicativo infantil, já há quatro exemplo, traz aulas em vídeo sobre diferentes lín-
anos na lista dos que mais faturam no planeta: guas. Já o Vivo Meditação terá, até o final deste ano,
o PlayKids. mais de mil aulas sobre como executar a prática da
forma mais eficiente, para as finalidades desejadas.
Há quatro anos, diante da baixa oferta de planos
com grandes franquias, e observando o hábito do A parceria entre Movile e Vivo não é mera coin-
brasileiro de assistir a vídeos preferencialmente no cidência. A operadora aposta no vídeo como forma
Wi-Fi, a empresa Movile resolveu desenvolver uma de atrair usuários e atrelar a imagem de qualidade
plataforma educativa, com muito conteúdo intera- à sua rede. “O vídeo é importante para valorizar a
tivo e, principalmente, vídeos. rede 4G. Valoriza, outra perna da Vivo, que é a co-
63
cenário

nectividade, faz com que a gente mostre também a


qualidade da nossa rede”, ressalta Ricardo Sanfeli-
“Os aplicativos das
ce, vice-presidente de Estratégia Digital e Inovação operadoras já vêm com
da empresa.
muitos conteúdos
Atualmente, quase 72% da receita móvel da em-
presa vem do tráfego de dados. A companhia tem
audiovisuais.”
cerca de 80 serviços de valor adicionado em seu
portfólio, usados por 30 milhões de assinantes, dos e permite que o espectador móvel veja ângulos
quais 1 milhão assinam produtos com vídeo. Do fi- indisponíveis na TV. Em junho, transmitiu dois amis-
nal de 2016 até meados de 2017, lançou ao menos tosos da seleção brasileira de futebol aos assinan-
quatro aplicativos repletos de conteúdo audiovisu- tes móveis – um público potencial de 74 milhões
al: o Studio+, o Watch Music (ambos em parceria de pessoas.
com a francesa Vivendi), o Vivo Meditação e o Vivo
NBA (em parceria com a liga norte-americana de TV através da web
basquete). E já oferecia outros, como o PlayKids, o Além do SVA, as operadoras exploram o conteú-
Vivo Educa ou o Kantoo (de aprendizado de idio- do em vídeo estimulando a migração do usuário da
mas). “A gente tem olhado o vídeo de uma maneira TV paga para o formato OTT. Para isso, trabalham
bem ampla, tentando atender vários segmentos. É em parceria com as próprias programadoras tradi-
difícil ter uma plataforma única que contemple a cionais de conteúdo linear. A Vivo tem o Vivo Play,
todos”, justifica. para quem assina sua TV. A Sky lançará em breve
um aplicativo chamado Sky Play. Compatível com
A operadora testa, ainda, incursões na transmis- celulares, tablets e smartTVs, trará programação ao
são ao vivo. O aplicativo da NBA transmite partidas vivo, além do conteúdo sob demanda. Tanto o usu-
64
anuário tele.síntese | 2017

“A aposta no conteúdo vancar também o nosso serviço de banda larga.


O consumo de vídeo já representa 60% do tráfego
on demand convive total dos nossos clientes”, explica Bernardo Winik,
diretor de Varejo da Oi. A ideia é fazer do serviço um
com a oferta de catalisador para que os produtos Oi Total (como são
TV linear no combo.” chamados os pacotes convergentes da operadora)
alcancem a meta de 2,3 milhões de usuários ainda
em 2017. Até agosto, eram 1,4 milhão. Mas apenas
ário pré-pago como o pós-pago poderão acessar a clientes com banda larga igual ou superior a 5 Mbps
ferramenta. poderão contratar o OTT da operadora.

A Algar Telecom acaba de lançar o aplicativo Em um grande lançamento, realizado em agosto


VID+. O produto dispensa assinatura da TV, mas em São Paulo, a Oi levou representantes das gran-
exige ao menos um contrato com a banda larga des programadoras para provar que não há conflito
da empresa. Segundo Márcio de Jesus, diretor de de interesses em lançar um OTT, apesar de vender
Varejo, o objetivo é levar a atual base de 500 mil TV linear por assinatura. Segundo Winik, os clientes
assinantes de banda larga da empresa a contratar que vão optar pelo Total Play não contratam ne-
o serviço, que tem cerca de 2 mil vídeos e séries. O nhum serviço de TV. E é necessário ter uma oferta
catálogo, assim como o aplicativo, foi desenvolvido para esse público.
em parceria com a empresa Vubiquity. Até meados
de agosto, o preço da assinatura não estava defini- As programadoras dizem concordar. Viacom, Fox,
do. “Mas será muitas vezes mais baixo que o de uma Discovery – todas deram depoimentos semelhantes:
assinatura de TV, e também menor que o de outros de que o conteúdo já não é exclusivo da tela da TV. A
OTTs no mercado”, ressaltava o executivo. diretora de afiliados da Fox, Adriana Naves, é a mais
enfática: “A tendência do on demand está consolida-
A fase de lançamento deve durar até o come- da. O assinante deseja ver o conteúdo quando qui-
ço de 2018. Na segunda fase acontece a expansão ser e onde estiver”, complementa. Ou seja, ninguém
para o mercado nacional. A ideia é vender o aplica- mais deve depender do programador.
tivo fora da área de atuação geográfica da opera-
dora. A Algar Telecom tem banda larga em Minas Acoplar um OTT à banda larga dá resultado. Wi-
Gerais, em cidades do Sul e Sudeste e se prepara nik lembra que antes de lançar o Oi Total Play a
para chegar ao Nordeste. operadora fez um piloto em dez estados. Constatou
um aumento de contratações de 15% de sua banda
Sem conflito larga fixa. Como na Vivo e na Algar, a Oi também
A Oi antecipou o produto da Algar em dois me- sente em suas redes o impacto da demanda por ví-
ses. Lançou em julho de 2017 um pacote de tele- deo. O tráfego de vídeo por streaming dos clientes
fonia fixa, banda larga e OTT chamado Oi Total de banda larga da Oi representa 58% do volume
Play. O produto oferece acesso a conteúdos de um total. E 70% do fluxo se concentra em YouTube,
catálogo de 3 mil títulos pelo aplicativo Oi Play. O Netflix e Facebook.
app também foi criado e traz conteúdos licencia-
dos pela empresa Vubiquity. Mas tem mais. Além do A Vubiquity, responsável pelos produtos da
catálogo, o assinante pode ver o conteúdo de HBO Algar Telecom e da Oi, vê um futuro próspero pela
Go, FOX Premium, Crackle, Discovery Kids e ESPN frente, mantendo a tendência de crescimento atu-
Watch. Este transmite partidas ao vivo de campe- al. “O conteúdo está mudando, hoje a gente já
onatos esportivos. Tudo via aplicativo para celular pensa em programas premium e super premium
Android ou iOS. para OTT. Por quê? Porque a base OTT se mul-
tiplicou por quatro no Brasil entre 2014 e 2017.
“Estamos apostando no conteúdo on demand É indiscutível que há mercado para esse produto”,
dos maiores programadores do mercado para ala- conclui Winik.
66
anuário tele.síntese | 2017

Perfil de uso
Estudo da CVA Solutions diz que o consumo de vídeo
por dispositivos móveis ainda está na infância

Um estudo desenvolvido pela empresa CVA So-


luticons chegou à conclusão de que o consumo de ví-
deos por dispositivos móveis ainda não chegou à ma-
turidade. O levantamento identificou que existem seis
tipos de usuários. Os perfis vão do cliente com baixo A ideia por trás do Samba Play é permitir que qual-
consumo de dados àqueles que têm altíssima deman- quer produtora de vídeos seja capaz de lucrar com o
da. E define um índice, que leva em conta o tempo gas- conteúdo. “Se você tem cursos em vídeo, pode colocar
to nos aplicativos. todas as aulas na plataforma, criando o aplicativo e
cobrar por aquele curso”, explica Pedro Filizzola, CMO
O material aponta que as redes sociais são insupe- da Samba Tech.
ráveis em termos de uso, com um índice de acesso e
frequência quase duas vezes maior que o de troca de A plataforma oferece criptografia de vídeos para
mensagens de texto, ouvir música, assistir a streaming impedir a pirataria, templates customizáveis, respon-
ou ao YouTube. No entanto, mostra que, na média sivos e modelo de assinatura, permitindo que qual-
de todos os seis perfis de consumo, os aplicativos de quer pessoa possa criar o seu “Netflix” sem precisar de
streaming de vídeo (como Netflix) são mais acessados um designer ou desenvolvedor. “Produtores de conte-
que o YouTube. Para se ter como referência, o índice údo estão lucrando na internet. Só que o modelo mais
digital de acesso a redes sociais é 49, enquanto o de comum adotado é de distribuição em canais grátis, em
acesso a streaming é de 26. E do YouTube, 19. que é preciso milhões de views para ganhar dinheiro.
Foi pensando nesse cenário que criamos a plataforma
Para Sandro Cimatti, responsável pelo levanta- – para fazer os vídeos dos nossos clientes trabalharem
mento, é um indicativo de que o vídeo tem uma gran- para eles”, completa.
de oportunidade de crescimento pela frente, embora
o vídeo gratuito preceda o OTT pago. “O índice de uso A Looke é outro exemplo que surfa na demanda
dos aplicativos de música e do YouTube vão crescer, por streaming, associado ao aluguel sob demanda.
porque demandam menos atenção do usuário. O You- Busca se diferenciar de outros OTTs com o lançamen-
Tube traz vídeo curtos, condizentes com a tela peque- to de filmes que acabaram de sair dos cinemas, de
na”, reflete. grandes estúdios norte-americanos, e com um catálo-
go atraente para os cineclubistas.
Oportunidades
Não é apenas o consumo que cresce. O ecossiste- “Não é um conteúdo cult, é um conteúdo comer-
ma em torno do vídeo não para de se sofisticar. Além cial, bem produzido, mas de outros países. Temos mais
das operadoras, há empresas brasileiras de menor de mil horas de conteúdo para entrar no Looke nos
porte que apostam no segmento. A Samba Tech, uma próximos meses, e um catálogo com mais de 10 mil
das principais empresas de processamento e entre- assets”, conta Luiz Guimarães, diretor de negócios e
ga de vídeos no país, vem testemunhando uma alta conteúdo da ferramenta.
demanda de conteúdo B2B no celular. Em 2016, 20%
do conteúdo processado era mobile. Em 2017, 40%. No acervo há filmes, séries, documentários, anima-
Por isso, lançou neste ano uma plataforma B2B para ções, curtas, médias e longas metragens. “A platafor-
empresas se transformarem em OTT: a Samba Play. O ma é muito democrática. Você pode comprar, alugar,
produto já tem entre os clientes canais de TV paga, ou assinar. Tivemos 600 mil transações nos últimos 12
como a Fish TV. meses”, conta o executivo.
GPON sob medida para ISPs

GPON – DM 4610

Router/Tel

Brigde

Instalação protegida Router/Tel/Wifi

Suporte em português
Cartão BNDES
Finame
FINEP

51 3933 3000
www.datacom.ind.br
68
anuário tele.síntese | 2017

Smartphones: a
caminho da maturidade
Após dois anos de queda nas vendas, os celulares inteligentes voltam a ganhar
espaço no Brasil em razão da substituição de aparelhos por clientes que sabem bem
o que desejam. O mercado caminha para a maturidade.

Por Rafael Bravo Bucco

O iPhone foi lançado em 9 de janeiro de 2007. avançados de então. Por fim, tinha uma câmera tra-
Naquele dia, o fundador da Apple Steve Jobs mos- seira apenas, de 2 MP de resolução.
trou ao mundo sua visão de telefone celular. Era um
aparelho com tela sensível ao toque, como outros Aquele celular foi considerado uma revolução
que já existiam. Um aparelho que rodava aplicati- tamanha que, desde então, tudo o que a Apple e
vos, como outros que já existiam. Um aparelho que concorrentes fazem é incrementá-lo. Nenhum fa-
obedecia a comandos dos dedos com desenvoltura bricante desenvolveu um novo smartphone capaz
surpreendente, como nenhum que até então existia. de criar novos mercados, como Jobs fez ao intro-
duzir a loja de aplicativos móveis. “O celular pode
Os smartphones que antecederam o iPhone de estar chegando no momento do plateau (em que
2007 exigiam o uso de canetas especiais, mistura- poucas inovações são acrescentadas)”, afirma Fer-
vam botões físicos e botões virtuais que nem sem- nando Pezzotti, que comanda a Alcatel no país.
pre respondiam ao primeiro toque, e tinham apli-
cativos que rodavam sobre sistemas operacionais Ainda assim, as empresas tentam. E o fazem me-
pensados não para o toque dos dedos, mas para lhorando o que já é bom. O aperfeiçoamento cons-
feature phones com telas coloridas. Com aquele tante é difícil de notar de um ano para outro, mas
aparelho, lançado dez anos atrás, Jobs criou um dez anos depois, vê-se o salto que a telefonia deu. O
mercado de tamanho hoje imensurável. O nicho primeiro iPhone sequer faz sombra diante da potên-
dos smartphones virou mainstream e sonho de con- cia dos smartphones atuais. Feito para uso intenso
sumo de praticamente todo ser humano que tenha da internet, o celular ficou muito mais robusto, po-
conexão à internet. tente, espaçoso e, claro, grande.

O pai do smartphone contemporâneo vendeu Perfil do consumidor


6,1 milhões de unidades no mundo. Se conectava Um produto já comum nas mãos do brasileiro,
apenas a redes 2G e dependia do Wi-Fi para navegar o smartphone retoma o posto de rei do sonho de
na web. Trazia embarcado um processador Arm feito consumo em 2017, após dois anos seguidos de que-
pela Samsung, de 32 bits, com 620 MHz de clock. A da nas vendas. Em 2015, o mercado local comprou
capacidade de armazenamento era de 4 GB a 16 GB, 47 milhões de unidades, 13,4% menos que em 2014.
dependendo de quanto o cliente poderia desembol- Em 2016, foram 43,5 milhões, um tombo de 7,3%,
sar pelo aparelho. A memória RAM era de míseros conforme dados da consultoria IDC Brasil. Os re-
128 MB. A bateria tinha 1,4 mil mAh. A tela media sultados foram impactados por inúmeros fatores.
3,5 polegadas, com 320 por 480 pixels de resolução, Entre eles, a forte desvalorização do real perante
e parecia enorme diante dos feature phones mais o dólar, que encareceu os produtos; a crise econô-
cenário
69
cenário

“No mercado brasileiro


de smartphones já
dominam os produtos
de valor intermediário”
mica e o aumento do desemprego, que frearam o ca que ordenou o consumo até 2014. Hoje, é um
consumo; uma crise política que se arrasta pelos cliente que sabe o que deseja.
anos reduzindo a confiança de quem compra.
“O mercado de smartphones ainda não pode ser
Agora, ao menos no mercado de smartphones, a considerado maduro, como o da América do Norte
coisa começou a melhorar. Com o dólar mais baixo ou Europa, mas já podemos dizer com segurança
e uma demanda reprimida, os fabricantes já estão que quem o movimenta não é mais o novo usuário”,
vendendo mais. A projeção da mesma IDC é de que afirma Leonardo Munin, analista de pesquisa do
2017 termine com vendas no mesmo patamar de mercado de celulares da IDC para América Latina.
2015, com recuperação de ao menos 10% em uni-
dades vendidas. Para o próximo ano, a tendência é O efeito desse fenômeno transparece nos nú-
também de crescimento. meros. A categoria de entrada dos celulares in-
teligentes hoje representa 20% das vendas. Já
A retomada vem embalada em uma mudança os intermediários, que custam entre R$ 700 e
importante no perfil do comprador. O brasileiro R$ 1.099, são 47%. Os modelos premium e high end
deixou de ser aquele consumidor que está trocando são 23% e 9%, respectivamente. “A própria catego-
o feature phone por um smartphone, característi- ria high end, que até 2016 não passava de 6% do
70
anuário tele.síntese | 2017

Nos terminais,
mercado, deve encerrar o ano entre
9% e 10% das vendas”, acrescenta Munin.

mais de tudo
Outros estudos apontam o mesmo
fenômeno. Como o feito pela auditoria
GfK, nos primeiros cinco meses de 2017.
Igor Teixeira, especialista em telecom da
empresa, que faz levantamentos perió-
Mais processamento,
dicos sobre as vendas do varejo, explica:
“Vemos que já predomina no Brasil um mais armazenamento, câmeras
mercado de substituição, em que o con- mais potentes e telas mais
sumidor está trocando um smartphone estreitas e mais longas.
por outro mais atual. Por isso, deseja
um aparelho melhor. Mas o mercado
local ainda está para encontrar um A tendência do crescimento e da melhora
equilíbrio, as vendas ainda devem cres- dos dispositivos vem na esteira da substituição.
cer muito”, avisa. Os intermediários, que até ano passado tinham
16 GB de capacidade de armazenamento, já tra-
Segundo os analistas, o público está zem 32 GB por padrão. Alguns têm até 64 GB,
longe de ser grande consumidor de no- o que significa oito vezes mais memória inter-
vidades e inovações que estão surgindo na que o visto por padrão nos smartphones de
mundo afora. Realidade virtual? Reali- 2015, e 16 vezes mais que o visto naquele pri-
dade aumentada? Assistentes aciona- meiro iPhone do longínquo 2007.
dos por voz? Não. Nosso maior desejo
são os aparelhos com um desempenho A memória RAM, essencial para acelerar a
comparável ao de produtos mais sofis- exibição de aplicativos já abertos, navegar por
ticados, mas que custem bem menos. sites pesados da internet, e rodar jogos mais
Nessa categoria entram os smartpho- detalhados, também abunda. De 1 GB padrão
nes intermediários, que graças à queda em 2016, agora é de pelo menos 2 GB. Alguns
do dólar, receberam incrementos que fabricantes apertam a margem e ousam colocar
os tornam tão atraentes quanto os pro- até 4 GB. Fazem isso porque a competição está
mais acirrada.
dutos de alta gama.

Com exceção da Apple, empresa que refun-


Para efeito de comparação, a GfK fez
dou o smartphone e não abre mão de ser high
um estudo que mostra o aumento do
end, todas as fabricantes têm produtos de dife-
preço médio do celular. Mas não por-
rentes categorias, e vêm colhendo resultados no
que as peças ficaram mais caras, e sim
front dos intermediários. Aproveitaram o câmbio
devido à estratégia dos fabricantes de
e o barateamento dos componentes para acres-
embarcar mais tecnologia em apare- centar mais substância a seus celulares.
lhos que não são top de linha. Confor-
me a pesquisa, um celular que custava A Samsung, líder inconteste no mercado na-
R$ 1.178 para produzir no começo de cional, lançou no final de julho de 2017, no Bra-
2016, no começo de 2017 passou a ter sil, uma versão com 128 GB de armazenamento
custo de produção de 1.073. Entre os interno e 6 GB de RAM de seu top de linha, o Ga-
aparelhos de entrada, a redução é mais laxy S8+, disponível em poucos mercados. Mas
drástica: de R$ 607 para R$ 449. É literal- também seu intermediário, o Galaxy J5 Prime,
mente o efeito mais por menos. Ao mes- recebeu melhorias. Ganhou, na versão 2017, 32
mo tempo, as empresas aumentaram o GB de armazenamento, 2 GB de RAM e um lei-
ticket médio em R$ 100 reais. tor biométrico. A versão anterior tinha 16 GB de
71
cenário

armazenamento, 1,5 GB de RAM e era incapaz de ler Além de mais


impressões digitais.
armazenamento,
A Lenovo, cujos aparelhos mais vendidos no país
levam a marca Motorola, também incrementou seus
aparelhos vão
celulares. A empresa dobrou tudo em seu telefone ter câmeras mais
premium, o Moto Z Play. O Moto Z2 Play tem 64 GB de
armazenamento, 4 GB de RAM, leitor de digitais, sis- potentes e telas de
tema modular que transforma o celular em projetor,
console de games, câmera fotográfica profissional ou 5 polegadas.
numa power bank – desde que se use o devido acessó-
rio acoplado à sua parte traseira.
Realidade virtual, inteligência artificial
Outra versão do Moto Z, o Z Force, começava a Se mais memória, biometria, telas maiores e câme-
ser vendida no terceiro trimestre de 2017. O alvo era ras com melhor resolução são novidades incrementais
competir pelo high end. Possui tela que não trinca nem no universo dos intermediários, quem está no topo
estilhaça, uma câmera traseira dupla, com dois senso- pode se dar ao luxo de tentar novas saídas para refor-
res (o que segundo a empresa melhora o foco), chipset çar o apelo da marca. “As duas maiores tendências nes-
Qualcomm 835 de oito núcleos de 64 Bits rodando a 2,2 te mercado serão as interações de voz e inteligência ar-
GHz, 128 GB de memória e 6 GB de RAM. tificial para tornar os telefones mais inteligentes e úteis
ao prever o que o usuário precisa e quando precisa”,
Segundo Ivan Teixeira, analista de telecom da con- reforça o analista do Gartner Tuong Nguyen.
sultoria GfK, a abundância de armazenamento tem
relação com a importância que o smartphone ganhou A Samsung definiu neste ano de 2017 que todos os
na vida das pessoas. Ele observa que outros três itens seus smartphones mais caros teriam a chamada tela
se tornaram padrão para a indústria e devem dominar infinita, em que a imagem ocupa inclusive parte da
o mercado no próximo ano: câmera traseira com pelo lateral do celular. Além disso, lançou a Bixby, uma as-
menos 12 MP, frontal com mais de 5 MP e telas com sistente virtual, dotada de inteligência artificial, capaz
mais de cinco polegadas e de proporções ergonômicas. de reconhecer não apenas a voz humana, mas tam-
bém imagens.
No caso da câmera traseira, a GfK identificou que,
nos primeiros cinco meses de 2017, mais de 56% dos A novidade é uma resposta à Apple e ao Google,
smartphones vendidos já tinham resolução de 12 MP. desenvolvedor do Android. Ambos têm seus próprios
Para a câmera dianteira, usada para selfies, 60% tinham assistente virtuais, acionados por voz. Outras empre-
5 MP e aquelas com 8 MP começam a surgir como ten- sas, como Amazon e Microsoft, também lançaram
dência – o que não existia em 2016. aplicativos de suas inteligências artificiais, batizados
respectivamente de Alexa e Cortana, para que o dono
O analista chama a atenção também para a co- do smartphone possa comandar o celular a fazer qua-
nectividade. As vendas de aparelhos 4G predominam. se qualquer coisa apenas pedindo favores em voz alta
Foram 75,6% de janeiro a maio de 2017. O número só – como marque um voo para Los Angeles na próxima
tende a crescer, em detrimento dos aparelhos 2G e 3G. semana, por exemplo. A Qualcomm, produtora de
chips, desenvolveu um apenas para processamento
Já nas telas a transformação é mais intensa. Com a dos algoritmos de inteligência artificial, e o colocou
redução do custo das peças, modelos com bordas mais na plataforma Snapdragon 835.
finas são o novo padrão. A grande inovação é o forma-
to. Sai a proporção 16:9, entra a de 18:9. São telas mais Munin, da IDC, acredita que essas inovações, assim
estreitas e longas. Podem, portanto, ser maiores, sem como a realidade virtual, ainda têm um longo cami-
que a empunhadura do aparelho seja desconfortável. nho a percorrer antes de entrarem para o dia a dia
A LG, fabricante que mais aposta na tendência, chama do usuário. “Talvez sejam realidade lá fora, mas aqui
o formato de “tela de cinema que cabe na sua mão”. ainda é algo para o longo prazo.”
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anuário tele.síntese | 2017

premiados
premiados
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anuário tele.síntese | 2017

No mapa, o vai
e vem das pessoas
Pelo sinal do celular, é possível traçar o mapa de deslocamento de pessoas
em tempo real, gerando dados para monitorar o trânsito, auxiliar a segurança
pública e contribuir com a limpeza urbana.

Por Lia Ribeiro Dias

Quando surgiu a oportunidade de desenvolver


em conjunto com a Prefeitura do Rio de Janeiro, As redes de telecom
mais especificamente com o Centro de Controle de são fonte de informação
Operações, um projeto para acompanhar o deslo- para monitoramento
camento das pessoas durante a Olimpíada de 2016
e o Carnaval de 2017, a partir do sinal do celular, a de Cidades Inteligentes e
equipe de estratégia de mercado da TIM Brasil não Luis Minoru,
pensou duas vezes. Era a oportunidade de usar o diretor de Estratégia
registro de chamadas de seus assinantes, os CDRs,
de uma forma mais inteligente e de agregar valor
aos dados, mantendo a sua impessoalidade.

Já há três ou quatro anos, a TIM, a exemplo de


outras operadoras, usa os dados de seus CDRs, trata-
dos com a tecnologia de Big Data e ferramentas de
analytics, para melhorar seu relacionamento com
o cliente, desenvolver ofertas mais adequadas ao
perfil de consumo e realizar promoções. Mas ainda
não tinha feito nenhuma incursão para transformar
os dados agregados em produto para terceiros.

Da experiência com a Prefeitura do Rio de Ja-


neiro resultou um produto, o Mapa de Deslocamen-
to de Massa em Tempo Real, que a operadora está
usando em projetos com outros clientes. “No mo-
mento, mais do que vender um novo serviço de da-
dos agregados, o que estamos fazendo são parce-
rias que permitem enriquecer nosso conhecimento
e nossa base de dados”, conta Luis Minoru Shibata,
diretor de Estratégia da TIM.

Com o Mapa, é possível monitorar o desloca-


foto | divulgação

mento em tempo real. Isso permitiu, no caso do Rio


de Janeiro, gerir o tráfego urbano nos momentos de
concentração de pessoas, distribuir adequadamen-
premiados
75


te os agentes de trânsito, dar informações à área de
segurança pública e apoiar a secretaria encarrega-
da da limpeza urbana por meio de um aplicativo
de fotos instalado em câmeras e enviado automati-
OPERADORAS
camente para o Centro de Controle, como todos os
demais dados, lembra Minoru. Para ele, o case da DE SERVIÇOS DE
Prefeitura do Rio de Janeiro deu projeção à TIM, a COMUNICAÇÕES
primeira a fazer um projeto de mobilidade urbana
desse porte. Depois dela, outras operadoras tam- SERVIÇO INOVADOR
bém estão desenvolvendo projetos na mesma área. MAPA DE DESLOCAMENTO
A inovação do Mapa está em viabilizar uma so-
DE MASSA ONLINE
lução que seja homogênea, escalável a partir de in-
fraestrutura já instalada, preservando a privacida- EMPRESA
de do usuário e a segurança das redes. “Nesse caso, TIM BRASIL
as informações fornecidas pela TIM preservam o
anonimato dos clientes e a proteção dos dados per-
manece não vulnerável, sob sistema de segurança sa incorporadora, vieram outras. Agora, diz Minoru,
blindado. Hoje, a Tim já processa 6,1 bilhões de o objetivo é dar um passo à frente no tratamento
dados diários gerados pelos seus usuários, os quais dos dados agregados. “Estamos vendo como algu-
podem ser transformados em informação com a mas informações podem ser colocadas em uma API
aplicação de analytics sem a necessidade de inves- (do inglês Application Programming Interface) para
timento adicional em sensores. O serviço confirma que possam ser usadas por parceiros estratégicos
que as redes de telecomunicações já constituem externos para desenvolver aplicativos”, conta ele.
fonte de informação valiosa para a criação de mo-
delos de monitoramento de Cidades Inteligentes”, Esse passo é importante não só porque acelera
observa o diretor de Estratégia da TIM. a oferta de novos apps sobre os dados agregados,
como o produto final fica mais leve. “No lugar de
O grande papel das operadoras de telecomuni- levar todas as instruções para dentro do aplicativo,
cações no processo de gerenciamento das grandes elas ficam na API, e o app, mais leve, consome me-
cidades é que elas já cobrem essas cidades de forma nos bateria”, relata o diretor de Estratégia da TIM.
homogênea e possuem capacidade de processamen-
to, incrementada para atender à demanda. Ou seja, Na avaliação do Minoru, a venda de dados agre-
tanto o registro dos dados anônimos, decorrentes do gados e impessoais, sempre preservando a privaci-
processe de gerar a conectividade, como a capaci- dade do usuário, pode vir a ser um negócio para a
dade de processamento já existem. “Basta aplicar o operadora. Mas ele entende que ele será disruptivo
analytics sobre elas para extrair as informações de a partir do momento em que a Internet das Coisas
mobilidade que suportam as decisões e planejamen- (IoT) se tornar realidade e os chips estiverem im-
to dos recursos e serviços públicos”, informa Minoru. plantados em milhões de “coisas” monitoradas.
“Por isso, desenvolver esses projetos agora é uma
No momento, a operadora está negociando com curva de aprendizado importante”, diz.
a Prefeitura do Rio de Janeiro um novo contrato
para uso do Mapa de Deslocamento para eventos E fazer a curva do aprendizado a partir da ges-
específicos com foco em ações de mobilidade ur- tão do deslocamento urbano faz todo o sentido,
bana, segurança e limpeza. Outros clientes vieram pois ele impacta no desenvolvimento econômico
do mercado imobiliário. “A empresa estava lançan- da cidade e na qualidade de vida do cidadão. Sem
do um empreendimento imobiliário e queria saber dizer, comenta Minoru, que é um componente im-
quem eram as pessoas que frequentavam o bairro e portante no planejamento urbano e para o desen-
de onde vinham”, comenta Minoru. Na esteira des- volvimento sustentável das cidades.
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anuário tele.síntese | 2017

Realidade aumentada
no reparo remoto
Óculos inteligentes com um aplicativo de realidade aumentada,
conectado a um portal web, permitem ao técnico fazer o reparo,
transmitindo informações online ao suporte remoto.
Por Lia Ribeiro Dias

Para resolver o problema enfrentado por um


cliente, um fabricante de elevadores, a Embratel O pulo do gato da
colocou seu time de inovação em campo. O re- inovação está em
sultado foi o desenvolvimento de uma solução de
uso de realidade aumentada aplicada a smartglass
juntar as peças para
para serviços de suporte remoto, em áreas de difí- resolver um problema
cil acesso. O produto já está sendo comercializado
Mario Rachid,
pela operadora na modalidade as a service e pode diretor executivo de Serviços Digitais
ser usado em situações que demandam suporte
fora dos grandes centros.

O pulo do gato dessa inovação, conta Mario


Rachid, diretor executivo de Serviços Digitais da Em-
bratel, foi juntar as peças. O cliente de serviços cor-
porativos buscou a operadora em busca de solução
para um problema: a dificuldade de dar suporte na
instalação e mesmo reparos de elevadores, pois nem
sempre o técnico enviado ao local tem conhecimen-
to de todos os modelos de máquina e o acesso ao
suporte remoto é difícil por falta de sinal telefônico
(os poços de elevador são sempre no subsolo).

Para resolver um problema aparentemente sim-


ples, o grupo de inovação da empresa, criado no fi-
nal de 2016 dentro da diretoria de Serviços Digitais,
buscou uma solução também simples. Duas apli-
cações estão no centro da inovação: um aplicativo
embarcado no smartglass (um produto de merca-
do), com realidade aumentada, e um portal web,
conectado ao smartglass.

Com a solução, o técnico que vai ao local do


foto | divulgação

atendimento faz o reparo ao mesmo tempo em que


transmite, em tempo real, as informações e o vídeo
para o portal web, por onde seu supervisor e outros
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anuário tele.síntese | 2017

técnicos, quando for o caso, acompanham a ativida-


de. Com a realidade aumentada, o técnico que está
fazendo o reparo amplia sua visão do problema.
Além disso, o técnico leva para o local uma radiobase

móvel (da Claro, operadora celular do mesmo grupo OPERADORAS
da Embratel) para potencializar o sinal do celular, DE SERVIÇOS DE
pelo qual são transmitidas as informações. De acordo COMUNICAÇÕES
com Rachid, a solução permite dar maior rapidez no
atendimento, automação no reparo, redução de cus- PRODUTO INOVADOR
tos e mesmo de eventuais penalidades contratuais.
SMARTGLASS COM
Diante das possibilidade de mercado do desen- REALIDADE AUMENTADA
volvimento, a diretoria de Soluções Digitais decidiu
incluir a solução em seu portfólio e comercializá-la EMPRESA
na modalidade pagamento por uso do serviço. O pú-
blico-alvo são os clientes da empresa (e também não
EMBRATEL
clientes) que atuam nas áreas de mineração, petró-
leo e gás, navegação, agronegócio, entre outros seg-
mentos que demandam reparo em áreas remotas. dos na nuvem. Segundo Rachid, a grande vantagem
da operadora é que muitos produtos em desenvolvi-
E que enfrentam uma via sacra para poder repa- mento podem ser testados internamente já que ela
rar máquinas e equipamentos: fazer o contato com também é uma grande usuária dessas aplicações,
o fornecedor, aguardar as instruções por e-mail ou como as de relacionamento com o cliente.
telefone para realizar o diagnóstico do problema
e endereçar a solução. Muitas vezes, a solução de- Apesar das prioridades de desenvolvimento
pende de mais de uma visita do técnico. Com a ino- definidas, a equipe de desenvolvimento tem que
vação do smartglass com realidade aumentada, o olhar para todas as áreas em que a operadora ofe-
tempo de reparo pode ser abreviado já que a equi- rece produtos ao mercado corporativo. A começar
pe de suporte remoto pode ser acionada a qualquer pelas soluções de TI em diferentes modalidades
momento e acompanhar o que está sendo feito. (solo, full, multisourcing) até a criação de softwares
e aplicativos para atender a diferentes demandas.
O smartglass com realidade aumentada foi um
dos primeiros trabalhos da equipe de inovação da Ela tem um portfólio completo em infraestrutura
diretoria de Serviços Digitais, integrada por 12 pes- de nuvem, com soluções que vão desde servidores
soas, entre profissionais que já trabalhavam na em- sob demanda, acessíveis de qualquer lugar, como o
presa e outros que foram recrutados no mercado. O Cloud Server, até ambiente de nuvem híbrida, como
objetivo de criar o grupo, segundo Rachid, foi trazer o Data Center Virtual, que permite a solução dos
para dentro da diretoria um novo olhar para o desen- semáforos inteligentes. E conta com todos os ser-
volvimento de produtos e serviços digitais que não viços de data center gerenciado, com uma equipe
estivesse impregnado pelo trabalho do dia a dia. “É de especialistas multidisciplinares.
importante esse movimento que permite ver as coi-
sas e as demandas de forma diferente”, observa ele. Sua linha de serviços de segurança gerenciada en-
volve plataformas modernas de prevenção de ata-
As três linhas de pesquisa que foram definidas ques cibernéticos. Na área de comunicação geren-
como prioritárias para a equipe de inovação envol- ciada, uma plataforma que integra ferramentas e
vem realidade aumentada, desenvolvimento de pro- permite que suas equipes trabalhem em conjunto de
cessos de atendimento ao cliente com uso de recur- qualquer lugar. Oferece ainda diferentes soluções
sos de inteligência artificial e criação de diferenciais em mobilidade, que garantem disponibilidade, con-
em relação aos competidores nos produtos ofereci- trole e velocidade para o usuário corporativo.
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anuário tele.síntese | 2017

Moeda virtual na
recarga de pré-pago
A plataforma de pré-pago da Algar Telecom foi
preparada para receber pagamentos por meio de bitcoin,
uma moeda virtual autorregulada.

Por Lia Ribeiro Dias

Quando se fala em inovação na Algar Telecom, Além da praticidade


o ditado popular de que tamanho não é documento
para o cliente, no
cai como uma luva. A operadora regional, com sede
em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nada fica a pagamento com bitcoin
dever às grandes operadoras, inclusive estrangeiras não se paga taxa
que operam no país. Está sempre na vanguarda das
João Henrique Souza Pereira,
tecnologias e, muitas vezes, com soluções próprias especialista em Inovação
e surpreendentes.

Desde 2007, conta com um programa de inova-


ção; em 2010, o tema passou a fazer parte do pla-
nejamento estratégico da empresa; em 2013, criou
o IMO (Innovation Management Office), com uma
equipe de profissionais exclusivamente dedicados
ao tema, que tem por objetivo alavancar a criação
de ideias e a execução de protótipos e projetos de
inovação em toda a organização. De lá para cá já fo-
ram apresentadas 410, as quais geraram 56 protóti-
pos e 23 projetos, de acordo com o site da empresa.

Este ano, em agosto, a Algar Telecom inaugurou


o Centro de Inovação Digital, o Brain, para criação
de novos produtos e modelos de negócios. A partir
do Centro, a empresa pretende ampliar os investi-
mentos em quatro áreas: IoT, cyber security, cloud
e digital.

Uma das ideias inovadoras é a que foi premia-


da na Categoria Operadoras do Anuário Tele.Sín-
tese de Inovação em Comunicações 2017. Trata-se
do uso da moeda virtual bitcoin pela plataforma
foto | divulgação

de pré-pago da empresa, inovação desenvolvida


pela equipe interna da Algar Telecom a partir da
ideia apresentada por um colaborador. O objetivo
premiados
81

do projeto, segundo João Henrique Souza Pereira,


especialista em Inovação do IMO, foi utilizar as van-
tagens da criptomoeda como uma nova modalidade
de pagamento para a recarga de créditos pré-pagos

dos clientes da Algar Telecom. OPERADORAS
DE SERVIÇOS DE
“A recarga convencional, por cartão de crédito COMUNICAÇÕES
ou dinheiro, utiliza gateways que cobram altas ta-
xas para a realização do serviço e demoram para
repassar os valores. Com o bitcoin, o valor cobrado PRODUTO INOVADOR
é repassado integralmente, sem dedução de taxas BITCOIN
ou qualquer outro gasto”, aponta Pereira, ao desta-
car uma das vantagens da inovação.
EMPRESA
Chegar ao protótipo de uso do bitcoin só foi pos- ALGAR TELECOM
sível porque a equipe de P&D da Algar Telecom de-
senvolveu, em 2013, uma plataforma de pré-pago
com tecnologia própria. “É a única de tecnologia
nacional que existe no país”, conta Pereira. das digitais. Mas o potencial de crescimento é gran-
de, aponta Marcelo Miranda, executivo da platafor-
Um parceiro da Algar Telecom, a Bitcointoyou, ma. É de olho nesse potencial que a Algar Telecom
proveu a API (Application Programming Interface) decidiu se adiantar e preparar sua plataforma de
necessária para permitir à plataforma de recargas recarga para receber a moeda virtual bitcoin.
de celular da operadora fazer o recebimento de
bitcoins dos clientes. Mas o grande desafio tecnoló- Qual a vantagem de estar um passo à frente? A
gico, observa Pereira, foi introduzir uma nova polí- utilização do protocolo de criptografia do bitcoin
tica monetária digital, totalmente descentralizada possibilita interagir com uma tecnologia digital que
e aberta, para escolha dos usuários dentro dos sis- reproduz em pagamentos eletrônicos a eficiência
temas da empresa, principalmente por se tratar de dos pagamentos em cédulas, diz o analista em
um assunto pouco difundido dentro da corporação. inovação da Algar Telecom. E elenca: “Além disso,
os pagamentos com bitcoins são rápidos, baratos
O assunto não só é pouco conhecido, como po- e sem intermediários. Com os bitcoins, os clientes
lêmico – afinal, estamos falando de uma moeda au- também não precisam cadastrar seus dados pesso-
torregulada. O bitcoin foi criado em 2008 e as tran- ais, como o número do cartão de crédito, nem têm
sações com a moeda são realizadas com códigos que se deslocar para recarregar o celular se for o
cifrados que circulam na internet. A rede atua como caso. Tudo pode ser realizado com a utilização da
supervisora e verifica que um bitcoin não pode ser blockchain, como sendo a estrutura de dados que
gasto, ao mesmo tempo, em dois lugares distintos. Os representa uma entrada de contabilidade financei-
usuários podem “criar” bitcoins por meio de um com- ra ou um registro de uma transação criptografada
plexo sistema de processamento, ou seja, emprestam altamente confiável”.
os recursos de máquina para o processo e recebem
em bitcoin. Mas o número de bitcoins a ser criado A Algar Telecom testou o protótipo de uso de
está limitado, desde que surgiu a moeda, em 21 mi- bitcoin para recarga de pré-pago com algumas co-
lhões de unidades – e essa seria a forma de controle munidades do mundo digital de Uberlândia, como
do sistema. empresas startups e desenvolvedores de software.
O protótipo foi aprovado. Agora, a empresa prepa-
Hoje, estima-se que 250 mil brasileiros utili- ra, para 2018, o lançamento comercial da platafor-
zam, ou já utilizaram bitcoins, de acordo com da ma de recarga de pré-pago com facilidade de paga-
FlowBTC, uma plataforma de negociação de moe- mento por bitcoin.
82
anuário tele.síntese | 2017

Uma solução VSAT


barata para IoT
A Eutelsat desenvolveu uma solução de comunicação vai satélite, bem
mais barata que as VSATs convencionais, para atender a mercados como
o de IoT. A solução é complementar a redes celulares.

Por Wanise Ferreira

Executivos e investidores do mercado de Inter- Não há soluções


net das Coisas (IoT) e de Machine-toMachine (M2M) no mercado que
sabem que garantir a conectividade, especialmente
em áreas remotas, é um dos seus maiores desafios.
utilizem esse tamanho
Sem ela, todo o trabalho de levar informações em de antena de 60 cm
tempo real para servidores capazes de processar
Eloi Stivalletti,
esses dados e gerar insights valiosos para os negó- diretor
cios pode ser comprometido. Baseada nessa apre-
ensão, a Eutelsat deve trazer ao mercado brasileiro
uma solução de baixo custo, de fácil implementa-
ção e que pode ser complementar à utilização das
redes fixas e, principalmente, das móveis.

O Smart LNB é considerado pela gigante de sa-


télites como um produto extremamente competiti-
vo e que atende às necessidades de cobertura do
mercado brasileiro. A solução tem capacidade para
monitorar e controlar, em tempo real, dispositivos
distribuídos em qualquer local da área de cobertu-
ra. O LNB (Low-Noise Block Converter) é um equi-
pamento encontrado nas antenas parabólicas para
recepção de sinais de satélites.

“Atualmente, as redes móveis têm sido muito usa-


das para as aplicações de IoT e M2M. Mas elas têm
limitações de cobertura, principalmente em áreas
mais afastadas”, observa o diretor da empresa, Eloi
Stivalletti. Segundo o executivo, a proposta da com-
panhia não é a de competir com as operadoras mó-
veis, mas se tornar uma solução complementar.
foto | divulgação

O Smart LNB foi desenvolvido na França e atual-


mente está em operação comercial na Europa e nos
Estados Unidos. No Brasil, há uma plataforma de de-
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84
anuário tele.síntese | 2017

monstração e, em breve, o produto entrará em uma


prova de conceito para, então, ser lançado no país.
Atualmente, está utilizando a banda KU do satélite
Eutelsat 8 West B.

OPERADORAS
Segundo Stivalletti, um dos objetivos do desen- DE SERVIÇOS DE
volvimento do Smart LNB foi oferecer um produto COMUNICAÇÕES
mais barato comparado às soluções satelitais VSAT.
O custo mais competitivo do produto se deve, em
boa parte, à utilização de antenas de até 60 centíme-
PRODUTO INOVADOR
tros, a mesma utilizada para os serviços DTH (Direct SMART LNB
to Home). No Brasil, por enquanto, os testes estão
sendo em cima de uma antena de 75 centímetros.
EMPRESA
“Não há soluções no mercado que utilizem EUTELSAT
esse tamanho de antena”, ressalta o executivo. A
simplicidade de instalação e utilização do produ-
to também o tornam mais competitivo. De acordo Sigfox, que há dois anos adotou o Smart LNB como
com Stivalletti, o sistema trabalha com apenas dois uma das soluções da rede de IoT e M2M que ofe-
pontos de acesso, o terminal utilizado no cliente e a rece como provedor no mercado norte-americano.
estação central acessada via satélite. “Não são ne- A Sigfox anunciou este ano que deu início à cons-
cessários vários produtos como os demais sistemas. trução de uma rede sem fio para aplicações IoT no
Temos uma caixa interna para alimentar a energia mercado brasileiro.
e com um único cabo o sinal já sai IP”, diz.
A crise econômica que o Brasil vem enfrentando
Para simplificar ainda mais, a Eutelsat desenvol- nos últimos anos não chegou a afetar os contratos
veu um aplicativo para smartphones que auxilia o em andamento para utilização da capacidade sa-
usuário a fazer ajustes e checar o apontamento da telital da Eutelsat. Mas Stivalletti reconhece que,
antena sem a presença de técnicos especializados. no geral, muitos projetos foram adiados. “Com isso,
“Ele não tem que levar equipamentos caros e pesa- o crescimento esperado no mercado de satélites
dos para isso. Leva apenas o smartphone”, acrescen- também não veio”, ressalta.
ta. E o próprio produto pode ser deslocado para áre-
as diferentes conforme as necessidades do cliente. Com 39 satélites em todo o mundo, a Eutelsat
lançou no ano passado o triband E 65 West A, combi-
Segundo Stivalletti, o Smart LNB deverá estar nando as bandas C, KA e KU para cobertura do mer-
disponível no mercado brasileiro, no mais tardar, cado brasileiro. A banda C reforça a tran smissão de
no início de 2018. “IoT e M2M são segmentos muito vídeo entre continentes, enquanto a banda KU está
interessantes e queremos marcar nossa presença direcionada para DTH e oferta de conectividade. Já
com uma solução inovadora”, comenta. O executivo a capacidade da banda KA está toda alocada para
enxerga duas áreas que poderão ter uma boa aceita- Hughes que oferece, por esse canal, o seu serviço de
ção do produto, a de redes de energia elétrica e a de internet banda larga via satélite, o HughesNet.
agronegócios inteligentes. “O Brasil é muito forte na
área de agronegócios, mas até agora a agricultura Para dar suporte aos clientes desse e de outros
de precisão – que pressupõe o uso mais pesado de satélites que iluminam o Brasil, como o 8 West B, o
tecnologia – ainda é pouco explorada.” 12 West B e o 3B, a empresa montou um NOC (Cen-
tro de Operações de Rede) em Santana do Parnaí-
O Smart LNB vai chegar ao mercado brasileiro ba, no interior de São Paulo. Ele possui sistemas de
com um background gerado pelos atuais clien- telemétrica, comando e controle de alcance e de
tes do produto em vários países. Entre eles, está a monitoramento de radiofrequência de vídeos.
86
anuário tele.síntese | 2017

Informação precisa
para o instalador
Com sistema de georreferenciamento das caixas de distribuição
de FTTH, a Bignet facilita a instalação de equipamentos nas casas
dos clientes e melhora a produtividade da equipe de campo.

Por Roberta Prescott

Há cerca de dois anos, quando o provedor de Como o Google Maps


internet Bignet começou a atuar em uma região
de baixa renda no Guarujá, no litoral paulista,
na região era falho,
percebeu que confiar apenas em serviços de loca- tivemos que desenvolver
lização existentes não seria suficiente para orien- sistema próprio
tar seu pessoal de campo. Isso porque no bairro
Peter Franz Woiblet Junior,
de Morrinhos as soluções disponíveis não eram sócio-diretor
eficientes, apresentando muitas falhas e lacunas.
“Todo mundo usa Google Maps para localizar as-
sinantes, mas nesta região ele é muito falho. O
Street View nem passou pelas ruas de lá”, conta
Peter Franz Woiblet Junior, sócio da Bignet.

A empresa, há mais de 20 anos atendendo a


cidades da Baixada Santista, começou a oferta
residencial de serviço baseado em fibra óptica
(FTTH – do inglês Fiber To The Home) há cerca de
quatro anos. Antes, atendia apenas ao segmento
corporativo do mercado, ou seja, empresas dos
segmentos de indústria, comércio e órgãos de go-
verno. E nunca tinha enfrentado problemas com a
localização de endereços.

Quando resolveu levar o serviço para Morri-


nhos, deparou-se com entraves até então inéditos.
Ao contrário de outros bairros, lá o pessoal de
campo enfrentou dificuldade para se deslocar até
as residências e também para localizar as caixas
de distribuição mais próximas. “Eles ligavam para
a sede para pedir referência de onde estava algu-
ma residência e qual era a caixa mais livre. E, mui-
foto | divulgação

tas vezes, o técnico que estava na rua não sabia


exatamente nem onde ele se encontrava. Era tudo
demorado”, lembra Woiblet Junior.
premiados
87

Da necessidade surgiu uma oportunidade; e a


Bignet criou seu sistema próprio de georreferen-
ciamento e um aplicativo que permite ao instala-
dor saber a localização exata da casa do cliente
e receber as informações sobre a caixa de distri- OPERADORAS
buição mais próxima, como, por exemplo, a que REGIONAIS
distância ela se encontra e a quantidade de portas
livres. “Como todas as caixas de FTTH já eram, des-
de sempre, georreferenciadas no nosso sistema e PRODUTO INOVADOR
os clientes também, sabemos a ocupação de cada SISTEMA DE
uma delas”, explica o sócio.
GEORREFERENCIAMENTO
A criação do sistema e do aplicativo foi feita
por uma equipe interna, com o sócio concentran- EMPRESA
do grande parte do trabalho. Além do desenvol-
vimento, a equipe também fez a integração do
BIGNET
georreferenciamento à base de dados da Bignet e
à rede. O projeto durou seis meses e, quando fina-
lizado, teve seu escopo aumentado. O foco inicial Em campo, os técnicos precisam estar equi-
de facilitar o atendimento ao bairro de Morrinhos pados apenas com smartphones. “O consumo de
se expandiu. Hoje, a solução é usada pelo pessoal dados é bastante baixo. O plano de internet mó-
de campo que atende a todas as regiões cobertas vel que fornecemos para os técnicos é um pacote
pelo provedor. Da residência do cliente o instala- de 600 Megas por mês e é suficiente”, diz Woiblet
dor acessa a intranet da empresa e, pela geolocali- Junior, acrescentando que o aparelho celular não
zação do aparelho celular, o sistema sugere quais precisa ser sofisticado.
são as caixas mais adequadas para ligar e na or-
dem de preferência. O sistema de georreferenciamento foi coloca-
do em uso no começo do ano passado. O execu-
Outra funcionalidade é que o técnico pode tivo cita, entre as vantagens e benefícios obtidos,
ficar na proximidade de um poste com caixa de o aumento de produtividade, a rapidez de iden-
distribuição e, por meio do aplicativo que reco- tificação em campo do melhor trajeto e da caixa
nhece sua localização, ele recebe a informação com disponibilidade mais próxima para atender à
da ocupação da caixa, sem necessidade de subir instalação do cliente, além de economia de cabos,
na escada e/ou abrir a caixa de distribuição para maior segurança para o instalador que só precisa
identificar se há portas disponíveis. “O sistema aju- subir no poste e abrir a caixa depois da identifica-
dou a maximizar o uso da rede para achar sempre ção prévia pelo sistema.
a melhor posição de caixa”, aponta Woiblet Junior.
Atuando desde 1995, a Bignet conta com 12 téc-
Tais funcionalidades também são importantes nicos e atende às cidades de Guarujá, Santos, São
na hora de se identificar rompimentos de cabos Vicente, Cubatão e Praia Grande, na Baixada San-
ou comprometimento da rede. Outro benefício tista, cobrindo áreas com redes de fibra óptica e ou-
é identificar os clientes inadimplentes que es- tras regiões ainda com comunicação via rádio.
tão ocupando espaço na caixa. O sistema, relata
o sócio, aponta quem está cancelado há mais A empresa oferece serviços de data center
tempo para que o técnico possa usar a porta. “Isto (hospedagem), de gateways e VPNs para o merca-
nos ajudou a maximizar o resultado. Consigo do corporativo. Para o mercado residencial, além
desligar clientes que não estão pagando, algo da banda larga, provê telefonia e TV paga, este em
que, antes, só com inspeção visual, não era pos- parceria com a iON TV. O faturamento anual da
sível fazer”, conta. empresa está na casa dos R$ 6 milhões.
88
anuário tele.síntese | 2017

O conteúdo mais
perto do cliente
A Mob Telecom, que está dobrando de tamanho,
aumentou o faturamento em 104%, no ano de 2016, e aposta
em CDN para melhorar a qualidade da banda larga.

Por Roberta Prescott

Levar o conteúdo para mais perto do usuário,


melhorar a qualidade da conexão e o serviço de in- Nossa oferta de banda
ternet banda larga. Esses foram os objetivos da Mob larga tem um diferencial,
Telecom quando criou, há um ano, dentro de seu
data center de Fortaleza (CE), uma rede de distribui-
pois melhora a
ção de conteúdo (CDN, do inglês Content Delivery experiência do usuário
Network). “Com o CDN, percebemos que a nossa
Vanderson Santana
oferta de banda larga adquire um diferencial, pois
diretor comercial
melhora a experiência do usuário. Essa oferta fez
crescer o faturamento geral em 104%, em 2016, em
relação a 2015. Olhando apenas para o produto de
banda larga, o crescimento foi de cerca de 200%, em
2016, em comparação ao ano anterior”, destaca Van-
derson Santana, diretor comercial da operadora.

A Mob Telecom espera faturar R$ 100 milhões


em 2017. Nos últimos três anos, vem dobrando de
tamanho – reflexo da expansão territorial e, mais
recentemente, da retomada do foco no mercado
residencial. A empresa espera crescer na casa dos
70% este ano de 2017, e conta com esse segmen-
to para bater a meta. “Estamos bem posicionados
no mercado corporativo. Mas ficamos muito tempo
sem investir no residencial, que estava adormecido.
Há um ano resolvemos apostar novamente nesse
nicho. Então, nos demos conta de que precisávamos
ter uma internet banda larga que fizesse a diferen-
ça”, explica Santana.

A fibra óptica já estava na camada de infraestru-


tura de backbone há cinco anos, mas faltava che-
gar à casa do cliente. Assim, o plano que vem sendo
foto | divulgação

executado para conseguir prover o serviço até a


casa do usuário, segundo Santana, é passar fibra em
uma cidade por mês. Em paralelo, para implantar
premiados
89

o CDN, a empresa fechou contrato com provedo-


res de conteúdo como Facebook, Google e Akamai.
Sem dar muitos detalhes, Santana diz que o mode-
lo de negócio com esses parceiros não segue um

padrão único, mas é variável, dependendo do caso. OPERADORAS
REGIONAIS
Além do data center instalado em um container
próprio em Fortaleza, a Mob Telecom utiliza CDNs
regionais, que ficam dentro de estruturas menores, PRODUTO INOVADOR
em pontos de presença (POP) nas cidades de Jua- CDN REGIONAL
zeiro do Norte e Sobral (CE), São Luís (MA), Teresina
(PI), Salvador (BA), Natal (RN), Recife (PE), João Pes-
soa e Campina Grande (PB). Com servidores regio- EMPRESA
nais armazenando os principais conteúdos, a rede MOB TELECOM
é otimizada e o acesso à internet fica mais rápido.

Com 21 anos de operação, a empresa começou


como importadora de produtos de informática no Além do CDN, a Mob Telecom tem um portfólio
Ceará. Depois tornou-se um provedor de acesso à in- complementar, com produtos como a conectivida-
ternet discada. Hoje, oferece conectividade para os de inteligente, que permite que o cliente usufrua
mercados residencial, corporativo e de atacado, com da conexão à internet de acordo com o perfil dos
entregas para provedores regionais de acesso à in- seus usuários. “Por exemplo, um ISP que tem um
ternet, como link dedicado de dados; produtos para perfil de tráfego com X% para CDNs locais pode-
governo, como conectividade, dados e MPLS; e para rá, previamente, optar por esse direcionamento do
o segmento corporativo, como rede de dados, conec- serviço, o qual tem um custo 30% inferior ao servi-
tividade e produtos de computação em nuvem. ço sem essa personalização”, explica Santana. Lan-
çada em janeiro deste ano, a conexão de dados e IP
Um marco na história da Mob se deu entre qua- personalizada conforme necessidades de tráfego
tro e cinco anos atrás, quando a empresa decidiu do cliente atende às demandas do atacado, como a
investir no mercado de banda larga, mudando o dos provedores de acesso à internet.
posicionamento para tornar-se uma operadora re-
gional de conectividade. “Apostamos em infraes- Outra oferta é a plataforma interativa e esca-
trutura de fibra óptica, levando a rede até a casa lável de computação em nuvem, a Cloud Mob. De
do usuário, e expandimos a cobertura para outras acordo com o diretor comercial, trata-se de um pro-
cidades do Ceará e de outros estados das regiões duto da linha data center, cujo objetivo é atender a
Nordeste e Norte”, relata Santana. aplicações em nuvem que tenham alto volume de
acessos e que necessitem de autonomia e flexibi-
Atualmente, a Mob Telecom tem cem pontos lidade para alterar ou personalizar a capacidade,
de presença em nove estados do Nordeste e mais seja constante ou periódica. “Criamos essa opção
o Pará, com gerenciamento concentrado em Be- em fevereiro deste ano e já constatamos que existe
lém (PA). Para o próximo triênio, a meta é chegar um alto potencial no segmento corporativo, prin-
a todas as principais cidades com mais de 100 mil cipalmente, para pequenas e médias empresas”,
habitantes do Norte e Nordeste do país, puxando diz ele.
fibra óptica até as moradias. Santana, no entanto,
não estima quantos nem quais municípios estão na Santana reforça que, com esses produtos, a pro-
mira. A rede de fibra óptica alcança aproximada- posta da Mob Telecom é se posicionar como uma
mente 8 mil quilômetros. Na carteira de assinantes, empresa “que tem uma excelente infraestrutura,
somam-se pouco mais de 30 mil diretos e por volta mas avança dia após dia em soluções completas
de 500 mil indiretos. alinhadas às necessidades do mercado”.
90
anuário tele.síntese | 2017

Conexão para
o cooperado
A Coprel Telecom leva conexão de qualidade às áreas rurais do
Rio Grande do Sul, pegando carona na infraestrutura de energia elétrica da Coprel
Energia. Depois de atender às pequenas cidades, vai cobrir os distritos.

Por Roberta Prescott

A Coprel Telecom nasceu de uma necessida-


de dos sócios da cooperativa de energia elétrica Chegamos com fibra
Coprel Energia de levar internet ao interior do Rio
nas cidades. Nos
Grande do Sul. A empresa aproveitou a infraestrutu-
ra de energia elétrica para montar seu backbone de distritos, o sinal é
fibra óptica. E, assim, pegando carona na rede elé- distribuído por rádio
trica, conseguiu conectar áreas de baixa densidade
Jânio Vital Stefanello,
populacional. Tarefa que continua a desenvolver. presidente

De acordo com Jânio Vital Stefanello, presiden-


te da Coprel Telecom, o maior desafio para levar
internet às áreas rurais está em como acessar locais
distantes, o que, normalmente, implica alto custo
para atender áreas de baixa densidade demográ-
fica. No caso da Coprel Telecom, um dos fatores
de sucesso foi a sinergia com a cooperativa elé-
trica. “Conforme foi aumentando a área de cober-
tura com energia, fomos levando a fibra. A Coprel
Telecom tem mais 1.800 km de fibra óptica estendi-
da em 15 municípios”, revela.

Este modelo vem permitindo à empresa ofertar


internet de qualidade ao interior do estado. “A gran-
de reclamação que ouvíamos era de que no interior
a internet não funcionava, que não tinha banda sufi-
ciente. Assim, nossa proposta foi levar internet rural
com banda larga boa”, destaca. Com a internet em
fibra, os produtores rurais podem expandir o uso de
tecnologia da informação e incorporar soluções de
TI para o agronegócio, por exemplo.

A Coprel Telecom vem atuando há seis anos, pe-


foto | divulgação

ríodo em que investiu cerca de R$ 40 milhões na im-


plantação do backbone de fibra ótica, na instalação
de um data center e em links de redundância. “Che-
premiados
91


gamos com fibra na cidade, com GPON (Gigabit
Ethernet Passive Optical Network). Para os peque-
nos distritos, levamos a fibra óptica e, por torre, jo-
gamos o sinal via rádio para o interior”, explica.
OPERADORAS
Com essa arquitetura, a Coprel Telecom alcança REGIONAIS
hoje 20 municípios, sendo 14 atendidos diretamente
com fibra óptica e os demais via rádio. Agora, a meta PRODUTO INOVADOR
é ampliar a capilaridade da rede, levando a fibra
até os distritos das cidades onde já existe a rede de INTERNET RURAL
energia elétrica. “Estamos começando pelos distritos
que são mais próximos da sede do município. Do dis- EMPRESA
trito, o sinal vai via rádio até as propriedades rurais.
O desafio para os próximos cinco anos é chegar a
COPREL
toda a área atendida pela Coprel Energia.” Prestes
a completar 50 anos, a Coprel Energia levou ener-
gia elétrica a 70 municípios com alto potencial para
o agronegócio. é analisar a viabilidade do empreendimento, ver
se vamos por fibra óptica ou rádio. Existem muitos
O presidente explica que a infraestrutura está pequenos municípios, com cinco mil habitantes, en-
passada, faltando o plano de negócios para inau- tão, temos de ver qual será a estratégia comercial
gurar a operação nos pequenos municípios. “Agora para cada um”, diz Stefanello.

SAVE
THE DATE
5 a 7 de Junho de 2018
92
anuário tele.síntese | 2017

Dentro do prédio,
um cabo ecológico
Entre os componentes inovadores do MAX GREEN, cabo da
Furukawa para usuários de cabeamento estruturado, está a cobertura
de polietileno à base de etanol, derivado da cana-de-açúcar.

Por Anamarcia Vainsencher

O desafio tecnológico que se colocava à Furuka-


wa Electric LatAm S/A era produzir um cabo com O composto à base
diâmetro reduzido e fabricado à base de componen- de etanol colabora
tes inovadores e não prejudiciais ao meio ambiente,
voltado para usuários empresariais de cabeamento
para a redução do
estruturado, que consideram importante o quesi- efeito estufa
to sustentabilidade. O resultado foi o GigaLan Max Leonel Rodrigues,
Green Categoria 6 LSZH (Low Smoke Zero Halogen), gerente de Produtos
100% reciclável, concebido e desenvolvido no país
e produzido na unidade industrial de Curitiba (PR).

O novo produto Furukawa não tem similar no

foto | divulgação
mercado internacional, ou seja, não tem concorren-
tes no segmento de cabos para transmissão de da-
dos. De acordo com Leonel Rodrigues, gerente de
Produtos da fabricante, as novidades do cabo cate-
goria 6 incluem a cobertura feita com polietileno à
base de etanol (derivado da cana-de-açúcar); a não
utilização do elemento central crossweb (separa-
dor tipo cruz), o que permite reduzir o seu diâmetro
para até 5,6 mm (em relação aos tradicionais 6,1 a
6,2 mm), dependendo do duto onde será instalado;
ocupar até 25% menos espaço nas calhas ou dutos;
e proporcionar mais flexibilidade à instalação. A di-
minuição do diâmetro, por sua vez, implica neces-
sidade menor de infraestrutura para colocação do
cabo, e facilidade para o instalador que pode arran-
car o crossfiller, em vez de cortá-lo.

Segundo a Furukawa, o Max Green é o único


cabo para transmissão de dados no mundo que uti-
liza cobertura reciclável. A vantagem do composto
foto | divulgação

à base do etanol consiste na utilização da cana-de


açúcar como base do polietileno, que captura e fixa
gás carbônico da atmosfera durante a sua produ-
premiados
93


ção, o que colabora para a redução da emissão dos
gases causadores do efeito estufa. Rodrigues lem-
bra que a tradicional cobertura de cabos é feita de
PVC, derivado de petróleo à base de halogênio que,
em caso de incêndio, contribui para a propagação FORNECEDORES
do fogo e gera monóxido de carbono – gás tóxico e DE PRODUTOS
volátil que pode ocasionar queimaduras na pele e
nas vias respiratórias. Já o Max Green, por sua com-
posição, nem pega fogo, nem propaga chamas.
PRODUTO INOVADOR
GIGALAN
Lançado em dezembro de 2016, o Max Green MAX GREEN
Furukawa foi bem recebido pelo mercado: a fabri-
cação de cabos LSZH cresceu quatro vezes, de 250
quilômetros mensais para mil. Um dos primeiros EMPRESA
usuários do novo cabo foi o Hospital Oswaldo Cruz, FURUKAWA
na cidade de São Paulo, cuja reforma precisaria
ser feita sem alteração na infraestrutura do prédio.
De acordo com o fabricante, aos usuários finais, o
Max Green proporciona aumento da capacidade de
banda larga e preservação do investimento reali- na aquisição de cabos de sua fabricação. O cliente
zado pelos operadores do serviço móvel celular na avisa à fabricante, que se responsabiliza pelo trans-
implementação das redes 2G e 3G. porte e frete. Entre seus benefícios estão a menor
utilização de recursos não renováveis; economia de
O novo cabo Furukawa, cujo preço é similar ao energia e recursos naturais; proteção do ambiente
do cabo convencional com crossfiller, pode ser uti- contra materiais nocivos à natureza e à saúde hu-
lizado em vários padrões de redes locais, e abre mana; e incentivos econômicos e comerciais aos
novas oportunidades de mercado para a fabrican- seus integradores para fomentar o Green IT.
te. “Estamos recebendo pedidos de informações do
exterior”, informa o gerente. As solicitações vêm de O que está em questão é o destino final do PVC
países da América do Sul e da Europa. Nessa última, contido nos cabos que pode tanto ser o lixo comum
a aprovação pelas diretivas europeias RoHS (Res- ou a queima. Nesta, o PVC libera danosas quantida-
triction of Hazardous Substances) e a recente certi- des de cromo (Cr), cloro (Cl), ácido clorídrico (Hcl),
ficação CPR (Construction Products Regulation) são chumbo (Pb), cádmio (Cd) e dióxidos. Do chumbo,
fatores fundamentais para a conquista de clientes. 40% vão para a atmosfera, e 50% do cromo também.
O restante é depositado no solo.
Reforçando a importância da sustentabilidade
para a companhia, Leonel Rodrigues destaca o Pro- Tanto o chumbo como o cromo são elementos
grama Green IT Furukawa, destinado a racionalizar extremamente tóxicos e cancerígenos que podem
a utilização de recursos não renováveis com o tra- causar deformações genéticas, alergias, problemas
tamento de resíduos provenientes do descarte de respiratórios, desmineralização dos ossos e irrita-
produtos de cabeamento estruturado. A iniciativa ções em olhos e mucosas.
envolve a permuta de sobras de cabos eletrônicos e
de energia (independentemente do fabricante) por Daí a importância de se tratar adequadamente
cabos novos Furukawa. os resíduos. Os processos da Furukawa são certifi-
cados pelos respectivos órgãos da área ambiental.
No programa, o descarte da sucata (cobre e E essa é a sua responsabilidade específica dentro
plástico) do cliente é separado e destinado à re- das etapas do ciclo de vida do produto para garan-
ciclagem para a fabricação de outros produtos, e tir as melhores práticas para a sustentabilidade do
concede ao usuário de cabos da companhia crédito planeta, lembra Rodrigues.
94
anuário tele.síntese | 2017

Banda larga: segurança


na instalação
A caixa de terminação óptica conectorizada da 3M
permite isolar o lado da rede do lado da ativação do cliente,
reduzindo riscos.

Por Anamarcia Vainsencher

Atenta à tendência de evolução tecnológica dos


clientes, especialmente os do segmento de Prove- As características da
dores de Serviços Internet (ISPs), a Divisão de Tele- CTO atendem também
comunicações e Eletrônicos da 3M do Brasil obser- a empresas de mercados
vou que as empresas passavam a investir em redes
ópticas. Mais do que isso: aceleravam a migração
desenvolvidos
do cabeamento metálico para o óptico para ofere- André Amaral,
cer melhor qualidade de serviço de banda larga, e gerente de Vendas e Marketing
maiores velocidades, a seus usuários. E começaram
a despontar como um segmento relevante do mer-
cado de telecomunicações.

Diante dessa constatação, a companhia deu o


passo seguinte, afirma André G. Amaral, gerente de
Vendas e Marketing da Divisão de Telecomunica-
ções e Eletrônicos: conceber e desenvolver no Bra-
sil a Caixa de Terminação Óptica de Conectoriza-
ção Interna para Redes FTTH 3M CTO NG16 (CTO).
O produto que levou em conta as peculiaridades
do mercado local, observa Marcelo Camaki, enge-
nheiro de Desenvolvimento de Aplicações da sub-
sidiária brasileira.

Filial de um conglomerado com sede nos Esta-


dos Unidos, a 3M do Brasil iniciou suas operações
no país em 1946, na cidade de Campinas (SP). De
acordo com informações do site da companhia,
hoje, sua administração e seu maior parque fabril
se localizam na cidade de Sumaré (SP). Outras uni-
dades estão nas cidades de Ribeirão Preto, Itapeti-
ninga, Mairinque, São José do Rio Preto – todas no
Estado de São Paulo – e Manaus (AM) e Bom Princí-
foto | divulgação

pio (RS). Detentor de tecnologia diversificada, entre


elas a de comunicações ópticas, o grupo é organi-
zado em unidades de negócios reunidas em seis
Cabos
Ópticos

www.cablena.com.br

M.R.
96
anuário tele.síntese | 2017


grandes mercados, entre os quais os de segurança,
produtos elétricos e comunicações. No setor de te-
lecomunicações, a gama de produtos inclui redes
internas, ópticas, metálicas e wireless.
FORNECEDORES
Lançada no segundo semestre de 2016, a Caixa DE PRODUTOS
de Terminação Óptica de Conectorização Interna
para Redes FTTH 3M CTO NG16 pode ser utilizada PRODUTO INOVADOR
por ISPs e operadoras, mas seu mercado-alvo são
os provedores de acesso à internet, segmento muito
CTO NG16
pulverizado que envolve mais de 4 mil prestadores
de serviços que vêm acelerando a opticalização de EMPRESA
suas redes, sobretudo nos dois últimos anos, segun-
do Amaral. Trata-se de um segmento que vem cres-
3M DO BRASIL
cendo à casa dos dois dígitos, mesmo em tempos de
forte retração econômica, e que, por isso mesmo,
tem atraído a atenção da indústria de telecomuni-
cações. A 3M não é a única a desenvolver produto De acordo com a fabricante, a CTO NG 16 foi
focado prioritariamente nesse segmento de merca- concebida a partir de diversos inputs de provedo-
do, que, em seu conjunto, representaria uma quarta res e operadoras. Entre as inovações do produto, a
operadora brasileira. 3M do Brasil aponta a clara separação/isolamento
entre os lados rede e ativação, o que resulta em
Além de diferentes tipos de cabos ópticos e menor risco de desconexão acidental ou rompi-
CTOs, esse segmento de mercado também foi brin- mento da fibra. Essa separação, uma característica
dado com caixas de emendas ópticas personali- exclusiva da CTO, torna rede e ativação inacessí-
zadas (para rede externa) para evitar furtos, por veis de forma simultânea, o que impede a manipu-
exemplo. E os provedores de maior porte já têm à lação incorreta de suas partes. Outra novidade é a
sua disposição um sistema de transmissão óptica possibilidade de conectorização de drop em solo,
sob medida, sem falar nas muitas soluções GPON diminuindo possíveis acidentes de trabalho resul-
(Gigabit Passive Optical Network), de tecnologia tantes da colocação da caixa sobre postes. A CTO
nacional ou estrangeira. resolve o problema de interrupção dos serviços de-
vido a falhas operacionais na ativação de usuários
O preço e a tecnologia da CTO da 3M foram ade- FTTH, e diminui tempo/custo de instalação de no-
quados ao perfil dos ISPs, cujo feedback “tem sido vos assinantes.
interessante”, sobretudo em função da facilidade
de instalação e da qualidade da caixa, avalia Ama- Adicionalmente, a CTO NG16 da 3M pode
ral. Além disso, lembra, os pequenos ISPs “tomam acompanhar a expansão dos negócios do cliente
corpo e se tornam regionais.” Alguns já atuam em para até 16 assinantes na medida em que, quanto
150 cidades, o que exige cobertura maior. mais assinantes, menores são os gastos de capital
(CaPex). Ainda como diferencial da caixa, a fabri-
A equipe da Divisão de Telecomunicações e Ele- cante inclui a replicação do sistema de retenção
trônicos da 3M do Brasil dispõe de laboratórios e mecânica ECAM (Electronic Centralized Aircraft
ferramentas para a concepção e desenvolvimento Monitor), produzido exclusivamente na França
de suas linhas, mas que são pensadas para itens se- para o sistema brasileiro e cuja patente mundial
melhantes em escala global. “As características da é 3M. Entre os inúmeros desafios tecnológicos
caixa também atendem às necessidades de empre- superados para a fabricação da caixa, a empresa
sas de mercados desenvolvidos”, enfatiza o geren- também destaca o desenvolvimento de moldes e
te. Segundo ele, existem testes da CTO em países fornecedores com precisão necessária para am-
da América Latina, da Europa e do Oriente Médio. bientes ópticos.
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98
anuário tele.síntese | 2017

Um algoritmo para
gerenciar chamadas
Baseado em inteligência de máquina, o algoritmo permitiu o
desenvolvimento de uma ferramenta que automatiza os atendimentos
do call center, eliminando as chamadas não produtivas.

Por Anamarcia Vainsencher

Empresa de capital fechado, com pouco mais


de duas décadas de existência, a Khomp projetou e As ligações não
produziu o KMG Analytics com a finalidade de ad- produtivas geram
ministrar as dificuldades de call centers e contact
centers na gestão de chamadas telefônicas. Afinal
gastos que podem
essa é a especialidade dessa empresa de Florianó- ser eliminados
polis (SC): a comunicação de voz em várias tecno- Marcus Vinicius Cruz Xavier,
logias e um amplo portfólio de soluções de conver- diretor de Tecnologia
gência entre computador e telefonia.

O KMG Analytics, um algoritmo baseado em


aprendizado de máquina, deu à Khomp o terceiro
lugar na categoria Fornecedores de Produtos do
Prêmio Anuário Tele.Síntese de Inovação em Comu-
nicações 2017.

A ferramenta desenvolvida pela Khomp, empre-


sa focada em inovação para a área de Serviços de
Valor Agregado (SVA), de acordo com o CTO Marcus
Vinicius Cruz Xavier, roda em hardware próprio ou
de terceiros, e é comercializada via licenciamento.
Que também adiciona recursos para APIs, acres-
centa o diretor comercial Alexandre Prado. E não
se pense, observa Vinicius, que problemas de infra-
estrutura de telecomunicações são exclusivos do
Brasil, já que também existem em países desenvol-
vidos. E lá, como aqui, tais problemas dificultam o
tráfego de informações.

No início de 2017, a Khomp pesquisou junto a


clientes previamente selecionados, para medir a
apuração das chamadas. Essa avaliação indicou a
foto | divulgação
foto | divulgação

ocorrência de uma média de 50% de chamadas im-


produtivas, isto é, que não atingem os seus objetivos,
o que ocorre por vários motivos, como a qualidade
premiados
99


do mailing ou a indisponibilidade do número. “Mas o
fato é que o volume de ligações não produtivas gera
gastos como tempos de operadora e de ação huma-
na, e ocupação da banda telefônica”, explica o CTO.
FORNECEDORES
Para resolver tais problemas, diz, a Khomp DE PRODUTOS
concebeu e desenvolveu no país o KMG Analytics,
ferramenta que automatiza a qualificação dos
atendimentos que devem, ou não, ser finalizados. SERVIÇO INOVADOR
Baseado no reconhecimento de padrões de áudio
e sinalização, o Analytics – um classificador de cha-
KMG ANALYTICS
madas – funciona como tomador de decisões que
qualifica e, quando é o caso, notifica o gateway, que EMPRESA
interrompe a chamada em até três segundos. Além
disso, reporta a causa ao sistema discador.
KHOMP

Nesse caso, novas chamadas em rotas alterna-


tivas podem ser disparadas automaticamente pelo existem integradores que adequam a interface de
gateway, sem sobrecarregar o discador. Nos casos análise de resultados do KMG Analytics e a reven-
de atendimento por caixa postal ou secretária ele- dem com sua própria marca. O analisador Khomp
trônica, o classificador interrompe a ligação antes não está sozinho no mercado: duas empresas de-
da cobrança, ou deixa uma mensagem pré-gravada senvolveram ferramenta semelhante.
e derruba as chamadas que não geram retorno à
operação (como sinal de fax). Possibilita, ainda, dei- Para o usuário do Analytics, informa a empresa,
xar uma mensagem de áudio para chamadas classi- a principal vantagem é o aumento da produtivida-
ficadas como caixa postal. de das atendentes do call center, graças à redução
a praticamente a zero do tempo de ociosidade.
O analisador Khomp é um algoritmo baseado Aquele ganho, de seu lado, torna possível atender
em aprendizado de máquina (machine learning, maior número de clientes, assim como acrescentar
ML), um segmento de inteligência artificial. No mer- novas ofertas de serviços, o que, consequentemen-
cado desde os anos 1990, nos últimos cinco o uso te, gera evolução da receita. E o fato de derrubar
do ML vem aumentando graças à conjugação de fa- chamadas improdutivas antes da tarifação também
tores como a alta disponibilidade de dados digitali- significa redução de custos nas tarifas telefônicas
zados, a capacidade de armazená-los e o aumento das empresas e call centers.
de desempenho das CPUs. Esse conjunto de possi-
bilidades também proporcionou o aprimoramento A base de clientes Khomp é constituída por 2 mil
dos produtos Khomp, cujo processamento, segundo desenvolvedores de apps de telecom no país, que
a companhia, é cada vez mais robusto. Hoje, a linha fornecem para escritórios regionais na América La-
KMG MS pode atender, em um único gateway, até tina (Colômbia, México) e Estados Unidos, Europa
1.500 chamadas VoIP simultâneas, todas com análi- (Barcelona) e Canadá. Em suma, a companhia ex-
se e encaminhamento do KMG Analytics. porta tecnologia made in Brazil. Ela atende a quarto
segmentos de clients: call centers e contact centers,
“O KMG Analytics também é uma inovação no operadoras, integradores e revendas, e empresas e
mercado internacional”, afirma Vinicius. De acordo condomínios. E sua linha de produtos vai de interfa-
com informações da Khomp, a empresa desenvolve ces de telefonia e media gateways a telefones inteli-
a base para que seus clientes integradores entre- gentes e appliances, sem falar dos produtos que co-
guem para clientes finais (empresas e call centers) mercializa em OEM. Conta ainda com uma robusta
um sistema customizado para atender às suas ne- carteira de aplicações para os segmentos de merca-
cessidades específicas. Assim, a fabricante sabe que do que atende.
100
anuário tele.síntese | 2017

Serviço bancário
online e gratuito
O aplicativo foi criado com a proposta de ser uma
plataforma online para organizar as finanças e facilitar a vida
dos microempreendedores individuais

Por Roberta Prescott

Ricardo Capucio Borges era sócio de um escri-


tório de advocacia especializado em direito de tec- O aplicativo é similar
nologia quando percebeu que existia uma significa- a uma conta bancária
tiva demanda de mercado para serviços de banco
digital por meio do celular. Em 2013 – mesmo ano
acessada por
da nova regulamentação do Banco Central para internet banking
meios de pagamento, com principal foco nos servi-
Ricardo Capucio Borges,
ços móveis –, ele vendeu sua participação na socie- CEO
dade e aceitou um convite para fazer parte de um
projeto de plataforma de pagamento móvel. Ali co-
meçou a ser idealizada a conta.Mobi, empresa que
provê o serviço de conta digital gratuita voltada a
microempreendedores individuais (MEIs).

Entre a saída do escritório e a abertura da nova


empresa, que começou a funcionar, efetivamen-
te, em fevereiro de 2015, o executivo passou uma
temporada estudando os processos de criação de
negócios de grande escala na Universidade Stan-
ford, nos Estados Unidos. A formação foi necessária,
uma vez que a conta.Mobi foi idealizada com uma
meta ambiciosa: atingir um milhão de clientes, até
o final de 2018. Atualmente, a carteira contabiliza
30 mil clientes. Mas há muito mercado a explorar.
“No Brasil, temos 7 milhões de microempreendedo-
res formalizados que transacionam R$ 320 bilhões
por ano. Porém, esse é um mercado que poderia ser
maior, pois existem entre 20 milhões a 25 milhões
de empreendedores que atuam como pessoa físi-
ca e têm intenção de tirar CNPJ”, justifica Borges,
CEO da empresa.
foto | divulgação

A solução, com desenvolvimento 100% nacional,


é simples, rápida de implantar e não requer proce-
dimentos burocráticos. O empreendedor pode ter
premiados
101


sua conta digital – que é integrada a um software
contábil gratuito – simplesmente baixando um apli-
cativo. O sistema funciona via web ou no celular,
adquirido pelas lojas dos sistemas operacionais FORNECEDORES DE
Android e iOS. Não há cobrança de download nem SOFTWARE E SERVIÇOS
pagamento de mensalidade. Também não é neces-
sário comprovação de renda, ou consulta aos sis-
temas de crédito, como SPC e Serasa. “O app tem SERVIÇO INOVADOR
uma lógica similar à de uma conta-corrente acessa- CONTA.MOBI
da por internet banking. A diferença para as contas
tradicionais é que nesta não há crédito, saque ou
aplicação”, ressalta Borges. EMPRESA
CONTAMOBI
O usuário não precisa sequer ser cliente de al-
gum banco para ter a conta digital. Em versão para
pessoa jurídica, a conta digital permite ao micro-
empreendedor individual controlar suas entradas
e saídas de dinheiro, efetuar pagamentos online, abertura de uma conta bancária, principalmente
receber por meio de boletos, fazer transferências em pessoa jurídica (com CNPJ), devido às exigên-
entre cartões e contas bancárias, automatizar os cias de documentos, burocracias e custos incompa-
sistemas de recebimento. A solução oferece máqui- tíveis com seus faturamentos. A proposta da conta.
na para pagamento com cartões de crédito e dé- Mobi é justamente facilitar a inserção desses em-
bito, sem cobrar mensalidades. O usuário também preendedores no sistema financeiro, proporcionan-
tem direito à consultoria de uma rede credenciada do a eles uma alternativa acessível e prática para
de contadores pela Federação Nacional das Empre- a gestão dos seus negócios. As tarifas cobradas por
sas de Serviços Contábeis (Fenacon). O app permite meio das quais a empresa se remunera são inferio-
até contratar serviços e classificar a qualidade do res à média do mercado, segundo Borges.
atendimento contábil. Todas essas ferramentas são
integradas em um único ambiente. Desde que foi concebida, a fintech (empresa de
base tecnológica voltada ao mercado financeiro) já
A conta.Mobi opera com a bandeira Visa, agente recebeu quatro rodadas de investimentos – cujos
financeiro responsável por processar os pagamen- valores Borges não revela. “A taxa média de cres-
tos. O MEI pode solicitar o cartão de débito Visa in- cimento ao mês, sem agressividade de plano de
ternacional para usar no dia a dia, fazendo compras marketing, está em 30%”, diz o empresário.
e efetuando saques. De acordo com Borges, a solu-
ção até substitui o banco em alguns aspectos, por Atualmente, a equipe de desenvolvedores está
exemplo, oferecendo funcionalidades práticas para estudando possibilidades de evolução da ferramen-
o modelo de cartões pré-pagos. ta. Como, por exemplo, a adoção da tecnologia de
blockchain, conceito que visa a descentralização
Um dos valores agregados da ferramenta é a como medida de segurança. E a plataforma será ex-
possibilidade oferecida aos MEIs de se profissio- pandida, no próximo semestre, para incluir um ser-
nalizarem e de organizarem suas finanças em- viço que permitirá um novo gateway de pagamen-
presariais. Com a conta de pessoa jurídica, o MEI to. “Estamos também abrindo a nossa solução para
pode separar as receitas e as despesas da empresa distribuidores que queiram levar o aplicativo para
de sua conta pessoa física – o aplicativo também outras cidades. O interior tem carência de soluções
oferece a conta digital de pessoa física. de pagamento simples como a nossa”, adianta Bor-
ges. Segundo ele, no próximo semestre algumas
Segundo Borges, cerca de 80% dos empreen- distribuidoras já vão comercializar a solução em
dedores autônomos enfrentam dificuldades já na pequenas cidades, por meio de parcerias.
102
anuário tele.síntese | 2017

Uma base aberta para


aplicações em IoT
CPqD desenvolve plataforma de tecnologias para
desenvolvimento para Internet das Coisas, com objetivo
de fomentar soluções voltadas a cidades inteligentes

Por Roberta Prescott

O Brasil já dispõe de uma plataforma de Inter-


net das Coisas (IoT, na sigla em inglês), com foco A ideia é reunir a
nas necessidades das cidades inteligentes. A solu- comunidade de
ção foi desenvolvida pelo CPqD, a partir de um pro-
desenvolvedores para
jeto submetido ao Fundo para o Desenvolvimento
Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), do fomentar aplicações
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Co-
Maurício Casotti,
municações (MCTIC). A Plataforma IoT – Estrutura gerente de Marketing de Produto
Aberta de Tecnologias para Internet das Coisas e
suas Aplicações, desenvolvida em códigos abertos,
é composta por microsserviços, que são acessados
por meio de APIs abertas (API, sigla em inglês que
significa Interface de Programação de Aplicações).

A plataforma foi desenhada para oferecer fun-


cionalidades nas camadas de middleware IoT, como
gestão de dispositivos e integração dos dados por
meio de diversos protocolos; de segurança, com
autorização, gestão de identidade e criptografia;
e de suporte à aplicação, com criação de fluxos
de dados, Big Data e aprendizado de máquina
(machine learning).

Maurício Casotti, gerente de Marketing de Pro-


duto do CPqD, diz que, em 2015, após observar o
que estava acontecendo no mundo da Internet das
Coisas, o CPqD entendeu que seria importante para
o Brasil ter uma plataforma com essa vocação. “Os
recursos chegaram no final de 2016 e o projeto co-
meçou a ser executado em janeiro deste ano, mobi-
lizando um time de 12 pessoas”, conta.
foto | divulgação

A ambição do CPqD com essa plataforma é


propiciar um ambiente livre para resoluções de
problemas das cidades por meio da IoT, principal-
premiados
103


mente em três áreas: saúde, mobilidade urbana e
segurança pública. “O projeto habilita e utiliza-se
do conceito de inovação aberta. Assim, qualquer
ideia nesse sentido, ou, empresas que já tenham FORNECEDORES DE
ou desejam ter aplicações nessa tecnologia podem SOFTWARE E SERVIÇOS
se beneficiar da plataforma e criar provas de con-
ceitos”, explica Casotti. A ideia, reforça ele, é reunir
a comunidade de desenvolvedores para fomentar SERVIÇO INOVADOR
aplicações: “Queremos que as cidades se apropriem PLATAFORMA IOT
desses códigos e criem um ecossistema que ajude a
evoluir a plataforma focando em problemas reais”.
EMPRESA
A Plataforma IoT é baseada em interfaces pa- CPqD
dronizadas e em um conjunto de componentes de
código aberto que teve contribuição de centenas
de desenvolvedores, empresas e parcerias público-
-privadas. São padrões e componentes de referên-
cia especificados no projeto Fiware da Comunidade da rede pública. Há, ainda, provas de conceito em
Europeia, que, quando são combinados e aprimo- andamento para coletar informação de sensores de
rados, podem constituir uma Plataforma IoT. Essa consumo de energia elétrica e levar os dados para
base tecnológica e o desenvolvimento realizado a nuvem, inserindo-os na plataforma, com o objeti-
pelo CPqD tornaram a plataforma adequada para vo de melhorar a eficiência do sistema.
tratar um enorme volume de dados, com segurança
e facilidade de integração à nuvem. Uma das estratégias de incentivo à comunidade
de desenvolvedores a se apropriar da solução foi o
Entre as vantagens da plataforma, de acordo anúncio da abertura do código da plataforma, duran-
com o CPqD, estão a agilidade no desenvolvimento te o evento IoT Latin America, que aconteceria em
de aplicações e integração com dispositivos para meados de setembro, em São Paulo. O código ficará
Internet das Coisas, a segurança para garantir in- disponível para a comunidade até o final do ano.
tegridade dos dados, o acesso a diversos tipos de
ferramentas para Big Data e machine learning, a O CPqD também está programando hackathons
arquitetura ajustada a ambiente de nuvem e inter- e encontros nos quais a plataforma será a base tan-
face para criação, o acesso a um ambiente gráfico to para desenvolvedores que queiram criar apps
amigável e integrado para configuração e inserção IoT quanto para quem tem alguma demanda a ser
de regras complexas, suporte e desenvolvimento atendida. Em julho, no 2º Hackathon Campinas, no
local, além do código open source. estado de São Paulo, foram premiados três apli-
cativos criados em cima da plataforma: a Agenda-
Sem revelar nomes, o CPqD informa que a pla- Sus para Cidades Inteligentes, desenvolvida pela
taforma já foi adotada por uma grande indústria do equipe Run; a solução Zona Azul Eletrônica, da
setor de agronegócio, com a proposta de melhorar equipe Conecta; e a solução Saúde em Dia, da equi-
e habilitar a conectividade no campo. Também foi pe Hello-World.
escolhida para ser a plataforma smart city de um
grande município do estado de São Paulo. Alguns Com relação aos investimentos, Casotti expli-
projetos do CPqD relacionados à Internet das Coi- ca que a Plataforma IoT faz parte de um projeto
sas já se conectam à plataforma. com escopo maior, que inclui desenvolvimento de
gateway, e tem participação de outras instituições.
Exemplo concreto é uma solução para ilumina- Ao final de três anos, o investimento no projeto total
ção pública que possibilita a criação de soluções deve alcançar R$ 34 milhões. A Plataforma IoT, em
com base na infraestrutura de rede que faz gestão si, deve consumir aproximadamente R$ 4 milhões.
104
anuário tele.síntese | 2017

Rastreamento para
áreas remotas
Pequeno e conectado via satélite, o Metrosat é a aposta da Neger Telecom para
oferecer serviços de rastreamento para máquinas e implementos agrícolas, além
de outros tipos de veículos, em áreas sem cobertura celular.

Por Roberta Prescott

A última década foi de transformação para a


Neger Telecom, que, em 2017, completa 30 anos. Identificamos demanda
Com apoio recebido da Finep e do CNPq, a empre- para monitorar máquinas
sa apostou em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e
desenvolveu, de 2007 a 2013, uma série de projetos
agrícolas onde não
ligados à massificação da banda larga rural e ao tem sinal de celular
bloqueio de sinais de radiofrequência. Desde então, Eduardo Neger,
a Neger Telecom tomou gosto por P&D e já colheu sócio-presidente
os frutos. Atualmente, 80% do atual faturamento
vem da receita proveniente de produtos e serviços
desenvolvidos nos últimos cinco anos.

“Com base nesses projetos, conseguimos criar a


cultura de ter um conjunto de pessoas na empresa
pensando em desenvolvimento de produtos novos”,
relata Eduardo Neger, sócio-presidente da empresa
que faturou, em 2016, R$ 16,3 milhões, acima dos
R$ 12,1 milhões de 2015 e bastante superior aos
R$ 5,9 milhões de 2014. Uma parte, conta o empre-
endedor, é inovação incremental, ou seja, para me-
lhorar o que já existe, mas há outra que provoca
a disrupção. É esse último tipo que leva à criação
de inovações como o serviço de rastreamento para
máquinas e implementos agrícolas Metrosat.

A ideia surgiu de um diagnóstico que a empresa


fez da área rural. A agricultura de precisão e outras
técnicas avançadas de cultivo demandam cada vez
mais máquinas e implementos agrícolas que reque-
rem elevado padrão tecnológico. Com tecnologia
de comunicação 100% satelital, o equipamento de
rastreamento foi desenvolvido para atuar em áreas
foto | divulgação

rurais e regiões remotas, sendo capaz de operar em


todo o território nacional, inclusive onde não há co-
bertura celular.
premiados
105


Os rastreadores comuns receberem o sinal do
GPS, mas são incapazes de transmitir as informa-
ções pela inexistência de sinal das operadoras ce-
lulares. O módulo rastreador desenvolvido também FORNECEDORES DE
não requer uso de energia elétrica externa, possibi-
SOFTWARE E SERVIÇOS
litando o uso em contêineres e implementos agrí-
colas que não possuem energia. A operação com
consumo otimizado de energia possibilita que suas SERVIÇO INOVADOR
baterias internas de lítio tenham autonomia de METROSAT
até dois anos.

O Metrosat foi lançado comercialmente na fei- EMPRESA


ra internacional de tecnologia agrícola Agrishow, NEGER TELECOM
em maio de 2017. A previsão da empresa é ter
500 clientes ativos até o fim deste ano. “Quando
olhamos a área rural, percebemos que existe uma
quantidade enorme de dispositivos, nos quais os
sistemas de rastreamento não funcionam, porque Outra preocupação foi com o tamanho do dispo-
são baseados na tecnologia celular. Ao mesmo sitivo. “Trabalhamos para que o rádio fosse peque-
tempo, identificamos uma demanda dos proprie- no e de fácil instalação para permitir operar sem
tários rurais para monitorar as máquinas agríco- energia elétrica”, relata Neger. O desenvolvimen-
las, devido a furto e roubo destes tipos de equipa- to levou em torno de um ano e meio. “O Metrosat
mentos. E eles não tinham solução tecnológica”, foi um spin-off de projetos de aplicações de inter-
explica Neger. net rural. Era um item dentro do monitoramen-
to rural. Olhamos o mercado, conversamos com
Nesse cenário, ainda que muitos produtores clientes e vimos que não existia um produto com
rurais tenham seguro das máquinas, o maior pro- estas características.”
blema está no tempo que demora para acionar a
seguradora, receber a indenização e comprar nova Neger conta que, desde que lançou o serviço, as
máquina. “Pode tardar três, quatro meses, um perí- demandas vêm de diferentes regiões, como de uma
odo que eles podem ter significativos prejuízos na associação de extrativistas vegetais do interior do
produção, podendo ser até maior que o preço da Amazonas que usa o Metrosat para melhorar a co-
máquina em si”, destaca. Além disso, Neger identi- municação. “Do porto de Carauari até o limite do
ficou a necessidade de as propriedades fazerem o município são dois dias de barco. A associação tem
controle das máquinas durante o trabalho, que, em barco que presta serviços de apoio aos associados,
muitas culturas, pode ser durante o dia e a noite. mas enfrentava problema de comunicação, porque
ficava sem comunicação no período entre o barco
Um dos maiores desafios para o desenvolvi- deixar o porto e retornar. Instalamos o Metrosat na
mento da solução foi superar o elevado preço da embarcação e, da sede da entidade no município,
comunicação por satélite. Para isso, a empresa eles agora conseguem saber, em tempo real, onde
apostou no desenvolvimento do software embar- o barco está”, relata.
cado de modo a minimizar as transmissões via
satélite para reduzir custos de serviços. “Também Com relação aos competidores, a empresa re-
colocamos acelerômetro para que a transmissão conhece que existem outras plataformas de rastre-
seja feita somente quando há movimentação. Não amento baseadas integralmente em satélite, prin-
precisa ficar transmitindo se não está se movendo”, cipalmente para monitoramento de caminhões ou
diz. Dentro do modelo de negócio, a Neger Tele- embarcações marítimas, mas aponta que tais ofer-
com compra capacidade satelital. O Metrosat é tas têm o custo bastante elevado, chegando a dez
vendido como serviço para o cliente. vezes o valor que é cobrado pelo Metrosat.
106
anuário tele.síntese | 2017

A virtualização como
nova estratégia
Trópico desenvolve a plataforma Vectura Virtual Edge (VVE),
de tecnologia de ponta – e nacional –, para os mercados
de operadoras e provedores regionais de acesso à internet.

Por Roberta Prescott

Com presença no mercado de telecom há três


décadas, a Trópico Sistemas e Telecomunicações Um software de servidor
enxergou uma oportunidade de negócios na virtuali- comercial ganha funções
zação de elementos de rede, indo além da virtualiza-
de roteador, firewall, NAT,
ção das centrais telefônicas, processo que executou
há 15 anos. A empresa desenvolveu a plataforma entre outras
Vectura Virtual Edge (VVE), baseada nas redes defi-
Paulo Cabestré,
nidas por software (SDN, do inglês software defined
presidente
networking). “Usamos a competência e a expertise
que adquirimos e ampliamos o portfólio para além
das centrais telefônicas, entrando na virtualização
de firewalls, por exemplo”, explica o presidente da
empresa, Paulo Cabestré.

A Trópico usou SDN dentro do servidor e combi-


nou com outras tecnologias de virtualização. Assim,
o software executa em hardware de servidores co-
merciais as funções de rede que normalmente são
executadas em hardware de propósito específico,
os appliances. “Fizemos planos de negócios para
saber como essa tendência poderia virar produto
para o mercado. Analisamos todas as possibilidades
de negócios e identificamos a oportunidade da vir-
tualização de equipamentos para acesso à internet
fixa dos usuários, os CPEs, como primeiro produto
dentro do conceito NFV (virtualização das funções
de rede)”, completa Armando Barbieri, gerente de
foto | divulgação

marketing de Produto da Trópico. De acordo com


ele, as operadoras devem ser as primeiras a adotar
o lançamento.

As redes de telecomunicações estão em um


movimento para ter todas as aplicações sobre IP,
inclusive as funções de rede, que passam a ser co-
ordenadas por software. A VVE cria um ambiente
premiados
107


especial para que as funções de rede rodem em
um data center, ou seja, de forma virtualizada. Esse
ambiente é definido por padrões internacionais,
de maneira que as funções de rede sejam executa- FORNECEDORES DE
das na nuvem com bom desempenho e economia SOFTWARE E SERVIÇOS
de recursos.

Cabestré conta que a primeira plataforma bási- SERVIÇO INOVADOR


ca para criar um portfólio de produtos usando ar- VECTURA VIRTUAL
quitetura SDN foi iniciada no CPqD (acionista ma-
joritário da Trópico) há cinco anos. Dois anos atrás, EDGE (VVE)
a Trópico começou a aprofundar o plano de negó-
cios, tendo, em 2016, a primeira versão do produ-
EMPRESA
to. Entre 2016 e este ano, foram feitos os testes e a TRÓPICO
homologação junto a uma operadora, cujo nome a
Trópico não revela. Outros testes estão sendo con-
duzidos em uma operadora argentina e em prove-
dores regionais brasileiros. A equipe envolvida no cer “o mínimo” este ano. A aposta na virtualização
projeto, de 30 a 40 pessoas, é 100% de brasileiros. reflete uma tendência de mercado que veio para
ficar, segundo os executivos. “Antes, para você ter
Ainda não houve comercialização do produto. um roteador de alta capacidade precisava de um
As primeiras vendas são esperadas para 2018: “O appliance. Agora, o aumento do desempenho dos
mercado ainda é incipiente para soluções desse servidores está permitindo que, em vez de comprar
tipo”, diz Cabestré. Barbieri lembra que, atualmen- roteador e appliance, seja possível carregar um
te, não existe no mundo uma grande implantação software de servidor comercial que ganha funções
de NFV: “A tecnologia está começando e a Trópico de roteador, firewall, NAT, entre outras. Com isso, o
está acompanhando grandes players”. Outra possi- custo operacional fica mais baixo para os clientes
bilidade é a exportação. “A VVE atua no IP, então, e cai a dependência do hardware especializado”,
conseguimos usar em qualquer lugar do planeta. detalha Barbieri.
Tem alcance internacional”, diz Barbieri.
A plataforma permite a entrada da Trópico
Embora a VVE suporte qualquer função de rede, no aquecido mercado de produtos para redes de
o maior apelo no momento é a virtualização das dados IP de banda larga, tais como roteadores,
funções dos CPEs — equipamentos ou acessórios firewalls e outras funções de rede, uma vez que
que se interligam com a rede de acesso e com o novas funções podem ser adicionadas conforme
computador do usuário final. Como são milhões de são desenvolvidas. A empresa também aposta na
unidades instaladas nas residências, com diversos abertura de espaço para estabelecer parcerias
modelos, de vários fabricantes, e muitas versões de com outros fornecedores que venham a desenvol-
software, a introdução de novos serviços ou a so- ver, no futuro, novas funções de rede seguindo a
lução de problemas, com os serviços que existem padronização mundial. No momento, a Trópico
hoje, fica dificultada, ocasionando uma cara e de- está estabelecendo canais de comercialização no
morada visita física ao cliente. A virtualização oti- mercado de provedores regionais, além de tatear
miza esse procedimento. oportunidades comerciais na América Latina. Do
ponto de vista de produto, a empresa segue em
Para a Trópico, 2017 está sendo um ano de frente com o desenvolvimento de novas funções
controlar custos e fazer reflexões sobre a empre- de rede que permitirão a venda direta da platafor-
sa. “Vamos ficar satisfeitos em atingir as metas. Es- ma para clientes corporativos, para substituição
tamos nos preparando para 2018 e 2019”, aponta de elementos de sua rede local, de elevado custo
Cabestré, que acredita que a empresa deve cres- operacional.
108
anuário tele.síntese | 2017

Você quer ajudar a


limpar o oceano?
O Super Mecafish é um game, para o público infantil, que diverte ensinando.
Nasceu de uma incubadora e seu modelo de negócios se baseia na publicidade
e no sistema Free to Play.
Por Anamarcia Vainsencher

Com 3,4 milhões de usuários, o mercado bra-


sileiro de games é o quarto maior do mundo, e o É um peixinho mecânico
maior da América Latina. E está em expansão, com que luta contra seus
destaque para o segmento de mobile games, que
inimigos para remover a
experimenta crescimento ainda mais acelerado. Se-
gundo dados da NewZoo, o setor mobile mundial sujeira dos oceanos
movimentou US$ 36,9 bilhões no início de 2017. Juliana Costa da Silva,
Dados da PricewaterhouseCoopers avaliavam que, CEO
até recentemente, o mercado de jogos digitais mo-
vimentava US$ 65,7 bilhões, e deveria chegar aos
US$ 89 bilhões em 2018. Uma taxa anual de cresci-
mento de 6,3%. No Brasil, estima-se que os negócios
de mobile games cheguem a US$ 844 milhões em
2018, com uma expansão de 13,5% ao ano.

Para conquistar um espaço na área de mobile


games, a Creatrix Hava escolheu o tema meio am-
biente. Em dezembro de 2016, conta a CEO Juliana
Costa da Silva, a empresa criou o Super Mecafish,
peixe robótico para limpar seu habitat, a água (do
mar, do rio, ou de um aquário). “O Super Mecafish
é um mobile game casual, divertido e desafiador,
cuja finalidade é conscientizar o seu público sobre
questões ambientais”, diz a executiva. Para cativar
seus usuários (crianças e jovens de seis a 16 anos),
o jogo “recorre ao estilo cartunesco e carismático”.

O game vem conquistando jogadores e preen-


che um espaço ainda não ocupado por games que
abordam assuntos sérios de forma divertida. Mais
uma atração do peixinho é a preocupação de mui-
tos pais com o tempo que os filhos passam em jo-
foto | divulgação

gos que não vão além do divertimento. Já o Super


Mecafish, argumenta Juliana, além de conscienti-
zar sobre problemas ambientais, também diverte.
premiados
109


Criados com os primeiros PCs, os jogos casuais
são fáceis de aprender, mas difíceis de dominar, e
não requerem habilidades especiais, conhecimentos
ou compromisso de tempo regular para evoluir no
jogo. Pela sua simplicidade, a criação desses jogos
DESENVOLVEDORES
exige recursos financeiros relativamente pequenos. DE APPS E CONTEÚDO

O tema escolhido pela Creatrix Hava continua na


ordem do dia, embora já na ECO-92, a Union of Con- PRODUTO INOVADOR
cerned Scientists do MIT alertava que “a humanida- SUPER MECAFISH
de e o mundo natural estavam em rota de colisão em
consequência das atividades humanas por infligirem
danos, frequentemente irreversíveis, ao meio am- EMPRESA
biente e aos recursos naturais críticos”. O pontapé CREATRIX HAVA
inicial do projeto, inscrito e aprovado durante a incu-
bação na aceleradora startup Rio, foi dado no início
de 2016. No final daquele ano, a empresa obteve, da
Faperj, um investimento de R$ 60 mil. dação ambiental. Além disso, os participantes são
desafiados a encontrar soluções para os proble-
Estava a caminho o Super Mecafish, game mobile mas apresentados”, enfatiza ela. Com o seu mobile
casual que trata da poluição do meio ambiente ma- game, a Creatrix Hava procura explorar uma nova
rinho de forma divertida. “É um peixinho mecânico oportunidade de mercado, ao mesmo tempo que
que luta contra seus inimigos para remover a sujeira seu público ganha uma diversão diferenciada. O
dos mares e oceanos”, explica Juliana. O game é Free grande desafio do Super Mecafish é a própria ma-
to play, roda em Android e iOS, e convida o jogador a nutenção do game mobile.
ajudar na limpeza feita pelo Super Mecafish.
Em agosto de 2017, a Creatrix Hava adaptou e lan-
O jogo da Creatrix Hava está na classificação de çou uma versão do Super Mecafish para fliperamas
Serious Games, definida como aplicação compu- instalados em shopping centers. Neste ano, irá nova-
tacional interativa que, por meio de uma proposta mente à startup Rio para projetar o Super Mecafish
divertida, possui metas desafiadoras. Os elementos 2, e planeja lançar mais dois mobile games. “Nosso
desse tipo de jogo visam o desenvolvimento de ati- sistema de monetização é baseado em propaganda
tudes/competências para atuação em situações re- e no sistema Free to Play com compras internas. Ven-
ais, bem como para a construção de conhecimentos demos moedas virtuais que podem ser usadas para
sobre os mais variados temas. adquirir tempo e recursos no game”, afirma a CEO.

De acordo com a Creatrix Hava, a novidade do A desenvolvedora fez parceria com a Brasilbev,
Super Mecafish é sua capacidade para competir com fabricante do guaraná energético Organic Drink,
mobile games casuais de sucesso e, ao mesmo tem- 100% natural, que é consumido pelo Mecafish para
po, abordar questões ambientais. Outras inovações recuperar a sua energia. Esse acordo, cujo anúncio
são o divertimento com a temática ambiental, facili- vem dentro do game, possibilitou a exibição e di-
dade de uso e o recurso ao elemento cartunesco. Se- vulgação do peixe robótico nos aquários das cida-
gundo Juliana, o game mobile da Creatrix Hava não des de São Paulo e de Ubatuba (SP).
tem concorrentes. Ou desconhece a sua existência.
Também neste ano, foi acertada uma parceria com
Na avaliação da empresa, o benefício de seu a N@NO, que fabricará um dispositivo que permitirá
game é valorizar o tempo dedicado à diversão. “As levar o PC para a TV digital. Pelo acordo, a Creatrix
crianças jogam, se divertem e entram em contato Hava desenvolverá games para rodar em TV digital, e
com problemas sérios do dia a dia, como a degra- funcionará como um pen drive.
110
anuário tele.síntese | 2017

App faz a avaliação


preliminar de riscos
A Copel Telecom desenvolveu o software para atender a uma demanda
de sua controladora, a Companhia Paraense de Energia – Copel, mas decidiu
oferecer o resultado ao mercado.

Por Anamarcia Vainsencher

Atuando como uma empresa de TIC do grupo


Copel, de energia, a Copel Telecom embarcou no A inovação está no DNA
crescimento exponencial e no salto de qualidade de toda a Copel Telecom,
nos serviços de banda larga do Paraná para ofertar
em especial nas equipes
ao mercado corporativo um aplicativo antirriscos.
A prevenção de riscos, aliás, é obrigatória em vá- de TI e telecom,
rias áreas da atividade econômica como energia e Adir Hannouche,
comunicações, entre outras. Criado pelo time de TI diretor-presidente
da Copel Telecomunicações, o aplicativo mobile se
destina a fazer uma análise preliminar dos riscos
referentes a determinadas tarefas. Opera em tem-
po real, com georreferenciamento e é vinculado a
ordens de serviço.

O Easy APR foi desenvolvido para atender a uma


demanda específica da distribuidora de energia do
próprio grupo. “A inovação está no DNA de todas as
integrantes da Copel Telecomunicações e, sobretu-
do, nas nossas equipes de Telecom e TI”, afirma o
diretor-presidente da Copel Telecom, Adir Hannou-
che. Isso explica o fato do contínuo desenvolvimen-
to de soluções da organização, sejam elas para o
próprio negócio ou para o mercado. Além de apps,
a empresa oferece produtos e serviços de internet e
data center.

O Easy APR passou a ser desenvolvido depois


de constatados acidentes que ocorriam na Copel
Distribuição, e que poderiam ser evitados ou ame-
nizados, desde que adotadas algumas medidas pre-
ventivas no início das atividades. A APR – Análise
Preliminar de Risco é prevista em diversos regula-
foto | divulgação

mentos do Ministério do Trabalho e Emprego, e a


avaliação é considerada essencial antes da execu-
ção de inúmeras atividades.
premiados
111


O app é instalado em smartphones ou tablets,
que, conectados a uma rede de dados Wi-Fi ou mó-
vél, após coletar as informações necessárias, as
transmitem para armazenamento em servidores. A
APR deve ser implementada sempre que necessá-
DESENVOLVEDORES
rio, a critério do profissional de segurança do traba- DE APPS E CONTEÚDO
lho ou da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes). Seu objetivo é identificar, previamente,
os riscos de determinada atividade. Conhecidos tais PRODUTO INOVADOR
riscos, a empresa deve promover melhorias no am- EASY APR
biente a fim de garantir mais segurança para a exe-
cução dos trabalhos.
EMPRESA
Na Copel Telecom, o app é utilizado por eletri- COPEL TELECOM
cistas de manutenção, construção de linhas e re-
des de alta e baixa tensão de energia elétrica para
documentar e compreender as características físi-
cas do local. A Análise Preliminar de Risco (APR) é mentar e compreender as características físicas da
uma ferramenta que força uma reflexão sobre as ta- área”, explica Hannouche. O Easy APR está estrei-
refas que serão executadas, e visa implementar me- tamente relacionado à Permissão de Trabalho. Ou
didas preventivas de segurança e controle sobre os seja, a análise preliminar de riscos se tornou uma
riscos potenciais existentes nas atividades e proces- das fases da execução do processo, e deve ser en-
sos envolvidos. tregue à equipe que vai a campo.

Segundo a Copel Telecom, a APR, diferente do O presidente da Copel Telecom afirma que o APR
processo de Identificação, Análise e Avaliação de é um exemplo de como “a inteligência e o conheci-
Riscos, deve ser simples, prática e objetiva, e feita mento dos negócios da companhia são usados para
sempre no início de uma atividade. A avaliação de oferecer uma solução simples, funcional e que pode
riscos é obrigatória na Copel Distribuição, ressalta preservar vidas”. O sistema pode ser utilizado por
Hannouche, lembrando que, antes, a análise era quaisquer empresas de energia, telecomunicações,
preenchida em formulário de papel. O executivo e uma série de outras cujas normas regulamentado-
admite que, devido à correria, cobranças de metas ras exijam atenção para estudar os riscos envolvidos
e automação de despacho de atividades, a APR aca- na ação das equipes, de modo a evitar acidentes de
bou, por um tempo, deixada de lado, ou preenchida trabalho e vítimas. “Estar entre as empresas que mais
posteriormente para entrega do trabalho. E isso fu- inovam em comunicações e desenvolvimento de apli-
gia das normas e padrões da empresa. cativos demonstra o quanto ainda temos para ofere-
cer ao mercado”, finaliza Hannouche.
Foi para evitar ou diminuir ao máximo os riscos,
que a equipe de TI da Copel Telecomunicações O desafio tecnológico do desenvolvimento do
desenvolveu o software, concebido para ser sim- Easy APR foi encontrar uma solução para disposi-
ples, prático e facilitar o preenchimento e envio tivo móvel com o uso de georreferenciamento. Os
de informações. A APR deve ser sempre feita com dados armazenados visam garantir a integridade
a participação dos trabalhadores, e implantada an- da informação desde que exista rede de comunica-
tes da execução das atividades, seja para trabalhos ção disponível. O benefício do app para a compa-
da própria empresa ou por empresas contratadas. nhia está no cumprimento de normas regulamen-
A participação dos agentes envolvidos é necessá- tares do MTE. Para os seus clientes, explorar novas
ria para apurar o máximo de informações possíveis oportunidades de negócios. De acordo com a Copel
sobre a tarefa a ser executada, e inclui fotografias Telecom, não foi encontrado qualquer produto si-
do local de implantação. “Com o objetivo de docu- milar no mercado.
112
anuário tele.síntese | 2017

Para combater
a fraude
Ao usar o aplicativo Compre & Confie, gratuito, o consumidor
é avisado imediatamente de compras feitas em seu CPF e pode contestar
qualquer movimento indevido.

Por Anamarcia Vaisencher

Fraudes são um problema generalizado que


prejudica clientes, consumidores e empresas em O objetivo do app
todas as áreas de atividade econômica. Ocorre é tornar o mercado de
em todo o mundo, e o Brasil não foge à regra. Se-
e-commerce mais seguro
gundo o Mapa da Fraude, tentativas de fraudes no
e-commerce brasileiro envolveram R$ 3.610,20 e confiável
por minuto em 2015. Caio Rocha,
gerente de Produto
Foi para contribuir para a resolução desses
problemas que a Clear Sale concebeu, desenvol-
veu e lançou, em outubro de 2016, o aplicativo que
leva o nome de Movimento Compre & Confie, área
tratada como startup dentro da empresa-mãe, de
acordo com Caio Rocha, gerente do Produto. Na
Clear Sale, a pesquisa e o desenvolvimento do
app são tocados por um pequeno time que envol-
ve tecnologia da informação, produto, operação,
suporte de outras áreas da própria companhia.

Já o nome “Movimento” agregado ao Compre


& Confie se deve ao fato de incluir diversos atores
em torno da mesma missão: combater fraudes. O
objetivo do aplicativo é tornar o mercado de e-
-commerce mais seguro e confiável. Para isso, de
acordo com a empresa, oferece uma relação ga-
nha-ganha aos participantes: de seu lado, consu-
midores passam a ter maior controle de suas tran-
sações online; quanto às empresas, melhoram as
aprovações das vendas boas, diminuem as taxas
de fraude e o tempo de análise das transações. Ao
utilizar o app, observa o gerente, as companhias
foto | divulgação

se posicionam por sua preocupação com o consu-


midor, e as duas partes reduzem perdas financei-
ras resultantes de fraudes.
premiados
113


Empresa nacional situada na cidade de São
Paulo, a Clear Sale é especializada no desenvol-
vimento de soluções antifraude para qualquer
tipo de e-commerce. De acordo com informações
do site da desenvolvedora, o seu market share no
DESENVOLVEDORES
mercado nacional de prevenção a fraudes é de DE APPS E CONTEÚDO
85%. Entre os mais de 500 clientes parceiros estão
Asus, NET, Nextel e NET do segmento de comu-
nicações, além de companhias como Americanas, PRODUTO INOVADOR
Avianca, Carrefour, Centauro, Dell, Extra, Leroy COMPRE&CONFIE
Merlin, O Boticário, Submarino.

Aplicativo pouco conhecido do público em ge- EMPRESA


ral, o Compre & Confie é gratuito e seu marketing CLEAR SALE
é feito pelos próprios usuários. “É grátis como um
diferencial de mercado”, diz Rocha. Outra caracte-
rística exclusiva está no fato de incluir o consumi-
dor final na iniciativa antifraude, acrescenta. Ro- vos cartões de crédito. Para as empresas, os be-
cha também destaca a neutralidade do app: não nefícios incluem a aprovação dos pedidos bons
há anúncios para os participantes do movimento. (transações idôneas); a manutenção do índice de
De acordo com a Clear Sale, o aplicativo não tem fraudes no menor nível possível; rapidez nos pro-
concorrente. O Compre & Confie bloqueia tentati- cessos (usuário dá a resposta em tempo real); e
vas de compras fraudulentas por meio do CPF do melhoria no relacionamento com seus consumi-
consumidor, e a notificação da ocorrência é feita dores. As empresas que participam do Movimento
em até 48 horas. Compre & Confie podem exibir um selo de segu-
rança no site. Mesmo com toda a sua utilidade, a
Uma iniciativa como o Compre & Confie só se Clear Sale não faz marketing de seu app. “Nossos
tornou viável com a digitalização das empresas canais de comunicação são os próprios partici-
e dos consumidores. Estes últimos baixam o app pantes do movimento, ou seja, as empresas envol-
em seus smartphones. Com o Compre & Confie no vidas, que divulgam o Compre & Confie para seus
celular, o consumidor, assim que informa o CPF, é usuários.”
notificado sempre que uma transação é feita em
um site parceiro. Ao não reconhecer uma transa- Alguns requisitos são necessários para o bom
ção, basta selecionar a opção “Não Fui Eu” para funcionamento do app. Entre eles, a tecnologia
contestá-la. Segundo a Clear Sale, mesmo com a do celular, porque o aparelho precisa incluir al-
inclusão de novas tecnologias nos canais de se- gumas funções como espaço de memória (o app
gurança, como dupla autenticação do usuário, os ocupa 44 Mb), e um sistema operacional compatí-
criminosos sempre procuram uma forma de dri- vel (atualmente, Android e iOS). No caso de o con-
blar os processos, se fazendo passar por consu- sumidor trocar o telefone, é só ir à loja de aplica-
midores idôneos. Porém, uma vez que o próprio tivos do novo aparelho e baixar o Clear Sale, cuja
usuário passa a controlar as suas transações em atualização só é feita quando ocorrem bugs ou
tempo real, a prevenção à fraude adquire um quando ele ganha novas funcionalidades.
status até então inexistente.
Contudo, ressalta a Clear Sale, a principal
Entre as vantagens do seu app, a Clear Sale barreira à adoção do Compre & Confie é cultural
destaca o fato de ser o único que permite ao con- porque, no Brasil, os consumidores e as empre-
sumidor impedir a compra fraudulenta antes que sas só passam a valorizar a segurança depois de
ela aconteça. Com isso, ele evita a dor de cabe- terem experimentado os prejuízos causados por
ça de ter que estornar compras, ou solicitar no- fraudes.
114
anuário tele.síntese | 2017

Mais apoio para


fazer inovação
Perante a redução dos recursos de sua tradicional fonte de financiamento público,
o Funttel, o CPqD buscou parceria de outras agências de fomento para manter
o ritmo de investimento em inovação.

Por Wanise Ferreira

Antes mesmo de a crise econômica brasileira


se aprofundar, o CPqD já buscava novos caminhos O centro precisa
para garantir o apoio de agentes que investem na também de uma forte
inovação como um fator estratégico para as políti-
cas públicas do país. Foi assim que se tornou um dos
atuação das parcerias
parceiros da Embrapii (Empresa Brasileira de Pes- público-privadas
quisa e Inovação Industrial) e emplacou projetos Sebastião Sahão Júnior,
importantes com recursos de fundos de incentivo presidente
tanto na área federal quanto em âmbito estadual.

Essa iniciativa, somada aos serviços e produtos


oferecidos ao mercado, garantiu fôlego suficiente
para que avançasse em áreas como Internet das Coi-
sas (IoT), computação cognitiva, comunicações ópti-
cas, redes de dados, mobilidade, segurança da infor-
mação e outras soluções, como o primeiro beacon
totalmente nacional. Todos esses esforços têm feito
com que ao longo de seus 41 anos tenha tido sucesso
em permanecer como uma importante referência no
desenvolvimento de tecnologia no país.

“Há muito tempo o CPqD entendeu que o futuro


da inovação não pode ficar restrito a recursos pú-
blicos e precisa de uma forte atuação das parcerias
público-privadas”, comenta Sebastião Sahão Júnior,
presidente do centro de pesquisas. Na sua avalia-
ção, o segredo de sucesso para garantir resultados
e objetivos não está, necessariamente, na estraté-
gia. “Está na execução dessa estratégia e nas pesso-
as que a conduzem”, diz.

O CPqD estabeleceu quatro pilares como base


foto | divulgação

para sua atuação: sustentabilidade, protagonismo


em IoT, parceria com o Estado para levar as melho-
res soluções de políticas públicas e internaciona-
premiados
115

lização. E, ao que tudo indica, tem obtido sucesso


em todas elas.

Mesmo no período mais grave da crise, o CPqD DESTAQUE


conseguiu expandir tanto o número de projetos
quanto a receita. Mas, como grande parte das em- TECNOLOGIA
presas no país, em ritmo mais lento. “Registramos
um faturamento de R$ 242 milhões em 2016 com
NACIONAL
crescimento de 8% do realizado, bem abaixo da
nossa projeção”, afirma o executivo. Para este ano,
a expectativa é chegar a dezembro com R$ 266 EMPRESA
milhões de receita. Nessa previsão, está embutido CPqD
um otimismo com a retomada de projetos que vêm
sendo adiados em função das instabilidades que
o país atravessa.

Na sua estratégia de ampliar a parceria com


agências de fomento, a Embrapii se tornou uma gran- Os recursos públicos obtidos para novos projetos
de aliada. São cerca de 20 projetos, sempre ao lado representam 30% da receita do CPqD, com o restan-
de uma empresa privada. Depois de ser credenciado te correspondendo a produtos e serviços oferecidos
como uma unidade de comunicação óptica, o CPqD ao mercado. No entanto, ganham uma importância
assinou primeiro acordo de cooperação tecnológica no que diz respeito à capacitação do centro de pes-
em 2014, junto com a Padtec, voltado para evolução quisa. “Somos contratados para um projeto específi-
dos sistemas de comunicações óptica WDM (Wave- co, mas usamos esse conhecimento para desenvol-
length Division Multiplexing) de alta capacidade. ver soluções em diversas áreas”, observa Sahão.

No ano seguinte, sua atuação passou a envolver A Internet das Coisas tem um papel especial
projetos de integração entre comunicações ópti- nos projetos do CPqD (ver p. 102). “Ela é um ve-
cas e sem fio. Isso possibilitou a chegada ao mer- tor importante com desdobramentos nas áreas de
cado brasileiro do primeiro beacon – dispositivo conectividade, de fibras, e da próxima geração da
que transmite informações para identificação via internet”, ressalta Alberto Paradisi, vice-presidente
Bluetooh – junto com a Taggen. Peça importante de Pesquisa e Desenvolvimento. Nesses desdobra-
no universo IoT, os beacons inicialmente estarão mentos estão, inclusive, a computação cognitiva e
focados em aplicações de rastreabilidade, mas os recursos de machine learning que poderão tra-
devem ganhar novas versões para integração com balhar o grande volume de dados gerados em IoT.
sensores para levar mais informações além da lo-
calização, como temperatura, altitude, pressão e Paradisi conta que a percepção de que a IoT vai
outros dados. exigir um amplo ecossistema foi um dos fatores
que reforçou o conceito de inovação aberta com o
O CPqD também participa de projetos fomen- qual o centro de pesquisas vem trabalhando. E isso
tados por outros fundos – Funttel (Fundo para o também leva a outro ponto, a aproximação com as
Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunica- startups. Desde o ano passado, o CPqD tem procu-
ções) e FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimen- rado estreitar o relacionamento nesse segmento.
to Científico e Tecnológico), do MCTIC, e Funtec “Não se trata de uma área fácil, ela é muito pulve-
(Fundo Tecnológico), do BNDES – e agências, como rizada e com desafios diferentes. Mas é muito inte-
Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Fapesp ressante”, observa. Já a proposta de internacionali-
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São zação, por sua vez, está mais ligada a intercâmbios
Paulo), além de programas incentivados pela Aneel com entidades internacionais para também avan-
(Agência Nacional de Energia Elétrica). çar em soluções inovadoras.
116
anuário tele.síntese | 2017

guia de produtos
e serviços inovadores
117
guia de empresas

Os produtos e serviços que compõem este Guia foram aqueles inscritos


na pesquisa realizada pelo Anuário Tele.Síntese de inovação em
Comunicações e por elas considerados os mais inovadores em seu
porfólio no período 2016/2017.

O Guia está dividido em cinco categorias:

OPERADORAS DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES


OPERADORAS REGIONAIS
FORNECEDORES DE PRODUTOS
FORNECEDORES DE SOFTWARE E SERVIÇOS
DESENVOLVEDORES DE APPS E CONTEÚDO
118
anuário tele.síntese | 2017

Operadoras de
serviços de comunicações
Para o usuário final pós-pago, as operadoras oferecem mais velocidade no 4G, onde já implantaram
as redes 4G+ ou 4,5G, e ligações ilimitadas, no caso da Claro. Para os usuários corporativos, há muitas
novidades, desde a oferta de servidores virtuais elásticos na modalidade “as a service” até serviço
de colaboração e videoconferência na nuvem.

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conforme a sazonalidade do ano, REDE 4,5 GHZ E REDE 4 G NA FAI- das reúne toda a comunicação das
do mês ou até mesmo do dia e que XA DE 1800 MHZ – Implantação empresas em uma plataforma vir-
só paguem conforme o que efetiva- da primeira rede 4,5G no Brasil, em tual centralizada na Embratel. Ele
mente foi usado. Assim, favorece a Brasília, e a ativação da rede 4G na proporciona ao usuário qualidade
redução de custos com infraestru- faixa de 1800 MHz. A Claro somou de rede, precificação, manutenção e
tura de TI e uma maior efetividade a faixa de 700 MHz, 1800 MHz e experiência de consumo dos recur-
no seu uso. a de 2600 MHz, fazendo com que sos de comunicação, acrescentando
EASY BUS – Solução capaz de con- a operadora use o carrier agrega- agilidade para ativar e modificar o
tar passageiros nos ônibus e dispo- tion de três faixas. Nos aparelhos serviço. Essas características são as
nibilizar essa informação com a lo- que já permitem a agregação de mais relevantes do ponto de vista
calização do veículo em tempo real. 3 frequências, a velocidade mé- do cliente de um serviço corpora-
Com a solução os usuários podem dia deve subir para cerca de 100 tivo. Evita que a empresa tenha di-
saber a lotação dos ônibus e sua Mbps, enquanto aparelhos 4G sem versos fornecedores para cada tipo
localização, possibilitando tomar esta funcionalidade navegam em de comunicação e elimina a neces-
uma ação assertiva para chegarem velocidades da ordem de 30 Mbps sidade de investimentos em PABX,
de forma mais confortável e ágil atualmente. Haverá, ainda, melho- servidores, aplicação, pessoal espe-
aos seus destinos. Além disso, a em- ra no sinal indoor e ampliação de cializado, espaço e energia para o
presa tem uma solução alternativa cobertura 4G e 4,5G. caso do cliente manter os serviços
para contar passageiros, sem uso da LIGAÇÕES ILIMITADAS – Em um mo- em suas próprias instalações.
catraca ou inspetores. vimento inédito no mercado nacio- SMARTGLASS E REALIDADE AU-
BITCOIN – Utilizar as vantagens nal, a Claro anunciou um benefício MENTADA PARA SUPORTE REMO-
da criptomoeda bitcoin como uma nos planos pós-pagos. A operadora TO – A solução envolve o uso de
nova modalidade de pagamentos é a primeira entre as quatro grandes SmartGlass (Óculos Inteligentes) e
para a recarga de créditos pré-pa- no Brasil a oferecer ligações ilimita- Realidade Aumentada no suporte
119
guia de empresas

remoto de problemas, por meio do de tráfego em ataques DDoS dire- (7 ou 30 dias), a forma de paga-
modelo de negócios SaaS (Softwa- tamente na origem dos ataques, mento, acompanhar o consumo em
re as a Service). Duas aplicações distribuídos no backbone mundial e tempo real, alterar a forma de pa-
estão no centro da inovação: um não na porta de acesso do cliente. gamento (boleto ou cartão de cré-
app embarcado no SmartGlass, A implantação de scrubbing centers dito) e ter atendimento no próprio
com Realidade Aumentada, e um distribuídos permite manter uma app. Dá total autonomia ao cliente,
portal web, conectado ao Smart análise constante do perfil de trá- que pode escolher o que quer e mu-
Glass. A área de suporte das com- fego dos clientes, identificar desvios dar quando quiser, sem precisar ir a
panhias é dependente da presen- representativos de ataques e limpar uma loja ou contatar o call center.
ça de diversos técnicos no mesmo o tráfego diretamente nos pontos Com atendimento no app, o produ-
local para desenvolver os reparos de entrada do backbone, sem dei- to elimina barreiras entre a opera-
necessários. O uso de SmartGlass e xar que este tráfego nocivo afete a agilida-
dora e o usuário, trazendo agilida
Realidade Aumentada reduz esta performance de todo o ambiente. de nas suas solicitações.
necessidade e otimiza o tempo de
atendimento, fazendo com que os
fornecedores cumpram com seus
SLAs acordados em contratos.

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atender aplicações que demandam nuvem que permite que os usuários
ADICIONAIS – Para cobertura dos
baixo tráfego, tais como M2M e IoT. acessem remotamente uma sala
Jogos Olímpicos Rio 2016 a NET
Ela permite monitorar e controlar, virtual para participar de reuni-
disponibilizou na TV o sinal ge-
em tempo real, dispositivos eletrô- ões por videoconferência, de onde
rado pela OBS (Olympic Broad-
nicos distribuídos em qualquer lo- estiverem e a partir de qualquer
casting Services) por meio dos 40
cal dentro da cobertura do satélite, dispositivo (desktop, terminal de
canais do SporTV Play adicionais,
independente de redes terrestres e vídeo, smartphone ou tablet). Re-
que a princípio seriam apenas
com alta disponibilidade. duz as despesas com deslocamen-
acessados via streaming e com
to de colaboradores e com aluguel
esta nova tecnologia foi possível
de espaço físico e ainda diminui o
LEVEL 3 disponibilizar através dos decodi-
tempo gasto com deslocamento de
Central de Relacionamento ficadores e prover assim, na televi-
funcionários. A empresa fabricante
Tel. 0800 771.4747 são, a maior cobertura da história
do produto é a Cisco Systems e o
centralderelacionamento.brasil@ dos jogos olímpicos. A união da TV
parceiro que integra o serviço é a
level3.com e da banda larga permitiu que o
Dimension Data.
www.level3.com público pudesse acompanhar to-
das as competições e modalida- OI INTERAÇÃO WEB – Serviço web
HYBRID WAN – Serviço de rede IP/ proporcionando interações ma-
des esportivas simultaneamente.
VPN gerenciada com múltiplos nuais e automáticas dos usuários,
acessos por ponto conectado, com apoiando negócios. Ele define re-
diferentes tecnologias de ace so, NEXTEL
gras para identificar um usuário
atuando como acesso único balan- Diretora de Marketing:
“perdido”, o qual provavelmente
ceado e contingenciado. Ele propor- Cristina Famano
não seria convertido em negócios,
ciona redução dos custos de acesso, Tel. (11) 4095.2940
e através de banners, alteração de
aumento da confiabilidade da rede assessoria.imprensa@nextel.com.br
código HTML, vídeos e chat, opera-
pelo acesso em meios e provedores www.nextel.com.br
do por um atendente real, para su-
redundantes e balanceamento de HAPPY – Aplicativo disponível para portar esse usuário até seu destino
banda com ganho de performance. Android e iOS. Usuários podem bai- final, a compra.
DDOS MITIGATION VIA SCRUB- xar o app, receber o chip em casa, GIS – GESTÃO INTEGRADA DE SER-
BING CENTERS E SERVIÇOS DE montar o plano (internet e minutos VIÇOS – Serviço de gerenciamento
SEGURANÇA – Permite a limpeza ou só internet), escolher a validade da infraestrutura de TI e Telecom
120
anuário tele.síntese | 2017

de forma integrada, através de um SERCOMTEL S.A. – cidadãos e consequentemente in-


Portal Único (via web, smartphone TELECOMUNICAÇÕES crementa o PIB, como decorrência
ou tablet) com visões consolidadas Diretor Presidente e de Rela- da economia de tempo e recursos.
e online, processos baseados nas ções com Investidores:
melhores práticas de mercado Luiz Carlos Adati
(ITIL) e profissionais altamente Tel. (43) 3375.1100
qualificados. presidencia@sercomtel.net.br
www.sercomtel.com.br
VIVO
SERCOMTEL LONDRINA CIDADE DIGITAL – In- Gerente de Comunicação
Diretor: Roberto Nishimura terligação das autarquias, postos Corporativa: Leandro de Freitas,
Tel. (43) 3375.1177 de saúde e escolas da prefeitura Tel. (11) 3430.7020
roberto.nishimura@sercomtel. com velocidade de 100 Mbps por imprensa@telefonica.com
net.br meio de rede de fibra óptica e www.vivo.com.br
www.sercomtel.com.br tecnologia GPON. A iniciativa da
Prefeitura de interligar a rede de FUNCIONALIDADE DE DISTRI-
SNUVEM – Serviço de armazena-
dados utilizando tecnologia de fi- BUIÇÃO DE INTERNET (COTAS)
mento em nuvem para smartpho-
bra óptica nessa escala é pioneira – Permite que o titular do plano
nes vinculado ao e-mail do pro-
no Brasil entre cidades do mesmo pós-pago que possui linhas de-
vedor de internet. Permite que os
porte. O processo vai aumentar a pendentes do mesmo plano tenha
clientes do provedor de internet
capacidade de transferência de da- maior controle sobre utilização e
Sercomtel salvem seus arquivos,
dos, permitindo que os acessos de gastos com seu plano através das
fotos, vídeos e documentos dire-
todas as unidades estejam em uma seguintes funcionalidades: 1) dis-
tamente do seu smartphone (An-
única rede, centralizada no data tribuição da internet do plano por
droid, IoS) em uma nuvem privada
center da Prefeitura. linha; 2) definir quais linhas estão
com backup histórico versionado
autorizadas a contratar pacotes
e de forma automática protegen-
extra de internet; 3) ver o consumo
do contra acidentes como deleção
de internet por linha.
errada ou roubo do dispositivo.
Possui cota independente da cota DATA REWARDS – Plataforma de
de armazenamento do e-mail, TIM BRASIL mídia mobile que oferece internet
desta forma o cliente não precisa Diretor de Inovação e Desenvol- grátis a usuários e garantia de re-
se preocupar em controlar o uso, vimento de Negócios: tenção de mensagem ao anuncian-
pois são repositórios diferentes e Janilson Bezerra te. Usuários Vivo ao encerrarem o
independentes. www.tim.com.br saldo de seu pacote de dados têm
uma nova forma de se reconecta-
REDE LORA PARA IOT – Primeira MAPA DE DESLOCAMENTO EM rem gratuitamente à internet ao se
rede LORA instalada na cidade de TEMPO REAL – A solução apre- engajarem com campanhas publi-
Londrina, permite que dispositi- sentada utiliza recursos existentes citárias. No Portal Captive o usuá-
vos IoT nesse padrão tenham um para trazer uma nova perspectiva rio pode assistir a um vídeo publici-
local de captura, transmissão e sobre o planejamento da mobili- tário e ser recompensado com um
armazenamento dos dados. a rede dade urbana, permitindo a defini- pacote de dados gratuito, patroci-
LORA da Sercomtel vai capturar ção de alarmes para situações de nado pelo anunciante.
os dados gerados pelos sensores congestionamento ou de concen-
IoT dentro do perímetro urbano TU GO WI-FI CALLING – Com o ser-
tração de pessoas. Monitorar os
de Londrina e posteriormente da viço clientes Vivo podem originar
deslocamentos em tempo real pos-
zona rural também. e receber chamadas e enviar e
sibilita, entre outras ações, gerir o
receber SMS por redes Wi-Fi dire-
tráfego urbano, a distribuição dos
tamente do dialer nativo do dis-
agentes de trânsito, aumenta e ve-
positivo móvel. Proporciona me-
locidade no atendimento médico,
lhor experiência aos clientes em
melhora a qualidade de vida dos
áreas onde não há cobertura de
dado. Também oferece condições
mais atrativas para a realização de
chamadas em roaming, pois a cha-
mada é tarifada conforme plano do
cliente independentemente de sua
localização.
121
guia de empresas

Operadoras Regionais
As operadoras regionais ampliam o portfólio de serviços para clientes corporativos como
hospedagem, segurança, plataforma interativa e escalável de cloud comouting, link Ip dedicado
em regiões remotas. Para os próprios provedores regionais, além da venda de capacidade,
solução completa para operação de IPTV OTT.

76 TELECOM CLICFÁCIL KYATERA INFORMÁTICA


Gerente Comercial: Diretor: Diretor: Marcelo Corradini
Ronaldo Pelizon Antonio Gomes dos Santos Neto Tel. (19) 3515.7444
Tel. (11) 2500.7676 Tel. (93) 99157.7566 kyatera@kyatera.com.br
rpelizon@76telecom.com antonio-gomes15@bol.com.br www.kyatera.com.br
www.76telecom.com.br www.clicfacil-uruara.com.br
INTERNET PATROCINADA – O
LAN CONNECT – Internet 100% INTERNET RURAL – Áreas remotas sistema possibilita a experiência
dedicada, com o acesso ponto a em geral são mais desprovidas de da navegação pela internet, sem
ponto que permite que a empre- sinais de internet de boa qualida- qualquer custo ao usuário final.
sa se conecte com as suas filiais de. Na região Norte, especialmente, Para não gerar ônus ao usuário, o
compartilhando a mesma rede de áreas menos populosas e distantes sistema é patrocinado por empre-
dados. Com interconexão dedica- sofrem com a falta de sinal. Pensan- sas regionais, por meio das propa-
da disponibiliza conexões de alta do nesse perfil de consumidores, a gandas injetadas no navegador do
qualidade oferecidas pela tecno- Clicfácil leva comunicação via net usuário final. Diferentemente dos
logia de fibra óptica permitindo de alta qualidade a toda a região de banners ou pop-ups, a metodolo-
interligações entre operadoras de Uruará , no Pará. O sinal é propaga- gia de injeção da propaganda é
telecomunicações e seus clientes do por meio de torres e estão aber- diretamente no navegador, sem a
de forma segura através de acessos tos a novos pontos de repetição. possibilidade do usuário bloquear,
exclusivos ao backbone. gerando assim mais views para os
COPREL TELECOM – TRIWAY patrocinadores.
BIGNET INTERNET E TELEFONIA
Diretor de Operações: Presidente: Jânio Vital Stefanello LIFE SERVIÇOS DE
Basilio Rodriguez Perez Tel. (54) 3199.5800 COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA
Tel. (13) 3229.9000 triway@triway.net.br Gerente de Projetos: Aline Borges
brperez@carrier.com.br www.triway.net.br Tel. (14) 99755.2404
www.bignet.com.br INTERNET TRIWAY – 100% fibra alineborges@life.net.br
óptica da Triway é uma tecnolo- www.life.com.br
SISTEMA DE GEORREFERENCIA-
MENTO DAS CAIXAS FTTH – Apli- gia inovadora na região em que OPERAÇÃO IPTV OTT – Solução
cativo que permite ao instalador atua especialmente pela qualidade completa para Operação IPTV
georreferenciar a residência do oferecida tanto para clientes resi- OTT para recepção local de Canais
cliente e receber a informação da denciais como corporativos, com Abertos, disponível para provedo-
caixa de distribuição mais próxi- a garantia de banda e as mesmas res que possuam redes de fibra
ma, sua distância e quantidade de velocidades de download e upload. óptica e licença SeAC, utilizando
portas livres. Adicionalmente ele INTERNET RURAL – Atende à de- exclusivo STB Android que, além
pode ficar na proximidade de um manda por internet de agriculto- da aplicação para transmissão
poste com caixa de distribuição res, famílias e propriedades rurais. dos canais, possui diversa gama
e o aplicativo reconhece sua lo- Seu modelo de negócios envolve a de aplicativos que a plataforma
calização e informa a ocupação construção de Pontos de Presença possibilita. Este projeto também
dessa caixa, sem necessidade de de internet via rádio, em parceria levará até o usuário os principais
subir na escada e/ou abrir a caixa com as famílias beneficiárias, com conteúdos de VOD em uma única
de distribuição. divisão dos custos. plataforma.
122
anuário tele.síntese | 2017

LIFEBOX – Exclusiva interface que NOVA SOLUÇÕES EM


vai além da TV convencional e per- TECNOLOGIA
mite acesso a diversos conteúdos Olisnei Nascimento
interativos, como VOD, SVOD, Re- Tel. (92) 99461.9639
des Sociais e Gravações. Trata-se olisnei@novasolucoes.com
de um equipamento set-top-box de MOB TELECOM www.novasolucoes.com
alto desempenho e com custo 50% Diretor Comercial:
inferior aos disponíveis no merca- SERVIÇOS DE INTERNET – Segundo
Vanderson Santana a Nova Soluções, ela foi a primeira
do e com mensalidade acessível. Tel. (85) 99179.2505
O produto poderá ser entregue a empresa privada a levar internet
vanderson@mobtelecom.com.br de qualidade a preços competiti-
qualquer cliente final, independen- www.mobtelecom.com.br
temente do modelo de TV, centra- vos ao interior do Amazonas. Em
lizando todos os principais conteú- CONECTIVIDADE INTELIGENTE 2017 foram incluídos mais três mu-
dos em um único receptor. CDN REGIONAL CLOUD MOB – A nicípios também com a tecnologia
MOB Telecom vem ganhando espa- de fibra óptica.
REDES MÓVEIS LIFE – O serviço
ço nas regiões Norte/Nordeste no
permite ao assinante ou não as-
mercado de soluções de conectivi- PARCERIA FIBER & INTLINK
sinante Life, através de autenti-
dade e cloud computing. Com a Co- Diretor: Neilson Reis
cação, acesso Wi-Fi a vários ro-
nectividade Inteligente oferece co- Tel. (92) 992391791
teadores instalados nas cidades
nexão de dados e IP personalizada diretoria@fibernetwork.com.br
atendidas pela empresa, distri-
conforme necessidades de tráfego www.fibernetwork.com.br
buídos em diversos pontos, como
do cliente. Com CDN Regional, tem
avenidas, shoppings, bares, restau- REDE METROPOLITANA PARA
servidores regionais armazenando
rantes, praças, parques, estádios PROVEDORES REGIONAIS – Pro-
os principais conteúdos para otimi-
e nos principais eventos. Ao se jetada para as demandas cres-
zar o acesso à internet. E o Cloud
autenticar uma vez, as próximas centes de provedores regionais
MOB é uma plataforma interativa e
conexões serão automáticas em (escala de atacado) e por se tratar
escalável de cloud computing.
qualquer desses pontos. de rede resiliente, sem tempo de
convergência, dando maior segu-
NEOVIA SOLUTIONS rança ao provedor que agora tem
MEGA TELECOMUNICAÇÕES
Diretor Comercial & Marketing: mais certeza da qualidade do seu
CEO: Jackson Almeida
Reinaldo Romano link dedicado, podendo entregar
Tel. (75) 3278.2258
Tel. (11) 3017.4680 mais qualidade ao seu cliente con-
jackson@mega.psi.br
reinaldo.romano@neovia.com.br sumidor final. O entroncamento
www.mega.psi.br
www.neovia.com.br se dá com a maior prestadora de
MINIDATA CENTER – A implan- backbone nacional disponível na
LINK TEMPORÁRIO PARA EVENTOS
tação de um minidata center por cidade de Manaus, onde a empre-
– O produto opera com canais de
meio de rede FTTH num municí- sa possui contrato de compartilha-
voz permitindo ao público utilizar
pio com apenas 36 mil habitantes mento de infraestrutura.
ligações locais e longa distância
vai permitir o desenvolvimento de
gratuitamente ou não. Ele contem-
outros serviços que agregam e be-
pla o projeto, instalação e moni-
neficiam todo o município, entre
toração de infraestrutura de TI &
outros, na área de segurança pú-
Telecom em até três dias. Uso de
blica. O sistema vai facilitar o es-
equipamentos de ponta utilizando
coamento adequado de dados das
aplicações em nuvem com geren-
empresas com matriz na região,
ciadores modernos.
apresentando o município como
polo tecnológico. A rede FTTH +
data center que já está interligado
à rede backbone óptica regional
permite atender diversas cidades
com capacidade de banda e arma-
zenamento de informações.
123
guia de empresas

PRINT INTERNET SUMICITY VECTO MOBILE


Matheus Contage Filgueiras Diretor Comercial: Vice-presidente de Vendas e Ma-
Tel. (22) 2773.5006 Adriano Silveira rketing: Gerson Rolim
matheus@print.com.br Tel. (21) 99210.4058 Tel. (11) 98572.5577
www.print.com.br adriano.silveira@sumicity.net.br gerson.rolim@vectomobile.com.br
www.sumicity.com.br www.vectomobile.com.br
INFOVIA – Fornecimento de cone-
xão via fibra óptica com redundân- TRIPLE PLAY – A empresa oferece VECTO MOBILE – Conectividade
cia automática via rádio sem custo os três serviços (TV, internet e te- móvel, multioperadora, com failo-
adicional para o cliente. Ao haver lefone), entregues diretamente em ver, 100% focada na Internet das
uma falha na rede de fibra óptica fibra óptica. A TV oferecida conta Coisas. Aumenta a cobertura da
um equipamento transfere todo o com 180 canais, sendo mais de 100 conectividade móvel do dispositi-
tráfego para o link de rádio man- em HD. Segundo o provedor, ele vo IoT com reconexão automática
tendo a conexão e avisa ao suporte não tem mais problema de limita- em caso de perda de sinal. Além
do problema. Equipes próprias se ção de capacidade de transporte disso, ainda simplifica a logística
deslocam para resolver o proble- até o cliente final e as redes estão de entrega de devices, que não
ma com SLA de 3 horas. preparadas para entrega imediata têm mais que ser armazenados
em cada residência de até 2,5 GB. juntamente com os SIM Cards das 4
REDENILF TELECOMUNICAÇÕES operadoras, por não se saber qual
Diretor C omercial: UBANNET terá o melhor sinal na área em que
João Paulo Ferreira Leite Gerente: Antenor Marinho o device irá atuar. O SIM Card utili-
Tel. (11) 97188.0215 Tel. (81) 99128.8865 zado é Multi-IMSI, ou seja, diferen-
joaopaulo@redenilf.com.br antenor.ubs@gmail.com temente dos SIM Cards das demais
www.redenilf.com.br www.ubannet.com.br operadoras, suporta vários IMSI si-
multaneamente. Também tem um
LINK IP DEDICADO EM REGIÕES SOLUÇÕES INTEGRADAS – Inte- Applet embarcado no SIM Card,
REMOTAS – Permite que empresas grar serviços de CFTV, redes, inter- que gerencia a reconexão automá-
de médio e grande porte em regi- net e telefonia é a especialidade tica em caso de falha.
ões desprovidas de infraestrutura da Ubannet. O objetivo do serviço
possam contratar um link de inter- é oferecer uma solução que integre
VIAREAL TELECOM
net confiável, a um custo justo. A todos esses recursos, além de pro-
Diretor-Executivo:
expansão em rodovias possibilitou mover a interligação entre matriz
Manoel Santana
o atendimento a empresas que es- e filiais das empresas. Proporcio-
Tel. (31) 3769.2041
tavam ilhadas e só possuíam aces- na ao cliente encontrar diversos
manoelsantana@viareal.com.br
so a links via rádio. Além de rodo- produtos e serviços especializados
www.viareal.com.br
vias, o provedor expandiu sua rede num só lugar.
em cidades do interior de SP e sul TV POR ASSINATURA – Ao contrá-
de Minas Gerais. Ainda investiu em rio das emissões de vídeos com-
roteadores mais robustos e descen- primidos em até um quarto ou
tralizou o roteamento através de menos de sua resolução original,
concentradores de tráfego em tre- frequentemente exibidos por al-
chos finais de rodovias. gumas emissoras de TV, por meio
dos serviços de TV por Assinatura
da Viareal Telecom, usuários po-
dem receber um sinal mais limpo,
mantendo a qualidade original dos
vídeos, sem realizar a compressão
deles. Enviando a programação em
IP por redes de fibras ópticas, o ser-
viço oferece qualidade de imagem
semelhante à oferecida pelas emis-
soras de TV digital brasileiras.
124
anuário tele.síntese | 2017

Fornecedores
de produtos
De família de antenas para banda Ka a antenas distribuídas; de cabos e dutos de menores
dimensões a elementos passivos para rede externa que facilitam a instalação e a segurança;
de sistemas GPON e switches de maior capacidade a sistema de transmissão óptica DWDM enxuto;
sem falar em ERB que aumenta a taxa de transmissão em até oito vezes.

3M DO BRASIL tividade e atendimento ao serviço


Gerente de Marketing e Vendas contratado pelo usuário final.
da Divisão de Telecomunicações CONCEAL FILM – Permite o masca-
e Eletrônicos: André Amaral ramento de antenas tornando-as
Tel. (19) 99606.5262 “virtualmente” invisíveis, através
agamaral@mmm.com de um filme de alta tecnologia
www.3M.com que não interfere na transmissão e CABLENA
3M NOVEC 1230 – Fluido inerte potência do sinal. Desta forma, a Gerente de Vendas: Carlos Oliveira
que protege contra incêndio sem solução da 3M elimina a poluição Tel. (11) 3587.9590
danificar equipamentos eletrôni- visual dessas antenas misturando- telecom@cablena.com.br
cos e não é prejudicial à saúde -as com o ambiente onde está ins- www.cablena.com.br
humana. Ele oferece uma tecno- talada.
CABO ÓPTICO – Cabo de dimensão
logia sustentável que tem a maior
reduzida que tem como proposta
margem de segurança, o menor BRASILSAT
oferecer menores custos e maior
Potencial de Aquecimento Global Vice-Presidente Comercial:
facilidade de instalação. O foco
dentre todas as alternativas de José Roberto Contrucci
do produto são os provedores de
mercado e zero Potencial de De- Tel. (11) 2174.1300
internet.
pleção da camada de ozônio. Ele brasilsatsp@brasilsat.com.br
atende integralmente aos proto- www.brasilsat.com.br
colos de Kyoto e Montreal que res- CAMBIUM
FAMÍLIA DE ANTENAS PARA BAN- Diretor de Vendas: Daniel Melo
tringem o uso de gases HFC que
DA KA – Produtos de pequeno Tel. (19) 98145.0330
causam depleção de camada de
porte de comunicação via satélite daniel.melo@cambiumnetworks.
ozônio e efeito estufa combaten-
para o mercado de internet banda com
do o incêndio em até 40 segundos
larga ou aplicações corporativas. www.cambiumnetworks.com
sem danos eletrônicos aos equipa-
Têm bom desempenho de sinal/
mentos energizados. EPMP / ELEVATE – A linha Cam-
ruído e diagrama de radiação mais
CTO NG16 – Caixa de Terminação adequado à operação em países bium ePMP implementa tecnolo-
Óptica de Conectorização Interna tropicais. Por ser o único produto gias que permitem operação com
para Redes FTTH. Desenvolvida de fabricação nacional, teve ex- alta capacidade, baixa latência e
com diversos inputs de provedores celente receptividade das ope- elevada disponibilidade, mesmo
e operadoras, a CTO NG16 da 3M radoras que estão iniciando suas em ambientes de alta interferên-
oferece clara separação/isolamen- ofertas em banda Ka no Brasil. A cia. A solução ePMP Elevate pos-
to dos lados Rede e Ativação, resul- qualidade do desempenho, um sibilita aos provedores migrarem
tando em menor risco de descone- diferencial dessa família de pro- redes de outras tecnologias/fa-
xão acidental ou rompimento de dutos, foi possível pela otimização bricantes para redes ePMP Cam-
fibra. Permite conectorização de do projeto do conjunto refletor/ bium sem necessidade de troca
drop em solo, reduzindo riscos de iluminador. das CPEs. Segundo a empresa, o
acidentes de trabalho originados mercado é altamente receptivo a
em conectorização sob o poste. esta inovação uma vez que permi-
Ela maximiza uma operação inter- te ao provedor aumento de 3x a 5x
rupta do ponto de vista de conec- da capacidade instalada na rede
125
guia de empresas

legada, com baixo investimento e (iDEN/2G/3G/4G/Wi-Fi), pode ser


rápido retorno. A solução imple- compartilhado entre operadoras.
menta uma interface aérea sofis- Apresenta grande eficiência na
ticada que permite: 1) reúso de distribuição de conexões sem fio DATACOM
canais na mesma torre e entre tor- dentro de grandes ambientes in- Presidente:
res vizinhas; 2) coexistência de até ternos. Simplifica a infraestrutura Antonio Carlos Tiecher Porto
120 clientes CPE por setor de 90o; das operadoras, o compartilha- Tel. (51) 3933.3005
3) redução de níveis de interferên- mento de infraestrutura, reduz o porto@datacom.ind.br
cia interna (sincronização GPS) e investimento e distribui melhor o www.datacom.ind.br
externa (filtro de interferência e sinal, com melhor qualidade, para SWITCH ETHERNET DM4170 –
antena BeamForming). o usuário final. Possui alta capacidade de comu-
tação de pacotes, chegando a até
CIENA COMMSCOPE 288Gbit/s em um switch compacto
Presidente: Patrícia Vello Diretor: Marcos Feitosa com 1U de altura, incluindo supor-
Tel. (11) 3185.0832 Tel. (11) 4096.1001 te a interfaces de alta velocida-
www.ciena.com.br marcos.feitosa@commscope.com de 40Gbit Ethernet, viabilizando
www.pt.commscope.com a implementação de serviços de
WAVELOGIC AI – Trata-se da próxi- alta demanda de banda como por
ma geração da tecnologia coeren- TRUNK CABLE – A empresa apre- exemplo IPTV 4k. Ele atende à cres-
te da Ciena. Ela combina progra- senta o Trunk Cable de 24 fibras cente demanda por serviços Ultra
mabilidade e alcance estendido para suporte para 40/100G Modulo Banda Larga, gerada pela rápida
com um acesso abrangente em Óptico com o método Benhaced evolução dos serviços multimídia
tempo real aos dados de desem- fibra multimodo OM5 com suporte em alta definição e também pelo
penho da rede. Isso permite uma para aplicações SWDM imVision crescente uso das aplicações em
automação de rede baseada em para gerenciar as conexões da ca- nuvem. Utilizando dispositivos de
software usando APIs abertas mada física. O produto permite a circuito integrado de última ge-
de um modo que até então era migração de forma inteligente para ração aliados a uma plataforma
impossível em redes ópticas. O velocidades mais altas no data cen- de software modular e otimizada,
WaveLogic Ai foi projetado para ter. Com a nova fibra multimodo o DM4170 se propõe a tornar a
operadores de rede que precisam OM5 é possível utilizar a multiple- implantação da infraestrutura de
acompanhar o ritmo das deman- xação por comprimentos curtos de redes de alta capacidade viável,
das dos usuários por aplicativos onda. tanto do ponto de vista tecnológi-
de banda larga sempre acessíveis co quanto do financeiro e opera-
e em qualquer lugar: tudo, desde cional.
streaming de vídeo e internet das
Coisas até serviços móveis em
banda larga e na nuvem. São pres-
tadores de serviços, operadores de
cabo, provedores globais de con-
teúdo, governos federais, além de
operadores de redes submarinas,
grandes redes corporativas e re-
des de pesquisas avançadas.

COMBA TELECOM
Coordenadora de Marketing e
Vendas: Michele Melão
Tel. (11) 3509.4800
marketing.br@comba-telecom.com
www.comba-telecom.com.br
SISTEMA DE ANTENAS DISTRI-
BUÍDAS DAS – Equipamento que
comporta todas as tecnologias
126
anuário tele.síntese | 2017

DM2500 – Roteador de Acesso IP D-LINK Possui também um sistema para


Gigabit. O produto utiliza meca- Gerente de Produtos: travamento das bandejas manten-
nismos de aceleração do rotea- Rodrigo Paiva do as demais fixas. Na cúpula há
mento de pacotes implementado Tel. (11) 97636.4704 uma solução para fixação direta
em hardware, permitindo alto de- rodrigo.paiva@dlink.com.br do suporte reserva compacto sem
sempenho no encaminhamento de www.dlink.com.br necessidade de componentes adi-
pacotes em um produto compacto cionais.
BUSINESS CLOUD WIRELESS 11AC
e de baixo custo. Consiste em uma SRDO – O Sistema de Retenção
– Tecnologia em nuvem que per-
solução para atendimento a ser- para Drop Óptico foi desenvolvi-
mite a configuração e o gerencia-
viços de acesso corporativos para do para propiciar uma retenção
mento remotos de cada ponto de
provedores de serviço de telecom. homogênea e uniforme através
acesso instalado, tornando-se ide-
OLT MODELO DM4610 E ONU MO- al para aplicações escaláveis de do travamento total da superfície
DELO DM984 – Solução GPON de hotspots implementadas por pro- do drop (largura 5,1 +/-0,1mm),
convergência de tecnologias para vedores de internet e operadoras simultaneamente com as paredes
provimento de acesso ultra banda de telecomunicações. O gerencia- laterais (espessura 2,0 +/- 0,1mm),
larga através de fibra óptica, dire- mento centralizado permite saber garantindo a distribuição das for-
tamente até a residência do usuá- em tempo real e na nuvem qual ças em toda a superfície do drop.
rio. Agrega funções de rede passiva ponto de acesso requer atenção, O sistema evita a concentração
óptica, switch Ethernet, VoIP, IPTV, reduzindo custos de manutenção das forças em pontos isolados,
roteamento e wireless. Resolve a com transporte e deslocamento de eliminando a possibilidade do es-
necessidade de aumento da largu- técnicos em campo. A solução ain- magamento do drop e consequen-
ra de banda para usuários finais, da oferece a capacidade de comu- temente de atenuações na fibra
diminui a necessidade de uso de nicação com consumidores através óptica.
diferentes tipos de produtos para de mensagens para compartilha-
oferecer serviços triple play e re- mento de informações sobre pro- DURA-LINE/ MEXICHEM BRASIL
duz os investimentos adicionais na dutos e promoções. Diretor de Negócios: Luiz Cury
rede da operadora. Tel. (11) 99242.1754
luiz.cury@mexichem.com
DPR TELECOMUNICAÇÕES
DIGISTAR www.duraline.com
Vander Luiz Stephanin
Diretora Comercial: Tel. (11) 3934.2005 MICRODUTOS DE PEAD – Conside-
Cleide Barbosa Antunes vander@dpr.com.br rando a escassez de espaço para
Tel. (51) 3579.2200 http://dpr.com.br crescimento tanto aéreo quanto
marketing@digistar.com.br subterrâneo, o microduto utiliza
www.digistar.com.br CAIXA DE EMENDA ÓPTICA –
espaços menores com maiores
Trata-se de um sistema exclusivo
LINHA RCG – Trata-se de um rote- capacidades de atendimento com
de identificação de clientes com
ador avançado que suporta cone- prazo e custos reduzidos. O micro-
cores aplicadas em anéis por pro-
xões às redes NGN via fibra óptica, cesso de sobreposição de injeção.
fio e 3G, oferecendo grande flexibi-
lidade. Com configuração CLI mui-
to semelhante ao produto Cisco,
porém com baixo custo para im-
plantação e manutenção. A solução
atende operadoras, corporações e
ao Projeto Cidade Digital. Pode in-
tegrar em apenas um equipamento
o roteador, o modem e o PABX, que
farão as chamadas telefônicas e o
acesso à internet da empresa ou
órgão público, com economia, alta
performance e simplicidade na ins-
talação e no gerenciamento.
127
guia de empresas

duto não é só miniaturização dos grada. A empresa aposta no poten-


dutos tradicionais, ele atende a to- cial dessa solução, principalmente
dos os quesitos para enterramento, dada à contínua necessidade de
suportando ser diretamente ins- cobertura e de atendimento a áre-
talado. Em diâmetro similar a um FURUKAWA ELETRIC LATAM
as urbanas densas, que possuem
duto tradicional, com capacidade Gerente Geral de Planejamento:
grandes dificuldades para obten-
para um cabo óptico, pode-se ins- José Carlos Alcântara Júnior
ção de espaço. Atualmente o mer-
talar sete vezes essa capacidade, Tel. (41) 3341.4089
cado brasileiro conta com cerca
ou mais dependendo do diâmetro jose.alcantara@furukawaelectric.
de 80 mil a 90 mil sites, bem pouco
do cabo. O diferencial da inovação com
comparado a outros mercados: na
é atender com a mesma infraestru- www.furukawalatam.com
China, apenas a cidade de Pequim
tura necessidades futuras. CABO GIGALAN MAX GREEN já contabiliza cerca de 50 mil sites.
CATEGORIA 6 LSZH – Cabo para
FIBRACEM transmissão de dados categoria 6
Gerente industrial: sem o separador (crossfiller) e com
Cleverson Weiss cobertura com polietileno verde,
Tel. (41) 3661.2560 um plástico produzido a partir do
fibracem@fibracem.com etanol de cana-de-açúcar, uma INTELBRAS
www.fibracem.com.br matéria-prima renovável, ao pas- Marketing de Produto:
so que os polietilenos tradicionais Guilherme Farias
PONTO DE TERMINAÇÃO ÓPTICA utilizam matérias-primas de fonte Tel. (48) 99147.2018
F01 – O produto foi desenvolvido fóssil, como petróleo ou gás natu- guilherme.farias@intelbras.com.br
para ser compacto e minimalista, ral. O cabo possui um diâmetro ex- www.intelbras.com.br
mas sem perder as características terno reduzido, permitindo maior
técnicas necessárias para termina- ROTEADOR WIRELESS PROFIS-
ocupação em dutos. A produção SIONAL QUE TRANSFORMA CO-
ção da fibra óptica quando instala- deste cabo exige equipamentos
da em cliente final. A transição da NEXÕES WI-FI EM PUBLICIDADE
modernos com uma engenharia al- – A funcionalidade exclusiva desse
fibra pode ser feita através de fu- tamente capacitada.
são ou acoplador óptico. Apresenta roteador permite que todo usu-
dimensões reduzidas, ergonomia e ário que se conecta na internet
geometria que permite a reflexão HUAWEI DO BRASIL pela rede Wi-Fi faça propaganda
da luz em várias direções, deixando Diretor de Comunicação e de forma espontânea e gratuita
o produto totalmente discreto. Relações Públicas: Vinicius Fiori no Facebook, trocando o acesso
Tel. (11) 96638.4903 à internet por publicidade para
TUBO DE EMENDA ÓPTICA PARA vinicius.fiori@huawei.com a empresa que oferece esse ser-
CABO FTTH – Produto desenvolvi- www.huawei.com.br viço. Por ser desenvolvido espe-
do para fazer a proteção da emen-
LITE SITE – Estação radiobase in- cificamente para o ambiente de
da do cabo óptico FTTH. A emenda
tegrada em Infraestrutura no for- pequenas e médias empresas, ele
óptica pode ser feita através de
mato de postes de iluminação. A possui desempenho superior a ro-
fusão, emenda mecânica ou aco-
solução funciona com todas as teadores residenciais. Dessa for-
plador óptico. A maior inovação do
tecnologias de banda larga móvel, ma consegue suportar até 5x mais
produto foi arrumar uma solução
atende à Lei das Antenas, possui usuários conectados e ter abran-
para evitar a troca de todo o lance
baixo impacto visual, suporta até gência superior em até 5x mais.
do cabo óptico FTTH da caixa de
5 bandas de frequência, facilita o O diferencial nesse produto é
terminação óptica até o cliente fi-
processo de aquisição, acelera lan- transformar um equipamento que
nal, fazendo a proteção da emenda
çamento do serviço e é 4.5G Ready. até então era apenas usado para
realizada no cabo.
A solução resolve os problemas de fornecer Wi-Fi em uma ferramen-
CAIXA DE EMENDA ÓPTICA 24 A ta valiosa de marketing, de forma
96 FIBRAS DUAL – Possibilita a uti- dificuldade na aquisição de sites:
integrabilidade, footprint, proces- gratuita e pelos próprios usuá-
lização de vedação mecânica ou rios/clientes que estão usando a
termocontrátil dos cabos ópticos, so de aquisição e tempo de lança-
mento (TTM), redução de despesas internet.
apenas trocando o kit de instala-
ção. Este produto serve para dar de operação e manutenção (O&M).
continuidade e fazer a derivação Em um poste de apenas 55 cm de
dos cabos em redes ópticas aéreas diâmetro, a solução provê coe-
e subterrâneas. xistência de todas as tecnologias
móveis com gerência remota inte-
128
anuário tele.síntese | 2017

MPT FIOS E CABOS ESPECIAIS


Comercial: Silvio Luis Canale
Tel. (19) 39369383
silvio@mptcondutores.com.br
KHOMP CABO HÍBRIDO F/UTP 4PX24AWG NEC LATIN AMERICA
Diretor de Vendas: + 1PX0,75MM² + AS – Permite a Diretor de Soluções para
Jeremias Neves instalação de uma rede cabeada Operadoras: Roberto Murakami
Tel. (48) 3722.2900 na capacidade máxima (1Gbps) Tel. (11) 3151.7040
comercial@khomp.com levando energia através do par murakars@nec.com.br
www.khomp.com de 0,75mm² podendo ser instala- www.nec.com.br
KMG ANALYTICS – Algoritmo ba- da até vãos de 60m entre postes. SISTEMA ANTIFURTO PARA RÁ-
seado em Machine Learning que Solução voltada para provedores DIOS MICRO-ONDAS – A NEC é
analisa as chamadas antes de se- de internet com demanda acima líder no fornecimento de rádio mi-
rem atendidas, identificando se de 100Mbps. O Cabo Híbrido é croondas no Brasil. Por isso, tendo
foi interceptada por uma pessoa composto por 3 eixos, isolados se- em vista os casos frequentes de
ou caixa postal, secretária eletrô- paradamente, sendo o 1º eixo con- furto para venda desses equipa-
nica, sinal de fax ou quaisquer ou- tendo 4 pares voltados para rede mentos em um mercado paralelo,
tras formas de atendimento. Após com blindagem ao redor do núcleo a empresa desenvolveu um siste-
a análise, a chamada pode ser para aterramento, o 2º para ener- ma que tem como objetivo pare-
derrubada antes da tarifação, re- gia contendo 2 vias de 0,75mm² ar logicamente os rádios às redes
duzindo significativamente o cus- para alimentação de switches e o dos clientes nos quais estão inseri-
to das operações de call centers, 3º eixo composto por 1 fio de aço dos, de forma a impedir o funcio-
com chamadas improdutivas, por para sustentação até vão de 60m namento em outro ambiente. Com
exemplo. Atua em até 3 segundos entre postes. Ele possibilita ganho isso, os clientes do mercado negro
para otimizar a performance de de velocidade, não sendo necessá- de comercialização de equipa-
discadores e call centers. Em clien- rio utilizar o sistema POE ou insta- mentos de telecomunicações (es-
tes previamente selecionados, a lação de outros cabos além da pró- tes clientes são tanto domésticos
Khomp realizou, durante os meses pria solução já homologada. como internacionais) não conse-
de janeiro e fevereiro de 2017, au- guirão utilizar os equipamentos
ditorias de 10 minutos cada, a fim protegidos pelo sistema desenvol-
de ter um valor de apuração das vido. O sistema foi concebido no
chamadas. Essa medição resultou Brasil e desenvolvido no Japão. O
em uma média de 50% de chama- desafio tecnológico não foi o fator
das improdutivas. Isso ocorre por decisivo na criação desta solução,
vários motivos, como a qualidade mas sim o uso diferenciado de tec-
do mailing ou a indisponibilidade nologias existentes.
do número. Esse montante de liga-
ções não produtivas gera gastos:
tempo de operadora, ocupação da
banda telefônica e tempo de ação
humana.
129
guia de empresas

crescente demanda por aplica- PRYSMIAN CABOS E SISTEMAS


ções over-the-top (OTT) esta lar- CEO para América do Sul:
gura de banda está se tornando Marcello Del Brenna
insuficiente. A solução da Parks Tel. (11) 4998.4155
PADTEC aumenta a capacidade de largura ofertas.prysmian@prysmian-
CEO: Manuel Andrade de banda em uma rede óptica pas- group.com
Tel. (19) 2104-9700 siva, duplicando a capacidade no www.prysmiangroup.com.br
manuel.andrade@padtec.com.br downstream e quadruplicando a
MICROCABO ÓPTICO – Cabo de
www.padtec.com.br capacidade no upstream e ain-
fibras ópticas com diâmetro re-
da permite o atendimento de um
SUB-BASTIDOR DE 2U DA LINHA duzido que proporciona melhor
maior número de usuários em uma
COMPACTA DE PRODUTOS DWDM ocupação dos dutos em redes sub-
única porta óptica passiva.
DA PLATAFORMA LIGHTPAD terrâneas. O produto possibilita a
I6400G – Em apenas 2U de altu- NETAIR 400/ROTEADOR 4G – Rote- redução de aproximadamente 40%
ra, o subbastidor permite montar ador 4G com foco em alta disponi- do custo total em todas as etapas
sistemas DWDM completos com bilidade e alto desempenho. Pode da construção da rede, desde a lo-
Mux/Demux de 8 canais, trans- operar com duas operadoras de gística dos materiais até na veloci-
ponders duais 10 Gb/s e amplifi- telefonia móvel simultaneamente, dade de instalação. Em 20 minutos
cação óptica EDFA (Tx/Rx). Além obtendo uma banda agregada de pode ser instalado até 1 quilôme-
disso, pode receber transponders até 600Mbit/s. A alta disponibilida- tro de cabo dentro do microduto.
de conexão cruzada, mecanismos de advém da possibilidade do pro- Em seu desenvolvimento, a solução
de proteção com chaves ópticas duto operar simultaneamente com apresentou desafios para garantir
e amplificadores RAMAN para até 4 operadoras de telefonia celu- a qualidade das fibras ópticas com
ultralongas distâncias. Cada vez lar diferentes. Os serviços de che- diâmetros muito reduzidos quando
mais o mercado de redes de tele- cagem e análise de rede permitem comparados com os cabos ópticos
comunicações demanda produtos identificar tendências de degrada- tradicionais.
de footprint reduzido e baixo con- ção da rede e antecipar ações para
RETRACTANET – Permite a insta-
sumo de energia. Nesse sentido, o reestabelecer o nível de serviço.
lação de redes ópticas em planta
sub-bastidor compacto de 2U ofe- externa sem a realização de emen-
rece uma expressiva relação de PROELETRONIC das em fibras ópticas. A solução foi
alta capacidade de transmissão Diretor: Alexandre Trindade concebida para possibilitar a faci-
por unidade de bastidor ocupada, Tel. (11) 4693.9300 lidade de instalação de fibras óp-
para atender a ISPs, operadoras, proeletronic@proeletronic.com.br ticas em redes externas de acesso
data centers e outros. A solução www.proeletronic.com.br direcionando as fibras dos cabos
apresenta menor ocupação de es- para o ponto final.
ANTENA DIGITAL LTE/4G – Volta-
paço, baixo consumo de energia e
da para o mercado de TV Digital VERTICASA – Projetado especifi-
alimentação AC com redundância.
terrestre, a solução reduz a pos- camente para levar a fibra óptica
sibilidade de interferências do 4G diretamente aos apartamentos e
PARKS S/A COMUNICAÇÕES de telefonia celular nas frequên- escritórios, o produto possui um
DIGITAIS cias de atuação do sinal digital. novo conceito de construção de
Diretor Comercial: Fabio Cierro Antena com filtro incorporado ao cabos ópticos, permitindo acesso e
Tel. (13) 205.2100 projeto, reduz o ganho a partir da derivação da fibra óptica de forma
cierro@parks.com.br faixa de 700MHz, minimizando extremamente fácil, reduzindo a
www.parks.com.br possibilidades de interferências. demanda por mão de obra qualifi-
FIBERLINK X400/X800 TIPO: OLT Produto é inovador no segmento cada, tempo de instalação e custo.
XGS-PON – O produto entrega de TV Digital, sendo ideal para fai-
uma velocidade de 10Gbit/s em xa de UHF Digital. RAISECOM DO BRASIL
redes ópticas passivas. Essa velo- Diretor de Vendas:
cidade é simétrica, ou seja, tanto Marcio Cachapuz
no downstream quanto no upstre- Tel. (11) 94544.7392
am de dados. Ele é voltado para marciocachapuz@mails.raise-
o mercado de pequenos provedo- com.com
res e operadoras. Atualmente são www.raisecom.com
utilizadas soluções GPON, com
RAX711-C – Demarcador de Rede
taxa de 2,5Gbit/s no downstream
10GBPS com funcionalidades de
e 1,25Gbit/s no upstream. Com a
130
anuário tele.síntese | 2017

QoS e monitoração de serviços ser camufladas em postes ou mo- SENKO ADVANCED


avançados. Ele tem o tamanho biliário urbano, gerando, conse- COMPONENTS BRASIL
compacto com alta densidade quentemente, menor custo para lo- Diretor: Ramon Bayon
de interfaces e com ferramentas cação da área e permitindo maior Tel. (21) 3736.7065
avançadas de monitoração de quantidade de novos sites dentro ramon.bayon@senko.com
serviços e throubleshooting de re- das cidades. Além disso, seu design www.senko.com/pt
des MEF CE 2.0 Y.1564 & RCF-2544 compacto reduz o impacto visual.
CONECTOR DUPLEX PARA FIBRA
HQoS Y.1731 Portal SLA. Ele per- BATERIAS DE ÍON DE LÍTIO – Vol- ÓPTICA SÉRIE CS – Otimizado para
mite agilidade na implementação tadas para sites celulares, as bate- a nova geração de data centers de
dos serviços com um custo reduzi- rias de lítio trazem diversas inova- 400GHz, o produto é 36% menor
do, além de facilidade na monito- ções quando comparadas às usuais que o conector LC duplex e desen-
ração dos serviços. O mercado de- baterias de ácido. Com tecnologia volvido para aplicações de OFSP/
manda esse tipo de solução para NMC, garantem alto desempenho QSFP-DD. Ele minimiza o uso de
clientes que exigem serviços com mesmo em temperaturas elevadas, espaço no data center e ainda au-
bandas superiores a 1Gbps. sem a necessidade de resfriamen- menta a capacidade de uso de rack
to. São compactas e leves, com vo- e também a velocidade de trans-
REDEX TELECOM lume reduzido em até 50% e tempo missão em um padrão menor.
Diretor Técnico: de instalação em 20%. Também in-
Alessandro Mazzafiori cluem o software Battery Manage-
STERLITE CONDUSPAR
Tel. (11) 98162.3705 ment System (BMS), possibilitando
Analista Comercial:
amc@redex.com.br acesso remoto aos parâmetros da
Thiago Borba
www.redex.com.br bateria.
Tel. (41) 2109.6037
CAIXA TERMINAL ÓPTICA DE 16 thiago.borba@sterlitecondus-
ASSINANTES – O produto pode SEI BRASIL SOLUÇÕES ÓPTICAS par.com.br
ser fornecido em diversas cores, Diretor Comercial: www.sterliteconduspar.com.br
permite sua utilização em postes, Carlos R. Felippe
Tel. (11) 99637.6339 CABO AÉREO AUTOSSUSTENTA-
podendo ser utilizado com conec-
carlos.felippe@seibrazil.com.br DO UT (TUBO ÚNICO) – A forma
tores ópticos de campo, dando
www.seibrazil.com.br como esse cabo é construído per-
maior agilidade e proporcionando
mite que o cliente diminua em
redução nos custos de uma rede MÓDULO SMC COM SPLITTERS 1 pelo menos 30% o tempo de apli-
FTTx. A solução tem baixo custo e – Este produto de dimensões mi- cação do produto. No desenvolvi-
foi desenvolvida para atender as núsculas substitui as CTOs normais mento do produto houve melhoria
exigências do mercado de prove- que têm grande dimensão. Trata- no processo do cabo aéreo. O tubo
dores. Ela traz como inovação o -se de uma solução para resolver único proporciona redução de
seu design e o fato de ser dimen- problemas em instalações FTTH custos, além de economia do tem-
sional. internas em prédios, onde não po de trabalho.
existe espaço físico, podendo ser
RFS BRASIL colocada dentro das caixas de pas-
TELECOMUNICAÇÕES sagem metálicas já existentes. O
Coordenadora de Marketing: módulo, que pode conter splitters
Paula Silva de 1x4 ou 1x8, com adaptadores,
Tel. (11) 4785.6069 devido a sua reduzida dimensão, TRÓPICO SISTEMAS
paula.silva@rfsworld.com em torno de 10 vezes menor que E TELECOMUNICAÇÕES
www.rfsworld.com as CTOs hoje existentes, permite a Presidente: Paulo Cabestré
distribuição em andares de prédios Tel. (19) 3707.3495
ANTENAS TRISECTOR – Antenas de
onde o problema de espaço existe. tropico@tropiconet.com
RF celular trissetoriais camufladas.
Como eles podem ser colocados www.tropiconet.com
Desenvolvida para atender às ne-
dentro das caixas de passagem não
cessidades de operadoras celula- VECTURA SMART ACESS (VSA) –
prejudicam o aspecto do ambiente.
res de melhorarem as coberturas Terminal com sensoriamento de
Embora de pequenas dimensões, o
2G, 3G e 4G para as Olimpíadas e motor de máquinas agrícolas, de
módulo tem baixos níveis de perda.
em locais de alta densidade urba- proximidade e de posição geográ-
na, a Trisector une três antenas de fica integrado com conectividade
base station em um único radome. banda larga de longo alcance para
Elas demandam menor espaço uso em automação do agronegó-
para instalação de site podendo cio, seguindo a arquitetura da In-
131
guia de empresas

ternet das Coisas (IoT). Ele resolve INTERFERENCEADVISOR – Solu- de de aumento de espectro. Além
o problema da conectividade na ção de detecção de interferências disso, é compatível com terminais
área rural, conjuntamente com o automatizada que pode reduzir o LTE atuais. Através da implemen-
sensoriamento, permitindo coletar tempo de localização da fonte de tação do MIMO 32T32R e do 3D
dados da automação agrícola e interferências nas redes móveis. Beamforming, a ERB aumenta a
enviá-los para aplicações especia- O processo, que tipicamente de- quantidade de feixes numa célula,
listas, seguindo a tendência da In- mora dias ou semanas, pode ser ampliando a robustez contra inter-
ternet das Coisas. O produto utiliza resolvido em apenas algumas ho- ferências e a diretividade dos fei-
um rádio digital com tecnologia ras. Conta com uma antena om- xes no fornecimento dos serviços
OFDM (Multiplexação por Divi- nidirecional leve e portátil, uma aos usuários móveis.
são de Frequências Ortogonais) e indicação de área de interferência VIRTUAL CPE ZTE ELASTIC VCPE
técnicas de modulação avançada automatizada e um guia de nave- ZXR10 MCG 5300 – A família MCG
em espectros de frequências com gação, comandos de voz para dire- 5300 permite a integração de fun-
grande facilidade de propagação, cionar o técnico ao local suspeito ções de “Router” + “Server” + “Sto-
atingindo distâncias de até 50 km. de interferência, controle total de rage” em uma mesma plataforma
Esse rádio transmite os dados do espectro, display para monitora- de vCPE de alta capacidade e com
computador de bordo da máquina mento de interferência detalhado; arquitetura de HW e SW aberta e
agrícola e também os dados dos tudo gerenciado por meio de um segura. Ela possibilita a redução
sensores internos, de posição geo- tablet Android conectado por Wi-Fi dos custos e o aumento da flexibili-
gráfica e de proximidade com ou- ou USB. Inclui também acessórios dade para as empresas. São quatro
tras máquinas. integrados para minimizar a neces- fatores que estão relacionados ao
sidade de cabeamento. produto: facilidade; elasticidade,
OLP-88 – Certificador de Ativação centralização e abertura.
de Redes GPON/FTTH. Extrai auto-
maticamente informações do pro- ZTT CABLE
VIAVI SOLUTIONS tocolo GPON e se autoconfigura Tel. (12) 2138.8282
Solution Engineer RAN: com os limiares da rede testada, contato@zttcable.com.br
Everton Souza oferecendo resultado passa/falha www.zttcable.com.br
Tel. (11) 9544.4526 livre de erro humano para os va-
everton.souza@viavisolutions.com lores de potência de downstream, CABO AUTOSSUSTENTADO AS
www.viavisolutions.com upstream e RF vídeo, além da in- COMPACTO – As principais van-
formação de perda de inserção em tagens do produto em compara-
ONX-580 – Analisador de Redes de ção ao AS convencional são per-
serviço, em tempo real, da rede.
Banda Larga xDSL Wi-Fi e In-Home, cebidas durante a instalação e o
Além disso, apresenta o status da
é um instrumento para validação planejamento de custos. O peso
ONT (Ativada, Desativada, Não Re-
da qualidade de redes de banda do cabo é aproximadamente 36%
gistrada ou Alien) permitindo trou-
larga xDSL, e G.Fast, Redes Inter- mais leve, resultando menos es-
bleshooting instantâneo em cam-
nas Coaxiais ou Wi-Fi dos clientes. forços nos postes e bobinas mais
po. Ainda fornece ONT-ID, OLT-ID e
Permite validar a qualidade fim a leves e facilitando a logística. O di-
localização da OLT (Rack, Posição,
fim do enlace, desde a central até âmetro do cabo é reduzido, possi-
Porta), para facilitar o cadastro das
a casa do cliente, indicando possí- bilitando a aplicação de ferragens
ONTs no sistema.
veis defeitos e seu impacto na qua- mais simples, o que reduz o custo
lidade de experiência do cliente. O do projeto. O mesmo modelo de
maior tempo gasto em chamados ZTE DO BRASIL
ferragem pode ser utilizado em
consiste na identificação e loca- Gerente de Produtos:
um AS 80 e 120 KP I.
lização de problemas na camada Venâncio Chagas
física. As funcionalidades de testes Tel. (11) 99469-1679
automatizados no Par, aliadas às fabiano.chagas@zte.com.cn
ferramentas de rede interna como www.ztebrasil.com.br
testes em redes coaxiais e Wi-Fi ESTAÇÃO RÁDIO BASE PRE5G FDD
permitem que o técnico tenha em MASSIVE MIMO – A empresa con-
mãos de forma integrada tudo que sidera que essa solução é indicada
necessita para resolver o ticket como um passo intermediário para
apertando somente um botão e o desenvolvimento rumo ao 5G,
deixando o instrumento realizar pois aumenta a taxa de transmis-
todas as medições. são em até 8 vezes sem necessida-
132
anuário tele.síntese | 2017

Fornecedores
de software e serviços
Entre os muitos serviços inovadores, há várias soluções em nuvem, modalidade que continua em
alta. O mercado já oferece produtos especializados para o novo segmento de mercado de Internet
das Coisas, mas há novidades também para velhos nichos, como o de controle de ponto de
funcionários, que ganha um assistente inteligente.

ATENTO interação somente humana. Os para estratégias de roteamento


Gestora de Relacionamento chatbots da empresa utilizam do contact center. A proposta é de
com a Imprensa: tecnologia de ponta, soluções Mi- oferecer uma experiência única e
Natália Palmieri Fernandes crosoft e a utilização de métodos personalizada durante a jornada
natalia.palmieri@atento.com ágeis para seu desenvolvimento. do cliente e melhorar os resultados
www.atento.com ATENTO JOURNEY – Trata-se de das vendas. Hoje, a experiência do
uma ferramenta de gestão de re- cliente é o principal fator de com-
CHATBOTS PARA PLATAFORMAS petição na avaliação de 89% das
INTERNAS – A empresa aposta na lacionamento com o cliente que
unifica todos os canais de comu- empresas – há quatro anos o per-
utilização de robôs para atendi- centual era de 36%.
mento do help desk interno, por nicação em um único sistema, per-
meio do Facebook, Messenger, mitindo assim o acompanhamento
centralizado de todo o histórico BINÁRIO CLOUD
Skype e Telegram. Com isso, pro-
do cliente, independentemente do CTO Cloud Computing:
porciona mais agilidade e facili-
canal utilizado. Utilizando várias Cyrano Rizzo
dade para resolver questões como
formas de integração com diver- Tel. (11) 3704.0600
reset de login, bloqueio e desblo-
sas mídias sociais e comunicadores mktgrupobinario@binarionet.
queio de ramal e de login, cha-
(Facebook, Telegram, chat, e-mail, com.br
mado de estacionamento, pror-
SMS) o sistema monitora estas con- http:/binarionet.com.br
rogação de escala após bloqueio,
entre outros. Chatbots vêm para tas e envia as informações para os PRODUTOS E SERVIÇOS EM
otimizar o atendimento digital. atendentes em uma interface uni- CLOUD – A proposta é habilitar os
Segundo a Gartner, as interfaces ficada baseada em web. Com isso clientes para usufruírem dos bene-
conversacionais estão entre as dez ele mantém o padrão de atendi- fícios da Computação em Nuvem,
maiores tendências para 2017 e as mento, com todas as informações. pública, privada ou híbrida com
marcas precisam estar preparadas Do lado do cliente, a informação uma oferta combinada de consul-
para aproveitar tudo o que essa chega por meio do canal que ele toria e serviços desde a adoção
tendência pode oferecer, como escolheu. de tecnologia até a estratégia da
mais agilidade e efetividade no empresa. Isso permite simplificar
contato, e redução de custos em AVAYA BRASIL o processo para o cliente, desde o
determinados processos. Presidente: Marcio Rodrigues usuário até o provedor de nuvem,
ATENTO RECRUTAMENTO – Ca- Tel. (11) 5185.6200 auxiliando pequenas e médias em-
nal da Atento Brasil para recru- callme@avaya.com presas na utilização de serviços
tamento de novos talentos em www.avaya.com/br
mídias sociais, como Facebook, e AVAYA OCEANA – Solução ponta CALLIX
também por meio do Telegram. A a ponta de contact center mul- Diretor Comercial: Pedro Pain
utilização dos bots garantiu mais ticanal que ajuda as empresas a Tel. (11) 3444.5019
agilidade aos processos. Ele per- gerenciar e oferecer melhor expe- pedro@callix.com.br
mitiu que o recrutamento regis- riência do cliente. Trata-se de um www.callix.com.br
trasse mais de 30 mil solicitações sistema extensível e baseado em SMARTCENTER – Trata-se de um
semanais, com taxa de resposta e software, que fornece a mídia cer- sistema de comunicação e gestão
resolução automática em 95%. Ín- ta, no momento certo, junto com para call center. Ele traz algumas
dices dificilmente alcançados com informações e contexto relevantes inovações em modelos de negó-
134
anuário tele.síntese | 2017

cios nessa área, como computação CIANET CIENA


em nuvem, Software as a Service CEO: Silvia Folster Presidente: Patrícia Vello
(SaaS) e desenvolvimento ágil. Tel. (48) 2106.0101 www.ciena.com.br
Segundo a empresa, o software silviafolster@cianet.ind.br
BLUE PLANET ANALYTICS – O
melhora a qualidade de áreas de www.cianet.com.br
BPA proporciona as vantagens do
atendimento empresariais e au-
CROWDSALES – O CrowdSales é a analytics de big data no espaço da
menta a velocidade de discagem
primeira solução especialmente rede, usando a aprendizagem de
para a equipe de vendas deixando
criada para o mercado de prove- máquina e técnicas avançadas de
os clientes mais eficientes, produ-
dores que coleta dados e promove analítica. Ele permite que os opera-
tivos e focados em seus clientes e
análises sobre o mercado. É uma dores de rede tomem decisões in-
necessidades. Por ser uma empresa
nova ferramenta que auxilia no teligentes para simplificar as ope-
SaaS em nuvem pode proporcionar
processo de expansão da base de rações, aumentar o ROI (retorno
agilidade, flexibilidade e economia
usuários e rentabilização da rede sobre o investimento) e aprimorar
de custos. De acordo com a com-
de pequenos provedores de inter- a experiência do cliente com base
panhia, o produto se torna ainda
net. Trata-se de um aplicativo que em dados, o que leva ao crescimen-
competitivo porque não há atual-
funciona como uma plataforma to dos negócios. O BPA é aplicável
mente nenhum provedor SaaS de
de vendas mobile, onde qualquer a todos os setores e verticais onde
comunicação e gestão para call
pessoa pode vender o serviço de a rede é essencial para as opera-
center completamente em nuvem
internet de maneira fácil e sem ções de negócios. Isso inclui tan-
fazendo desenvolvimento de fun-
precisar de experiência. O app to provedores de serviços quanto
cionalidades e entregando-as se-
disponibilizado para os “represen- operadores de redes corporativas
manalmente.
tantes” contém um questionário de todos os tamanhos. O BPA ofe-
que vai guiar a coleta de informa- rece biblioteca de avançados algo-
CESAR ções e a venda, assim a pessoa não ritmos de aprendizado de máquina
Executivo Chefe de Negócios: precisa conhecer profundamente que os aplicativos podem usar para
Eduardo Peixoto o serviço. Segundo uma pesquisa resolver problemas específicos.
Tel. (81) 3425.4714 realizada pela própria Cianet, 70% Também desacopla a grande estru-
eduardo.peixoto@cesar.org.br das pessoas não pesquisam na tura de processamento de big data
PUNCHCARD – Assistente inteli- hora de contratar internet e nor- dos aplicativos analíticos para que
gente de apoio à marcação de pon- malmente escolhem o que já co- os desenvolvedores possam focar
to. É um produto pioneiro no mer- nhecem ou o que foi indicado por em casos de uso de negócios.
cado, desenvolvido pelos próprios outros usuários. O “boca a boca” é
usuários, a partir da necessidade de uma estratégia importante e bas-
um maior entendimento e acompa- tante utilizada, mas, nem sempre,
nhamento das regras de batida de ela atinge todas as pessoas para
ponto. Por ser um produto conecta- quem se pode fornecer o serviço
do, está em constante processo de de internet.
evolução por meio da medição e
análise dos dados de uso. De acor-
do com as leis trabalhistas brasi-
leiras, toda empresa com mais de
10 funcionários é obrigada a fazer
o controle de ponto. Esse contro-
le, que hoje já está sendo feito de
forma eletrônica, ainda demanda
bastante esforço para as empresas.
A solução possibilita uma redução
significativa das ocorrências por
marcações irregulares de ponto,
aprimora o cumprimento das leis
trabalhistas evitando multas do
Ministério do Trabalho e conscien-
tização e colaboração do funcioná-
rio na marcação do ponto.
135
guia de empresas

CPqD maioria das estatais, é proprietá-


Vice-Presidente de Pesquisa rio. Com o processo de migração,
e Desenvolvimento: gera uma nova base de dados em
Alberto Paradisi ambiente moderno SQL.
Tel. (19) 3705.7066
paradisi@cpqd.com.br
CONTAMOBI EASYTV
www.cpqd.com.br
CEO: Ricardo Capucio Borges CEO: Jadson Welder
Tel. (31) 98565.1515 PLATAFORMA IOT – Plataforma Tel. (98) 98899.2929
ricardo.capucio@conta.mobi Aberta de Tecnologias para Inter- jadson@easy.tv.br
https://conta.mobi net das Coisas e suas Aplicações: www.easy.tv.br
software aberto (open source)
CONTA.MOBI – Conta digital gratui- ECOSSISTEMA TURN KEY PARA
composto por microsserviços aces-
ta voltada para os MEIs (Microem- IPTV E OTT – Plataforma ALL IN
sados por meio de API (Applica-
preendedores Individuais). Com a ONE para IPTV/OTT, que inclui o
tion Programing Interface) aberta
Conta.Mobi o empreendedor pode sistema completo de processa-
oferecendo funcionalidades nas
solicitar sua conta digital gratuita mento e distribuição de streaming,
camadas de: 1) Middleware IoT –
(Bandeira VISA) usando um app aplicações de usuários e adminis-
gestão de dispositivos e integra-
(Android e IOS) ou pela web, sem tração de clientes. A vantagem é
ção dos dados por meio de seus
burocracia bancária e efetivação que a solução é entregue por um
diversos protocolos; 2) Segurança
em poucos minutos. Com o apli- único fornecedor, simples e sem
– autorização, gestão de identi-
cativo é possível melhorar o rece- complicações, com possibilidade
dade e criptografia; 3) Suporte a
bimento dos clientes, economizar de ativação em poucos dias. Isso
Aplicação – criação de fluxos de
gastos e ganhar tempo para gerir o assegura a sua confiabilidade e
dados, Big Data e Machine Lear-
negócio. O sistema oferece três so- elimina integração complicada e
ning. As inovações da Plataforma
luções fundamentais para o empre- dispendiosa de múltiplos sistemas
IoT são as seguintes: integração e
endedor obter sucesso, de forma de diferentes fornecedores. Com
operacionalização de componen-
prática e com baixo custo: 1) Conta esse conceito e modelo de negó-
tes open source para serviços de
Digital (guardar e controlar seu di- cio PaaS (Platform as a Service) a
big data, machine learning e ges-
nheiro, efetuar pagamentos online, EasyTV pode iniciar uma operação
tão de dispositivos, entre outros;
receber por meio de boletos, efe- de PayTV em pouco tempo trans-
criação de uma plataforma se-
tuar transferências entre cartões e formando CAPEX em OPEX.
gura para conexão de máquinas,
bancárias); 2) maquininha (vender
aplicações e usuários; plataforma
usando uma maquininha que acei- ECONODATA
integrada com ambiente de nu-
ta cartões de crédito e débito, sem CEO: Paulo Krieser
vem pública ou privada; e, por fim,
mensalidades); 3) acesso ao con- Tel. (51) 99777.6789
orquestração de serviços para ba-
tador (podem esclarecer dúvidas paulo@econodata.com.br
lanceamento de carga.
com a uma rede credenciada de www.econodata.com.br
contadores pela FENACON e assim
ter uma melhor gestão do seu ne- DDBS IT SOLUTIONS PROSPECTOR 2.0 – Plataforma
gócio). Com esta rede ele também Diretor Geral: Mauro Seraphim com dados para prospecção de
poderá contratar serviços e classi- Tel. (11) 98195.1386 empresas. Economiza tempo dos
ficar a qualidade de atendimento mauro.seraphim@ddbs.com.br vendedores nessa tarefa, pois tem
contábil. As três soluções são inte- www.ddbs.com.br uma base de leads qualificados
gradas em um único ambiente. MIGRAÇÃO DE DADOS ADABAS pronta permitindo que esses pro-
PARA SQL – Solução focada em fissionais foquem apenas na apre-
redução de custos e aumento de sentação do produto. São diversos
produtividade. O legado do mer- filtros (como região e CNAE), que
cado de banco de dados ADABAS permitem encontrar o lead mais
trouxe atrasos tecnológicos e fal- qualificado para o segmento do
ta de conectividade com outros cliente.
sistemas por ser proprietário. A
solução da empresa migra essas
bases para ambiente de inovação
(relacional) sem necessidade de
manutenção no legado ADABAS.
O sistema ADABAS, presente na
136
anuário tele.síntese | 2017

E-LAW TECNOLOGIA derna central multimídia ao serem executado, mostra informações


Sócio: Vinicius Ricardo conectados ao set-top-box Enter- como fotos, textos e georreferen-
Itagiba Neves Play TV. Melhora substancialmente ciamento do prestador de serviço
Tel. (11) 3892.4912 a experiência do usuário, pois com e das atividades executadas. É um
vrn@elaw.com.br uma única senha, controle remoto, software pelo qual o cliente acom-
http://elaw.com.br buscador e serviço de recomenda- panha online toda a produtividade
ções (baseado em mapeamento de de sua equipe de campo. Ajuda na
ELAW – Plataforma de automati-
hábitos) proporciona comodidade visualização gráfica das deman-
zação da gestão de processos ju-
e simplicidade de acesso ao entre- das, gerenciamento e localização
rídicos. O sistema permite que as
tenimento que se deseja. Além da online das equipes.
empresas recebam alertas sobre
plataforma, a empresa também
novidades de processos e façam
agrega conteúdo, principalmente ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES
o controle automático de prazos,
esportivo, exibindo modalidades Diretor do Centro de Pesquisa,
certificação de assinaturas e his-
esportivas e torneios que não são Desenvolvimento e Inovação:
tórico de reuniões durante toda
veiculados na programação das Edvaldo Santos
a vida do contrato. Por meio da
grandes emissoras. Tel. (19) 3801.7003
análise de big data, a plataforma
faz a avaliação de resultados de edvaldo.santos@ericsson.com
processos on time. Com o Elaw, é EQS ENGENHARIA
ITS4MOBILITY – Sistema Integra-
possível descobrir se faz sentido Diretor-Executivo:
do de Transportes Inteligentes. A
manter um litígio ativo a partir Carlos Gonzaga Aragão
solução oferece precisão e confia-
da análise de dados baseados na Tel. (48) 3281.8333
bilidade no rastreamento da frota
realidade. Recursos autônomos aragao@eqsengenharia.com.br
de veículos em tempo real, geran-
permitem fazer mais com menos, www.eqsengenharia.com.br
do relatórios e dados auxiliando
ganhando tempo com operações SISTEMA MOBILE – Possui grande operadores na otimização da utili-
mais rápidas, leves, seguras e lu- flexibilidade, pois permite a cria- zação de seus veículos, entregan-
crativas. ção de modelos de atividades que do um transporte mais eficiente
serão enviadas online ao celular para a cidade. Equipamento em-
ENTERPLAY do prestador de serviço, que po- barcado de última geração permi-
Presidente: Fabio Golmia derá executá-las com rede online tindo inclusão de inúmeras inova-
Tel. (11) 3467.2727 ou off-line. Essa tecnologia per- ções no veículo. Operadores com
comercial@enterplay.com.br mite um incremento na qualidade a solução do ITS4Mobility conse-
www.enterplay.com.br e gerenciamento do serviço, uma guiram alcançar os seguintes nú-
www.enterplay.net vez que padroniza as atividades, meros: 98% de confiabilidade, 76%
dá maior transparência ao que foi de pontualidade (antes era 64%) e
ENTERPLAY – Plataforma de en-
99% de cumprimento de viagens. A
tretenimentos digitais integrados
pela internet (TV, TV paga, VOD,
música, jogos). Essa é a primeira
vez que há uma Central de Entre-
tenimento Digital disponível por
uma só interface de usuário e en-
tregue em qualquer aparelho co-
nectado à internet. Inclusive apa-
relhos de TV, de qualquer geração,
ganham a capacidade de uma mo-
137
guia de empresas

plataforma digitaliza os dados de fazer a busca manualmente. Os LOGICALIS


transporte público beneficiando chatbots atuais são programados Julian Nakasone
todos os envolvidos na mobilidade para interagir com o usuário atra- Tel. (11) 3573.1011
da cidade. vés de respostas predefinidas. O julian.nakasone@la.logicalis.com
CBIO (CHARGING AND BILLING IN diferencial que faz deste produto la.logicalis.com
ONE) – A solução permite a con- uma inovação é a capacidade de
EUGENIO F – Plataforma de IoT
vergência e a introdução de um combinar a cognição e adaptá-la
baseada em fog computing com
poderoso catálogo de produtos para que o agente não só enten-
inteligência local. A principal
para aumentar a eficiência, redu- da perguntas, mas também consi-
inovação refere-se à inteligência
zir o custo total de propriedade e ga elaborar respostas. A resposta
embarcada localmente com in-
o tempo de lançamento no mer- pode ser dinâmica, e não apenas
dependência da conectividade,
cado e promover a inovação. Ela respondida em forma de chat. O
possibilitando maior gama de
implementa modelos de informa- agente é capaz de executar uma
aplicações, além disso, há maior
ção alinhados com os padrões de ação na tela principal do produto,
eficiência de custos ao oferecer
mercado, facilitando a integração mudando o gráfico ou a métrica
uma plataforma padrão, reduzin-
de sistemas reduzindo custos de que é exibida ao usuário em tem-
do problemas de soluções muito
integração com interfaces aber- po real, de acordo com o que está
verticalizadas e divididas em si-
tas e compatíveis com TMForum, sendo conversado no chat.
los. As principais vantagens são a
seguindo assim um modelo de agi- maior flexibilidade e a simplicida-
lidade e flexibilidade no gerencia- de da solução, a a maior indepen-
mento de produtos. dência da conectividade e a redu-
SISTEMA INTEGRADO DE SEGU- ção de custos.
RANÇA PÚBLICA – Novo serviço INATEL – INSTITUTO NACIONAL
que prove toda a estrutura neces- DE TELECOMUNICAÇÕES
MEDIAÇÃO ONLINE
sária para um Sistema de Seguran- Gerente de Desenvolvimento
Fundadora e CEO:
ça Pública, integrando sistemas de de Negócios:
Melissa Felipe Gava
videomonitoramento, sistema de Leandro Furtado Guerzoni
Tel. (11) 97028.2991
respostas a emergências e geren- Tel. (35) 3471.9307
melissa@mediacaonline.com
ciamento de recursos. Este sistema leandro.guerzoni@inatel.br
www.mediacaonline.com
é compartilhado por diferentes www.inatel.br
organizações/agências a fim de MOL MEDIAÇÃO ONLINE – Trata-
SOLUÇÕES EM SOFTWARE E
otimizar o tempo gasto no atendi- -se da primeira plataforma digital
HARDWARE – Nas áreas de radio-
mento e reduzir a complexidade de mediação extrajudicial, onde
frequência, smart grid, comunica-
operacional. um mediador, um profissional im-
ção, controle de acesso, microe-
parcial, por meio de técnicas efi-
letrônica, testes, mobile, mídias,
ICARO TECH cientes, estimula o diálogo entre
sistemas embarcados. Entre seus
Diretor de Pesquisa e duas partes e as auxilia na cons-
produtos estão aplicativo para
Desenvolvimento: trução de um acordo. Todo o pro-
coleta de dados de participan-
Bruno Drugowick Muniz cesso é realizado pela plataforma
tes de eventos; para entrega de
Tel. (19) 3731.8300 MOL, um ambiente 100% online.
conteúdo em feiras e eventos; de-
bruno.muniz@icarotech.com São cinco passos: uma das partes
senvolvimento de softphone VoIP
www.icarotech.com envia o caso para a plataforma,
para dispositivos móveis; desen-
o MOL busca a adesão da outra
COGNITIVE ADVANCED DASHBO- volvimento de aplicativos móveis
parte por meio de um convite de
ARDS – Painel de controle opera- para gerenciamento de centrais
mediação, é feita a ativação e o
cional que utiliza tecnologia cog- de alarme. Conta ainda com labo-
agendamento da sessão onde o
nitiva (inteligência artificial) para ratório de aplicação para teste de
mediador realiza a mediação das
interagir com os usuários. A inova- aplicativos móveis, teste de build
partes estimulando um diálogo
ção é garantida pela integração OEM, de desenvolvimento de aná-
para que cheguem a um acordo
com a ferramenta IBM Watson, lise e otimização.
de mediação.
que acrescenta a capacidade cog-
nitiva permitindo que os usuários
utilizem linguagem natural para
interagir com a máquina, obtendo
respostas a perguntas do dia a dia
de forma mais natural em vez de
138
anuário tele.síntese | 2017

MONKEY EXCHANGE NEGER TELECOM em escala de milhões de clientes.


Sócio-Diretor: Bruno Oliveira Diretor de Engenharia: Cada vídeo é gerado na hora do
Tel. (11) 99797.2252 Antonio Eduardo Ripari Neger acesso e cada próxima cena tam-
bruno_og@outlook.com Tel. (19) 4062.9140 Ramal 1010 bém é criada dinamicamente, de-
www.monkey.exchange engenharia@neger.com.br pendendo de interações anterio-
www.neger.com.br res ou contexto atual do cliente.
PLATAFORMA ONLINE PARA
DESCONTO DE RECEBÍVEIS – A METROSAT – Serviço de Rastre-
Monkey Exchange é um ecossis- amento para Máquinas e Imple- PULSUS
tema que tem como propósito mentos Agrícolas. As três principais Diretor de Marketing e
tornar o mercado de desconto de inovações do serviço: 1) opera em Tecnologia: Vinicius Boemeke
recebíveis mais eficiente, benefi- todo o do território nacional, in- Tel. (11) 2933.9393
ciando a cadeia de fornecedores clusive onde não há cobertura ce- contato@pulsus.mobi
de grandes corporações e am- lular, já que sua operação é 100% http://pulsus.mobi
pliando o mercado de crédito para satelital; 2) o módulo rastreador PULSUS – Software para suporte
PMEs no Brasil. A ideia é conectar, não requer uso de energia elétrica inteligente e gestão de mobilidade
por meio de uma plataforma de externa, possibilitando o uso em corporativa. O Pulsus volta-se para
negociações digital, fornecedores contêineres e implementos agrí- as equipes de campo: vendedores,
da indústria tradicional a compra- colas que não possuem energia; motoristas, equipes operacionais.
dores de recebíveis. A plataforma 3) o módulo rastreador é pequeno O mercado incipiente, apresenta
funciona como um leilão, em tem- e de fácil instalação pesando ape- enorme contingente de empresas
po real, em um processo competi- nas 102 gramas. que não adotaram soluções de
tivo entre compradores. Novos tí- mobilidade principalmente por
tulos/recebíveis são adicionados e OVERMEDIACAST não encontrarem uma solução
negociados diariamente. Todas as CEO: Daniel Uchôa que consolidasse relação custo-
operações acontecem no ambien- Tel. (11) 98574.0800 -benefício com a simplicidade para
te da plataforma que é segura, daniel@overmediacast.com quebrar as barreiras iniciais de
customizada e escalável. http://overmediacast.com adoção de um novo sistema. Ele
integra parametrizações contex-
THECHATBOTKILLER.COM – Pla- tuais das funcionalidades de MDM
MONKEY´N APPS
taforma de autoria e gerência de (restrição de launcher por horário,
Sócio-Diretor: Marcos Schulz
videobots que permite adicionar
Tel. (11) 98881.3551
imagem, som e movimento aos
xulz@monkeynapps.com
chatbots, enriquecendo as intera-
www.monkeynapps.com
ções com dados personalizados e
ALL MILES – Plataforma que ge- storytelling ajustado 1 a 1, porém
rencia as videoconferências, no
formato de programa de fidelida-
de, e transforma seus pontos em
benefícios. Ela foi concebida para
ser integrada com as principais vi-
deoconferências de mercado. Hoje
pode ser integrada com: Cisco We-
bEx e Cisco TMS. O All Miles ajuda
a decidir quais reuniões podem ser
virtualizadas e quais devem ser
presenciais. Dessa forma a empre-
sa evita desgaste com colabora-
dores em viagens desnecessárias.
Uma grande gama de gráficos e
relatórios estão disponíveis para o
administrador. Foi ainda criado um
sistema de pontuação integrado
com as maiores plataformas de mi-
lhagens, programas de fidelidade,
marketplace empresarial e ações
sociais de mercado.
139
guia de empresas

bloqueio por velocidade, janela SALESFORCE também ressuprimentos automá-


de atualização e opção de atuali- Diretor de Marketing para ticos de material e combustível
zação somente por Wi-Fi) a fim de América Latina: Daniel Hoe baseados nos seus comportamen-
melhorar a performance dos usuá- Tel. 0800 891.1887 tos produtivos.
rios mitigando riscos trabalhistas, www.salesforce.com/br/form/
acidentes no trânsito, reduzindo contact/contactme.jsp SCM ENGENHARIA
custos e demandas de suporte. www.salesforce.com/b DE TELECOMUNICAÇÕES
SALESFORCE EINSTEIN – Solução Diretora:
QUALCOMM TECHNOLOGIES Ana Paula de Lira Meira
de inteligência artificial acessível
Diretora de Marketing Sênior: Tel. (61) 3046.2406
para empresas de todos os setores
Jaqueline Lee anapaulalirameira@yahoo.com.br
e de todos os tamanhos. Ao se base-
Tel. (11) 5503.4560 www.scmengenharia.com.br
ar na nuvem e ser integrada às nu-
jclee@qti.qualcomm.com
vens da Salesforce, a solução provê NOVOS PLANOS DE CONSULTO-
www.qualcomm.com.br
orientação e automatização sem RIA – A empresa decidiu atualizar
WI-FI SON – Software de auto- exigir analistas de dados. Einstein seus planos de consultoria (três
organização das redes de Wi-Fi, analisa as informações de e-mails, planos – Light, Flex e o Ultra) para
incluindo configuração, gerência, calendários e do próprio CRM melhor atender às necessidades
resiliência e segurança. A inovação para recomendar ações à equipe do cliente final, desde solicitações
consiste em agregar às redes Wi-Fi comercial para estimular vendas. de gestão comercial, jurídicas e
um conjunto de recursos que sim- Predictive Scores e Predictive Au- contábeis a monitoramento e/ou
plificam a instalação de rede de ro- diences dinamicamente fornecem Gerenciamento do servidor. Foram
teadores Wi-Fi em casa ou no escri- conteúdo direcionado para cada feitas várias parcerias nas áreas
tório, selecionam dinamicamente cliente, com o intuito de estimular jurídica, contábil, data center, con-
a melhor conexão Wi-Fi para cada uma ação específica. Profissionais sultora comercial, call center.
dispositivo, corrigem falhas e au- de marketing podem usar deep
mentam a segurança. Isso se traduz learning para interpretar imagens
TERAVOZ
em melhor experiência do usuário. em redes sociais e descobrir se o
CEO e Cofundador: Dov Bigio
Ele agrega recursos em quatro conteúdo está ou não relacionado
Tel. (11) 3090.2928
áreas: 1) Autoconfiguração – con- a uma marca, mesmo que o nome
dov@teravoz.com.br
figuração simplificada da rede e não esteja escrito em texto. Profis-
www.teravoz.com.br
de seus dispositivos; 2) Autogestão sionais de atendimento podem se
– otimiza o desempenho da rede apoiar em processamento natural PABX VIRTUAL – Solução com pos-
de forma dinâmica e automática; de linguagem e deep learning para sibilidade de URA inteligente e
3) Autocura – ativamente detecta que a IA forneça uma recomen- integração com sistemas (CRMs,
e resolve gargalos ou falhas, au- dação de resposta ao cliente por ERPs, aplicações web em geral)
mentando a resiliência da rede; 4) e-mail. Pode-se integrar IA a tudo e através de APIs simples, com alta
Autodefesa – protege a rede contra criar aplicativos mais inteligentes qualidade. Oferecido no modelo
acesso não autorizado. para funcionários e clientes. SaaS, tem como proposta permitir
que empresas de qualquer tama-
SINAPSE nho possam fazer atendimento
Presidente: William Mendes por voz com alta qualidade, auto-
Tel. (21) 97632.2732 mação e visibilidade, melhorando
wrmendes@sinapseinformatica. a gestão e a percepção de quali-
com.br dade do cliente final.
www.sinapseinformatica.com.br
ANIEL – Software que oferece
gestão de serviços e materiais
em todas as etapas do processo
operacional de empresas de tele-
comunicações. Diferencia-se pela
extensão da gestão ao técnico em
campo das atividades logísticas,
combustível, ponto e serviços pelo
APP Mobile. A ferramenta oferece
140
anuário tele.síntese | 2017

TOTVS é definido por padrões internacio- VERISYS TECNOLOGIA


Flávio Balestrin nais, de maneira que as funções de E SOLUÇÕES
Tel. (11) 2099.7736 rede sejam executadas nessa “nu- Diretor-Executivo:
fbalestrin@totvs.com.br vem” com o máximo desempenho Diego de Castro Pereira
www.totvs.com e economia de recursos. Tel. (11) 3122.5230
diego.pereira@verisys.com.br
BEMACASH – Solução composta www.verisys.com.br
VISUALCUE BRASIL
de PDV, sistema de gestão e equi-
Sócio: Victor Cosme VSYS X64 – Projetada para ser flexí-
pamentos. Atende ao pequeno
Tel. (11) 5052.2500 vel e altamente adaptável a qual-
varejista, entregando tudo que ele
victor.cosme@visualcue.com quer perfil e regra de negócio do
precisa por um custo mensal bai-
visualcue.com cliente, a solução de telefonia de
xo. Prova disso foi o resultado de
mais de 3 mil novos pontos de ven- VISUALCUE – Ferramenta de vi- all-in-one para ambientes de Alta
da comprados em 2016 e expecta- sualização de dados através de Performance Vsys x64 garante to-
tiva de mais de 10 mil novos em ícones visuais. Ela surgiu no mer- tal controle de resultados opera-
2017. Oferece PDV + Sistema de cado com a proposta de se dife- cionais. Por meio de uma simples,
gestão em nuvem + Equipamen- renciar das outras ferramentas de porém detalhada, análise, permite
tos com baixo custo (média de visualização, sendo totalmente reconfiguração de regras e estra-
R$ 279,00/mês) e com um único intuitiva para tomada de decisão tégias diretamente pelo usuário
fornecedor. rápida e assertiva. O conceito do final. Por meio de grids e gráficos
VisualCue é americano e está no dinâmicos interativos, a solução
mercado brasileiro há cerca de exibe informações estatísticas do
2 anos. A empresa considera que a sucesso de negócio e comporta-
solução é um diferencial entre as mento operacional associadas às
ferramentas de BI disponíveis no regras de telefonia implementa-
mercado. das. A solução de gerenciamento
TRÓPICO SISTEMAS baseado nas regras operacionais
E TELECOMUNICAÇÕES é um complemento à solução
Presidente: Paulo Cabestré all-in-one já existente em versões
Tel. (19) 3707.3495 anteriores composta de DAC, URA,
tropico@tropiconet.com Gravador de Voz e Tela, Discador,
www.tropiconet.com CTI, entre outros recursos.
VECTURA VIRTUAL EDGE – O sof-
tware executa em hardware de
servidores comerciais as Funções
de Rede que normalmente são
executadas em hardware de pro-
pósito específico (Appliances)
Numa rede de telecomunicações
que está se tornando “Tudo So-
bre IP”, todas as funções de rede
passam a ser software. Hoje esses
softwares são executados em har-
dware dedicado. O Vectura Virtual
Edge cria um ambiente especial
para que as funções de rede rodem
em um data center (sejam “virtua-
lizadas”). Esse ambiente especial
141
guia de empresas

Desenvolvedores
de apps e conteúdo
Aqui, há soluções para todos os gostos. Não existe uma tendência dominantes entre as inovações
e novos desenvolvimentos.O leitor vai encontrar desde app para prevenção de fraude nas compras
com seu cartão até programa de fidelização para pequenos estabelecimentos baseado
na tecnologia da proximidade. Sem falar nos apps para entretenimento.

AMBIDADOS CONSULTORIA EM NEWS REPUBLIC – Utiliza tec- CLICKBUS


MEIO AMBIENTE nologia Big Data e possibilita o Presidente: Cesário Martins
Diretora Administrativa: fornecimento de conteúdo per- Tel. (11) 4302.5251
Wilsa Atella sonalizado para o usuário final. cesario@clickbus.com
Tel. (21) 3733.1809 Também distribuído em 14 países www.clickbus.com.br
wilsa@ambidados.com é classificado em terceiro lugar
CLICKBUS – Foi relançado o aplica-
www.ambidados.com no Google Play como Publisher.
tivo ClickBus para pesquisa, com-
AMBIPORTO – Monitoramento re- paração e compra de passagens de
CLEAR SALE ônibus por meio do celular como
moto instantâneo sobre condições
Gerente do Compre & Confie: parte do processo de moderniza-
ambientais e confiabilidade de
Caio Rocha ção do Mercado Rodoviário no
equipamentos necessários para o
Tel. (19) 98181.9905 Brasil. O programa foi refeito do
funcionamento pleno do sistema
Caio.rocha@clear.sale zero, com um time interno e que
de atracagem de navios em portos.
https://portal.clearsale.com.br conhece bem as necessidades do
A solução foi desenvolvida para
resolver problemas na demora na COMPRE & CONFIE – Aplicativo cliente. O mercado online rodoviá-
análise de dados e na percepção permite que o consumidor seja rio representa apenas 5% das com-
de riscos na operação de navios incluído no processo de preven- pras online. Quando a ClickBus
em portos. O diferencial do app ção de fraudes e possa bloquear entrou no mercado apenas com o
está na forma como os dados são transações indevidas feitas em seu desktop, representava apenas 2%.
apresentados e nas mensagens CPF no momento que a transação O desafio é o de mudar a cultura
automatizadas que chamam a ocorre. Segundo o Mapa da Fraude, de um público que em sua maioria
atenção do usuário para possíveis de 2015, R$ 3.610,20 foram regis- pertence às classes C e D para que
problemas ou ameaças à seguran- trados em tentativas de fraudes no percam o medo e adotem o hábito
ça durante a atividade em foco. e-commerce brasileiro por minuto. de comprar passagens rodoviá-
Com a digitalização de empresas rias de uma forma mais prática e
e consumidores, o Compre&Confie conveniente. O hábito de compra
CHEETAH MOBILE
oferece segurança e proteção da do setor aéreo pode se refletir no
Country Manager: Frank Tao
identidade em tempo real, simples rodoviário à medida que ações
Tel. (11) 2186.0222
e de forma colaborativa. Ao ins- que visam aprimorar a experiência
franktao@cmcm.com
talar o app no celular e informar do cliente são implementadas. A
www.cmcm.com
o CPF, o consumidor é notificado solução permite busca, compa-
CLEAN MASTERS – Acelerador sempre que uma transação é feita ração e compra de passagens de
de celular que promove limpeza em um site parceiro (+500). Ao não ônibus através do telefone celular
de arquivos residuais, liberação reconhecer uma transação, basta para mais de 4.600 destinos, 130
de espaços, detecção e limpeza selecionar a opção “Não Fui Eu” mil rotas com mais de 100 via-
de vírus. Globalmente tem mais para contestar a transação. ções. Há a garantia de passagem
de 600 milhões de usuários, for- para a data que desejar, ações
necido para mais de 14 países e de marketing fortes e, para quem
classificado como primeiro lugar embarca em São Paulo (Terminal
na categoria de ferramentas do
Google Play.
142
anuário tele.síntese | 2017

Tietê) ou Rio de Janeiro (Novo po no planejamento das rotas dos forma, o que possibilita a compara-
Rio) há a possibilidade de retirada seus veículos e motoristas, fazendo ção online dos valores praticados.
Express nos quiosques, sem pegar mais atividades em menos tempo e Assim o consumidor pode facil-
fila. com menos custos. mente descobrir a potencial eco-
nomia ao migrar para o ambiente
COBLI de contratação livre, mesmo com
Sócio-Fundador: Parker Treacy o preenchimento de informações
Tel. (11) 99614.8023 mínimas em seu aparelho celular.
parker@cobli.co Além disso, é possível fazer compa-
www.cobli.co rações de diversas grandezas elé-
COPEL
tricas por período customizado, de
FINGERPRINTING COBLI – Existem Diretor-Presidente:
forma a fornecer subsídios para a
7 milhões de veículos comerciais Adir Hannouche
decisão. O app também reflete no
no Brasil, com o crescimento mé- Tel. (41) 3331.4706
aumento da competitividade no se-
dio de 5% ao ano. Então, a neces- adir.hannouche@copel.com
tor, com maior transparência para
sidade de gerir uma frota de ve- www.copeltelecom.com
o consumidor final.
ículos de empresas de pequeno,
COPEL ENERGIA MERCADO LIVRE
médio e grande porte permitiu a APP EASY APR (ANÁLISE PRELIMI-
– Aplicativo mobile que permite ao
expansão da Cobli, uma empresa NAR DE RISCO) – Aplicativo mobile
consumidor de qualquer distribui-
de SaaS (IoT) para gestão de veícu- que permite a análise preliminar
dora do país simular potencial de
los. O serviço desenvolvido se inse- dos riscos referentes à tarefa a ser
economia ao comparar preços on-
re como uma parte do SaaS Cobli. desenvolvida em campo, em tempo
line dos diversos fornecedores pre-
O serviço é capaz de criar um perfil real, com o georreferenciamento e
sentes no mercado livre de energia
de condução dos motoristas atra- vinculada a ordem de serviço. Con-
elétrica. O app incentiva a divulga-
vés da análise de 1Tb+ de dados tribui para mitigar acidentes de tra-
ção e a conscientização do consu-
de telemetria. Por meio da aplica- balho e pode ser utilizado em em-
midor em relação ao mercado livre
ção de algoritmos de aprendizado presas prestadoras de serviços nas
de energia, além de concentrar
de máquina, o serviço determina, áreas de energia, telefonia e outras.
informações de todas as concessio-
com alta precisão, qual motorista Possibilita à empresa o atendimen-
nárias de energia que atuam desta
está dirigindo o veículo naquele to das normas regulatórias no que
momento. se refere à segurança dos emprega-
ROTEIRIZADOR COBLI – A solu- dos e terceiros.
ção permite que empresas com
frotas de qualquer porte no Brasil
simplesmente insiram o número
de veículos que a frota possui e
os endereços das entregas ou ser-
viços no sistema, para receber as
melhores rotas, matematicamente
exatas, para todos os veículos. A
empresa tem um serviço grátis e
um pago. Ele tem como proposta
que os clientes economizem tem-
143
guia de empresas

CREATRIX HAVA do o público infantil e preenchen- clientes estão fisicamente no esta-


Gerente: Juliana Costa da Silva do esse espaço que ainda não foi belecimento permitindo um atendi-
Tel. (21) 2674.3107 ocupado. As crianças jogam, se di- mento personalizado e uma expe-
devcostajuliana@creatrixhava.com vertem e tomam contato com pro- riência próxima ao uso do cartão.
www.creatrixhava.com blemas sérios do dia a dia, como a Pesquisas indicam que 70% dos es-
degradação ambiental. Além disso, tabelecimentos já tiveram ou con-
SUPER MECAFISH – Game mobile são desafiadas a encontrarem solu- sideraram um cartão de fidelidade.
casual que aborda temáticas am- ções para esses problemas. Porém os problemas do uso do
bientais. Atualmente, o mercado cartão em papel são muitos, desde
de games mobile é o que mais cres- fraude até perda e esquecimento.
DILETTA APLICATIVOS
ce em comparação com os outros Um app de fidelidade é uma de-
CEO: Michel Cusnir
segmentos de games. De acordo manda do mercado e existem mais
Tel. (19) 3521.4993
com dados da NewZoo, o mercado de dez startups buscando soluções.
mcusnir@dilettaaplicativos.com.br
mobile sozinho foi responsável por O aplicativo permite a flexibilidade
www.dilettaaplicativos.com.br
US$ 36.9 bilhões no início de 2017. de configuração e personalização
A ideia do desenvolvimento do HELLOBONUS – Programa de fide- da aplicação para cada lojista. Po-
produto nasceu a partir da consta- lização para pequenos estabeleci- rém o essencial é o uso da tecnolo-
tação de seus sócios de que havia mentos baseado na tecnologia de gia de proximidade para identificar
uma falta de games que abordem proximidade. O app permite que os clientes que estão próximos fisi-
assuntos sérios de forma divertida estabelecimentos possam substi- camente do lojista e permitir que o
e da preocupação de muitos pais tuir o cartão de fidelidade impresso lojista não só possa pontuar e dar
com o tempo que seus filhos pas- por um aplicativo. A inovação é o prêmios aos consumidores de for-
sam jogando jogos que não pro- uso da tecnologia de proximidade, ma fácil, como ainda que ele cons-
porcionam nada além da diversão. utilizando BLE e geolocalização, trua uma base de conhecimento
O Super Mecafish vem conquistan- para informar ao atendente quais sobre o seu público.
144
anuário tele.síntese | 2017

FLAPPER receitas dos encontros de família, ÍCARO TECH


CEO: Paul Malicki a seleção dos itens das melhores Head of Research & Development:
Tel. (21) 97119.0066 delicatessens estejam a seu dis- Bruno Drugowick Muniz
paul.malicki@flyflapper.com por no app. Além disso, se propõe Tel. (19) 3731.8300
www.flyflapper.com/pt-BR/ a facilitar o acesso a produtos de bruno.muniz@icarotech.com
nicho, como alimentação sem glú- www.icarotech.com
FLAPPER – É o primeiro app de
ten e sem lactose, fitness, carnes
compartilhamento de assentos e EVERFLOW – Ferramenta de des-
premium e macarrons, por exem-
cotação na aviação privada no Bra- cobrimento automático de pro-
plo. A plataforma oferece ao pro-
sil. O Brasil é o segundo maior mer- cessos de negócios. Ela é capaz de
dutor e à delicatessen o suporte de
cado de aviação privada mundial, analisar rapidamente entradas de
logística, financeiro, divulgação e
mas apenas uma fração dela está log de aplicações diversas usando
de tecnologia. Os produtores não
disponível para o público em ge- computação baseada em cluster
têm nenhum custo fixo para ade-
ral. A proposta do app é de utilizar (Apache Spark), entregando uma
rirem, apenas precisam passar por
a economia compartilhada para visualização explorável em forma
uma curadoria. O faturamento está
ampliar essa oferta de voos per- de grafos e relatórios avançados.
baseado numa porcentagem das
mitindo, por exemplo, que alguém O Everflow é capaz de identifi-
vendas. Os produtores conseguem
possa voar em um avião privado car padrões de comportamento
entrar no ambiente virtual de de-
por menos de R$ 500,00. O Flapper processual através da análise de
livery de forma imediata e sem
automatiza pagamentos de voos, grandes quantidades de dados. Es-
terem custos fixos com desenvolvi-
cria uma oferta completa de táxi- sencialmente, com apenas três in-
mento do site, mobile e app (para
-aéreo e aumenta a demanda por formações, a solução é capaz de
Apple e Android), servidor, suporte
serviços compartilhados. Ele cria construir uma visualização gráfi-
técnico, e-commerce, gateway, alu-
um marketplace com automação ca de um processo ou jornada de
guel de máquinas de cartão, custos
de reserva e pagamento e a inte- cliente. Essa visualização em forma
trabalhistas com motoboy e com a
gração com serviços de táxi-aéreo. de grafo é facilmente explorável
compra de motos.
Na parte de distribuição, permite pela interface web da aplicação.
a integração com sistemas de via- Além das três informações míni-
gens corporativas e ainda cria uma FS SECURITY mas, qualquer informação adicio-
marca unificada de aviação priva- Head of Communication: nal pode ser analisada em forma-
da no Brasil. Também constatou Tatiana Lelis to de relatórios adicionais. Todos
que é difícil criar um produto B2C Tel. (11) 2387.5300 os dados inseridos podem servir
sem construir uma plataforma para tatiana.lelis@fs.com.br como filtros e filtros podem ser
as operadoras de táxi- aéreo. Por www.fs.com.br combinados, modificando todos os
esse motivo, desenvolveu uma API, ENSINA – Aplicativo de learning relatórios avançados, as métricas e
que se conecta tanto aos operado- que possui cursos em vídeos de di- o grafo do processo ou jornada. A
res quanto aos passageiros. ferentes áreas que abrangem des- ferramenta complementa ofertas
de o desenvolvimento de uma nova da Icaro Tech para os mercados de
FOODIVINE habilidade como Culinária, Beleza Telecom, Energia e Financeiro.
CEO: Luana Cazzola e Estética até cursos mais especia-
Tel. (21) 99600.3908 lizados como Direito, Tecnologia e MLEARN EDUCAÇÃO MÓVEL
luana.cazzola@foodivine.com.br Desenvolvimento Pessoal. Os cur- Fundador e CEO:
www.foodivine.com.br sos possuem uma dinâmica dife- Ricardo Drummond
renciada, voltada àquelas pessoas Tel. (31) 3303.1250
FOODIVINE – Trata-se de um
que têm pouco tempo disponível contato@mlearn.com.br
marketplace onde clientes podem
no seu dia a dia. Assim, têm dura- www.mlearn.com.br
encomendar o delivery de pro-
ção média de quatro minutos (mi-
dutos artesanais gourmet, como MLEARN – Plataforma focada no
cronarrativas), o que facilita a vi-
queijos, cervejas, salames, doces, engajamento e desenvolvimento
sualização em qualquer momento
etc. Segundo a empresa, hoje os do aluno. A ideia foi a de tornar o
livre e podem ser assistidos tanto
cariocas estão restritos a pedir acesso ao desenvolvimento de pro-
online como off-line. Também são
delivery de pratos de restauran- dutos educacionais móveis uma
disponibilizados testes para exerci-
te. A ideia foi a de possibilitar solução mais simples e acessível
tar o que foi aprendido.
que a feira gastronômica do final permitindo que qualquer um possa
de semana, aquelas memórias de explorar as oportunidades que este
sabor da viagem para a serra, as universo pode oferecer. A solução
é totalmente integrada às redes
145
guia de empresas

sociais e gamificada, aumentando LABORATÓRIO MÓVEL POSITIVO pesquisa realizada pelo Ibope,
desta forma o seu engajamento – A Positivo transforma a sala de cada brasileiro tem, em média, R$
com o processo de ensino-apren- aula em verdadeiros laboratórios 4.000,00 em bens não mais utiliza-
dizagem e, consequentemente, de inovação. As soluções de infra- dos e que poderiam ser vendidos e
aumentando a retenção do conhe- estrutura se adaptam à realidade revertidos em renda. Essa mesma
cimento transmitido. A plataforma de cada escola ou rede de ensino, pesquisa, segundo a empresa, indi-
educacional da mLearn permite podendo ser implantadas em di- ca que o mercado de classificados
gerar aplicativos Android e iOS versos cenários. O que compõe a possui um potencial de R$ 230 bi-
com conteúdos de diversos tipos solução: Dispositivos do Aluno, Po- lhões. Através do uso do Skina nos
e facilitando que os alunos estu- sitivo Chromebook, Notebooks do smartphones os usuários conse-
dem em seus smartphones mesmo Professor, Dispositivo de Armaze- guem: 1) transformar produtos não
estando off-line. Os números de namento e Recarga, Servidor Off-li- utilizados em renda; 2) encontrar
engajamento de Ensino a Distân- ne e Access Point Escolar. Pode ser produtos seja perto ou pelo país;
cia são muito baixos e os índices implantado sob medida e permite 3) comprar e parcelar no cartão de
de evasão são altos. A maioria dos a expansão de acordo com novos crédito; 4) receber sua compra em
sistemas de aprendizado a distân- cenários. casa; 5) anunciar sem taxas.
cia foram planejados e implemen-
tados para utilização apenas em SKINA STUDIO +
computadores, quando, nos dias General Manager: Partnership Manager:
de hoje, as pessoas estão muito Bernardo de Barros Franco Gabriela Mariotti Paranhos
mais conectadas através dos seus Tel. (11) 96748.0703 Tel. (33) 60978.5272
celulares do que pelos seus com- bernardo@skina-app.com gabriela.mariottiparanhos@
putadores. A mLearn quer ser uma www.skina-app.com canal-plus.com
empresa que transforma o ensino www.studio.plus
de diversos temas por meio de dis- SKINA – Aplicativo de venda e com-
positivos móveis em algo fácil, di- pra de bens usados. Inicialmente, STUDIO+ – Aplicativo de séries
vertido e engajador. o Skina destacava-se pelo uso da curtas e originais, criadas especial-
geolocalização. Por meio dela, os mente para smartphones. Lançado
compradores são capazes de achar no Brasil e comercializado com ex-
POSITIVO TECNOLOGIA produtos mais perto de seu local e clusividade pela operadora Vivo.
EDUCACIONAL realizar a compra mais facilmente. A inovação está no uso do celular
Vice-Presidente: Elaine Guetter Recentemente, foi implementado como ferramenta de entretenimen-
Tel. 0800 644.7193 o pagamento online com o cartão to premium, por meio de conteúdo
www.positivoteceduc.com.br de crédito, dando aos usuários a qualificado. O aplicativo disponibi-
PENSE MATEMÁTICA – Programa possibilidade de comprar e vender liza séries pensadas, criadas e rotei-
multiplataforma para escolas que para todo o Brasil. Segundo uma rizadas para visualização por smar-
buscam uma abordagem diferen- tphone.
tphone Cada série tem, em média,
ciada da disciplina. Desenvolve dez episódios de dez minutos cada,
habilidades, estimula o gosto e a que podem ser baixadas para se- se
simpatia dos alunos pelos números rem assistida off-line. O foco está
desde os primeiros anos de escola-
ridade. Desenvolvido para a Educa-
ção Infantil e o Ensino Fundamen-
tal, oferece um ambiente online
completo com dinâmicas de aula
que utilizam materiais manipulá-
veis, soluções LEGO® Education,
jogos, vídeos, atividades de coding.
Também possui outras duas áreas,
são elas: a Academia da Matemáti-
ca e a Arena, que estimulam a prá-
tica da Matemática, a conquista da
fluência matemática e proporcio-
nam desafios instigantes e compe-
tições nacionais.
146
anuário tele.síntese | 2017

na qualidade das séries produzidas. VÁ DE TÁXI de informação por parte do cliente


O objetivo é disponibilizar um con- CEO: Tatiana Vecchi de planos de internet. O aplicativo
teúdo de alta qualidade através de Tel. (11) 3588.2046 tem uma integração com o Goo-
um aplicativo de fácil uso, com ou tatiana.vecchi@vadetaxi.com.br gle e os Correios que por meio de
sem internet. São acrescentadas http://vadetaxi.com.br/ algoritmos gera com precisão o
novas séries todo mês, com pro- resultado da busca e o mapea-
duções internacionais e nacionais VÁDETÁXI – No Brasil o mercado mento da redes dos ISPs.
dubladas e/ou legendadas em até de aplicativos de transportes está
cinco línguas. em um momento de discussão e re- WEBCORE
gulamentação por conta de novos Diretor: Fernando Chamis
entrantes. É um momento delicado Tel. (11) 3259.6116
TECLETAXI
e decisório. A empresa investiu em webcore@webcore.com.br
Diretora de Marketing:
um projeto inédito com a Porto Se- www.webcore.com.br
Simone Marçal
guro, com features e benefícios ex-
Tel. (11) 97557.8801
clusivos aos usuários. A ferramenta POLARIS – Para um simulador de
simone.marcal@tecletaxi.com.br
facilita a conexão entre passagei- voo, esse aplicativo é peculiar: ser-
https://corp.tecletaxi.com.br
ros e taxistas, diminui tempo de ve para tratar a aviofobia, o bem
TECLETAXI – Na contramão das espera por táxi e ajuda o trânsito conhecido medo de voar. Pode re-
grandes empresas do segmento, pela otimização na utilização no criar em detalhes e em profundida-
a TecleTaxi optou por inovar na transporte público. Ele permite a de a experiência de um voo, da che-
chamada e gestão de transporte seleção de atendimento conforme gada ao aeroporto, passando pelo
corporativo sem abrir mão de al- o perfil do cliente e trabalha com check-in, o raio X, a sala de embar-
gumas premissas que considera o conceito de benefícios em vez de que e toda a viagem até o desem-
interessantes para um ecossis- promoções, qualificação de atendi- barque. A fobia de avião é um de-
tema sadio. A empresa promete mento e segurança. safio, já que aflige 210 milhões de
entrega de qualidade e preço in- pessoas no mundo. O Polaris é uma
teressantes, sem abrir mão da se- VEEG forma de lidar com a fobia na qual
gurança de ter veículos identifica- Sócio-Fundador: o simulador é a peça-chave. O pro-
dos, com motoristas autorizados Alírio Felix Martins Barros cedimento mais geral, conduzido
por um órgão que os regulamente Tel. (63) 98111.1999 por psicólogos e psiquiatras de com-
periodicamente. O app permite aliriofelix@veeg.com.br petência reconhecida, se propõe a
customizações para atender a re- www.veeg.com.br desvendar a natureza do medo para
gras de negócios específicas de os pacientes e ensinar-lhes técnicas
cada cliente, cria as integrações VEEG – A inovação da Veeg foi para contê-lo e superá-lo. O simula-
necessárias com sistemas contá- criar um ambiente que de for- dor é onde colocam o aprendizado
beis ou outros já existentes. Além ma georreferenciada permite ao em prática e adquirem segurança
disso, oferece melhoria constante cliente de internet localizar todos para viajar tranquilos. Criado com
com funcionalidades que resol- os ISPs que podem atender a loca- o fim de explorar novas oportunida-
vem problemas diários quando o lidade desejada. A Veeg, após ma- des de mercado, o aplicativo ofere-
assunto é utilizar táxis para via- peamento da rede do ISP, apresen- ce o tratamento mais detalhado da
gens corporativas, como a falta de ta para o cliente apenas os planos fobia, existente no mercado. Uma
internet na hora de sair do táxi, a que possuem viabilidade técnica. inovação, concebida e desenvolvida
longa espera por taxistas de radio- A solução facilita a comparação no Brasil.
táxis que possuíam contrato com de planos, em suas questões técni-
a empresa, diminuindo a possibili- cas, de prazo, de valor e de qua-
dade de encontrar o taxista mais lidade. Para o ISP, o app possibi-
próximo. Aumenta a agilidade na lita visualizar com maior clareza
locomoção, pois possui taxistas o mercado de atuação, reduz os
que podem transitar em corredo- custos com o setor comercial e
res. Permite o apontamento de permite melhorar suas práticas de
mais de um centro de custo como atendimento e vendas a partir dos
“pagador” da corrida corporativa, feedbacks oferecidos pela ferra-
resolvendo problemas gerenciais menta. O grande desafio foi criar
e operacionais (pós-corrida). um modelo que permitisse, com
exatidão, uma busca por meios de
mapas, a partir da entrada simples
Nascer em um
Estado 100% digital:
privilégio de 11 milhões
de paranaenses.

O Paraná é o primeiro
Estado 100% digital
do Brasil, com cobertura
por fibra óptica da Copel
Telecom nos seus
399 municípios.
E além de oferecer
a internet mais rápida
em todo o Paraná, também
oferecemos a conexão
mais estável e confiável
do país. Não é à toa que
fomos eleitos a melhor
operadora do país
pela Anatel.

www.copeltelecom.com

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