Escuela de Atenas. -Roma, Vaticano-. Grupo de los que se retiran a la derecha.

-Fragmento-,

JOHN DEWEY. UN ENSAYO DE SUPERACIÓN

DEL DESFASE ENTRE PENSAMIENTO
Y ACCIÓN EN EDUCACIÓN
María Concei^ao Antunes
 RESUMEN

JOHN DEWEY. UN ENSAYO DE SUPERACIÓN

DEL DESFASE ENTRE PENSAMIENTO Y ACCIÓN EN EDUCACIÓN
Las concepciones y prácticas educativas de Dewey introducen cambios verdaderamente cualitativos en el universo
educativo tradicional. Ellas abandonan al profesor y al libro de texto como centro del aprendizaje y pasan a centrarse
en el alumno y en la vida cotidiana. El objetivo de todo conocimiento es resolver problemas concretos, posibilitanto así
la intervención y transformación de la sociedad. Dewey presenta el proceso educativo como un proceso de crecimiento
integral y de realización personal que ocurre a lo largo de la vida de los individuos y en todos los espacios en que viven,
conviven y actúan.

ABSTRACT

JOHN DEWEY, AN ATTEMPT TO OVERCOME INCOHERENCE

BETWEEN THINKING AND ACTION IN EDUCATION
Dewey's educational conceptions and practices introduce truly qualitative changes into the traditional educational
universe. They focus on the student and on daily Ufe as the center of learning, rather than on the teacher and the
textbook. The purpose ofknowledge is solving real problems, making possible the intervention and transformation of
society. Dewey concernes education as a process of integral growing and self-realization that occurs along humans'life
and in every space where they Uve, relate, and act.

RESUME

JOHN DEWEY. UN ESSAI DE RÉSOLUTION DU DÉCALAGE

ENTRE LA PENSÉE ET L'ACTION DANS L'ÉDUCATION
Les conceptions et les pratiques éducatives de Dewey introduisent des changements tout áfait qualitatifs dans Vunivers
de l 'education traditionnelle. Ce conceptions mettent á l 'écart l 'enseignant et le livre entant que centres de l 'apprentissage
pours'axer sur l'éléve et sur la vie quotidienne. Le butde la connaissance est de résoudre des problémes spécifiques, en
permettant de transformer la société. Pour Dewey Veducation est un processus de croissance intégrale et d'épanouissement
personnel qui se développe pendant toute la vie des individus et dans tous les espaces oú ils habitent, cohabitent et
agissent.
 JOHN DEWEY. UN ENSAYO DE SUPERACIÓN
DEL DESFASE ENTRE PENSAMIENTO
Y ACCIÓN EN EDUCACIÓN

María Conceicao Antunes*

Traducción del portugués: Elkin Obregón

Traducción de citas del inglés: Janeth María Ortíz Medina

[...] el conocimiento del curso natural del desarrollo siempre se

vale de situaciones que implican aprender por medio de una ac-
tividad, aprender haciendo.
John Dewey (1967,95)

M
ás q u e por sus obras de carácter
p e d a g ó g i c o , q u e sin d u d a consti-
t u y e n un hito i n n o v a d o r e inclu-
so revolucionario en los p a r á m e -
tros del m u n d o educacional, la gran notorie-
dad d e J o h n D e w e y s e d e b i ó a l C o l u m b i a
Teachers College q u e se creó en la Universi-
dad de C o l u m b i a .
Efectivamente, la difusión y c o n s e c u e n t e apli-
cación d e las c o n c e p c i o n e s e d u c a t i v a s d e
Dewey fue llevada a cabo por los a l u m n o s que
de todo el m u n d o acudían al Columbia
Teachers C o l l e g e , la p r i m e r a e s c u e l a experi-
mental d e d i c a d a a la formación de profeso-
res, c o n el fin de c o n o c e r sus c o n c e p c i o n e s
educativas y sus m é t o d o s p e d a g ó g i c o s . Es
importante t e n e r en c u e n t a q u e el objetivo de
esta escuela no era a p e n a s ejemplificar c u a n
significativa y e n r i q u e c e d o r a p o d í a ser la edu-
cación, sino, m u y especialmente, intervenir de
un m o d o práctico en el d e b a t e y ejercicio de la
actividad educativa.
El a p a s i o n a m i e n t o q u e manifiesta por los p r o -
b l e m a s sociales y por los p r o b l e m a s educati-
vos, lleva a D e w e y a percibir u n a estrecha re-
lación entre estas dos realidades (sociedad y
e d u c a c i ó n ) , llegando a la sólida c o n v i c c i ó n de
q u e sólo la e d u c a c i ó n p o d r á ser un a g e n t e efi-
caz de la reforma social.
Su entrega a la docencia, y el c o n s e c u e n t e c o n -
tacto c o n los a g e n t e s educativos, lo llevan a
d e f e n d e r ideas pedagógicas innovadoras, q u e
se c o n t r a p o n e n a un sistema educativo tradi-
cional, f u e r t e m e n t e m a r c a d o por u n p e n s a -
m i e n t o racional y formal y, por ello, nítidamen-
te d e s v i n c u l a d o de la realidad cotidiana.
Veinte a ñ o s d e s p u é s de publicarse la q u e ha
sido c o n s i d e r a d a su principal obra de carácter
educacional, Democracy and Education (1967),
en un pequeño pero incisivo volumen,
Experience and Education (1963), J o h n D e w e y
refuerza la perspectiva dinámica, experiencial
y relacional de la e x p e r i e n c i a e d u c a t i v a ,

* Profesora del Departamento de Pedagogía, Instituto de Educación y Psicología, Universidad de Minho.

R E V I S T A E D U C A C I Ó N Y P E D A G O G Í A VOL. XII N o . 2 6 - 2 7 143

JOHN DEWEY

a s u m i é n d o s e así c o m o u n p e d a g o g o revolu- c e n t r a d a en la experiencia, y será e n t e n d i d a

cionario e innovador. En efecto, Experience and
Education r e t o m a la oposición al c o n t e x t o au-
toritario y pasivo q u e e n c i e r r a el m o d e l o e d u -
cativo tradicional, c e n t r a d o en la transmisión/
asimilación de datos, e intensifica la i d e a de
q u e t o d o el p r o c e s o de aprendizaje d e b e reali-
zarse a través de la experiencia.
D e w e y critica la escuela tradicional por
i n c e n t i v a r a la pasividad e individualidad en
el aprendizaje, d o n d e toda la a t e n c i ó n se c e n -
tra en la figura del profesor, q u e se c o n s i d e r a
y es c o n s i d e r a d o u n a autoridad.
[...] the typical points of the oíd education
[are]: its passivity ofattitude, its mechanical
massing of children, its uniformity of
curriculum and method. It may he summed
up by stating that the center of gravity is
outside the child. It is in the teacher, the
textbook, anywhere and everywhere you
c o m o la forma p o r la cual el h o m b r e respon-
de y altera el m u n d o físico y social. Se apren-
de h a c i e n d o (learning by doing), y no memori-
z a n d o y recitando. La experiencia es la fuen-
t e , la m e t a y el c r i t e r i o de t o d a a c t i v i d a d
cognoscitiva. A p o y a d o e n este c o m p r o m i s o
c o n la acción, D e w e y p r o p o n e los principios
de su p e d a g o g í a .
To imposition is opposed expression and
cultivation ofindividuality; to external dis-
cipline is opposed free activity; to learning,
from texts and teachers, learning through
experience; to acquisition of isolated skills
and techniques by drill, is opposed
acquisition of them as means of attaining
goals which make direct, vital appeal; to
preparation for a more or less remote future
is opposed making the most of the
opportunities ofpresent Ufe; to static claims
and materials is opposed acquaintance with
2

please except in the immediate instincts and
1
activities of the child himself (1974, 34).
El p r i m e r p a s o de D e w e y es r o m p e r la b a r r e r a
e n t r e profesor y a l u m n o s , y a l u m n o s e n t r e sí.
La educación es una empresa de cooperación
que les permite a los a l u m n o s contactarse u n o s
c o n los otros, trabajar en p r o b l e m a s c o m u n e s ,
c o o p e r a n d o e i n t e r a y u d á n d o s e en la b ú s q u e -
da de soluciones. La pedagogía de D e w e y
a b a n d o n a , así, el c o n t e x t o teórico y abstracto
que caracteriza el proceso de enseñanza-
aprendizaje tradicional, sin c o n e x i ó n a l g u n a
con el m u n d o concreto y la vida cotidiana don-
de se vive, se e x p e r i m e n t a , se crea y p r o d u c e .
Toda la a c t i v i d a d c o g n o s c i t i v a e s t a r á a h o r a
a changing world (1941, 656-657).
El v e r d a d e r o c o n o c i m i e n t o o c u r r e c u a n d o el
i n d i v i d u o es alterado p o r la experiencia, en
relación c o n el c o n t e x t o i n m e d i a t o , y/o cuan-
do la experiencia p e r m i t e alterar experiencias
y/o c o n t e x t o s futuros. El objetivo del conoci-
miento no es apenas comprender el mundo,
sino alterarlo. Lo q u e se a p r e n d e se aprende
para alterar el m e d i o , resolver p r o b l e m a s y
facilitar el desarrollo de la capacidad indivi-
dual de seguir a p r e n d i e n d o . Al considerar la
e d u c a c i ó n el a g e n t e f u n d a m e n t a l de la refor-
m a social, D e w e y e n t i e n d e q u e los alumnos,
e n c u a n t o a g e n t e s d e l c a m b i o social, deben
c o n o c e r la realidad social para p o d e r cuestio-

1. «Los elementos característicos de la educación tradicional [son] su actitud pasiva, su masificación mecánica de los
niños, su uniformidad en el currículo y en el método. Esto puede sintetizarse planteando que el centro de grave-
dad se encuentra fuera del niño; está en el profesor, en el texto, en cualquier lugar y en todo lugar que se quiera,
excepto en las actividades e instintos inmediatos del niño mismo».
2. «A la imposición se opone la expresión y el cultivo de la individualidad; a la disciplina externa se opone la actividad
libre; al aprendizaje a partir de libros y profesores, el aprendizaje mediante la experiencia; a la adquisición de
habilidades y técnicas aisladas por medio de ejercicios, la adquisición de las mismas mediante el alcance de metas
que construyen el impulso vital e inmediato; a la preparación para un futuro más o menos remoto se opone el
aprovechar al máximo las oportunidades del presente; a las exigencias y materiales estáticos se opone el conoci-
miento de un mundo cambiante».

144 REVISTA EDUCACIÓN Y PEDAGOGÍA V O L . X Ü N o . 26-27


narla críticamente. En este sentido, en la es-
cuela, los a l u m n o s d e b e n trabajar c o n b a s e e n
problemas c o n c r e t o s , u s a n d o los c o n o c i m i e n -
tos adquiridos, las c a p a c i d a d e s de la i m a g i n a -
ción, del p o d e r de iniciativa, de la m u t u a a y u -
da y de la c o o p e r a c i ó n para la solución de los
problemas p r o p u e s t o s . C o n esta metodología,
D e w e y e s p e r a q u e los n i ñ o s , d e s d e m u y t e m -
prano, se t o r n e n sensibles a las n e c e s i d a d e s ,
deseos e i n t e r e s e s de los otros y se s i e n t a n
motivados a trabajar p o r el b i e n de todos.
Escuela y vida, teoría y praxis son d i m e n s i o -
nes í n t i m a m e n t e ligadas y, en la m e d i d a en
que los c o n o c i m i e n t o s tienen c o m o objetivo
resolver p r o b l e m a s prácticos, la e d u c a c i ó n es
entendida c o m o u n p r o c e s o e n r i q u e c e d o r d e
las personas y de las c o m u n i d a d e s , c u y a fina-
lidad es llevar el a l u m n o , no sólo a aprender,
sino a a p r e n d e r a aprender.
Still more important is the faet that the
human being acquires the habit of learning.
3
He learns to learn (1967, 4 5 ) .
D e w e y d a b a p o r seguro q u e e n t e n d e r e l pro-
ceso cognoscitivo c o m o el resultado de un pro-
ceso activo d o n d e se a p r e n d e h a c i e n d o , su-
pone no sólo el e m p e ñ o y participación de
cada u n o en las experiencias de e d u c a c i ó n -
aprendizaje, sino t a m b i é n la libertad, el inte-
rés e s p o n t á n e o y el d e s e o q u e cada u n o tiene
de aprender. C o m o s o m o s diferentes en inte-
reses y capacidades, el a m b i e n t e e d u c a c i o n a l
debe proporcionar oportunidades para un cre-
cimiento personalizado. En este sentido, d e b e
evitarse a t o d a costa u n a e d u c a c i ó n sistemáti-
ca y p r e e s t a b l e c i d a , q u e c o n d u c e al
adoctrinamiento y frustra el potencial y el in-
terés g e n u i n o de los a l u m n o s . A este respecto
escribe:
3. «Resulta aún más importante el hecho de que el ser humano adquiera el hábito del aprendizaje. Aprende a
Aprender».
4. «¿Qué debemos hacer con este interés? ¿Debemos ignorarlo, o sólo entusiasmarnos y hacer que se exprese? ¿O más
bien debemos capturarlo y encaminarlo hacia algo más, hacia algo mejor? Parte del trabajo planeado para nuestros
niños de siete años se ha concebido con esta última finalidad -utilizarlo de manera que se pueda convertir en un
medio para observar el progreso de la raza humana».
REVISTA E D U C A C I Ó N Y PEDAGOGÍA V O L . X I I N o . 2 6 - 2 7
FILOSOFÍA Y PEDAGOGÍA
what are we to do with this interest - are we
to ignore it, orjust excite and draw it out?
Or shall we get hold of it and direct it to
something ahead, something better? Some
of the work that has been planned for our
seven-year-old children has the latter end
in view - to utilize this interest so that it
shall become ameans ofseeing the progress
4
of the human race (1974,48).
E s i m p o r t a n t e t e n e r p r e s e n t e q u e las c o n -
cepciones y prácticas educativas de D e w e y
se d e s a r r o l l a n de a c u e r d o a su filosofía s o -
cial q u e , p o d e m o s decir, s e c a r a c t e r i z a p o r
d o s i d e a s f u n d a m e n t a l e s : a ) l a m á s alta v o -
cación del h o m b r e es su autorrealización; b)
é s t a p r e s u p o n e la i n t e r a c c i ó n y c o o p e r a c i ó n
c o n los o t r o s . E n e s t e s e n t i d o , l a e d u c a c i ó n
tiene c o m o objetivo promover el autoper-
feccionamiento y enriquecimiento personal,
lo que supone la expansión del conocimien-
t o , la l i b r e i n i c i a t i v a , la i m a g i n a c i ó n y el
autocrecimiento, por medio de ocupaciones
provechosas, y la construcción de u n a so-
c i e d a d d e m o c r á t i c a , a t r a v é s de p a r t i c i p a r y
compartir conocimientos, experiencias y
valores, promoviendo la construcción colec-
tiva de u n a sociedad mejor.
[...] the aim of education is to enable
individuáis to continué their education - or
that the object and reward of learning is
continued capacity for growth. Now this
idea cannot be applied to all the members of
a society except where intercourse of man
with the man is mutual, and except where
there is adequate provisión for the
reconstruction of social habits and
institutions by means of wide stimulation
145
JOHN DEWEY

arising equitable distributed interests (1967, La a c c i ó n c o n c r e t a en el s a l ó n de clases se

5
100).
En este c o n t e x t o , D e w e y defiende q u e la es-
cuela d e b e estar de tal m o d o ligada a la v i d a
de la c o m u n i d a d , q u e p u e d a ser c o n s i d e r a d a
u n a c o m u n i d a d en m i n i a t u r a (a miniature
community) ( 1 9 7 4 , 1 8 ) . L a e s c u e l a n o e s u n
m u n d o m e r a m e n t e intelectual y c o n t e m p l a t i -
v o , sino t a m b i é n un m u n d o de acción y traba-
j o , u n a v e r d a d e r a c o m u n i d a d e n miniatura.
[...] the school may be connected with Ufe so
that the experience gained by the child in a
familiar, commonplace way is carried over
and made use of there, and what the child
learns in the school is carried back and
applied in everyday Ufe making the school
an organic zohole, instead of a composite of
isolated parts (1974, 91). 6
Al introducir los trabajos m a n u a l e s y las artes
d o m é s t i c a s e n l a escuela, D e w e y p r o c u r a q u e
los n i ñ o s s e a n m á s activos y se sientan m á s
útiles, i n i c i á n d o s e en la vida social y cívica. En
la e s c u e l a h a n de iniciar u n a v i v e n c i a libre y
d e m o c r á t i c a , u n a forma d e vida c o m u n i t a r i a
q u e les e n s e ñ e a cooperar, a c o m p a r t i r y a
r e s p e t a r a l otro, d e m o d o q u e c u a n d o s e a n
adultos c o n t i n ú e n v i v i e n d o e n esta p e r s p e c -
tiva de seres h u m a n o s libres, c o n s c i e n t e s y
responsables.
The clear consciousness of comunal Ufe, in
all its implications, constitutes the idea of
democracy (1954, 149)7
e n t i e n d e , e n t o n c e s , n o sólo c o m o u n a forma
de proporcionar al a l u m n o c o n o c i m i e n t o s de
c a r á c t e r p r á c t i c o y p r o f e s i o n a l i z a n t e sino,
s o b r e t o d o , c o m o u n m e d i o d e desarrollo
integral. L a e s c u e l a , e n c u a n t o s o c i e d a d e n
miniatura, d e b e p r o p o r c i o n a r el despertar de
todas las d i m e n s i o n e s h u m a n a s , y no sólo las
d e c a r á c t e r c o g n o s c i t i v o . Así, d e j a d e ser
e n t e n d i d a c o m o u n lugar d e "asimilación",
para ver en ella u n a o p o r t u n i d a d de
experimentación.
Verbal memory can be trained in committing
tasks, a certain discipline of the reasoning
poioers can be acquired through lessons in
science and mathematics; but, after all, this
is somewhat remote and shadowy compared
with the training of attention and of
judgment that is acquired in having to do
things with a real motive behind and a real
8
outcome ahead (1974, 11-12).
Sólo u n a vivencia d e m o c r á t i c a , cooperativa y
solidaria en la e s c u e l a p r o m u e v e las condi-
ciones necesarias de c r e c i m i e n t o y autorrea-
lización, c r e a n d o c o n d i c i o n e s para el ejercicio
de la libre iniciativa, de la i m a g i n a c i ó n , de los
actos c o m p a r t i d o s y de la responsabilidad en
el logro de objetivos c o m u n e s . En este sentido,
el objetivo de la e d u c a c i ó n es llevar los niños
a a p r e c i a r el v a l o r de la l i b e r t a d , de la
c o o p e r a c i ó n , de la solidaridad, del servicio a
los otros, y motivarlos a ejercer estas prácticas;
p u e s la autorrealización p e r s o n a l presupone

5. «[...] La finalidad de la educación es facilitar que los individuos continúen su educación -o que el objeto y la retribu-
ción del aprendizaje es la capacidad continua de crecimiento. Ahora bien, esta idea no puede aplicarse a todos los
miembros de una sociedad, excepto donde sea mutuo el intercambio del hombre con el hombre, y donde haya
disposición adecuada para la reconstrucción de hábitos e instituciones sociales mediante una profunda estimulación
que despierte intereses compartidos y equitativos».
6. «[...] La escuela debe estar conectada con la vida para que el niño pueda transferir y utilizar allí la experiencia
lograda de manera familiar y cotidiana, y lo que aprenda en ella sea devuelto y aplicado en la vida diaria, convir-
tiendo la escuela en un conjunto orgánico, en lugar de un compuesto de partes aisladas».
7. «La clara conciencia de la vida en comunidad, en todas sus implicaciones, constituye la idea de democracia».
8. «La memoria verbal puede ejercitarse en tareas encomendadas, se puede adquirir una cierta disciplina en las
facultades de razonamiento mediante lecciones de ciencia y matemática; pero, ante todo, ello es algo remoto e
insubstancial comparado con la educación de la atención y del juicio, que se adquiere al tener que hacer cosas con
un motivo real y tras un posterior resultado real».

146 REVISTA EDUCACIÓN Y PEDAGOGÍA V O L . X U N o . 26-27


la colaboración c o n los otros, para el b i e n de
todos. La educación debe orientarse al
crecimiento, o sea, d e b e e m p e ñ a r s e en dotar a
los a l u m n o s de u n a capacidad cada v e z m a y o r
de interactuar c o n el m e d i o a m b i e n t e y
m o d i f i c a r l o , y de a d q u i r i r n u e v o s h á b i t o s
gracias a la c o n t i n u a r e c o n s t r u c c i ó n de la
experiencia.
Lo q u e n o s p a r e c e i m p o r t a n t e resaltar es el
h e c h o de q u e , en la perspectiva de D e w e y , la
e d u c a c i ó n d e j a d e ser e n t e n d i d a c o m o u n
proceso de e n s e ñ a n z a - a p r e n d i z a j e , y p a s a a
ser considerada c o m o u n proyecto m u c h o m á s
globalizante y práctico, que m o t i v a el interés
e s p o n t á n e o y la libre iniciativa para adquirir y
compartir capacidades, conocimientos y
experiencias a lo largo de la vida.
Otro c o n c e p t o q u e c o n v i e n e señalar e n sus
c o n c e p c i o n e s y prácticas educativas es el
hecho de q u e a p u n t a n , no sólo al desarrollo
cognoscitivo, sino también al desarrollo
integral d e los seres h u m a n o s , t e n i e n d o e n
c u e n t a sus d i m e n s i o n e s b i o - p s i c o - s o c i a l e s ,
cívicas y h u m a n a s .
N o m e n o s significativo e s e l h e c h o d e q u e
Dewey vea en la educación el verdadero
m e n t o r d e l a r e f o r m a social. E n e f e c t o , l a
educación no sólo colabora al proyecto privado
y singular de a u t o c r e c i m i e n t o y autorreali-
zación de cada u n o , sino t a m b i é n al á m b i t o
público de la c o n s t r u c c i ó n de u n a s o c i e d a d
liberal y d e m o c r á t i c a . En la m e d i d a en q u e el
crecimiento y la e m a n c i p a c i ó n individual y
privada p r e s u p o n e n las c a p a c i d a d e s d e
cooperación y de solidaridad, p e r m i t e n u n a
mayor c o m p r e n s i ó n d e nosotros, del m u n d o
y de los otros y, en este sentido, los beneficios
del e n r i q u e c i m i e n t o i n d i v i d u a l y p r i v a d o
tienen r e p e r c u s i o n e s i m p o r t a n t e s en la esfera
de la vida pública. El p r o y e c t o e d u c a t i v o se
torna un v e r d a d e r o proyecto de reforma
social, y a q u e , m á s allá d e ser u n p r o y e c t o
privado de a u t o c r e c i m i e n t o individual, crea
R E V I S T A E D U C A C I Ó N Y P E D A G O G Í A V O L . X Ü N o . 26 - 27
FILOSOFÍA Y PEDAGOGÍA
significativas c o n s e c u e n c i a s en el á m b i t o de
una vivencia pública más solidaria. Es
importante recordar, a este respecto, que, para
Dewey, el enriquecimiento individual se
alcanza por la interacción y c o o p e r a c i ó n c o n
los otros para el bien de todos y, en esta forma,
el auge de la autorrealización h u m a n a se logra
cuando el individuo se compromete con el
b i e n de la h u m a n i d a d .
Estas i n n o v a c i o n e s c o n d u c e n a otra no m e n o s
i m p o r t a n t e : las c o n c e p c i o n e s y p r á c t i c a s
educativas que proponen presentan, c o m o
principio integrador que da sentido a la
globalidad del sistema educativo, no una
c o n c e p c i ó n de la e d u c a c i ó n escolar fijada en
un espacio y en un t i e m p o de vida limitado,
sino una concepción de educación
p e r m a n e n t e y comunitaria.
Todas estas i n n o v a c i o n e s p e d a g ó g i c a s se
orientan a diluir y, m á s aún, superar el desfase
e x i s t e n t e e n t r e la d i m e n s i ó n p e n s a d a y la
dimensión experimentada de la educación.
Unir la teoría a la práctica, y la escuela a la vida,
es el o b j e t i v o f u n d a m e n t a l de t o d a la o b r a
p e d a g ó g i c a y toda la labor práctica de D e w e y .
La crítica rigurosa y seria q u e dirige al sistema
educativo tradicional se basa, j u s t a m e n t e , en
el h e c h o de que éste p r e s e n t a c o m o ideario
referencial y orientador de toda la educación,
una concepción de educación escolar
básicamente (pre)ocupada en transmitir
c o n o c i m i e n t o s teóricos, abstractos y formales,
o p o n i e n d o , así, la teoría a la práctica, la escuela
a la vida, el m u n d o del aprendizaje al m u n d o
del trabajo.
It is our present education which is highly
specialized, one-sided, and narrow. It is an
education dominated almost entirely by the
mediaeval conception of learning. It is
something which appeals for the most part
simply to the intellectual aspect of our
natures, our desire to learn, to accumulate
information, and get control of the symbols
of learning; not to our impulses and
147
JOHN DEWEY

tendencies to make, to do, to créate, to q u e transcurre a lo largo de t o d a su existencia,

produce, whether in theform ofutility or of
9
art (1974, 26).
A m a n e r a de c o n c l u s i ó n , p o d e m o s decir q u e
las c o n c e p c i o n e s y prácticas e d u c a c i o n a l e s de
D e w e y evidencian el proceso educativo c o m o
u n p r o c e s o integral, q u e n o sólo p r e s u p o n e
un enriquecimiento de conocimientos, un
s a b e r hacer, s i n o t a m b i é n , y m u y e s p e c i a l -
m e n t e , un p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l saber ser. El
proceso educativo es un proceso de cre-
c i m i e n t o y autorrealización de los individuos,
y en el espacio de las varias c o m u n i d a d e s de
q u e h a c e n parte. D e w e y introdujo cambios
v e r d a d e r a m e n t e cualitativos en la educación,
al revelar u n a praxis educativa q u e actúa en
c o n t a c t o c o n la vida concreta del día a día, y
b u s c a i n t e r v e n i r / t r a n s f o r m a r la v i d a de la
c o m u n i d a d . En este s e n t i d o , c o n s t i t u y e un
aporte notable al e m p e ñ o de eliminar el
desfase e x i s t e n t e e n t r e el p e n s a m i e n t o , las
c o n c e p c i o n e s t e ó r i c a s y la a c c i ó n , en las
prácticas educativas.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

D E W E Y , J o h n (1941). "Traditional vs.Progressive E d u c a t i o n " . In: Rev. Intelligence. N e w York:

Rontledg. No. 2.

(1954). The Public and Its Problems. Athens, O h i o : S w a l l o w Press.

(1963). Experience and Education. N e w York: Collier B o o k s .

( 1 9 6 7 ) . Democracy and Education. N e w york: T h e free Press.

. (1974). The Child and the Curriculum The School and Society. Chicago «Se L o n d o n : University
of C h i c a g o Press.

BIBLIOGRAFÍA

D E W E Y , J o h n . Individualism: Oíd and New. N e w York: C a p r i c o r n , 1935.

Liberalism and Social Action. N e w York: C a p r i c o r n , 1 9 3 5 .

" P h i l o s o p h y a n d D e m o c r a c y " . In : Characters and Events. N e w York: Holt, Rinehart

and Winston, 1929.

' T h e n e e d for a r e c o v e r y of p h i l o s o p h y " . In : Experience Nature and Freedom. New

York: Library of Liberal Arts, 1960.

9. «Es nuestra presente educación altamente especializada, unilateral y restringida. Es una educación dominada casi
completamente por la concepción medieval del aprendizaje. Es algo que apela en su mayor parte simplemente al
aspecto intelectual de nuestras naturalezas, a nuestro deseo de aprender, de acumular información y lograr el
control de los símbolos del aprendizaje; no acude a nuestros impulsos y tendencias a construir, a hacer, a crear, a
producir en forma de utilidad o de arte».

148 R E V I S T A E D U C A C I Ó N Y P E D A G O G Í A V O L . X Ü N o . 26-27
 FILOSOFÍA Y PEDAGOGÍA

DEWEY, E. The Philosophy of John Dewey. N e w York: Library of L i v i n g Philosophary, 1939.

D W O R K I N , S., Martin. Dewey on Education. N e w York: Teachers College Press, 1959.

MATAIX, A n s e l m o . " I n t r o d u c c i ó n al estudio de J o h n D e w e y " . En : Revista de Filosofía. Madrid:

No. 22, (1963). pp. 275-297.

SINGER, B e t h . " D e w e y ' s c o n c e p t of c o m m u n i t y : a critique". I n : Journ. Hist. Philos. N o . 2 3 , (1985).

pp. 555-569.

SMITH, J. E. " J o h n D e w e y : P h i l o s o p h e r of E x p e r i e n c e " . I n : Revista Metaph. N o . 13, (1959). p p . 6 0 -

87.

TILES, J . E . Dewey. L o n d o n a n d N e w York: R o u t l e d g e , s.d.

REVISTA E D U C A C I Ó N Y PEDAGOGÍA V O L . X H N o . 2 6 - 2 7 149