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6) (vfs)
Ml 2.17-4.6:
A vinda do Senhor precedida pelo seu Anjo
2.17 “Enfadais o Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto, que
pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se
agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?”
3.1 “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente,
virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis
que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos.
2 Mas quem poderá suportar dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer?
Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros.
3 Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os
refinará como ouro e como prata; eles trarão ao Senhor justas ofertas.
4 Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos e
como nos primeiros anos.
5 Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra
os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do
jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o
Senhor dos Exércitos.
O roubo no tocante aos dízimos e às ofertas
6 Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
7 Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-
vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em
que havemos de tornar?
8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos
dízimos e nas ofertas.
9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.
10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e
provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não
derramar sobre vós bênção sem medida.
11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a
vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.
12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor
dos Exércitos.”
INTRODUÇÃO:
Esses dois profetas, juntamente com Ageu, profetizaram após o exílio na Babilônia, e
tiveram por propósito;
- recobrar o ânimo dos judeus que acabavam de retornar, após o período de disciplina,
- lembrá-los das causas que os levaram ao exílio,
- exortá-los ao arrependimento e à obediência, além de
- acenar com a restauração prometida por Deus a seu povo, e
- anunciar o Messias, em quem deveria se cumprir cabalmente a Aliança (Pacto).
O povo interpretou erroneamente a Palavra de Deus e agora encontrava-se cético em
relação a Deus e em profundo desânimo. Para o povo de Judá, o esplendor da nação seria
totalmente restaurado tão-logo retornasse à sua terra após o exílio. A realidade, no entanto,
deixou-os inconformados! E questionam Deus com “palavras duras” (3.13)_:
Onde estava a prosperidade? Onde, o poderio? Onde, a cura? Onde, o juízo sobre os povos
dominantes? Onde, o cuidado paternal? Deus ainda os amaria? Onde estava Deus?
Valeria a pena, ainda, cultuar a Deus, se apenas os ímpios prosperam?
Muitas dúvidas, muitos questionamentos! Porém, não ficaram sem respostas: Por intermédio
do profeta Malaquias, Deus denuncia os pecados do povo e garante, por fim, a restauração ao
remanescente fiel.
Remanescente fiel (3.16-4.6) – “os que temiam ao Senhor... os que temem ao Senhor...
os que se lembram do seu nome.” “Eles serão para mim particular tesouro” (v.17)
Aplicação tópica – E nós, como agimos em situações semelhantes? Como é afetado nosso
relacionamento com Deus quando as coisas não caminham como esperávamos? Quando nossas
orações parecem não serem ouvidas? Quando os ímpios prosperam ao nosso redor?
Aplicação tópica:
- Como temos nos portado diante de Deus nos momentos de dificuldades em nossa vida?
- Temos questionado a “injustiça” a que estamos submetidos?
- A resposta de Deus para nós é a mesma para Israel de Malaquias! Estamos entre os que:
- poderão suportar o dia da sua vinda?
- poderão subsistir quando ele aparecer?
Ml 3.8:
Roubo é tudo aquilo que por direito é de Deus, e a Ele não dedicamos!
B. Ainda há Esperança:
A espiritualidade desejada por Deus para seu povo será dada (garantida) pelo próprio Deus:
“... provai-me nisto... Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos
consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos
Exércitos. (12) Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra
deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.” (3.10-12) (bênção pela obediência!)
- Deus declara
- O povo contesta
- Deus responde à contestação (desastrosa, irreverente, e desrespeitosamente!)
- “eu vos tenho amado” “em que nos tens amado?” (1.2-5)
- “onde está o respeito para comigo?” “em que desprezamos nós o teu nome?”(1.6)(culto)
- “Judá profanou o santuário do Senhor” “porque?” (2.10.26) (adultério/divórcio)
- “Enfadais o Senhor com vossas palavras” “Em que o enfadamos?” (2.17)
- “vós me roubais” “Em que te roubamos?” (3.8) (dízimos e ofertas)
- “As vossas palavras foram duras para mim” “Que temos falado contra ti?” (3.13)
e conclui:
“Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus
preceitos e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?”
CONCLUSÃO:
A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua
aliança. (Sl 25.14)
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Pontos a Considerar:
1. O Dízimo (v.3.10): O livro de Malaquias (assim como todo AT) expõe uma realidade sobre o
dízimo à luz do regime da Lei (dízimo como parâmetro de fidelidade). Utilizar este texto para os
dias atuais é, no mínimo, uma temeridade (“dízimo” como parâmetro de devoção). Não é nosso
propósito tratar deste assunto nesta aula. Muito interessante para outra ocasião... (vide Romanos)
2. O “Devorador” (v.3.11):
No Antigo Testamento, a aliança que vigorava era uma aliança baseada na obediência. Se
o povo fosse obediente às leis de Deus seriam abençoados. Essas bênçãos eram visivelmente
mandadas em forma de paz e boas colheitas e prosperidade. Se fossem desobedientes, seriam
amaldiçoados. Falta de paz e colheitas ruins eram instrumentos de disciplina. (Dt 28)
“O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o
migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o
gafanhoto destruidor.” (Jl 1. 4) (+ Jl 2.25-27 – bênção pela obediência)
“Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da
terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ml 3.11)
Nos moldes do texto de Malaquias, não há nenhum devorador hoje!