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O Machete – Machado de Assis

A história de “O Machete” é sobre o personagem Inácio Ramos, um


músico que mora no Rio de Janeiro.

A história começa falando um pouco da infância de Inácio, na qual


percebeu ter talento para a música. Seu pai era músico e foi quem ensinou os
princípios da música. Inicialmente, Inácio escolheu a rabeca como seu primeiro
instrumento, para tentar expressar os sentimentos de sua alma, mas não era
suficiente.

Foi então que conheceu um músico alemão que tocava violoncelo. Inácio
percebeu que violoncelo era o instrumento ideal para expressar todo seus
sentimentos mais profundos da alma.

Seu pai morre e Inácio fica com sua mãe, a qual ele dedicava a maior
parte de suas composições e a qual para quem ele gostava muito de tocar o
violoncelo. O violoncelo era seu instrumento para tocar em casa e apenas para
sua mãe ouvir, era onde ele se expressava com mais entusiasmo. Já a rabeca,
Inácio apenas usava para tocar como meio de sustento: “Passara a ser um
simples meio de vida; não a tocava com a alma, mas com as mãos; não era sua
arte, era o seu ofício.”

Um tempo depois a mãe de Inácio morre, e para expressar toda sua


tristeza, ele compõe uma peça fúnebre em homenagem a ela. Inácio nunca tinha
tocado ela depois de composta, a primeira vez que tocou foi após ter se casado
com Carlotinha. Carlotinha insistiu que Inácio tocasse alguma música com o
violoncelo para ela, e ele resolve tocar a peça que compôs para a mãe.

Ao tocar, ele fica espantado com a reação de Carlotinha, que disse que
é uma linda música e que adorou. Mas não era essa a reação que ele esperava,
afinal, é uma peça fúnebre, ao menos ele esperava algumas lágrimas vindo dela,
e não alegria. Isso demonstra que Carlotinha não percebeu a profundidade da
obra de Inácio.
Carlotinha era o oposto de Inácio, alegre, sorridente e cheia de vida,
enquanto Inácio era mais sério e melancólico.

Um tempo depois, enquanto Inácio tocava para Carlotinha o seu


violoncelo, dois estudantes de direito que estavam de férias passam pela frente
de sua casa e escutam Inácio tocando violoncelo, eram Barbosa e Amaral. Um
deles, o Barbosa, sabia tocar machete e tocava apenas porque gostava e não
como profissão.

Os dois estudantes fizeram amizade com Inácio e Carlotinha, e iam muitas


noites na casa deles para ouvir Inácio tocar e também o Barbosa tocava seu
machete. Barbosa achava a música de Inácio muito mais bem tocada e bonita
que a dele, mas para as outras pessoas, a música de Barbosa chamava mais
atenção, pois era uma música mais simples de compreender.

Barbosa e Amaral insistiam que Inácio fizesse apresentações de suas


obras para as outras pessoas, mas Inácio considerava suas músicas como algo
íntimo, algo que não sai de sua casa e era apenas tocado para as pessoas mais
íntimas.

Barbosa continuava tocando na casa deles, e Carlotinha era quem mais


se admirava com toda a alegria que sua música passava, fazia questão de
espalhar para toda a vizinhança que tinha alguém que tocava machete tão bem.

Foi então que passado algum tempo, Amaral vai na casa de Inácio e vê
ele tocando violoncelo com seu filho pequeno sentado aos seus pés. Amaral
perguntou o que houve, e Inácio volta a tocar mais um pouco e para
repentinamente e diz que Carlotinha foi-se embora com o machete, e chega à
conclusão que o machete era melhor que o violoncelo e alegando que o
violoncelo era “grave demais”.

Concluindo que Carlotinha acabou fugindo com Barbosa que tocava o


machete, pois assim como a personalidade de Carlotinha, as músicas que
Barbosa tocava eram mais alegres, e além disso, simples de se compreender,
sendo que, Carlotinha não conseguia compreender a profundidade da música de
Inácio, ou seja, sendo uma música mais “séria” ou como na fala de Inácio, “grave
demais”.

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