You are on page 1of 6

Subsídios para a História Eclesiástica

do A l g a r v e
Um catálogo dos Bispos de
Silves datado do Séc. X V III
por José C a rlo s Vilhena M esquita

Entre múltiplas e variadas coisas, encontrei


há tempos na Secção de Reservados da Biblioteca
Nacional um interessante códice (M s . 152) que
tem por título genérico Algarve — Documentos
para a sua História Eclesiástica e que fora per­
tença da extinta Academia Real da História Por­
Um aspecto da S é de S ilv e s
tuguesa, fundada em 1720 por D. João V. Igual­
mente nessa altura encontrei duas descrições do
Algarve com muitíssimo interesse, uma das quais
já o Dr. Alberto Iria havia dado a público nos meradas de fls. 112 a 115 do códice 152 deposi­
Anais das Bibliotecas e Arquivos, mas que apro­ tado na B. N . L., pertencente ao espólio da anti-
veitei para acerca delas falar sobre um dos aca­ ga Academia Real da História Portuguesa. En­
démicos supranumerários da referida instituição contra-se redigida ao estilo da época, século
que nesta província desempenhou o cargo de X V III, apresenta algumas manchas de humidade,
Deão da Sé de Faro. Refiro-me ao cónego D. em certos lugares bastante acentuadas, notando-
António de Oliveira de Azevedo (1 ), sobre cuja s e inclusivamente que a última folha foi com­
obra literária e acção eclesiástica dei notícia), o pletada por mão diferente devido à disparidade
mais detalhada possível na revista « Promon­ da caligrafiat parecendo-me ser a última do pu­
tório?.> (2). nho do seu próprio autor. A explicação deste
Fazendo parte do citado códice várias cartas, facto é difícil de clarificar, no entanto admito
documentos avidso, relatórios e notícias descri­ que Frei Manoel dos Santos tenha entregue o
tivas, as mais importantes das quais já publica­ borrão a um copista seu confrade e depois o te­
das, suscitou-me a curiosidade um curto manus­ nha rematado com algumas indicações colhidas
crito que tem por título Cathalago (s i c ) dos posteriormente, assim como certas notas pessoais
Bispos do Algarve. Movido pela curiosidade en­ dirigidas muito possivelmente a D. Manuel Cae­
cetei de imediato a sua total transcrição, man­ tano de Sousa, fundador da Academia, por ser a
tendo o arcaísmo da sua ortografia e desenvol­ entidade responsável péla compilação das notí­
vendo unicamente as abreviaturas que em largo cias tendentes à realização da anunciada História
número apresentava. E se o fiz foi apenas na in­ Eclesiástica do Algarve, que infelizmente nunca
chegou a ser concluída.
tenção de facilitar a sua leitura já que a estru­
tura do discurso ficou integralmente intacta. N o que toca ao conteúdo do manuscrito pa­
Relativamente ao Catálogo em si, que mais rece-me incontestável o seu interesse historiográ-
não é do que uma breve relação, até certo ponto fico, especialmente pelos informes nele exarados.
incompleta, dos Bispos da Sé de Silves, cumpre- Todavia, verificam-se algumas incorrecções e la­
-me acrescentar que o seu primordial interesse cunas acerca das quais convém alertar o leitor.
reside na comprovação documental da existência Chamamos a atenção apenas para duas delas,
da conhecida contenda entre o rei de Castela e deixando o restante para ser confrontado com a
D. Afonso II I respeitante à nomeação dos prela­ bibliografia da especialidade.
dos silvenses, assim como a presença das suas Assim, em primeiro lugar, D. Sancho I não
assinaturas em vários diplomas de escrituras, conquistou o reino do Algarve mas apenas a cida­
doações e mercês cuja citação constitui uma fon­ de de Silves, que não foi assediada em 1188 mas
te de indesmentivel importância para o estudo antes em 1189, mercê da aportagem à cidade de
da História Eclesiástica do Algarve. Por outro Lisboa de uma frota de Cruzados que se pro­
lado, apercebi-me de que a maioria dos documen­ punha resgatar o Santo Sepulcro (3 ). Relativa­
tos aí referidos pertencem ao Arquivo do Mos­ mente à conquista definitiva do Algarve de facto
teiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacio­ esta iniciou-se em 12JfO com a tomada das terras
nal da Torre do Tombo, para além de serem cita­ da foz do Guadiana, Ayamonte e Caceia. Porém
das várias obras clássicas da historiografia ibé­ a data da conquista definitiva da cidade de Sil­
rica. Tudo isto dava a entender que o seu autor ves é que não foi ainda documentalmente com­
seria um investigador erudito e bastante cuida­ provada^ muito embora o relato dos combates aí
doso. Rapidamente me apercebi de que não me travados sejam descritos com algum realismo pe­
enganava ao verificar que a assinatura perten­ los nossos cronistas, que em pouco diferem uns
cia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos outros. Refiro-me a Frei António Brandão,
dos mais notáveis intelectuais do seu tempo, so­ Rui de Pina, Frei João de S. José e à anónima
bre cuja obra darei melhor notícia em lugar Crónica dos Cinco Reis de Portugal, que merece
próprio. uma leitura atenta por dar esta conquista como
O presente manuscrito que ora se dá a públi­ empresa das tropas de D. Afonso III.
co, júlgo que pela primeira vez, compõe-se de Algo mais por certo haveria a dizer, mas
quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, nu­ deixamos isso para outra oportunidade e obvia­

11
mente para outros investigadores mais autori­ Mosteiro de Alcobaça e à Ordem de Cristo. Este
zados. facto tomou-se no rastilho de uma violenta po­
lémica entre ambos, da qual resultou primeira­
O A U T O R DO C A T ÁLO G O mente a publicação, por parte do Frei Francisco
de Sancta Maria do livro Justa defensot em tres
■ Frei Manuel dos Santos nasceu a 8 de N o­ satisfaçoens apologéticas a outras tantas invec­
vembro de 1672 no ‘l ugar de Ourentão no conce­ tivas com que o P. Frei Manuel dos Santos sahiu
lho de Cántanhede, condado e bispado de Coim­ á luz no seu livro *Alcobaça Illustrada» contra
bra, filho de Sebastião Jorge Perna e de Maria a Chronica da Congregação do Evangelista. (L is­
Pereira, creio que ambos oriundos da mesma pro­ boa, por Jose Lopes Ferreira, 1711), à qual Frei
víncia da Beira. Manuel dos Santos respondeu com o brilhante
Ordenou-se monge cisterciense aos 14 anos trabalho :
no Real Convento de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça Vindicata: Reposta a hum papel
sede da ordem, pela mão do Reverendíssimo
com o titulo de Justa Defensa em tres Satisfa-
Geral Frei Luiz de Faria, no dia 18 de Março de
coens apologéticas publicou o R. P. Mestre Fran­
1686. Desde muito cedo se notabilizou como gran­
cisco de Sancta Maria, Chronista Geral da Con­
de estudioso das ciências escolásticas, salientan­
gregação de S. João Evangelista contra outras
do-se como o primeiro do seu Colégio. Considera­
tres chamadas invectivas tiradas da Historia de
do perito na matéria foi destacado para o Colégio
Alcobaça Illustrada. Coimbra no Real Collegio
de S. Bernardo de Coimbra onde foi Mestre das
das Artes, 1714.
Reparações, tendo mais tarde leccionado também
Teologia Moral no Convento de Santa Maria do Monarquia I/usitana. — Parte VIII. Contem
Douro, no Bispado de Lamego. a Historia, e sussessos memoráveis do Reino de
Como se mostrasse com grande erudição e Portugal no tempo delRey D. Fernando: a eleição
natural inclinação para Mestre da aula de His­ delRey D. João I. com outras muitas noticias da
tória Eclesiástica e Secular, acabou por recolher Europa. Comprehende do anno de Christo Senhor
ao Convento sede da ordem onde afincadamente Nosso 1367, até ao de 1385: na era do Cesar 1^05
trabalhou no vasto e riquíssimo arquivo que ali até o anno de Uf23. Lisboa, na Officina da Musi­
se depositava. Nele investigou e encontrou inú­ ca, 1729.
meros documentos de inestimável valor e impor­ Analysis Benedictina. Conclue por argumen­
tância para a História de Portugal e, sobretudo, tos, e razoens verdadeiras que a Sagrada, e
para a História daquele Convento e, logicamen­ Augusta Ordem de S. Bento he a Princesa das
te, da Ordem Cisterciense. Desse aturado esfor­ Religions, e a mais antiga com precedencia a fa­
ço e da sua grande erudição nasceu a sua jus­ vor dos Reverendíssimos Mõges negros, contra
tíssima nomeação, em 1710, para o cargo de Cro­ os Reverendos Padres do Real Convento de
nista da sua congregação e mais tarde, a 6 de Bellem. Madrid por la Viuda de Francisco del
Fevereiro de 1726, foi por D. João V designado Hierro, 1732.
Cronista do Reino de Portugal e Académico Su­ Conforme afirma Innocencio Francisco da
pranumerário da Academia Real da História Silva no seu Diccionario Bibliographico Portugez,
Portuguesa. Lisboa, Imprensa Nacional, 1862, pp. 103-104,
A prova de que estas nomeações foram rea­ «A Analysis foi suscitada pela apparição de um
lizadas com inteira justiça reside na sua nume­ opusculo, mandado imprimir em Madrid em lim-
rosa e inestimável obra de investigação em que gua castelhana com o título de Crisis Doxologica
se contam especialmente os trabalhos de índole y apologética por el monachato legitimo de el
histórica relativos ao reinado de D. Fernando, maximo padre S. Geronimo en sus Congrega-
D. João I, D. Sebastião, D. Afonso IV, D. Pedro I. ciones de Espanha, Portugal y Lombardia».
Após meio século de dedicação à Igreja e à Efectivamente nesta obra reivindicavam os
sua mensagem de fraterna solidariedade entre os frades jeronimos a sua prioridade e prerrogati­
povos, largamente preenchido com a investigação vas contra os frades benedictinos, sendo ao fim
histórico-eclesiástica, sobretudo no que diz res­ e ao cabo tudo isto resultante das pretenções que
peito ao estado da Ordem Cisterciense e Bene- ambas as ordens sustentam para figurarem em
diotina, faleceu no Real Convento de Alcobaça primeiro lugar na procissão do Corpus Christi
no dia 29 de Abril de 1740, com a venerável, pa­ em Lisboa. Cusiosamente esta polémica durou
ra a época, idade de 68 anos. largos anos e deu origem à publicação de vários
D a sua obra de historiador e de teólogo cons­ opúsculos e teses de resposta e refutação das
tam os seguintes trabalhos : pretenções espanholas. Um pouco chocado com
Alcobaça Illustraãa. Noticias, e Historia dos isso afirmaria Innocêncio: « Esta contenda que
Mosteiros, e Monges insignes Cistercienses da deu que fazer aos prelos por alguns annos, se~
Congregação de S. Maria de Alcobaça da Ordem guindo-se às respostas de uns novas impugnações
de S. Bernardo nestes Reinos de Portugal, e A l- dos outros, e invectivando-se todos os adversá­
garves. rios reciprocamente por modo bem alheio da pie­
Parte I. Contem a Fundação, progressos glo­ dade religiosa, e ainda menos conforme á humil­
riosos, Privilégios, Regalias e Jurisdicoens do dade christã.»
Real Mosteiro de Alcobaça, Cabeça da Congre­ Historia Sebastica. Contem a vida do augus­
gação no tempo de seus Abbades perpetuos, e to Príncipe o Senhor D. Sebastião Rey de Por­
Administradores Cõmendatarios até a morte do tugal, e os Successos memoráveis do Reino, e
Cardeal D. Henrique com muitas noticias anti­ Conquistas no seu tempo. Lisboa, por Antonio
gas, e modernas do Reino, e Sereníssimos Reys Pedroso Galrão, 1735.
de Portugal. Coimbra, por Bento Secco Ferreira, Ficaram manuscritas à data da sua morte
1710. os seguintes trabalhos :
Acontece que nesta obra de incontestável Apocrisis Benedictino-Cisterciense.
valor histórico e inestimável apreço bibliográfi­ Segundo afirma Barbosa Machado ( ) tra-
co, o Frei Manuel dos Santos contraria algumas ta-se de uma obra « muito douta e concludente»
afirmações que o Padre Francisco de Sancta que se propunha rebater as teses de Frei Jacinto
Maria sustentara na sua obra O Ceu aberto na de S. Miguel, Frade Jeronymo, e de Fr. Francisco
terra. Historia das Sagradas Congregaçoens dos de Santa Maria, Eremita Augustiniano, os quais
Conegos Seculares de S. Jorge em Alga de V e­ se haviam empenhado em responder e contrariar
neza, e de S. João Evangelista em Portugal. (L is­ as afirmações de Frei Manuel dos Santos conti­
boa, por Manoel Lopes Ferreira, 1697), especial­ das na sua obra Analysis Beneditina.
mente as que se referem a coisas relativas ao Alcobaça Illustrada. 2. Parte.
12
Monarchia Lusitana. Parte VII. Cantem a ra a vil das Calendas de Feureiro era de Cezar 1292 .
Historia dos Reys D. Affcmso I V e D. Pedro I. Aduertidas portanto estas noticias, a Serie dos
Nesta obra reforma o seu autor algumas B isp o s do Algarve, sa lvo m ilhor parecer, he a seguinte.
teses de Frei Rafael de Jesus, monge beneditino, oprim eyro Bisp o de S ilv e s depois de restaurada
cronista mor do Reino.
da maõ dos mouros, foj D. N icolao eleito por el Rei
Monarchia Lusitana. Parte IX . Cantem a D. Sancho I no anno do nacimento de C risto 1189:
Historia delRey D. João I até cn conquista de Consta no archivo do Real m osteiro de S. C ru s de
Ceuta.
Coim bra de huma escritura do Livro 2 de Leitura nova
Monarchia Lusitana. Parte X. Cantem a foi. 11; aqual he huma doaçam da V.‘ de Alvor que
Historia delRey D. João I até a sim marte. fes aquelle m osteiro el Rey D. Sancho I; dada mez de
Decembri era de Cezar 1227; que he anno de C risto
C A T H A L A G O D O S B IS P O S D O A L G A R V E 1189; enesta doaçam confirma immediato ao A rce bis­
po de Braga D. Nicolao B isp o de Silves. Estes Liuros
Para boa d isposição da Serie dos B isp o s de Silves de Leitura nova de S. Cruz Sam Sem elhantes aos
se devem Suppor primeyro a s noticias Seguintes tira­ liuros dourados de Alcobaça m andados fazer huns e
das das n o ssa s historias. outros pello Cradeal (sic) Infante D. A ffo nso comén-
que eIRei D. Sancho 1.» no anno de C risto Senhor datario dos dous m osteiros; e observei eu que o s de
nosso 1188 conquistou damam dos m ouros o Reino do S. Cruz são de milhor Letra e os n o s s o s milhor enca­
Algarve; e no anno seguinte de 1189 erigio a igreja dernados: governou oBispo D. Nicolao som ente ate o
Cathedral para todo reino na capital do m esm o acidade anno de 1191 em que invadio a Emperador de M arro­
de Silves. co s o reino do Algarve, porquanto daquelle anno para
Adiante tres annos no de 1191 entrou formidavel­ diante não se acha nomeado ia nas escrituras Reaes.
mente armado pellas terras de Portugal o Emperador Nem tambem nas tais escrituras, e confirm açoens
de Marrocos; e ajudado dos Re is m ouros de Hespanha se achem nom eados outros B isp o s do Algarve ate o
tomou outra ve s aos Portuguezes acidade de S ilv e s e tempo del Rey D. A ffo n so 3.° quando este começou
a s m ais terras do Algarve, e no Alentejo Almada, Pal­ novamente a dar B isp o s a Igreja de S ilv e s da Sua
meia Alcacere do Sal, e outras praças. mam: em prova desta verdade pudera endagar m ais
Esendo ja emtempo delRey D. Sancho 2 que cha- de vinte doaçoens Reaes: bastem a s seguintes por
maraõ o Capelo emprendeo este Principe novamente brevidade.
a conquista do Algarve animado pello Papa Gregorio N om esm o Cartorio de S. Cruz de Coim bra e no-
9.° que para ointento lhe concedeo abulla da Cruzada: m esm o liuro Citado e nam esm a folha 11 na volta huma
e com effeito nestes annos, que foram os de 1240 do doação que fes el Rey D. Sancho I de certos cazaes a
nacimento de C risto se tomaram outra ves aos m ouros Nuno Goterres por se u s seruiços, e por hum vazo de
acidade de Silves, Caceia e outras fortalezas. prata e Sinco bons cavalos que deu a el Rei: Facta
oRey mouro de Silv e s fugio e Se p os debaixo da Charta 3. Calendas Novem bris era de Cezar 1229: que
proteção del Rey de Castella D. A ffo n so oSabio, ainda he anno de C risto 1191 nomeam-se na confirmação os
neste tempo infante e renunciou nelle o direyto que B isp o s de todas as m ais igrei as: falta o do Algarve.
tinha ao reino do Algarve, e el Rey de Castella lhe N om esm o Cartorio, e Liuro de S. Cruz foi. 12
deu em Satisfação o estado de Niebla que o mouro om esm o Rei D. Sancho I fes doação do reguengo de
possuhio. condeixa a Paulo (?) M endes, e a sua molher D. Loba
Por rezam desta renuncia e outros m otivos que na era de Cezar 1231 anno de C risto 1193 acinão os
bisp os todos, m enos ode Silves.
deixo por brevidade comtenderam os Reis de Castella
com os n o sso s de Portugal. Sobre o dom ínio do reino N om esm o Livro e nam esm a folha huma doação del
do Algarve; e depois de varios debates vieram a com- Rey D. A ffo n so II com sua molher D. U rraca' feita a
poziçaõ em tempo dono sso Rey D. Affonso 3.° e foi o Petreiino de certos cazaes em termo de Vouga dada
concerto este: que el Rey de Castella teria ouzofruto em Coim bra aos 6: das Calendas de Feureiro era de
daquelle reino por certos annos; e el Rey de Portugal Cezar 1250 que he anno de 1212: confirmaõ os bispos
todos, m enos ode Silves.
o dominio directo; aqual compozição e o s S e u s effei-
tos se acabou de todo pellos annos do nacimento de N om esm o Livro de S. Cruz foi. 13. outra doação
C risto 1264 ate o de 1267. dom esm o Rey D. A ffo n so II: feita a D. João Prior de
S. Cruz de huma terra em Miranda: dada apud Colim-
Nom eio tempo do uzofruto dos Reis de Castella
briam m ense M ay: Su b era 1258 que he anno de 1220:
quizeram estes Príncipes que tocasse a elles a no­
todos confirmaõ m enos ode Silves.
meação dos B isp os de Silves; e com effeito nomearam
alguns; porem os Re is de Portugal nunca consintiram N om esm o Livro de S. Cruz foi. 14 huma doação
de el Rey D. A ffo n so III conde de Bolonha em França
que tom assem p osse do bispado estes Prelados no­
feita aquelle m osteiro da Villa de Arronches: dada em
m eados por Castella. Huã e outra verdade conatsm das
Lisboa aos 16 de M a rço era de Cezar 1302: e de
Historias, e escrituras publicas daquelle tempo; basta
alegar estes dous exemplos. C risto 1264: todos confirmaõ m enos oBispo de Silves.
Gonsalo Argote de M olina na Sua de Andaluzia Na torre do Tombo Livro pequeno de foraes velhos
Liuro 2 Cap. 26 tras huã confirmação dos privilégios em pasta vermelha foi. 16 Se ve o Foral da villa de
da Cidade de Baeça por el Rey de Castella D. Fer­ Vinhaes dado na era de Cezar 1291 aos 20 de M arço e
nando 3.° dada na era de Cezar 1295 e entre o s Prela­ anno de C risto 1253: todos confirmaõ m enos oBispo
dos que aSinam a carta Se acha D. Dom ingos Bispo de Silves.
de Silves; e claro he que se este B isp o re sid isse na Nam esm a Torre Livro 1 de doaçoens e foraes del
Sua igreia em Portugal vassalo desta Coroa onão ha­ Rey D. Affonso III foi. 13 Se ve o foral da Villa de
viam de mencionar entre os v a ssa lo s de el Rey de Monçam dado na era de Cezar 1299, e de C risto 1261:
Castella. todos acinam m enos oBispo de Silves: om esm o falta
oSegundo exemplo he huã escritura na torre do no foral de Odem ira dado na era de 1294: no dito Livro
Tombo Liuro 1.° de merces, e foraes des Rey D. Affon­ foi. 15: epor este m esm o theor n os Foraes Seguintes
so 3. em taboa cuberta de Couro preto foi. 3 na volta: ate annos de Cezar 1302: E advirto que naõ obstante
desta escritura consta que el Rey de Castella nomean­ naõ confirmarem o s B isp o s do Algarve a Sua igreia
do la para B isp o de Silv e s ahum fr. Roberto da ordem de S ilv e s em todas aquellas escrituras nunca se dis
de S. Dom ingos o mandou a el Rey de Portugal para vaga; com o Se ve em outras Cathedraes quando actual­
que o adm itisse e co n sin tisse que fo sse governar mente não tinhão Prelados.
aquela igreia; porem el Rey de Portugal nam quis di­ Daqui he e facilmente Sedeixa entender que Senão
zendo que o de Castella era som ente uzofruturario das devem contar nem por no Cathalogo dos B isp os desta
rendas do Algarve; e o Padroeiro da Cathedral de S il­ Igreia alguns d isp e rso s que se acham nom eados em
ve s era S o elie; portanto S o a elle tocava provela de alguns Autores, e foraõ eleitos pellos Re is de Castella
Bispos. Feita esta escritura em Lisboa huma treça fei­ a ssi com o o s dous acima D. F. Roberto, e D .Dom ingos

13
m as deixaidos estes, eoutros semilhantes, continue B isp o s de Tuy fa s menção deste D. Alvaro cap. 168
aserie na maneira seguinte. porque acistio em hum concilio prouincial que S e fes
Segundo Bispo de S ilv e s depois de restaurada dos em Compostela, anno de 1337, e de 1338: viveo com
m ouros posto por el Rey D. A ffo n so III de Portugal desgostos, porque teve pezadas contendas com ogram
foi D. Garcia no anno de Cezar 1304, e de C risto 1266 M e stre da ordem de Santiago; com medo do qual
Consta do livro 1: citado de m erces e foraes foi. 83 fugio para Castella no de C risto 1349; e de Cezar 1387,
porque acina entre o s m ais B isp o s no foral de Silves: eneste anno estando em Sevilha em hum as Cazas
também confirma na doaçaõ que fes a Alcobaça el Rey junto do Alm irante A ffo nso Jofre respondeo a huma
D. Affonso III do padroado da igreia de S. M aria da apellaçam que o M e stre entrepos delle para a See
Golegam: dada em Lisboa aos 9 de Majo era de 1305, Apostolica; dada esta reposta aos 27 de Setem bro do
e anno de 1267: no Cartorio de Alcobaça Livro 1 dou­ anno referido o M e stre de Santiago era D. Fr. Lou-
rado foi. 16: governou este Bisp o ate oanno seguinte renço Vasques: ainda era B isp o este D. Fr. Alvaro no
de 1268 e de Cezar 1306: porquanto em certa doação anno de 1350 — depois delle tenho noticias dos Se ­
que fe s el Rey D. A ffo n so 111 a Thereza Fernandes de guintes.
Seabra sua amiga: dada em Leiria aos 9 do m es de D. João B isp o de Silves: Foj embaxador del Rey
Abril era de Cezar 1306: abaixo dos Prelados confir- D. Fernando a el Rey de Aragam: no anno de 1370:
mantes se dis assim : eclezia Sllvencis vacat. Seguiuse. consta de Zurita tomo 2 Livro 10 Cap. 10: Seguio-Se.
D. Fr. Bertolameu da Fonseca da familia dos
D. Martinho: foi embaxador del Rey D. Fernando
M ichoe n s em Lisboa foi eleito nom es de julho dopro-
ao Papa no anno de 1376; Sobre impetrar pera el Rey
prio anno de Cezar 1306: e de C risto Senhor n osso
hum Su b sid io pellos ecleziasticos: consta da bulia do
1268: consta na torre do Tombo Livro 1 de m erces e
subsidio dada em Avinham aos 4 das Nonas de Abril
foraes del Rey D. A ffo nso III foi. 91 porquanto no foral
e anno: 6: de Gregorio XI: ia era B isp o de S ilv e s no
da Povoa da Rainha (?) confirm a assim : Bartholomeus
anno atras de 1375: consta do Livro 1 da Chancelaria
electus Silvensis. Foj este Bispo m onge de Alcobaça
del Rey D. Fernando fol. 166: he huma carta de merce
e sendo m onge foj capellam mor del Rey D. A ffo n so
que lhe fe s este Principe para que pudesse regar hua
III consta do n o sso Cartorio livro 1 Dourado fol. 145:
Sua horta com a agoa da Atalaya: dada aos 10 de
Foj a Roma sobre a s controvercias dos ecleziasticos
M arço era de Cezar 1413: foj mudado este B isp o de
com el Rey, a a sistio la em Roma na concordata que
S ilv e s para Lisboa no anno de 1379: em Lisboa foj
se fe s com el Rey D. D ln is no anno de 1289 de Cristo:
morto nas alteraçoens do reino depois da morte del
e fas deste mençaõ Gabriel Pereira de C astro de M anu
Rei D. Fernando: Seguio-Se.
Regia. Confirma em todas as doaçoens Reaes ade a era
de Cezar 1329 e anno de C risto 1291: a ultima confir­ D. Payo de Meira: era Bispo na era de Cezar 1422
mação Su a que vi he no foral da Villa de Ourique: e anno de C risto 1384: consta do Livro 1 da Chancela­
dada em Beja aos 8 de Janeiro era de Cezar 1328 que ria del Rey D. Joaõ I fol. 56 porque foi do Se u conse­
he anno de C risto 1290. SeguioSe. lho e aSistia com elle em Lisboa notempo em que foi
D. Fr. D om ingos eleito ja no m es de Majo era de Regedor do reino: Seguiu-Se.
Cezar 1330, e de C risto 1292: Consta de huma doaçaõ D. João A ffo nso estava eleito em A g o sto era de
em que acina feita por el Rey D. D in is em Coim bra Cezar 1427 e de C risto 1389: consta de hum privilegio
aos 27 de Majo era de 1330: na Torre Livro 2 del Rey que deu el Rei D. Joaõ I aos Ingelzes (sic) mercado­
D. D in is fol. 20: tambem acina ainda eleito no foral de res; escrito em Coim bra aos 10 de A g o sto daquele
Villa de Lanhozo por el Rey D. D in is dado em Coim bra anno: na Torre no livro extrax. 1, fo.l 210: tambem no
aos 25 de Septembro da era de 1330: Livro 1 do dito Livro 1 da chancelaria / dom esm o Rey D. Joaõ I fol.
Rey fol. 258 na Torre: ja conSagrado acina na carta de 40 Se fas m ençaõ deste m esm o B isp o ja eleito na
foral dado aVilIa Real de Panoyos em Lisboa aos 24 m esm a era 1427: foi Dezembargador deste Principe
de Fevereiro era de Cezar 1331: no Livro 2 del Rey antes e depois de Bispo: consta da carta aSim a e de
D. D in is fol. 48: governou ate oanno de Cezar 1335 outra nom esm o livro 1 da Su a Chancelaria fol. 47: he
porquanto na confirm ação do conselho de Alfaiates se huma carta de confirm açaõ dos privilégios da alverga-
diz vaga a Se e de Silves: dada esta carta em Coim bra ria de Coimbra: dada em Santarém no ultimo de A g o s ­
no 1 de M arço era de C ezar 1335 que he anno de to, acaba / / el Rey omandou por D. Joaõ B ispo de
C risto 1297: na Torre Livro 2 del Rey D. D in is fol. 129: Silv e s e por Ruy Lourenço Deam de Coim bra do seu
no m es de Abril Seguinte dom esm o anno ainda Se- desem bargo: era de 1428; que he anno de 1390 / / foi
poem vaga aquella Se e nadoação que fe s el Rey D. embaxador a Rom a ao Papa Bonifácio 9: Sobre a dis-
D in is ao Prior do Crato das igreias de S. João de M a ­ pença para poder cazar el Rey D. Joaõ I: consta da
rialva, e de Cernancelhe: noproprio Livro fol. 132 Se- Carta del Rey ao Papa dada em Lisboa no ultimo de
guio-Se. Setem bro anno de 1391.
D. João Soares: aparece eleito na de S ilv e s na D. Alvaro de Abreu ia era B ispo de S ilv e s no anno
Carta de escam bo que fe s el Rey D. D in is com a or­ de C risto 1428: consta da bulia de M artinho 5: que
dem de Santiago dando el Rey Ocastelho de Mara- expedio ao Principe D. Duarte para fundar o conuento
chique, eoutras terras pella Villa de Almada: feita em
de N o ssa Senhora das virtudes que odito Principe pro-
Lisboa no 1 de Dezembro era de 1335 que he anno
meteo quando foi com el Rey Se u Pay Sobre Ceuta; e
de C risto 1297: na Torre Livro 3 del Rey D. D in is fol. ia estava B isp o de Evora no anno de 1432: consta da
2: continuam a s S u a s confirm acoens ia Bispo ate bulia de Martinho 5: pella qual onio aCapella Real os
oanno de 1308. Seguio-Se.
diziam os de Almeirim.
D. Affonso Annes: S o huma confirmaçaõ vi deste
D. Luis Pires: foi o primeiro que proveo em S il­
Bispo na doação que fez el Rey D. D in is de certas
ve s el Rey D. A ffo n so 5. Seguio-Se immediato.
Villas a sua sobrinha a Infanta D. Izabel: dada em L is­
boa aos 7 do m es de Outubro era de 1353; que he D. Alvaro: foi prezente por seu prior Luis e A nnes
anno de C risto 1315: na Torre Livro 3 del Rey D. nas cortes que celebrou el Rei D. Affonso 5: em Lis­
D in is fol. 98: Seguio-Se. boa (seguem -se várias palavras riscadas que serão re­
petidas à frente visto dizerem respeito à fonte onde
D. Pedro: ponho este Bispo por authoridade da
foi colhida a informação) no m es de M arço de 1454:
Monarchia Luzitana: Seguio-Se.
consta no Cartorio da Se e de Lisboa Livro 1 de privi­
D. Fr. Alvaro Paes; era religiozo Franciscano e légios, e m erces Reaes; de S ilv e s foi mudado para
Bispo de Coron no Arcebispado de Patras (sic), no Evora. Seguio-Se immediato.
Peleponezo: foi mudado para S ilv e s pello Papa Joaõ
D. Joaõ de M e llo pello m esm o Rey D. A ffo nso 5
22; porque era Hespanhol de Galiza: consta de Vuan-
do B ispo D. M artim Gil se fa s m ençaõ na chornica
digo (sic) tom. 3 pag. 465 num. 11: eia estava Bispo
(sic) de el Rei D. Joaõ I era Abbade não de paço que
no Algarve no anno de 1335; e para oBisppado de
he huma parochia secular, m as de Paço de Souza m os­
Coron foi a Sssn to no anno de 1332, como tem om es­
teiro Beneditino; deue por-se immediato a D. Payo de
mo Vuandigo pag. 392 num. 7; também Sandoual nos
Meira; e desse o apelido he Meira, familia illustre de
J4
O ARQUIVO DISTRITAL DE FARO
A p e sar de, relativamente, recente o Arquivo D is­
Direcção da Fazenda do Reino e Província do
trital de Faro contém diversos núcleos e colecções Algarve, de 1837 a 1936;
de grande riqueza documental, fontes im prescindíveis
— C o m p ro m isso s Marítim os, de 1585 a 1936;
para se reconstituir a história local e regional.
— Junta da Província do Algarve, de 1551 a 1945;
O A. D. F. está instalado na Rua de S. Pedro, num — Governo Civil, (Séc. XV I a X X );
edifício para o efeito adaptado. Trata-se de um velho — Bom beiros Voluntários, de 1951 a 1978;
solar dos fins do século XV III que, embora relativa­ Legislação, de 1953 até à presente data;
mente bem conservado, não tem a segurança nem a — Hemeroteca, de 1967 até à presente data;
distribuição e espaço convenientes para o Arquivo — Ficheiro onomástico, didascálico e ideográfico
Histórico Regional. da Biblioteca especializada, de apoio ao investigador.
O arquivo faculta e incentiva a consulta e a inves­ O Director do Arquivo é o Dr. Salustiano Brito,
tigação de todo o património documental existente, antigo conservador do Arquivo Nacional da Torre do
aos estudiosos e estudantes. Tombo.
O número de leitores, que tem decuplicado no Tem sido graças à sua incansável dedicação que
último quadriénio, é actualmente de 656. o Arquivo se apresenta hoje em boas condições de
utilização, embora debatendo-se com problemas de
Durante o ano lectivo, o arquivo funciona das 9,15
falta de pessoal, já que o quadro aprovado por lei (1
às 12,15 e das 14,15 às 19,15 horas, e no restante
Director, 3 conservadores e 14 funcionários adm inis­
período segue o horário das repartições públicas ou
trativos e tócnicos) ainda não foi preenchido.
seja, das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.
Por outro lado, os orçam entos privativos aprova­
O s Inventários prelim inares e ficheiros do arquivo dos para o Arquivo Distrital de Faro pelo Governo
são os seguintes:
Central e desde 1981, não são aplicados e tem sido a
— Notarial de 1590 a 1945 (e ficheiro auxiliar); A sse m b le ia Distrital o seu suporte financeiro, deba-
— Paroquial, de 1587 a 1880; tendo-se o Arquivo com as dificuldades inerentes a
— C onventos Extintos, de 1504 a 1836; este facto. _ , _ .
Fernando Reis

que se trata no Conde D. Pedro e não Lameira; o que (3) A descrição da conquista de Silv e s encontra-se devi­
se mostra pelo Liuro da chancelaria acima citado. damente narrada na obra que João Baptitsta da Silva Lopes tra­
D. José de M e n e se s não foi do Algarve para Bra­ duziu e anotou com o título de Relação da Derrota Naval, Faça­
nhas, e S u c c e sso s d o s C ruzados que Partirão do Escalda para a
ga, m as para Lamego; e de Lamego para Braga pelos Terra Santa no anno de 1189. Escrita em Latim por hum d os
annos de 1693, ou 94. M e sm o s Cruzados, Lisboa, Im prensa da A cadem ia Real d as Ciên­
V o ssa Reverendíssim a aceite benevolo este tra­ cias, 1844.
balho, entendendo que naõ he igual ao meu desejo de B IB L IO G R A F IA
Seruilo, porque e sse he muito maior; porem naõ pude
Para m elhor esclarecimento e com preensão deste Catálogo
fazer mais; porque como ia escrevi a VRm.* naõ tenho dá-nos a seguir uma breve relação bibliográfica que poderá
os m eios necessários, e o meu geral nom me respon- ajudar o leitor interessado em estudar a História Eclesiástica do
deo atequi, nem responde a Carta que lhe escrevi, e A lgarve com maior profundidade.
A L M E ID A , Fortunato de — História da Igreja em Portugal,
agora m enos que se foi andar pelo Algarve; e naõ e s­ 4 vols., Porto, Portucalense Editora, 1967 -1 9 7 1 .
peram os aqui por elle m enos de Agosto, pelo que A M A D O , Jo sé de S o u sa — Historia da Egreja Catholica em
VRm.* me tenha por bem desculpado; e me faça merce Portugal, no Brasil e nas p o sse sso e n s Portuguesas, 10 vols., Lis­
passar ao Senhor Conde deVilIarm aior esta rezam boa, 1 8 7 0 -1 8 7 9 .
B A IÃ O , António —— Cartas Inéditas de D. Jerónim o O sório,
minha; e que por esta Causa, e nom por falta de von­
Lisboa, 1951; separata d os A n a is da A cadem ia Portuguesa da
tade nom mando, nem p o sso mandar cousa alguma a Histtória, II série, vol. 3. (A com unicação tem com o sub-título
Academia; eao Rm.° D. Jose Barboza que ia no Correio «Acerca da Transferência da Catetdral A lgarvia no século XVI»).
passado na Carta de VRm." lhe dice o que hauia do B iARRETO , D. Francisco — C onstltuiçoens Syno d a es do B is ­
pado do A lgarve novamente feytas e ordenadas (...); Évora, 1674.
Autor Rodrigo M e n d e s Silua. D e os guarde aVrm.*. tt.“
C A R D O S O , Jorge — A gio lo g o Lusitano d o s Sanctos e va-
(testigo ?) Alcobaça 16 de M a io de 1721; façame roens illustres em virtude do reino de Portugal e su a s conquistas,
VRm.* certo da entrega desto e me mande opapel d es­ 3 vols., Lisboa, 1 6 5 2 -1 6 6 6 .
tes b isp os que imprimir. António Caetano de S o u sa editou o T om o IV, Lisboa, 1744.
C A S T R O , D am ião António de Lem os Faria e — Política
Hum illimo Súbdito deVRm.* M o ra l e C ivil .Aula da Nobreza Lusitana (...), 7 vols., Lisboa,
1 7 4 9 -1 7 5 1 . (O tomo IV é o que se dedica ao Algarve e à História
Frei Manuel dos Santos Sagrada e Eclesiástica).
C O R R E IA , Jo sé — «Episcopológico do Algarve», série de
O Bispo D. Frei
artigos publicados no jornal Folha do D om ingo iniciados em
Bertholomeu dom inico he 1 2 -2-1982. Também no jornal O Tavlra publicou em 197 2 vários
Suposto; a ssi o tem a artigos sobre o bispo D. Á lvaro Pais.
Monarchia; e naõ houue C O S T A , António D om ingues de S o u sa — M onum enta Por-
tugaliae Vaticana, 3 vols., Porto/Rom a, Editorial Franciscana,
na quella igreia m ais de hum 1 9 6 8 -1 9 7 0 .
Bisp o Bertholomeu. C U N H A , D. R odrigo da — H istoria Ecclesiastica de Braga
com a vida d os seu s A rcebispos, e Varoens Sancto s e eminentes
N O T A S d o Arcebispado, 2 vols.. Braga, 1 6 3 4 -1 6 3 5 . (O capítulo X II do
vol. I é relativo ao Algarve).
(1) Pouco se sabe acerca da vida e obra de D. António de D icionário de História da Igreja em Portugal, (dir. de A. A.
Oliveira de Azevedo, porém à falta de m elhores inform es reme­ Banha de Andrade) 2 vols., Lisboa, Editorial Resistência, 1980-
temos o leitor para a consulta d os artigos que a ele consagram o -1983.
Dr. M ário Lyster Franco na Algarvíana — S u b síd io s para uma Dicionário de História de Portugal, (dir. de Joel Serrão),
Bibliografia do Algarve e d os Autores Algarvios, Faro, Edição da 4 vols., Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1971.
Câmara M unicipal de Faro, 1982, Vol. I pp. 195 -1 9 7 ; e D icioná­ IR IA , Alberto — «A M u d ança da Só de Silv e s para Faro —
rio da História da Igreja em Portugal, (dir. de A. A. Banha de 1 5 3 9 -1 5 7 7 (N o v o s Elem entos para a sua História), série de
Andrade), Lisboa, Editorial Resitência, 1983, vol. II, pp. 65-66, artigos publicados na Folha do D om ingo m as que não tiveram
que cita bibliografia de apoio. conclusão.
(2) M au grado os incessantes esforços da Edlgarbe Lda., L O P E S , João Baptista da Silva — M e m ó ria s para a Historia
com o entidade editora da revista «Promontório», ainda não fol Ecclesiastica d o B isp a d o do Algarve, Lisboa, 1848.
possível dar a público o primeiro número desta publicação cultu­ R O S A , Jo sé António Pinheiro e — « A Catedral do Algarve
ral que aguarda a consecução de apoios económ icos que garan> e o seu C abido — S é em Silves», série de artigos publicados em
tam a sua subsistência. De qualquer modo, esperando-se para 1 9 8 0 na Folha d o Dom ingo, que o autor com pilou em volum e
breve a sua vinda a público aqui fica, desde já, citado o título fotocopiado numa edição de apenas 5 exemplares.
do nosso trabalho: O Reino do A lgarve visto pelo P. António S A L G A D O , Frei Vicente — M e m ó ria s Ecclesiasticas do Reino
de Olievira de Azevedo do A cadem ia Real da História Portuguesa. d o Algarve, tom o I (único), Lisboa, 1786.

15
O Estuário do Guadiana

_ / / r r r\ ____ ______i

You might also like