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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO, CULTURA, ASSISTÊNCIA E RELIGIÃO

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Carlos Thompson Nogueira

PARTE l – INTRODUÇÃO

I. ORIGEM DA MATÉRIA E ATITUDES PARA COM ELA.


A. Basicamente, tudo que abordamos em Administração e liderança tem suas origens na
Europa ou América do Norte. Para uma constatação disso, é só olhar para a
bibliografia (mesmo os livros em nossa língua) e verificar quantos são autores
nacionais. Mesmo assim, os conceitos terão vindo de fora. Isso, entretanto, não nos é
prejudicial, se conseguirmos apreciar o avanço tecnológico, administrativo e na área de
relações humanas que esses países têm para dar como cartão de visita. Se isso não
bastasse, é só comparam.os a estrutura de missões e igrejas desses países básicas que
ainda desconhecem (por simples atraso, ou por “orgulho nacional”) esses princípios.
B. Qual deve ser nossa atitude? Bem, há várias possíveis, resumidas em duas:
1. “É gringo, não funciona para o nosso contexto!” Certamente, nem tudo cairá
como uma “luva”. É preciso contextualização e isso só se procurando por em
prática. De qualquer forma, uma atitude tão extremada pode ser confundida com
amor às origens nacionais; é, bem provavelmente, fruto de mero orgulho, ou
preguiça, ou mesmo fruto de receio de confrontação (“estou bem confortável,
sem que os outros tenham como medir o quanto estou produzindo”). Isto não é
próprio para uma pessoa que teme a Deus.
2. “É novidade e provavelmente vai acarretar grandes mudanças, mas se é para
melhor (realizar mais para o Senhor), por que não experimentar?” Esta é a atitude
mais coerente com o espírito cristão retratado por Paulo em 1 Ts. 5.21: “Testai
(como se faz com metais) todas as coisas e guardai o que (em si mesmo) é bom”.
Embora pertinentes a assuntos de cunho mais nitidamente espiritual, creio que o
texto se aplica aqui.

É sugestivo a colocação que Machiavelli, O Príncipe (1511 A.D.) a esse respeito:


“... não há coisa mais difícil, nem de êxito mais duvidoso, nem perigo maior
do que o estabelecimento de novas leis. O (novo) legislador terá por

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inimigos todos aqueles a quem as antigas leis favoreciam; e não passarão de


tímidos defensores os que forem beneficiados pelo novo estado das coisas.
Essa fraqueza nasce, parte por medo dos adversários, parte pela costumeira
incredulidade humana, pois os homens só acreditam na verdade e beneficio
das coisas novas depois de comprovadamente experimentados”.

II. QUAL A DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA?


Há urna diferença básica entre os dois termos, embora sejam freqüentemente usados
indistintamente:

ADMINISTRAMOS LIDERAMOS
 Programas  Pessoas
 Projetos
 Organizações
 Tempo
 Computadores

É possível ser bom líder sem ser bom administrador (pessoas que iniciam trabalhos
pioneiros - motivam pessoas, levantam sustento para a obra) - Começam bem mas têm
dificuldade em manter, desenvolver, pois se perdem quando há necessidade de organizar,
planejar.
O oposto também é possível: ser bom administrador sem ser bom líder. Esse tece
planos, traça objetivos, mas falha quando precisa “motivar gente”.
É difícil reunir as duas qualidades, uma vez que, conforme descoberto na década dos
anos 60, o líder é voltado ou para pessoas (mais sensível e motivador) ou para tarefas (mais
empreendedor em “coisas”). Para quem pretende ser um servo nas mãos de Deus, entretanto,
não há opção, desde que o desejo seja. de servi-Lo bem: é preciso ser bom líder tanto quanto
bom administrador e vice-versa.
O que nos anima é que a personalidade é uma faceta muito dinâmica de nosso ser:
pode aprender, assimilar, ser aprimorada.
Nosso objetivo neste curso (e também nossa oração por vocês) é que sejam
equilibrados ao administrarem liderando ou ao liderarem administrando.

III. ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO


“Nossa, já estamos no segundo semestre!”

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“O tempo está voando!”


“Sabe o que é, não deu tempo.”
“Como administrar o tempo? Há alguma formula mágica?”
A. O Tempo é diferente de outros recursos
De todos os recursos com que o obreiro lida, o tempo é ímpar:
a. o obreiro opera com informações.
b. o obreiro opera com experiência.
c. o obreiro opera com o tempo.
Características do tempo:
 Inelástico (Drucker)  Indispensável
 Irreversível  Insubstituível
 Mensurável  Reina sobre tudo
 Caro e precioso  A dimensão em que mudanças ocorrem

Sem dúvida, de todos os recursos de que dispomos é o mais comentado e o menos


compreendido.

B. Falácias do tempo
Várias são as expressões que demonstram corno compreendemos mal que é o tempo:
a) "Nâo tenho tempo sufuciente” – todos têm exatamente as mesmas 24 horas.
b) "Tempo é dinheiro” mas não há como não gastá-lo!
c) “O tempo voou” - nunca andou mais rápido ou devagar!

TEMPO É A MATÉRIA PRIMA DA VIDA!!!


Nosso sucesso ou insucesso é amplamente dependente do uso eficaz do nosso tempo.
Sabedoria está intimamente ligada ao bom uso do tempo. "Ensina-nos a contar os nossos dias
para que alcancemos coração sábio”.

C. Eficiência e Eficácia:
Não é o que fazemos que conta, mas o que realizamos. Só “dar duro” não é a solução.
A chave é trabalhar “inteligentemente”. (Eficácia X Eficiência)
Eficiência: Preocupação em fazer a coisa de forma certa. (Processo)
Diz respeito a:

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 Usa técnicas e métodos corretamente.


Eficácia: Preocupação em fazer a coisa certa. (Produto)
Diz respeito a:
 Certificar-se de que está fazendo o que precisa ser feito.
 Preocupa-se com resultado.
 Preocupa-se com o fim.
EFICÁCIA DEVE PRECEDER EFICIÊNCIA

O que é “administração do tempo”?


Tempo não é senão uma medida, uma dimensão. Não pode em si, ser nosso problema.

Administração do tempo nada mais é do que a:

ADMINISTRAÇÃO DE NÓS MESMOS.


A. A ciência que chamamos de Administração trata de como distribuir seu tempo.
B. Adm. Tempo não é fazer + em – tempo. Isso é eficiência.
C. Adm Tempo é realizar o que se escolhe fazer, dentro do tempo disponível.
D. “Nada destaca mais os executivos eficazes do que seu zElo amoroso pelo tempo”
(Peter Drucker).
E. Engstrom afirma: “90% de nosso sucesso depende do uso que fazemos do tempo.
Somente 10% dependem de outros fatores”.
F. Drucker: “Os executivos que realizam, começam pelo tempo de que dispõe, não pelo
trabalho que têm”.
G. Engstrom declara: “Afirmamos que “tempo é dinheiro”, mas não temos opção senão
gastá-lo. Seria interessante podermos parar o cronômetro como num jogo de basquete.
Mas na vida o cronômetro não para!”
H. Engstrom ilustra: “Podemos perder tempo. Não podemos...

 não gastá-lo  contratá-lo  alugá-lo


 comprá-lo  guardá-lo  encaixotá-lo

É perecível. Comece pensando no seu dia, sua semana, seu mês, e descubra onde você
precisa “cavar mais findo”, o tempo para você.

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Por isso, o hoje precisa ser bem empregado. Ouvimos muito: gostaria de usar meu
tempo de forma mais inteligente”. Mas raramente ouvimos “gostaria de administrar-me mais
adequadamente”

O PROBLEMA NÃO É O TEMPO: SOMOS NÓS!

Bom planejamento do tempo que dispomos é a única forma de obter tempo para se
fazer o que se deseja. Mas requer esforço, disciplina e determinação.
Quando afIrmamos que o “tempo voou” na verdade queremos dizer: “como pude ser
tão displicente no meu planejamento, deixando tanto para fazer em tão pouco tempo?!”
Seis chaves para a boa mordomia do tempo.
Dr. Engstrom sugere as seguintes perguntas:
A. Quem (deveria fazer isto)?
B. O que (deveria ser feito)?
C. Onde (deveria ser feito)?
D. Quando (deveria ser feito)?
E. Por que (deveria ser feito)?
F. Como (deveria ser feito)?

Perguntas importantes a se fazer.


A. O que estou fazendo agora que não precisa ser feito por mim ou outra pessoa?
B. O que estou fazendo que deveria ser feito por outra pessoa?
C. O que estou fazendo que é perda do meu tempo ou perda de tempo dos outros?
Perguntas como estas não parecem “grandes coisas”, mas certamente nos livrarão do
atoleiro das tarefas intermináveis.
A chave é trabalhar inteligentemente! A administração deve incluir lazer, passatempos,
tempo com familiares, tempo para nós mesmos, esportes, etc.

A Lei Áurea da administração do tempo.


Provavelmente de todas as técnicas já apresentadas, a mais eficaz para o bom emprego
do tempo é: o uso adequado da palavra NÃO.
Precisamos de uma estratégia de vida

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Queiramos ou não, cada um de nós tem uma estratégia de vida. Geralmente é


inconsciente e isso nos leva a uma vida sem muita finalidade – sem propósito.
Moisés, no seu tempo já se preocupava com isso: “Ensina-nos a contar nossos dias,
para que alcancemos coração sábio” (Sl.90.12).
Nas Epístolas Pastorais, Paulo orienta a Tímoteo e a Tito a constituírem liderança
espiritual nas igrejas. Dentre as qualidades que essas pessoas deveriam ter estava presente o
“governar bem a própria casa” (1 Tm.3.4-5) ou o “ter filhos crentes” (fiéis) 1.6. Sem tais
qualificações o próprio Paulo duvidava que esses líderes conduziriam bem a igreja.
Sem incorrer as maldições de Ap.20.18, creio não ser errado visualizar a seguinte frase
como subentendida antes daquelas que falam de governar bem a própria casa e de ter filhos
crentes (ou fiéis):
“QUE GOVERNE SUA PRÓPRIA CASA”
“QUE GOVERNE SUA PRÓPIA VIDA”
“QUE GOVERNE BEM SEU PRÓPRIO TEMPO”

A ESTRATÉGIA

ALVOS

VIDA ESTRATÉGIA PARA PRIORIDADES


A VIDA

PLANEJAMENTO

 A maneira como vivemos é determinada pelos nossos alvos.

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 Os alvos que escolhemos são determinados pelas nossas prioridades.


 O fato de alcançarmos ou não nossos objetivos é determinado pelo nosso planejamento.

 Uma estratégia de vida exige alvos:


o Alvos elevados
o Prioridades cristãs
o Planos eficientes

 É vivendo que encontramos:


o Alvos superiores
o Prioridades mais elevadas
o Planos mais eficientes

EXPERIMENTE! FUNCIONA!

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PARTE 2 – ALVOS

1.1 Definindo os termos básicos


Usaremos palavras de forma consistente. Mesmo que você, pessoalmente, prefira usar
outros termos, durante este curso procure acatar nossas definições.
Para nós é primordial definirmos os termos, propósito e alvo. A diferença básica está
na mensurabilidade.

Não Mensurável
PROPÓSITO
Fim (Educação)
Missão (Cristão)
Alvo (Muitas Pessoas)
Objetivo (Militar)

(linha divisória = mensurabilidade)


ALVO
Objetivo (Ensino)
Tarefa (Trabalho)
Passo (Muitas Pessoas)
Mensurável

1.2 Propósitos na Vida


É aquilo que esperamos, em última análise, realizar. Não precisa ser mensurável em si
mesmo, mas é uma nítida direção em que desejamos seguir.
Exemplos: “Glorificar a Deus”
“Ser um bom crente”
“Pregar um bom sermão”

Se, entretanto, concentrarmos nossa vida em propósitos, será difícil afirmarmos que
realizamos algo: não haverá como medir nosso desempenho.
Os propósitos dão rumo à vida, mas é necessário definir o que fazer para ver os tais
propósitos realizados.
a) Uma imagem ou retrato de como poderá ser o futuro, portanto, uma declaração
de fé: Tg.4.13-17.

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b) Um fato futuro – realizável


c) Um fato futuro – mensurável:
1) Em termos de tempo: sabemos quando ocorrerá ou passará a vigorar.
2) Em termos de desempenho: a ocorrência de um fato específico determina o
que aconteceu; é um ato consumado.
d) Um fato futuro em face do qual podemos medir o rendimento: o alvo pode
mudar ou ser modificado por circunstâncias futuras. O que sabemos até aqui, é o
que acreditamos que deveríamos ter executado.

ALVO ALVO ALVO


1 2 3

2.1 Por Que temos medo de alvos?


Alvos pessoais são difíceis de colocar no papel. A fixação dos mesmos pode se tornar
uma coisa ameaçadora:
1. Podemos fracassar.
2. Temos receio de estar realizando aquilo que é “obra do Espírito”.

2.2 Por que precisamos ter alvos pessoais?


Porque são eles que atendem às nossas necessidades.

A. Necessidades “Pneuma-psicológicas”.
A forma como agimos se baseia não apenas em nossa percepção do passado, mas
também nas expectativas que ternos quanto ao futuro.
1) Quem sou eu?
2) O que faço aqui?
3) Para onde me destino?
4) Qual o meu próximo passo?
5) Qual o propósito de minha vida?
( - ) Os alvos removem a ênfase dos problemas presentes, colocando-a sobre as
( +) possibilidades futuras.
B. Necessidades físicas
C. Necessidades sociais

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1) Responsabilidades para com todos.


“Pois não haverá misericórdia para com aqueles que não tenham mostrado
misericórdia. Mas se vocês tiverem sido misericordiosos, então a misericórdia
de Deus para com vocês triunfará sobre o julgamento dele contra vocês”.
(Tg.2.13). NT Vivo.
D. Necessidades espirituais.
1) Crescimento no Senhor: “Esquecendo-me das cousas que para trás ficam”.
2) Respostas aos imperativos bíblicos: “Sede vos...”

“Sede vós” Eu sou

Não é fácil!
“...é a perfeita retidão dessa Lei, a mostrar-nos quão perversos nós somos”. Rm.3.20b

Os tipos de estratégias mais prováveis


Deus possui uma estratégia! Qual a sua?
A. Alvos de Vida: pressupõe que Deus quer que façamos declarações de fé (alvos) acerca
do futuro.
B. Caminhando: pressupõe que Deus quer dirigir os seus em cada detalhe, dia a dia.
C. Combate ao “Incêndio”: pressupõe que devemos “atacar” cada situação que surge à
nossa frente.
D. Solução “Enlatada”: pressupõe que as pessoas têm resposta-padrão aos problemas que
vão surgindo.

3.2 Os tipos de (e relações entre) alvos.


A. Precisamos reconhecer a interdependência dos alvos:
1) Propósitos (ou alvo final).
2) “Primário”
3) “Secundário”
4) “Sustentação”
O alvo secundário de uma pessoa poderá ser o alvo primário de outra,e assim por
diante. Os alvos de sustentação poderão escorar vários secundários simultaneamente.

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B. Os alvos se inter-relacionam cronologicamente:


1) “imediatos”
2) “médio prazo”
3) “longo prazo”
C. Alvos bons e alvos ruins

“Bons alvos são meus alvos; alvos ruins são seus alvos”. Se você deseja que seus alvos
sejam aceitos pelos outros (família, amigos, colegas), é preciso que estes sejam alvos deles
também. Para que eu tenha um mesmo alvo que você, especialmente quando eu não gosto
dele, é preciso que você o “venda” a mim.
Bons alvos Pessoais são aqueles que você tem prazer em Perseguir tanto quanto em
realizar

D. Alvos SER a alvos FAZER:

1) Alvos do tipo “ser” estão ligados ao nosso íntimo. Estão ligados aos relacionamentos
com outros: retidão, bondade, humildade, longanimidade. Assim sendo, precisamos de
alvos do tipo “fazer”.
2) Alvos do tipo “fazer” são nossas realizações, e resultam daquilo que somos.
3) Na verdade, a maioria dos alvos do tipo “ser” são propósitos. Os alvos do tipo “fazer”,
refletem aquilo que desejamos ser. Nosso desempenho, medido em nossos alvos do
tipo “fazer”, determinam se estamos ou não atingindo nossos propósitos (alvos “ser”).

TESTE SUA COMPREENSÃO

Alvos geralmente se sustentam mutuamente. É freqüente vermos um alvo mais


elevado ser atingido através de alvos inferiores. Abaixo estão afirmações-alvo. Desenhe uma
linha de cada um dos 3 sub-alvos para o alvo principal.

$ suficiente para completar


meu curso em 2003 (poupar)

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Receber meu diploma de


Teologia em dez/2005

Cursar o 3º ano do curso em Obter média 7,5 ou mais em


2003 todos os anos, inclusive 2002

Isto demonstra que alvos são interdependentes.


Alvos estão ligados (deveriam estar!) também aos propósitos. propósitos diferentes e
seis alvos. Relacione-os, como fez acima. Abaixo há dois alvos. Relacione-os como fez
acima.

Empregar meia hora diariamente Brincar uma hora por dia quando elas
ajudando Bruno nos deveres quiserem.
escolares.
Ser bom pai

Fazer o culto doméstico com a Fazer, até a próxima terça-feira, um


família, diariamente ao chegar do plano de leitura do bimestre para
serviço. todas as matérias do curso.
Ter mais
aproveitamento
nos estudos
Estabelecer (hoje) o que fazer em A partir da próxima segunda-feira,
cada período de estudo neste sentar entre as primeiras fileiras das
bimestre. aulas, para ser menos dispersivo.

Para atingirmos certos alvos, é preciso atingir outros primeiro. Abaixo estão quatro
alvos para um jogo de futebol. Qual deve vir primeiro? E depois? Preencha os espaços com os
números apropriados:
1) Fortalecer o meio-campo para segurar o resultado.
2) Ganhar o jogo.
3) Fazer 2 gols até o final do 1º tempo (e não levar nenhum!).
4) Começar na retranca para “chamar” o adversário, explorando o contra-ataque.

QUAL É O PROPÓSITO – E QUAL É O ALVO?

Coisas que quero ser ou fazer Propósito Alvo

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1. Jantar mais vezes com minha família

2. Ler um livro por semana.

3. Participar de menos reuniões.

4. Orar quinze minutos por dia.

5. Ler a Bíblia com mais freqüência.


6. Freqüentar a Escola Dominical e a
Igreja todos os domingos.
7. Aprender mais sobre o
Aconselhamento pessoal.
8. Viajar com a família no mês de
Janeiro.
9. Melhorar meu condicionamento físico.
10. Visitar meus tios no
interior em Julho.
11.Ser uma pessoa mais simpática.
12. Comprar um carro novo até
Dezembro deste próximo ano.
13. Pensar sobre a reforma da
casa.
14. Contribuir com pelo menos
10% da minha renda.
15. Mudar para um bairro mais
próximo da igreja.
16. Terminar meu curso em
Dezembro de 2003.
17.

18.

19.

20.

4.1 Formulação de alvos por escrito

ALVOS PROPÓSITOS
 Estabelecidos em termos de resultados  Estabelecidos em termos de processos ou

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finais. atividades.
 Alcançáveis em um período de tempo  Nunca são perfeitamente alcançáveis; não
definido. são fixadas datas específicas.
 Bem definidos quanto ao que se espera  Vagos com relação ao que se espera deles.
alcançar.  Teóricos ou idealistas.
 Práticos e exeqüíveis.  Muito breves ou indefinidos ou muito
 Declarados com precisão, em termos de longos e complexos.
quantidade e onde são aplicáveis.  Dois ou mais alvos em cada declaração.
 Limitados a um alvo ou declaração
importante.

4.2 Alvos requerem decisões


A. Fixamos alvos no momento em que decidimos fazer alguma coisa, quando optamos
por uma certa alternativa.
B. A maioria de nós toma decisões sem ter consciência disso. Quais as que tomamos
hoje?
1. A que horas levantar.
2. Que fazer primeiro: trocar de roupas ou preparar o quarto para inspeção.
3. Que roupa vestir.
4. O que comer no café da manhã.
5. Em que mesa sentar, ao lado de quem.
C. Precisamos elevar o nível de consciência quando agimos. Assim fazendo, ao
fixarmos alvos ou tomarmos decisões, poderemos sentir a realização disso
proveniente.
D. Temos controle sobre a maioria das nossas decisões.
E. Se nos decidirmos a fixar alvos, podemos fazê-lo.
F. Procure ser “pro-ativo” (um iniciador), em lugar de reativo (aquele que reage em
resposta a algo).
G. Ao tomar uma decisão, compenetre-se nela e orgulhe-se (no bom sentido) da
mesma! É uma sensação sadia.
4.3 A fixação de alvos pessoais é um processo
1. Nós mudamos.
2. Outros mudam.
3. As necessidades mudam.
4. As situações mudam.
H. “Pense em oração”: marque um encontro consigo mesmo (no calendário). Um
dia ou mesmo meio dia em local isolado, agradável e confortável (continua
abaixo).

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I. Passos para fixação dos alvos pessoais.


1. Pense no que você gostaria de ser, estar fazendo (ou de ter feito) daqui a 10
anos – qual seu propósito de vida? Use sua imaginação, como num vôo
sobre o tempo.
2. Com base nisso, pense no que gostaria de ser, estar fazendo (ou ter feito)
daqui a 5 anos. Descreva os alvos necessários para “chegar lá”, nos 10!
3. “Voando” sobre daqui a 5 anos”, olhe para trás. Que medidas ou sob-alvos
teriam sido necessários para você chegar a esse ponto?
4. Estabeleça, agora, alvos práticos, a curto prazo, que poderão conduzir aos
sub-alvos acima.
5. Ponha tudo isso no papel.
6. (Se casado ou noivo), partilhe esses alvos com a “cara-metade” ou “quase”.
Se necessário, faça alterações para que obtenham alvos conjuntos.
7. “Aja como se...”
8. Ore sobre suas “declarações de fé”, verificando assim o que Deus quer que
você faça (Pv 16:1 e 9).
9. Revise tudo periodicamente.

ALVOS

VIDA ESTRATÉGIA PARA PRIORIDADES


A VIDA

PLANEJAMENTO

PARTE 3 - PRIORIDADE

1.1. Para que estabelecer prioridades?

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A. Para selecionar alvos à luz de seus propósitos. é impossível ter prioridades sem alvos
que precisem ser colocados em ordem de importância.
B. Para que sejamos eficazes como servos de Deus, nos ajustando à vontade dEle.

1.2. Prioridades são o resultado de um sistema de valores.


A. Seu sistema de valores reflete seus reais compronnssos na vida (se tomarmos como
ponto de referência o que você está fazendo). “Você é o que faz, não o que pensa ser” -
Brian Hall.
B. O sistema de valores do crente deveria ter suas raÍzes na Palavra de Deus.
C. Já que nosso viver é dinâmico (cheio de mudanças), precisamos de um contínuo
revisar de nossos atos, de maneira a não nos distanciarmos do viver conforme a
Palavra.

3.1 Princípios básicos em prioridades.


A. Há 3 níveis (amplos) de prioridades:

1. Primeiramente, meu compromisso com a pessoa de Cristo.


a. Encontro pessoal com Ele - Jo 1:12; 5:24;
b. O que eu devo ser - At 1:8
c. O que eu devo fazer - Ro 12:1-2

2. Em segundo lugar, meu compromisso como corpo de Cristo (a igreja).


a. Tal relacionamento não nos é opcional. Somos “presos” uns aos outros. Nossa medida de
desempenho é o amor mútuo - Jo 13:34-35; 11:21: I Jo 3:23.
b. O que eu devo ser: alguém que ama.
c. O que eu devo fazer: viver cristianismo prático.

3. Em terceiro lugar, meu compromisso com a obra (ministério) de Deus.


a. o lugar de cada um na obra - Rm 12:6-8; I Co 12:28; Ef 4:11.
b. O que eu devo ser: Bom mordomo, bem casado, disciplinado, organizado
c. O que eu devo fazer - ter prioridades em ordem.

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4. Em último lugar, todas as demais atividades da vida (partindo do mais específico e


relevante).
3.2 Como então consigo trabalhar?
A. Tendo o compromisso com Cristo como o alicerce.
B. Construindo em cima desse alicerce o meu compromisso com o Corpo.
C. Edificando sobre esse segundo compromisso, o compromisso da obra de Cristo.

Prioridade não inclui o fator escolha. Não é correto o crente parar na prioridade
número 1 ou mesmo na número 2. Todas as 3 são necessárias o tempo.

4.1 Pressupostos no planejamento de prioridades.


Ao estabelecermos nossas prioridades, precisamos ter em vista que estamos lidando
com o todo de nosso ser (fisico, itelectual, social e espiritual). Administração do tempo sem
levar isso em conta, é “capenga”.
A. História (nosso passado)
B. Situação (nosso presente)
C. Compromisso (e obrigações para com terceiros)
D. Alvos (nosso futuro)

4.2 Prioridades relacionadas ao tempo.


Supondo que tenhamos compreendido quem somos e quais os nossos compromissos,
agora estamos prontos para atribuir prioridades aos nossos alvos.
Imagine-se diante de um calendário em branco. Estabeleça um (ou mais) alvo(s) para
cada um dos níveis de prioridades: marque-os no calendário!
Procure estabelecer alvos primários, secundários e de sustentação, em cada uma dessas
áreas.
Descubra alvos imediatos a curto prazo, a longo prazo e finais em cada uma dessas
áreas.
Quais seriam os compromissos de tempo, se resolvermos seguir os 3 níveis de
prioridade, conforme a Bíblia os coloca? Ef5:15-6:9; Co13: 16-4:1,5.

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A. Compromisso com Deus, em Cristo.


1. Tempo com Deus - Comunhão consciente, através da confissão, do louvor, da oração e da
Palavra - Mc 1:35.
B. Compromisso com o Corpo de Cristo.
Se casado, separe momentos para estar com esposa e filhos, para conversar e
descontrair. Pense em atividades para o fortalecimento do casamento, do lar, para tomar
esposa e filhos pessoas mais eficazes - Gn 2:24.

2. Tempo com você mesmo - (com hora marcada!) - Os momentos visando descontração, a
abertura de válvulas de escape das pressões.
Passamos muito tempo em alvos que nos desgastam; quanto tempo temos para nos recompor?

3. Tempo programado em calendário par o Corpo


Para discipular, compartilhar, orar, estudar, louvar.
a. Com a igreja local.
b. Com grupos (igreja “celular”).
c. Casais (para quem for casado).
d. Com indivíduos (homem/homem e mulher/mulher).

Reconheça e aceite as diferenças que tornam o Corpo algo tão maravilhoso.

4. Tempo (não programado) para terceiros.


Quando você está à disposição dos alvos dos outros.
Se você der exclusividade "de tempo a seus afazeres, não só perderá oportunidades
inesperadas para auxiliar terceiros, como também será, de contínuo, impelido por exigências
de terceiros, o que poderá constituir pressão quase insuportável.

5. Tempo para planejar.


Estes são os momentos que você reserva para comparar seu progresso com os alvos
fIxados, reformulando os alvos (ou estabelecendo novos) para um desempenho mais eficaz.
Revisar os compromissos (calendário) com a esposa, é ótima ferramenta para fortalecer a
comunicação.

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ORE ACERCA DO PLANEJAMENTO A SER FEITO.

C. Compromisso com a obra do Corpo.

1. Tempo para o “trabalho” de Deus.


É preciso termos cuidado coma concepção de trabalho relativa ao salário pago.

D. Os demais compromissos que temos porque somos gente (dormir, comer, etc).

5.1. Considerações práticas acerca de prioridades.


Suponhamos que você tenha elaborado seus alvos, e a lista é grande. Como escolher a
“prioridade entre as prioridades”? Trata-se de escolher entre alvos.

A. Todas as questões ligadas a prioridades são, primeiramente, questões de "quando". As


sugestões a seguir não são uma fórmula infalível, mas um simples reunir de idéias. Faça sua
opção pelo futuro. O passado não requer o estabelecimento de prioridades.
C. Qual a urgência? Quando deve ser feito?
1. Agora?
2. Hoje?
3. Em breve?
4. Algum dia?
D. Qual a importância disto? Que peso tem em minha escala de valores?
1. Muito?
2. Razoável?
3. Pouco?

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O QUE DESEJO QUE COMO SABEREI QUE HORAS


ACONTEÇA? ACONTECEU? NECESSÁRIAS
(REALIZAÇÃO) (MENSURABILIDADE) POR SEMANA

Tempo com Deus

Tempo com minha família

Tempo para mim

Tempo com o Corpo


(planejado)

Tempo para outras pessoas


(planejado)

Tempo para planejamento

Tempo para a Obra de Cristo

(O urgente raramente é importante!)

URGENTE IMPORTANTE

E. Com que freqüência deve ser feito?


1. Diariamente?
2. Semanalmente?
3. Ocasionalmente?
4. Raramente?

F. Pode outra pessoa fazê-lo de maneira mais eficaz do que eu?


1. Não
2. Talvez
3. Sim

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GOSTO DE FAZÊ-LO OUTRO FARIA MELHOR

G. Faz parte de uma tarefa maior com a qual estou comprometido?


H. O que acontecerá se não for feito?
1. Caos?
2. Gerará problemas?
3. Criará dificuldades?
4. Nada?

I. Esta é a melhor forma de fazê-lo?


5.2. Como estabelecer prioridades?
a) Aliste todos os seus alvos.
b) Certifique-se de que cada um é exeqüível e mensurável.
c) Analise “o por quê” de cada um. “este alvo vem de encontro a qual necessidade?”
Elimine os que não são coerentes com sua escala de valores e que não tenham base cristã.
d) Aperceba-se de quais constituem:
1) Relacionamentos – as que estão ligadas ao relacionamento com Deus.
e) Com base em seu sistema de valores:
1. Divida a lista em:
A) Precisa ser feito. É de grande valor (muito importante).
B) Deveria ser feito. É de valor razoável (alguma importância).
C) Poderia ser feito. É de pouco valor (pouca importância).

2. Corra sua lista de cima a baixo e selecione somente os itens “A”. Repita o
processo, selecionando os “C”. o que sobrar é “B”.

3. Se acabar com muitos “A”, repita o processo, utilizando “Aa, Ab, Ac”.

4. Não é imperativo ter somente 1 alvo mais importante, ou todos classificados.


Muitos terão valor igual ou quase.

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ESTABELECENDO PRIORIDADES – EXERCÍCIO

Prioridade
ALVOS PESSOAIS
1 2
1. Levar a família para jantar fora toda quarta-feira
2. Ler um livro por semana
3. Fazer parte de três grupos na igreja
4. Orar 15 minutos por dia
5. Ler a Bíblia 15 minutos por dia
6. Freqüentar a Escola Dominical e o Culto todos os domingos
7. Assistir a uma aula de aconselhamento no próximo trimestre
8. Aprender a velejar até o fim deste verão
9. Fazer 10 aulas de tênis antes do dia 30 de novembro
10. Viajar para Terra Santa no próximo verão
11. Motivar pelo menos uma pessoa por dia
12. Ganhar R$ .......... por ano até o final do próximo ano
13. Comprar um carro mais novo no mês de dezembro
14. Contribuir com pelo menos 10% de minha renda
15. Construir uma casa antes de .........

ALVOS

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VIDA ESTRATÉGIA PARA PRIORIDADES


A VIDA

PLANEJAMENTO

A
V
A ALVOS S
L O
I PRIORIDADES N
A H
Ç PLANEJAMENTO O
Ã
O

VIDA

PARTE 4 – PLANEJAMENTO

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1.1. A necessidade de planejar


A. Não se trata de escolher entre planejar ou não. Não fazer planos constitui, em si, um
plano! Estamos sempre fazendo planos para os alvos de “necessidade declarada”.
Trata-se, portanto, de escolher entre dar rumo a nosso futuro (ter propósito) ou
simplesmente “deixar como está para ver como é que fica”.
Precisamos arcar com a responsabilidade de decidir o que seremos e, portanto,
planejar: o que preciso fazer?
“...E começai uma vida nova como homem, que precisa saber como deve agir segundo
o plano de Deus”. Cl 3:10 – Carta às Igrejas Novas.
B. Planejamento poupa tempo.

Tempo Total
TEMPO DE
TEMPO DE TRABALHO
PLANEJAMENTO

TEMPO DE TEMPO DE
PLANEJAMENTO TRABALHO
Tempo Total

2.1. Definições de “planejamento”.


A. Planejamento é procurar descobrir como atingir (realizar) alvos propostos.
B. Planejamento é deslocar-se de AGORA para ENTÃO, de “a maneira em que as coisas
se encontram”, para “a maneira como quero que elas sejam”.
C. Planejamento é a procura de soluções alternativas (mais favoráveis).
3.1. Como planejar (planejamento pessoal)
A. Formule o alvo. Imagine a situação como gostaria que fosse.
Se necessário, subdivida-a (em sub-alvos e trabalhe neles).
B. Descreva a situação presente.
 Aliste os aspectos negativos, que atrapalham o caminhar em direção ao alvo.
C. Enumere (por escrito) cada passo necessário para a consecução do alvo, partindo da
situação presente.
Colocar-se no passado pode ajudar bastante: “O que precisaria acontecer antes de
alcançar o alvo?”.

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D. Enumere os recursos necessários:


E. Estabeleça uma “data-limite” para cada passo (alvo).
F. Se não for funcionar, planeje de novo!
G. Admita que você vive num processo em que procura se deslocar do presente para o
futuro. Não há como parar tudo e começar de novo. Você é responsável por seus
compromissos presentes.

PRESENTE FUTURO

ALVOS

VIDA ESTRATÉGIA PARA PRIORIDADES


A VIDA

PLANEJAMENTO

PARTE 5 – VIDA

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1.1. Projetando uma nova vida


A esta altura você já “fantasiou em oração”, ou pelo menos, e estipulou alvos para o
futuro. Precisa agora voltar ao presente, como demonstra a ilustração abaixo, e agir.

AGORA ENTÃO

IMPORTANTE: não queremos padronizar a conduta de pessoas que têm uma identidade
individual (é exatamente isso que dá dinâmica ao Corpo de Cristo), pois cada um tem sua
contribuição a prestar. Veja, portanto, no que as listas aqui utilizadas o ajudam, e utilize-as
somente na medida em que são relevantes. Crie suas próprias listas de avaliação, se achar
melhor.
Tendo verificado e analisado onde você se encontra, com o que você está comprometido,
recomece o processo, revisando sua linha de alvos.
É aqui que FECHAMOS O CÍRCULO, e RECOMEÇAMOS: alvos, prioridades,
planejamento, vida.

2.1. Pondo a nova vida para funcionar


Há duas formas de se reagir a qualquer matéria prática como esta: aplicá-la ou não.
Não importa o quanto gostemos disto que acabamos de estudar: se não começarmos
AGORA, o mais provável é que tudo não passe de uma apostila que estudamos, e que venha
engrossar nosso arquivo de matérias estudadas.
E para que isto não aconteça, vamos usar os próximos 10 minutos “Projetando uma
Nova Vida” (faça o “exercício-compromisso” da página seguinte). Precisamos estabelecer
alvos para ter alvos!
O processo não será rápido, talvez leve semanas (ou até meses) para completar o
círculo: alvos – prioridades – planejamento – vida. Não se preocupe, vá em frente, marcando
no calendário (ou agenda), e CUMPPRINDO. Isso já constituirá a motivação necessária para
continuar.
Não tenha receio se tudo parece muito mecânico. À medida que o mundo se mecaniza,
nossa tendência (reação) é nos tornarmos avessos a tudo que é metediço, mecânico. Qual de
nós, porém, não quer ter a certeza que, ao entrarmos num avião da Ponte Aérea, o piloto
“checará” todos os instrumentos antes de voar?

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EXERCÍCIOS DE COMPROMISSO

Farei nesta
PROJETANDO UMA NOVA VIDA Feito em:
semana:
1. Passarei horas sozinho, pensando sobre os alvos que desejo
para a minha vida e escrevendo quatro alvos a curto-prazo e
quatro a longo-prazo.

2. Passarei meia hora fazendo uma lista de todos os


compromissos tomados por mim e/ ou minha família.

3. Durante uma semana vou tomar nota de tudo o que faço, em


espaços de tempo de 15 minutos cada.

4. Passarei meia hora revisando minha agenda do mês


passado.

5. Vou revisar meus alvos de vida à luz desta análise e


escrever novos alvos.

6. Farei um trato com o Senhor, comigo mesmo, minha esposa


e meu amigo mais chegado, no sentido de tomar as
providências necessárias, entrando em ação.

7. Tomarei minha primeira decisão para avançar em direção


ao alvo do meu plano de vida.

1.3 Entendendo o funcionamento da nova vida

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A esta altura, é de suma importância recapitular e entender o funcionamento de uma


“nova vida”, ou seja, aquela que segue a estratégia: alvos – prioridades – planejamento – vida.
Sempre que falamos em administração do tempo, ou de nossa vida, a primeira coisa a
termos em mente é (são) o (s) propósito (s) de nossa existência (veja a ilustração no diagrama
da página seguinte – Elementos básicos da Administração do seu Tempo).
A. Como crentes, nos submetemos à vontade de Deus: “via” Bíblia, pais, oração, paz no
coração, conselhos através do Corpo. Assim aprendemos a discernir qual (is) o (s)
propósito (s) de nossa vida.
B. Aqui entram nossos Alvos de Vida, que são sustentados pelos...
C. Alvos Pessoais Imediatos. Para ver os Alvos Pessoais Imediatos funcionando, é
preciso planejarmos...
D. Os Passos para o Alvo. Basicamente, levando em conta as forças negativas (tudo o que
atrapalha a alcançar determinado alvo), estabelecemos o nosso caminhar para
atingirmos determinado alvo. Isso nos traz até...
E. O nosso dia-a-dia. “O que faço hoje?” Essa pergunta Será respondida com a ajuda de
planejamento “via” agendas ou calendários, horários e, principalmente a lista diária de
“coisas a fazer”.
Mas o que ocorre quando passamos a viver?
F. Acordamos, apanhamos a lista de “coisas a fazer”, aí aparecem novos dados, além de
circunstâncias não previsíveis e tudo nos leva a efetuar alguma mudança de calendário
(agenda), que pode levar a uma mudança nos planos e que pode até conduzir a uma
modificação de algum Alvo Pessoal Imediato. Esperamos que não chegue a conduzir a
uma mudança de Alvos de Vida, que, diga-se de passagem, não é impossível.

A verdade é que você PENSA no processo de cima para baixo e passa a VIVÊ-LO de
baixo para cima.

1. Ferramentas para Administração do Tempo


Quaisquer instrumentos, quaisquer ferramentas só serão eficazes se soubermos quais e
quando usá-los. O uso indiscriminado poderá até ser eficiente, mas será ineficaz.
Uma boa ilustração disto pode estar em provérbios populares verdadeiros, mas que
precisam ser devidamente aplicados:
“Mais vale previnir do que remediar”

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MAS
“A pressa é inimiga da perfeição”

O que fazer então? Depende!


O importante é saber relacionar os alvos que não estão ligados a propósitos de vida.

2. Estabeleça alvos/prioridades
Sem dúvida, uma das ferramentas mais funcionais e preciosas para a vida. É o começo
obrigatório!

A. Três formas de uso mais eficaz do tempo:


1. Elimine o que você não deveria estar fazendo.
2. Faça o que você deveria estar fazendo, com mais eficácia e eficiência.
3. Faça as coisas mais importantes primeiro.

B. Estabeleça alvos. Descreva o que você quer (claramente), e estabeleça os passos para
atingir o alvo.
Trabalhe em seus alvos de prioridade máxima
1. Comece pelas tarefas emocionalmente árduas (para que saiam logo de sua mente), ou
2. Se tiver muito trabalho (que exija criatividade) a fazer, faça primeiro algumas tarefas mais
fáceis.
3. Adie (c/ data) ou reprograme tudo que puder. Talvez não precise fazê-lo!

3. Planeje - nada é mais importante!


Deixar de planejar é “planejar fracasso”.
A. “Planeje a execução de urna tarefa e ela, de início, estará 50% feita”. H. Kaiser.
B. “Qual é o melhor que posso fazer do meu tempo agora?” A. Lakein.
C. Lembre-se: não é o que você faz que conta, mas quanto você consegue realizar!
D. Comunique seus planos (p/ o ano, semestre) visivelmente: utilize gráficos, fluxogramas,
calendários, etc.
E. Tenha planos alternativos. Saiba reconhecer quando um plano não é mais o melhor. Faça os
planos existirem em sua função, e não você em função dos planos.

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F. Estabeleça blocos de tempo para revisão (a sós e com terceiros), verificando se há


necessidade de troca de planos, passos, etc. Inclua tempo para ouvir terceiros, analisar e
compreender suas necessidades.

4. Programe seu tempo, via agenda/ calendário.

Não se aperte! Não programe o trabalho de uma hora para ser feito em uma hora.
Normalmente leva duas!
A. Anualmente - Se for possível ter um calendário do ano todo numa só folha com
resumo de seus compromissos, isso ajudará em muito para urna visão geral.
Utilizando o mesmo sistema com o ano seguinte, você não será pego de Surpresa no
mês de Dezembro (com atividades e compromissos de Janeiro e Fevereiro).
B. Mensalmente - Calendários mensais são bons especialmente para mostrar os
compromissos não rotineiros.
C. Diariamente - Alguns julgam isto dispensável (em especial, os com “memória
fotográfica”) - extremamente útil para a maioria.
D. Crie “dia-padrão”, “semana padrão”. Uma “semana-padrão” ajudará a dar a
terceiros uma visão de seu horário e como essas pessoas podem se relacionar com você.
E. Faça uma lista diária de “coisas a fazer”, estabelecendo nela as prioritárias (ver
página seguinte).

1. Prepare-se antes de “encerrar o expediente”


a. estabeleça prioridades.
b. agrupe atividades similares onde for possível (telefonemas, correspondências).

2. Evite sistema muito elaborado.


IMPORTANTE: Não estamos, com o exposto até aqui, nos colocando em primeiro lugar.
Estamos sim, nos encaixando num plano maior. Por exemplo: quando falamos em
compromisso com o Corpo, não podemos excluir tudo o que não seja nossa família imediata.
Deus nos chamou para uma vida em Corpo, em comunidade. Estamos no mundo, mas não
somos dele – somos dEle, vivemos em função do Corpo. Verificar Ef 4: 11-12, 15-16.

F. Reconheça que há períodos de tempo sobre os quais não temos qualquer controle:

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1. Tempo de Superiores;
2. Tempo para as emergências.

Por isso planeje tempo para “tirar o atraso”.


G. Tempo criativo

Não podemos, forçosamente, determinar quando “experimentamos” criatividade.


Podemos, entretanto, aprimorar o produto de nossa criatividade (planos, escrever, novos
conceitos, sermões, etc.), programando algum tempo para o processo criativo.

5. Reprograme seu tempo


Pelas constantes interrupções, pelas necessidades de terceiros que precisam ser
satisfeitas de imediato, reprograme o que você foi obrigado a adiar.
As “ferramentas” alistadas a seguir não serão abordadas em aula. Trata-se de um
apêndice de Administração de Tempo, daí a forma diversa do restante da matéria.

6. Relatórios
Projeta-se visando o futuro, não como mera prestação de contas do passado.
A. Que decisão você gostaria de ver seu superior tomando?
B. Quais os problemas que você antevê?
C. Quais seus planos para a próxima etapa?
D. O que aconteceu na última etapa?

7. Sistemas de memórias - escreva-os!

A. Elabore um sistema que lhe permita armazenar informações acerca de pessoas e de “coisas
a fazer”, quanto ao futuro, desembaraçando-se assim do esforço desnecessário de ter tudo na
mente.
1. Carregue (na agenda, no bolso) um bloquinho de papel, ou pequenos cartões, por de
quer que você vá.
2. Mantenha-os à mão, arquivados por ordem de data (tarefas a fazer, encontros, coisas
a cobrar, etc.). Revise-os diariamente (ao iniciar o dia é o mais indicado) e aja de
acordo com as necessidades.

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3. Faça uso de calendários de bolso, com os recursos para as medidas acima. Dois
deles (Day – Timers e Seven Star) existem no exterior – desconhecemos similares
nacionais.
4. Anotações para terceiros. Anote sempre que se lembrar de sugestões, etc.
5. Bons sistemas de arquivo. O propósito de um arquivo é existir para que algo seja
localizado para utilização, não para ser um “guarda trabalhos”.
6. Arquivo de pendentes: marque na agenda as datas para rever correspondência ou
outras pendências.

8. Sistemas de “cobrança” (follow-up)


A. Ser responsável (prestar contas) e fazer com que outros o sejam (prestarem contas)
é uma forma de economizar tampo. Isso elimina o adiamento.
B. Projete o sistema de “cobrança” com as pessoas com quem você está estabelecendo
alvos e efetuando o planejamento. Lembre-se: “Bons alvos são meus alvos; alvos ruins
são seus alvos”.
C. Assegure-se se que você tem "pontos de checagem" em quantidade (e qualidade)
suficiente, de forma a manter-se acima dos problemas, e decida deve ser feito até que
datas.
D. Utilize-se do encorajamento ao grupo, para manter a cada um acima “da tona”.
Faça isso solicitando-lhes relatórios de “cobrança”.

9. Reuniões
A. Formais
Literalmente, gastamos horas preciosas em reuniões. Por que não planejá-las?
1. Estabeleça propósitos (alvos) a longo e curto prazos. Por quê? Qual a razão de ser
da reunião? Deixe isso claro antes que ela comece, após ter colhido os dados, os elementos
necessários à sua realização.
2. Prepare uma agenda, designando o tempo para tratar dos assuntos envolvidos.
Distribua-a com antecedência aos participantes, utilizando-se bem disso para conduzir
a reunião de encontro a seu fim.
3. Esteja preparado!
4. Convoque as pessoas certas.
5. Comece na hora marcada - mesmo que tenha que começá-la sozinho!!

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6. Criem o ambiente e anuncie a razão de ser da reunião.


7. Explique seu objetivo e certifique-se de que todos compreendem claramente o tipo
de reunião que é:
a. para comunicar ou informar.
b. para obter apoio para uma decisão já tomada.
c. para debater e/ou resolver um problema.
8. Identifique os parâmetros da reunião, inclusive seu tempo de duração.
9. Leve em consideração as necessidades dos participantes. Grupos de pessoas
desconhecidas ou que se reúnam esporadicamente precisam de oportunidade para o
conhecimento mútuo, e isso é parte integrante da reunião!
10. Resuma recapitulando o básico da reunião, quando estiver próxima a hora de
encerramento.
11. Verbalize os resultados.
12. Cite alvos e procedimentos necessários para a próxima reunião.
13. Encerre na hora marcada.
14. Se sua presença não for absolutamente necessária, não vá! Comunique seu parecer
às pessoas certas, e deixe que elas lhe representem.

B. Informais ou pessoais
1. Peça sempre que haja antecedência ao convocá-las.
2. Cheguem a um acordo acerca de quanto tempo precisam ou querem “gastar” com o
assunto.
3. Formule uma agenda informal no princípio da reunião. Defina (em conjunto com demais
participantes) quais as decisões necessárias.
4. Encerre, afirmando o que ficou acertado, e definindo os próximos passos (ações)
necessários e quem os tomará.

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PLANO DE REUNIÃO

DATA: ________________________

PROPÓSITO
Curto Prazo

Longo Prazo

PROCEDIMENTO
Métodos

Ferramentas

PESSOAS
Fazendo Apresentação

Participando

PROGRAMA
Horário

Local

PROPÓSITO
Avaliação

Da próxima vez...

5. Comissões
A. Evite fazer parte de comissões permanentes. Procure, em lugar disso, empregar uma
força-tarefa, com data de conclusão do projeto.
B. Seja claro em seus alvos!
C. Identifique e reconheça o projeto feito.
D. Onde viáveis, estabeleça datas de dissolução.
E. Convide as pessoas indicadas.

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6. Interrupções
A. Se trabalhando com subalternos, proteja-se com “pontos de parada obrigatória” ou
“filtros contra interrupções desnecessárias”. Comunique aos subalternos as instruções
adequadas nesse sentido.
B. Ao planejar, lembre-se de que já o inesperado. Evite estar com o horário muito cheio
ou carregado de compromissos.
C. Separe tempo para contatos de retorno (via telefone ou pessoalmente, quando você não
pode atender quando solicitado).
D. Separe tempo em que você pode ser interrompido, momentos em que você está à
disposição.
E. Certifique-se de os outros conhecem seu estilo de trabalho, de forma a não se
melindrarem se você não estiver disponível quando procurarem.
F. Se o trabalho incluir concurso de voluntários, treine-os a lidarem com a primeira
triagem, seja por telefone, seja pessoalmente.

7. Interrupções inesperadas ou fora de controle.


A. Indique, no princípio da “conversa”, o tempo que você dispõe.
B. Ao se aproximar do tempo designado para a conversa, comece a recapitular e concluir o
assunto.
C. Se necessário, indique que terminou o tempo disponível (ficando em pé para despedir-se,
etc.).

8. Locomoção
A. Transporte próprio (automóvel).
Tenha um toca-fitas ou gravador "K- 7".
Para ouvir fitas que você não ouviria por falta de tempo.
Estudar para sermões, pesquisa para estudo pessoal na Bíblia, etc., gravados
por terceiros.
(No caso de gravador com microfone) Estando numa viagem ou percurso
longo, pense em idéias e grave-as, para análise posterior.

Ao parar num sinal vermelho ou engarrafamento de trânsito, em lugar de se enervar,


Interceda por alguém ou medite num versículo. É boa mordomia de tempo e de mente.

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B. Transporte público
Dependendo da cidade onde você se encontra, o transporte público é barato e mais
prático.
Aproveite o tempo para ler.
Aproveite o tempo para travar contatos evangelísticos (folheto, informal", etc.)...

9. Viagens
A. Combine tantas quanto for possível.
B. Estabeleça algum alvo e tenha uma agenda para a viagem.
1. Que contatos de amizade, comunhão ou negócios podem também ser feitos, além da
finalidade básica da viagem?
2. Que contatos (ligados à finalidade básica da viagem) podem ser efetuados com
antecedência?
C. Crie sua "lista de verificação" (itens a levar, providências a tomar, etc..) que sirva como
padrão para qualquer viagem.
D. Planeje a leitura a ser feita durante a viagem. Viagens em ministério (série de conferências,
estágios do SBPV, etc.) podem propiciar bons blocos de tempo que não existirão em outras
situações normais da vida.
E. Leve sempre alguns envelopes já selados para facilitar notícias para casa ou mesmo o
adiantamento de correspondência regular, aproveitando o tempo “ocioso”.

15. Aprendizagem! reciclagem.


A. Selecione publicações de seu interesse, e desfaça-se do restante. Atenha-se ao que visa
aprofundamento de seus conhecimentos.
B. Faça um planejamento de leitura. Seja criterioso no selecionar as leituras.
C. Planeje participar de seminários ou cursos de pequena duração anualmente. Mude de
ambiente para que o aprendizado seja mais produtivo. Seja criativo ao selecioná-los, além de
criterioso (curso de leitura dinâmica, aconselhamento, pregação expositiva, liderança, etc.).

10. Ambiente.
A. Saia de seu ambiente normal de trabalho para efetuar trabalhos que envolvem criatividade:
a sós e em grupo.

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B. Faça o que for possível (e viável) para reduzir o nível de barulho (ruído) no ambiente de
trabalho.

11. Escolhendo o momento certo.


Uma boa idéia só será útil se apresentada na hora apropriada.
Não há maior frustração do que uma pessoa cheia de boas idéias e sugestões criativas
que ela (ou a organização) não pode implementar por problemas financeiros ou por falta do
tempo necessário ao empreendimento.
Pense antes de agir! Sua sugestão (ou ação) será:
 Compreendida agora?
 Útil, no momento?
 Aceita de imediato?
 Se não, quando?

12. Obtenha tempo qualitativo


A. Certifique-se de há tempo necessário para realizar o que é esperado, o que precisa
ser feito.
B. Procure certificar-se de que você está “a salvo” de interrupções. Meia hora de
tempo de boa qualidade (sem interrupções e distrações), vale por duas horas cheias de
interrupções.
C. Concentre-se no alvo do momento (particularmente importante quando se trata de
relacionamento humano).
D. Faça uso de blocos de tempo para o trabalho criativo ou tempo para a família, em
lugar de pequenos (e ineficazes) períodos de tempo.

13. Condições físicas.


Conheça suas condições físicas. Faça os exercícios de que precisa, obtenha a
descontração (higiene mental, relaxamento muscular) necessária a seu bem-estar. A longo
prazo, além de lha fazer bem, será fator seguro de economia de tempo. Correr regularmente,
exercícios básico (tipo “Força Aérea Canadense”) devem fazer parte de seus alvos.
Convide amigos, colegas para exercitarem-se com você. Ajude-se a si mesmo a manter
a forma, colocando-se sob “regime de prestação de contas a um amigo”.

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14. Relacionamento humano.


Administração está ligada a coisas, mas sempre tem ligação com pessoas. Sua maneira
de encarar as pessoas e seu amor por elas demonstrado servirá como “fator de remoção de
obstáculos”, e será o mais eficaz dentre todos os dispositivos para economizar tempo.

15. Conheça-se a si mesmo, sua potencialidade, suas limitações.


Descubra o seu “estilo” e ponha-o para funcionar. Aceite-se como você é e com o(s)
dom(ns) que Deus lhe deu, fazendo uso deles(s). Certifique-se de que seu “estilo” e seus alvos
coadunam. Demonstre seu “estilo” aos outros, através da manifestação de seus alvos.
A. Avalie as pressões que estão sobre seus ombros e procure aliviar-se delas. Pessoas
cansadas não são eficazes.
B. Mantenha suas prioridades ma perspectiva adequada. Procure eliminar aquilo que
não se relaciona com seus alvos.

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PARTE 6 – ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

I. ADMINISTRAÇÃO MINISTERIAL

1. Quem sou?
 Diante de Deus – 1 Co.4:1-3; Ep. Pastorais
 Diante do País (Vide Adm. Legal)
 Diante da Igreja/Denominação

2. O que devo fazer? (Expectativa, dever)


 O que Deus espera de mim? Ep. Pastorais.
a. Liderança.
b. Ensino.
c. Pastoreio.

 O que o povo espera de mim?


 O que eu espero de mim?

3. Quanto tempo tenho?

 É um trabalho a curto prazo?


 É um trabalho a longo prazo?
 É início do ministério?

4. Quais os recursos que tenho? (Possibilidades e Limitações)


 Pessoal – Ef 4:1-15
 Estrutura física
 Recursos financeiros

II. ADMINISTRAÇÃO NO TRABALHO

O que o Pastor tem que fazer?

1. Pastor trabalha (O que isto significa?)


 Fama e exemplos do passado
 Tentações (Ausência de “chefe")
 Trabalhar além

2. O que o Pastor geralmente faz?


 Defina: Bíblia (1,2, Tm e Tt), descrição de função.
 Estudo
 Ensino
 Oração
 Aconselharnento
 Visitas

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 Planejamentos Programas
 Liderança
 Reuniões
 Expectativa
 Relatório atividade ministerial
 Avaliação

3. Como Administrar este trabalho?


A. Sistema de arrecadação de dados:
 Agenda
 Arquivo

B. Planejar com eficiência:


 Agenda
 Semana padrão
 Descrições de funções

D. Avalie com freqüência:


 Sistema de verificação de horas trabalhadas
 Sistema de verificação de descrição de funções

III. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA

INTRODUÇÃO:
Programa é tudo aquilo que acontece na Igreja.
Programa planejado
Programa não planejado (Porque estamos fazendo isto?)

Aplicando a estratégia de vida à Igreja:


Programas que constroem os alvos que constroem o objetivo da Igreja
Programas que se complementam

l. PROGRAME CONFORME O ALVO


 Plano de eventos especiais (Anual) – Preparação–Evento–Digestão
 Plano de currículo (Anual) – Equilíbrio (Bíblia-doutrina-vida-treinamento)
Planejamento e sensibilidade - Equilíbrio entre culto, EBD e atividades semanais.
 Plano mensal (dar a Igreja)

Eventos- Aniversariantes (Informar/motivar)


 Plano semanal (pessoal) -Agenda- Organizar

2. SICRONIZE OS PROGRAMAS
 Todos os programas estão levando a Igreja para o mesmo ponto?
o Tipos diferentes de reunião
o Assuntos diferentes porém cooperadores
o Programas que apontam para o propósito da Igreja

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 Todos os departamentos têm o mesmo alvo primário?


o Treine
o Verifique
o As partes estão apontando para o mesmo alvo? . O programa geral está
equilibrado?
o Célula (família)- tenho uma família (P) . EBD (aprender) - Ministério (M)
o Celebração - adorador(G)

2. SUGESTÃO DE PROGRAMA (Exemplos)


 Festas bíblicas
 Adoração
 Ceifa
 Ensino
 Refeições
 Missão
 Comunhão

IV. ADMNISTRAÇÃO LEGAL

1. Quem é o Pastor diante do País? (Constituição, Receita Federal)


 Direitos
 Deveres

2. Quem é a Igreja diante do País?


 Direitos
 Deveres

3. Quem é o Pastor diante da Igreja/Denominação (Constituição/ Regime interno).

4. Quem é a Igreja diante da Igreja/Denominação (Estatuto/ Regime interno).

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LEGISLACÃO

CONSTITUICÃO FEDERAL
Artigo 5°- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício


dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis
e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Artigo 19- É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público;

Artigo 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, ao Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto.

# 4°-As vedações expressas no inciso VJ; alineas "b e c, compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.

Artigo 210 - Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais artísticos, nacionais e
regionais..
#10. - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Artigo 406 - A testemunha não é obrigada a depor de fatos:
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.

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CÓDIGO PENAL
Artigo 208 - Escarnecer de alguém publicamente. por motivo de crença ou função religiosa;
impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato
ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo
da correspondente à violência. (grifos nossos)

CÓDIGO CIVIL
Art. 14 - São pessoas jurídicas de direito privado:
I-As sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias as associações de
utilidade pública e as fundações.
II-As sociedades mercantis.
III-Os partidos políticos. (Inciso acrescentado pela Lei no 9.096, 19.09.95).
§ 1°, As sociedades mencionadas no no 1 só se poderão constituir por escrito, lançado no
registro geral (art. 20,
§ 2º. e reger-se-ão pelo disposto a seu respeito neste Código, Parte Especial.
§ JO. As sociedades mercantis continuarão a reger-se pelo estatuído nas leis comerciais.
§ 3°. Os partidos políticos reger-se-ão pelo disposto, no que lhes for aplicável, nos arts. 17 a
22 deste Código e em lei específica. (Parágrafo acrescentado pela Lei n” 9.096, de
19.09.95).

Art. 17. As pessoas jurídicas serão representadas ativa e passivamente, nos atos judiciais e
extra judiciais, por quem os respectivos estatutos designarem, ou não o designando, pelos
seus diretores.

DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

Art. 18. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
dos seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no seu registro peculiar,
regulado por lei especial, ou com a autorização ou aprovação do Governo, quando precisa.
Parágrafo único. Serão averbadas no registro as alterações que estes atos sofrerem.

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DAS SOCIEDADES OU ASSOCIACÕES CIVIS

Art. 20. As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros.
§ 10. Não se poderão constituir, sem prévia autorização, as sociedades, as agências ou os
estabelecimentos de seguros, montepio e caixas econômicas, salvo as cooperativas e os
sindicatos profissionais e agrícolas, legalmente organizados,
Se tiverem de funcionar no Distrito Federal, ou em mais de um Estado, ou em territórios não
constituídos em Estados, a autorização será do Governo Federal; se em um só Estado, do
Governo deste.
§ 220. As sociedades enumeradas no art. 16, que, por falta de autorização ou de registro, se
não reputarem pessoas jurídicas, não poderão acionar a seus membros, nem a terceiros, mas
estes poderão responsabilizá-las por todos os seus atos,

Art. 22. Extinguindo-se uma associação de intuitos não econômicos, cujos estatutos não
disponham quanto ao destino ulterior dos seus bens, e não tendo os sócios adotado a tal
respeito deliberação eficaz devolver-se-á o patrimônio social a um estabelecimento
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. Parágrafo único. Não
havendo no Município ou no Estado, no Distrito Federal ou no território ainda não
constituído em Estado, em que a associação teve a sua sede, estabelecimento nas condições
indicadas, o patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, à do Distrito Federal, ou à da
União. (Redação deste parágrafo de acordo com o Dec. Leg. 3.725/19).

Art. 23. Extinguindo-se uma sociedade de fins econômicos, o remanescente do patrimônio


social compartir-se-à entre sócios ou seus herdeiros.

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REGRAS PARLAMENTARES

I. ASSEMBLÉIA
Uma assembléia é composta, basicamente de uma MESA e da CASA.
MESA:
É composta de Presidente (vice-presidente para substituir), e de uma ou de mais secretárias.
É função da Mesa: Trazer a agenda da reunião, registrar as decisões, por em discussão os
assuntos (ela não discute), presidir, esclarecer, sugerir as soluções, coordenar as votações. A
Mesa deve ser caracterizar pela sua imparcialidade e clareza.
CASA:
A casa é composta de todos os membros da Igreja, presentes à reunião.
A casa obedece a presidência da Mesa se esta for segundo os Estatutos. A Casa discute os
assuntos, propõe as soluções, vota as propostas,e acata o resolvido.

II. A SEQUÊNCIA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE UMA ASSEMBLÉIA:


1. A mesa traz o assunto da Casa.
2. A Mesa põe assunto em discussão.
3. A Mesa acata e anota as propostas feitas pela Casa.
4. As propostas são votadas na ordem inversa.
5. A Mesa registra a decisão.

É fundamental que o membro da Igreja compareça e participe das assembléias.


A Assembléia é a oportunidade efetiva de participação de todos. Esta seqüência é baseada nas
Escrituras e nas leis parlamentares.

III. COMO LAVRAR E APROVAR UMA ATA.


1. O Secretário poderá usar uma folha solta para rascunho, lendo ao [mal da sessão, recebendo
sugestões.
2. A discussão e aprovação só após a lavratura em livro exclusivo.
3. A Ata é apenas o registro fiel das resoluções da assembléia. Deve ser resumida e objetiva,
sem adjetivações ou personalismos.
4. Na redação de uma Ata não deixar espaços em branco.

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5. Todas as Atas devem ser numeradas e assinadas pelo secretário e pelo presidente.
CAPÍTULO PRIMEIRO – Das sessões
Art. 1º. - A convocação para uma assembléia será feita pela Diretoria, por iniciativa própria ou
a pedido de 1/3 dos agremiados (assunto específico). Publica-se 15 dias antes, marcando
local, data e hora; e temário (ordem do dia).
Art. 2º. - À hora determinada o presidente chamará os membros da Diretoria para a mesa. Na
ausência do presidente, o vice assume; na falta deste, o secretário dirigirá a eleição de um
presidente provisório ("ad hoc").
Art. 3º. - Após a composição da mesa, as sessões obedecem ao seguinte roteiro:
a. Verificação do "quorum" (número mínimo de agremiados presentes); i.é, metade mais um
na hora fixada, ou 1/3 meia hora após.
b. Declaração da abertura da sessão.
c. Preparação devocional (dirigido pelo presidente ou convidado dele). d. Leitura e aprovação
da ata anterior (V. anexo) e. Ordem do dia.

CAPÍTULO SEGUNDO – Da presidência


Art. 40. - São deveres do presidente:
a. Conduzir os trabalhos dentre destas regras, com amor cristão.
b. Concede a palavra a quem pedi-la de conformidade com estas regras.
c. Dar atenção à pessoa falando sem interrompê-la, a menos que seja violadas estas regras.
d. Não demonstrar parcialidade por palavras ou gestos.
e. Não falar em nome próprio mas: “a presidência pensa... sugere...”
f. Manter-se sempre visível a todo plenário.
g. Suspender a sessão na impossibilidade de continuação ordeira dos trabalhos; anunciando
data e hora para o seu prosseguimento.

Art. 50. - São direitos do presidente:


a. Pedir ao vice que assuma a presidência, a fim de participar nos debates.
b. Votar no caso de empates ou de todas as vezes que a votação for secreta.
c. Decidir questões de ordem, ou encaminhá-las ao plenário.
d. Nomear comissões criadas pela casa (determinados prazos).

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CAPÍTULO TERCEIRO – Dos agremiados


Art. 6º - São deveres dos agremiados:
a. Pedir a palavra ao presidente para propor ou debater, sempre de pé.
b. Não interromper quem fala, a não ser no caso dos artigos 150. e 190,
c. Acatar as decisões da maioria tomadas por votação.

Art. 7º - São direitos dos agremiados:


a. Solicitar a palavra quando desejar. Vários pedindo, falará pela ordem; o mais distante, o
sexo feminino, ou o mais idoso.
b. Votar e ser votado; reconhecendo-se exceções estatuárias.

CAPÍTULO QUARTO – das propostas


Art 8º - Para uma proposta entrar em discussão, necessita apoio mínimo de dois agremiados
(apoiantes).
Art 9º - A presidência poderá pedir OU o plenário requerer que uma proposta seja
encaminhada por escrito, assinada pelo proponente e apoiantes.
Art 10º - Para retirar uma proposta “sobre a mesa” exige-se o consentimento dos apoiantes;
para retirá-la após entrar em discussão, é indispensável o consentimento da casa.
Art. 11º - Quando uma proposta contém partes, o plenário poderá pedir que seja discutida ou
votada pelos itens.
Art. 12º - Além de emendas, uma proposta pode sofrer a apresentação de uma outra proposta
substitutiva. Vota-se a última antes da primeira.
Art 13º - Quando o assunto exige estudos específicos ou consultas pessoais, o plenário pode
pedir a nomeação de uma comissão especial.
Art. 14º - Quando um assunto for suficientemente discutido, propõe-se “votos” a fim de
encerrar a discussão e proceder-se a votação.
Art. 15º - As palavras “PELA ORDEM” exigem prioridade, chamando a atenção da
presidência para quebra das regras de decoro, ou divagação do orador.
Art. 16º - As propostas são admitidas no curso da discussão, mas não são discutidas: votam-se
imediatamente.
a. concessão da palavra a não agremiado.
b. dividir uma proposta por partes.

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c. encaminhar um assunto a uma comissão.


d. deixar a proposta “sobre a mesa”.
e. prorrogar ou encerrar a sessão.
A reconsideração de uma proposta poderá ser pedida por escrito pela maioria absoluta)
e pelo voto de 2/3 dos presentes.

CAPÍTULO OUINTO - Da discussão


Art. 18º - Se a mesa achar conveniente, poderá encaminhar a discussão em turnos: primeiro os
favoráveis, depois os contrários.
Art. 19º - Os “apartes” são pedidos pelo orador, que pode concedê-los ou não.
Art. 20º - Julgando oportuno, a presidência previamente com o secretário.
Art. 21º- A palavra será concedida a um orador apenas por duas vezes e por tempo
determinado. A presidência anunciará antecipadamente o critério.
Art. 22º - Quando ninguém discute uma proposta, esta é aprovada automaticamente.

CAPÍTULO SEXTO - Da votação


Art. 23º - Nenhuma votação acontecerá sem o “quorum” entrar na área reservada aos votantes.
Iniciada a votação ninguém deverá sair ou entrar na área reservada aos votantes.
Art. 24º - Todo agremiado deve votar. Se os votos em brancos alcançarem a maioria, a
proposta em causa fica “sobre a mesa”.
Art. 25º - Cabe à mesa escolher o processo de votação, a menos que a casa tome deliberação
específica.
Art. 26º - São processo usuais de votação:
a. Pedir aos favoráveis dizer SIM, depois que os contrários digam NÃO.
b. Havendo dúvida, pedir para levantar a mão ou ficar de pé.
c. Em eleições ou assunto grave, escrutínio secreto.
Art. 27º - Para eleições de Diretoria é conveniente a presidência nomear uma Comissão de
Eleição com prazo de 30 dias, para dirigir todo o processo eleitoral. Evidentemente os
componentes devem manter-se neutros.

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V. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

1. Seguir o Estatuto da Igreja.

A. ESTATUTO
A1 - Numa das cláusulas, deverá, constar e estar bem clara, sua fInalidade. Sociedade
Religiosa Autônoma, de Assistência, Beneficência e Educação, sem fins lucrativos. Esta
cláusula, é importante para poder gozar de Isenção de Imposto de Renda.
B2 - Deverá obrigatoriamente constar quem são os representantes legais da Igreja.
(Presidente, Tesoureiro etc.).
B3 - Em Assembléia Ordinária, deverão ser eleitos as pessoas que terão poderes para
representar a Igreja junto a rede bancária, para movimentação de contas em nome da Igreja,
Nome do Presidente
Nome do Primeiro Tesoureiro
Nome do Segundo Tesoureiro
Essas serão as pessoas que farão uso de assinaturas nessas movimentações bancárias,
sempre em conjunto de 2 pessoas.
B4 - Constituição do Conselho Fiscal (3 membros da Igreja), que terão a responsabilidade de
examinar toda documentação e relatórios da Tesouraria, e ainda que deverão dar ser parecer
anual à Igreja, através de Relatórios apresentados à Assembléia Geral.

Outras providências relevantes;

1 - Obtenção do Alvará de Funcionamento junto à Prefeitura de sua cidade.


2 - Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Obs: Toda vez que houver substituição do responsável pela Igreja (presidente), deverá ser
informado à Receita Federal, o nome do novo representante.
3 - Abertura de Conta em Banco, para movimentação financeira. Para abertura de conta
bancária, é necessário a apresentação do Cartão do CNPJ, Cópia do Estatuto, e Ata de
Assembléia que elegeu o Presidente, 10. e 20. Tesoureiro.

4 – ORÇAMENTO ANUAL – Previsão de Entradas e Saídas

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5 – MOVIMENTAÇÃO MENSAL

A - Confecção de envelopes para o recebimento dos Dízimos e Ofertas;


B - Abertura de Livro Caixa para registro analítico dos lançamentos de Dízimos, Ofertas.
C - Abertura de Livro de Contas Correntes para o registro de todas as entradas de forma
sintética, e de todas as saídas de forma analítica.
D - Abertura de Livro para Controle de Movimentação Bancária.
Obs: Todos os pagamentos, se possível, deverão ser efetuados com cheques nominais, sendo
obrigatório todos os comprovantes de pagamento, tais como; Notas Fiscais e Recibos.
E - Mensalmente efetuar os Balancetes detalhados de Entradas e Saídas, QUADROS DE
USOS E FONTES.
Esses relatórios serão emitidos em 4 vias, sendo para;
1 - Controle do Pastor
2 - Arquivo da Tesouraria
3 - Conselho Fiscal
4 - Fixar no Mural da Igreja, para conhecimento de todos os membros.

F - Controle de Assiduidade de Fidelidade de Contribuição, (Dizimistas) Este quadro é


preenchido à partir do Livro de Caixa Analítico.

6 – ANUALMENTE

A - Efetuar o Balancete Anual.


Este Balancete nada mais é do que um condensado dos 12 balancetes mensais.
Este Balancete é o que fornecerá os dados necessários ao preenchimento da
Declaração de Isenção do Imposto de Renda.
B- Efetuar a Declaração de Isenção do Imposto de Renda. Obs: Hoje podemos fazer essa
Declaração via Internet.
Estamos isentos do Imposto de Renda, porém não estamos isentos de apresentar a
Declaração de Isenção.
C - Ao efetuar a entrega da Declaração, recebemos um Protocolo, que deveremos manter, para
apresentação à Receita Federal, sempre que solicitado, ou quando houver necessidade de uma
Certidão Negativa, para fins de transação Imobiliária, ou outro qualquer. Essa Certidão, hoje,
também poderá ser obtida, via Internet.

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D - o prazo legal para entrega da Declaração, é:

7 - NOTA IMPORTANTE
Procurar fazer tudo com a maior clareza possível, procurando ainda cercar-se de toda
documentação, para esclarecimentos de quaisquer dúvidas.
Os Balancetes, deverão ser claros, segundo o padrão do Orçamento Anual,
demonstrando a realidade de todos os gastos e entradas.

VI. ADMINISTRAÇÃO ESTATÍSTICA E ORGANIZACIONAL

1. ESTATÍSTICA - (Quantitativo - Qualitativo 9:31 - Muitiplicação geo.


A . Uso Bíblico - At 1:15 - 120 pessoas 16:5 - Igrejas
At 2: 41-42 - 3.000 pessoas 22:20- Miríades - 10.000
At 4:4 - 5.000 pessoas
At 5:14 - Multidão

B. Valor e perigo - Histórico X Retrato


Termômetro X Escravo de números
Resultado X Motivo

C. Como usar e comunicar –


Estatísticas de : Culto / EBD / Fidelidade / Discipulado / H.S.?

D. Tipos de Estatística - Arrecadação de Dados


Formação do quadro
Análise do quadro
Trabalhar o quadro

2. ORGANOGRAMA

A. Descrição da função / autoridade - (o que faz, a quem responde)

B. Relacionamento entre as funções/autoridade

C. Responsabilidade e Delegação

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