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ANGELOLOGIA
INTRODUÇÃO
Primeiro. Desde a antigüidade, os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl 2:18);
depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos rituais de bruxarias com
culto aos anjos, e agora em nossos dias, os estudos cabalísticos personalizados no meio
esotérico e místico, ensinam novamente o culto aos anjos, por meio de bruxos
sofisticados e modernos. Sabendo que antes de tudo, a existência e ministério dos anjos
são fartamente ensinados nas escrituras, por isso, não podemos negligenciar os
ensinamentos sagrados.
Deveríamos querer saber mais e mais dos ensinamentos sagrados para podermos estar
firmes contra as astutas ciladas deste inimigo derrotado, Satanás, o anjo caído. (
Rm.16:20; Ap.12:7-9; 20:1-10).
Os anjos não existem desde a eternidade, eles foram criados por Deus no momento de
sua criação ( Ne.9:6 - Sl.148:2; Cl.1:16 ). A bíblia não indica com precisão em que
parte foram criados, mas podemos entender que isso deve Ter acontecido imediatamente
após Ter criado os céus e antes de Ter criado a terra, segundo podemos ver em Jó 38:4-
7 – Gn.1:1; 2:1. Não podemos também definir número, mas sabemos que um
"exercito" compreende grande quantidade, uma 1"legião" compreende um número
grandioso ( Dn.7:10; Mt.26:53; Hb.12:22 ). Deus certamente criou todos de uma só
vez, pois os anjos não tem capacidade de propagar-se como o homem ( Mt.22:30 ).
Santos ( Sl.89:5-7 ).
Vigias ( Dn.4:13, 17, 23 ).
3Espíritos ( Hb.1:14 ).
Anjos, então, foram comprovados pelos escritores da Bíblia e pelo próprio Jesus Cristo,
como sendo reais. Apesar de toda confusão de todos os tempos, não podemos
negligenciar esta grande doutrina – Angelologia.
1"LEGIÃO OU TROPA" – ENTRE OS ROMANOS CONSTAVA
APROXIMADAMENTE 6000 HOMENS.
2 "FILHOS DE DEUS" -ENFATIZA SUA CRIAÇÃO POR DEUS ( CL.1:16 ).
3 "ESPÍRITOS" - ENFATIZA SUA NATUREZA INCORPÓREA.
Os anjos foram criados para darem glória , honra e ações de graça a Deus.
Os anjos foram criados para adorarem a Cristo ( Hb.1:6 )
Foram criados para cumprirem os propósitos de Deus:
SÃO IMORTAIS –Os anjos não estão sujeitos à dissolução: nunca morrem. A
imortalidade dos anjos se deriva de Deus e depende de Sua vontade. Os anjos
são isentos da morte, porque assim Deus os fez. ( Lc.20:35,36 ).
o Inteligência – Dn.10:14
o Emoções – Jó 38:7
o Vontade – Is.14:13,14
o Não são Oniscientes – Mt.24:36
o Não são Onipresentes – Dn.9:21-23
o Não são Onipotentes – Dn.10:13
Que os filhos de Deus se refere aos anjos, neste texto de Gn.6, é a posição tomada por
Josefo, Filo Judeus e os autores do Livro de Enoque e do Testamento dos Doze
Patriarcas; era a posição geralmente aceita pelos judeus eruditos dos primeiros séculos
da era cristã. A impressão que geraram "gigantes" foi da Septuaginta (LXX), que
também traduziu todos os manuscritos, substituindo "Filhos de Deus" por "anjos de
Deus" em Gn.6; Jó 1:6 e 2:1, e por "meus anjos" em Jó 38:7.
OBS:
Argumentos
Teoria de que os "filhos de Deus" não eram os anjos e sim os descendentes de Sete.
I Pd.3:18-20- não diz nada sobre estes "espíritos em prisão", sendo anjos. Pelo
contrário, o contexto indica homens, cap.4:6.
II Pd.2:4 e Judas 6,7- são referências de anjos, mas não provam que eram
envolvidos em Gn.6.
A origem do mal.
Com exceção de alguns filósofos e cientistas, que chamam de "erro da mente mortal",
todos os homens reconhecem o fato severo e solene do mal no universo.
Verdadeiramente, sua presença no mundo é um dos problemas mais desconcertantes
para a filosofia e para a teologia. Acreditamos que os anjos foram criados ( originados )
em estado de perfeição. No relato bíblico da criação, em Gn.1, lemos seis vezes que o
que Deus fizera era bom, vs.4, 10, 12, 17, 21, 25, e no vs.31 encontramos as palavras:
"Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom". Isso certamente inclui a
perfeição dos anjos em santidade, até esse momento.
Não há dúvidas, portanto, que os anjos foram criados perfeitos (Ez.28:15) e parte destes
deixaram seu próprio principado e habitação original perfeita (Judas 6, II Pd.2:4), para
criar raízes do mal (Sl.78:49; Mt.25:41; Ap.9:11 e 12:7-9).Não podemos Ter dúvidas
que Satanás foi o "chefe" desta rebelião ( Is.14:12; Ez.28:15-17).
_ Acreditamos que se deu após toda a criação perfeita de Deus –Gn.1:31- 2:3.
Este é um dos profundos mistérios da Teologia. Mostramos que os anjos foram criados
perfeitos, como pode tais seres pecarem?
É aqui que podemos ver a perfeição de toda a criação, os Teólogos Latinos são autores
de uma frase que diz: "Posse pecare et posse non pecare". Isso traduz a capacidade de
pecar e a de não pecar. É a posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser
constrangido a fazer uma ou outra coisa. Em outras palavras, havia liberdade de escolha.
Deus não coagiu nenhuma de suas criaturas, nem mesmo os anjos. Se indagarmos que
motivo pode Ter estado por trás dessa rebelião, podemos obter algumas respostas nas
Sagradas Escrituras.
20 Capítulo
1.1. Classificação em ordem > Veja item 5.1.1.-O Propósito de sua origem – Pg.3
1.
1. – Satanás – Este ser sobre-humano é mencionado expressamente no
velho testamento ( Gn.3:1-15; Jó 1:6-12, 2:1-7; Zc.3:1,2 ). Já no N.T., é
mencionado freqüentemente ( Mt.4:1-11; Lc.18:18,19; Jo.13:2,27; I
Pd.5:8; Ap. caps.12,12:1-4, 20:1-3, 7-10 ).
Anjos Maus – Temos informação definitiva de que terão sua parte no LAGO DE
FOGO (Gehenna-Mt.25:41 ). Quando Cristo voltar, os crentes terão parte no
julgamento, ou condenação dos anjos maus ( I Co.6:3 ).
Definições para : INFERNO- Lugar destinado ao suplício das almas dos perdidos.
2 – HADES – gr., corresponde a Sheol, lugar das almas que partiram deste mundo. (
Mt.11:23, 16:18; Lc.16:23; At.2:27 )
INTRODUÇÃO:
Os Anjos são seres espirituais criados especialmente com mais alta distinção entre todos
os seres vivos criados por Deus. Eles exercem atividades importantes no mundo
espiritual, mas não são independentes nessas atividades, pois as fazem dentro dos
limites em que foram criados.
I – A CLASSIFICAÇÃO ANGELICAL.
a) Arcanjo.
É um termo cujo prefixo indica a mais elevada posição nessa hierarquia angelical.
Prefixo “arc” significa principado. A Bíblia fala apenas de um arcanjo chamado
“Miguel”, o qual além de sua posição superior aos demais anjos, tem uma missão
protetora em relação ao povo de Israel (Dn 10.13, 21; 12.1) “e eis que Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia.”
b) Anjo Gabriel.
Um Anjo de alta categoria, mas não chamado arcanjo nas escrituras, enviado para
explicar a visão das setentas semanas a Daniel (Dn 9.21), enviado a Zacarias e Maria
(Lc 1.19,26).
c) Querubins.
No hebraico o termo “querub” aparece com o sentido de “guardar, cobrir”. Os
Querubins são uma classe especial de Anjos diretamente relacionados com o trono de
Deus. A Bíblia declara que Deus habita entre os querubins. (1 Sm 4.4; 2 Rs 19.15; Sl
80.1; 99.1; Is 37.16) “E Ezequias orou perante o Senhor, dizendo: ó Senhor Deus de
Israel, que estás assentado sobre os querubins, tu mesmo... O Senhor reina, tremam os
povos; ele está entronizado sobre os querubins, estremeça a terra.”
d) Serafins.
Esse vocábulo deriva do hebraico “saraph” que significa “ardente, refulgente ou
brilhante”. Segundo a Bíblia, eles estão envolvidos diretamente no serviço de adoração
ao Deus Todo-Poderoso (Is 6.1-3) “Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas;
com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.” São seres que
proclamam e vindicam a santidade divina, louvando-o todo o tempo.
Obs: em Colossenses 1.16 “porque nele foram criadas todas as coisas nos Céus e na
Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados,
sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.” Vemos várias das classes de Anjos
neste texto no N.T.
e) Tronos.
No original esta palavra refere-se a uma classe de Anjos que tem uma relação vital com
o Trono de Deus, com a sua soberania. Os querubins se identificam perfeitamente à esta
classe de seres angelicais como “anjos-tronos”.
f) Domínios.
Esse termo aparece em algumas versões como “soberanias”. Portanto “domínios” são
uma classe de Anjos que executam ordens da parte de Deus sobre as coisas criadas. Eles
possuem poderes executivos para atuarem sobre o universo, e especialmente, sobre a
terra.
g) Principados.
Outro termo muito próximo de dominadores, mas que possuem atividades de príncipes
do reino de Deus, a relação do termo “principados” pode ser ilustrada quando nos reinos
da terra os principados regem sobre territórios pertencentes ao reino de um país. Na
Bíblia existe um outro “príncipe” das hostes celestiais chamado “Miguel”.
h) Potestades.
Referem-se a Anjos especiais que executam tarefas especiais da parte de Deus. Não são
poderes isolados, mas são investidos para exercerem atividades especiais (1 Cr 21.15-
27; Sl 103.20).
a) Santidade.
É um estado dos anjos que servem a Deus, por isso, eles são identificados como
“santos” (Ap 14.10; Mc 8.38; Lc 9.26; At 10.22) “...quando vier na sua glória, e na do
Pai e dos santos anjos.” E isto os distingue dos anjos caídos.
b) Reverência.
É uma característica que envolve louvor e adoração a Deus em cuja presença os anjos o
glorificam. (Sl 29.1,2; 89.7; 103.20; 148.2) “Bendizei ao Senhor, vós anjos seus,
poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra!”
c) Serviço.
É a atividade principal dos anjos de Deus, por isso são chamados de “espíritos
ministradores” (Hb 1.14)
d) Proteção.
Os anjos cuidam e protegem os fiéis da terra (Sl 34.7; 1 Rs 19.5-7) “O anjo do Senhor
acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.”
1) Anunciar e avisar de antemão (Gn 18.9; Lc 1.13,30) “Mas o anjo lhe disse: Não
temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um
filho, e lhe porás o nome de João;”
2) Guiar e instruir (Gn 24.7,20; Ex 14.19; At 7.38,53) “Então o anjo de Deus, que ia
adiante do exército de Israel, se retirou e se pôs atrás deles; também a coluna de nuvem
se retirou de diante deles e se pôs atrás,”
3) Guardar e defender ( Sl 34.7; 2 Rs 6.17; Sl 91.11) “Porque aos seus anjos dará ordem
a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.”
4) Ministrar aos necessitados (Gn 21.17; Ex 3.7; 1 Rs 13.5-7) “Mas Deus ouviu a voz
do menino; e o anjo de Deus, bradando a Agar desde o céu, disse-lhe: Que tens, Agar?
não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.”
5) Ajudar os homens a atingirem seus destinos ( Hb 1.14) “Não são todos eles espíritos
ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?”
6) Assessorar no julgamento (At 12.23; Mt 16.27; Lc 9.26; 12.8,9) “No mesmo instante
o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.
Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então
retribuirá a cada um segundo as suas obras.”
7) Os Anjos estão ativos na adoração celeste servindo tanto agora quanto no estado
eterno (Ap 19.1-3; Lc 2.13ss) “Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande
multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores
alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.”
CONCLUSÃO:
Com certeza muitos detalhes das nossas curiosidades sobre os anjos não temos
respostas, contudo, as informações que temos na Bíblia são suficientes para que
estimemos esses seres criados por Deus.
ANJOS.
A palavra “anjo” (hb. malak; gr. angelos) significa “mensageiro”. Os anjos são
mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13,14), criados por Deus antes de
existir a terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl 1.16).
(1) A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os
anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31). Tendo livre-arbítrio,
numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28.12-17; 2Pe 2.4; Jd 1.6; Ap
12.9; ver Mt 4.10 nota) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de
Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.
(2) A Bíblia fala numa vasta hoste de anjos bons (1Rs 22.19; Sl 68.17; 148.2; Dn
7.9-10; Ap 5.11), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras:
Miguel (Dn 12.1; Jd 1.9; Ap 12.7) e Gabriel (Dn 9.21; Lc 1.19,26). Segundo parece, os
anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (lit.: “anjo
principal”, Jd 9; 1 Ts 4.16); há serafins (Is 6.2), querubins (Ez 10.1-3), anjos com
autoridade e domínio (Ef 3.10; Cl 1.16) e as miríades de espíritos ministradores
angelicais (Hb 1.13,14; Ap 5.11).
(3) Como seres espirituais, os anjos bons louvam a Deus (Hb 1.6; Ap 5.11; 7.11),
cumprem a sua vontade (Nm 22.22; Sl 103.20), vêem a sua face (Mt 18.10), estão em
submissão a Cristo (1Pe 3.22), são superiores aos seres humanos (Hb 2.6,7) e habitam
no céu (Mc 13.32; Gl 1.8). Não se casam (Mt 22.30), nunca morrerão (Lc 20.34-36) e
não devem ser adorados (Cl 2.18; Ap 19.9,10). Podem aparecer em forma humana
(geralmente como moços, sem asas, cf. Gn 18.2,16; 19.1; Hb 13.2).
(4) Os anjos executam numerosas atividades na terra, cumprindo ordens de Deus.
Desempenharam uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés (At 7.38; Gl
3.19; Hb 2.2). Seus deveres relacionam-se principalmente com a obra redentora de
Cristo (Mt 1.20-24; 2.13; 28.2; Lc 1—2; At 1.10; Ap 14.6,7).
Regozijam-se por um só pecador que se arrepende (Lc 15.10), servem em prol do
povo de Deus (Dn 3.25; 6.22; Mt 18.10; Hb 1.14), observam o comportamento da
congregação dos cristãos (1Co 11.10; Ef 3.10; 1Tm 5.21), são portadores de mensagens
de Deus (Zc 1.14-17; At 10.1-8; 27.23-24), trazem respostas às orações (Dn 9.21-23; At
10.4); às vezes, ajudam a interpretar sonhos e visões proféticos (Dn 7.15-16);
fortalecem o povo de Deus nas provações (Mt 4.11; Lc 22.43), protegem os santos que
temem a Deus e se afastam do mal (Sl 34.7; 91.11; Dn 6.22; At 12.7-10), castigam os
inimigos de Deus (2Rs 19.35; At 12.23; Ap 14.17—16.21), lutam contra as forças
demoníacas (Ap 12.7-9) e conduzem os salvos ao céu (Lc 16.22).
(5) Durante os eventos dos tempos do fim, a guerra se intensificará entre Miguel,
com os anjos bons, e Satanás, com suas hostes demoníacas (Ap 12.7-9).
Anjos acompanharão a Cristo quando Ele voltar (Mt 24.30-31) e estarão presentes
no julgamento da raça humana (Lc 12.8,9).
O ANJO DO SENHOR.
É mister fazer menção especial ao “Anjo do SENHOR” (às vezes, “o Anjo de
Deus”), um anjo incomparável que aparece no AT e no NT.
(1) Seu primeiro aparecimento foi a Agar, no deserto (Gn 16.7); outros
aparecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22.11,15), Jacó (Gn 31.11-13),
Moisés (Êx 3.2), todos os israelitas durante o êxodo (Êx 14.19) e mais tarde em Boquim
(Jz 2.1,4), Balaão (Nm 22.22-36), Josué (Js 5.13-15, onde o príncipe do exército do
SENHOR é mais provavelmente o Anjo do SENHOR), Gideão (Jz 6.11), Davi (1Cr
21.16), Elias (2Rs 1.3-4), Daniel (Dn 6.22) e José (Mt 1.20; 2.13).
(2) O Anjo do SENHOR realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral.
Às vezes, simplesmente trazia mensagens do Senhor ao seu povo (Gn 22.15-18; 31.11-
13; Mt 1.20). Noutras ocasiões, Deus enviava o seu anjo para suprir as necessidades dos
seus (1Rs 19.5-7), para protegê-los do perigo (Êx 14.19; 23.20; Dn 6.22) e,
ocasionalmente, destruir os seus inimigos (Êx 23.23; 2Rs 19.34,35; Is 63.9). Quando o
próprio povo de Deus rebelava-se e pecava grandemente, este anjo podia ser usado para
destruí-lo (2Sm 24.16,17).
(3) A identidade do anjo do Senhor tem sido debatida, especialmente pelo modo
como ele freqüentemente se dirige às pessoas. Note os seguintes fatos:
em 2.1, o anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe à terra
que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu
concerto convosco (o grifo dos pronomes foi acrescentado). Comparada esta
passagem com outras que descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos
do Senhor, o Deus do concerto dos israelitas. Foi Ele quem jurou a Abraão, a
Isaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra de Canaã (Gn 13.14-17;
17.8; 26.2-4; 28.13); Ele jurou que esse concerto seria eterno (Gn 17.7), Ele
tirou os israelitas do Egito (Êx 20.1,2) e Ele os levou à terra prometida (Js
1.1,2).
Quando o anjo do Senhor apareceu a Josué, este prostrou-se e o adorou (Js 5.14).
Essa atitude tem levado muitos a crer que esse anjo era uma manifestação do
próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap
19.10; 22.8-9).
Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça
ardente disse, em linguagem bem clara: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êx 3.6; ver Gn 16.7 nota; Êx 3.2
nota).
(4) Porque o anjo do Senhor está tão estreitamente identificado com o próprio
Senhor, e porque ele apareceu em forma humana, alguns consideram que ele era uma
aparição do Cristo eterno, a segunda pessoa da Trindade, antes de nascer da virgem
Maria.