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5746 MINISTERIO DO PLANEAMENTO £ DA ADMINISTRAGAO DO TERRITORIO Decreto-Lei n.° 438/91 0 9 de Novembro Num Estado de dircito, a expropriacdo de bens veis dos cidadaos por motivos de utilidade publica s6 deverd ter lugar quando nao existir qualquer possibili- dade de aquisicdo amigével dos mencionados bens. Com efeito, sendo o direito de propriedade privada um direito fundamental dos cidadaos (artigo 62.°, n.° 1, da Constituigdo da Repiiblica Portuguesa), 0 Estado, quanto tiver de adquirir para 0 seu dominio piiblico bens iméveis necessdrios para a realizago de'accdes be- neficiadoras de toda a comunidade, deverd, primeira- mente, esgotar todas as vias que adel the concede, in- cluindo as vias contratuais proprias do direito privado, a fim de evitar a supredlo pura ¢ simples do direito de propriedade privada dos cidadAos. 'No nosso ordenamento juridico-constitucional, a res- trigdo dos direitos dos cidadaos deve obedecer ao cha- mado principio da proporcionalidade, principio esse que se encontra consagrado no artigo 18.°, n.° 2, da Cons- tituigao. Tal principio, em matéria de expropriagdes, corresponde inequivocamente ao que jé atrés foi dito, ou seja, sempre que a realizagdo do interesse puiblico implique a ablagdo, restricao ou qualquer outra limi tago ao direito de propriedade, a Administracdo, ‘mesmo que disponha de discricionariedade para esco- Iher a medida a tomar, deve optar por aquela que me- nos lese a esfera juridica dos particulares. Assim, como se verd, € em obediéncia ao disposto na Constituigao, © acolhimento do principio da proporcionalidade do novo regime juridico das expropriagdes por utilidade pilblica impede que, no futuro, a Administragdo recorra desde logo a expropriacdo sem que, previamente, te- nha tentado realizar o interesse piiblico através do re- curso a outras vias legais menos gravosas para 0 reito de propriedade privada dos particulares. Somente em situagdes de calamidade publica ou ligadas a de- fesa nacional e seguranca interna, ou ainda nas situa- ‘gOes em que as obras a realizar revistam urgéncia por imperioso motivo de interesse publico, € que sera pos- sivel & Administracdo desencadear de imediato 0 pro- €ess0 expropriativo, ‘Mas, para além disto, houve também a preocupacdo de se consagrar todo um conjunto de regras de proce- dimento por parte da Administracéo por forma que esia, no decurso do proceso de expropriagao, subor- dine a sua actuagdo aos principios da imparcialidade, da igualdade ¢ da justica, principios esses que decor- rem directamente da Constituigéo, na parte respeitante a Administracdo Publica (artigo 266.°). Consagram-se, igualmente, regras que possibilitem aos particulares’ tomarem antecipadamente conheci- mento de que a Administrag8o tem intengdo de expro- priar os seus bens iméveis, por forma a evitar que a ‘expropriacdo s6 seja do conhecimento dos particulares quando a entidade expropriante iniciar as obras ou tra- balhos nos seus terrenos. Por iiltimo, 0 novo Cédigo, no seguimento do dis- posto no artigo 62.°, n.° 2, da Constituig&o, vem ino- var em matéria da justa indemnizagao a atribuir aos particulares pela expropriacdo dos seus terrenos para fins de utilidade publica, sendo inegavel que 0 calculo MARIO DA REPUBLICA I SERIE-A N.° 258 — 9-11-1991 da justa indemnizagao continua a ser uma das ques- tes mais delicadas de qualquer regime juridico de ex- propriagdes por utilidade publica. No célculo do valor dos solos expropriados, 0 projecto, como nao poderia deixar de ser, tomou em consideragao a jurisprudéncia do Tribunal Constitucional a propésito do artigo 30.° do Cédigo ora revogado. O Tribunal Constitucional tem considerado que o direito & justa indemnizagao se traduz num direito fundamental de natureza andloga a dos direitos, liberdades ¢ garantias, pelo que as suas restrigdes deverdo limitar-se ao necessdrio para salva- guardar outros direitos ou interesses constitucional- mente protegidos (Acdrdaos n.°* 131/88, publicado no Dicrio da Repiiblica, 1.* série, de 29 de Junho de 1988, € 52/90, publicado no Didrio da Republica, 1.* série, de 30 de Marco de 1990). Relativamente a jurisprudén- cia do Tribunal Constitucional, ¢ partindo da ideia bé- sica desta jurisprudéncia de que a no consagrasdo na lei da potencial aptidio da edificabilidade dos terrenos expropriados ¢ localizados. fora dos aglomerados urba- nos ou em zona diferenciada de aglomerado urbano violaria os principios constitucionais da justa indemni zasio e da igualdade dos cidadios perante a lei (arti- gos 62.°, n.° 2, € 13.°, n.°1, da Constituicdo), entendeu-se, para efeitos do valor a atribuir aos parti culares pela expropriagdo dos seus terrenos, classificar © solo em apto para a construgdo ¢ para outros fins. E que, se, em principio, todo 0 solo, incluindo o inte- grado em prédios nisticos, & passivel de edificagdo, € reciso ndo esquecer que a lei ou os regulamentos em vigor podem prever expressamente restrig6es,ou até mesmo proibigges 20 direito de construcso. Eo que se passa no Ambito das servides administrativas ¢ das restrigdes de utilidade publica, como sejam as servidoes militares e aeronduticas, 0s regimes juridicos do domi- nio piblico hidrico, da Reserva Ecoldgica Nacional ¢ da Reserva Agricola Nacional e até mesmo dos regu- Tamentos dos préprios planos de ordenamento do ter- ritério, Nestas situagdes é indiscutivel que tais solos nao poderdo ser classificados, para efeitos de indemnizac&o decorrente de expropriagao, como solos aptos para a construgio. Feitas estas consideragdes de ordem genérica, impor- tard agora salientar os aspectos mais inovadores do pre- sente diploma e que, como inicialmente se disse, signi- ficam uma alteraya0 substancial do Cédigo anterior do eles a ja referida obrigatoriedade de a Adminis- tragdo tentar previamente adquirir os bens iméveis pela via de direito privado; a declaragao de utilidade pu- blica; a posse administrativa; a forma unitéria do pro- cesso; a expropriagio amigavel; a classificacdo dos so- los para efeitos de indemnizagdo, © 0 direito de reversio. ‘Como a seu tempo foi dito, foi preocupasao do Go- verno, em obediéncia ao principio constitucional da proporcionalidade, nomeadamente no seu subprit da exigibilidade, evitar uma expropriacao por utilidade piiblica quando fosse possivel alcangar os mesmos re- sultados por uma outra via legal que ndo passasse pela supressio do direito de propriedade dos particulares. Assim, contrariamente ao que se passava no Cédigo anterior, nenhuma expropriacao por utilidade piiblica poderd ser declarada pelo membro do Governo com- petente sem que, previamente, a Administra¢do esgote todas as possibilidades de aquisicao por via de dircito privado dos bens que pretende adquirir para a prosse- cugdo do interesse publico. Apenas nos casos de ex- N.* 258 — 9-11-1991 propriacdo ligados defesa nacional e seguranca interna ‘ou nos casos de calamidade publica e de obras pibli- cas consideradas urgentes é que a Administragio po- deré desencadear desde logo a expropriacdo, nomea- damente através da posse dos terrenos. Nos restantes casos, a entidade pablica interessada na expropriag4o terd sempre de demonstrar, por via documental, perante a entidade competente para declarar a utilidade publi que tentou, sem éxito, adquirir os bens por via de reito privado. Verificava-se, por vezes, que 0s particulares 36 tinham efectivo conhecimento de que 0s seus terrenos tinh: sido expropriados aquando da tomada de posse adi nistrativa por parte de entidade expropriante para efei tos de comeco das obras projectadas. Pretendeu-se as- sim, em obediéncia transparéncia que deve presidir & actiagdo da Administracdo, que 0s particulares conhe- gam, em tempo util, as intengdes expropriativas da Ad- ministragao. Assim, antes da sua apresentacdo a enti- dade competente para a declaracdo de utilidade publica da expropriagdo, 0 requerimento da futura entidade ex- propriante deverd ser dado a conhecer, mediante carta, registada, aos titulares dos direitos que incidem sobre 6 bens @ expropriar. © mesmo requerimento sera tor- nado publico mediante edital a afixar na sede do muni- cipio da localizagdo dos bens a expropriar. Em matéria de posse administrativa inovou-se no que diz respeito As condigdes da sua efectivacdo. Assim, tal posse s6 passard a ter lugar se, para além da vistoria ‘ad perpetuam rei memoriam, efectuar depésito, a or- dem do titular dos bens a expropriar, da quantia que tiver sido fixada pelo perito ou, se houver contestago por parte do expropriado, do eventual excesso para a média dos valores em confronto, sendo, neste caso, 0 depésito feito A ordem do juiz de direito da comarca da situaco dos bens a expropriar. Tnovagao significativa em matéria de expropriacdes amigaveis ¢ a desnecessidade de 0 auto de expropria- a0 amigavel ser enviado ao tribunal da comarca da situagao dos bens expropriados. Se a entidade expro- priante ¢ os expropriados acordam na fixagdo de um valor a atribuir ao bem expropriado, ¢ escusado fazer intervir 0 juiz para a adjudicacao da propriedade. Pela ia do auto ou até da prdpria escritura publica nota- rial, permite-se agora a concretizacdo das expropriacdes amigaveis mediante a celebracao de escritura em qual- quer notério, a entidade expropriante adquiriré auto- maticamente'o bem. Com esta nova situagdo evita-se também que 0s particulares sejam penalizados com as demoras que, por vezes, se verificavam em juizo. ‘Considerando que um’dos elementos a ter em conta na fixagdo de uma indemnizagdo por expropriagdo & a potencial edificabilidade do terreno a expropriar, optou-se por dividir, como jA se teve a oportunidade de referir, para efeito do célculo da indemnizagao, 0 solo em apto para a construcao e solo para outros fins. No que diz respeito a esta tiltima classificacao, a ju- risprudéncia do Tribunal Constitucional foi produzida com base na potencialidade edificatdria de terrenos lo- calizados préximo de uma malha urbana (e portanto aptos para construgdo) ou terrenos que, embora loca- lizados fora dos aglomerados urbanos, poderiam vir a ter alguma potencialidade edificatéria, j4 que 0 direito 4 edificagdo em qualquer terreno deveria ser conside- rado como um factor de fixagao valorativa para efei- tos de indemnizacao. Por ailtimo, © novo Cédigo vem consagrar a possi- bilidade de 0s particulares expropriados poderem exer- DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 5747 cer 0 seu direito de reversio nos casos em que a ‘Administragdo der uma outra utilidade aos bens expro- priados que ndo a prevista na declaragao de utilidade piiblica ou ainda se tiver cessado a aplicagao a esse fim. Sem querer desprezar as grandes linhas de orientagéo que tém vindo a ser expostas, afigura-se que o acolhi- mento do direito de reversao constitui, sem divida, um dos seus aspectos mais importantes. Com efeito, ha muito que se justificava o «regresso» pleno do direito de reversdo a lei sobre expropriagdes por utilidade pi- blica, dado que apenas se permitia o direito de rever- sto quando 0 expropriado fosse uma autarquia local ¢ a entidade expropriante fosse de direito piblico. Se pensarmos que a quase totalidade das expropriagdes fei- tas no nosso pais sdo desencadeadas quer pelo Estado, quer pelas autarquias locais, facilmente se constata que 0 direito de reversio previsto no artigo 5.° do Cédigo ficava totalmente despido de contetido no que dizia res- peito as garantias do particular perante a expropriacao. Impunha-se, pois, a consagracdo inequivoca do exer- direito de revers8o, por forma a, por um lado, moralizar a actuacdo da Administracdo na efectiva uti- lizagdo do bem expropriado para o fim de utilidade pi- blica que esteve presente na respectiva declaracio e, por outro, a possibilitar aos particulares expropriados a recuperagdo dos bens que no fossem aplicados ao fim que determinou a expropriacao. Assim: No uso da autorizacdo legislativa concedida pela Lei n° 24/91, de 16 de Julho, e nos termos da alinea b) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituicdo, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° Aprovacio E aprovado 0 Cédigo das Expropriagdes, que se pu- blica em anexo ao presente decreto-Iei ¢ que dele faz arte integrante. Artigo 2.° Entrada em vigor © Cédigo das Expropriagdes entra em vigor 90 dias apés a data da publicagao do presente diploma. Antigo 3.° Norma revogatéria E revogado o Decreto-Lei n.° 845/76, de 11 de De- zembro. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 29 de Agosto. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Mario Fernando de Campos Pinto — Lino Dias Miguel — Luls Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Luis Francisco Valente de Oliveira — Alvaro José Brilhante Labori- nho Lticio — Joaquim Martins Ferreira do Amaral — Arlindo Marques da Cunha — Carlos Alberto Diogo Soares Borrego. Promulgado em 24 de Outubro de 1991. Publique-se. O Presidente da Republica, MARIO SOARES, Referendado em 28 de Outubro de 1991 © Primeiro-Ministro, Anibal Ant6nio Cavaco Silva. 5748 Codigo das Expropriegses TITULO 1 DisposigSes gorais artgn 1 ‘Admisibidade das expropriagbes (0s bens imvelse diets a ees inerentes podem sr expropia dos por causa de uidade publica, compendia nat srbugSes da entidade expropriante, mediante o pagamento contemporineo de uma justa indemnizacto, Artigo 2.° ‘Aqulsigio por via do direto privado | — A expropriagdo s6 pode ter lugar apds se ter esgotado a pos- sibilidade de aquisicdo por via do direito privado, salvo nos casos em que Ihe seja aribuldo caricter de urgencia ou quando se veil. quem as situagdes previstas no n.° 2 do artigo 39.° 2 — Na aquisicdo por via do direito privado de bens ou direitos, pertencentes a diversos proprietirios deve assegurar-se a igualdade, 4 justiga e a imparcialidade no tratamento das varias situacdes, 3 — Se o proprietério e demas interesados forem conhecides, deve ser-hes dirigida proposta de aquisicfo, através de carta regitada com aviso de recepedo, fundamentando as razBes quanto to valor ofere ‘ido, o qual sera apresentado com baie em relatério efectuado por perito da lista 4 escotha do proponente. “4 — O proprietério « demais interessados tém o prazo de 30 dias para responder, podendo fazer acompanhar a sua cofraproposta com Felatério devidamente fundamentado, elaborado por perito A sua es- colha 'S— A falta de resposta por parte do proprietério © demais inte- tessados no prazo referido no niimero anterior possibiltard, de ime- diato, & entidade interessada na expropriacao a apresentacdo do re- fquerimento para a declaragdo de utildade publica nos termos do artigo 12." deste Codigo. Antigo 3." ‘Limite da expropriagto 1 — A expropriagdo deve limitar-se ao necessério para a realiza- do do seu fim, podendo, todavia, atender-se a exigéncias futuras, 4e acordo com um programa de execusdo faseads ¢ devidamente ci lendarizada, 0 qual no poderd ultrapassar o limite maximo de sls 2 — Quando no seja necessdrio expropriar mais de uma parte de uth prédio, pode o proprietrio requerer a expropriagdo total 4) Se a parte restante no assegurar, proporcionalmente, os mes- ‘mos cémodos que oferecia todo 0 prédio; by Se os cmodos assegurados pela parte restante nfo tiverem imetesse econdmico para o expropriante, determinado objec Antigo 4° Expropriagio parcelar 1 — Tratando-se de execucdo de plano municipal de ordenamento do terrtério ou de projectos de equipamentos ou infra-estruturas de interest plblico, podem ser expropriadas de uma s6 vez ou, parce- larmente, por zonas ou langos as Areas necessirias & execusto de pla- nos ou dos projectos que estiverem em causa. 2.— No caso de expropriagdo parcelar, 0 acto de declaragdo de utlidade piblica deve determinar, além da sua drea total, a sua ‘isto em Zonas ou langos eestabelecer os prazos ea ordem de aqui- sigao, "3 — A inobservincia dos prazos que vierem a ser fixados nos ter mos do nimero anterior determina a caducidade da declarapao da utlidage publica na parte respeitante as zonas reservadas para ex- ropriacto. ‘4-— Os prédios continuam na posse ¢ propriedade dos seus do- nos enquanto ndo estiver pago ou depositado o montante da indem- nizagdo ou definido 0 regime de pagamento em prestagBes ou em cespécie, salvo se for autorizada a posse administrative 'S — Para o edleulo da indemnizagdo relativa a prédios no com- preendidos na primeira zone definida nos termos do n.* 2 serdo ater fidas as benfeiorias necessrias ou Utes posteriores & declaracdo de uilidade publica DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 258 — 9-11-1991 6 — A declaragdo de uiilidade piblica a que se refere o presente artigo caducard se a entidade expropriante ndo tiver adquirido os bent por expropriacdo amigavel ou promovida a consttuigdo da bitragem dentro dos prazos a que se refere 0 n.° 3 do artigo 10.° ‘=O proprietério e demais interesados tém direito a ser indem- nizados dos prejuizos diectos ¢ necessariamente resultantes de © pre dio ter sido reservado para expropriagio, B— A indemnizagdo a que se refere o nimero anterior serd de: terminada nos termos do presente Cédigo, ulizando-te © processo previsto nos artigos 42.° e seguintes na parte aplicavel. Antigo 5.° Direito de reversio 1 — Hi dlireito de reversho se os bens expropriados nfo forem api ‘ados ao fim que determinow a expropriagdo no prazo de dois anos apts a adjudicasdo ou, ainda, se tivercessado a aplicardo a esse fim, 8m prejulzo do disposto no n." 4 2— Sempre que a reaizardo de uma obra continua determine a ‘expropriacdo de iméveisdistintos, o seu inicio em qualquer deles faz cessar 0 direito de reversBo sobre todos os iméveis abrangidos pelo rojesto, anteprojecto, estudos prévios, plano, anteplano ou esque: ‘as preliminares das obras aprovadas, conscante © caso. 3 — Para efeitos do disposto no nimero anterior entende-se por ‘obra continua aquela que tem configuracéo geométrca linear e que, pela sua natureza, seja suceptivel de execucto faseada 20 longo do Tempo, correspondendo a um projecto artculado, global e coerente “40 dieto de reversdo cessa: ‘@) Quando tenham decortido 20 anos sobre a data da adjudi acho: 1) Quando seja dado aos bens expropriados outro destino, me- diante nova declaragio de utlidade publica: ©) Quando haja rentncia expressa do expropriado 5 — No caso da alinea 6) do mimero anterior, 0 expropriado ou 2, a entidade expropriante facultard na sua sede a consulta, por qualquer pessoa, do requerimento da deciaragdo de uti Tidade pablica'e dos documentos que o devem acompanhar, nos tet- mos do artigo 12.° ‘4 — Para os efeitos do mimero anterior, a comunicagdo € 0 edi I referidos nos n.® 1 e 2 devem fazer expressa mengdo da sede da entidade requerente ¢ da possbilidade de consulta dos documentos em questo. 'S — Qualguer interessado poderd pronunciar-se sobre a legaidade «a oportunidade da expropriagio, mediante exposicho escrita apre- fentada a entidade requerente ‘6 — A entidade expropriante deverd enviar 20 ministro competent, em anexo 20 requerimento da decaragao de utlidade publica, todas fs exposigdes escrtas apresentadas, podendo juntar-Ihes, querendo, lbservagdes de resposta Antigo 15.° Publicagto da declaragto de utilidade piblicn 1 —A declaragdo de utilidade pablica sera sempre publicada, por extracto, na 2." série do Didrio da Republica 2— A publicacdo da declaragdo de utlidade piblica deve identi- ficar sucintamente 0s bens sujetos a expropriagdo, com referencia &descrigfo predial ¢& insricdo matricial, mencionar 0s direitos, nus ‘94 encargos que sobre eles incidem ¢ of nomes dos Fespectivas tt lares e indicar o fim da expropriagto. 3 — A identificagdo referida no alimero anterior poderd ser subs; situida por planta, em escala adequada e graficamente represeniada, ‘que permita a delimitagao legivel do bem necessério ao fim de uli: dade publica ‘4 — Quando se trate de expropriagdo parcelar, da publicagdo do acto declarativo constaré a rea total a expropriar, a sua divisfo em zonas ou langas e os prazos ¢ ordem de aquisiclo. '5 — Serdo conjuntamente publicadas, por conta das empresas re aquerentes a que se refere o n.” 2 do artigo 11°, as plantas dos bens Albrangidos pela declaragdo de utldade pablica, cumprindo-Ies pro- mover a sua afixagdo na sede do municipio ou dos municipios do lugar em que aquees se situa, 6 — A declaragdo de uilidade publica serd sempre comunicada aos interessados, nos termos do artigo 18.°, e estd sujeita a registo na ‘onservatdria do regis predial respectivo, mediante requerimento 4a entidade expropriante ou de qualquer interessado. Antigo 16.° cupric de prédios viziahos 1 — A declaragdo de utilidade publica da expropriagdo confere & entidade expropriante 0 direto de ocupar prédios vizinhos nos ter- ‘mos prevstos nos estudos ou projectos aprovados que servem de base A expropriagho, bem como efectuar os trabalhos necessrios ou im- ostos pela exccucto destes. 2 Se 0 proprietrio ou outros interessados forem conhecidos, serdo previamente notificados da ocupagdo por oficio sob reisto com ‘ antecedéncia minima de 15 dias, podendo qualquer deles exigir 2 Tealizagao de vistoria ed perpetuam rel memoriam, a qual terd lugar fos termos previstor no artigo 19.° ¢ precederd sempre a ocupacao. 33 — Aes proprietrios ¢ demais interessados prejudicados pelas ocupagdes so devidas indemnizagBes nos termos gerais de diet, Antigo 17." Posse administrative 1 — Se a entidade expropriante for pessoa colectva de dirito pi- blico ou empresa pibica, nacionalizada ou concessiondria de ser- vigo piblico ou de obras piblicas, pode ser autorizada pela entidade competente para declarar a utilidade piblica da expropriasio a to- ‘mar poste administrativa dos beas a expropriar, desde que os tr thos inecessirios 4 execugto do projecto de obras aprovado sejam urgentes e aquela providéncia se torne indispensével para o seu ini- cio imediato ou para a sua prossecusdo ininterrupta "2 — A autorizagdo deve mencionar especificamente os motives jus tifleaivos da urgéncia. dos trabalhos ‘3 Entre 2 autorizaedo de posse administativa ¢ a investidura ue se refere 0 niimero seguinte nao pode mediar prazo superior 490 dias, sob pena de caducidade, podendo, no entanio, a invest- dura ocorrer no decurso do periodo das féras judicils, '4— A autorizagdo pode ser concedida em qualquer fase do pro cesso de expropriagio até ao momento de invstidura judicial do ex Dropriante na propriedade dos bens expropriados. Antigo 18." Comunicasio da autorizasto da posse administrativa 1 —A autorizagdo da posse administrativa sera comunicada pela ‘entidade expropriante, por oficio sob regsto e com aviso de recep- ‘Glo, ao expropriado ¢ aos interessados com domicilios conhecides ‘0u go curador provisério a que se refereo artigo 41.*, devendo igual- mente serthe dada publicdade mediante: 4) Publicado por extracto na 2." strie do Didrio da Republica; ) Afinagdo de editals na porta principal do edificio da cimara ‘municipal da situaglo dos prédios e nos proprios prédios, {Quando possvel, bem como nos lugares do estilo; (©) Publicacdo de anincios em dois nimeros seguidos dos jor- nals mais lidos na regido, sendo um de Ambito nacional 2— No cato de nfo ser possivel dar conhecimento da autoriza- fo da posse adminisirtiva aor interesindos, dat-se-d conhecimento ‘da mesma, por offeio sob regsto ¢ com aviso de receps4o, a0 admi nistrador, arrendatério ou outro individuo que esteja em condigBes ‘de transmitt-a0s interessados a referida autorizasto, '3— Quando no seja possve identificar 0 bem a expropriar atra vés da inserigdo matricial ou da descrigdo predial, os editais¢ anun- tlos a que se refere o 8.” 1 devem indicar a composigao, confronta- bes e demais elementos conhecidos que possam contribuir para a Hentificagho Fisica dos precios, designadamente uma planta cadas tral assinalando legivelmente a localizayao limites do bem. Antigo 19.° Condigées para a efectivagio da posse administrativa 1 — A investidura administrativa na posse dos bens a expropriar nfo pode efectivarse sem que, previamente, tenha sido: 2) Efectuado © depésito, em instiuicdo bancéria, no lugar de domicio ov sede do expropriante, 4 ordem dos interessados, Se todos forem conhecidos, ou, nto sueedendo assim, & oF N.° 258 — 9-11-1991 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 5751 dem do juiz de direto da comarca do lugar da situagao dos bens ou da sua maior parte, da quantia mencionada no rela {rio a que se refere 0 n.° 3 do artigo 2.° e, se for caso disso, 8 ordem do mesmo juiz, do eventual excesso para a média dos relatérios a que se referem os 1. 3 e 4 do artigo 2.": Realizada vistoria ad perpeiuam rei memoriam destinada a fixar 0s elementos de facto susceptiveis de desaparecerem ¢ cujo conhecimento seja de interesse a0 julgamento do pro- » 2 —0 disposto na alinea a) do numero anterior nao é aplicével ‘205 casos de expropriacdo com carécter urgente, devendo, nas res- tantes expropriagbes, ser cortigido 0 depésito & ordem do juiz de dlireito @ que se refere a parte final da alinea a) de harmonis com © resultado da arbitragem mos termos dos artigos 42.° e seguintes. 3— A entidade expropriante solicitara directamente 20 presidente do tribunal da relagd0 do respectiva disrto judicial a indicagao de lum perito, de entre os da lista, para a efectivasdo da vistovia, ‘4 Poderd ser solisitada a indicagio de um ou mais peritos per- ‘manentes sempre que fl se jusiique pela extensfo e nimero de pré- dios a expropria '5 — Recebida a indicacdo dos peritos, a entidade expropriante pro- cederd & marcagdo de data, hora e local para realizagdo da vistoria, jeando de tal facto os peritos ¢ os inteessados conbecidos ou © curador provs6rio, por ofcio sob registo ¢ com aviso de recepsdo. 6 —O perito que pretenda pedir escusa pode faz#-lo nos dois dias seguintes & notificagdo prevista no numero anterior, devendo a enti- dade expropriante submeter 0 pedido & apreciacao do presidente do tribunal da relagdo para efeitos de eventual substituicdo, 7 — Os interessados, 0 curador proviséro e a entidade expropriante podem comparecer & vistoria e formular por escrito os questos que tivetem por pertinentes, a que 0 perito ou peritos devem responder fo seu elatorio, 8 — Nos 10 dias subsequentes & realizagdo da vistoria deverd 0 perio entregar a entidade expropriante o respectivo relatéro, acom- panhado dos elementos documentais pertinentes, apliandorse, com 38 necessirias adapiagdes, 0 disposto no artigo 49." 19 Remetido o relaorio da vistoria 4 entidade expropriante, en- trard esta na posse dos prédios, lavrando, para o efeito, 0 respectivo auto e dando inicio aos trabalhos previstos, sem prejuizo do disposto ha legislagao aplicavel sobre desocupacao de casas de habitagd. 10 — Por despacho do ministre responsivel pelo ordenamento do terrt6rio poderdo ser aprovadas insttugdes genéricas para a elabo: ago dos relatrios. Artigo 20° Auto de posse administrativa 10 auto de posse deve conter os seguintes elementos: 1) Identificagdo do expropriado © dos demais interessados co- mhevidos ou mengao expressa de que sao desconhecidos, com identticagio do respectivo curador; ») Indieagao do Didrio da Republica onde tiver sido publicada a declaracZo de utilidade publica da expropriagio © do des acho que autorizou a posse administrativa; 9 Indicasao da data e demais eireunstdcias susceptiveis de iden tifcarem o relatrio da vstoria, que dele fad parte integrante 2 — Na impossiilidade de identificapio do prédio ou dos prédios através de inscrigho matricial ou descrigl0 predial, 0 auto de posse deve referir a composiqao, confrontagées e demais elementos que pos Sam contribuir para a ideniificagdo fisica do terreno onde se encon- trar o bem a expropriar, podendo ser junta planta topografica com as caracteristcas previsiay non. 3-d0 artigo 15.” Antigo 21.¢ Garamtia do pagamento da indemnizacio 1 — Bfectuada a posse administrativa, o Estado garante ao expro- priado e demais interessados o pagamento da indemnizasao que vier 2 ser determinada, quer esta seja satiseita por uma so vez, quer em Drestagdes ou em especie. PA entidade que tiver autorizado a posse administrativa pro- moverd a imediaca comunicagdo da autorizagdo ao servigo que tiver a seu cargo 0s avales do Estado, indicando os valores a que se refe Fem os n°" 3 e 4 do artigo 2° 3 —0 Estado, quando satsfaca a indemnizacdo, tem direto de regres sobre a entidade expcoprante, podendo, para o efeto, pro- Ceder & cativagdo de transferéncias ofcamentais independentemente de quaisquer formalidades. TITULO III Do contedido da indemnizagio Antigo 222° Direto & indemalzagho 1. — A expropriacto por utllidade publica de quaisquer bens ou ireitos confere 20 expropriado o direito de receber 0 pagamento con temportneo de uma justa indemnizacio. 2 A justa indemnizaedo ndo visa compensar o beneficio alcan- «ado pelo expropriante, mas ressarcir 0 prejuizo que para o expro- riado advém da expropria¢do, medida pelo valor do bem expro- priado, Mixada por acordo ou determinada objectivamente pelos Srbitros ou por decisio judicial, tendo em consideracdo as circuns Uincias ¢ as condigdes de facto existentes & data da declarasto de utlidade publica 3 — Para determinacdo do valor dos bens no pode tomar-se em consideragdo # maisvalia que resulta da propria declaracdo de uti- Tidade publica da expropriaedo para todos os prédios da zona em ue se situa © prédio expropriado, Antigo 23.° Céteato do mont te da indemnizagio 1 — © montante da indemnizacio calcula-e com referéncia & data da declaragdo de utilidade piblica, sendo actualizado a data da de tisfo final do processo de acordo com a evolugdo do indice de pre- $98 no consumidor, com exclusto da habitacto. 2 O indice relerido no numero anterior serio publicado pelo Instituto Nacional de Estatistica relativamente a0 focal da situagao dos bens ou da sua maior extensio. Antigo 24.° a iMieagio de solos 1 — Para efeito do céleulo da indemnizacdo por expropriacio, © solo clasifica-se em: 4) Solo apto para a construsdo; 3B) Solo para outros fins 2 — Considera-se solo apto para a construgio: 1) O que dispte de acesso rodovirio e de rede de abastecimento de gua, de energia eléciica e de saneamento, com caracte Histcas adequadas para servir as edificagbes nele existentes by) O que pertenga a nicleo urbano ndo equipado com todas as infracestruturas referidas na alinea anterior, mas que se eh contre consolidado por as edificagdes ocuparem dois tergos da drea apta para o efeito; 6) O que esteja destinado, de acordo com plano municipal de ordenamento do territério plenamente eficaz, a adquiir a5 fatacteristicas descrtas na alinea a); ) O que, ndo extando abrangido pelo disposto nas alineas ante Flores, possua, todavia, alvard de oteamento ou lcenga de cons trugdo em vigor no momento da declaragao de uiidade publica 3 — Pata efeitos da aplicagdo do presente Cédigo ¢ equiparada 4 solo apto para a construrio'a drea de implantagdo e 0 logradouro ‘das construcdes isoladas até 0 limite do lote padrao, entendendo: “se este como a soma da area de Implantagio da construsio © da rea de logradouro até a0 dobro da. primeira 4 — Considera-se solo para outros fins 0 que nao & abrangido pelo cxtatuldo. nos dois nimeros anteriores, 'S-— Para efeitos da aplicagio do presente C&digo & equiparado f folo para outros Fins 0 solo que, por lel ou Tegulamento, do posta ser utiliado na construcdo, Amigo 25.° Cleulo do valor do solo apto para # construsto 1 — 0 valor do solo apto para a construcio calcula-e em funcio éo valor da construcdo nele existente ou, quando for caso disso, do valor provavel daquela que nele seja possvel efectuar de acordo com a5 leis regulamentos em vigor, num aproveitamento economicarmente formal, a-data da deciaragdo’ de ulilidade publica, cevendo terse fem conta a localizagdo ea qualidade ambiental 5752 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A N.* 258 — 9-11-1991 2 — Num aproveitamento esonomicamente normal, o valor do solo apto para a construgdo deverd corresponder a 10 *% do valor da cons- trupio, no caso de dispor apenas de acesso rodovidrio, sem pavi- mento’ em calgada, betuminoso ou equivalente ‘J A petcentagem a que se refere 0 numero anterior seré acres ida nos termos segues: 4a) Pavimentacio em calgada, betuminoso ou equivalente junto da parcela — 1%; 'b) Rede de abastecimento domicilidrio de dgua, com servico jumo da parcela— 1%; 1) Rede de saneamento, com colector em servigo junto da par- cela — 1,550; 4) Rede de distibuigto de energia ectica em baixa tenso, com servigo junto da parcela— 1%; €) Rede para drenagem de aguas pluviais, com colecor em ser- vigo junto da parcela ~ 0.5%; A) Estagho depuradora, em ligacdo com a rede de colectores de saneamento junto da parcel 4) Rede distribuidora de gis — 24 4) Localizagio e qualidade ambiental — 15%. 4 — Se o custo da construplo for substancialmente agravado ou diminuido pelas especiais condigdes do local, o montante do acrés~ ‘imo ou da diminuigdo daf esultante sera reduzido ou adicionado fo valor da edificagdo a considerar para efeito da determinagdo do valor do terreno, SA parte do solo apto para a construgdo que exceder a pro- fundidade de $0 m, relativamente a todos os arruamentos que oI deiam, que nfo possa ser aplicada na construedo corresponderi, ro caso de ser evonomicamente justificdvel, um valor unitdrio de 20% do valor unitario da parte restate, determinado nos termos dos ni. ‘6 — Num aproveitamento economicamente normal, 0 valor do solo aapto para construglo, em éreas criticas de recuperasdo ¢ reconver- ‘Ho urbanistica,legalmente fxadas, ter ainda em consideraglo que: 1) A percentagem seré aplicada ao valor da construglo efect vamentenele inserida ¢ considerada até ao limite do lote pa- arto; ») Tratando-se de terreno livre, 0 volume ¢ o tipo de constru- Ho 2 considerar, para eéleulo do seu eventual valor, ndo de- Nerao exceder os da média das construgées existentes do lado {do tragado do arruamento em que se situem, compreendido tne Jols arruamentos consecutive. Antigo 26.° Cileulo do valor do solo para outros fas 1 —0 valor dos solos para outros fins seré caleulado tendo em atengio os seus rendimentos efetivo ou possivel no estado enistente 8 data da declaragto de utilidade publica, a natureza do solo © do subsolo, a configuracdo do terreno e as condigdes de acesso, as cul- turas predominantss e 0 cima da repito, os frutos pendentes ¢ ou- tras circunstanclas objectivas susceptvels de influrem no respectivo caleulo. 2 Sendo necessitio expropriar solos classficados como zona verde ou de lazer por plano municipal de ordenamento do territério plenamente eficaz, o valor de tais solos seré calculado em fungdo ‘do valor méadio das construsOes existentes ou que sea possivel edi ‘car nas parcelas situadas numa area envolvente cujo perimetro exte Flor se situe a 300m do limite da parcela expropriada Artigo 27.° Delerminagte do valor de edificos ou construsies Na determinagdo do valor dos edifcios ow construsdes atender se-d aos seguintes elementos: 4) Localizasdo ¢ ambiente envolvente, designadamente em ter mos de espace urbano, sistemas de infra-estruturas, transpor tes publios © proximidade de equipamentos: by Nivel de qualidade arquitecténica e conforto das construgdes cexistentes € estado de conservagio, nomeadamente dos pavi- mmentos e coberturas, das paredes exteiores, partes comuns, Portas e janeias; ©) Area bruta; ) Prego das aquisicdes anteriores © respectivas datas; ¢) Valor patrimonial para efeitos fiscais; JD Nimero de inqullinos e rendas; 2) Valor de iméveis préximos, da mesma qualidade; Fh) Declaragdes fitas pelos contribuintes ou avaliagdes para fins fiscais ou outros. Antigo 28.° Cleo do valor das expropriagdes parcials 1 — No caso de expropriaeio parcial, calcula-se-o separadamente 9 valor ¢ 0 tendimento totais do prédio e os valores e rendimento a parte compreendida ¢ da nto compreendida na expropriagdo. 12" Quando a parte nfo expropriada car depreciada pela divisio do prédio ou da expropriagd resultater Outros prejulzos ov encar~ 405, incluindo o custo de novas vedagBes, especificar-se-4o também, fem separado, esta depreciagho esses pros ou encarges, corres. ondendo a indemnizagso ao valor da parte expropriada, acrescida estas ultimas verbas. Antigo 29.° Indemnlzaglo respeltante 20 arrendamento 1 —0 arrendamento para comércio,indistria ou exercicio de pro. fissdo Neral, ou para habitacdo no caso previsto no n.° 2 do artigo 9.°, bem como 0 arrendamento rural, 320 considerados encargos au: wégomos para efeo de indernzasie dos arrendatrios 2— 0 inquiino habitacional obrigado a desocupar 0 fogo em com sequéncia de caducidade do arrendamento resultante de expropria- ‘40 pode optar entre uma habitagdo cujas caracteristica, designa- Samente de localizasdo ¢ renda, sejam semelhantes As da anterior ‘ou por indemmizaglo satisfeta de uma sé vez. '3'= Na fixacdo da indemnizacio a que se refere o nimero ante- rior atender-se-d ao valor do fog0, ao valor das benfeitorias realiza- ‘das pelo arrendatirio e A relagho’entte as rendas pagas por este @ a5 praticadas no mercado. 4 "Na indemaizagio respeltante @ arrendamento para comércio, indistria ou exerecio de profissto liberal atender-se-4 as despesas felativas & nova instalagdo, incluindo os referenciais de renda que © arrendatario ird pagar, ¢ aos prejuizos resultantes do periodo de peralisagdo da actividade, necesséria para a transferéacia, alculada fos termos. gerais de dircito. °3 — Na indemnizagio respeitante a artendamento rural stender -se-d, alm do valor dos frutos pendentes ou das colhetas inuliza as, a0 valor das benfeitorias a que o rendeiro teaha dieito ¢ a0s ‘demais prejulzos emergentes da cessagdo do arrendamento, calcula dos nos termos gerais-de diteito Antigo 30.° Inderunlzagfo pels Interrupeio da actividade comercial, adusteial, Uberal ou agricole 1 — Nos casos em que o proprietirio do prédio nele exerca qual- ‘quer actvidade prevsta no n.> 4 do artigo anterior, a indemnizaglo Correspondente no valor do prédio actescerd a que corresponder 20s prejuizos da interrupglo dessa actividade, calculada nos termos do mesmo preceito. 2 Se da expropriagto resultarem prejuizos para o conjunto da exploragdo agricola efectuada directamente pelo proprietiri, & in ‘emnizayao correspondenteacresceré telatva Aqueles prejuizos, cal culada nos termos gerais de direito. Antigo 31° Indemoizasdo pela expropriacio de direltos diversos ‘da propriedade pleas Na expropriago de direitos diversos da propriedade plena, a in- Ho rd determinada de harmonia com os critérios fixados ‘aquela propriedade, na parte em que forem aplcdveis TITULO IV Proceso de expropriagdo CAP{TULO I Expropriagao amigavel Artgo 32.° Tentatva de scorde Antes du, consiuigo de arbitrage, a enadeexpropiante deve procurar chegar a acordo com o expropriado nos termos dos art- os seguintes

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