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Conviver:

Este tópico refere-se ao direito de relaciona-se socialmente e culturalmente com


todos os indivíduos ao redor, de forma democrática e livre, onde se estabelece
uma rica troca de percepções e vivências. Quando falamos em conviver,
estamos enriquecendo o conceito de interação entre os diferentes atores
socioculturais, onde existe a iminente possibilidade de aprender mais sobre si e
sobre o outro, enfatizando o respeito pelas diferenças.

Brincar:

Palavra pequena, mas que significa uma gama de possibilidades. Brincar


neste conceito trata-se de ampliar sua imaginação, de e expressar
corporalmente e linguisticamente, através de brincadeiras, que são em sua
essência, expressões culturais lúdicas. Estas expressões podem e devem
ocorrer em lugares e com pessoas distintas, de formas variadas, onde o
professor deve proporcionar diferentes situações para que a criança amplie
suas hipóteses de brincadeiras, e dessa forma, possa desenvolver se Commented [SF1]: Quanto mais estímulos e brincadeiras
dirigidas for agregado ao planejamento melhor será o
naturalmente. desenvolvimento do aluno.

Participar:

Ora, se temos bem definida a noção de que a escola deve ser um ambiente
democrático, como não inserir a criança no processo interno da escola, no
planejamento e também na parte prática, escolhendo onde e como quer brincar,
decidindo juntamente com os professores quais atividades preferem para
determinado momento, entre outras situações. Se a inteligência está ligada à
capacidade de decisão e de adaptar-se, a possibilidade de decidir situações
dentro da escola, também estará auxiliando o seu desenvolvimento cognitivo.
Confiar a participação ativa das crianças na escola, fará com que a criança
perceba que é a parte mais importante dentro do processo de ensino-
aprendizagem, resultando em mais autonomia e envolvimento das mesmas.
Explorar:

A escola é um universo único a qual a criança tem o direito de explorar e com


isso se conhecer e se descobrir. Depois da família, a escola é a primeira
instituição à qual a criança participa ativamente.

Uma vez que ela passe a conhecer todos os setores e os outros grupos da
escola, e também na possibilidade de explorar as diferenças entre cidade e
campo e os contrastes sociais, as mais diversificadas situações em que se
agucem seus sentidos e a permita expressar-se, ocorrerá a compreensão de
mundo, e de quem ela é no mundo, descobrindo mais sobre si e sobre os
outros. Haverá então uma amplitude de conhecimento e desenvolvimento.

Expressar:

O poder de se expressar através de arte ou de linguagem, pode transformar a


forma como nos sentimos e como vemos o mundo.

É importante que a criança tenha espaço para se expressar de uma forma que a
faça compreender mais sobre si. Na escola, propor e permitir que a criança de
expresse através do seu corpo, ou de registros a partir de experiências,
liberando sua criatividade e emoções, permitirá que ela se conheça melhor e se
desenvolva cognitiva e fisicamente.

Conhecer-se:

A maioria dos direitos anteriores culminam na possibilidade do indivíduo se


conhecer mais e melhor, justamente por que se conhecer é um dos primeiros
passos para identificar-se no mundo e identificar o outro. Todos precisamos no
sentir parte de algo, uma vez que o ser humano tem em sua essência esse
desejo de pertencer e se reconhecer. Quando eu pertenço, eu me sinto mais
seguro e aprendo mais. Este direito, trata-se de proporcionar momentos e
acontecimentos em que a criança possa criar a sua própria identidade,
identificando assim qual seu pertencimento e seus desejos, através de
situações de brincadeiras, de cuidados, de convívio e da percepção de mundo e
de sociedade existente ao redor.

Após ler e refletir sobre os direitos fixados neste documento, a conclusão não
poderia ser outra: À criança devem ser garantidos estes direitos, a fim de
alcançar sua participação e autonomia, não só na escola, mas em toda a
sociedade.

Nossa evolução cultural, tecnológica e científica possibilitou que


compreendêssemos melhor a forma como o ser humano pensa e age, e que
tipo de situação desenvolve suas capacidades, nos mostrou como a mente
humana é capaz de aprender e porque temos evoluído de maneira exponencial.
Todas essas revelações só comprovam que por muito tempo, olhamos a
infância de forma adultocêntrica e equivocada, e agora é o momento de dar voz
às nossas crianças. É o momento de permitir novidades e não impossibilitar. E
esses direitos aqui documentados, nos faz entender que nossas práticas
pedagógicas foram deterministas por muito tempo. É chegado o momento de
inovar dentro das escolas, de acompanhar a evolução das novas gerações com
propostas diferenciadas e livres daquele pensamento antiquado e estagnado.
Conceder direitos não é uma grande façanha, é apenas o começo de uma
revolução que há tempos tornou-se necessária dentro das instituições
escolares.

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