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Por que ensinar história? Aprender história para quê? por que contar; para quem contar; o que contar; como contar -
Quaisquer que sejam e ainda que muito diferentes sejam as são os professores de história, autores de cada uma de suas
respostas de cada um de nós – professores de história – a aulas, produtores de um Texto não necessariamente escrito.
estas indagações, quase todas elas têm em comum o fato de Professores de história que também fazem história; e, assim,
não apenas revelar a concepção de história a qual cada um de somos historiadores. Contar histórias aos alunos, a Aula de
nos se filia, assim como sublinhar a importância que atribui à história desdobrando-se em inúmeras aulas, desde o 6º até o 9º
história como disciplina escolar. Contudo, nossas respostas ano do Ensino Fundamental. Cada uma das aulas sendo um Texto
não deixam de revelar, de modo consciente ou não, algo não original, encantador e desafiador: uma exposição oral; e/ou a
menos importante: a relação indissociável entre o ato de proposta de leitura de textos de natureza diversa; e/ou a
ensinar e o ato de aprender, o processo de ensino- realização de uma ou mais atividades no decorrer da aula, e não
aprendizagem de história pondo em destaque o diálogo apenas em sua parte final.
cotidiano e sempre renovado entre o professor e o aluno, por Uma exposição oral que destaca a relevância dos novos
meio de uma prática insubstituível – a Aula de história. Como conteúdos, identifica atores e vozes diferentes em uma
o seu título sugere, estas Orientações Curriculares oferecem experiência histórica, cria situações que incentivam a
possibilidades de caminhos aos que conduzem a Aula de participação oral dos alunos, permitindo que vivenciem o valor e
história, ao mesmo tempo em que sublinham o lugar principal a importância do ato de argumentar, entre outras possibilidades.
dos alunos em um processo caracterizado por um nexo E/ou a proposta de leitura de pequenos textos de autoria do
indissociável. próprio professor, dos Cadernos de História, de livros didáticos e
“Fazer história é contar uma história”, resumiu o paradidáticos, de trechos da historiografia acadêmica, de textos
historiador francês François Furet, certa ocasião. Alguns literários, de jornais e revistas, de letras de música, de
contam histórias para seus leitores por meio de textos fragmentos de documentos de época, de imagens de diferentes
escritos elaborados após laboriosa pesquisa teórica e tipos e diversos suportes (pinturas, esculturas, fotografias,
documental – são os historiadores, em sentido estrito. Outros desenhos, charges, filmes etc.). E/ou ainda atividades que abrem
contam histórias para um auditório especial – os alunos de a possibilidade de o aluno operar com noções e conceitos
uma turma – por meio de um Texto diferente – a Aula de históricos, identificar regras e normas, vivenciar
história –, tecido a partir de desafios que reiteradamente se
apresentam sob a forma de questões:
valores e juízos, operar com as noções de tempo e espaço, mulheres em diferentes partes do mundo pela conquista de
identificar os critérios que forjam as classificações sociais, direitos políticos, civis e sociais. E ainda narrativas que, ao
e ainda as inúmeras relações que os homens estabelecem propiciarem a descoberta do outro, propiciam também a
entre si e as múltiplas e variadas formas de relação com a progressiva descentração daquele que é educado, criando a
Natureza. Contar histórias a partir dos desafios e questões oportunidade de refletir a respeito do desafio do convívio na
colocados pela vida presente; por acontecimentos não diversidade, da garantia aos cidadãos e aos povos tanto do
apenas extraordinários, mas também da vida cotidiana; e direito à igualdade quanto do direito à diferença, do repúdio às
pela própria vida dos alunos. desigualdades de toda e qualquer natureza. Narrar uma, muitas
Narrar uma, várias, muitas histórias. Narrar histórias experiências vividas pelos homens – narrar um tempo histórico.
das diferentes experiências vividas pelos homens em O professor como autor da Aula de história; alguns
tempos e espaços diversos – experiências históricas. professores como autores destas Orientações Curriculares,
Narrativas que deverão propiciar ao aluno não apenas ouvidos os demais colegas da rede municipal de ensino. Textos
conhecer, mas antes de tudo compreender a diversidade definitivos e provisórios a um só tempo. Definitivos porque
dessas experiências como condição para estar no mundo – tradução e expressão, neste momento, dos saberes e
sua morada. Em um mundo globalizado, cuja dinâmica se experiências de seus autores, assim como das questões e
expressa de modo marcante no âmbito local, a narrativa desafios que a eles se apresentam em determinada experiência
histórica deve possibilitar a compreensão das diferenças histórica. Provisórios porque o ritmo e as mudanças cada vez
que distinguem povos e culturas, no passado e no mais acelerados de nossas vidas suscitam novas questões e
presente; o reconhecimento e a valorização das múltiplas outros desafios, o que faz com que os Textos de nossas aulas
identidades em uma mesma sociedade. Narrativas que também sejam reescritos sem cessar, ao mesmo tempo em que
permitem revisitar o passado, em um jogo entre memória aqueles ritmo e mudanças parecem nos alertar – algo
e amnésia, de modo que determinadas experiências seguramente ainda mais importante – para que não nos
históricas devem ser (re)lembradas como uma das esqueçamos que “nada do que um dia aconteceu pode ser
condições para serem (mais uma vez) repudiadas, como é considerado perdido para a história”, conforme nos ensina o
o caso das experiências totalitárias do século XX, assim filósofo Walter Benjamin. Em nosso tempo, quando se torna
como outras não devem ser esquecidas como possível sentir e perceber o deslocamento da Nação do lugar
oportunidade para serem (mais uma vez) valorizadas privilegiado que ocupava nas narrativas históricas que nos
positivamente como a longa e penosa luta de homens conformavam e
as culturas nacionais já não são pensadas como unificadas, O desafio é grande, mas não menos instigante. E não
representando as diferenças que continham como unidade estamos partindo do zero, a experiência de cada professor
ou identidade, outros protagonistas se apresentam, forjando constituindo elemento fundamental. Nessa longa caminhada,
novas identidades e suscitando outras temáticas para o são inúmeros os “pontos de partida”; e em cada um deles
ensino-aprendizagem de nossa disciplina: povos indígenas, encontram-se sempre os alunos. Alunos muito diferentes entre
mulheres, homens livres pobres, afrodescendentes, a vida si – idade, gênero, anos de escolaridade, capacidade de leitura
cotidiana, a primavera árabe etc... Os autores dos textos das e escrita, pertencimento social, crenças e valores –, solicitando
aulas de história e das Orientações Curriculares sabem que do professor atenção redobrada para os objetivos, os
seus textos são construções culturais, expressões das conteúdos, as metodologias, as atividades e tudo mais que
experiências históricas de seu tempo. Assim como não constitui cada uma de nossas aulas. Caminhemos uns poucos
desconhecem que também são produtos culturais os antigos passos, os primeiros passos.
e cristalizados “Programas de História’, com seu marcado 1º. No início, as palavras. Palavras que dão vida à
caráter eurocêntrico e uma sucessão de fundo evolucionista relação professor-aluno, por meio de um diálogo insubstituível
de Idades ou Períodos, desde a Pré-História até a Idade que permite ao professor aprender a adequar o vocabulário de
Contemporânea, insistindo em anunciar um determinado sua Aula aos alunos de uma turma, a um só tempo respeitando
“ponto de chegada”, como se a vida dos homens em a diversidade sociolingüística dos alunos e propiciando aos
sociedade pudesse deixar de ser o lugar da indeterminação. mesmos ampliar seu vocabulário, incorporando palavras,
Como autores, os professores de história sabem ser noções e conceitos do conhecimento histórico, das ciências
necessário, em primeiro lugar, desnaturalizar essa antiga humanas e sociais. Palavras que têm valores, podendo
narrativa das experiências históricas; e que, para tanto, não é expressar emoção, sentimento, julgamento, avaliação,
suficiente “somar” ou “acrescentar” àqueles “Programas” preconceito, tudo dependendo “da intenção do falante que as
novos objetos e novas problemáticas. Uma desnaturalização usa ou da cultura em que elas se inserem”, como nos ensina o
de antigos conteúdos que, muitas vezes, implica em uma linguísta Pasquale Cipro Neto. Palavras que permitem descrever
descentração dos próprios autores, quer no que se refere às o mundo no qual convivemos, expressar os projetos que
aulas, quer sobretudo no que diz respeito ao valor que formulamos, falar de nossos sonhos e utopias, e ainda
atribuem ao conhecimento histórico e à História como persuadir nossos interlocutores da justeza das idéias que
disciplina escolar. defendemos - palavras que revelam nossa humanidade.
Com palavras são feitas as narrativas que permitem homem não é apenas o produtor da cultura, mas também, num
conhecer as experiências históricas vividas pelos homens, no sentido especificamente biológico, o produto da cultura, como nos
presente e no passado, em diferentes lugares do mundo; explica o antropólogo Clifford Geertz.
palavras que, assim, realçam os dois significados da palavra
história, isto é, tanto a experiência vivida quanto o Desde então, a narrativa de toda e qualquer experiência
conhecimento dessa experiência expressada em um texto histórica – a Aula de história – não pode deixar de ter como
escrito, e assim compreender que a afirmativa “a história referência primeira e permanente a humanidade como uma coisa
começa com a escrita” refere-se à história como conhecimento só, formada por seres que compartilham uma mesma e única
escrito de uma dada experiência, uma vez que mesmo aqueles natureza (a unidade biológica dos seres humanos) e tendo na
grupos humanos que não conhecem a escrita (as sociedades diversidade sócio-cultural sua marca distintiva e necessária.
ágrafas) também têm história. Narrativas de experiências históricas que ao pôr em destaque a
2º. Os homens e a cultura, em seguida. Somos 7 bilhões diversidade sócio-cultural, em particular na própria sociedade do
de indivíduos habitando a Terra. Em diferentes lugares de nosso aluno, poderão provocar um estranhamento por ter o aluno como
planeta, desde o final do ano de 2011, homens e mulheres referência os hábitos, regras e valores de sua própria experiência;
comentam esse acontecimento, com otimismo ou não, - em mas um estranhamento que transformado em uma desequilibração
português, sueco, italiano, espanhol, chinês, japonês, francês, por aquele que conduz a Aula deve se tornar o ponto de partida
inglês, alemão e em inúmeras outras línguas. A diversidade para a compreensão da diversidade sócio-cultural, para a aceitação
linguística é um dos elementos que caracterizam a diversidade das diferenças e para o respeito pelo diferente. Desequilibrações
cultural da humanidade. Hoje, já sabemos muitas coisas a que, além de propiciar mais uma vez a descentração do aluno,
respeito de como se constituiu essa diversidade da espécie permitem ainda desnaturalizar as desigualdades entre sociedades
humana desde o seu surgimento na África há muitos, muitos e e culturas, assim como as desigualdades no interior de nossa
muitos anos. Dispersando-se pelos vários continentes, própria sociedade, por meio da crítica a classificações plena de
adaptando-se às condições que encontravam e forjando novas determinismos (biológicos, geográficos), que propiciam diferentes
formas associativas, os grupos humanos criavam instrumentos e formas de dominação, como superior – inferior, civilizado –
técnicas, modos de se relacionar com a natureza, formas de bárbaro, evoluídos – primitivos, cultos – ignorantes. Mas ainda
vestir, comer e morar; inventavam regras e valores; desequilibrações, descentrações e desnaturalizações que tornam
comunicavam-se por meio de linguagens diversas e ...muito possível estabelecer uma relação diferente entre o presente e o
mais! Os grupos humanos iam se tornando diferentes entre si, passado mudando a compreensão pelos alunos do papel de
ao mesmo tempo em que se modificava seu próprio ameríndios e negros africanos nas experiências
equipamento biológico; afinal, o
colonizadoras da América pelos europeus, por exemplo; Cuidemos de um único aspecto, nesta oportunidade. É a
desequilibrações, descentrações e desnaturalizações que relação antes / depois que orienta a localização de um
tornam possível também imaginar uma relação diferente acontecimento (seja ordinário, seja extraordinário) em uma
entre o presente o futuro. linha de tempo que representa uma sucessão de
3º. O tempo, sempre. Em texto clássico, aprendemos acontecimentos no tempo; como é sabido, uma linha de
com o historiador Marc Bloch a respeito da história: tempo torna-se uma cronologia a partir da narrativa
“‘Ciência dos homens’, dissemos nós. É ainda muito vago. histórica que lhe confere um sentido (um enredo), a mesma
Temos de acrescentar: ‘dos homens no tempo’”. E, ao narrativa que pode prescindir da localização de “outros
mesmo tempo, nos alerta para o equívoco de entender a acontecimentos” naquela cronologia por não serem
história como a ciência do passado, por considerar absurda importantes para aquilo que ao narrador interessa “contar”
a própria idéia de que o passado, como tal, possa ser ou ainda por contrariar o sentido da própria narrativa.
objeto de ciência. Acrescentemos ao ensinamento do Todavia, vale a pena lembrar – por ignorarmos as diferenças
historiador a sensibilidade do escritor Mario Quintana ao entre povos e culturas e ainda poder incorrer em
observar que “o passado não conhece o seu lugar: está anacronismo - que para povos sem escrita, como os povos
sempre presente”, como se ao autor da Aula de história africanos da savana, para os quais a memória oral tem um
estivesse desafiando a retornar, mais uma vez, às valor fundamental, datas e cronologia não têm a importância
indagações que abrem esta apresentação. Afinal, como que costumamos lhes atribuir, porque entre eles o passado
revisitar o passado, o que narrar de uma experiência não se organiza a partir da cronologia,e sim das gerações.
histórica? Pôr em destaque os acontecimentos da vida Povos que operam com uma forma de organizar o passado
cotidiana de homens e mulheres, crianças, adultos e que dá menos importância à localização objetiva de
idosos, acontecimentos ordinários? Ou os acontecimentos acontecimentos e datas, valorizando o processo de
extraordinários, previstos – os feriados, festas, construção dos sentimentos de identidade e pertencimento.
comemorações, como as festas das sociedades do Antigo Da relação antes/depois às representações do tempo.
Regime, o Carnaval ou as comemorações do Dia da Antes/durante/depois; ontem, hoje, amanhã; passado,
Consciência Negra entre nós -, ou não previstos – as presente, futuro – o tempo como sucessão. Mas o tempo
revoluções, as catástrofes naturais? Qualquer que seja a como duração, também, traduzido em denominações como
escolha, o presente é sempre a nossa referência. E em se idade, tempos, era, época (Idade Antiga, Tempos Modernos,
tratando do tempo, é a relação antes / depois que se Era das Revoluções, Época Contemporânea etc.). E ainda o
encontra no ponto de partida. tempo como simultaneidade, revelado no uso de expressões
como
“enquanto isso” e “ao mesmo tempo”. O tempo como “O mais importante e bonito do mundo, é isto”: as
mudança, como demonstra o emprego dos tempos pessoas ainda não foram terminadas, estão sempre
verbais: “ontem era assim, hoje já não é mais, amanhã mudando. O fato de convivermos, conforme já foi assinalado
como será?”. Mudanças cujo ritmo se apresenta, por acima, em um mundo não apenas globalizado, mas também
vezes, extremamente lento, quase imperceptível, no qual as narrativas que conformavam a Nação e
fazendo com que homens e mulheres rejeitem as representavam as culturas nacionais como unificadas
novidades, olhem os forasteiros com desconfiança, estarem perdendo o lugar privilegiado que ocupavam, tanto
como os camponeses da Europa ocidental durante a possibilita o surgimento de novos protagonistas quanto da
Idade Média; ou mudanças em ritmo vertiginoso, presença deles é um resultado. É como se esses novos
caracterizando a modernidade ou os “Tempos protagonistas estivessem despertando de um longo sono,
Modernos” do Carlitos, de Charles Chaplin. Um tempo também imposto por antigas narrativas. Cada vez mais,
cíclico, associado ao tempo da Natureza, mas também servindo-se em larga escala das mídias interativas, mas não
aos reinados (quem não conhece a expressão “rei morto, apenas delas, povos e culturas se tocam e trocam entre si,
rei posto”), e um tempo linear, que avança em direção como que invertendo a “relação Norte – Sul”, “superior –
ao futuro, contrapondo continuidades e inferior”, expressões de outra relação: alto-baixo. Mudanças
descontinuidades, permanências e mudanças, tradição e que põem em evidência, de modo marcante, a
progresso. Diferentes representações do tempo, fruto de simultaneidade dos acontecimentos, possibilitando novas
construções humanas, que revelam modos de narrativas de outras experiências históricas – no presente e
organização do tempo pelos homens, não apenas com a também no passado.
intenção de o controlar, mas sobretudo à sociedade, Isto porque povos e culturas não passaram a se tocar e
conforme o exemplifica a criação dos calendários por trocar apenas no século XX, embora o façam, desde então, de
sacerdotes, guerreiros e revolucionários, em diferentes modo cada vez mais intenso e servindo-se de meios
experiências históricas. insuspeitados há algumas décadas. Ou nem mesmo a partir
Quem diz é o narrador de Grande Sertão: das Grandes Navegações e Descobertas dos séculos XV e XVII,
Veredas, a obra maior de Guimarães Rosa: “O senhor… não obstante a importância da Descoberta da América para o
Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: advento do que se denomina o mundo moderno. Povos e
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não culturas sempre se tocaram e trocaram entre si. Desde o
foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. século VII d. C. o mundo muçulmano e a cristandade
Afinam ou desafinam. Verdade maior”. Leia outra vez, se européia se tocavam e trocavam, o que,
for preciso; leia quantas vezes achar necessário.
embora seja sabido nem sempre é devidamente valorizado, é ter a possibilidade de ouvir as vozes dos diversos
assim como, atravessando o Saara, mercadores e viajantes protagonistas de muitas daquelas experiências. Revisitemos
árabes entravam em contato com povos e culturas da África Atenas, no século V a.C., como um único exemplo. A
negra, em especial com o Reino de Gana, ao qual se Democracia era uma das três formas de governo consideradas
referiam como “o país do ouro”. Foi graças às rotas positivas na Grécia antiga (as outras eram a Monarquia e a
comerciais estabelecidas por esses mercadores que o ouro Aristocracia). Do governo democrático da polis (a cidade
de Gana chegou a ser comprado e utilizado em diferentes grega) participavam os cidadãos atenienses, através das
localidades da Europa. Povos e culturas das Américas não assembléias, realizadas na ágora, ocasião em que os cidadãos
“passaram a existir” apenas após a chegada dos europeus, tinham direitos iguais de falar ou argumentar. E disto ninguém
sendo significativas as experiências vividas por maias, deve duvidar: a possibilidade de falar ou argumentar, assim
astecas, incas e muitos outros anteriormente ao como o direito do outro de falar ou argumentar (o que implica
“descobrimento”. Operar com a noção de simultaneidade em nossa capacidade de ouvir a fala ou os argumentos do
é permitir àquele que aprende História relacionar a “Era das outro) é uma prática democrática – um dos princípios da
Revoluções”, descrita com talento pelo historiador inglês democracia. Todavia, do governo da polis ateniense no século
Eric Hobsbawm, à “Era da Abolição”, conforme a proposição V a.C. não participavam os metecos (os estrangeiros), os
de Robin Blackburn, valorizando o protagonismo daqueles escravos e as mulheres. Estrangeiros, mulheres e escravos
homens e mulheres que lutaram pela abolição da eram excluídos da experiência democrática das cidades gregas.
escravatura nas Américas, simultaneamente às lutas pela A noção inclusão / exclusão – referida à relação dentro / fora
emancipação política das colônias, assumindo especial (a terceira das três relações presentes em quase todas as
destaque o caso do Haiti. É permitir também entender os culturas, as outras sendo antes / depois e alto / baixo, já
diferentes sentidos que a ideia de liberdade tinha para os referidas) – permite tanto caracterizar a experiência
diferentes participantes daquelas lutas, apresentando-se democrática das cidades gregas quanto compará-la com
simultaneamente em uma mesma experiência histórica. outras experiências democráticas, em outros lugares e tempos
4º. Conhecer e compreender uma experiência histórica, – como as experiências democráticas na sociedade brasileira
identificar o que a diferencia de outras experiências, é em diferentes momentos -,assim como compreender e
também aprender a operar com conceitos históricos. E comparar os conceitos de cidadão e cidadania em diferentes
operar com conceitos históricos experiências históricas.
Instigante porque desafiava, talvez, o espectador a um
5º. O autor da Aula de história para produzir seu Texto lê,
exercício de descentração, superando estereótipos e contornando
consulta e estuda outros textos – suas “fontes de pesquisa”:
anacronismos. Ou porque propunha ao visitante – quem sabe? – a
livros didáticos e paradidáticos, textos literários, jornais,
associação entre saber e sabor, palavras cuja etimologia comum
revistas de História, letras de música, imagens de diferentes
encontra-se no latim sapere.
tipos. Revela-se um leitor competente. Mas seu trabalho não
Por que ensinar história? Aprender história para quê? Para
termina aí, devendo adequar o produto de sua leitura aos
que a Aula de História propicie ao aluno um saber que se traduza
“leitores” de seu Texto. Na prática de uma tradução
em um sabor diferente no presente da experiência histórica da qual
fundamental, porque propiciadora do processo ensino-
participa cotidianamente – o sabor da tinta escorrida das tábuas de
aprendizagem da história, o autor do Texto se transforma em
madeira ou dos tablets propiciando o convívio na diversidade.
narrador. E assim como este narrador sabe que o Texto da sua
Aula de História não é uma simples cópia ou compilação dos
textos que utilizou, ele sabe também que este Texto é a
demonstração maior do seu saber como professor – revelando,
assim, o segredo de um nexo fundamental.
Identificar e contextualizar o espaço Organização espacial do cotidiano Identificar o local de residência como
social. dos alunos e de outros grupos um critério espacial.
sociais
Identificar o local de origem dos
familiares.
Relações de trabalho:
Atividades desenvolvidas pelos Identificar o local de origem dos
diferentes grupos sociais povos formadores do povo brasileiro.
Reconhecer relações de
trabalho escravo x trabalho
assalariado.
HISTÓRIA – 4.º Ano – 2.º Bimestre
Compreender a existência da
diversidade étnica entre brancos,
negros e índios, reconhecendo todos
esses segmentos sociais como
produtores de cultura.
Compreender, através da
história da cidade e/ou do
estado, o momento da chegada
e as formas de dominação dos
portugueses durante o período de
colonização.
HISTÓRIA – 5.º Ano – 2.º Bimestre
Caracterizar as diferentes
formas de discriminação: etnia,
contra mulheres, religiões e
opções sexuais enquanto
expressão da desigualdade
social.
HISTÓRIA – 5.º Ano – 3.º Bimestre
Observar a transformação
social a partir da influência
gerada pela mobilidade no
espaço físico e virtual.
Identificar as populações
nativas locais (indígenas) e
quilombolas: valorizando e
respeitando seu modo de vida.
Reconhecer as influências
religiosas, políticas, de
hábitos e costumes das etnias
formadoras do povo brasileiro
na construção e
caracterização da identidade
social da cidade e do estado
do Rio de Janeiro.
HISTÓRIA – 5.º Ano – 3.º Bimestre
Reconhecer a importância da
expressão oral nas culturas
indígenas e africanas como
componente significativo para
a construção da identidade do
povo brasileiro.
Perceber as ocupações
exercidas pelos grupos
africanos e indígenas, ao
longo da história nacional,
como fator de construção da
identidade social brasileira.
V) V) Roma Antiga V)
e) Conhecer a vida cotidiana na Roma 6. A crise do Império Romano: o d) Representar em um mapa o Império
imperial e a presença da escravidão. cristianismo como religião oficial Romano, pintando com cores
diferentes as partes do Ocidente e
f) Compreender os fatores da crise do do Oriente após a sua divisão.
Império Romano.
e) Formular hipóteses que permitam
g) Relacionar a crise do Império compreender a rápida expansão do
Romano ao cristianismo como cristianismo.
religião oficial.
HISTÓRIA – 7.º Ano – 1.º Bimestre
I) I) A Europa Medieval I)
II)
II) O Mundo Muçulmano II)
a) Analisar as relações de poder no
mundo árabe-muçulmano. 1. Maomé e a unificação política e a) Localizar,em um mapa, os povos
religiosa árabes e muçulmanos no mundo
b) Identificar as motivações do contemporâneo.
processo expansionista muçulmano. 2. A expansão muçulmana
b) Reconhecer a diversidade das
c) Destacar a importância cultural e 3. Ciência e cultura no mundo experiências históricas,
científica das civilizações árabes e muçulmano apresentando argumentos contra
muçulmanas para a sociedade estereótipos e discriminações.
contemporânea.
HISTÓRIA – 7.º Ano – 2.º Bimestre
OBJETIVOS CONTEÚDOS HABILIDADES
III) III) Povos Africanos III)
b) Relacionar o processo de 2. Novas tecnologias, novos saberes b) Relacionar surgimento dos estados
centralização política à expansão modernos europeus às Grandes
marítima. 3. Os impérios ibéricos: tratados e Navegações.
colonizações
c) Identificar formas de resistência das c) Operar conceitos de cidadania e
populações nativas americanas à tolerância na prática de uma atitude
dominação europeia. de respeito às diferenças culturais.
VII)
VII) VII) Novos olhares europeus sobre o
mundo a) Perceber como as reformas
a) Operar conceitos como tolerância e religiosas auxiliaram no processo de
discriminação, percebendo o sentido 1. A revelação de uma outra unificação política, transformando a
político dessa questão religiosa. humanidade: o Novo Mundo cena europeia.
V) V) Da América portuguesa ao V)
a) Relacionar Europa napoleônica à Império do Brasil a) Comparar monopólio comercial (política
vinda da família real portuguesa mercantilista)aoe livre-cambismo
para a América. (liberalismo econômico).
1. A Corte portuguesa no Brasil.
b) Identificar as principais b) Produzir texto sobre o papel predominante
transformações promovidas pela 2. A Revolução do Porto e a dos interesses ingleses na América
Corte no Brasil, em especial no Rio emancipação de 1822. portuguesa desde os Tratados de 1810.
de Janeiro.
3. A coroação de D. Pedro I e as c) Relacionar elevação do Brasil a Reino
c) Relacionar Revolução do Porto à províncias: a guerra de Unido a Portugal e Algarves à política
formação de forças políticas no independência. europeia desde a queda de Napoleão
processo de emancipação política. Bonaparte.
a) Identificar o processo que levou ao 1. Significado histórico: uma alternativa Analisar e interpretar diferentes fontes
estabelecimento do socialismo na ao czarismo e ao capitalismo. documentais, reconhecendo os
Rússia e suas características. diferentes contextos envolvidos em sua
produção.
a) Entender as implicações do conjunto 1. Governo provisório e constitucional. a) Identificar as condições que levaram
de transformações iniciadas com a Vargas ao poder e que atingiram seu ápice
chamada “Era Vargas”. 2. Estado Novo. com a Revolução de 30.
d) Caracterizar o processo de
retomada da democracia no Brasil.
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