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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Qual o significado de PUERICULTURA?


Departamento de Fisioterapia
§  Do latim, puer = criança; cutus = cuidado dispensado à
alguém.
“É a ciência que se dedica ao estudo dos cuidados com o ser
humano em desenvolvimento.

PUERICULTURA (Olivier, 2000)

Profa. Dra. Nelci Adriana C. F. Rocha

PUERICULTURA PUERICULTURA

§  Prevenção Pré-Concepcional:


—  C o nj unt o d e t éc ni c as empregadas para
assegurar o perfeito desenvolvimento físico e
- saúde dos pais e irmãos,
mental da criança, desde o período de gestação
até a idade de 4 ou 5 anos. -  compatibilidade dos genes entre os pais,
(Bonilha e Rivorêdo, 2005) -  ambiente e as condições sócio-econômicas
em que a família vive,
- prevenção de patologias fetais.

PUERICULTURA PUERICULTURA

Cuidados
Natais

ü cuidados durante a gravidez +


condições saúde da mãe
ü  realização de exames de ultrassom para
acompanhar o desenvolvimento da criança, Cuidados
Pós-natais
ü condições materna: física, mental, higiene e
alimentação.
Crescimento Desenvolvimento

relacionamento da família/criança

1
- 1)Por que alguns fetos são acometidos e outros não,
PREVENÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL DE PATOLOGIAS FETAIS considerando a mesma condição de infecçao materna?
Ø Após a leitura dos textos respondam:

Doenças na Agente Contaminação/ Manifestação Manifestaça Preven


Gestaçao Causador transmissão na gestante o/Compli çao e
caçoes no atuaçao da
feto Fisioterapia

Rubéola

AIDS

Sifilis

Toxoplasmose

citomegalovirus

Tétano
umbilical
Drogas
Zika vírus

PREVENÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL DE PATOLOGIAS FETAIS

Ø  Prevenção de Infecções Fetais


1. Síndrome da Rubéola Congênita
PREVENÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL DE
PATOLOGIAS FETAIS §  Causada por vírus (Rubella virus); transmissão por
via respiratória.
§  Manifestações na criança e adulto: erupção
avermelhada generalizada, febre baixa e aumento
dos gânglios linfáticos.
- Dura apenas alguns dias e dificilmente deixa
sequelas.

Síndrome da Rubéola Congênita Síndrome da Rubéola Congênita

§  Manifestações na gestante:


—  Mecanismo de lesão:
Infecção Materna Primária (14 a 21 dias após contágio) Processo Patológico Efeito
Diminuição do fluxo
Placenta: esclerose sanguíneo
Viremia materna Retardo no crescimento intra
uterino (RCIU)
Aborto
Feto : Lesões vasculares,
Natimorto INFECÇÃO INTRAUTERINA – Anomalias vasculares
redução da atividade
virus- efeito citolítico
mitótica Retardo de crescimento físico
malformações
(4ª a 8ª semana) Rarefação celular

Doença congênita evidente Persistência vírus Processos inflamatórios e


degenerativos

2
Aspectos Clínicos da Rubéola Congênita
—  2. AIDS:
•  Gerais: Retardo no crescimento intra e extra-uterino; desenvolvimento precário
◦  Causada por vírus (Human Inmunodeficiency virus – HIV)
•  Oculares: Catarata, glaucoma, microftalmia
◦  Realizar exame rotineiramente (evitar transmissão vertical)
◦  Durante a gestação, uso de zidovudina.

Profilaxia
•  Cardiovascular: estenose vascular ◦  Contra-indicado a amamentação
•  SN: Microcefalia, RM e motor, PC, letargia, autismo, deficiência auditiva ◦  Oferecer o AZT à criança, na sua forma de solução oral.
neurosensorial, meningoencefalite. Iniciar nas primeiras 8 horas após o nascimento e manter até
a 6ª semana de vida.
• Vísceras: Hepatite, icterícia ◦  RN deve ser lavado com água e sabão imediatamente após o
•  Sangue: Anemia parto.
◦  As vias aéreas do RN devem ser aspiradas delicadamente,
•  Pele: erupções crônicas evitando traumatismos em mucosas.
PREVENÇÃO: Vacina
(3 meses antes da fertilização do óvulo)

3. Sífilis Congênita

- Bactéria Treponema pallidum - presente na corrente sanguínea da


gestante, atravessa a barreira placentária e atinge a corrente sanguínea
do feto. lesões mucocutâneas Rash maculopapular no tronco

Gravidade da infecção fetal: quanto mais recente for a infecção


materna (maior número de treponemas circulantes).

Dactilite Cancro
§  Quadro clínico:
ü  Miocardite, osteocondrite, pneumonia, meningite, lesões do PREVENÇÃO: Sorologia do casal antes
SNC (retardo do DNPM, paralisias, lesões oculares, surdez). da concepção (tratamento com antibiótico-
Penicilina);
- Orientações quanto as Doenças
Sexualmente Transmissíveis.

4. Toxoplasmose Congênita: 5. Tétano Umbilical:


§  Causada por protozoário (Toxoplasma Gondii). §  Causada por uma bactéria (Clostridium tetani)
§  Contaminação: via orofecal na gestante §  Comprometimento progressivo do SNC paralisia
respiratória morte.
§  Manifestações na gestante: assintomática §  Profilaxia:
§  No Feto: Vacinação: Imunização da futura mãe, antes ou durante a gravidez -
ü  Inflamação das meninges e áreas de necrose cerebral e vacinação antitetânica (3 doses - reforço a cada 10 anos) - 2 meses de
meníngea (encefalite, anencefalia, microcefalia, intervalo entre a 1ª e 2ª dose e de 6 a 12 meses entre a 2ª a 3ª dose.
hidrocefalia, calcificações cerebrais, retardo neuromotor). Vacinação da cça: 2, 4, 6, 15-18 meses, 5 a 6 anos e 11-16 anos
ü Locais: parênquima cerebral, gânglios da base e aqueduto
ü Assepsia do coto umbilical
cerebral.
§  Profilaxia ü Soro antitânico específico, para RN de mãe não imunizada
(imediatamente após o parto).
§  Tratamento medicamentoso:
- sulfadiazina e pirimetamina.

3
Ø  7. Prevenção de Malformações do SNC

6. Tétano Umbilical:
Ácido Fólico: (vitamina B9)
—  Sintomas: rigidez muscular e espasmos -  Deficiência provoca diminuição da produção de glóbulos
musculares dolorosos vermelhos (anemia)
-  Previne aparecimento de defeitos do tubo neural.
- suplementação periconcepcional de 4 mg/dia de ácido
fólico.
Profilaxia: - uso da vitamina início 16 semanas antes da
concepção até a 12 -16 semanas de gestação.
- alimentos: folhas verdes, frutas cítricas, fígado, grãos.

Ø Prevenção de Malformações do SNC -  Síndrome Alcoólica Fetal:

1)  Uso de álcool:

-  Compromete o fluxo sanguíneo placentário - aumento no risco de


abortos, taxa de mortalidade fetal e deslocamento prematuro da
placenta. (Parks et al, 1996)

-  Alterações na proliferação, migração e organização neuronal, morte


celular, alteração na produção de neurotransmissores e formação
anormal de sinapses nervosas. (Goodlett et al, 2005)

-  No período pós-natal as crianças podem apresentar a Síndrome


Alcoólica Fetal:
-  atraso do crescimento, desenvolvimento e anormalidades físicas,
mentais e comportamentais. (Nascimento et al., 2007)

Ø Prevenção de Malformações do SNC

2) Uso de cocaína : Os principais fatores modificadores dos efeitos


da exposição a drogas são as associações de
-  Microcefalia, mielomeningocele e encefalocele
problemas, tais como, a intensidade do uso de
(Singer et al., 1994)
drogas, o uso concomitante de várias drogas e
-  É possível ainda encontrar ausência de alterações, o que pode os fatores agravantes como o meio em que a
indicar que multifatores podem estar relacionados à lesão, bem criança está inserida.
como, o cérebro de fetos e crianças podem ter um mecanismo
de defesa a alguns insultos biológicos (Rotta e Cunha, 2000)
( Lester et al., 1998)

4
Evidências sobre a relação causal entre
Vírus Zika Microcefalia e Vírus Zika

Vírus Zika foi detectado pela primeira vez em 1947, no sangue de macacos, 1) Dados epidemiológicos sugerem uma relação
com estado febril na Floresta Zika - Uganda. O vírus permaneceu obscuro, temporal entre aumento da notificação de casos
com poucos casos humanos confirmados na África e Ásia. de microcefalia e o surto de vírus Zika
(Nordeste).
(Nunes et al., 2016)

Houve surtos na Micronésia em 2007 e Polinésia Francesa em 2012-2013.


4.783 casos suspeitos de microcefalia – avaliados.
No Brasil – 29 Abril de 2015. O rápido avanço do vírus nas Américas e sua
possível associação com microcefalia (outubro) e síndrome de Guillain-Barré
404 casos confirmados (Abril 2015 a Fev. 2016).
fazem o Zika uma preocupação urgente de saúde pública.
(Carvalho et al., 2016)
White et al., 2016, Nunes et al., 2016
Ministério da Saúde confirma 1.198 casos de microcefalia
no país, 94 tiveram confirmação laboratorial para o vírus
Zika.

26/04/2016 às 17:04:31

Evidências sobre a relação causal entre Evidências sobre a relação causal entre
Microcefalia e Vírus Zika Microcefalia e Vírus Zika
4) Autópsia
2) Estudos com animais demonstraram que VZika -  mãe doente 13a semana gestação – suspeita de infecção VZ
entra no SNC ultrapassando a barreira -  US 14 e 20 sem= normal
hematoencefálica. (Dick et al., 1953; Bell et al., 1971)
-  29 sem - 1° sinal anomalias.

Feto 32 semanas gestação:

3) Vírus Zika foi encontrado no líquido aminiótico de duas •  PC – 4 DP abaixo da média


gestantes (10 e 18 semanas IG) na Paraíba. •  Cerebelo e tronco cerebral pequenos
(Calvet et al., 2016)
•  Agiria
•  é ventrículos laterais
•  Calcificações córtex e àreas subcorticais, lobos frontal, parietal e
occipital
•  Calcificações na placenta.
Mlakar et al. (2016)

Neuroimagem Vírus Zika 6) 10 lactentes (7 dias a 3 meses), com microcefalia e infecção por
5) 27 casos de cças com microcefalia, de mães que tiveram em Vzika - Recife
áreas endêmicas foram submetidas a TC e RM: Recife
•  atrofia macular e do nervo óptico – alteração acuidade visual.
-  Calcificação no parenquima cerebral, tálamo e gânglios
da base.
-  Anomalias de migração neuronal – lisencefalia,
paquigiria, polimicrogiria- lobo frontal.

-  A t r o f i a c o r t i c a l e s u b c o r t i c a l l e va n d o a (Ventura et al. 2016)

ventriculomegalia.

(Vasco Aragão et al., 2016) •  Causada por provável reação inflamatória

5
8) Martinez et al. (junho 2016)
7) van der Linden et al. (Julho, 2016)
7 crianças com artrogripose e malformação de áreas corticais e subcorticais.
Estudo de casos (2 RNs foram a óbito e 1 lactente 2 m)

Microcefalia, lisencefalia, hipoplasia cerebelar,


ventriculomegalia.
- Degeneração celular e calcificação cortical

9) Cugola et al. (Junho, 2016) Desordem na proliferação neuronal, que ocorre na


Ratas infectadas ZV e avaliação de ratos RN. gestação entre 3°- 4° mês.
- espessura reduzida da camada cortical.

Pode estar associado a desordem na migração neuronal –


esquisencefalia, paquigiria, polimicrogiria, lisencefalia (3°- 5°mês)
e difusa calcificação (morte neuronal).
(Volpe, 2001; Oliveira et al, 2016 e Nunes, 2016)

Restrição de crescimento intra –uterino, menor comprimento do crânio, altura


craniana e do diâmetro biparietal, malformação ocular.

•  Transmissão pelo Aedes aegypt (OMS, 2015) •  Ministério da Saúde (2015) recomenda 2 amostras de sangue
na gestação: primeira coleta 3-5 dias depois dos sintomas e a
segunda 2-4 semanas depois da primeira amostra.
•  Transmissão sexual (Foy et al., 2011) e saliva (Musso et al., 2015)
- análise pelo RT- PCR (Real time polymerase chain reaction),
•  Transmissão vertical pré-natal – líquido aminiótico caso a sorologia seja positiva.
(Fio Cruz 09/12/2015) - anticorpos específicos do vírus (IgM) – ELISA
- US entre 32 e 35 semanas de gestação.
•  Possível - Transfusão sanguínea (Kashima S, et al., 2016) _ USTF e exame sorológico – RN PC ≤32 cm.

•  Não há evidência que o vírus é transmitido pelo leite materno.


(WHO, 2016)

6
•  Duramycin: antibiótico eficaz contra flavivírus e pode
bloquear a transmissão vertical e redução da infecção em
gestantes. Qual a função do fisioterapeuta na equipe de saúde
para a promoção de Prevenção Pré-Concepcional ?

•  Instituto de Biologia e do Instituto de Ciências Biomédicas- RJ-


uso de Cloroquina em célula tronco: reduziu o número de
células infectadas em 95% e impediu a alteração do formato.

•  Vacina

  Assistência ao RN a termo

§  Assistência na sala de parto

ü  Anamnese materna (antecedentes familiares)


ü  Presença de um pediatra com conhecimento em reanimação neonatal

CUIDADOS NATAIS E PÓS-NATAIS ü  Equipamentos e materiais necessários para o atendimento do RN

  Assistência ao RN a termo
  Assistência ao RN a termo
§  Recepção RN
(37 semanas até 41 semanas e 6 dias)

ü  Primeiros cuidados: aspiração da boca e narina se


necessário, boletim de Apgar, laqueadura do cordão
umbilical,

ü  Exame físico: peso, comprimento, perímetro cefálico,


torácico e abdominal

ü  Coleta de sangue materna e do cordão umbilical

ü  avaliação física e neurológica

7
Ø  Escala de Apgar: —  APGAR
§  1´e 5´ (de 0 a 10 pontos);
- Apgar maior ou = 7 Normal
§  N= acima de 7
§  Itens avaliados (0, 1, 2 pontos):

Item 0 1 2
- Apgar 6 Anóxia leve
Aparência cianótico, pálido Corpo rosado; Totalmente rosado
extremidades
cianóticas - Apgar de 4 - 5 Anóxia moderada
FC Sem resposta Lenta (abaixo de 100 Rápida (acima de 100)
bpm)
Irritabilidade
Reflexa
Sem resposta Careta espirro
- Apgar de 0 a 3 Anóxia grave
Tônus muscular Flacidez total Alguma flexão de Flexão das
extremidade extremidades e
movimentação
Respiração Ausente Irregular boa

M INISTÉRIO DA S AÚDE

costuma ser menor, podendo ser observada em locais protegidos como nas dobras dos
membros e na genitália feminina, entre os pequenos e os grandes lábios.
Manchas mongólicas são manchas azul-acinzentadas localizadas preferencialmente no
dorso e nas regiões glútea e lombossacra, podendo ser disseminadas; traduz imaturidade
da pele na migração dos melanócitos, relacionada a fatores raciais. São mais comuns nas
raças negra e oriental e regridem nos primeiros 4 anos de idade. Essa mancha costuma
despertar o interesse das mães (Figura 4).

Figura 4 – Apresentações diversas de mancha mongólica

Exame Fisico –
Inspeção da Pele

.
Fonte: SAS/MS.

Manchas mongólicas
Deve-se sempre estar atento para não mencionar o nome “mancha
mongólica”, devido ao estigma que o termo traz, podendo levar a
constrangimentos desnecessários.

Eritema tóxico geralmente aparece nos primeiros dias de vida sob a forma de lesões erite-
matosas multiformes (pápulas, máculas e até algumas vesículas), esparsas ou confluentes.
O exame microscópico da secreção contida nas lesões mostra migração eosinofílica. Pos-
Lanugo
sui causa desconhecida e pode ser desencadeado por estímulos mecânicos de atrito ou
Milium Sebáceo e ictericia pressão na pele. Regride espontaneamente, muitas vezes em poucas horas. Tem aspecto
facilmente confundível com impetigo.

Vérnix Caseoso do RN Impetigo é a infecção piogênica, mais comumente causada por Staphylococcus aureus.
Inicia-se com lesões eritematosas puntiformes que em um ou dois dias evoluem para ve-

62
Atenção à Saúde do Recém-Nascido
Guia para os Profissionais de Saúde

l  RN - Pode ocorrer ingurgitamento das mamas, Couro Cabeludo:


persistindo por várias semanas a meses e podendo secretar um - bossa serosanguíneas (líquido
fluído semelhante ao colostro. plasmático extravasado);

- cefalomatoma (sangue
represado entre o osso e o
periósteo)

8
Inspeção do Cranio
Formato e Inspeção do Crânio

Suturas

Situa-se entre o osso frontal e parietais


Fontanela Anterior
RN = 6 cm2
(Principal)
Fecha por volta de 18 meses

Formada pelos ossos parietais e occipital


Fontanela Posterior
Fecha por volta do 2o. mês
(lambdóide)

44

Caderneta 26_01_07 FINAL 3.indd 44-45

—  Análise Pondero-estatural

Estatura

- Até 2 anos avaliar em supino

45

ndd 44-45 1/29/07 7:12:09 PM

9
Peso Classificação quanto ao peso - a termo:
(37 semanas até 41 semanas e 6 dias)

ü  Peso normal: ≥ 2.500g

ü  Baixo peso ao nascer (BPN): < de 2.500g


ü  Muito baixo peso ao nascer (MBPN): < de 1.500g
ü  Extremo baixo peso ao nascer (EBPN): < de 1.000g
ü  Limite de compatibilidade com a vida: 500-600g.

- Até 2 anos – balança baby


(Malina & Bouchard, 1991)

—  Relação Peso e Idade Gestacional:

ü  Pequeno para a idade gestacional (PIG)‫‏‬: Peso abaixo do percentil


10

ü  Adequado para a idade gestacional (AIG): peso entre o percentil


10 e 90

ü  Grande para a idade gestacional (GIG):peso acima do percentil


90

Alexander et al., 1996

48 49

46 47
Caderneta 26_01_07 FINAL 3.indd 48-49 1/29/07 7:12:12 PM

Caderneta 26_01_07 FINAL 3.indd 46-47 1/29/07 7:12:11 PM

10
Interrupção da gravidez antes da 37ª   Assistência ao RN pré-termo
semana de gestação.
ü  Aumento da sobrevida de prematuros extremos (avanço das técnicas
peri-natais) – 21 semanas IG; 24 cm e 283 gramas.
A TERMO PRÉ-TERMO PÓS-TERMO ü  Grupo de risco (lesão cerebral, asfixia perinatal)
37 a 41 semanas e < 37 semanas > 42 semanas
6 dias Limítrofe/tardio: 34 a 36 semanas

Moderado: 32 a 33 semanas

Muito prematuro: 28 a 31 semanas


Extremo: < 28 semanas
É um grupo vunerável a problemas físicos, psicológicos

  Assistência ao RN pré-termo   Assistência ao RN pré-termo

§  Ambiente UTI Neonatal

Ambiente de excessos: alto nível de ruído, luz forte e


constante, manuseio frequente, cuidados que não levam em
conta as suas pistas comportamentais e fisiológicas, bem como
muitos procedimentos dolorosos

X
Útero: meio é totalmente diferente do suporte e
isolamento fornecido pelo útero em termos de controle
térmico, nutrição adequada, contenção de movimentos,
isolamento sonoro e isolamento luminoso

Teste do Pezinho Teste do Pezinho

2) Fenilcetonúria:
5º -  d e f i c i ê n c i a e n z i m á t i c a q u e impede a
dia metabolização da fenilalanina – danos no SNC.
-  Sintomas: grave RM, baixo peso cerebral,
1)  Hipotireoidismo congênito: alterações na mielinização, convulsões, atraso
NPM, hiperatividade e agressividade.
Manifestações clinicas: hipotonia, diminuição do crescimento
-  Tratamento: RN: são tratados com uma fórmula
pôndero-estatural, retardo na maturação óssea, RM, atraso
especial de aminoácidos.
DNPM.
-  Cça e adolescente: dieta com baixo teor de
Tratamento: reposição hormonal precoce; fazer sempre a dosagem proteínas e alimentos sem fenilalanina.
de T4 - tiroxina (valor normal= 6 a 17 mcg/dl) e TSH - Thyroid-
Stimulating Hormone (vn= até 10 microUl/ml)
-  Valores normais= até 4mg/dl.

11
- Emissões Otoacústicas Evocadas: consiste na produção
de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno (eco), por
meio de gráfico, sendo registrado a integridade da cóclea.
—  Triagem auditiva neonatal;

—  Avaliação da audição em RNs (1os 3 m) para


diagnóstico precoce de perda auditiva 3 a 5 minutos

Sono normal
—  incidência:1 a 2 por 1000 nascidos vivos.

-  A maioria dos RN (98%) → Conc. de BI > 1 a 2 mg/


dl, durante a 1ra. Semana de vida.
—  Identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando
um feixe de luz ilumina o olho do bebê. - 50 -65 % dos RNT e 80% dos RNPT
Icterícia visível: BI > 5 mg/dl.
—  Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o 13 mg limite fisiológico
eixo óptico esteja sem obstrução, à entrada e à saída de
luz pela pupila. -  Bilirrubina livre no RN → 5 a 7% (adulto: < 1%)
-  Normal em RN do 2º ao 4º dia e desaparece
—  Pode detectar catarata, glaucoma congênito

12
Diminuição respostas autonômicas, frequências
mais lentas no eletroencefalograma.
-  Mortes inesperadas e inexplicáveis de lactentes
saudáveis de até 12 meses, durante o sono.
-  Causa desconhecida
-  Fatores de Risco Retenção
Diminuição de Co2 e
- idade entre 2 e 3 meses de vida (a termo) diminuição
atividade
FR
- posição prona ao dormir diafragmática,
fase inspirat.
- refluxo gastroesofágico
- cobertas cobrindo cabeça
- alteração no mecanismo de despertar
Risco de
- falha no controle autonômico da resp. asfixia

13
PREVENÇÃO

- Posição Supina para dormir


- Ambiente de sono seguro
- Uso de chupeta (Li DK, et al., 2006)

Campanha Back to sleep (1992)- importante


fator na redução da SMSL

Amamentação
TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO
§  importante para a saúde e desenvolvimento do
lactente; -  A criança deve estar alerta e com fome.
§  leite contém todos os nutrientes que o lactente
precisa;
-  Iniciar na primeira meia hora de vida

§  Protege a saúde da mãe; -  A criança deve estar vestida confortavelmente.


§  Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal
reduzindo o risco de hemorragia; -  Higienização da mama
§  Reduz o risco de câncer de mama e de ovário
-  Para interromper a mamada usar o dedo mínimo.

POSIÇÕES PARA AMAMENTAR POSIÇÕES PARA AMAMENTAR

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POSIÇÕES PARA AMAMENTAR v  Sucção (aleitamento materno)

§  Implicações ao desenvolvimento motor-oral;


•  Estabelece o padrão adequado de respiração
nasal e postura correta da lingua;
•  Estimulação adequado dos músculos envolvidos
•  Promove a postura correta para futuramente
exercer a função de mastigação

•  Desenvolvimento craniofacial, crescimento


ósseo e dentição

Neiva, F,C,B; Cattoni, D,M; Ramos, J.L; ISSLER, H,


(2003)

v  Consequências do desmame precoce v  Mamadeira


•  A mamadeira propicia o trabalho apenas:

v Ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado: - Mm. bucinadores e do orbicular da boca.

- alterações na postura e força muscular


- prejudicando as funções de mastigação, deglutição, •  Deixa de estimular:
respiração
- Mm pterigóideo lateral e medial, masséter,
temporal, digástrico, genio-hióideo e milo-hióideo.
§  Possibilita a instalação de má oclusão, respiração
oral e alteração motor-oral. §  Não requer os movimentos de protrusão e retração
da mandíbula.
Neiva, F,C,B; Cattoni, D,M; Ramos, J.L; ISSLER, H, (2003) Neiva et.al (2003)

DESENVOLVIMENT
CRESCIMENTO O

CAPACIDADE DE
AUMENTO DAS ADQUIRIR NOVAS
DESENVOLVIME DIMENSÕES CORPORAIS HABILIDADES.
CRESCIMENTO
NTO (FÍSICAS). COMPREENDE TRANSFORMAÇÃO
FORMAÇÃO E CONTÍNUA, COMPLEXA,
RENOVAÇÃO TECIDUAL. DINÂMICA E
PODE DECORRER DE PROGRESSIVA. ENVOLVE
HIPERPLASIA OU NÃO APENAS
HIPERTROFIA CRESCIMENTO, MAS
MATURAÇÃO,
APRENDIZAGEM

(Bee, 2003)

15
DESENVOLVIMENTO PORQUE ESTUDÁ-LO???

TAREFA AUXILIAR O INDIVÍDUO A DESENVOLVER SUA


HABILIDADES MOTORAS

AMBIENTE

INFLUÊNCIA DO
ORGANISMO
(Haywood & Getchell, 2010; Bee, TAMANHO DA CABEÇA
2003) SOBRE O REPERTÓRIO
MOTOR DA CRIANÇA
Altera interações do indivíduo com o ambiente e as
tarefas afetando o desenvolvimento e padrões de (Haywood & Getchell, 2010)
movimento

Acompanhar a curva de crescimento – Peso e


altura

Acompanhamento do Desenvolvimento típico e Delimitação de grupos etários Pós-natais


identificação de des. atípico
-  Período Pré-natal: concepção ao nascimento

-  Período Neonatal: 0-28 dias

-  Infância – lactente: 29 dias – 2 anos


- pré-escolar: 2 a 6 anos
- escolar: 6 a 10 anos

-  Adolescência – pré-puberal: 10 a 14 anos


- puberal: 15-16 anos
- Pós-puberal: 17-19 anos

16
ü  Acompanhar vacinação

ü  Condições de higiene bucal e corporal


Qual a função do fisioterapeuta na equipe de saúde
para a promoção de Prevenção Pós-natal ?
ü  Prevenção de Acidentes na Infância

ü  Condições da família e moradia

Bibliografia
- Olivier, C.E. PUERICULTURA – Preparando o futuro, 2002
- Garcia, A. G. P. Causas infecciosas das anomalias congênitas.
- Neiva, F,C,B; Cattoni, D,M; Ramos, J.L; ISSLER,
H, (2003). J. Pediatr, v.79 n.1, 2003 - Haywood, K.M.; Getchell, N. Desenvolvimento motor ao longo
- Morais, M.B; Campos, S.O; Silvestrini, W,S. Guias da vida. 3a edição, Porto Alegre, 2004
de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. PEDIATRIA.
- Marcondes, Eduardo; PEDIATRIA BÁSICA, Editora Salvier
Editora Manole.
1991
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em lactentes: controvérsias na escolha da posição do - Motta, M.E.F.A.; Silva, G,A,P; Araújo, O.C; Lira, P.I; Lima,
sono. Pediatria (São Paulo) 2011;33(2):97-101 . M.C . J. Pediatr.  vol.81 no.5,  2005
- Silva MPG, Nascimento MJP. Fototerapia no tratamento
das hiperbilirrubinemias neonatais. Enferm UNISA 2006;
§ 
7: 44-7.

Vacinação
Idade Vacina
1° mês BCG intradérmico(tuberculose)
Hepatite B (primeira e segunda doses)
2° mês Vacina Tríplice (DPT - difteria, pertussis ou
coqueluche e tétano)
Vacina Oral antipólio
4° mês Vacina Tríplice (DPT - difteria, pertussis, tétano)
Vacina Oral antipólio
6° mês Vacina Tríplice (DPT - difteria, pertussis, tétano)
Vacina Oral antipólio
Hepatite B (terceira dose)
“ O melhor perfume é do pão; 9° mês Vacina anti-sarampo

o melhor sabor, do sal; 12° mês


15° mês
Catapora ou Varicela
Vacina Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba)
o melhor amor, o das crianças.” 15 a 18 meses Vacina Tríplice (DPT - difteria, pertussis, tétano)
Vacina Oral antipólio
Graham Greene (1904-1991)
24° mês Hepatite A (primeira dose)
29° mês Hepatite A (segunda dose)

Amar a Pediatria... 5 a 6 anos Vacina Tríplice (DPT - difteria, pertussis, tétano)


Vacina Oral antipólio

antes de conhecê-la 11 a 16 anos Vacina Dupla (difteria, tétano) do tipo adulto, que deve
ser repetida a cada 10 anos.

Marcondes

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Leite Materno Leite Animal Leite Artificial
Proteínas Quantidade Excesso, difícil de digerir Parcialmente modificado
Propriedade Importância
adequada e fácil de Rico em anticorpos Protege contra infecções e
digerir alergia.
Lípideos Suficiente em ácidos Deficiente em ácidos Deficiente em ácidos Muitos leucócitos Protege contra infecções.
graxos essenciais, graxos essenciais graxos essenciais
para digestão Laxante Expulsa o mecônio, ajuda a
prevenir a icterícia.
Vitaminas Suficiente Deficiente de A e C Vitaminas adicionadas Fatores de crescimento Acelera a maturação intestinal,
(antioxidante)
previne alergia e intolerância.
Minerais Quantidade Excesso Parcialmente correto
adequada Rico em vitamina A Reduz a gravidade de algumas
infecções (como sarampo e
Ferro Pouca quantidade, Pouca quantidade, má Adicionado, má absorção
diarréia); previne doenças
boa absorção absorção
oculares causadas por deficiência
Água Suficiente Precisa de mais Pode precisar de mais de vitamina A.
Propriedades Presente Ausente Ausente
Antiinfecciosas Fonte: OMS/CDR/93.6
Fatores de Presente Ausente Ausente
Crescimento
Fonte: OMS/CDR/93.6

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