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Jejuns no Calendário Judaico

https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/2252006/jewish/Jejuns-no-Calendrio-Judaico.htm

É uma mitsvá assé (mandamento) dos profetas a pessoa jejuar nos dias que ocorreram
desgraças com nossos antepassados. O objetivo principal desses jejuns é despertar os
corações a observar os caminhos da teshuvá (arrependimento). Na lembrança de fatos
históricos que marcaram a vida de nossos antepassados, somos inspirados a retornar
conforme o que está escrito: "e confessaram os seus pecados e os pecados de seus pais"
(Levítico 26:40).

Desta forma, cada um possui a oportunidade, nestas ocasiões em que se jejua marcadas
em nosso calendário, de refletir sobre seus atos e se arrepender da forma como tem agido.
Conforme os habitantes da cidade de Nineves: "E viu D’us os seus atos" (Jonas 3:10), e
nossos sábios explicam que não falou sobre o seu luto ou seus jejuns, somente "e viu D’us
seus atos", pois retornaram do caminho do mal.

O jejum é basicamente um preparo para a teshuvá e deve-se aproveitar a oportunidade


para reflexão e retorno.

Jejuns do calendário judaico, além de Yom Kipur:

3 de Tishrei (jejum de Guedália)


10 de Tevet (cerco a Jerusalém - 1º templo)
17 de Tamuz (quebra das muralhas de Jerusalém - 2º templo)
9 de Av (destruição do Primeiro e Segundo Templos de Jerusalém
13 de Adar (dia que precede Purim, quando Aman decretou morte aos judeus)

Quando um destes jejuns cai em Shabat, adia-se para depois do Shabat. Caso coincida
com uma sexta-feira, este é antecipado para a quinta-feira, exceto o jejum de 10 de Tevet
— se cair na sexta-feira, jejuamos até o anoitecer de sexta, quebrando o jejum com o
kidush de shabat

Todos os jejuns, com exceção de Tishá Av, são jejuns de "horas dia", ou seja, podemos
comer desde a noite anterior a eles até o amanhecer (consulte sempre tabela de horários
para a sua cidade), para aquele que não dormiu um sono fixo (pelo menos 30 minutos), mas
para aquele que sim dormiu um sono fixo, depois, mesmo que ainda seja noite, é proibido
comer ou beber. Exceção caso tenha tido a intenção de levantar para comer e beber antes
de ter ido dormir e antes do amanhecer. Se a pessoa tem o costume de acordar e beber
algo durante a noite, não é preciso mentalizar condições antes do sono.

Exceto no jejum de Tishá Be Av, é permitido tomar banho (cuidando para não engolir água),
usar cosméticos ou cremes, vestir sapato de couro e ter relações conjugais nos jejuns de
"horas-dia". Tudo isso é proibido em 9 de Av, onde o jejum tem início a partir do pôr-do-sol
da véspera.

Nos demais jejuns (com exceção de 9 de Av) mulheres grávidas e que amamentam não
precisam jejuar. Da mesma forma um doente, apesar que não chega ao nível de estar em
risco de vida, não precisa jejuar. Mesmo aquele que tem permissão de comer, deverá fazê-
lo somente para saciar-se com o necessário. Apesar de crianças abaixo de bar e bat mitsvá
não terem obrigação de jejuar, devem se abster de guloseimas. Quem esqueceu que era
jejum e no meio se lembrou ou foi informada, precisa parar de comer e jejuar até o final do
jejum.
Jejuns Judaicos
https://ongtora.com/jejuns-judaicos/

Jejuns Deoraita (da Torá) e Derabanan (dos Sábios e Profetas)

O calendário judaico tem seis dias de jejum.


Um único Deoráita (da Torá) que é o Yom Kipur, e cinco “Derabanan”, dos quais quatro são
ligados à destruição do Beit Hamikdash e um ligado à Purim:

Yom Kipur – 10 de Tishrei (Deoráita)


Tzom Guedália- 3 de Tishrei- assassinato de Guedália (Derabanan)
Assará BeTevet – 10 de Tevet – cerco de Jerusalém (Derabanan)
Shivá Assar beTamuz -17 de Tamuz-Quebra da muralha (Derabanan)
Tishá beAv – 9 de Av – Destruicão do Beit Hamikdash (Derabanan)
Taanit Esther -13 de Adar – (Derabanan)

Um único Jejum Deoráita (da Torá)

YOM KIPUR - dia da purificação dos pecados

A Torá nos determinou um único jejum, o Yom Kipur. Meninas a partir de bat-Mitzvá, doze
anos de idade, e meninos a partir de Bar-Mitzvá, treze anos precisam jejuar o dia inteiro (se
conseguirem) e cumprir todas as leis referentes a este dia que são: A proibição de comer e
beber; de se lavar (mas ao levantar-se pela manhã, é obrigatório fazer a “Netilat Yadaim”
lavando apenas os dedos das mãos podendo passar eles nos olhos); é proibido também
passar cremes, óleo ou maquiagem (no rosto ou no corpo); calçar sapatos de couro; e ter
relações conjugais (pessoas casadas).

Pessoas idosas ou doentes que não podem jejuar devem consultar o médico sobre isso e
conversar com um rabino sobre o que o médico falou (há casos que o jejum é liberado
totalmente , casos que se come e se bebe um pouquinho dentro de medidas e horários
instruídos pelo Rabino e casos que não se come mas se bebe litros de água).

Yom Kipur que cai no Shabat não é adiado para domingo como todos os outros dias de
jejum mas é feito no próprio Shabat. A Torá chama Yom Kipur de “Shabat shabaton” – “O
Shabat dos Shabats”, indicando que ele tem precedência sobre o Shabat.

A Guemará nos conta que quem come e bebe bastante na véspera de Yom Kipur é como
se tivesse feito dois dias de jejum. Um dos motivos desta Mitzvá de comer e beber bastante
na véspera de Yom Kipur é para que possamos nos alegrar pelo mérito de termos recebido
a Mitzvá da Teshuvá (arrependimento e conserto), cujo clímax é um dia especial por ano,
no qual D’us nos purifica de nossos pecados, o Yom Kipur.

Jejuns Derabanan

Uma Mitzvá dos profetas é a pessoa jejuar nos dias que ocorreram desgraças com nossos
antepassados. O objetivo principal desses jejuns é despertar os corações a observar os
caminhos da Teshuvá (arrependimento). Na lembrança de fatos históricos que marcaram a
vida de nossos antepassados somos inspirados a retornar (fazer Teshuvá) conforme está
escrito: “e confessaram seus pecados e os pecados de seus pais”.

Desta forma cada um possui a oportunidade nesses jejuns de refletir sobre seus atos e se
arrepender da forma como tem agido. Como está escrito sobre os habitantes da cidade de
Nínive na Assíria: “E viu D’us os seus atos”. Nossos sábios explicam que não falou sobre o
seu luto ou seus jejuns, somente “e viu D’us seus atos”, pois retornaram do caminho do mal.

O jejum é basicamente um preparo para a Teshuvá e deve-se aproveitar a oportunidade


para reflexão e retorno.

Tzom Guedália - 3 de Tishrei (jejum de Guedália)

O dia seguinte a Rosh Hashaná marca o Jejum de Guedaliá. O jejum começa ao alvorecer
e termina ao cair da noite.

Qual é o significado desse jejum, e por que ocorre durante os dias intermediários entre
Rosh Hashaná e Yom Kipur?

A história de Guedaliá

Após a destruição do Primeiro Templo há 2.500 anos, a maioria do povo judeu foi
exilada para a Babilônia. O conquistador, Nabucodonosor, terminou por facilitar
algumas de suas restrições mais severas e permitiu que alguns judeus permanecem
na Terra de Israel. Ele chegou a designar um judeu Tzadik, chamado Guedaliá, para
administrar o território. Aos poucos, mais judeus que tinham escapado dos horrores
da guerra para os países vizinhos começaram a voltar aos seus lares em Israel.

Guedaliá era realista sobre as limitações da soberania judaica. Ele compreendia que
para sua auto-preservação, os judeus em Israel precisavam cooperar plenamente
com a nação que tinha conquistado o seu país.

Porém esta política de subserviência era intolerável para alguns judeus. Um homem
chamado Yishmael ben Netaniah, espicaçado pela inveja e influência estrangeira,
promoveu um levante para ignorar o Rei da Babilônia. Em 3 de Tishrei, Yishmael
traiçoeiramente assassinou Guedaliá, bem como muitos outros judeus e babilônios.

Após o assassinato de Guedaliá, os judeus temiam uma reação do Rei da Babilônia.


Pensaram em fugir ao Egito para se salvarem. Porém como o Egito era uma
sociedade moralmente corrupta, os judeus estavam num dilema – era a ameaça
física contra o perigo espiritual. Portanto, eles se voltaram ao Profeta Yirmiyáhu, que
estava recolhido em luto, para pedir conselhos.

Durante uma semana inteira, Yirmiyáhu implorou a D’us por uma resposta.
Finalmente, em Yom Kipur, ele teve um retorno. Yirmiyáhu chamou os judeus e
disse a eles para permanecerem em Israel, e tudo daria certo. D’us estava
planejando fazer com que os babilônios agissem misericordiosamente para com os
judeus, e dentro em breve, todos os judeus exilados teriam permissão de voltar ao
seu próprio solo. Mas, Yirmiyáhu lhes disse, se os judeus decidissem ir para o Egito,
a espada da qual eles estavam correndo os mataria lá.

Infelizmente, as palavras do Profeta não causaram efeito, e o povo se recusou a


acreditar. Todos os judeus em Israel fizeram as malas e desceram ao Egito.
Chegaram a seqüestrar Yirmiyáhu e levá-lo com eles! Agora a destruição estava
completa; a Terra de Israel ficou completamente estéril.

É fácil prever o que aconteceu em seguida. Alguns anos depois, a Babilônia


conquistou o Egito e dezenas de milhares de exilados judeus foram completamente
dizimados. O único sobrevivente deste massacre foi Yirmiyáhu; sua profecia tinha se
provado tristemente verdadeira.

O evento inicial – o assassinato de Guedaliá – tem sido comparado à destruição do


Templo Sagrado, porque custou vidas judaicas e foi o fim da colonização judaica em
Israel durante muitos anos. Os Profetas, portanto, declararam que o aniversário
dessa tragédia deveria ser um dia de jejum. É o terceiro dia de Tishrei,
imediatamente depois de Rosh Hashaná.

Lições do Jejum

Lição nº 1 – O povo judeu tinha caído a um de seus níveis mais baixos na História.
O Templo fora destruído, a maioria dos judeus tinha sido exilada, e tudo parecia
desesperador. Porém D’us mudou esta situação desesperada e fez com que o
Tzadik Guedaliá fosse nomeado. Porém Guedaliá foi assassinado e toda a
esperança se perdeu.

Foi a essa altura que Yirmiyáhu rezou, pedindo a D’us alguma visão e certeza. Isso
foi durante os 10 dias entre Rosh Hashaná e Yom Kipur. Esta história é relembrada
para nos ensinar uma importante mensagem para os dias de hoje: Não importa quão
distante você esteja, sempre poderá voltar e D’us o perdoará.

Lição nº 2 – Os judeus que foram pedir conselho a Yirmiyáhu tinham certeza,


subconscientemente, que D’us lhes daria a resposta que desejavam ouvir. Portanto,
quando D’us respondeu de modo diferente, eles se rebelaram. Porém, não eram
pessoas perversas. O que aconteceu?

Embora estes judeus de certa forma dependessem da vontade dos babilônios, não
estavam dispostos a dependerem da vontade de D’us. A lição é que apegar-se a
D’us significa segui-Lo o tempo todo, não somente quando isso coincide com aquilo
que você deseja.

Uma boa regra na vida, quando se enfrenta um dilema moral traiçoeiro, é perguntar
a si mesmo: “O que D’us diria? O que Ele deseja que eu faça?”

Lição nº 3 – Um assassinato é uma enorme tragédia, terrível, que pode ter enormes
repercussões históricas. Não há desculpas para tal violência. Temos diferenças
filosóficas e políticas? Devemos resolvê-las com calma e tolerância. É a única
maneira aceitável.

Assará BeTevet - 10 de Tevet (cerco a Jerusalém por Nebuzaradan, general da Babilônia –


1º templo , 425 AEC)

Em 10 de Tevet do ano 3336 da Criação o exército do Imperador da Babilônia,


Nabucodonosor, formou um cerco em Jerusalém. Trinta meses mais tarde, em 9 de Tamuz
de 3338, seus muros foram rompidos e em 9 de Av do mesmo ano, o Templo Sagrado foi
destruído. O povo judeu foi exilado na Babilônia por 70 anos.

Leis e Costumes
10 de Tevet é celebrado como um dia de jejum, luto e arrependimento em recordação ao
cerco de Jerusalém. Nos abstemos de comida e bebida desde o alvorecer até o completo
anoitecer, acrescentando selichot e outras passagens suplementares em nossas preces
Mais recentemente a data de 10 de Tevet foi escolhida para servir como “um dia de Kadish
coletivo” em memória e homenagem às vítimas do Holocausto, muitas das quais se
desconhece o dia do yahrtzeit – data de falecimento.

Shivá Assar beTamuz - 17 de Tamuz (quebra das muralhas de Jerusalém – 2º templo)

O dia 17 de Tamuz é marcado por tristeza e luto; um dia de jejum e introspecção para o
povo judeu. Marca a data em que os romanos romperam as muralhas de Jerusalém para
darem início à destruição do Segundo Templo, no ano 70 EC. Nessa mesma data Moshê
quebrou as tábuas ao ver o povo judeu adorando o bezerro de ouro.

As três semanas mais tristes de nosso calendário vão do dia 17 de Tamuz até 9 de Av -
Tishá BeAv. São marcadas por um período de luto pela destruição do Templo Sagrado e o
consequente exílio físico e deslocamento espiritual – no qual ainda nos encontramos: a
galut.

É chamado de ben hametzarim – “entre os apertos”, baseado no versículo (Echá 1:3) que
declara: “Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos apertos.” Os Sábios (Echá
Rabá 1) explicam que ‘dentro dos apertos’ refere-se a dias de aflição que ocorreram no
período entre 17 de Tamuz e 9 de Av. Nesse período, muitas calamidades abateram-se
sobre o povo judeu através das gerações. Foi durante este período, dentro dos apertos, que
tanto o primeiro quanto o segundo Templos foram destruídos. Este período foi portanto
estabelecido como um tempo de luto pela destruição dos Santuários.

Durante essa época, diminuímos a extensão de nossa alegria. Casamentos não são
realizados, abstemo-nos de ouvir música, dançar, fazer viagens recreativas, e de cortar os
cabelos. Segundo o costume sefaradi, que é baseado na opinião de Beit Yossef, cortes de
cabelo são permitidos até a semana na qual Tish’á Beav realmente cai.

Costuma-se não falar a bênção Shehecheyanu nesse período. Por isso não vestimos
roupas novas e não comemos frutas que ainda não tenham sido comidas nessa estação,
para que não tenhamos que falar Shehecheyanu. Entretanto, quando confrontados com
uma oportunidade de cumprir uma Mitzvá que passará – como por exemplo, uma
circuncisão ou um pidyon haben – então é feita a bênção. Uma mulher grávida que tenha
vontade de comer a fruta, porém, ou uma pessoa doente que necessita dela para sua
saúde, pode falar o Shehecheyanu para comer a fruta durante as três semanas.

Costuma-se ser ainda mais cuidadoso que o normal ao se evitar situações perigosas.
Pessoas devotas separam um período de tempo para reflexão e luto pela destruição de
ambos os Templos.

Reflexões sobre o mês de Tamuz

Há alguns fatos que ocorreram nessa data e que merecem ser citados.

O dia 17 de Tamuz é um dia de jejum em lembrança à cinco tragédias que


assolaram o povo judeu em diversas épocas de sua história. O primeiro desses foi o
fato de Moshê ter quebrado as Tábuas da Lei. Nas preces de Selichot, rezadas
neste dia, há menção à quebra das Tábuas, sem referência ao motivo (o bezerro de
ouro). Isto porque a milagrosa escrita Divina gravada nas Tábuas nunca mais foi
recuperada. Foi perdida para sempre essa forte revelação Divina cujas letras
estavam gravadas de fora a fora, de forma legível sob qualquer ângulo e cuja
mensagem podia ser claramente transmitida, sem qualquer possibilidade de
distorção. O número 21 (soma dos dias das Três Semanas) forma a palavra
hebraica Ach, que significa “só” ; 17 (de Tamuz) tem o valor numérico da palavra
hebraica Tov que quer dizer “bom”. Ambas iniciam o versículo que diz: “Ach Tov
Leyisrael”, “Apenas o bem para Israel”. Isto mostra que, de modo mais profundo, os
acontecimentos desagradáveis das Três Semanas, na realidade, levarão somente a
coisas boas. O número três, no judaísmo, representa perfeição e eternidade. E
assim está escrito: “A corda tríplice não se desmanchará facilmente”. De fato, esse
número é recorrente: há três Patriarcas, três Festas de Peregrinação, a Lei Escrita é
composta de três partes (Torá, Neviim e Ketuvim), entregue no terceiro mês após a
saída do Egito, ao povo judeu formado por três grupos (Cohen, Levi e Yisrael) etc.
Se o número três é tão significativo, por que então tantas tragédias recaíram sobre o
povo judeu durante as Três Semanas? A resposta é que todo esse sofrimento são
etapas que levam à Era Messiânica. Isto é aludido ao fato de os dois jejuns, 17 de
Tamuz e 9 de Av, sempre coincidirem com o mesmo dia da semana do Sêder de
Pêssach, quando comemoramos a saída do Egito e nossa libertação.

Tishá BeAv - 9 de Av- (destruição do Primeiro e Segundo Templos de Jerusalém

O jejum de Tish’a BeAv recorda a destruição dos dois Templos Sagrados em Jerusalém.

De acordo com nossos sábios, muitos eventos trágicos aconteceram a nossos


antepassados nesta data:

O pecado dos espiões fez com que D’us decretasse que os filhos de Israel que saíram do
Egito não seriam permitidos de entrarem na terra de Israel e morreriam no deserto;
O primeiro Templo foi destruído;
O segundo Templo foi destruído;
Beitar, a última cidade a resistir aos romanos durante a Revolta de Bar Kochvá, no ano de
135 foi vencida, selando o destino do Povo Judeu.
Um ano depois da queda de Beitar, a região do Templo foi arada.
Em 1492, o Rei Ferdinando da Espanha emitiu o decreto de expulsão, marcando Tisha
BeAv como prazo final para que não houvesse um único judeu no solo espanhol.
A 1ª Guerra Mundial teve início em Tisha BeAv.

No jejum de Tisha Beav fica proibido:


Comer e beber. Se houver necessidade de alimentação por ordem médica, deve se
consultar um rabino como proceder.
É proibido calçar sapatos de couro.
É proibido lavar-se (inclusive enxaguar a boca). Ao acordar pela manhã (e após ir ao
toalete) lava-se somente os dedos das mãos.
É proibido passar óleo, creme, perfume ou maquiagem no corpo. Para os casais é
proibido ter relações conjugais.
Não se deve cumprimentar uma pessoa, mas se cumprimentado, deve-se responder
em voz baixa, para não despertar ressentimentos.
O Jejum de Tishá Be Av inicia-se ao Entardecer. Antes do jejum se faz uma Seudá
Hamafsêket com pão e se costuma comer ovos mergulhados em um pouquinho de
cinzas. Se Tishá BeAv cair no Shabat ele é adiado para sábado à noite. Nesse caso
antes do pôr-do-sol faz-se uma terceira refeição de Shabat, Seudá Shlishit, que
valerá como a refeição que antecede o jejum (Seudá Hamafsêket) com pão. Não se
costuma comer ovos mergulhados em cinzas pois não podemos demonstrar luto no
Shabat. O jejum tem início antes da shkiá, (40 minutos antes do anoitecer).

Após o término do Shabat, os sapatos de couro devem ser trocados por outros de
borracha ou pano e devemos nos sentar em assento baixo.

Após a reza da noite (Arvit) lemos o Livro de Eichá, na tradicional melodia triste.
Logo após a leitura de Eichá e as Kinot da noite, falamos as partes da reza Veatá
Kadosh e Alêinu.

De Manhã , nas Bênçãos Matinais omite-se a Brachá “Sheassá li col Tzarki” (“…que
me proveu de todas as minhas necessidades”), pois esta bênção vem em
agradecimento ao calçado e em Tish’á Beav, é proibido usar sapatos de couro.
Mesmo quando já se calçam os sapatos ao término do jejum, esta bênção continua
não sendo falada até o dia seguinte.

Talit e Tefilin não são usados durante Shacharit. Após Shacharit falamos as Kinot.
Em seguida, falamos Ashrêi, Uvá letziyon (omitindo o versículo Vaani zot briti… vead
olam”) e Alêinu. Repetimos o Livro de Eichá após Alêinu. Neste dia não falamos
Tachanun (súplicas).

De tarde , antes da reza de Minchá, coloca-se Talit e Tefilin e falamos o Shemá


completo. Iniciamos com os trechos que não foram ditos de manhã: Shir Shel Yom,
Ein K’Elokêinu e Tehilim. Também estudamos a parte diária do Chumash com Rashi
e Tanya.
Na Amidá de Minchá acrescenta-se Anêinu e também Nachêm (“Consola-nos”) em
lembrança do Templo Sagrado, incendiado nessa hora. É costume doar para a
Tzedacá o valor das refeições deste dia. Os que colocam Tefilin de Rabeinu Tam,
devem fazer isto após Minchá, antes do pôr-do-sol.

De noite depois da reza de Arvit com o término do jejum lava-se as mãos 3 vezes
intercaladas (dessa vez, a mão toda até o pulso, sem falar a bênção al netilat
yadáyim). Lava-se o rosto e enxagua-se a boca e se come um “quebra-jejum e
falamos a reza de Kidush Levaná (santificação da Lua Nova).
Dia Dez de Menachem Av vigoram até meio-dia todas as proibições dos Nove Dias,
porque o Templo continuou em chamas durante o dia dez de Av. Nossos Sábios
prometeram que quem fica de luto pela destruição de Jerusalém terá a alegria de ver
a sua reconstrução.

Ta’anit Esther - Jejum de Esther , 13 de Adar (dia que precede Purim, quando Haman
decretou morte aos judeus)

A “Solução Final” de Haman foi marcada para o dia 13 de Adar mas em vez disso, Haman
foi enforcado, e por decreto real os judeus foram autorizados a se defenderem em legítima
defesa e rechaçaram todos os ataques com sucesso. No dia seguinte, 14 de Adar, eles
descansaram, apreciaram sua milagrosa salvação e estabeleceram o feriado de Purim.

Em situação de perigo, somos ordenados a instituir um dia de jejum para nos


arrependermos, rezarmos e pedir pela misericórdia divina. Assim, o dia 13 de Adar, o dia da
batalha, foi instituído como um dia de jejum.

No início da narrativa de Purim, Esther arriscou sua vida por aparecer diante do rei sem
permissão. Mas antes ela havia pedido para que os judeus jejuassem com ela por três dias.

Comemoramos esses jejuns a cada ano jejuando (só) um dia , antes de Purim, chamado de
Ta’anit Esther (Jejum de Esther). Se Purim cai em um domingo, o jejum é antecipado para
quinta-feira.
Se você é saudável e acima da idade de Bar ou Bat Mitzvá, não deverá comer ou beber
desde o amanhecer até o término da leitura da Meguilá na noite de Purim (ou, se o jejum foi
antecipado para a quinta-feira, até após o anoitecer.

Machatzit Hashekel:
Em comemoração ao meio-shekel que foi doado por cada judeu ao Templo Sagrado
– o Talmud contabilizou como um total de 10.000 talentos de prata – e que Haman
deu ao rei Assuero para obter o decreto real que estabeleceria o extermínio do povo
judeu, costumamos levantar três moedas de prata e doar valores equivalentes a
“três meias moedas” (por exemplo, três meio-dólares em moedas) para a caridade
na tarde do Jejum de Esther, três meio-dólares por cada membro da família antes de
Minchá (Reza da Tarde). Esse costume nessa data evoca as três contribuições dos
judeus feitas para a construção do Tabernáculo e para os seus sacrifícios.

Se você não conseguiu dar machatzit hashekel antes de Minchá, poderá fazê-lo
antes da leitura da Meguilá à noite ou na manhã seguinte.
Normalmente, quando um jejum “Derabanan”cai no Shabat, adiamos o jejum até
domingo –Mas no caso de Purim não podemos fazer assim porque não seria tão
festivo se estivéssemos jejuando nesse dia… desta forma antecipamos o jejum para
quinta-feira. Em honra ao Shabat, nos abstemos de jejuar na sexta-feira. (Se,
entretanto, você se esqueceu de jejuar na quinta-feira, deverá jejuar na sexta.)

Quando um jejum “Derabanan” cai em Shabat, ele é adiado para depois do Shabat.

Caso um jejum “Derabanan” caia em uma sexta-feira, ele é antecipado para a quinta-feira,
exceto o jejum de 10 de Tevet que se cair na sexta-feira, jejuamos até o anoitecer de sexta,
quebrando o jejum com o kidush de Shabat

Todos os jejuns com exceção de Tishá Av são jejuns “só de dia”, ou seja, podemos comer
desde a noite anterior a eles até a alvorada (consulte sempre a tabela de horários para a
sua cidade), para aquele que não dormiu um sono fixo (pelo menos 30 minutos), mas para
aquele que sim dormiu um sono fixo, depois, mesmo que ainda seja noite, é proibido comer
ou beber. Exceção caso tenha tido a intenção de levantar para comer e beber antes de ter
ido dormir e antes do amanhecer. Se a pessoa tem o costume de acordar e beber algo
durante a noite, não é preciso mentalizar essa condição antes de dormir.

Exceto no jejum de Tishá Be Av, é permitido tomar banho (cuidando para não engolir água),
usar cosméticos ou cremes, vestir sapato de couro e ter relações conjugais na noite dos
jejuns que só “só de dia”. Tudo isso é proibido em 9 de Av, onde o jejum tem início a partir
do pôr-do-sol da véspera.

Nos demais jejuns (com exceção de 9 de Av) mulheres grávidas ou lactantes (que
amamentam) não precisam jejuar. Da mesma forma um doente, apesar de não chegar ao
nível de estar em risco de vida, não precisa jejuar. Mesmo aquele que tem permissão de
comer, deverá comer somente o necessário.

Apesar de crianças abaixo de bar e bat mitsvá não terem obrigação de jejuar, devem se
abster de guloseimas. Quem esqueceu que era jejum e no meio se lembrou ou foi
informado, precisa parar de comer e jejuar até o final do jejum.

E que esses dias se transformem imediatamente em dias de festa com a chegada do


Mashiach em breve em nossos dias!

Rabino Gloiber

Esperando Mashiach junto com vocês

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