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AO DO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE RECIFE/PE

Alfa Ltda, (qualificação), vem perante V.Ex.ª, por meio de advogado


constituído, propor com fulcro nos arts. 542 e seguintes do CPC, e art. 769 da
CLT,
Ação de Consignação em Pagamento, pelo Rito Sumaríssimo, em face
do Espólio de José das Couves, representado por sua inventariante, Maria das
Couves, pelos fatos e fundamentos a seguir.

FATOS

A consignante em questão é a representante do Espólio deixado por José


das Couves em razão de seu falecimento no dia 19/08/2017. O de cujus foi
admitido pela parte consignante em 02/03/2015, para exercer a função de
ferramenteiro, percebendo o salário mensal no valor de R$ 3.000,00 (três mil
reais), com uma jornada de trabalho de 08 horas diárias, de segunda a sexta-
feira e de 04 horas no sábado, perfazendo o total de 44 horas semanais,
respeitando o limite constitucional previsto no art. 7º, XIII.

Durante o Contrato de Trabalho, devidamente registrado em sua CTPS,


recebeu regularmente as verbas salariais, bem como foi feito o correto
recolhimento de seu FGTS, contribuições previdenciárias e o pagamento de 13º
salário referente aos meses trabalhados em 2015 e 2016. Apesar de seu
falecimento ter ocorrido dentro das mediações da empresa consignante e o
mesmo se deu em razão de “um ataque do coração”.

Durante o período em que prestou serviços à consignante, o de cujus


nunca gozou férias.
MÉRITO

1) Do cabimento;

Conforme leciona o art. 769 da CLT, nos casos omissos, o Direito


Processual Comum será fonte subsidiária do Direito Processual do Trabalho,
exceto naquilo que lhe for incompatível, para tanto, faz-se o uso do procedimento
da Ação de Consignação em Pagamnto da remuneração devida pelas férias
vencidas, de seu respectivo terço constitucional e dos valores proporcionais à
gratificação natalina devidos ao consignatário.

2) Das Férias Vencidas;

O de cujus por não ter gozado férias na empresa consignante, em relação


aos períodos aquisitivos de 02/03/2015 a 02/03/2016; 02/03/2016 a 02/03/2017,
deverá perceber a respectiva remuneração em dobro, em respeito ao artigo 137
da CLT.
Em razão da cessação do Contrato de Trabalho pela morte do empregado
em 19/08/2017, seu espólio faz jus ao recebimento da remuneração ao período
incompleto de férias, de acordo com o previsto no §Ú do art. 146. Perfazem,
portanto, os valores devidos relativos às férias, o montante de R$ 18.000,00
(dezoito mil reais) conforme planilha abaixo:

Período aquisitivo Férias remuneradas 1/ 3 Constitucional Remuneração em dobro

02/03/2015 -
R$ 3.000,00 R$ 1.000,00 R$ 4.000,00
02/03/2016
02/03/2016 -
R$ 3.000,00 R$ 1.000,00 R$ 4.000,00
02/03/2017
02/03/2017 -
R$ 1.500,00 R$ 500,00 -
19/08/2017

Soma R$ 7.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00

Total R$ 18.000,00 (dezoito mil reais|)


3) Da gratificação natalina;

Prevista na Lei 4.090/1962 e garantida posteriormente também na


Constituição de 1988, a gratificação natalina ou 13º salário, será devida
proporcionalmente nos casos de extinção do Contrato de Trabalho em
período anterior a dezembro. Tendo em vista que o empregado falecera
em 19/08/2017, o mesmo adquiriu o direito a receber 8/12 avos de sua
remuneração como gratificação natalina, que corresponderá a R$
2.000,00 (dois mil reais), incluído neste cálculo os 19 dias (dezenoves
dias) trabalhados em agosto ao § 2º do art. 1º da referida Lei 4.090/62.

REQUERIMENTOS
AO DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS.

João, brasileiro, solteiro, professor, CPF nº, endereço eletrônico,


residente e domiciliado à...., neste ato representados por seu advogado,
devidamente constituído, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, em
consonância com o disposto no artigo 1.015 e seguintes do NCPC de 2015,
interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Contra decisão interlocutória proferida pela 2ª Vara Cível da Comarca de


Juiz de Fora que concedeu a antecipação de tutela ao Agravado Pedro,
brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, CPF, endereço eletrônico,
residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ, deferindo liminarmente o despejo
do agravante e concedendo-lhe o prazo de 72 (setenta e duas) horas para
desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Inconformado com tal decisão, não lhe restou outra alternativa senão a
interposição do agravo de instrumento que vai devidamente instruído, nos
termos do art. 1.017 do CPC, com as seguintes peças:
a) Cópias da petição inicial, da decisão agravada e respectiva certidão
de intimação desta, das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado.
b) Declaração de inexistência da contestação.
c) Declaração de hipossuficiência econômica pelo agravante.

Nestes termos, pede deferimento.

Local, data.

_____________________________
Advogado/OAB:
RAZÕES RECURSAIS

AGRAVANTE: João
AGRAVADA: Pedro

Autos de origem n°: -

VARA DE ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA

Egrégio Tribunal

Colenda Câmara

Nobres julgadores,

I- DOS ADVOGADOS

ADVOGADO (a) do Agravante: inscrito na OAB/MG sob o nº, com endereço


profissional.

ADVOGADO (a) do Agravado: inscrito na OAB/MG nº, com endereço


profissional.

II- DA TEMPESTIVIDADE
Considerando que a decisão do Juízo a quo foi publicada na data ...., sendo
seu termo inicial no dia ....., discorrendo a partir de então o prazo de 15 (quinze)
dias conforme o § 5º do art. 1003 e quanto à observância dos dias úteis apenas,
do art. 219 do NCPC. Deve, portanto, ser considerado tempestivo o presente
agravo, interposto na data de ....
III- DO PREPARO

O Agravante deixa de efetuar preparo, em razão do estado de


hipossuficiência econômica em que se encontra, e espera o deferimento da
assistência judiciária, tendo em vista não lhe ter sido oportunizado o pedido de
desta junto ao juízo ad quo.

IV- DO CABIMENTO
Encontram-se presentes os dois requisitos para se configurar o cabimento do
presente recurso. A sucumbência da agravante em razão do deferimento do
pedido do agravado na ação de despejo. Quanto ao segundo requisito, por
inteligência do art.1.105, I, é o agravo de instrumento o recurso adequado para
questionar decisão que versar sobre tutelas provisórias, e como se aferirá na
descrição dos fatos a seguir, a decisão ora agravada se prestou a deferir tutela
antecipada concedida liminarmente.

V- DA APLICAÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO.


Em razão da gravidade do prosseguimento da Ação de Despejo, e da certeza
que o a reforma do error in judicando será conhecido e provido, pede-se o efeito
suspensivo imediato à decisão que deferiu liminarmente o despejo do agravante,
com fulcro no art. 1015, I e art.1019, I do NCPC.

VI- DA CONCESSÃO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

VII- DOS FATOS

O agravado Pedro ajuizou Ação de Despejo cumulada com Cobrança de


Aluguéis pleiteando antecipação de tutela com vistas a despejar liminarmente o
agravante, uma vez que desejava alugar o imóvel alugado conforme contrato de
locação celebrado entre agravante e agravado em 1º de fevereiro de 2017, com
prazo estipulado de 48 (quarenta e oito meses) ficando acordado que o valor do
aluguel seria de R$ 3.000/00 (três mil reais) além da obrigação do agravante não
dar destinação diversa da residencial ao imóvel locado, ofertando também fiador
idôneo

VIII- DOS FUNDAMENTOS

A) Do não preenchimento dos requisitos para a concessão da liminar.


Primeiramente, aponta-se como respaldo jurídico ao agravamento da decisão
ora discutida a não observância pelo magistrado de 1ª instância das hipóteses
legais que autorizam a concessão da medida liminar ao deferir o pedido de
despejo do agravante.
B) Do desrespeito ao prazo legal.
De igual maneira resta ilegal a fixação do prazo para desocupação em 72
(setenta e duas) horas, em flagrante afronta ao determinado no art. 59 da Lei do
Inquilinato que prevê 15 (quinze) dias. Resta claro que tal redução no prazo,
além de alijar direito garantido por lei ao agravante na qualidade de locatário,
também dificulta o cumprimento da obrigação para se evitar a rescisão do
contrato.

C) Da desproporcionalidade da multa.

IX- DOS PEDIDOS


a) Requer a admissão do recurso, uma vez preenchidos todos os
requisitos de admissibilidade.
b) Requer a reforma da decisão pela insuficiência de requisitos
necessários para a concessão da liminar, bem como pelo
caráter ilegal na estipulação do prazo para desocupação do
imóvel.
c) Intimação do agravado para querendo apresentar
contrarrazões em 15 dias.

Pede deferimento,
Local, data.

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