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AS REDES SOCIAIS

COMO INSTRUMENTO
DE MANIPULAÇÃO DA
CONSCIÊNCIA
COLETIVA
PUBLICADO EM TECNOLOGIA POR ​JOÃO CARLOS FIGUEIREDO

O advento das redes sociais já foi tema de livros, filmes e debates, pelo
seu papel transgressor de comportamentos, e de protagonista das ações
sociais em situações de crise ou de instabilidade institucional. Esse
recurso tecnológico introduziu um novo modelo de intervenção social,
de profundo significado para a organização social e política de países,
democráticos ou não, embora para os primeiros essa manifestação se
processe sem culpas e sem punições. O propósito desse artigo é discutir
a tempestividade dessa ferramenta, e sua apropriação pelos atores
sociais, adquirindo recursos tradicionais de análise como arcabouço
intelectual para seu suporte, e de profundo impacto para as
transformações que presenciamos na sociedade contemporânea.

Abstracts
The advent of social networks has been the subject of books, films and
discussions, the role of transgressive behavior, and protagonist of social
actions in crisis situations or institutional instability. This technological feature
introduced a new model of social intervention, of profound significance for the
social and political organization of countries, democratic or not, although for
the first countries, this manifestation is carried out without guilt or punishment.
The purpose of this article is to discuss the timing of this tool, and its
appropriation by social actors, acquiring traditional resource analysis as
intellectual framework for its support, and a profound impact to the changes
that we found in contemporary society.

Prolegômenos
Nos primórdios de 1970 surgiu a Internet, na época apenas uma rede de
relacionamentos acadêmicos destinada a compartilhar trabalhos científicos
entre Universidades e Centros de Pesquisa (ARPANET). Era ainda um
recurso incipiente, com pouca interatividade, similar aos atuais correios
eletrônicos (ou e-mails). A tecnologia que lhe servia de suporte ainda não
possuía as interfaces gráficas desenvolvidas, e que surgiram apenas em
1984, com o Macintosh, que viria a se tornar o símbolo da Apple, empresa
notabilizada por Steve Jobs e sua equipe como modelo de criatividade
produtiva.
A família Apple se desenvolveu e o Macintosh® se transformou simplesmente
em “Mac”, dando origem a uma família de equipamentos, conhecidos como
iMac® (“i” de interativo, inovador, interligado), e com um sistema operacional
robusto e consistente, que inspirou outro jovem, Bill Gates, a criar a empresa
que seria líder do mercado incipiente de computadores pessoais, a
Microsoft®, base para a implementação de tecnologias impensáveis nas
décadas que os antecederam. Esses equipamentos custavam uma pequena
fortuna em seus primórdios e, com a evolução tecnológica e o crescimento
acelerado da demanda, acabaram por se tornar indispensáveis a todos os
indivíduos, símbolo de sucesso e de status social.

No entanto, durante as quase quatro primeiras décadas, a computação


eletrônica, hoje simplesmente conhecida como Informática, e transformada
pelas Ciências da Computação em área específica de conhecimento, tinha
sua infraestrutura suportada por máquinas de grandes proporções e de
altíssimo custo, além de exigir conhecimentos técnicos complexos para sua
utilização e para o desenvolvimento de programas e aplicações,
exclusivamente de uso científico, industrial e comercial. Eram, então,
impensáveis as atuais facilidades tecnológicas.

O advento do computador de uso pessoal (PC – Personal Computer) ocorreu


a partir da década de 1970, mas sua evolução inicial foi lenta e seus recursos
limitados, em sua origem. Porém, o surgimento do mercado potencial de
usuários injetou-lhe enormes investimentos, que transformaram sua evolução
em uma curva exponencial, com resultados surpreendentes, principalmente
para os usuários, que não podiam prescindir de um técnico especializado para
construir suas próprias aplicações. Surgiram as “Suítes” de aplicativos, como o
Lótus 123®, o Quattro®, o Microsoft Office® e tantos outros que viriam em
suas pegadas. Para que essas ferramentas se desenvolvessem e
compartilhassem recursos entre usuários remotos, outra tecnologia foi
produzida com a mesma rapidez e eficiência: as redes locais, inicialmente, as
remotas, em seu encalço e, finalmente, a Internet.
Diversas tecnologias complementaram a “caixa de ferramentas” do usuário
contemporâneo, e uma delas foi o advento dos correios eletrônicos (e-mails).
As primeiras experiências de redes remotas exigiam um provedor de
comunicações (ISP – Internet Service Provider) e sua velocidade de tráfego de
dados dificultava seu uso. Alguns desses provedores se transformaram em
Portais de Informação, como o AOL®, UOL®, TERRA®, IG®, dentre tantos
outros. Os conceitos de Portal de Negócios e de Portal de Informações
surgiram na década de 1990, transformando a Internet em um mercado de
transações comerciais e de divulgação de notícias. Como negócio, as trocas
de mensagens comerciais viriam e se denominar EDI – Electronic Data
Interchange, baseada em um conjunto de protocolos (regras de uso e de
sintaxe), que transformaram a vida das pessoas e das empresas. Esse novo
modelo de negócio viria a ser conhecido como Comércio Eletrônico
(e-Commerce), e compreendia duas modalidades básicas: B2B (Business to
Business – “transações comerciais entre empresas”) e B2C (Business to
Consumer – “transações de vendas ao consumidor final”).

O universo da Informática é tão grande nos dias atuais que se torna difícil,
senão impossível, resumi-lo em um texto, e esse não é nosso objetivo No
entanto, esses conceitos elementares são necessários para apresentar a
questão da evolução tecnológica que permitiu o surgimento das redes sociais.
Elas apareceram no contexto da Informática na virada do século, logo depois
de uma transformação que viria a impactar todo parque tecnológico instalado
de computadores, sejam eles domésticos (pessoais) ou empresariais: o
evento ficou conhecido como “o bug do milênio”, espécie de praga que viria a
inviabilizar, se ocorresse, o uso desses equipamentos.

É difícil explicar, para quem hoje faz uso da Informática, como e por que essa
situação aconteceu; mas, propondo uma síntese, diríamos que as limitações
tecnológicas e o elevado custo dos computadores em sua origem, aliados à
falta de perspectiva histórica e de antevisão da demanda por esses
equipamentos levou os especialistas (programadores e analistas de sistemas)
a elaborar uma simplificação prática que, hoje, seria tida como
“incompetência” ou “irresponsabilidade”: todas as datas utilizadas (ou
armazenadas) em arquivos e sistemas de informação tiveram o “século”
suprimido de seu formato (DDMMAA), e eram novamente inseridas em
relatórios, como uma constante (19AA). Isso significava que, na mudança de
século (3º milênio), todos os relatórios seriam impressos “voltando” 100 anos
na exibição de datas: “21/12/2001” seria mostrado como “21/12/1901”, por
exemplo.

Esse erro conceitual foi utilizado, inclusive, no desenvolvimento dos sistemas


operacionais dos mainframes, e dos pequenos componentes, conhecidos
como BIOS, que nada mais eram que minúsculos programas para iniciar o PC
(personal computer). O custo das mudanças foi enorme (bilhões de dólares)
para as empresas e para os países, mas provocou a mais dramática
transformação do uso da Tecnologia da Informação: uma nova geração de
máquinas e de programas foi implementada em tempo recorde em todo o
mundo, quase que simultaneamente, graças aos enormes investimentos para
superar essa falha técnica exemplar, apenas justificada pela incapacidade de
se prever que tais sistemas sobreviveriam por décadas e chegariam ao ano
2.000 ainda ativos.

As Redes Sociais
O Novo Milênio trouxe novos conceitos, novas tecnologias e uma redução de
custos sem precedentes para os equipamentos de Informática. Se os
investimentos no final do século passado se dirigiam à tecnologia de per se,
criando as grandes estruturas de bancos de dados, os conceitos de orientação
a objetos, e os pacotes empresariais conhecidos como ERP – Enterprise
Resource Planning, MRP – Manufactoring Resource Planning, dentre outros,
no Novo Milênio a preocupação voltou-se para o Relacionamento entre
Organizações em seu processo negocial. Surgiram novos conceitos nesta
linha de raciocínio, como o CRM – Customer Relationship Management, o
CPFR – Collaborative Planning Forecasting and Replenishment, e os Portais
de Negócio. Este último substituiria as tecnologias tradicionais de troca
eletrônica de mensagens por novos modelos interativos para o
estabelecimento de parcerias comerciais e negociação interativa. Essa nova
modalidade atenderia, principalmente, uma cadeia de relacionamentos
conhecida como Supply Chain Management, ou Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos, que contemplava desde os fornecedores de matérias-primas até
o consumidor final, passando pelas indústrias de transformação, pelos canais
de distribuição e, finalmente, pelos pontos de venda. Era uma revolução no
processo de produzir e comercializar bens de consumo.

A contrapartida nos relacionamentos sociais e no uso da computação pessoal


viria através das redes sociais. A primeira e mais conhecida rede social foi o
Orkut®, seguida pelo Facebook®, que viria a se tornar a maior rede de
relacionamentos do mundo, penetrando, inclusive, em países da antiga
“Cortina de Ferro” (China e Rússia) e nos países muçulmanos (Paquistão,
Líbano, Argélia, Egito), todos com a tradição de extremas restrições
dogmáticas aos seus cidadãos. No princípio, foi necessário um extenso
aprendizado, tanto por parte dos desenvolvedores, quanto dos usuários
desses novos recursos. A interface gráfica carecia de praticidade e as regras
de utilização não inibiam abusos, que quase inviabilizaram o desenvolvimento
desse mundo novo que se prenunciava.

Esse aprendizado ainda continua, e novas funcionalidades e novas regras são


implementadas continuamente, com o objetivo de respeitar leis e costumes
dos países, bem como assegurar a privacidade e o respeito aos usuários em
sua rede de relacionamentos. Conflitos precisam ser administrados para coibir
os abusos, e até sistemas de punições foram estabelecidos para permitir que
pessoas se relacionassem em segurança e com comportamentos aceitáveis
pelos membros dessas novas comunidades. Hoje, pode-se dizer que essas
redes estão maduras e funcionam a contento, permitindo que pessoas de
todas as nacionalidades, falando os mais diferentes idiomas, professando
diferentes crenças e tendo variados costumes e tradições possam se
comunicar. As redes sociais são a Torre de Babel dos tempos atuais, onde
cada um fala o seu idioma, só que com capacidade de comunicação e de
compreensão. A tradução entre idiomas é simples, embora ainda careça de
confiabilidade semântica.

As transformações sociais no mundo contemporâneo

Não apenas as redes sociais surgiram no mundo atual. Desde a década de


1950, transformações sociais ocorrem, subvertendo costumes e compelindo
pessoas a mudar suas regras e combater preconceitos. Não foi a Informática
que iniciou essas mudanças, mas outra tecnologia: a televisão. Depois da
Segunda Guerra Mundial, e em função dos investimentos em pesquisa
científica e produção de armamentos, novos recursos tecnológicos surgiram
para suprir as demandas por supremacia militar. Dentre eles, o que mais
impactou as relações sociais foi a televisão. Fruto do desenvolvimento de
equipamentos de comunicação durante a guerra, a televisão surgiu no início
da década de 1950, tendo evoluído constantemente desde então, tanto com
relação a seus recursos tecnológicos (transmissão via satélite, integração com
a Internet, TV´s de LED e de plasma, redução de custo de componentes, etc.),
quanto à sua utilização midiática (recursos de design, programação,
interatividade, competitividade pelo comando de audiência, versatilidade de
temas, etc.).
Como recursos de comunicação “ao vivo” e instantâneos, a televisão passou a
ser um instrumento de transformações sociais tão importante que, desde seu
início, passou a ser alvo de censura e constrangimentos por parte de governos
e igrejas, que não se conformavam com a queda sucessiva de seus dogmas e
tradições e com a perda de controle sobre seus membros. O mundo viu,
atordoado e em tempo real, o surgimento dos movimentos hippie e woman´s
lib, nos anos 1960, a implantação de ditaduras militares nas décadas de 1960
e 1970, a queda das mesmas ditaduras nos anos 1980, as guerras do Oriente
Médio nos anos 1970 e 1980, os atentados terroristas e a liberdade de
escolha de preferências sexuais dos anos 1990 e 2000... todos esses
acontecimentos sociais e muitos outros apareciam “ao vivo” nas telas da TV e
mobilizavam os sentimentos e emoções de toda a Humanidade.

Pela primeira vez, o homem podia se considerar participante da sua História,


membro atuante ou mero expectador de todos os fatos sociais. O jornalismo
de notícias e investigativo foi elevado à categoria de líder de vídeo audiências,
e presença constante na maioria das casas do mundo civilizado. O papel do
rádio, como elemento integrador da sociedade às famílias, foi reduzido às
pequenas comunidades desprovidas de recursos da “modernidade”. As
novelas e séries de televisão foram, no entanto, os fatores mais importantes
das transformações sociais, uma vez que não retratavam a realidade, mas
criavam “novas realidades”, jamais concebidas, confrontando regras morais e
religiosas e criando uma nova sociedade baseada na liberdade absoluta de
expressão e de conduta.

As Redes Sociais como Instrumento de Manipulação da Consciência


Coletiva

Ainda que sem esse propósito, as redes sociais ofereceram, de imediato, um


instrumento de enorme penetração e sem ônus para seus usuários, e
certamente seriam utilizadas para quaisquer fins que se pretendesse:
divulgação e comercialização de produtos e serviços, debates e propagação
de ideias, publicação de fotografias, músicas, filmes, livros e textos, criação e
veiculação de enquetes, uso de jogos eletrônicos, agendamento, divulgação e
controle de participação de pessoas em eventos, publicação de curriculum
vitae, agenda de aniversariantes, comunicado de fatos pessoais e públicos
relevantes, intercâmbio de mensagens, formação de grupos de interesse,
construção e gerenciamento de redes sociais privadas, integração de sistemas
de mensagens com outras redes sociais, mensagens publicitárias, construção
de páginas pessoais, dentre tantas outras funcionalidades.

Logo se percebeu a importância e o alcance desse novo recurso de


comunicação e relacionamento, mas ainda não se percebia seu impacto nas
relações sociais coletivas. Grupos de interesse com características e
propósitos bem definidos logo passaram a veicular ideias e propostas,
conclamando os componentes de suas redes para adesão às propostas. As
redes, antes individuais, começaram a se interligar, formando suas próprias
“sinapses” sociais, fato inusitado e inesperado, seja para os criadores dessas
poderosas ferramentas, seja para seus usuários: as redes “aprendiam” com
suas próprias experiências, criando estruturas complexas, como são as
sociedades humanas. As redes atingiram sua maturidade e começaram a
influenciar a Humanidade.
Essa situação evoluía paralelamente às transformações que o mundo sofria
em suas próprias estruturas sociais e políticas. As “primaveras árabes” e as
manifestações da Comunidade Europeia, as primeiras em busca de Liberdade
e Democracia e as segundas em protesto contra as medidas econômicas do
Euro e o crescimento do desemprego, encontraram nas redes sociais o
instrumento adequado de propagação de protestos e de conclamação do povo
para manifestações públicas. Eram as redes sociais intervindo na consciência
coletiva e funcionando como instrumento de mobilização social em defesa de
seus direitos.

No Brasil, um tema aparentemente irrelevante – o aumento de vinte centavos


nas passagens de ônibus – foi o estopim das manifestações de rua. Mais uma
vez, o meio eram as redes sociais, e o resultado foi a mobilização de dezenas,
depois centenas e, por fim, milhares de pessoas, coletivamente manifestando
seu direito constitucional de protestar contra o que consideravam injusto na
sociedade brasileira. Dos “vinte centavos” originais, dezenas de slogans
demonstravam a revolta de um povo aparentemente avesso a protestos e
acomodado em suas casas, independentemente das injustiças que
presenciavam e que, direta ou indiretamente, afetavam suas vidas.
Dos transportes coletivos à saúde, à educação, às minorias étnicas oprimidas,
à devastação da Amazônia, à política e à corrupção tudo era permitido e, pela
primeira vez, se constatava um fenômeno inusitado nas manifestações
populares: uma mesma passeata poderia conter os mais diversificados temas,
sem com isso perder sua representatividade e significado. Pela primeira vez,
também, nenhum partido político teve condições de manipular as massas em
seu favor, pois todos os políticos eram “persona non grata” nas manifestações,
e foram rechaçados espontaneamente pelo povo, pois não havia líderes
carismáticos conduzindo-os; cada um caminhava por si mesmo, por suas
ideias, por suas causas e revoltas.

Conclusão

Esse fenômeno, que surgiu da própria evolução tecnológica e foi inspirado na


maneira como os jovens se comunicam e se relacionam, assumiu vida própria,
instruindo, de certo modo, seus criadores a adaptar seus recursos e
funcionalidades a esse mundo novo e admirável, que não tem regras claras,
não tem líderes nem legendas, e se manifestam com a mesma naturalidade
que demonstram em sua vida real.

Qual o seu limite? Até que ponto esse processo evoluirá e quais novas
mudanças ainda estão por vir e serem descobertas, fruto da experiência e do
relacionamento interpessoal, cada vez mais complexo e espontâneo, cada vez
mais imprevisível, apaixonante e assustador, na medida em que uma espécie
de sociedade anárquica passa a existir e a impor seus domínios ao poder
constitucionalmente estabelecido e cada vez mais anacrônico?

Vale destacar que a tecnologia ainda não se mostrou completa (nunca será) e
novas possibilidades se apresentam com a evolução dos eletrônicos, cada vez
mais interligados, cada vez mais simples em sua utilização e complexos em
sua concepção e construção. Da tecnologia embarcada da indústria
automobilística para a tecnologia implementada em todos os objetos de nossa
vida cotidiana, fazendo-nos parecer personagens de ficção científica, mas, ao
mesmo tempo, constatando que os paradigmas que nortearam a constituição
de nossas estruturas sociais já não funcionam mais e precisam ser
reformados. Haverá, ainda, paradigmas nessa nova sociedade?

Talvez não apenas “reformadas”, mas verdadeiramente aniquiladas para dar


origem a uma nova forma de organização social, econômica e política. O
modo de produção capitalista atingiu seu apogeu, caminha para o ocaso, e
precisa ser substituído. A globalização funcionou perfeitamente, mas foi
protagonista e vítima de sua própria entropia, calando a dialética das
sociedades desiguais, ainda que desumanas. As diferenças ideológicas se
acabaram por falta de criatividade e deram lugar ao vazio intelectual que
presenciamos.

Essa juventude, que tínhamos como amorfa e incapaz de protagonizar a


mudança, é hoje a única capaz de conduzir, compreender e gerir tais
mudanças, buscando na diversidade étnica, sexual e espiritual as fontes de
inspiração para superar o risco de extinção da espécie humana, devido ao
esgotamento dos nossos recursos naturais, às convulsões sociais e ao
consumismo desenfreado e insano. Nessa juventude, desinformada ou
incapaz de processar as informações em excesso, depositamos nossas
esperanças, acreditando em seu poder criativo e seu comportamento leve e
irreverente, que não sabemos, nós da geração que se aposenta, compartilhar
ou compreender. As redes sociais talvez não tenham tamanha importância na
conjuntura do Universo, mas hoje é o instrumento essencial das
transformações que presenciamos, estarrecidos e encabulados, em nosso
mundo contemporâneo. Como evoluirá esse instrumento de comunicação?
Talvez os novos recursos de comunicação, as novas mídias, nos tragam os
esclarecimentos de que necessitamos para compreender essa nova situação
e nos indiquem, ainda que involuntariamente, os próximos passos que nem
mesmo esses jovens saberiam quais são.

http://lounge.obviousmag.org/artefacto_artefoto/2013/07/as-redes-sociais-como-instrumento-de-manipulac
ao-da-consciencia-coletiva.html

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