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Rezas de proteção e ajuda

Orações cristãs evocadas nas mais diferentes situações


da vida pessoal e nos momentos de pedir ajuda ao próximo.

Oração Inicial

"Peço aos guias e aos mestres que nos envolvam em vosso manto
protetor, nos protegendo de todo e qualquer tipo de negativismo ou seres
negativos, nos dando toda proteção, amparo e sustentação para que
possamos transmitir amor e esperança a todos aqueles que por nós
passarem segundo a determinação de Deus e da Justiça Divina. Amém".

Oração pelos necessitados

Nós te suplicamos, ó Deus de amor e de bondade, sê o nosso socorro e


nosso defensor.

Salva os oprimidos, tem piedade dos pequenos, levanta os que caíram,


mostra-te aos que padecem necessidade, cura os enfermos, traz de volta os
que se perderam, dá alimento aos que têm fome, a liberdade aos
prisioneiros.

Que todos os povos reconheçam que só tu és Deus, que Jesus Cristo é teu
Filho, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho.

Dá misericórdia e paz a nós e a todos os habitantes da terra, como destes a


nossos pais, que te rogavam na fé e na verdade, submissos ao teu poder
infinito e à tua santidade.

Só tu tens o poder de realizar estas coisas e outras maiores ainda.

Nós te damos graças pelo Sumo Sacerdote e Protetor de nossas vidas, Jesus
Cristo, por Ele te sejam dadas glória e magnificência agora e de geração em
geração, pelos séculos dos séculos.

Amém.

Para fechar o corpo Aos que sofrem

Oração das sete forças do credo Quanto tempo, Senhor, passo


pedindo por mim.
Salvo estou, salvo estarei, Hoje, quero te pedir pelo irmão
que não te conhece;
Pelo que não tem o que comer;
salvo entrei, salvo sairei,
Pelo que não tem ninguém por
são e salvo como entrou
ele;
nosso senhor jesus cristo no
Pelo abandonado;
rio Jordão com São João Batista.
Pelo que não tem saúde;
Pelo que não tem amor;
Na Arca de Noé eu entro, com a
Enfim... por todos os que sofrem.
chave do senhor São Pedro
Abençoa, Senhor, esses irmãos,
eu me tranco.
seus filhos, que hoje sofrem.
Permita que possam sentir-se,
A Jesus de Nazaré eu me entrego,
nesse momento, abraçados por Ti,
com as três palavras do credo
carregados em Seus braços,
Deus me fecha.
amados!
Amém.

As preces tradicionais do Cristianismo

Orações cristãs evocadas nas mais diferentes situações


da vida pessoal e nos momentos de pedir ajuda para o
próximo.

Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,


santificado seja o vosso Nome,
vinde a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.
Porque teu é o reino, e o poder,
e a glória, para sempre.

Ave Maria

Ave, Maria, cheia de graça,


o Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres,
e bendito é o fruto
do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores, agora
e na hora da nossa morte.
Amém.

Sinal da Cruz

(†) Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso Senhor, (†)
dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém!

O Sinal da Cruz é uma oração que se recomenda rezar logo ao


acordamos, como a nossa primeira oração, para que Deus, pelos
méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja durante todo o dia.
Feito antes de iniciarmos as nossas orações, nos predispõe a bem
rezar.

Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos proteção


contra os nossos inimigos. Que inimigos? Todos aqueles que
atentem contra a nossa pessoa, para nos causar tanto males físicos,
quanto espirituais.

O sentido de cada gesto:

† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz em nossa


testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja a nossa mente dos
maus pensamentos, das ideologias malsãs e das heresias, que tanto
nos tentam nos dias de hoje, mantendo a nossa inteligência alerta
contra todos os embustes e ciladas do demônio;

† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com a segunda cruz sobre os


lábios, estamos pedindo para que de nossa boca saiam apenas
palavras de louvor: louvor a Deus, louvor aos Seus Santos e aos
Seus Anjos; de agradecimento a Deus, pois tudo o que somos e
temos são frutos da Sua misericórdia e do Seu amor e não dos
nossos méritos: que as nossas palavras jamais sejam ditas para
ofender o nosso irmão;

† Dos nossos inimigos: a terceira cruz, feita sobre o peito, tem


como objetivo proteger o nosso coração contra os maus
sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros
vícios; fazer dele uma fonte inesgotável de amor a Deus, a nós
mesmos e ao nosso próximo; um coração doce como o de Maria e
manso e humilde como o de Jesus.

† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: a quarta cruz,


da testa ao plexo solar e do ombro esquerdo ao direito, inclui as três
anteriores e sela nossa disposição de estar a serviço da Santíssima
Trindade, em ressonância ao Mais Alto.

Que Deus nos abençoe e nos guarde!

Encaminhado por Bete Torii

Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor,


meu zeloso guardador,
já que a ti me confiou
a piedade divina,
sempre me rege,
guarda,
governa
e ilumina.
Amém.

Benção de São Francisco

4 de outubro

Que o Senhor te abençoe e te guarde,


Que o Senhor mostre a Sua face
e Se compadeça de ti,
Que o Senhor volva Seu rosto para ti
e te dê a paz,
Que o Senhor te abençoe,
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Pedido ao Pai

27º Domingo do Tempo Comum

Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis


no vosso imenso amor de Pai mais do que
merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa
misericórdia, perdoando o que nos pesa na
consciência e dando-nos mais do que ousamos
pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Amém!
Nossa Senhora do Bom Conselho

26 de abril

Ó Virgem Gloriosa, escolhida pelo eterno Conselho para Mãe do Verbo


eterno humanado, tesoureira das graças divinas e advogada dos
pecadores! Eu, vosso indigno servo, recorro a vós para que me sejais
guia e conselheira neste vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo
preciosíssimo sangue de vosso divino Filho, o perdão de meus pecados,
a salvação de minha alma e os meios necessários para obtê-la. Alcançai
também para a santa Igreja a propagação do reino de Jesus Cristo em
todo o mundo.
Amém.

Segure os dados entre as mãos e bata os pés três vezes dizendo:


“Santa Sara, com seus mistérios, esteja ao meu lado,
Pela força da natureza, das águas e do vento,
Daí-me energia para descobrir o que (nome da pessoa) quer.”

“AS JOGADAS DOS DADOS”

Jogo do circulo do amor

Dois – Uma antiga amizade pode se transformar em amor. Prepare-se


para viver fortes emoções.
Três – A felicidade no relacionamento atual vai depender da confiança
mútua.
Quatro – Uma mentira a seu respeito poderá prejudicar a sua vida
amorosa. Fique atento.
Cinco – Possibilidade de conhecer alguém interessante durante uma
reunião de amigos.
Seis – Não espere nada muito sério. Nesta fase, só devem pintar
romances passageiros.
Sete – Uma pessoa muito rica poderá realizar os seus sonhos de amor
num futuro próximo.
Oito – Reflita bastante antes de se envolver com alguém, para não sofre
decepções sentimentais.
Nove – A estabilidade na relação amorosa irá favorecer o seu
crescimento espiritual.
Dez – Será difícil – mas não impossível – aparecer o amor dos seus
sonhos. Não desanime.
Onze – Uma grande paixão poderá nascer de um encontro casual e levá-
lo ao mundo dos sonhos.
Doze – Uma pessoa que você conheceu na infância vai reaparecer
e alegrar o seu coração.

Jogo do Círculo do Trabalho

Dois – Ao escolher uma profissão, pense mais na sua realização.


Dinheiro não é tudo.

Três – Este é o momento ideal para você tentar uma mudança de


emprego ou de função.

Quatro – Suas chances de sucesso profissional dependem da resolução


dos problemas pessoais.

Cinco – Uma pessoa influente irá ajudá-lo bastante no seu ambiente de


trabalho.

Seis – Num futuro próximo, seu talento será reconhecido e você terá
muitas chances de brilhar.

Sete – Cuidado com os falsos amigos, pois há riscos de você cair na


armadilha de pessoas invejosas.

Oito – Na hora de decidir o seu futuro profissional, peça conselhos a


pessoas mais velhas.

Nove – O sucesso no trabalho vai depender muito da sua capacidade de


ceder de vez em quando.

Dez – Uma boa oportunidade lhe será oferecida. Mas você deve pensar
bem antes de tomar uma decisão.

Onze – Tente começar uma nova atividade que lhe permita desenvolver
o seu potencial criativo.

Doze – É preciso ter paciência: por enquanto, não há chances de


mudanças ou promoções.

Jogo do Círculo do Dinheiro

Dois – Uma viagem de negócios lhe trará a oportunidade de obter


excelentes lucros.
Três – Crise financeira à vista, devido ao fracasso de um investimento
feito impulsivamente.
Quatro – Se ficar adiando as suas decisões, você pode perder uma boa
chance de ganhar dinheiro.
Cinco – As perspectivas neste campo são muito favoráveis. Confie na
sua intuição.
Seis – Risco de sofrer prejuízos. Procure manter os seus gastos
rigorosamente dentro da rotina.
Sete – Possibilidades de você receber uma herança ou uma soma de
dinheiro em forma de presente.
Oito – Se não controlar a tendência a gastar mais do que deve, você
poderá ficar com saldo negativo.
Nove – Uma mudança de emprego resultará numa significativa melhora
financeira.
Dez – Um amigo poderá ajudá-lo a realizar um negócio vantajoso e obter
grandes lucros.
Onze – Guarde segredo sobre os seus ganhos, para evitar a inveja de
pessoas mal-intencionadas.
Doze – O sucesso no campo financeiro vai depender da sua agilidade
para tomar decisões.

Jogo do Sim ou Não

2 – Não, pois depende de outra pessoa. Só resta esperar o tempo passar


e aguardar novos acontecimentos. Será fácil tornar-se uma vítima das
circunstâncias.
3 – Sim mas, adverte quanto ao abuso da sorte e excesso de
confiança. Evite falar demais e deixar de observar as lições que se
repetem. Fale menos e ouça mais.
4 – Não, pois representa o limite, a teimosia e o orgulho. Pode haver
restrição quanto a sua liberdade, o que o faz infeliz. Sua rigidez
atrapalha seu sucesso lhe impede de aceitar as mudanças.
5 – Sim, caminhos abertos e boas oportunidades. Acredite na sorte e
não tenha receio de experimentar o novo. Bom para dinheiro. Você está
aberto a novas situações e terá alegrias.
6 – Não, pois aponta para responsabilidade extras. Risco de se deixar
guiar pelas paixões e cair em armadilhas emocionais. Não fantasie a
realidade e nem seja tão apegado às pessoas e às suas posses.
7 – Sim, confie em sua estrela e deixe o medo de lado. Use sua intuição
para se livrar dos dissabores. Medite e relaxe para decifrar seus
enigmas. Você deve confiar na sua percepção e agir sem medo.
8 – Não, pois este resultado pede resistência e força interior acentuada,
coisa rara na maioria das pessoas. Pode vivenciar alguns prejuízos.
Grandes lições a serem vivenciadas nos planos material e espiritual.
9 – Sim, você está no caminho certo e a rodeado de grandes
possibilidades. Dê atenção aos pequenos detalhes. Evite a falta de
concentração. Evite agir com autoritarismo e termine aquilo que
começou.
10 – Não, pois indica uma situação que vai alternar, virar de cabeça
para baixo. Evite a ansiedade e a precipitação. Tempo de renovação.
Muitas agitações que podem desviar sua atenção do foco principal.
11 – Sim, pois sugere uma inspiração aguçada. Um resultado
surpreendente trazendo muita satisfação e sucesso. Valorize-se ainda
mais! Grande inspiração e possibilidade de evoluir interiormente.
12 – Não, pois indica sacrifício pessoal. Hora de dar a vez, compreender
e aceitar a restrição que está sendo imposta. Elevação espiritual. Talvez
seja vítima de uma grande ingratidão. Falta de reconhecimento.

Algumas sugestões e cuidados iniciais

Utilizar as cartas do Tarô em consultas para si próprio ou com amigos


constitui um bom exercício prático para desenvolver o pensamento simbólico,
a arte de estabelecer analogias. Experimentar aplicar as cartas em leituras
leves, num quadro de relações próximas, pode se tornar o passo essencial para
superar uma grande dificuldade para os iniciantes: ficar livre dos códigos
arbitrários e rituais restritivos comuns em algumas linhas de cartomancia.

A origem das cartas é lúdica. No entanto, para boa parte dos principiantes,
o ato de "consultar o Tarô" acaba envolvendo um bom número de
dificuldades e de incompreensões que, de modo geral, obscurecem as
mensagens simbólicas das lâminas. Os preconceitos e superstições, os
rituais e formalismos gratuitos, as apreensões muitas vezes propaladas por
aproveitadores, acabam por confundir aquilo que, na origem, era leve,
criativo e estimulante.

O Tarô, ao invés de gerar temor, pode se tornar, para cada um de nós, fonte
de inspiração e de nova compreensão das leis que regem a vida manifestada
e os caminhos evolutivos. Ele é, por isso mesmo, um instrumento de ajuda e
não de vaticínios alarmantes.

O conjunto das lâminas pode ser utilizado de modo aberto, não só para
previsões, mas também como apoio ao estudo de si-mesmo, de
desenvolvimento interior, e até mesmo como apoio terapêutico.

A atitude básica
O iniciante, para ficar mais à vontade e melhor usufruir os benefícios desse
jogo secular, é bom livrar-se, em primeiro lugar, de idéias preconcebidas ou
superstições: achar que precisa seguir ritos mágicos, formalismos cerimoniais,
ou que lidar com o Tarô é assunto para vidente ou paranormal, ou então
acreditar que “ler as cartas” significa prever acontecimentos penosos ou
sofridos para as outras pessoas.

Na verdade, seria melhor entender as lâminas do Tarô como cartas de um


velho sábio, bom amigo, generoso e acolhedor, que nos oferece indicações,
sugestões e estímulos renovados para compreendermos nossas vidas,
refletirmos sobre as conseqüências de nossos atos e elaborarmos prognósticos
e cenários de futuro que poderão nos ajudar a dirigir com maior eficácia
nossos empreendimentos na vida exterior e interior.

O ideal é que as consultas sejam feitas com espírito aberto, com naturalidade,
dentro dos modelos espirituais e religiosos da pessoa. Não precisamos nos
converter a novas seitas para lidar com a linguagem simbólica das cartas. O
Tarô foi um presente, sem sectarismo, de escolas antigas para ajudar e não
para complicar nossas vidas.

Se o consulente considera importante um gesto de recolhimento antes de


trabalhar com as cartas, ótimo. Essa disposição será mais eficaz se inspirada
em seus próprios padrões religiosos ou modelos espirituais. Não são as
formalidades exteriores que nos preparam, mas sim as disposições interiores.

Escolha das técnicas de tiragem

Existem dezenas e dezenas de modelos para consulta às cartas do Tarô. Não


há, porém, uma técnica ou método de tiragem ideal. Varia com o objetivo da
leitura e com as preferências individuais. Muitas vezes, modelos simples com
três ou quatro cartas podem oferecer maior clareza e objetividade que alguma
técnica sofisticada com muitas cartas.

A sugestão, para o iniciante, é começar com os modelos mais simples e, com a


prática, repassar as técnicas mais complexas, que por vezes se apóiam em
outras linguagens simbólicas como é o caso, por exemplo, da tiragem que
segue a ordem das casas astrológicas.

O mais importante de tudo é considerar como simples sugestões os inúmeros


modelos de tiragens divulgados pelos livros e pela Internet. Esses formatos
deverão ser adaptados à linha de interesse e ao estilo do praticante. Questões
como — quantas cartas virar, com quais funções, utilizando qual baralho, todo
o jogo de cartas ou apenas parte dele — tudo isso constitui detalhes e
variações para o estudante do tarô exercitar, experimentar por conta própria,
até alcançar sua própria naturalidade.

Três regras de ouro

Madame Turpaud, autora de Le Tarot de Marseille, oferece muitas sugestões


úteis para o iniciante. Ela insiste para não permitirmos que formas rígidas nos
limitem. As tiragens devem ser flexíveis e, de preferência, montadas de acordo
com as questões e diferentes aspectos que estivermos examinando. Desse
modo, três regras gerais podem nos propiciar uma leitura consistente do Tarô:

1ª - estabelecer, antes de retirar cada lâmina do maço, qual o sentido ou função


que ela irá ter no jogo; não devemos nos prender a algum modelo fixo de
tiragem, mas sim, definir previamente os pontos que queremos entender da
questão a ser examinada com as cartas;

2ª - fazer uma "leitura literal" da lâmina, ou seja, verbalizar simplesmente o que


a carta está mostrando; é importante não cair na tentação de querer
impressionar os outros com revelações surpreendentes;
3ª - buscar, à medida que for desvirando as cartas, estar receptivo às
impressões, idéias, intuições e pensamentos fugidios que possam surgir, em
ressonância à função previamente atribuída à carta. Quando estamos
praticando com amigos é importante, não só expressarmos livremente o que
nos ocorre diante das cartas, mas também ouvir a opinião deles, pois isso nos
ajudará compreender melhor os significados práticos dos arcanos. Ou seja, é
um ótimo caminho de aprendizagem confrontar a nossa leitura com a
realidade objetiva que os nossos interlocutores podem trazer para confirmar
ou para corrigir nossas interpretações.

Vamos traduzir esses conselhos na prática.

1 - a função da carta: sem complicações

O ideal é que o modelo de consulta siga a “regra numero 1” da Madame


Turpaud: atribuir previamente, a cada carta, qual o papel ou função que
assumirá na jogada. Se quisermos, por exemplo, compreender uma relação
pessoal, profissional ou afetiva, podemos pedir que se tire uma carta para
representar uma pessoa e, do mesmo modo, uma segunda carta para
representar a outra pessoa. Se o objetivo é conhecer os pontos fortes e os
pontos fracos da relação, pediremos uma carta para explicar os pontos
favoráveis, propícios, e outra carta para dar conta dos pontos difíceis, que
precisam ser trabalhados. Nesse caso, as cartas serão retiradas do maço para
dar indicações sobre ângulos bem definidos, o que facilita muito a
interpretação..

Muitas vezes a maior curiosidade é pela previsão: saber no que vai dar a
relação. Nesse caso, se já tivermos feito sorteio de outras cartas, como no
exemplo que acabamos de propor, o consulente pode retirar mais uma carta
do maço para ter prognósticos da relação. Mais ainda, quando a atitude não é
de fatalismo, mas sim de trabalhar a situação, uma nova carta será a mais
importante: o conselho para lidar ou aprimorar a questão.

Se a pergunta estiver clara e se tirarmos uma carta para estudar cada ângulo
que julgarmos importante, meio caminho de uma boa consulta já terá sido
percorrido.

2 - leitura literal: partir do que se sabe.

Um dos defeitos que “matam” a leitura de uma tiragem do Tarô é atribuir às


cartas os lugares-comuns do receituário popular, que reduz tudo a “bom” ou
“ruim”. É o mesmo equívoco que também acontece, muitas vezes, com relação
aos símbolos astrológicos, em que os signos e planetas são reduzidos a bons
ou ruins, maléficos ou benéficos. Essa atitude acaba com a abertura
simbólica.

É importante lembrar que as cartas não ditam o destino, mas podem ajudar a
esclarecer os pontos a serem trabalhados e assimilados. Portanto, quanto mais
rentes estivermos dos desenhos simbólicos das cartas, menores serão os riscos
de enganos e desvios da imaginação. A recomendação é a de partirmos da
compreensão que temos das cartas, sem invenções. Lembre-se: os adivinhos
ou sensitivos, não precisam das cartas, pois recebem informações por outros
caminhos. Ou seja, mais que um recurso divinatório, o Tarô pode se tornar,
para a maioria de nós, um instrumento para estudarmos e compreendermos
as leis que regem os acontecimentos e a vida pessoal.

3 - receptividade: praticar e conferir.

O exercício de pensar simbolicamente não é cultivado no sistema escolar


moderno. Pelo contrário, é desestimulado. Desse modo, não precisamos nos
sentir desmoralizados ou impacientes diante de nossa dificuldade inicial para
“ler” as cartas do Tarô. O caminho é exercitar e praticar leituras, para si
mesmo ou para amigos interessados.

A vantagem de praticar entre os amigos é que não precisamos "dar banca" de


adivinhos. Aliás, por mais atraente que seja a arte oracular, o Tarô vai além.
Entre amigos podemos pensar juntos o significado das combinações das
cartas, trabalho que pode ser resolvido pela inteligência e pela prática.
Podemos consultar o que dizem os manuais, discutir, pensar, interpretar. É
importante também registrar as impressões de conjunto, intuições,
vislumbres, lampejos. E depois esperar que os fatos comprovem ou corrijam o
que entendemos. Esse caminho prático é seguro e confiável. Podemos aprender
com os fatos, sem pretensas adivinhações.

Os significados das cartas

Se a primeira "regra de ouro" mencionada acima for bem aplicada, ajudará a


resolver uma dificuldade básica. Entre os que começam a praticar tiragens a
dúvida mais comum é a de como traduzir cada carta. Ficam sem saber se
devem falar dos aspectos positivos ou negativos. Vacilam na escolha dos
significados contraditórios que aparecem nos diferentes livros e autores.

Essa questão é de fato essencial. Não encontraremos uma resposta fácil para
ela porque, na realidade, os símbolos são mais amplos, mais profundos e mais
repletos de significados do que as limitadas perguntas que fazemos
habitualmente. Mesmo que o tarólogo tenha muita experiência, estará sempre
diante da dificuldade de reduzir o mundo rico e variado dos arcanos aos
limites restritos das nossas formulações.

O que pode ajudar a leitura é definir claramente o que esperamos que a carta
indique. Por exemplo, se queremos compreender bem uma situação, tiramos
uma carta para esclarecer seus pontos fortes e outra carta para mostrar seus
pontos fracos. Nesse caso, levaremos em conta os significados positivos da
carta tirada para explicar os pontos fortes. Para traduzir os pontos fracos da
situação levaremos em conta os pontos negativos que em geral são atribuídos
à carta que foi tirada para explicar esse lado da questão.

É importante, quando estudamos os símbolos do Tarô, procurar conhecer pelo


menos três aspectos de cada carta: seu lado luminoso ou positivo; o lado de
sombra ou negativo; e o conselho que oferece. Quanto mais amplo for o nosso
entendimento, mais fácil será aplicar a carta à função que definimos a ela
durante a tiragem.

Arcanos Maiores e/ou Menores?


Tarot ou baralho comum?

Uma outra questão relacionada à técnicas de tiragem é a de utilizar o baralho


inteiro ou apenas parte dele. Há aqueles que utilizam o conjunto das 78
cartas (22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores, ao mesmo tempo). Os
usuários do chamado “Tarô Egípcio” não encontram qualquer motivo para tal
separação, pois as 78 cartas foram redesenhadas todas no mesmo padrão dos
arcanos maiores, sem clara distinção entre os naipes.

Já entre os que utilizam o modelo clássico, muitos praticantes separam dois


maços: um com os arcanos maiores e, o outro, com os menores. E, de acordo
com a função que a carta ocupará na tiragem, pedem que o cliente retire
cartas ou do monte dos arcanos maiores ou do monte dos arcanos menores.

Dicta e Françoise, por exemplo, sugerem que se comece a consulta com os


Arcanos Menores; caso apareça um Ás, significa que a questão é importante e
merece ser examinada com a ajuda dos Arcanos Maiores. Para deixar a
questão em aberto, podemos lembrar um ponto de vista oposto, o de G. O.
Mebes, ao afirmar que os Arcanos Menores falam de um plano mais sutil que o
retratado pelos Arcanos Maiores...

Há também aqueles que, com propósito pedagógico ou terapêutico, utilizam


apenas as cartas com desenhos mais personificados. Ou seja, deixam de lado
as 40 cartas numeradas dos quatro naipes, e utilizam somente 42 cartas (22
arcanos maiores, 16 figuras e os 4 ases).

Do ponto de vista do iniciante, talvez torne o caminho mais simples começar


pelos arcanos maiores, mais diferenciados e, por isso, mais diretos para
evocarem analogias e significações simbólicas. Ficará para uma segunda etapa
a inclusão das cartas numeradas (arcanos menores), mais abstratas e que
exigem maior estudo.

A bem da verdade, essa última afirmação vale mais para a nossa atual
população urbana, classe média, com formação escolar padrão. Nas pequenas
comunidades do Interior brasileiro a história é outra: as mulheres do povo que
desempenham o papel de curadoras, benzedeiras e cartomantes, encontram
disponível apenas o baralho comum, de carteado, com suas 52 duas
cartas (as 40 numeradas em quatro naipes, mais 12 figuras, sem o cavaleiro).
E é com esse baralho, sem aparentes evocações esotéricas, que fazem suas
leituras e ajudam as pessoas de suas comunidades...

Nada impede, afinal, que se pratique "ler as cartas" apenas com o baralho
comum. Aliás, ele é quase completo, quando comparado aos "arcanos
menores" do Tarot original: faltam apenas os Cavaleiros. Além disso, o baralho
comum tem quase 50% de cartas a mais do que os jogos divulgados por
Lenormand, a partir do início do século 19, também conhecidos como "baralho
cigano".

Nunca é demais repetir: não existem regras absolutas para o Tarô. Tal como
acontece com os jogos de cartas para o lazer – buraco, tranca, truco, mico,
rouba-montinho e por aí afora... – são os participantes que combinam entre si
as regras e suas variações, se utilizam todas as cartas do maço ou apenas
parte, se jogam com um maço de baralhos ou com dois. O importante é
experimentar e verificar, por conta própria, o que faz mais sentido para cada
momento de prática e de estudo.

Detalhes

Na prática, vemos tarólogos e cartomantes dando importância a muitos


detalhes que podemos acolher, mas que não precisamos tomar como leis ou
dogmas. Vejamos alguns desses pontos, que cada um levará em conta, ou não,
de acordo com seu temperamento e disposições. A sugestão é a de
experimentarmos as alternativas e escolhermos as que correspondem melhor
ao nosso feitio. Esses procedimentos constituem meros registros do que
acontece na prática e não são dogmas ou ritos obrigatórios.

Toalha. Muitos guardam um pano próprio ou toalha especial sobre o qual


abrem as cartas. Tecidos lisos e de cores escuras têm a vantagem de dar
destaque às cartas, que são o centro do interesse. Se quizer utilizar uma
toalha, que cada um faça a escolha como bem entender.

Embaralhar. Igualmente não existem regras absolutas. Muitos praticantes


pedem que o cliente embaralhe as cartas para deixar sua vibração ou, em
outros termos, para se que “fiquem donos” das cartas. Outros pedem
simplesmente que o consulente pouse as mãos sobre as lâminas, para passar
sua energia.

Existem ainda aqueles profissionais que embaralham as cartas


cuidadosamente, eles próprios, e pedem apenas para o cliente cortar. A razão
de tal procedimento em muitos casos nada tem de esotérico: é um simples
recurso para que as cartas não se machuquem em mãos inábeis.

Corte. É muito comum que o conselheiro ou cartomante peça que o cliente


“corte o maço”, ou seja, divida em dois ou três montes. Alguns recomendam
que seja com a mão esquerda, outros com a direita. Sejam quais forem os
procedimentos, pode ser interessante atribuir uma função para a carta de
corte na leitura, por exemplo, para indicar o “cenário geral” da questão ou seu
“pano de fundo” ou qualquer outra função definida pelo próprio operador.

Sorteio das cartas. Alguns praticantes pedem apenas que o cliente “corte” o
maço e, eles próprios deitam as cartas que serão lidas durante a consulta.
Outros fazem questão de que as cartas da tiragem sejam escolhidas pelo
próprio cliente.

Cartas invertidas. É relativamente freqüente atribuir um sentido negativo às


cartas que saem de cabeça para baixo. Para quem deseja levar isso em conta o
embaralhamento deve ser feito rolando as cartas sobre a mesa, para garantir a
alternância de posição. Além disso, uma mesma carta pode sair direita ou
invertida dependendo de o praticante “abrir” a carta girando-a no eixo vertical
ou horizontal. Por essa razão é indispensável que cada um defina seu próprio
código pessoal, caso queira levar em conta o fato de a carta sair em pé ou de
cabeça para baixo.

Muitos tarólogos preferem trabalhar com todas as cartas direitas, sem deixá-
las invertidas. Desse modo, quando querem conhecer o lado difícil ou negativo
de um assunto, simplesmente tiram uma carta específica para descrever tal
aspecto.

Veja links para a técnica de cartas invertidas em: Técnicas mistas e Outros
Estudos

Momento de abrir (ou virar) as cartas sorteadas. O usual é sortear ou


escolher as cartas pelo verso, com os desenhos ocultos. Alguns sorteiam de
uma só vez todas as cartas que utilizarão; outros preferem ir retirando uma a
uma, tornando o desenho visível e fazendo os comentários pertinentes; só ao
final, fazem uma síntese do conjunto.

Voltada para leitor. A maior parte dos praticantes arrumam as cartas viradas
para si e não para o cliente. Na verdade, é o leitor que deve receber as
impressões diretas do arranjo sobre o qual fará sua apreciação. Nada impede,
é claro, quer numa situação de consulta profissional, quer numa prática
terapêutica ou de estudo entre amigos, que as cartas sejam tocadas e
examinadas de perto pelos envolvidos na consulta.

Arcanos Maiores - Apresentação


As 22 cartas ou lâminas, chamadas tarocchi ou trionfi, na Itália, triomphes ou atouts,
na França, são hoje denominadas Arcanos Maiores nos manuais de Tarô.

Nos dois jogos mais antigos que chegaram até nós – Visconti Sforza (1440) e Gringonneur
(1455) – essas 22 cartas não estão numeradas. Veja: Baralhos

Mesmo nas publicações em que aparecem numeradas, as cartas não têm uma seqüência
facilmente compreensível, como acontece com os 56 arcanos menores. Esse talvez seja o
motivo de a utilização popular do baralho – no lazer e jogos de azar – ter dispensado os 22
Arcanos Maiores. Seu único vestígio no baralho comum, para o carteado, é
o Coringa ou Trunfo, que corresponde ao Louco, a figura que permaneceu sem número.

Os estudiosos do tarô, no entanto, encontraram muitos arranjos para dar coerência ao


conjunto dos Arcanos Maiores, estabelecendo diferentes critérios de agrupamentos, o que
prova a maleabilidade das linguagens simbólicas.

Clique sobre a carta para conhecer os textos explicativos

0 - 22 1 2 3 4 5 6 7
Louco Mago Papisa Imperatriz Imperador Papa Namorados Carro

8 9 10 Roda 11 12 13 14
Justiça Eremita da Fortuna Força Pendurado Morte Temperança

15 16 17 18 19 20 21
Diabo Torre Estrela Lua SoL Julgamento Mundo
Arcanos Menores - Apresentação
Compilação de
Constantino K. Riemma

O conjunto de 56 cartas — modernamente denominadas “Arcanos Menores” — é


constituído por quatro grupos de 14 cartas, cada um deles com a mesma seqüência de 10
cartas numeradas de 1 a 10 e mais quatro figuras: Valete (ou
Pajem), Cavaleiro, Rainha (ou Dama) e Rei, também conhecidas como figuras da corte.

O naipe de Ouros: as dez cartas de 1 a 10 e as quatro figuras.

Cada grupo de 14 cartas possui um diferencial simbólico: bastão, moeda, espada e taça.
Esses grupos são popularmente reconhecidos como naipes de
paus, ouros, espadas e copas, os mesmos do baralho comum que utilizamos nos jogos e
passatempos.

Os naipes de Paus e Espadas representam forças impulsionadoras (fogo e ar),


indicação reforçada pela mão que porta o símbolo na primeira carta de cada naipe.

Os naipes de Ouros e Copas representam forças maleáveis (terra e água).


O Ás de Copas lembra, no Tarô de Marselha, o cálice de guardar hóstias.

Os naipes, ou séries, têm inúmeras correspondências, por exemplo, aos quatro elementos
da Astrologia e da Cabala: fogo (paus), terra (ouros), ar (espadas) e água (copas). Há
quem veja, inclusive, analogia com as quatro classes sociais da Idade
Média: clero (copas), nobreza (espadas), comerciantes (ouros) e camponeses (paus).

Os baralhos modernos

O baralho ocidental, impresso modernamente, mantém constante o número


das séries ou naipes: são sempre quatro, seja no baralho espanhol ou francês, seja no
alemão, italiano ou provençal. O baralho francês, produzido para jogos e passatempos,
reduziu os naipes a apenas duas cores — vermelho e preto — mas o número de naipes
permaneceu constante.

As representações dos naipes de Paus e Ouros no Tarô e no baralho moderno.

Os naipes de Espadas e Copas no Tarô e no baralho moderno para os jogos de lazer.

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