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CEREBRAL
Larissa Teles de Souza
Neurologista
Profª da Faculdade de Medicina da UFPI
Campus Ministro Reis Veloso
AVC AVCi HIP HSA
AVC
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
AVC AVCi HIP HSA
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
AVC
• Nomenclatura clássica
• Déficit neurológico de origem isquêmica com resolução completa
em menos de 24 horas
• Atualmente
• Alteração neurológica focal aguda de menos de 1 hora de duração
sem alteração isquêmica à ressonância magnética de crânio
AVC AVCi HIP HSA
• Hemorragia intraparenquimatosa
• 80% dos AVCs
• Hemorragia subaracnoide
AVC AVCi HIP HSA
• Hemorragia subaracnoide
• ruptura aneurisma arterial com
inundação do espaço subaracnoide
• 5%
AVC AVCi HIP HSA
FATORES DE RISCO
AVC AVCi HIP HSA
QUADRO CLÍNICO
• AVC na fase hiperaguda não é difícil de reconhecer e
quase sempre se apresenta por uma alteração
neurológica focal de início agudo
• Caracteristicamente o início é agudo e progressivo,
atingindo seu pico em poucos minutos
• AVCi esse período pode ser um pouco mais lento quando
comparado ao AVCh
• alteração precoce do nível de consciência é mais comum no AVCh
• é impossível distinguir AVCi de AVCh com base apenas nas
características clínicas
AVC AVCi HIP HSA
QUADRO CLÍNICO
• Por acometer regiões que representam o leito de perfusão de uma artéria ou
grupo de artérias, a síndrome clínica representa disfunção da área
perfundida por tal artéria
AVC AVCi HIP HSA
AVC AVCi HIP HSA
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
• Encefalopatia hipertensiva
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
• Encefalopatia hipertensiva
• Distúrbios tóxicos ou metabólicos (hipoglicemia)
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
• Encefalopatia hipertensiva
• Distúrbios tóxicos ou metabólicos (hipoglicemia)
• Enxaqueca
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
• Encefalopatia hipertensiva
• Distúrbios tóxicos ou metabólicos (hipoglicemia)
• Enxaqueca
• Tumores cerebrais
• Hematoma subdural
AVC AVCi HIP HSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Convulsões não reconhecidas
• Estados confusionais
• Meningite/encefalites
• Encefalopatia hipertensiva
• Distúrbios tóxicos ou metabólicos (hipoglicemia)
• Enxaqueca
• Tumores cerebrais
• Hematoma subdural
UNIDADE DE AVC
UNIDADE DE AVC
• Área definida com leitos destinados ao tratamento de pacientes com
AVC
• Equipe interdisciplinar especializada em AVC
AVC AVCi HIP HSA
TROMBÓLISE - rtPA
CONCEITO DE PENUMBRA
AVC AVCi HIP HSA
CONCEITO DE PENUMBRA
AVC AVCi HIP HSA
CONCEITO DE PENUMBRA
AVC AVCi HIP HSA
CONCEITO DE PENUMBRA
Tempo é cérebro!
AVC AVCi HIP HSA
TROMBÓLISE - rtPA
TROMBÓLISE - rtPA
• Porta-médico: 10 min
• Porta-agulha: 60 min
AVC AVCi HIP HSA
• Hipertensão
• Pressão de perfusão cerebral depende da PAM
• Tratamento anti-hipertensivo somente se:
• Reduzir a PA gradativamente
• Situações especiais:
• ICC, IAM, IRA, dissecção de aorta, encefalopatia hipertensiva
• Captopril VO, Nitroprussiato EV BIC em casos refratários
• Reintroduzir anti-hipertensivos após as primeiras 24H
AVC AVCi HIP HSA
• Hipotensão
• Incomun
• Associada a desfecho desfavorável
• Pode estar associada à etiologia do AVC
• IAM, arritmia cardíaca, dissecção aórtica, hipovolemia
• Considerar correção do volume intravascular com cristalóide
• Noradrenalina ou dopamina em situações de baixo débito cardíaco
AVC AVCi HIP HSA
• Hiperglicemia
• Ocorre em 30%
• Mau prognóstico
• Acidose lática, produção de radicais livres, altera barreira hemato-
encefálica, produção de edema, maior risco de transformação
hemorrágica
• Tratamento
• Insulina Regular SC
• Hipoglicemia
• Pode mimetizar déficit focal agudo
• Corrigir com Soro Glicosado 50%
< 50 mg/dL
AVC AVCi HIP HSA
• Hipertermia
• Influencia negativamente o prognóstico
• Aumenta demanda metabólica, produção de neurotransmissores,
produção de radicais livres
• Tratamento:
• Paracetamol 1g VO (ou Dipirona EV)
• Resfriamento
> 37,5º
• Investigar fonte infecciosa
AVC AVCi HIP HSA
• Hipoxemia
• Causas: obstrução de via aérea, aspiração, hipoventilação
• Aspiração deve ser presuposta em todo paciente com rebaixamento do
nível de consciência ou vômitos
• Monitorar com oxímetro de pulso
• Tratamento
• O2 3L/min
• AAS
• Não candidatos à trombólise: o mais rapidamente
• Uso de trombolítico: após 24h
• 150-300mg/dia
• Outros antitrombóticos não foram testados na fase aguda
• Clopidogrel: 3-7 dias
• AAS: poucos minutos
AVC AVCi HIP HSA
CIRURGIA DESCOMPRESSIVA
• Edema cerebral é uma complicação potencialmente grave nos
infartos cerebrais extensos
• atinge seu máximo entre o segundo e o quinto dias
• Os tratamentos classicamente utilizados, como hiperventilação, uso
de diuréticos osmóticos, manitol e barbitúricos, são de eficácia
discutível
• Não há indicação para o uso de corticosteroides no edema cerebral
relacionado ao AVCI
AVC AVCi HIP HSA
CIRURGIA DESCOMPRESSIVA
• Craniectomia descompressiva está indicada:
• Infartos hemisféricos com sinais incipientes de herniação
transtentorial
• Dentro das primeiras 48 horas
• Recomedado em pacientes < 60 anos de idade
• Estudos controlados sugerem que diminui a mortalidade e morbidade
AVC AVCi HIP HSA
CIRURGIA DESCOMPRESSIVA
• Craniectomia descompressiva está indicada:
• Infartos cerebelares extensos com desvio de IV ventrículo ou
hidrocefalia obstrutiva
• Medida potencialmente salvadora e com boa perspectiva de
recuperação
• Embora não existam estudos controlados, é fortemente indicada
AVC HEMORRÁGICO
HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
AVC AVCi HIP HSA
• Hemorragia subaracnoide
• ruptura aneurisma arterial com
inundação do espaço subaracnoide
• 5%
AVC AVCi HIP HSA
EPIDEMIOLOGIA
FATORES ETIOLÓGICOS
• A identificação dos fatores etiológicos é essencial no manejo, para
que possamos eliminar as causas, controlar o hematoma e realizar
uma adequada prevenção secundária
• Primário (80–85% dos casos)
• HAS
• Angiopatia Amilóide
• Secundário
• Ruptura de aneurismas ou malformações arteriovenosas cerebrais
• Coagulopatias, anticoagulação oral, drogas antiplaquetárias,
cirrose hepática
• Neoplasias, vasculites, trauma
• Trombose venosa cerebral
• Outros
AVC AVCi HIP HSA
• TCde crânio
• Padrão ouro
• Há relação entre a localização e a etiologia dos AVCh
AVC AVCi HIP HSA
TIPOS DE AVCh
• Hematoma intraparenquimatoso profundo
• em núcleos da base
• geralmente devidos à HAS
AVC AVCi HIP HSA
TIPOS DE AVCh
• Hematoma intraparenquimato profundo
• Hematoma intraparenquimatoso lobar
Metástases
Angiopatia amilóide
AVC AVCi HIP HSA
TIPOS DE AVCh
• Hematomas intraparenquimatos profundos
• Hematomas intraparenquimatosos lobares
• Hemorragia subaracnoide
AVC AVCi HIP HSA
VOLUME DO HEMATOMA
• Principal fator prognóstico
• Pode ser calculado pela
fórmula AxBxC/2
• A: maior diâmetro do hematoma
• B: maior diâmetro perpendicular a A
• C: o número de cortes de 10 mm em
que o hematoma aparece
• o corte de maior diâmetro do
hematoma como índice 1
• onde o hematoma for > 75% desta
área recebem valor 1
• de 25 a 75%: recebe valor 0,5
• < 25% não é computado
AVC AVCi HIP HSA
• Sensibilidade e especificidade
comparáveis à TC de crânio
• Porém necessita da
colaboração do paciente ou de
sedação
• Diagnóstico etiológico nos
casos de cavernoma,
trombose venosa cerebral,
moyamoya, angiopatia
amilóide e neoplasias
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle da pressão arterial
• HAS é comum na fase aguda do AVCH e está associada com piora
clínica, morte ou incapacidade
• Monitorização da PA
• monitorização invasiva intra-arterial é sugerida quando a infusão contínua de
medicações anti-hipertensivas for necessária
• Tratamento deve ser mais agressivo, deve ser instituído tão logo que
possível
• evitar a expansão do sangramento
• Redução excessiva dos níveis pressóricos pode acarretar diminuição da
pressão de perfusão cerebral
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle de glicemia
• Hiperglicemia
• predispõe a aumento no risco de morte e evolução desfavorável
• Hipoglicemia por correção excessiva leva a aumento da
mortalidade
• Manter-se o paciente normoglicêmico na fase aguda
< 140 mg/dL
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle da temperatura
• Febre é comum após hemorragia lobar e em gânglios da base,
especialmente se há inundação ventricular
• Duração da febre é fator prognóstico
• A hipotermia terapêutica não foi adequadamente estudada em
pacientes com AVCh
• Sugere-se que a hipertermia seja tratada na fase aguda
T > 37,5ºC
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle da hemostasia
• Alterações da hemostasia podem estar envolvidas na gênese do AVCH
• 14% dos AVCH os pacientes estão em uso de anticoagulantes orais
• Deve-se proceder o reconhecimento da coagulopatia e sua correção
imediata
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
• Controle da hemostasia
• AVCH associado ao uso de heparina
• sulfato de protamina
• AVCH associada ao uso de anticoagulantes orais
• Cumarínicos: plasma fresco congelado + vitamina K até a normalização do
INR
• complexo protrombínico parece ser mais eficaz e mais rápido
• AVCH sintomático associado ao uso de trombolíticos
• administração de plasma fresco congelado, crioprecipitado e plaquetas
• Severa deficiência de fator de coagulação
• receber o fator apropriado
• Severa trombocitopenia
• plaquetas
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CLÍNICO
• Prevenção de TVP
• Em pacientes restritos ao leito
• uso de meias elásticas e a instituição de dispositivos de compressão
pneumática de membros inferiores o mais breve possível
• Após 48 horas e a documentação de estabilidade do volume do
hematoma
• heparina subcutânea ou heparina de baixo peso molecular
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Hemorragia intraventricular
• Ocorre em 45% dos AVCH
• Em alguns casos o cateter de derivação ventricular pode ser
insuficiente para a drenagem.
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Drenagem do hematoma
• Há controvérsia sobre a necessidade e momento certo da
drenagem do hematoma
• O hematoma exerce um efeito de massa e possui ação tóxica
• Teoricamente a cirurgia precoce reduziria os efeitos tóxicos por
um lado, mas aumenta o risco de ressangramento
AVC AVCi HIP HSA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Drenagem do hematoma
• Hematomas cerebelares maiores de 3 cm de diâmetro, com
compressão do tronco cerebral e hidrocefalia necessitam de
tratamento cirúrgico precoce
• A derivação ventricular externa exclusiva é insuficiente
• A evacuação cirúrgica de hematomas supratentoriais nas
primeiras 96h
• Não deve ser feita de rotina
• pode ser considerada em pacientes jovens, com GCS entre 9 e 12,
com hematomas lobares volumosos (> 30 ml), até 1 cm da superfície
do córtex cerebral
• A craniotomia ultraprecoce pode ser danosa pelo aumento do
risco de ressangramento.
HEMORRAGIA
SUBARACNOIDE
AVC AVCi HIP HSA
ETIOLOGIA
80% rotura de aneurismas 20% “não-aneurimáticas”
intracranianos
• Padrão perimesencefálico
• rotura de vênulas, anomalias
de drenagem venosa
• Padrão não-
perimesencefálico
• varias etiologias:
• jovens: drogas ilícitas
• idosos: angiopatia amilóide
AVC AVCi HIP HSA
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
TC DE CRÂNIO
AVC AVCi HIP HSA
TC DE CRÂNIO
• Escala de Fisher
AVC AVCi HIP HSA
TC DE CRÂNIO
• Escala de Fisher
Risco de
vasoespasmo
AVC AVCi HIP HSA
ANGIOTC DE CRÂNIO
ESTUDO DO LÍQUOR
RM DE CRÂNIO
AVC AVCi HIP HSA
ALGORÍTIMO DIAGNÓSTICO
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Ressangramento
• Mortalidade de 50%
• Risco é decrescente e maior nas primeiras 6 horas
• Quadro Clínico
• Cefaléia, vômitos, rebaixamento do nível de consciência em
pacientes com aneurismas não clipados / não embolizados
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Hidrocefalia
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Convulsões
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Febre
• Aumenta metabolismo cerebral e PIC e dano celular
secundário
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Vasoespasmo
• Alta prevalência → principal causa de morbimortalidade após
hemorragia inicial → deve ser a principal preocupação
• Ocorre pela presença dos produtos de degradação da
hemoglobina, gerando mediadores inflamatórios e
vasoconstrictores
• Déficit focal de instalação subaguda: “AVC lento”
• Doppler transcraniano: diagnóstico e monitorização
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Vasoespasmo
• Nimodipina
• Deve ser usada desde admissão até 21º dia
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Vasoespasmo
• Quatro “H”s
• Hipervolemia
• Recomendação atual é visar a euvolemia
• Hemodiluição
• Sangrias são ineficazes
• Basta a coleta de sangue diária
• Ht ~ 30-35%
• Hiperdinâmica
• Aumento do débito cardíaco está associado à melhora clínica
(dobutamina)
• Indicado se não houver reversão do déficit neurológico agudo
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Vasoespasmo
• Quatro “H”s
•Hipertensão
• é o mais importante
• PAS 180-200mmHg para aneurismas tratados
• Noradrenalina se necessário
AVC AVCi HIP HSA
COMPLICAÇÕES
• Vasoespasmo
• Angioplastia
• Indicada quando não há melhora clínica
ou pelo Doppler com o tratamento clínico
• Química: efeito transitório
• Mecânica: balão →
efeito duradouro
Obrigada!