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Um respingo de tinta, Festa do pijama

Copyright © 2018 Rodolpho dos Santos Carvalho. Todos os direitos reservados.

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breves em uma resenha do e-book.

Primeira edição, 2018 / Edição do autor

Capa e diagramação
ATK Comunicações
atkcomunicacoes.com.br

Foto do autor
Arquivo pessoal
Já passava da meia noite quando, finalmente, eu tinha acabado
de colocar todas as caixas num canto do apartamento. Se você
quer saber, a bagunça da mudança não está sendo a pior parte. A
pior parte é, com toda certeza, conviver com alguém que não está
me ajudando em nada. Que caralho!
Se dependesse de mim... Mas não depende, certo? E sabe o
quê mais? Ainda vai ser natal. E eu odeio colocar essas luzes,
montar a árvore, tudo verde e vermelho. Quer dizer, de onde é que
tiraram a ideia de que seria legal ter um velhote todo cheio de
roupa cumprida. O Bing me disse que a culpa é da Coca-Cola. E,
por ter desistido do mundo, eu decido acreditar. Vou até a
geladeira e pego uma latinha de Coca-Cola, já que a geladeira
ligada com algumas coisas é a única coisa que eu tenho nessa casa
que esteja arrumada e funcionando. Escolhas.
Estava cansada de corrigir provas. Cansada de preparar aulas e
eu não aguentava mais esperar dezembro chegar e parar de brigar
por nada com Amy. Minha namorada já estava acostumada comigo
gritando, me entupindo de Coca-Cola e comendo qualquer
besteira que eu via pela frente no meio do estresse. É foda. Aliás,
cadê meu notebook? Devo ter escondido em algum lugar...
Era final de novembro e eu estava cansada. Decidi que era
hora de sentar um pouco no chão, acender um incenso e meditar
um pouco. Só que quando eu comecei a fazer isso, a Amy chegou
do trabalho e atrapalhou minha concentração sem querer.
Trabalhar sábado é foda e eu dou graças aos Orixás que eu não
tenha que acordar cedo no sábado. Íamos nos mudar e estávamos
empacotando tudo para a mudança e eu tinha acabado de comer
uns morangos com leite condensado (eu já comentei que invento
coisas pra comer a qualquer momento do dia quando estou
estressada?) e ela tinha acabado de chegar e, como ela estava
estressada de trabalhar no sábado até tarde, eu estava sendo legal
e tinha preparado o jantar — por isso tinha comido morangos com
leite condensado antes. Estava com fome. Eu odeio cozinhar então
eu realmente estava sendo legal. Mesmo.
— Amy! Como foi seu dia?
Amy não quis me responder logo quando entrou em casa. É
uma coisa dela. Ter um tempo pra si quando chega em casa e só
depois voltar a conviver em sociedade depois de ter de forçar
sorrisos por oito horas diárias muito mal pagas. Voltei pra sala (e
pra posição de lótus) e tentei meditar. Consegui por um tempo.
— E se a gente pintar o apê novo de azul?
Eu gelei. Porra, eu gelei.
De azul? Não tinha uma cor menos coisada? Vida que segue.
Amy tinha decidido que iríamos pintar o apartamento de azul e
roxo. Eu sei que azul é a cor mais quente e tudo mais — só que eu
não tava afim de uma casa azul. Eu não sou a versão lésbica da
Xuxa e sua Casa Rosa... E essa decisão vem pra mim do nada? Eu
hein!
Daniel trabalha numa empresa e namora, há muito tempo, Laura. Ele não imagina que ela
esconde um terrível segredo.
Mas, como você se comportaria se, do nada, você recebesse uma ligação dizendo que
você morreria em treze dias?

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A Tempestade e o Sol é uma reunião de contos escritos até 2013 em blogs e outros
espaços na internet. É um retrato de coisas que eu pensava e acreditava quando eu tinha
acabado de entrar na vida adulta mas ainda não sabia nada sobre ela. É exatamente isso o
que ele é. Seria publicado em um livro físico, porém, eu acabei deixando a ideia de lado e
ele nunca saiu do papel (mesmo que nunca tenha sido escrito em um).

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RODOLPHO CARVALHO sempre escreveu em blogs.
Nestes blogs, escrevia textos.
E alguns deles estão reunidos em seu primeiro livro. que ele resolveu simplesmente jogar
um arquivo que tinha guardado em seu Google Drive na internet do jeitinho que ele
estava depois de assistir um vídeo da Nátaly Neri.
Hoje, Rodolpho não tem mais blog – mas pretende ter em breve.
Mora em Santos/SP e tem uma cachorrinha linda chamada Beruna.
É umbandista e sente falta de dormir.
Está, neste momento, fazendo o possível para trabalhar no seu próximo livro: um inédito,
dessa vez. E já desistiu de voltar a escrever blogs. Foram dois livros publicados em menos
de 60 dias! Vamos dar um descanso ao cara.
Gosta de Beatles. Só que esse conto foi escrito ouvindo músicas aleatórias mesmo. Mas
gosta mais de Britney Spears e ponto final.
Afinal de contas, Britney Spears é melhor que qualquer coisa.
É isto.

Site oficial
rodolphocarvalho.com.br

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