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A CML aceitou esta recomendação e procedeu a uma alteração da sua proposta inicial
(Proposta 469/CM/2018) uma vez que estes parâmetros não se encontravam preenchidos,
sendo que apenas 20% da área seria destinada a habitação, como resulta dos pontos
26º,27º e 28º da Petição inicial. A proposta é alterada de modo a ser compatível com o
critério acima exposto, no entanto analisando esta alteração verifica-se que para os
terrenos da antiga feira popular estão previstos 34.090.65 m2 de habitação para 143.712
m2 de superfície de pavimento acima do solo (para a parcela A e para os lotes B1 e B2
que correspondem aos terrenos da antiga feira popular), o que não preenche o mínimo de
25% de habitação efectiva, que apenas se verificaria no caso de estarem destinados a
habitação 35.928 m2, pelo que a condição imposta pela recomendação nº 2/77 da AML,
e aceite pela CML não se encontra preenchida.
Mais declaram que na nova Recomendação nº 026/03 (de 2018), sobre a Operação
integrada de Entrecampos, não se encontraria expresso que pelo menos 25% da superfície
do pavimento acima do solo teria de ser destinado a habitação efetiva.
Parece, portanto, haver uma certa desarmonia entre as duas ideias apresentadas, por um
lado afirma-se que o parecer nº 2/77 está a ser respeitado pela OIE e por outro refere-se
que o mesmo parecer já foi revogado por uma nova deliberação realizada em 2018, e que
só teve aplicabilidade na realização da hasta pública que não se concretizou em 2015. O
certo é que havendo nova recomendação (Recomendação nº 026/03) que tem origem
no Relatório da 1ª e da 3ª Comissões Permanentes sobre a Audição Pública sobre a
Operação Integrada de Entrecampos, e esta não referir uma percentagem mínima de 25%
para a área de habitação efetiva, não parece haver qualquer violação neste sentido pelo
Projeto.