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21 de julho de 2018 Responsável: Constantino K.

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Tarô Egípcio O Momento

Os Arcanos Menores Quatro pilares I Ching

Sarani Barrios
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Considero a leitura dos Arcanos Menores a parte mais complicada do aprendizado, não pela quantidade
de arcanos, mas porque eles trazem significados opostos nas mesmas cartas. A leitura do significado vai
depender, então, da companhia da carta. Nunca iremos fazer uma leitura isolada.
Alguns tarólogos fazem leituras sem os arcanos menores por causa da dificuldade de interpretação. Mas
se usarmos apenas os maiores perderemos os detalhes. Com os Arcanos Maiores tem-se o quadro geral,
enquanto que o detalhamento é dado pelos Menores.
O jogo com o baralho comum, de cinqüenta e duas cartas – que não tem o Cavaleiro – não é
tipicamente cigano. Existem algumas linhagens de ciganos que utilizam apenas esse baralho comum, mas
os cartomantes do povo Dohm lêem ou só com os arcanos maiores ou com estes e os menores em
conjunto, mas nunca só os menores, em razão dessa complexidade das cartas numeradas.

Referências gerais
Orientação e confirmação: A função principal dos arcanos menores é a de direcionar, complementar e
confirmar os arcanos maiores. O arcano maior é a pessoa, e os arcanos menores situam, confirmam ou
mudam a direção de um arcano maior, dependendo do conjunto e das combinações.

Detalhamento: Os arcanos menores detalham,


trazem sempre mais elementos para a leitura. Se a
tiragem não está clara, eu começo a tirar mais
cartas. Haverá um melhor detalhamento quando se
tiver os arcanos menores em maior número. Isso vai
enriquecendo a leitura.
Fugacidade: Os arcanos menores são cartas que
dão maior velocidade à leitura. Quando há uma
quantidade maior de arcanos menores, entendemos
como uma situação muito rápida e passível de
mudança, enquanto que, aparecendo mais arcanos
maiores, a situação deverá durar um pouco mais,
indo geralmente além dos vinte e um dias.
Aparecendo mais arcanos menores, lê-se uma
profusão de acontecimentos que são muito mais
profusão de acontecimentos que são muito mais
momentâneos; eles servem para podermos regular e
para responder às perguntas: “vai demorar?”, “isso
passa depressa?”
Leitura de base só com menores . Quando na
tiragem das cartas saem apenas arcanos menores,
indica que a pessoa em questão está tratando o
problema de forma imatura. Às vezes o consulente
faz uma pergunta, por exemplo, se seu trabalho vai
dar certo. Se no jogo que eu tirar para uma questão
desse tipo noventa por cento dos arcanos forem
menores, interpreto que a pessoa ainda não
absorveu completamente o problema, que ela não
A cartomante
está preparada para a
Tela de Fabio Fabbi (1861-1946) Publicidade Google

situação. São possíveis duas leituras: ou a pessoa ainda não absorveu aquilo que é preciso para que ela
tome uma decisão, ou o foco do que ela está perguntando é outra coisa, e pode-se ver isso quando os
naipes não têm muita relação entre si. Isso acontece muito: a pessoa pergunta uma coisa, mas quer saber
outra, o que se dá com freqüência em relação a perguntas referentes a amor; o consulente chega
perguntando do trabalho e, no momento que tira a abertura, você questiona se é mesmo a respeito do
trabalho que ele quer perguntar.

Naipes contraditórios: Se estudarmos a natureza de cada naipe, poderemos saber se um consulente


está mesmo querendo saber exatamente aquilo que está perguntando. Se a pessoa faz uma pergunta
relacionada a uma determinada área e tem respostas com arcanos voltados a outra, não está perguntando
o que realmente quer saber. Uma boa maneira de agir da cartomante seria dizer que saiu uma carta
referente a “tal” assunto, e que isso, que veio de graça, vai ser abordado primeiro, e depois outra carta será
tirada, para o primeiro assunto. Geralmente a pessoa, depois, nem quer as outras cartas, porque o que
desejava saber já foi elucidado.
As Figuras da corte : Com relação a elas há um grande mito. Pensa-se que um Rei é sempre um
homem, a rainha é uma mulher loira, etc., mas a gente não lê assim, de modo algum. Não colocamos nas
figuras de dama, rei e cavaleiro a representação de pessoas. O único com essa função específica é o
mensageiro (Valete) que não representa a pessoa em si e sim notícias relacionadas a uma nova presença.
As outras vão estar relacionadas com o tipo da notícia, da novidade.

Os naipes
Na tradição cigana os naipes têm ascendência uns em relação a outros.
O primeiro é Copas, que traz tudo que é relacionado à emoção; não necessariamente relacionado a
problemas ou questões amorosas, mas tudo o que se passa no coração.
O segundo é Paus, que vem para falar de trabalho, saúde, formação de personalidade, batalhas
físicas. E aí as percepções podem ser muito variáveis. Com relação aos critérios de beleza, por exemplo,
os ciganos não pensam em cirurgia plástica: a correção da face não existe na cultura Dohm, a não ser que
seja para correção de um problema de saúde. Nós admiramos o rosto que vai ficando semelhante à
superfície do tronco de uma árvore. A árvore, para nós, é o símbolo da sabedoria máxima. As árvores
velhas têm “rugas”. E o naipe de Paus tem a ver com a formação da personalidade no sentido desse
envelhecimento, do mesmo modo que as árvores. E as batalhas físicas também marcam o corpo.
O terceiro é Espadas, que representa as batalhas emocionais, as batalhas de culpa, de agressão, de
palavras. O símbolo do naipe é um coração invertido, com uma empunhadura – é quando se usa o
coração para machucar, para ferir, é a batalha emocional. Espadas: batalhas e conquistas ligadas à
emoção e barreiras psicológicas, tudo aquilo que a gente se impõe para ficar preso – sendo a prisão, aqui,
emocional.
O quarto é Ouros e está ligado às conclusões e ao cumprimento de alguma coisa. Ouros fala do que foi
feito de certo ou errado, e quanto foi recebido por isso. Se meu trabalho não foi bom, eu recebo pouco; se
meu trabalho foi bom, eu recebo muito – essa é a função do dinheiro, e daí é que vem a idéia de riqueza.
Há uma ligação com escolhas. E tem relação com finanças porque, logicamente, é daquilo que a gente faz
que vem nossa sobrevivência. Mas o significado do naipe de ouros está muito ligado ao que se fez de certo
ou errado.
Esta é, em resumo, a estrutura dos naipes: começamos com assuntos do coração, vamos para o
trabalho, passamos pelas batalhas internas e daí ganhamos o prêmio, tenhamos aprendido ou não. Se não
aprendemos, voltamos para o coração.

Signficados das cartas


Vejamos agora o significado das cartas, de 1 (Ás) a 14 (Cavaleiro). Iniciamos pela chave, pelo conceito
básico, e depois apresentamos o significado específico de cada número conforme o naipe.

Ás: Conclusão, realização máxima do desejo questionado.


Áses (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti
Lo Scarabeo, Torino, Itália

Ás de Copas – A conclusão é a realização daquilo que está em seu coração, e que o deixa
profundamente feliz. São coisas que você sonhou e até coisas que não imaginava, mas foi agraciado com
elas.
Ás de Paus – A conclusão está no fato de você ter realizado um trabalho e esperar tirar frutos, para sua
sobrevivência. É fazer dar certo. É ter uma idéia de um negócio e querer saber se aquilo vai dar certo. Ou,
no caso de um problema de saúde, querer saber se vai superar. Essa é a conclusão: o ás de Paus diz que
tudo dá certo.
Ás de Espadas – Fala da conclusão de um problema que você tem há muito tempo, que incomoda, não
deixa dormir, ou de uma batalha em que você precisa vencer a si mesmo. Pode referir-se a uma dieta
muito rigorosa ou à tentativa de largar o cigarro ou de terminar um relacionamento destrutivo de longa data
– coisas que criamos para nós mesmos, uma limitação difícil de transpor. Os outros naipes trazem coisas
que dependem mais de terceiros, mas o de Espadas fala de você consigo mesmo, de transpor os próprios
limites, e isso às vezes dói.
Ás de Ouros – O ás de Ouros está relacionado à solução de um problema econômico. Ás vezes você
tem uma dívida e quer saber se vai poder saldar, ou está apostando todas as fichas num negócio novo e
envolveu todo o seu dinheiro, e tem a conclusão.
Ouros está muito mais ligado ao dinheiro do que à idéia, enquanto em Paus a questão está muito mais
relacionada à idéia: você pode não investir nem um único tostão e realizar um projeto muito bem sucedido.

Dois: Parceria, coisas funcionando aos pares.

2 (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

2 de Copas – Casais acertando o passo, pode ser o indício de um novo relacionamento ou o término,
dependendo das cartas conjuntas. O Dois sempre traz situações que envolvem duas pessoas, que podem
se reunir. Quando se tira o Dois de Copas, e as pessoas estão juntas, dependendo do que vem, pode ser
para uma separação; mas se eu tiramos um Dois de Copas e um ás de Copas, trata-se de um
relacionamento que vai perdurar.
2 de Paus – Início da recuperação de um problema de saúde, indicação de boa parceria para negócios,
trabalhos que obterão ajuda alheia. São idéias que começam a se juntar, ou indica seu corpo encontrando
a sua alma, a alma sadia. No trabalho promete o encontro de bons parceiros. Sempre uma coisa se
juntando a outra.
2 de Espadas – Pessoas entram com recursos que não temos, para nos ajudar a superar obstáculos.
Não se trata de recursos financeiros, mas contatos, influências, etc.
2 de Ouros – Empréstimos de pessoas que nos querem bem, indicação de sociedades frutíferas,
parceiros confiáveis financeiramente. Algumas vezes o dinheiro vem, mas não é bem intencionado, ou
seja, a pessoa te dá esperando algo em troca, que você nem sempre consegue retribuir. Mas aqui, no Dois
de Ouros, a pessoa está sempre torcendo por você; é uma carta boa de se ver quando a pessoa está
procurando um sócio. Tirou o Dois De Ouros pode confiar.

Três: Estabilização
O Três é o número da estabilização em todas as culturas. É a estrutura estável para tudo. Na cultura
cigana, as mesas e os bancos têm três pés.

Três (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

3 de Copas – Calmaria depois de crise amorosa, coração tranquilo, mesmo em momentos de solidão.
Quer dizer que a pessoa estabilizou, não necessariamente como um casal, mas há uma tranqüilidade que
vem de dentro.
3 de Paus – Problema de saúde sem risco de vida, trabalho seguro mas sem grandes emoções.
Pessoa reconhecendo limites e tomando decisões de forma mais equilibrada. Ás vezes a pessoa passa por
um turbilhão e aí vem o Três de Paus, que diz que agora as coisas vão começar a se acalmar. Aí ela
começa a pensar do jeito apropriado, de uma forma racional, equilibrada... Tudo isso é o Três de Paus.
3 de Espadas – Vencer uma batalha contra si mesmo. Superação de medos, ultrapassar barreias
invisíveis. Porque quando não sentimos a necessidade de transpor os problemas, tudo é conflito; mas
quando dispomos de intenção para transpor, seguimos tranqüilos, porque conseguimos vencer o medo.
3 de Ouros – O dinheiro suprindo uma necessidade sem gerar dívidas, o negócio aberto se
3 de Ouros – O dinheiro suprindo uma necessidade sem gerar dívidas, o negócio aberto se
estabilizando no mercado, rendimentos garantidos para pessoas que trabalham de forma autônoma. Aqui
o dinheiro surge sem preocupação, sem precisar ficar fazendo conta. É o dinheiro que dá a segurança de
poder sonhar.

Quatro: Interferência de outras pessoas


O Quatro indica a interferência de outras pessoas. A visão que temos do Quatro é a de dois casais no
mesmo espaço, o que vai gerar conflito, porque sempre tem o lado forte e o lado fraco.

Quatro (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

4 de Copas – Possibilidade de uma terceira pessoa interferindo na vida de um casal: outro par ou
familiar. A interferência pode ser positiva ou negativa. Às vezes é positiva: existe sogra boa, que dá uma
força para o casal permanecer; existe aquele amigo que diz para pensar bem etc. Mas também pode ser
negativa. Todo casal tem um amigo, ou parente, que ajuda, mas quando entra um quarto, é muito difícil
vibrar em sintonia.
4 de Paus – Necessidade de troca de tratamento de saúde, ou confusão de diagnóstico; atenção com
colegas de trabalho; deixar-se influenciar por opiniões alheias que não correspondem aos próprios
desejos. É necessário tomar cuidado com o que você fala na empresa ou em casa. Você não está bem,
precisa de ajuda, e ainda encontra alguém que começa a atrapalhar. O Quatro de Paus indica muita
confusão mental.
4 de Espadas – Alguém jogando contra, falsas amizades, inimigos ocultos. Esse Quatro de Espadas é
muito perigoso. Geralmente trata-se de uma pessoa muito próxima; o inimigo está junto e não se tem nem
idéia. Se o consulente citou o nome de alguém que considera de confiança, geralmente é esta a pessoa.
4 de Ouros – Receber ajuda de estranhos ou ser acometido por surpresas que colocam em risco o
dinheiro. Uma coisa é alguém nos ajudar de forma indireta, e aí vai depender da companhia desta carta, e
outra coisa é uma surpresa, uma despesa inesperada, por exemplo, que perturba o ritmo.

Cinco: Mudança de planos


O cinco significa dispersão em relação à meta traçada de início. É sair do centro; algo que desorienta a
pessoa e a faz ir para um lugar que não estava prevendo. É diferente da força do Quatro, que tira você do
eixo e pode levar a fazer um novo caminho, mas que não é durável; o Cinco fala de uma mudança que
perdura.

Cinco (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

5 de Copas – Conhecer alguém de forma inusitada. Decidir unir-se ou separar-se – pode ser uma união
amorosa ou uma sociedade. Conhecer alguém em um lugar nunca imaginado. O inesperado.
5 de Paus – Mudança de trabalho, de área, de hábitos, com reflexos de longo prazo. No caso do
trabalho, mudança física, de um local para outro, ou mudança de área, radical. No caso de mudança de
hábitos com reflexos de longo prazo, um exemplo seria alguém sem hábito de exercitar-se que começa
uma rotina e vira maratonista.
5 de Espadas – Reversão de uma situação incômoda, caminhos que começam a se abrir. Uma coisa
super positiva, uma luz no fim do túnel, e durável.
super positiva, uma luz no fim do túnel, e durável.
5 de Ouros – Ter que usar o dinheiro reservado para um fim em outra coisa ou uma decisão espontânea
de investir em algo diferente. Pode ser por necessidade ou por decisão própria. Mudança mesmo.

Seis: Instabilidade

Seis (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

6 de Copas – Relacionamentos instáveis, passando por momento turbulento. Podem ser


relacionamentos entre irmãos, às vezes pais e filhos... Tudo fica meio nebuloso, mas não é uma coisa
duradoura. É um momento de falha de comunicação, que traz instabilidade. Riscos de não ser entendido,
não se fazer entender.
6 de Paus – Saúde e trabalho oferecendo riscos importantes. Pessoas com tendência à depressão
sucumbindo aos sintomas. É todo um desequilíbrio, o organismo entrando em choque, um tratamento que
não está sendo efetivo, um remédio que não faz bem. É essa a instabilidade.
6 de Espadas – Perda de controle da situação, surpresas negativas, falta de certezas para levar ao
caminho da vitória. Tudo é nebuloso. Situação de não saber: você só sabe que não sabe.
6 de Ouros – Indica que é melhor não investir em nada novo, economizar, inteirar-se das contas. O
conselho seria: deixe passar o período nebuloso, para depois fazer alguma coisa. Não faça nada agora,
não é o momento.

Sete: Mudanças que interferem em diversas áreas


O Sete é o numero mais mágico: tudo o que muda no naipe interfere em todas as outras áreas da sua
vida. Ou dá tudo certo, ou dá tudo errado -- mas geralmente o Sete tem uma vibração muito positiva, é
muito celebrado. É sempre uma força benéfica. Quando está faltando tudo, o Sete é a primeira carta que
some do baralho. E dificilmente uma mudança que influencia tudo é efêmera; trata-se de algo que vai
durar, pelo menos uns seis meses.
Sete (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

7 de Copas – Relacionamento surgindo por intermédio de outras ocorrências na vida (trabalho, saúde,
etc). Por exemplo, você vai procurar trabalho e a pessoa que lhe entrevista é o grande amor da sua vida, e
então você vai arrumar um grande trabalho e melhorar financeiramente. Uma coisa ligada às outras.
7 de Paus – Trabalho que exige aprender coisas novas, mudança geográfica, mudança de cargo com
salário influenciando nos planos futuros. Você tem de mudar tudo. Não arrumou só um trabalho, arrumou
lugar novo, casa nova. É sempre uma indicação positiva, uma mudança para melhor.
7 de Espadas – Ganhar uma batalha que abre caminhos e favorece a realização em outras áreas.
Reconhecimento de terceiros.
7 de Ouros – Alguém usando o dinheiro de forma positiva para influenciar a vida das pessoas. Você
ganha mais e consegue ajudar a mãe e o irmão, além de estar bem para você, por exemplo.

Oito: A pessoa influenciando outras


O Quatro é “pessoas a mais”, e o Oito é duas vezes o Quatro. Trata-se, então, de influenciarmos os
outros; passamos a ser o sujeito da influência.

Oito (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

8 de Copas – Conquista de alguém distante e difícil, agir como cupido. A sua força de conquista é
dobrada.
8 de Paus – Ter a opinião fundamental para o sucesso de um projeto, abrir um negócio que influencia a
vida de outros muito positivamente. É quando a sua opinião faz a diferença.
8 de Espadas – Influência de bastidores, ardilosa.
8 de Ouros – Interferir junto a alguém que tem mais dinheiro, direcionando o valor para uma causa ou
pessoa. Aqui, você não precisa ter o dinheiro, mas consegue convencer alguém que tem a fazer o que você
pretende.

Nove: Testes para nos certificarmos do caminho


Lembremos que o Nove é o três vezes três. Quem aguenta três vezes o tranco e fica estável, é porque
realmente está no caminho certo. Ás vezes a pessoa cisma em fazer o difícil, vai e cai, vai e cai, e precisa
que alguém diga: não é isso que você tem de fazer: o Nove vem para isso. Ou então a pessoa tem certeza
e sofre revezes para testar de fato. O Nove vem para testar a sua força. Ele normalmente não é uma
batalha sofrida, é algo que vai fazer questionar se aquilo que você está fazendo é o certo.

Nove (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

9 de Copas – O par agindo de forma inesperada, mostrando que é diferente do que imaginávamos. Ás
vezes você tem surpresas, por exemplo, alguma coisa que o namorado faz leva a perguntar: “Será que é
essa a pessoa que eu quero?”.
9 de Paus – Problema de saúde forçando novos comportamentos, trabalho colocando a pessoa
temporariamente em uma posição indesejada. Algo que a pessoa esperava não aconteceu, mas, se
esperar, pode ser que chegue sua hora. Não é confortável, mas vai testar o quanto você quer de fato
alguma coisa.
9 de Espadas – Baque, decepção, planos não concluídos. Entretanto, mostra quase sempre uma
situação temporária. Machuca, mas não mata.
9 de Ouros – Abrir um negócio que não vai para frente, fazer planos que não se concluem ou não
trazem o resultado financeiro esperado. Suponhamos o caso de uma pessoa que abriu uma loja e fica seis
meses rezando para alguém entrar; no sétimo mês ela questiona se deve continuar. Quando sai esta carta,
eu digo: persista. Se fosse uma carta de estabilidade, não, mas aqui ela está testando sua persistência.
eu digo: persista. Se fosse uma carta de estabilidade, não, mas aqui ela está testando sua persistência.

Dez: Marasmo, falta de empenho, preguiça

Dez (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

10 de Copas – Insatisfação gerada pela rotina. Pensamentos buscando novos desafios. Geralmente,
quando acontece traição, ela começa aqui. É uma situação quando se esperava mais, ou do parceiro, ou
de amizades, ou na empresa.
10 de Paus – Pessoa acomodada no trabalho, na obesidade, nos vícios que influenciam a saúde. Essa
pessoa que não quer mover uma palha.
10 de Espadas – A pessoa tem desejos, mas não possui a vontade de colocá-los em prática. Situação
do eterno sonhador.
10 de Ouros – Não ver possibilidade de melhora, se conformar com o que tem, não querer sonhar mais
alto.

11. Valete, “J”: Mensagens importantes, pessoas


O Valete é sempre uma carta muito boa, muito leve, e que sempre dá um novo sopro de vida. Ele tira da
rotina. Para nós, o valete é uma criança, um mensageiro que traz boa notícia.

Os Valetes (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

No baralho comum, chamamos a carta de valor 11 de Valete ou Pajem; mas, iconograficamente e por
estar junto a Rei e Rainha, ele corresponde na verdade ao Cavaleiro dos arcanos menores, o Jovem.

J - Os Valetes (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no baralho comum

COPAG, Brasil, 1960.

Valete de Copas – Boas noticias: novo par, conclusão de relacionamentos, novo ímpeto a um
relacionamento já iniciado. É o oposto do Dez. Mesmo que a pessoa já seja casada, por exemplo, ela
aprende a ver aquilo de outro jeito, a respeitar o companheiro de outro modo, descobre um lado que não
conhecia.
Valete de Paus – Novo trabalho, nova pessoa influenciando o surgimento de uma nova vaga ou
alterando nossos hábitos. Um novo amigo que o convida para correr, coisa que você nunca havia pensado
em fazer – é um mensageiro que vai levá-lo a ter um hábito bom.
Valete de Espadas – Batalhas vencidas, limites estabelecidos, respeito. Quando sai o Valete de
Espadas é uma batalha vencida mesmo, é você novo, num momento de renovação. Uma boa notícia para
você.
Valete de Ouros – Dinheiro vindo de forma inesperada, promoção.

12. Dama ou Rainha: Valores da infância, questionamentos


Traz à tona valores da infância e questionamentos quanto à personalidade. Representa a idéia da mãe,
dos primeiros anos de que falam os arcanos maiores, das coisas que estão marcando nossa
personalidade. Ás vezes a pessoa começa a questionar as influências, ou tem comportamentos infantis
que já havia superado. Tem relação com a dinâmica dos anos de formação, ou diz que não estamos
conseguindo nos livrar de coisas lá de trás.
As Rainhas (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

Rainha de Copas – Repetir padrões maternos de comportamento, questionar se estamos no caminho


certo. É uma insegurança quase infantil.
Rainha de Paus – Redescobrir talentos da infância, quase que um renascimento. Necessidade de sentir
acolhimento, mas não necessariamente no sentido emocional. Pode ser que numa empresa você tenha
desagradado uma pessoa perigosa por seu grau de influência, e precisa do colo do patrão, que ele lhe diga
que você está no caminho certo. Necessidade de uma pessoa que reconheça seu trabalho.
Rainha de Espadas – Agir de forma mimada, querendo impor os desejos a qualquer custo. Essa é a
carta mais infantil de todas, é quando você usa seu coração invertido para alfinetar, fazer manha.
Rainha de Ouros – Lidar com o dinheiro de forma descontrolada, sem a maturidade necessária.

13. Rei: Força masculina, imposição.


O Rei fala de tudo que é colocado goela abaixo.

Os Reis (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália


Rei de Copas – Querer estar ao lado de alguém que não é adequado. Não há jogo que mude, quando
sai essa carta.
Rei de Paus – Colocar a saúde ou o trabalho em risco por teimosia.
Rei de Espadas – Tirania. O Rei de Espadas é um tirano, a pior carta do baralho. Aquele que passa por
cima de tudo e de todos, não quer saber o que está acontecendo. Quando esse tirano aqui sai para uma
mulher, aí ninguém segura, porque juntou o lado masculino e o lado feminino. É a bruxa, mesmo, no
sentido negativo da palavra. Uma pessoa muito negativa, muito egoísta, que quer fazer valer sua vontade a
qualquer custo.
Rei de Ouros – Usar o dinheiro para fins diferentes do combinado. Falta de vergonha na cara. Pessoas
que se envolvem em fraudes.

14. Cavaleiro: Impulsividade excessiva, imaturidade


Esta é a carta que não existe no baralho comum. É o jovem, aquele que acredita que vai ganhar o
mundo. Ele é muito impulsivo e toma atitudes desmedidas. A gente o vê como um homem de dezessete
anos.

Os Cavaleiros (Copas, Paus, Espadas e Ouros) no Tarot Visconti

Lo Scarabeo, Torino, Itália

Cavaleiro de Copas – Não querer compromissos, tendência para parceiros múltiplos, querer o mundo.
Cavaleiro de Paus – Trocar muito de trabalho, não se fixar em lugar algum, ser leviano em relação à
própria saúde.
Cavaleiro de Espadas – Fazer uso de contatos de forma negativa, expor pessoas de confiança a
situações complicadas – por não pensar nas consequências.
Cavaleiro de Ouros – Gastar mais do que deveria, ter pouca responsabilidade no trato com o dinheiro e
dívidas. Trata-se de alguém que não pensa no amanhã, “pega o cavalo e sai”.

Conclusão
Na verdade, os significados são bem mais complexos do que o resumo que fizemos. O importante,
porém, é partir dessas referências básicas e desenvolver os questionamentos na prática. A vibração de
cada carta está aí. O que podemos agora fazer a partir dessas indicações é cruzar a vibração da carta
com a vibração do naipe e ir construindo a própria leitura. É por essa razão que consideramos muito
importante a jogar para ai mesmo. Quando estamos aprendendo, começamos com os maiores e, depois,
quando começamos com os menores, é bom deixar os arcanos maiores e os menores em dois grupos
separados. Tiramos um arcano maior e depois um menor, para confirmação. É uma forma de praticar e de
jogar.
A melhor maneira de aprender é tirar cartas todo dia, para si mesmo ou alguém que lhe pede, e tirar
sempre 3 cartas: passado, presente e futuro. Tirar uma carta para representar o passado dá um toque de
confiança, pois ela vai confirmar a sitsuação. Se você não se vir naquele passado – e eu reafirmo: a carta
não erra, a gente é que erra a interpretação dela – se não bateu com o que percebemos da situação, vá
procurar o sentido. Procure em livros, vá buscando, o que vale não é uma verdade absoluta, mas o sentido
que vale para você. Cada um de nós cria seu próprio oráculo.

Escolha do baralho
É importante, na escolha de um baralho bom, uma clara diferença entre os naipes (principalmente paus
e espadas) e a facilidade de identificação do número, para não ser necessário ficar contando os elementos.
Uma coisa que funciona bem no inicio é ter um tarô de Marselha para os arcanos maiores e um baralho
convencional, para os menores. Como o baralho convencional não tem o mensageiro, consideramos o
Valete como Cavaleiro e, para o lugar do Mensageiro, pegamos o coringa de cada naipe. Há até alguns
baralhos em que o coringa vem com uma corneta, como um arauto – porque é essa a função dele, na
nossa leitura.

As reproduções de cartas utilizadas neste texto são do Tarot Visconti-Sforza (Milão, ca. 1450), restauradas
por A. A. Atanassov e editadas por Lo Scarabeo (Turim, Itália, 2005);
e de um baralho COPAG (Companhia Paulista de Artes Gráficas), Brasil, ca. 1960
As transcrições das gravações das aulas dadas por Sarani Barrios,
no segundo semestre de 2008, foram editoradas por Bete Torii.
março.09

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