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LTCftLUK

ÜSIUÍMIAI
Este livro enfatiza princípios fundamentais
que trarão uma nova unção sobre aqueles
que o lerem.
Pr. Cesar Augusto é um dos pastores
da Comunidade Evangélica de Goiânia,
sendo já autor de vários livros, entre eles:

Renovando a unção
Relacionamento, um dos fundamentos da Igreja
Liberando a Fé
Compreendendo o Mundo Espiritual
A escolha de Davi e o Tabernáculo
Namoro, uma benção de Deus

KOINON1A
César Augusto
I a Edição -1984
2a Edição - 1985
3a Edição -1986
4a Edição - 1989
5a Edição -1990
6a Edição - 1991
7a Edição - 1993

© Todos os direitos reservados.


Koinonia Comunidade e Edições Ltda.

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Pedidos à:
Koinonia Com unidade e Edições Ltda.
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Brasília - DF
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Diagramação, fotocomposição e fotolitos:


Arte Clube Assessoria Gráfica Ltda.
ÍNDICE
CAPÍTULO 1
A batalha que travamos .................................. 05
CAPÍTULO 2
O inimigo já foi derrotado..............................07
CAPÍTULO 3
A estratégia e o exército do inim igo............... 09
CAPÍTULO 4
Como os espíritos dominadores
expressam seus poderes .....................................17
CAPÍTULO 5
Dominadores da im pureza................................25
CAPÍTULO 6
Dominadores do dinheiro ................................27
CAPÍTULO 7
Armas básicas na luta
contra o exército das trevas ............................. 29
CAPÍTULO 8
O exército das trevas ........................................ 37
CAPÍTULO 9
As três manifestações de ataques
do exército das trevas ......................................57
CAPÍTULO 10
Adestramento do exército de C risto .................75
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao presbitério
da Comunidade Evangélica de Goiânia,
ao qual tenho submetido minha vida
e meu ministério.
Agradeço também à minha esposa Rúbia
e aos meus filhos Débora, Fábio e Davi,
pela paciência que tiveram comigo
nos momentos usados para a redação deste,
c principalmente ao Senhor Jesus Cristo
que nos leva a combater o bom combate
e nos faz mais do que vencedores
pela força do seu poder.
A ele, que esteve comigo em todos os momentos
nos quuis esle livro estava sendo escrito,
honra, glória e louvor amém!
CAPÍTULO 1

A Batalha Que Travamos


“Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes” (Ef. 6:12).
Paulo nos fala aqui da luta que todo cristão
enfrenta. Desde a queda de Adão, até nossos
dias, esta guerra está sendo travada. O exército
celestial, juntamente com a igreja, tem o objetivo
de vencer esta batalha.
Tudo começou com a queda de Lúcifer,
quando este querubim produziu a primeira rebe­
lião da criação, levando parte dos anjos a seguí-
lo. “A sua cauda arrasta a terça parte das estrelas
do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se
deteve em frente da mulher que estava para dar a
luz, a fim de lhe devorar o filho quando nasces­
se” (Ap. 12:4). Percebemos que um terço das es­
trelas (que significam anjos) caiu da sua posição
de origem, juntamente com Lúcifer. E estes anjos
formam hoje o exército das trevas, comandado
pelo diabo. Este exército sempre teve como obje­
tivo destruir a mulher que, simbolicamente, se
refere à igreja e ao filho varão que simboliza Je­
sus Cristo e os ministérios que nascem dele, aos
quais ele sustenta. Satanás sempre desejou a der­
rota da igreja e sua cabeça que é o próprio Cristo
de Deus. Desde o dia em que foi prometida sua
derrota e prisão eterna, seu intuito passou a ser
somente este.
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a
tua descendência e o seu descendente. Este te fe­
rirá a cabeça, e tu lhe ferirá o calca-
nhar”(Gen.3:15).Este versículo bíblico é tremen­
damente profético. Deus resume todo seu plano
futuro neste versículo. Ele profetiza a guerra que
existiria pelos séculos futuros entre a mulher
(igreja) e a serpente (Satanás): a serpente odian­
do sempre a igreja e desejando sua destruição; a
05
igreja lhe resistindo, esperando sempre a vitória
que viria em seu descendente, Cristo Jesus, o Fi­
lho do Deus vivo. Esta batalha vem se travando
desde a queda de Adão, produzindo muitas feri­
das na humanidade. Porém, uma convicção tem
aumentado no seio da mulher (igreja): a vitória é
dela e em breve será consumada.
O versículo 15 de Gênesis, capítulo 3, fala do
descendente da mulher que nasceu através dela
mas veio de Deus, sendo o próprio Deus se ex­
pressando a nós em forma de homem. Esse des­
cendente iria ferir mortalmente a serpente na ca­
beça e esta lhe feriria o calcanhar. O que é ferir o
calcanhar? Analisando a igreja em si, como um
só corpo, e sendo Jesus Cristo o cabeça deste
corpo, podemos deduzir que as últimas gerações
que aceitarem a Cristo como salvador e Senhor
de suas vidas fazem parte dos pés deste corpo. A
Bíblia se refere aos pés do corpo de Cristo, em
algumas partes, com promessas maravilhosas e
proféticas para esses dias. Mas, também afirma
que uma parte destes pés será ferida pela serpen­
te. Não cremos que a serpente possa ferir ao nos­
so soberano e Senhor Jesus Cristo. Por isto, este
versículo profético é endereçado aos pés do cor­
po, ou seja, aos membros da igreja e não à cabe­
ça. Podemos ver esse acontecimento mais clara­
mente no livro do Apocalipse (12:13-17). Quan­
do o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu
a mulher que dera à luz ao filho varão: “... E fo­
ram dadas à mulher as duas asas da grande águia,
para que voasse até ao deserto, ao seu lugar,
onde é sustentada durante um tempo, tempos e
metade de um tempo, fora da vista da serpente.
Então a serpente arrojou da sua boca, atrás da
mulher, água como um rio, a fim de fazer com
que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém,
socorreu a mulher, e a terra abriu a boca e engo­
liu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar
com os restantes de sua descendência, os que
guardam os mandamentos de Deus e tem o teste­
munho de Jesus”.

06
Chegará o tempo em que o anticristo será a
mais clara expressão do poder de Lúcifer na ter­
ra. Este perseguirá o restante da igreja que não
for levado para o deserto. Lúcifer irá perseguir e
ferir alguns, mas precisamos entender que o nos­
so perseguidor já foi derrotado. Sua derrota foi
decretada há dois mil anos, através da cruz do
nosso Senhor.

07
CAPÍTULO 2

0 Inimigo Já Foi Derrotado


Muitas vezes temos dificuldade para crer que
o inimigo já está derrotado, quando olhamos em
nossas congregações e percebemos que muitos ir­
mãos estão vivendo uma vida de derrota constan­
te nas áreas das emoções, do físico e do espírito.
Quando vemos as pessoas que estão fora da igre­
ja, sendo dominadas e escravizadas pelo diabo,
muitas vezes sentimos que não podemos fazer
nada. Embora tudo isto esteja acontecendo, além
de muitas outras coisas que nos machucam, po­
demos ter a certeza que Satanás já foi derrotado e
sua sentença já está declarada: a prisão eterna no
lago de fogo e enxofre. Jesus Cristo já feriu mor­
talmente sua cabeça.
“Visto, pois, que os filhos têm participação
comum de carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a sa­
ber, o diabo” (Heb. 2:14). A Palavra de Deus diz
que Jesus já destruiu o diabo e o seu poder. Ain­
da que o inimigo diga que não, e se mostre furio­
so e valente, Jesus já o venceu, destruindo o seu
poder através da sua vida e morte na cruz. O seu
precioso sangue foi derramado em favor de toda
a humanidade e da criação que estavam caídas,
pelo fruto da desobediência. Jesus triunfou e,
juntamente com ele, nós, sua igreja.
As manifestações do reino das trevas que es­
tamos vendo são as últimas cartadas que a ser­
pente tem lançado, mas, em breve, será amarrada
pelo poder de Jesus através da igreja. “E, despo­
jando os principados e as potestades, publica­
mente os expôs ao desprezo, triunfando deles na
cruz” (Col. 2:15). Não estamos falando que Sata­
nás e seu exército não têm força e poder, afirma­
mos sim, que este poder, diante de Jesus Cristo e
de sua igreja, é infinitamente menor e não pode
atingi-los. O poder das trevas, diante da autorida­
de de Jesus, se torna como nada; ele deixa de
09
existir. Esta verdade precisa ser entendida, e,
através desta revelação, precisamos assumir o
nosso lugar nas regiões celestiais reinando com
Cristo. “Sede sóbrios e vigilantes, o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que
ruge procurando alguém para devorar” (I Pe.
5:8). Ainda que ele possa ter força e deseje ser
um leão, ele não é o verdadeiro leão. Sua valen­
tia, força e poder desaparecem diante do verda­
deiro leão, o da tribo de Judá. Precisamos enten­
der que o sacrifício na cruz foi suficiente para
destruir o poder das trevas. É por este motivo que
nosso amado Jesus, antes de entregar seu Espírito
ao Pai, disse: “Está consumado”. E realmente
está consumado. A cruz destruiu o poder das tre­
vas. Quando mencionamos o sacrifício de Jesus,
a maioria dos cristãos lembra apenas da salvação
que este sacrifício nos proporciona. Mas, muito
mais do que apenas a salvação, a cruz abriu a
porta para a restauração de toda a criação de
Deus, e este é o seu plano. Mas esta restaüração
só é possível porque Satanás está derrotado atra­
vés do sacrifício na cruz. Ele já foi golpeado
mortalmente em suas forças e sabe que a cruz é
símbolo de sua derrota. Satanás nunca esquece o
valor que tem o sacrifício de Jesus, pois foi atra­
vés dele que foi derrotado para sempre. Precisa­
mos enfrentar esta batalha que estamos travando
com o exército das trevas tendo como base as
nossas armas e o sacrifício de Jesus no Calvário.

10
CAPÍTULO 3

A Estratégia e o Exército Do Inimigo


Precisamos entender que o exército das tre­
vas não é um bando de anjos caídos que não sa­
bem como agir e guerrear. O diabo está desorien­
tado porque sabe que sua sentença já foi decreta­
da. Porém, o inimigo tem algo que o leva a lutar
até o último instante: sua persistência. Além da
persistência, há um fator em seu reino que tam­
bém precisamos analisar antes de travarmos bata­
lha direta contra suas forças: seu exército é tre­
mendamente organizado. Não podemos esquecer
que antes da queda, Lúcifer fez parte do exército
do Senhor. Ele conhece a organização que sem­
pre houve no exército do Rei dos reis. A divisão
de autoridade em seu reino é visível e podemos
percebê-la ao lermos com atenção a Palavra do
Senhor.
“Para lhes abrir os olhos e convertê-los das
trevas para a luz e da potestade de Satanás para
Deus, a fim de que recebam eles remissão de pe­
cados e herança entre os que são santificados
pela fé em mim” (Atos 26:18). Paulo mostra que
a igreja está lutando contra a potestade (autorida­
de) de Satanás para livrar o homem de suas gar­
ras. Nós, como igreja, estamos lutando contra
todo este exército que expressa a autoridade do
inimigo. Por este motivo encontramos tanta resis­
tência ao orarmos com os enfermos, pois são nes­
tes momentos que estamos enfrentando aberta­
mente a força do exército inimigo. Ele guerreia
com o objetivo de impedir que a igreja de Jesus
Cristo assuma o lugar que lhe foi dado através do
calvário. “Porque Davi não subiu aos céus, mas
ele mesmo declara: disse o Senhor ao meu Se­
nhor: Assenta-te à minha direita, até que eu po­
nha os teus inimigos por estrado dos teus pés”
(Atos 2:34-35). Jesus está sentado em seu trono
de vitória porque venceu. Seus inimigos, mesmo
derrotados, estão resistindo, mas sua própria Pa­
lavra nos diz que o Pai irá colocá-los debaixo dos
11
pés de Cristo, que é a última geração de sua igre­
ja. Mesmo sendo eles fortes, valentes e organiza­
dos, serão todos subjugados pelo poder de Deus,
através dos pés de Cristo. Veremos, nos próxi­
mos capítulos, como funciona o exército das tre­
vas, mas conscientes de que ele já está derrotado
e será subjugado pela igreja de Jesus.
“Acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio, e de todo nome que se possa
referir não só no presente século, mas também no
vindouro” (Ef. 1:21). Paulo nos mostra como o
exército do inimigo está organizado, revelando-
nos que há quatro níveis de autoridade no reino
das trevas que precisamos conhecer. Precisamos
também discernir quais são suas funções neste
exército. Isto é tremendamente importante para
que possamos combatê-los com eficiência.
Primeiramente precisamos entender que todo
este exército age sobre o comando de Lúcifer.
Este comandante das trevas não age pessoalmen­
te na terra, mas através do seu exército. Porém,
chegará o dia no qual ele próprio irá manifestar
seu poder pessoal diante da humanidade. “Com
efeito o mistério da iniqüidade já opera e aguarda
somente que seja afastado aquele que agora o de­
tém; então será revelado de fato o iníquo, a quem
o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca,
e o destruirá pela manifestação de sua vinda.
“Ora, o aparecimento do inimigo é segundo a efi­
cácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodí­
gios da mentira” (II Ts. 2:7-8). A Palavra do Se­
nhor diz que o anticristo, a própria expressão do
poder e da pessoa de Lúcifer, ainda não foi mani­
festo, embora esteja operando através de seu
exército. Mas chegará o dia em que ele próprio
se manifestará ao mundo sendo derrotado pelo
sopro da boca de nosso Senhor Jesus Cristo.
Paulo nos mostra em Efésios 1:21 toda a hie­
rarquia das trevas que e dividida da seguinte for­
ma:
a) Principados e principado
b) Potestades e potestade

12
c) Poder e força espiritual do mal nas regiões
celestiais
d) Domínio e dominadores deste mundo tenebro­
so

1. Principados
Os principados são príncipes, chefes, coman­
dantes do exército, que estão internamente liga­
dos ao seu maioral. Estes príncipes recebem as
ordens diretamente de Lúcifer, transmitindo-as
aos seus comandados. O exército do inimigo é di­
vidido por regiões e em cada uma existe um des­
tes principados que oprimem os habitantes da re­
gião e tentam resistir ao avanço da igreja de Jesus
naquele lugar. “Mas o príncipe do reino da Pérsia
me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel,
um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me,
e eu obtive vitória sobre os reis da P érsia”
(Dn.10: 13) . No livro de Daniel podemos ver isso
claramente. Havia um príncipe das trevas que era
o responsável por aquela região. Por este motivo,
quando a igreja de Jesus numa região amarra o
príncipe,e das trevas que opera naquele lugar, um
novo reavivamento começa a surgir e a igreja
prospera alcançando aqueles que não tinham o
Senhor Jesus Cristo como salvador pessoal.
Os príncipes operam somente nos lugares ce­
lestiais. E dali que eles comandam todo o regi­
mento do exército das trevas, que está debaixo do
seu domínio. Esses príncipes são anjos caídos que
antes tinham uma posição de autoridade no exérci­
to do Senhor, mas que a perderam conservando,
no entanto, sua posição de autoridade no exército
das trevas. Seu confronto sempre é com os que es­
tão revestidos da autoridade do Senhor Jesus e de
seu exército. Esta é uma das missões dos príncipes
das trevas: resistir a todo aquele que está com uma
posição de autoridade na igreja do Senhor.
2. Potestades
Paulo fala das potestades que também são au­
13
toridades no exército do inimigo. Estas potesta-
des agem submissas aos principados. São anjos
caídos que têm como objetivo produzir confusão
nas lideranças locais, produzindo discórdia
edivisão. São demônios treinados para este obje­
tivo, pois sabem que uma liderança confusa e di­
vidida pela carne não pode conduzir o rebanho de
Deus numa direção correta e vitoriosa que abun­
de na unção e vida do Senhor. As potestades
agem especialmente nesta área, produzindo con­
fusão e divisão no meio do povo de Deus. São
anjos caídos que estão operando nesta área já há
quase seis mil anos. É por este motivo que quan­
do detectamos sintomas de confusão e divisão
em nosso meio, precisamos tratar seriamente
com isso a fim de não corrermos o risco de cair
no laço do inimigo.
As divisões que encontramos na igreja do Se­
nhor em nossos dias são conseqüências da vitória
das potestades no meio da igreja. Esta vitória
contou com a contribuição de muitos líderes, que
no início, quando os sintomas começavam a apa­
recer, não foram prudentes tratando seriamente
com eles. Mas nós, que estamos vivendo nos úl­
timos dias e que cremos na promessa da restaura­
ção da unidade da Igreja, sobre a qual o Senhor
Jesus profetizou, temos a responsabilidade de
derrotar essa classe de demônios, derrubando to­
das as paredes de divisão que eles produziram ao
longo dos anos. Quando enfrentamos doutrinas
que levam a igreja a ter mais divisões em si, pre­
cisamos entender que a nossa luta nao é contra
elas, mas contra os demônios que as produziram.
Esta classe de demônios teme contra todo princí­
pio de unidade. Satanás é consciente de que ma­
nifestando a unidade da igreja de Jesus, sua der­
rota será abreviada.
3. Força Espiritual Do Mal
Paulo nos mostra que esta classe de demônios
também age nas regiões celestiais. As forças ma­
lignas são as que diretamente oprimem a humani­
14
dade. Toda esta opressão que o mundo sofre é
proveniente das investidas desta classe específica
de demônios que pertencem ao reino das trevas.
Sua função é oprimir a humanidade de tal manei­
ra que a leve ao desespero e caos total. Um dos
maiores sintomas desta opressão é a angústia e o
medo que nossa geração enfrenta hoje. As forças
espirituais da maldade têm semeado medo no co­
ração do homem de nossos dias. Este medo se
transforma em pavor e tem sido uma brecha para
que os demônios que agem aqui na terra possam
entrar em seus espíritos possuindo suas vidas.
Algumas vezes, através da opressão, eles tem le­
vado pessoas a um desesperador estado de angús­
tia. Este estado se toma uma brecha por onde os
espíritos de homicídio e suicídio entram e pos­
suem alguns, levando-os a agir irracionalmente.
Devemos, como igreja, enfrentar esta classe de
demônios com a autoridade que o Senhor tem
nos dado e com um espírito ousado, revestido da
fé que o Espírito Santo tem gerado em nós, nos
levando a tomar uma atitude prática de rejeitar
tudo que possa nos deixar ao alcance deles, tal
como filmes, músicas e ambientes, que são como
ímãs que os atraem.
“Eis que vos dei autoridade para pisardes ser­
pentes e escorpiões, e sobre todo o poder do ini­
migo, e nada absolutamente vos causará dano”
(Lc.10:19). O Senhor nos deu autoridade para
subjugar toda a força do mal. Fazendo isto esta­
remos livrando a humanidade desta opressão que
hoje a atormenta, colocando-a na situação de pre­
sa fácil de Satanás.

4. Dominadores
Por fim, Paulo nos fala dos espíritos malig­
nos que exercem domínio no mundo das trevas.
Precisamos entender que fazem parte do mundo
tenebroso, o exército do inimigo, seu comandan­
te, todos aqueles que não são lavados pelo san­
gue do Senhor Jesus Cristo e todo ambiente que
não glorifica ao nosso Deus.
15
Esta classe de demônios está operando aqui
na terra com o objetivo de expressar toda a mal­
dade de Satanás, escravizando e destruindo o ho­
mem, tentando deteriorar toda a criação de Deus.
Esta classe busca frustrar o plano de Deus, de al­
cançar a humanidade.
“O ladrão vem somente para roubar, matar e
destruir...” (Jo. 10:10). Este versículo nos relata
claramente qual é a função dos espíritos domina­
dores. Eles primeiramente roubam o direito que
todo homem tem de receber a paz que o Senhor
lhe pode dar. Roubam a paz levando o ser huma­
no a um decadente estado de auto-acusação, ao
ponto destes se achar indigno de receber a paz e
segurança que gratuitamente o Senhor lhe quer
dar. A partir deste momento, estes espíritos que
são enganosos, os induzem, através de obras de
caridade, a tentar comprar a paz que Deus conce­
de gratuitamente através de Jesus Cristo.
Eles também roubam a sensibilidade que todo
ser humano tem em relação a Deus. É esta sensi­
bilidade que produz no coração do homem uma
busca ao seu criador. O objetivo destes demônios
dominadores é ferir toda sensibilidade do cora­
ção do homem para as coisas espirituais. Quando
isto chega a acontecer, a pessoa que foi alvejada
por eles passa a ser totalmente controlada. “Nos
quais o deus deste século cegou os entendimen­
tos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça
a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a
imagem de Deus” (II Cor. 4:4). Paulo nos mostra
claramente qual é o objetivo destes demônios.
Eles cegam os homens para que estes não reco­
nheçam a Jesus como Senhor, roubando a sensi­
bilidade e assim, automaticamente cegando seu
entendimento para as coisas espirituais.
Depois de tirar a sensibilidade e escravizar,
os demônios começam a destruir o físico que foi
criado por Deus para glorificá-lo. A última inves­
tida do exército das trevas é contra o físico do
homem, destruindo todo vigor e elevando-o a re­
ceber o salário do pecado: a morte física.

16
CAPÍTULO 4

Como Os Espíritos Dominadores


Expressam Seus Poderes
1. Dependência de Drogas
Os espíritos malignos dominam todo o impé­
rio das drogas em nossa geração, e homens pos-
sessos por estes espíritos dominadores executam
o que é planejado pelo exército das trevas nesta
área.
O diabo tem manifestado seu poder através
das drogas. Tem destruído vidas, lares e os prin­
cípios morais com os quais o indivíduo nasce.
Precisamos entender que o viciado não é o prin­
cipal problema, mas sim o espírito que o domina.
E contra esse, sim, que devemos lutar. Quando
um dependente de drogas vem às nossas congre­
gações precisamos discernir o espírito que o do­
mina e lutar em fé, usando a autoridade que Jesus
nos concedeu, repreendendo o espírito. Somente
após a libertação do indivíduo, iniciamos o pro­
cesso de reestruturação, usando os princípios da
Palavra do Senhor. Sem a libertação do espírito
que o prende, não é possível uma restauração
emocional, pois os demônios das drogas, além de
destruir a mente do homem, provocam feridas
profundas em suas emoções.
Os dominadores que agem no mundo das dro­
gas, precisam ser derrotados pela igreja do Se­
nhor, pois há milhões de jovens que estão presos
como escravos, clamando por libertação, sendo
levados a clínicas, centro espíritas e seitas reli­
giosas, na esperança de serem libertos. Porém,
cada vez mais tornam-se escravos do império das
trevas. Nós, como igreja, não podemos nos omi­
tir mais. Precisamos nos posicionar em fé e ousa­
dia, declarando a libertação daqueles que estão
presos. “Para isto se manifestou o Filho de Deus,
para destruir as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Sata­
nás e seus demônios, através da cocaína, LSD,
17
maconha, cogumelo, e outros muitos tipos de dro­
gas têm realizado a obra de destruição do ho­
mem. Se não temos um chamado para trabalhar
diretamente com o dependente, podemos, através
da intercessão ousada, repreender esta classe de
dominadores que está operando livremente em
nosso meio. Maior que a cocaína, LSD; e qual­
quer tipo de droga, é o poder de Deus. Quando
este é ministrado ao necessitado, através da igre­
ja, não há força maligna que possa resistir. Te­
mos este poder em nós pela presença do Espírito
Santo em nosso interior. Precisamos liberá-lo
através da intercessão em favor daqueles que es­
tão presos pelo poder dos espíritos dominadores
das drogas.

2. Dependência do Álcool.
A mesma classe de demônios que opera nas
drogas age também na bebida. Quando aconse­
lhamos as pessoas a não beberem é porque en­
xergarmos o que está por detrás da bebida. O al­
coolismo tem destruído vidas e desfeito lares;
mas não é a bebida em si que está fazendo isto,
e sim os demônios que os controlam através
dela. É contra estes espíritos que estamos lutan­
do. Quando trabalhamos com um dependente do
álcool devemos ministrar amor a ele. Porém,
contra o espírito que o controla, devemos usar a
fé que o Espírito Santo nos tem dado. Estes de­
mônios, tanto das drogas quanto da bebida, tre­
mem quando enfrentam homens e mulheres com
uma fé ativa no Senhor e na sua Palavra. A fé
leva estes espíritos dominadores a recuar e que­
brar sua obra destruidora no homem. Mas, jun-
tamênte corü a fé, necessitamos ter um coração
ousado que ordene a libertação daquele que está
cativo. Contra os espíritos dominadores deve­
mos usar com firmeza a fé e a ousadia que o Se­
nhor tem suscitado em nossos corações. Sem fé
e ousadia não venceremos esta classe de demô­
nios. Não podemos enfrentá-los, apenas com a
fé, pois apenas a fé, nos leva a resistí-los; mas a
18
fé e a ousadia no Senhor nos levam a derrotá-
los. Não devemos nos assustar com o barulho e
as mentiras que estes espíritos fazem e dizem.
Devemos lançar nossa fé na Palavra do Senhor e
ousadamente repreendê-los declarando sua der­
rota. Deus está levantando uma igreja que tem
uma fé viva e ativa, que declare a libertação dos
que estão presos nas drogas e no álcool e restau­
re completamente suas vidas.

3. Homossexualismo
“Portanto, tendo conhecimento de Deus não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes se tornaram nulos em seus próprios raciocí­
nios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e
mudaram a glória do Deus incorruptível, em se­
melhança da imagem do homem corruptível, bem
como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso
Deus entregou tais homens a imundícias, pelas
concupiscências de seus próprios corações, para
desonrarem seus corpos entre si; pois eles muda­
ram a verdade de Deus em mentiras, adorando e
servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é
bendito eternamente. Amém. Por causa disso os
entregou a paixões infames; porque até suas mu­
lheres mudaram o modo natural de sua relações
íntimas, por outro contrário à natureza; seme­
lhantemente, os homens também, deixando o
contato natural da mulher, se inflamaram mutua­
mente em sua sensualidade, cometendo torpeza,
homens com homens, e recebendo em si mesmos
a merecida punição do seu erro” (Rm 1:21-27).
Uma das provas mais dolorosas do poder es-
cravizante dos espíritos dominadores das trevas é
o homossexualismo. Satanás, através desta sua
obra, expressa toda a sua maldade para o homem,
expondo-o à vergonha total, levando o homem ao
desprezo aos olhos da sociedade e do mundo es­
piritual. Queremos enfatizar seriamente que o ho­
mossexualismo é proveniente do mundo das tre­
vas, não surgiu no interior do homem e nunca foi
19
propósito de Deus..Se fizermos um retrospecto
breve dos últimos anos, podemos ver claramente
como os dominadores têm se expressado. Nos
anos 60 estes espíritos expressaram o seu domí­
nio fortemente através das drogas, do movimento
hippie e da música pop. Foram anos nos quais es­
tes espíritos concentraram suas forças para escra­
vizar toda aquela geração nas drogas. Através
desse ataque, por meio dos tóxicos, Satanás le­
vou muitos para o inferno.
Nos anos 70 o exército das trevas investiu
com todas as forças na destruição das famílias.
Foi nesta década que a infidelidade conjugal pas­
sou a ser moda. Os espíritos malignos dominado­
res agiram com toda sua força, induzindo homens
e mulheres ao adultério, produzindo separação e
destruindo emocionalmente os filhos. Hoje, co­
lhemos os frutos desta investida na TV, teatro, e
nas músicas. Em todos os meios de comunicação
de hoje publica-se o adultério e a infidelidade
conjugal como algo normal, fruto do desenvolvi­
mento intelectual e da modernidade do homem.
Agora, nos anos 80, as forças das trevas têm
concentrado todo o seu esforço no seu penúltimo
ataque contra a humanidade. O diabo e seus espí­
ritos dominadores têm se atirado com toda força,
induzindo homens e mulheres ao homossexualis-
mo. São demônios treinados por seu príncipe há
anos. Desde o nascimento da criança eles a
acompanham, aguardando uma brecha para pos­
suir suas emoções. Não podemos nos enganar:
homossexualismo é realmente fruto de demônios
e nunca fez parte dos planos de Deus. Quando
eles possuem as emoções de uma pessoa, a partir
daquele momento esta pessoa torna-se escrava.
Assim eles a chicoteiam com o chicote da
maldade, levando o indivíduo ao desespero total
e até ao suicídio.
Nos próximos anos o exército das trevas lan­
çarão seu último ataque contra a humanidade. Es­
píritos dominadores das trevas estão sendo pre­
parados pelo inimigo. Eles serão enviados com a
finalidade de produzir no coração desta geração o

20
desejo de suicídio como nunca houve no passado.
Satanás e seu exército estão planejando, através
deste ataque, destruir por completo o homem
criado por Deus. O último ataque do inimigo será
enviar dominadores que irão levar o próprio ho­
mem a se destruir. Esta deverá ser a sua última
investida. Mas enquanto Satanás tem preparado
seu plano, o Espírito Santo de Deus paralelamen­
te está preparando uma igreja que irá destruir
seus planos e frustar o desejo do seu coração. Por
este motivo estamos estudando os seus planos e
estratégias.
Como os dominadores do homossexualismo
possuem o homem?
a) Procuram famílias desestruturadas:
Como já falamos, estes espíritos são treina­
dos há anos e estão sempre em prontidão para
agir. Eles vivem caminhando na terra, procuran­
do famílias que estão por algum motivo, sendo
desestruturadas por investidas de seu exército.
Quando uma criança nasce num lar assim, estes
espíritos dominadores recebem a incubência de
estar sempre acompanhando esta pessoa em sua
vida diária. Aí começa uma investida para indu­
zir o indivíduo ao homossexualismo. Pensamen­
tos e situações produzidas pelo inimigo nesta
área começam a acontecer com mais freqüência.
Logo depois, passa a ser um bombardeio cons­
tante nas emoções da pessoa.
Os demônios fazem uma pressão exterior,
conscientes de que aquele indivíduo que está re­
cebendo os ataques não tem uma estrutura inte­
rior para resistir por muito tempo.
b) Começam pelas brechas:
Com as investidas, os demônios do sexo per­
cebem que o indivíduo que está sendo atacado
possui brechas em sua emoções, mente e espírito,
e que podem entrar e possuí-lo a qualquer mo­
mento. As brechas são produzidas pela falta de
orientação dos pais, por um desajuste no relacio­

21
namento familiar e, principalmente, quando o ca­
sal e a família não estão andando de acordo com
a orientação da Palavra de Deus. Quando o ini­
migo encontra esta brecha passa a dominar o in­
divíduo completamente. A carência de firmeza,
proteção e amor do pai na infância pode gerar
nas emoções da pessoa este tipo de brecha que os
demônios desejam para induzir o indivíduo à prá­
tica do homossexualismo. O não posicionamento
da mãe, no lugar que lhe cabe no lar, pode tam­
bém produzir certos tipos de brechas. Quando a
mãe assume o lugar que o pai deveria assumir, a
possibilidade desta brecha de carência e insegu­
rança existir será maior. Brechas na mente e no
espírito são produzidas por falta de conhecimen­
to dos princípios da Palavra de Deus e pela
ausência de sua prática.
Uma pessoa que não pratica os ensinos da
Palavra do Senhor, automaticamente tem sua
mente desprotegida e sujeita a todo tipo de espí­
rito. Os princípios de santidade que a Bíblia nos
ensina produzem no homem uma mente protegi­
da contra a investida de espíritos. As brechas no
espírito são conseqüência de uma falta de rela­
cionamento com Deus. Uma pessoa que tem um
relacionamento constante com Deus, em oração e
leitura da Palavra, está com seu espírito protegi­
do dos espíritos dominadores.
c) Tiram a sensibilidade:
“Antes se tornaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração in­
sensato” (Rm. 1:21b). A perda da sensibilidade
vem quando o homem já não consegue entender
o que a Palavra de Deus diz claramente. Conse­
quentemente o coração é obscurecido, perde-se a
sensibilidade à Palavra de Deus e à voz do Espí­
rito de Deus. A partir deste momento o indivíduo
passa a depender de um toque sobrenatural de
Deus para que ele possa voltar ao normal. Quan­
do o inimigo consegue anular a sensibilidade do
homem em relação a Deus, seu domínio sobre a
pessoa passa a ser total.

22
d) Despertam o desejo no coração:
“Por isso Deus entregou tais homens à imun-
dícia, pelas concupisências de seus corações,
para desonrarem seus corpos entre si. (Rm 1:24).
Quando a pessoa passa a gostar da prática do
pecado, seus valores são mudados e seus desejos
também. O que ele fazia, movido por um demô­
nio, agora faz parte do seu coração. Foram inver­
tidos os valores da pessoa. Os valores e a vonta­
de que Deus lhe dera foram permutados pelos va­
lores das trevas e os desejos agora se identificam
com Satanás.

23
CAPÍTULO 5

Dominadores da Impureza
“Falo como homem, por causa da fraqueza da
vossa carne. Assim como oferecestes os vossos
membros para a escravidão da impureza, e da
maldade para a maldade, assim também agora
ofereceis os vossos membros para servirem a jus­
tiça para a santificação” (Rm 6:19).
O apóstolo Paulo nos mostra que a impureza
é uma força que escraviza o homem. São espíri­
tos imundos, treinados, que têm como objetivo
lançar na mente e nos sentimentos do homem
todo tipo de imundícia levando os mesmos a es­
tarem acorrentados por pensamentos e sentimen­
tos carnais.
Os meios de comunicação têm sido um canal
desta imundície de Satanás. Exemplos de impu­
reza têm sido transmitidos através de filmes, no­
velas, comerciais e programas que bombardeiam
a visão e a mente dos homens. Eles não sabem
que estes ataques do exército das trevas têm
como objetivo a sua própria destruição, come­
çando pelos valores morais que o Senhor lhes
dera. Alguns se tornaram tão escravos da imora­
lidade que suas vidas diárias passam a girar em
função dela. Prisioneiros na mente, não conse­
guem pensar em outras coisas, ficam exclusiva­
mente à mercê destes espíritos imundos. Outros,
ficam tão presos a desejos impuros que agem de
maneira irracional para conseguir o que seus sen­
timentos estão desejando. Estas atitudes mostram
que os demônios estão exercendo domínio em
suas vidas. Outros vivem aprisionados por so­
nhos imorais, que é uma das maneiras que estes
espíritos usam para atacar e escravizar o homem.
Quando os dominadores da imoralidade co­
meçam a controlar a vontade do indivíduo, este
passa a ser escravo, agindo impulsivamente pelo
espírito dominador. Por este motivo tem aconte­
cido, constantemente, fatos escandalosos como
estupros, não somente de moças, mas também de
25
crianças, alvos prediletos destes espíritos imun­
dos. Temos conhecimento de vários casos onde o
pai aproveita-se da sua própria filha para se satis­
fazer sexualmente. Um homem assim está total­
mente dominado por um demônio de imoralida­
de.
O que acontece hoje em dia, na área sexual,
demostra-nos que certos tipos de abusos sexuais
não podem ter sido praticados por uma pessoa
normal. Agindo desta maneira elas comprovam
que estão possessas por demônios. Certa vez uma
senhora me procurou e disse estar sendo perse­
guida por pensamentos imorais. Relatou-me que,
às vezes, quando olhava para seu filho de quatro
anos vinha na mente imagens de relações sexuais
com ele. Somente uma pessoa que está sendo ata­
cada por demônios de imoralidade tem pensa­
mentos deste tipo. Uma pessoa livre nunca pen­
saria desta maneira. Quando mostramos a ela o
que é que a estava levando a pensar daquela ma­
neira, foi como que um novo animo brotasse em
seu coração. Ela começou a ter vitória a partir
daquele momento. Estes demônios imundos não
resistem a autoridade da Palavra do Senhor.
Quando alguém, que anda perseguido por eles,
exerce fé na Palavra do Senhor, sua liberdade
vem rapidamente. Temos que orientar-as pessoas
mostrando que certos tipos de pensamentos e ce­
nas não são provenientes delas mesmas, mas são
sopros do exército dos demônios em suas mentes.
Quando esclarecemos às pessoas e lhes mostra­
mos que o que está acontecendo vem do inimigo,
estaremos livrando-as de um sentimento de acu­
sação terrível. Estaremos levando-as a odiar estes
demônios e a resisti-los pela fé. Nós, como igre­
ja, devemos orar declarando a prisão dos espíri­
tos dominadores da imoralidade, impedindo-os
de escravizar o homem.

26
CAPÍTULO 6

Dominadores do Dinheiro
“Ora, os que querem ficar ricos caem em
tentação e ciladas, e em muitas concupiscências
insensatas e perniciosas; as quais afogam o ho­
mem na ruína e perdição.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da
fé, e a si mesmos se atormentam com muitas do­
res” (I Tm. 6:9-10).
A Palavra do Senhor não tem nada contra a
prosperidade do homem, ela até estimula os fi­
lhos de Deus a prosperarem. O que a Bíblia enfa­
tiza em todos os seus livros é o amor a Deus aci­
ma de todas as coisas, inclusive do dinheiro.
Quando ferimos este princípio, estaremos contri­
buindo para a existência de uma brecha em nos­
sas vidas, por onde um espírito estranho pode pe­
netrar. O amor a Deus em primeiro lugar, inclui a
nossa situação financeira. Estamos, através da
prática deste princípio, declarando que todo di­
nheiro que temos está, primeiramente, à disposi­
ção de Deus, e, depois, à nossa disposição. Um
homem que age desta maneira está resguardando
seu espírito da prisão pelo demônio da avareza.
A avareza está inteiramente ligada ao egoís­
mo e estes dois sentimentos fazem parte da per­
sonalidade de Satanás. Quando alguém coloca
seu amor no dinheiro, a partir daquele momento
ele será capaz de fazer qualquer coisa para con­
seguí-lo, e. agirá de todas as maneiras para não
perdê-lo. Ele passa a ser seu escravo e se coloca
debaixo do jugo de um espírito dominador das
trevas que opera exclusivamente nesta área.
“Mas a imudícia e toda sorte de impurezas,
ou cobiças, nem sequer se nomeie entre vós,
como convém a santos; nem conversação torpe,
pelo contrário, ações de graça. Sabei, pois isto:
nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento,
que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e
de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs;
27
porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre
os filhos da desobediência” (Ef. 5:3-6).
Paulo mostra que a avareza traz a ira de
Deus, pois ela procede de um espírito maligno
que leva o coração do homem a idolatrar o di­
nheiro, tornando-se seu escravo. Este demônio
tem amarrado pessoas nas igrejas, impedindo que
estas vidas contribuam com a obra do Senhor.
Necessitamos de nos posicionar em fé, repreen­
dendo estes demônios no meio do povo do Se­
nhor.
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena:
prostituição, impureza, paixão, lascívia, desejo
maligno, e a avareza que é idolatria” (Col. 3:5).
Paulo nos diz que devemos destruir a avareza,
que é fruto de demônios. Entendendo assim, ao
nos relacionamos com alguém com esse caráter,
devemos estar em oração no espírito, repreenden­
do o demônio e ensinando a pessoa na Palavra do
Senhor os princípios que ela nos diz sobre finan­
ças. Com estas duas táticas —a oração e o ensino
- ajudaremos a pessoa a se libertar desta escravi­
dão. Os demônios que agem nesta área estimu­
lam a corrupção e o suborno. Homens que no iní­
cio de suas vidas tinham princípios morais como
prioritários, passam a ser levados pelo suborno e
a corrupção que estão à sua volta. Esses indiví­
duos passam a concordar com os princípios do
reino das trevas, desobedecendo, consequente­
mente, a Palavra de Deus. Quando vemos pes­
soas totalmente dominadas por este tipo de espí­
rito —alguns negociam a própria família para al­
cançar seus anseios - isto nos leva a desejar for­
temente que estas cadeias sejam quebradas pelo
poder de Deus, através da igreja.

28
CAPÍTULO 7

Armas Básicas na Luta


Contra o Exército das Trevas
1 .0 Sangue de Jesus Cristo
“O sangue vos será por sinal nas casas em
que estiverdes: quando eu vir o sangue, passarei
por vós, e não haverá entre vós praga destruido-
ra, quando eu ferir a terra do Egito” (Ex. 12:13).
O sangue aqui era um elemento de proteção.
Quando as pragas que o Senhor permitiu que fe­
rissem o povo do Egito começassem a sua des­
truição, somente o sangue poderia proteger o
povo de Israel do poder do anjo da morte.
O sangue é um elemento de proteção, e não
uma arma para expulsar os demônios. Não deve­
mos usar o sangue do Senhor Jesus para esse ob­
jetivo e sim como proteção de nossas vidas. Sata­
nás e todo seu exército respeitam o poder do san­
gue de Jesus e, quando alguém coberto por este
sangue o enfrenta, suas investidas contra esta
pessoa são frustradas, pois seus dardos são apa­
gados e destruídos pela proteção do sangue de
Jesus. Só podemos entrar nesta guerra espiritual
se estivermos cobertos pelo sangue de Jesus, pois
em nós mesmos não há nenhum elemento de de­
fesa que possa conter as investidas do inimigo.
“Tomai também o capecete da salvação...”
(Ef. 6:17). Paulo ilustra o poder protetor do san­
gue de Jesus com um capacete que protege o sol­
dado. Sem este capacete o soldado torna-se um
alvo fácil de ser atingido pelo exército inimigo.
O sangue protege a mente, o espírito e as emo­
ções do cristão. Somente com a aspersão do san­
gue na mente de um crente em Jesus, é que as
acusações dos demônios não irão influenciar sua
fé. É com a mente debaixo deste sangue que as
lembranças das nossas falhas passadas, que o ini­
migo sempre está trazendo às nossas mentes, são
apagadas. Pois não há acusação que possa preva-
29
lecer contra o poder do sangue de Jesus. A acusa­
ção é uma das armas que o inimigo sempre tem
usado quando enfrenta cristãos decididos a fazer
a vontade de Deus e desfazer suas obras. E que,
através da acusação, Satanás tenta produzir um
estado de depressão e, conseqüentemente, um es­
pírito de desânimo. Suas acusações têm como ob­
jetivo amarrar o homem impedindo que ele avan-
çe no propósito de Deus.
Além de nos proteger deste tipo de investida
do inimigo, o sangue de Jesus protege as emo­
ções do cristão contra toda semente de desejo im­
puro ou semente de amargura e ódio que o inimi­
go tenta semear em nós quando estamos guer­
reando contra ele. Estes ataques geralmente se
intensificam, quando, estamos num período de je­
jum e intercessão. É neste momento que pode­
mos perceber o poder do sangue de Jesus. É o
sangue que nos guarda no meio destes bombar­
deios, nos protege das investidas do inimigo con­
tra o nosso espírito, dos ataques de enfermidade
que sempre começam no espírito. Esta brecha de
enfermidade é aberta quando aceitamos a possi­
bilidade de sermos tomados por este tipo de espí­
rito. E o sangue que nos protege e traz a revela­
ção do poder da cruz, na qual todo espírito de en­
fermidade é derrotado.
“Visto pois, que os filhos têm participação
comum da carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a sa­
ber, o diabo” (Heb.2:14). O poder do inimigo,
quando se confronta com o sangue de Jesus, se
torna como nada, pois foi este mesmo sangue
derramado no Calvário que o destruiu.
2 .0 Nome do Senhor Jesus Cristo.
“Pelo que também Deus o exaltou sobrema­
neira e lhe deu o nome que está acima de todo o
nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o
joelho, nos céus e na terra e debaixo da terra” (F
1. 2:9-10). Há um segredo todo especial para nós
30
no nome do Senhor Jesus. É através deste nome
que a autoridade e o poder do Senhor nos são mi­
nistrados. Todos os sinais do Novo Testamento
tinham como selo o nome do Senhor. Quando
este nome era mencionado, os poderes das trevas
que resistiam aos discípulos eram derrotados. Os
demônios temem quando o nome do Senhor é
mencionado, pois para os poderes das trevas o
nome do Senhor Jesus Cristo lembra do sacrifício
na cruz. O fruto desde sacrifício foi a sua derrota
definitiva. Satanás e seus demônios tremem
quando se menciona o nome de Jesus, pois é nele
que está a autoridade que o Pai nos deu para sub­
jugar as forças das trevas. Quando entendemos
que o nome dele é mais do que apenas algumas
letras, e que simboliza o poder e autoridade do
reino de Deus, quando o mencionamos vemos
esta autoridade ser expressa através de nós.
“Davi, porém, disse ao filisteu: tu vens con­
tra mim com espada, com lança, e com escudo;
eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos
Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem
tens afrontado” (I Sm. 17:45). Davi enfrenta o gi­
gante no poder no nome do Senhor. A força para
vencer o inimigo não estava em suas armas ou
em sua própria capacidade, mas no poder do
nome do Senhor, e foi através deste nome que ele
triunfou e levou todo Israel à vitória.
Estes sinais hão de acompanhar aqueles que
crêem: em meu nome expelirão demônios...”
(Mc. 16:17). Jesus está dando a sua Palavra que
através de seu nome expeliriamos ou subjugaría­
mos os demônios, levando os a uma derrota com­
pleta. O nome do Senhor tem grande significado
no reino das trevas, pois é nele que está sempre a
lembrança da derrota do príncipe das trevas. Os
demônios não tem força para resistir à autoridade
do nome de Jesus. Quando seu nome é proferido
através dos nossos lábios, as resistências são
quebradas e o poder das trevas que prende os en­
fermos e domina o homem é quebrado. Nós,
como cristãos, precisamos entender que este
nome é suficiente para derrotar os poderes do ini­

31
migo. O invocar o sçu nome, no meio da angústia
e na luta espiritual, nos levará a receber o livra­
mento.
“Ele olhava atentamente, esperando receber
alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: não pos­
suo nem prata e nem ouro, mas o que tenho, isto
te dou: Em nome de Jesus Cristo o nazareno,
anda! E tomando-o pela mão direita, o levantou;
e imediatamente os seus pés e artelhos se firma­
ram: de um salto se pôs em pé, passou a andar e
entrou com eles no templo, saltando e louvando a
Deus... Pela fé em o nome de Jesus, esse mesmo
nome fortaleceu a este homem que agora vedes e
reconheceis...” (At. 3:5-8-16a). Foi através do
poder do nome de Jesus que Pedro e João minis­
traram libertação ao coxo, preso por um demônio
de enfermidade. Com todo revestimento do Espí­
rito Santo que eles tinham recebido no capítulo 2
de Atos, andavam cheios do Espírito Santo, mas
mesmo assim tinham que usar o nome de Jesus
para que o poder de Deus fluisse livremente do
seu interior. O poder de Deus é expresso ao ne­
cessitado através do nome de Jesus, tanto nos
céus como na terra e debaixo da terra. Os seres
destes três mundos: os anjos nos céus, os homens
na terra e os demônios nas regiões celestiais têm
que dobrar os joelhos diante deste nome. E atra­
vés deste nome que podemos ter total controle
sobre Satanás e seu reino. “Eis que vos dei auto­
ridade para pisardes serpentes e escorpiões, e so­
bre todo o poder do inimigo, e nada absoluta­
mente vos causará dano” (Lc. 10:19).
3. A fé.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós, é dom de D eus”
(Ef.2:8). Fé não é um elemento natural, não é
inerente à natureza humana. A ciência não pode
defní-la, pois a fé não está ao alcance de um ser
natural. E impossível, com o raciocínio humano,
produzir fé .em alguém, pois ela não foi gerada
no natural; faz parte do Espírito de Deus e é dada
32
como dom a todos que são lavados pelo sangue
de Jesus Cristo. Todos, sem exceção, em Cristo,
foram agraciados com fé. Deus nos deu o que tal­
vez seja o elemento mais importante da vida cris­
tã, pois somente através dela podemos viver de
acordo com a vontade dele.
“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxi­
ma de Deus creia que ele existe e se torna galar -
doador dos que o buscam” (Hb. 11:6). Sem ela
não podemos agradar a Deus e fazer sua vontade.
Somente andando em fé podemos agir como o
Senhor Jesus agiu quando esteve fisicamente em
nosso meio fazendo a vontade de Deus. Esta von­
tade de Deus foi revelada a nós através de Jesus.
“Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Somente
vivendo da fé podemos desfazer as obra do ini­
migo. A fé é a arma que destrói todos os poderes
do inimigo; ela é a arma mais importante no con­
fronto com as trevas. Um valente com a fé viva
se torna mais que um vencedor, pois sua fé leva-
o a ser vitorioso na terra e triunfante nos lugares
celestiais. Todas as classes de demônios respei­
tam um soldado que tem na fé sua principal
arma.
A fé tem como alicerce a Palavra de Deus. A
fé não questiona o que a Palavra diz, não dá mar­
gem para o não cumprimento da Palavra, pois a
Palavra não é conseqüência de sua existência.
Ela é o futuro da Palavra, e não podemos duvidar
de sua vitalidade. A verdadeira fé não vive dos
sintomas, não depende do ambiente para ser ex­
pressa. Ela está sempre sustentada pela Palavra
de Deus. A Palavra é o seu referencial, não os
sintomas e nem o ambiente. Quando a Palavra de
Deus diz algo a respeito de qualquer coisa, ela
logo entra em ação sem questionar ou duvidar.
“Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus;
porque em verdade vos afirmo que se alguém
disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar, e
não duvidar no seu coração, mas crer que se fará
o que se diz, assim será com ele” (Mc. 11:22-23).

33
Jesus nos ensina que a fé não inclui o duvidar.
Quando a verdadeira fé entra em ação, os montes
são removidos, pois nada pode impedir a fé de
fluir livremente.
A fé e o nome do Senhor Jesus Cristo têm
poder suficiente para amarrar a força de toda es­
pécie de espírito das trevas. Este foi o grande
mistério revelado a nós na pessoa de Jesus Cris­
to. Ele nos deu gratuitamente a fé para que atra­
vés dela nos tornemos mais do que vencedores
nele.
“Embraçando sempre o escudo da fé, com o
qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno” (Ef.6:16). Paulo afirma que pode­
mos apagar todos os dardos, sem exceção. Tudo
o que o inimigo lança contra nós com o objetivo
de nos destruir será apagado e destruído pela fé.
Ela é o grande escudo que nos proteje no físico
contra todo o tipo de enfermidade e, na área
emotiva, contra todo o dardo que deseja produzir
um desajuste emocional, sendo também nossa
proteção no espírito, contra a investida de espíri­
tos dominadores que desejam possuir o homem.
Ela é o escudo, proteção e uma arma de ataque,
juntamente com a autoridade que há no nome de
Jesus Cristo.
4. A ordenação.
“No dia seguinte, quando sairam de Betânia,
teve fome. E, vendo de longe uma figueira com
folhas, foi ver se nela porventura, acharia alguma
coisa. Aproximando se dela nada achou se não fo­
lhas; porque não era tempo de figo. Então lhe dis­
se Jesus: nunca jamais coma alguém fruto de ti. E
seus discípulos ouviram isto (Mc.ll:12- 14). “E,
passando eles pela manhã viram que a figueira se­
cara desde a raiz. Então Pedro, lembrando se, fa­
lou: Mestre, eis que a figueira, que amaldiçoaste,
secou” (Mc.11:20-21). Precisamos descobrir nes­
tes dias o poder da declaração em fé. Neste trecho
percebemos Jesus ordenando que a figueira secas­
se e, logo em seguida, ela secou até a raiz. Os de­
34
mônios sabem o poder que tem uma declaração
de um servo de Deus. Por este motivo, esta área
na guerra espiritual é de grande validade. Através
dela, homens têm triunfado sobre enfermidades e
situações financeiras. Através da declaração têm-
se aberto portas que o inimigo tem interesse em
manter fechadas. Quando declaramos o que a Pa­
lavra nos diz que já foi feito por nós, o que a Pa­
lavra diz começa imediatamente a acontecer, na
prática, conosco. A declaração tem um poder tre­
mendo que nós, como filhos do Deus Todo-Pode-
roso, precisamos descobrir. Quando a usamos
contra o poder das trevas, cobertos pela autorida­
de do nome de Jesus, abrimos portas que talvez
tenham permanecido fechadas por anos, quebra­
mos correntes que foram criadas pelo diabo para
amarrar homens e situações. Quando estas corren­
tes são quebradas, surge um novo romper que é
uma bênção para a igreja do Senhor.
“Vendo ele a Pedro e João que iam entrar no
templo, implorava que lhe dessem uma esmola.
Pedro, fitando-o juntamente com João, disse:
Olha para nós. Ele os olhava atentamente, espe­
rando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe
disse: não possuo nem prata e nem ouro, mas o
que tenho, isto te dou: em nome de Jesus Cristo, o
nazareno, anda!” (At. 3:3,6). Pedro ordenou con­
tra a enfermidade. Ele declarou que o coxo podia
andar. Suas palavras estavam cheias de autorida­
de, pois o nome de Jesus acompanhava aquela de­
claração. Quando estamos guerreando contra as
forças das trevas, sejam dominadores de enfermi­
dades, homossexualismo ou drogas, necessitamos
da declaração contra esses demônios, pois através
dela, podemos alcançar a vitória. Há momentos
na luta espiritual, que não necessitamos mais de
uma oração intercessória e sim usar a autoridade
que o Senhor nos deu e declarar a vitória através
do nome do Senhor. A declaração ordenativa
muda situações e ambientes e nos dá a vitória. In­
dependente do que o diabo diz ou faz, ela, em si
mesma, pode nos levar a triunfar sobre o “monte”
que enfrentamos.

35
CAPÍTULO 8

0 Exército Das Trevas


Como falamos no início, principados e potes-
tades são duas classes de demônios que agem ba­
sicamente nas regiões celestiais. São demônios
que têm uma missão bem específica e estão agin­
do debaixo da orientação direta de Satanás. Con­
tra estes anjos caídos necessitamos guerrear com
bastante prudência e não subir de qualquer ma­
neira para o confronto com eles. Sabemos de vá­
rios casos de pessoas que começaram na vida
cristã com uma boa intenção, jejuando, orando e
que, com o passar do tempo, entraram nas re­
giões celestiais, mas como não estavam com a ar­
madura que um homem necessita ter para enfren­
tar esta batalha, foram atingidas por estes anjos
caídos e até hoje as consequências destas feridas
tem sido várias. Alguns deixaram seus lares, se­
parando-se da esposa e passando a viver uma
vida totalmente no pecado. Aos olhos naturais
não encontramos explicação para o que aconte­
ceu. Sabemos, no entanto, o que ocorre no mun­
do espiritual: não estavam debaixo dos princípios
dentro dos quais, na Palavra do Senhor, encontra­
mos explicação para o que acontece. Essas vidas
oravam e jejuavam; quando, porém, entraram na
luta contra os principados e potestades, não esta­
vam como a Palavra do Senhor nos mostra que
devemos estar. Outros foram afetados nas suas
faculdades mentais e hoje estão blasfemando
contra o Senhor e agindo irracionalmente. Por
este motivo, e sabendo que a hora da vitória do
Senhor na igreja é chegada, iremos estudar os
princípios que devemos por em prática para que
possamos confrontá-los e vencê-los.

1. Os principados.
São príncipes que têm como objetivo princi­
pal oprimir e levar cativas regiões inteiras. Eles,

37
na região que está sob sua autoridade, exercem
total domínio, sendo que as áreas culturais, so­
ciais, políticas e econômicas sofrem influência
de sua personalidade e toda a região dominada
por eles expressará as características desta perso­
nalidade.
“Disse-lhe o diabo: dar-te-ei toda esta autori­
dade e a glória destes reinos, porque ela me foi
entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se
prostrado me adorares, será tua” (Lc. 4:6-7). O
diabo disse ao Senhor Jesus que todo poder do
reino do mundo lhe fora entregue. Esta foi a ma­
neira que ele encontrou para sair da posição de
dominado para dominador. Deus planejou que os
reinos estivessem debaixo da autoridade do ho­
mem, que todas as regiões da terra fossem gover­
nadas pelo homem e o homem exercesse autori­
dade sobre toda a criação. Com a proposta da
serpente para que Adão desobedecesse a Deus, o
inimigo estava propondo ao homem rejeitar a au­
toridade de Deus, e com esta atitude provocar
uma rebelião de desobediência no Éden. A ser­
pente seria favorecida com esta atitude errada de
Adão. Com a desobediência, o homem entregou a
Satanás o que Deus tinha criado para estar debai­
xo de seu governo. Todos os reinos que estavam
debaixo da responsabilidade de Adão foram en­
tregues a Lúcifer e a seus anjos. Através da en­
trega voluntária do homem, Satanás dividiu o do­
mínio da terra com os principados, colocando-os
nas regiões onde hoje eles exercem domínio.
Todas as áreas de cada região estão sobre o
governo de um príncipe. Seja área política, eco­
nômica, social, meios de comunicação, etc. Es­
tando sob o governo dos príncipes das trevas, es­
tas áreas recebem total influência deles. Suas
ações são consequência do reino das trevas. Os
príncipes das trevas governam as nações e o ob­
jetivo é levar a humanidade ao cativeiro eterno.
A única força que pode opor-se e impedir o avan­
ço do império das trevas é a igreja de Jesus. Deus
planejou que ela fosse o instrumento usado para
derrotá-los. “Ninguém pode entrar na casa do va­
lente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo; e só então lhe saquear a casa” (Mc.
3:27). O propósito de Deus é que nós, como igre­
ja, possamos amarrar os principados de cada re­
gião, tomando novamente para nós o governo da
humanidade e de toda a criação de Deus. A
principal missão dos príncipes das trevas é go­
vernar sobre as regiões impedindo que haja justi­
ça, santidade e prosperidade. São os príncipes
que tentam impedir que certas regiões recebam
um derramar da presença de Deus, o que chama­
mos de avivamento. Esta tem sido sua principal
função: opor-se ao mover do Espírito Santo, que
conseqiientemente produzirá justiça, benção e
santidade nas regiões. “Mas o príncipe do reino
da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém
Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para
ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da
Pérsia” (Dn.l0:13). Esta passagem ilustra o que
estamos dizendo. Primeiramente queremos escla­
recer que cada região tem um príncipe. Também
nos exércitos do Senhor há um anjo que é res­
ponsável por ela, e quando este anjo é liberado
pelo Senhor nos céus, para trazer sua palavra,
essa visitação do anjo irá produzir também uma
visitação de Deus. Sabendo desta verdade, o
príncipe desta região concentrará todo o seu es­
forço no objetivo de impedir que o anjo mensa­
geiro da região possa chegar até ela. Neste mo­
mento se trava uma batalha nos céus onde a ação
e participação da igreja é decisiva, pois se a igre­
ja desta região não tem percepção do que está
acontecendo, ou não sabe os princípios que de­
vem por em prática na batalha, o exército das tre­
vas pode se tornar, ainda que aparentemente,
vencedor. Podemos ver um exemplo do que esta­
mos falando. Em certos países que passaram por
períodos onde se podia sentir a nuvem da presen­
ça de Deus aproximando-se por alguns momen­
tos, teve-se a impressão de que uma grande visi­
tação do Senhor era eminente. Inexplicavelmen­
te, porém, aos olhos naturais, a nuvem da glória
de Deus começou a se afastar e a visitação de

39
Deus, que podia ter-acontecido naquele momen­
to, foi adiada para o futuro. O que aconteceu foi
que a igreja não entendeu o seu papel na batalha
que se travou nos céus daquela região. Não esta­
mos querendo dizer que as forças do Senhor não
são suficientes para vencer o exército das trevas,
mas queremos esclarecer que o Senhor planejou a
vitória do seu exército com a participação da sua
igreja.
Princípios para a batalha contra os principados:
a) Estar submisso à autoridade do Senhor.
Este princípio é fundamental no confronto
com esta classe de demônios. “Contudo, o arcan­
jo Miguel, quando contendia com o diabo e dis­
putava a respeito do corpo de Moisés, não se
atreveu a proferir juizo infamatório contra ele;
pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda” (Jd.
9). Aqui o Senhor nos mostra que o entendimen­
to e a prática de estar totalmente submisso a sua
autoridade nos levará a triunfar quando estiver­
mos nos confrontando contra nosso inimigo. Pre­
cisamos entender que não é a nossa força ou au­
toridade natural que o diabo respeita, pelo con­
trário, aquilo que somos naturaliüente é desprezí­
vel aos seus olhos. Foi assim com Golias e Davi.
Os aspectos naturais de Davi foram desprezados
por Golias. O que o inimigo respeita e teme em
nós é a autoridade do Senhor que nos cobre e nos
capacita para enfrentá-lo. A tendência do ho­
mem, quando seu ministério se torna próspero e
o reconhecimento vindo dos homens parece ser
constante, é permitir que em seu coração começe
a crescer a idéia de que a prosperidade é por mé­
rito próprio. Este sentimento vem do diabo, pois
quando isso toma conta de um coração, a auto-
suficiência passa â ser suscitada, e a partir da­
quele momento corre-se o risco de enfrentar os
príncipes das trevas sem estar totalmente submis­
so à autoridade do Senhor. Quando isto acontece
o ministério corre o risco de ser ferido pelo ini­
migo. Esta ferida pode se tornar mortal. Uma ma­

40
neira pela qual esta ferida é feita é através de es­
píritos de engano, levando-o a posições extremis­
tas e radicais. Outras vezes tal pessoa pode se de­
cepcionar por não alcançar o que almejou, pas­
sando a descrer no que a Palavra diz. Esta posi­
ção leva à prática do pecado que por muito
tempo o mesmo ministério havia condenado. Em
ambos os casos as conseqüências na igreja são
sérias, pois tendo um dos seus líderes feridos na
batalha, uma parte do corpo também sai ferida.
b) Ser um ministério instituído pelo Senhor.
No confronto contra os príncipes das trevas
não é aconselhável que um cristão que não seja
reconhecido em posição de autoridade na igreja
do Senhor os enfrente. O inimigo reconhece o
valor que tem um homem que está revestido de
uma posição de autoridade pelo Senhor. Satanás
sabe o valor que Deus dá a autoridade constituída
por ele. Sabe que Deus estará conjuntamente ba­
talhando com o ministério que foi instituído por
ele.
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei
as chaves do reino dos céus: o que ligares na ter­
ra, terá sido ligado nos céus e o que desligares na
terra, terá sido desligado nos céus” (Mt. 16:18-
19). O Senhor está dando duas promessas mara­
vilhosas para a igreja. A primeira é que as portas
do inferno não prevalecerão contra ela. A igreja,
como coletividade, triunfa constantemente contra
as forças das trevas. A segunda foi dada a Pedro,
e especialmente, a todos que estão revestidos de
autoridade dentro da igreja do Senhor. Pedro não
estava naquele momento representando a si, indi­
vidualmente, mas representava alguém escolhido
por Deus para ter uma posição de autoridade
diante dele e do povo. O poder de ligar e desligar
nos céus estava sendo dado a ele individualmente
e ao representante dos apóstolos. Percebemos
que Pedro representava alguém revestido por
Deus para ser autoridade diante das forças malig­

41
nas. Todo ministério separado pelo Espírito San­
to está habilitado para confrontar os principados,
nas regiões celestiais, porque foi-lhe delegada
por Deus autoridade para representá-lo. Sendo le­
gítimos representantes do Senhor, os poderes das
trevas não nos podem resistir.
c) Estar em unidade com o Corpo de Cristo.
“E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e se
recusar ouvir também a igreja, considera-o como
gentio e publicano”. “Em verdade vos digo que
tudo que ligares na terra, terá sido ligado no céu.
Em verdade também vos digo que, se dois dentre
vós, sobre a terra, concordarem a respeito de
qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhes-
á concedida por meu pai que está nos céus. Por­
que onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome, ali estou no meio deles” (Mt. 18:17-20).
Jesus, através deste trecho, está colocando sua
igreja em uma posição de autoridade no mundo
espiritual. Toda esta passagem é exclusiva da
igreja. Ele dá autoridade a sua noiva para pedir
qualquer coisa ao Pai, e lhe promete que o Pai
atenderá. Um ministério que tem penetrado nas
regiões celestiais, e confrontado os príncipes das
trevas precisa estar vivendo em unidade com o
restante da igreja. Pois é ela que serve de reta­
guarda, ministrando-lhe proteção e força. Sem
esta cobertura a derrota é inevitável. Se alguém
que sobe para a batalha sem estar em unidade
com o restante da igreja, sua possibilidade de vi­
tória torna-se quase impossível. A igreja unida
em torno de um alvo especifico tem uma força
tremenda no mundo espiritual. Nenhum ministro
pode subir às regiões celestes para travar uma ba­
talha com o príncipe de sua região, se sua comu­
nidade local não estiver em unidade de espírito
com ele. Se isto não acontecer a derrota será cer­
ta. A proteção em jejum e oração que a comuni­
dade local dispensa à sua liderança é de grande
importância na guerra que estiver sendo travada.
Por este motivo devemos amadurecer as nossas
congregações para que elas possam nos acompal-

42
lhar lado a lado na guerra contra os poderes da
trevas, pois a participação dela é fundamental
para vitória do Senhor.

2. Potestades.
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim, contra os principados e potesta­
des, contra os dominadores deste mundo tenebro­
so, contra as forças espirituais do mal, nas re­
giões celestes” (Ef.6:12). Paulo diz que outra
classe de demônios que luta contra nós são as po­
testades. Anjos que tiveram uma posição de auto­
ridade antes da queda e que hoje têm autoridade
no reino das trevas. As potestades também ope­
ram nos lugares celestiais. Seu lugar de ação é
principalmente ali. Estes anjos malignos agem
conjuntamente com os principados, mas tendo
como principal alvo aqueles que estão revestidos
de autoridade na casa de Deus. O que estes anjos
caídos almejam é a divisão da igreja do Senhor.
Eles trabalham com o objetivo de produzir divi­
são no meio do povo de Deus. O diabo sabe que
há poder na unidade da igreja, e por este motivo,
tem semeado doutrinas que prodiízem divisão e
discórdia; normas humanas que não têm aprova­
ção de Deus pois assim não haverá possibilidade
de se alcançar unidade em tomo delas. É contra
esta classe de demônios bem treinados que esta­
mos lutando, pois sabemos que seu objetivo prin­
cipal é produzir divisão. A falta de unidade não é
propósito de Deus e não vem dele. Devemos nos
armar para que possamos prevalecer contra suas
investidas.
Princípios para lutar contra as potestades:
a) Rejeitar toda a semente de facção:
O inimigo tem semeado, com o passar dos
anos, esta semente maligna no seio da igreja. Su­
tilmente os corações têm se inclinado para o par­
tidarismo exclusivista. Desde a igreja primitiva
que a atenção tem-se desviado da unidade que o
43
Senhor pregou e almejou quando estava em nos­
so meio.
Vários partidos têm surgido em nosso meio.
Alguns com corpo doutrinário mais “santo” do
que o outro; outros se considerando os responsá­
veis pela revelação da “verdade eterna”. Aqueles
que desejam estar em unidade devem estar em
submissão a eles. E assim tem surgido vários par­
tidos facciosos em nosso meio. Todos orgulhosos
“donos da verdade”.
“Não rogo somente por estes, mais também
por aqueles que vierem a crer em mim, por inter­
médio da sua palavra; a fim de que todos sejam
um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, tam­
bém sejam eles em nós; para que o mundo creia
que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a
glória que me tens dado, para que sejam um,
como nós o somos.”(Jo. 17:20-22). O propósito
do Senhor é a unidade da igreja. Ele veio e mor-
..reu para que houvesse um só rebanho expressan­
do a unidade do Pai e do Filho. Mas o inimigo
tem lançado a semente da facção para tentar frus­
tar o propósito do Senhor. Por este motivo, quan­
do detectamos este tipo de semente em nosso-
meio devemos imediatamente destruí-la, pois so­
mente assim estaremos contribuindo para que o
propósito do Senhor se concretize.
Frutos da Facção:
a.l) Espírito competitivo.
Ao tomar partido em torno de uma visão ou
de um corpo doutrinário teremos consequente­
mente um espírito competitivo em relação ao res­
tante do corpo de Cristo. Pois, a partir do mo­
mento em que esta semente passa a achar aceita­
ção em nosso coração, passamos a desejar que a
visão que temos seja a única que restaure a igreja
num contexto geral, e produza unidade. Quando
nos tornamos exclusivistas no que temos, toda
revelação que vem de outra parte do corpo é des­
considerada por nós e um desejo carnal começa a
ser despontado para que aquela outra revelação

44
seja frustada. Aqui começa a competição com o
restante do corpo que também está andando em
sinceridade na presença de Deus. Necessitamos
entender que não somos os donos da verdade e
que quando nos consideramos os donos da verda­
de absoluta, estamos contribuindo com o reino
das trevas e não com o reino de Deus. Este espí­
rito competitivo fecha os nossos olhos para que
não encherguemos que o Senhor, conjuntamente
com nossas vidas, está levantando outros que es­
tão recebendo a unção e a revelação do Espírito
Santo. Um dos maiores problemas de Saul foi
este espírito competitivo que não o deixou ver
que o Espírito de Deus estava levantando Davi
naqueles dias. Que o Senhor nos livre de ter a se­
mente da facção em nós. Se desejamos vencer as
potestades, necessitamos desejar a destruição dos
seus dardos em nosso meio.
a.2) Coração invejoso.
“As mulheres se alegravam e, cantando alter-
nadamente, diziam: Saul feriu seus milhares, po­
rém Davi os seus dez milhares. Então se indig­
nou muito, pois estas palavras lhe desagradaram
em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a
Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que
lhe falta, senão o reino? Daquele dia em diante,
Saul não via a Davi com bons olhos.” (I Sm.
18:7-9).
O sentimento faccioso que leva o homem a
desejar ter um reino voltado para suas revelações
o leva a começar edificar em torno de si próprio
e não em torno do Senhor. Saul estava trabalhan­
do para edificar um reino no qual ele e sua visão
seriam o centro. Esse propósito em seu coração
começou quando ela abandonou a vontade de
Deus, permitindo que o inimigo lhe semeasse
isso. Seu coração se tornou invejoso e quando o
Espírito Santo começou a levantar Davi, sua rea­
ção foi contrária. Ele teve inveja do que o Senhor
estava fazendo em outros. O erro de Saul, quando
este não obedeceu à Palavra do Senhor, podería
ter sido perdoado se ele tivesse reconhecido o

45
que Deus estava fazendo através de outra pessoa.
Se o coração de Saul tivesse apenas o desejo de
que o reino de Deus fosse implantado em Israel e
não o seu próprio reino, ele cedería sua posição
de homem principal deste reino a Davi, pois era
o Senhor quem estava fazendo isto. Mas Saul,
agiu movido pela inveja e por isto seu objetivo, a
partir daquele momento, era a morte de Davi. Ele
não tinha consciência clara do que estava fazen­
do, pois estava cego pela inveja. Desejando a
morte de Davi, estava querendo destruir o que o
Espírito Santo estava fazendo.
A facção é tremendamente perigosa pois ela
gera inveja, e esta, quando toma conta do cora­
ção do homem, o leva a ser capaz das maiores
loucuras, podendo chegar ao ponto de sob grande
cegueira, tentar destruir o que o Espírito Santo
estiver fazendo, agindo como Saul. Que o senhor
nos livre da inveja, pois ela é conseqüência de
uma semente satânica.
b) Lutar pela unidade do Espírito.
“Rogos-vos, pois eu, o prisioneiro no Senhor,
que andeis de modo digno da vocação a que fos­
tes chamados com toda humildade e mansidão,
com longanimidade, suportando-vos uns aos ou­
tros em amor. Esforçando-vos diligentemente por
preservar a unidade do Espírito no vínculo da
paz” (Ef.4:l-3). Paulo nos mostra uma grande
arma contra o exército das trevas que desejam
produzir divisão na igreja. O esforço para manter
a unidade do Espírito é úma das maneiras que te­
mos para enfraquecer o inimigo. Com a expres­
são “esforçar”, Paulo está nos levando a entender
que devemos colocar toda nossa força no sentido
de alcançar a unidade do Espírito. Quando
fazemos isto, as brechas que existem, por onde
entram os espíritos facciosos, são fechadas e o
inimigo fica impossibilitado de agir. O que ne­
cessitamos entender é que quando estamos com o
nosso espírito desejando manter a unidade no Es­
pírito do Senhor, não haverá lugar para outro tipo
de pensamento e proposta.

46
Passos para manter a unidade do Espírito:
b.l) Entendimento do valor da unidade.
Quando uma liderança entende o valor de es­
tar unida no Espírito e não em torno de um corpo
doutrinário primeiramente, isso é sinal de que
essa liderança está amadurecida no Senhor.
Quando entendemos que o que nos leva a vitória
contra o reino das trevas é a unidade do Espírito
e não uma concôrdancia doutrinária, Deus nos le­
vará brevemente à unidade da fé.
O entendimento do poder da unidade vem
quando estudamos a Palavra de Deus com um es­
pírito aberto, sem preconceitos e doutrinas pre­
concebidas. Somente com esta abertura a Palavra
do Senhor penetra em nosso espírito e nos leva a
entender e desejar estar unidos com o restante do
corpo em espírito. Uma mente que entende o va­
lor da unidade, estará protegida contra todo ensi­
namento contrário a ela.
b.2) Comunhão.
O segundo passo é a comunhão. O estar jun­
tos para manter comunhão é tremendamente im­
portante. Um líder que não está freqüentemente
junto com outros será um alvo mais assíduo das
investidas do exército inimigo. Não podemos
concordar com um ministério que não esteja em
constante comunhão com o restante da liderança
da casa do Senhor, porque é através da comu­
nhão que chegamos a unidade do Espírito. Agora
precisamos analisar que o fato de estarmos juntos
não indica que estamos tendo comunhão. O estar
juntos faz parte do processo da comunhão, mas
ele isoladamente não faz a comunhão. Temos
visto o resultado negativo de vários ajuntamen­
tos. Não culpamos o homem pelas feridas que
aconteceram como conseqüência desses ajunta­
mentos em vários lugares. São as potestades das
trevas que aproveitam uma iniciativa boa do ho­
mem para produzir rixas e discórdias entre elas.
Esta é a causa de muitos rejeitarem o valor da
verdadeira comunhão em Cristo. Para que possa­

47
mos tê-la, necessitamos estar juntos com uma ati­
tude de espírito correta. Sem esta atitude em nós,
o que foi uma iniciativa boa e que nos levaria a
um resultado positivo, causando a derrota no
nosso inimigo, se tornará algo onde nossos inimi­
gos produzirão maiores divisões ainda em nosso
meio.
Precisamos dar alguns passos para ter a atitu­
de correta do Espírito. Alguns destes passos es­
tão em Efésios 4:2, como desafio para que possa­
mos praticá-los, a fim de alcançar a unidade do
Espírito que nos levará à vitória nesta batalha:
* Coração humilde - Não se considerar dono da
verdade.
* Suportar uns aos outros - Não exigir mudanças
imediatas.
* Ser longânimo - Ter ânimo para esperar os
ajustamentos que o Espírito fará em nós.
c) Ministrar ao Senhor, juntos.
“Havia na igreja da Antioquia profetas e
mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger,
Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o
tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e
jejuando, disse o Espírito Santo: separa-me agora
a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando e orando, e impondo
sobre eles as mãos, os despediram” (At. 13:1-3).
Podemos ver neste trecho, dois fatores importan­
tes neste princípio, e de fundamental importância
na guerra contra as forças das trevas que é: a in-
terceção em conjunto por um alvo definido.
Naquela igreja os ministérios decidiram mi­
nistrar juntos por um alvo definido, que era a ex­
pansão do reino de Deus. Sobre o alvo estavam
totalmente de acordo, todos eles desejavam que o
reino se expandisse. Creio que o mesmo nível de
concôrdancia não havia com os meios que eles
deveriam usar para atingir o alvo, e por isso mi­
nistraram juntos. Muitas vezes nos encontramos

48
nesta situação: temos os mesmos alvos mas dis­
cordamos dos meios que devemos usar para atin­
gí-lo. Ao ministrar juntos ao Senhor, em favor de
um alvo bem específico, entendemos os meios
que o Senhor tem para que possamos atingí-lo.
Quando estamos intercedendo juntos, nossas ora­
ções sobem aos céus com maior força e os pode­
res das potestades do ar são derrotados. As diver­
gências sobre os meios que devem ser usados não
podem ser empecilhos, pois o único favorecido é
o reino das trevas e a força que temos em inter-
cessão, juntos, fica amarrada.
“E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e se
recusar ouvir também a igreja, considera-o como
gentio e publicano. Em verdade vos digo que
tudo o que ligares na terra, terá sido ligado no
céu, e tudo o que desligares na terra, terá sido
desligado no céu. Em verdade vos digo que, se
dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a res­
peito de qualquer coisa que porventura pedirem,
ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos
céus” (Mt. 18:17-19).
Jesus nos mostra a força que há na oração
concordada. Ela tem autoridade para derrotar as
forças das trevas, podendo mover a mão de Deus
para realizar coisas impossíveis aos olhos huma­
nos. Por este motivo devemos deixar de lado o
que nós próprios achamos sobre os meios que de­
vem ser usados na realização da obra de Deus e
subirmos juntos em intercessão para recebermos
a maneira de Deus para nos levar a atingir o alvo
que especificamos. O segundo fator importante
neste princípio é que a voz de Deus sempre vem
a nós com mais freqüência quando estamos mi­
nistrando a ele juntos com outros ministérios. O
fato de estarmos unidos como liderança em torno
de um alvo leva o Senhor a considerar o nosso
desejo de unidade em função de seu reino e não
de nosso ministério individual. E isto pesa aos
olhos do Senhor, levando-o a liberar sua palavra
com mais freqüência para nós. Devemos lut^r
para que a Palavra seja liberada, pois com a Pala­
vra em nossos lábios o inimigo jamais prevalece­

49
rá.3. Forças Espirituais Do Mal.
“Acima de todo o principado e potestade, e
poder, e domínio” (Ef.l:21). “Porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne e, sim, contra os
principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espiri­
tuais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:12).
Paulo nos fala de classes de anjos caídos que são
forças espirituais do mal. Estes demônios, segun­
do o nosso ponto de vista pessoal, agem princi­
palmente com a finalidade de resistir às orações
da igreja de Jesus. São espíritos treinados para
produzir desânimo e desinteresse naqueles que
têm uma determinação firme de pagar um preço
na oração. E necessário entendermos que quando
sentimos os sintomas mencionados acima e ou­
tros mais, eles são conseqüências de uma resis­
tência no mundo espiritual. Por este motivo não
devemos ceder quando por eles formos molesta­
dos. O inimigo conhece muito bem o poder de
oração e por isto seu exército tem concentrado
suas forças para combatê-la. Mas, como igreja,
necessitamos entender que é a oração que que­
brará a resistência satânica.
Passos para vencer as forças espirituais do mal:
a.l) Oração no Espírito Santo.
“Também o Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito inter­
cede por nós sobremaneira com gemidos inexpri­
míveis” (Rm. 8:26). O nosso maior problema é
permitir que o Espírito Santo, e não nós, possa
orar constantemente através do nosso ser. Quan­
do a oração que sai de nós não recebe o aval do
Espírito Santo, ela encontra tremenda dificuldade
em vencer a resi stência na região celestial. Pre­
cisamos aprender a aquietar nossa vontade quan­
do estamos elevando nossa oração a Deus, pois a
promessa é que a resposta vem a nós quando
conseguimos orar segundo a vontade dele. Se
orarmos segundo a sua vontade, não haverá força

50
contrária suficiente para impedir o cumprimento
da vontade de Deus.
“E esta é a confiança que temos para com ele,
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua
vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos
ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos
de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”
(I Jo 5:14-15). João nos mostra que o segredo
está em orar segundo a vontade do Pai, pois as­
sim recebemos o que pedimos. Não haverá resis­
tência que possa impedir a vontade de Deus de
ser feita. Quando entendemos esta verdade, não
conseguimos dar mais atenção às petições que
têm se originado em nosso íntimo.
O nosso problema agora é saber qual é a von­
tade do Pai quando começamos a interceder.
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o
Espírito todas as coisas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus. Porque, qual dos homens
sabe as cousas do homem, senão o seu próprio
espírito que nele está? Assim também as coisas
de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de
Deus” (I Co. 2:10-11). Quem conhece a vontade
de Deus é o próprio Espírito Santo. Se damos li­
berdade para ele em nós, automaticamente sua
vontade será expressa através de nossa oração.
b.2) Perseverança ria oração.
“...Paciente na tribulação, na oração perseve­
rante” (Rm. 12:12). Antes de analisar o que é
perseverança, necessitamos entender que a, reve­
lação da vontade de Deus a nós, pelo Espírito
Santo, não está ligada a uma experiência emotiva
de nossa parte, mas é uma ação do Espírito que
está ligada à fé que ele nos deu. Também neces­
sitamos entender que a resposta do pedido será
conseguida, ainda que não seja no momento ime­
diato que a oração foi feita.
Deus sempre permite que o inimigo resista a
sua vontade por algum tempo para que ele possa
acionar a participação de sua igreja. O propósito
do Senhor é que o exército, inimigo seja derrota­
do pela igreja. Com relação à oração, o Senhor

51
muitas vezes permite estas resistências por parte
do inimigo para que a igreja participe perseve-
rando em oração na vontade de Deus. Por este
motivo Paulo nos exorta a perseverar em oração,
pois esta é a nossa parte na batalha que o Senhor
está travando no céu.
Quando a vontade do Senhor é revelada a nós
através de uma impressão ou de uma palavra níti­
da ou às vezes por um sentimento de amor por al­
gum lugar ou pessoa, mesmo que esses sintomas
tenham desaparecido, devemos ter a perseveran­
ça que Paulo nos exorta a ter. A perseverança é
uma ação constante, da nossa fé, na vontade do
Senhor, que nos foi revelada. Só há uma maneira
da verdade que ele a nós revelou não se cumprir:
se o Pai não achar em sua igreja uma fé perseve­
rante. Que o Senhor nos livre de ter um coração
pobre, pois de maneira alguma creio que gosta­
ríamos de contribuir com a vitória, mesmo que
momentânea, do reino das trevas.
4. Dominadores.
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim, contra os principados e potesta-
des, contra os dominadores deste mundo tenebro­
so...” (Ef. 6:12). Como já falamos anteriormente,
esta classe de demônios age exclusivamente na
terra. São espíritos malignos que têm como obje­
tivo escravizar o corpo do homem. Estes espíri­
tos têm necessidade de estar incorporados nas
pessoas, pois precisam expressar sua personali­
dade. Podemos ver este exemplo nos evangelhos,
quando o Senhor Jesus expulsou uma legião que
possuía certo homem e os demônios lhe rogaram
que permitisse a entrada deles numa manada de
porcos. Isto mostra a necessidade destes espíritos
terem um lugar de morada. Por esse motivo po­
demos presenciar milhões de casos de pessoas
que estão possuídas de demônios. Precisamos en­
tender que estes demônios lutam ferozmente para
conseguir um corpo onde também eles possam
expressar a sua personalidade.
52
Por esse motivo é que quando Jesus encon­
trou um surdo-mudo, possesso, depois de expeli­
do o demônio a pessoa foi libertada, pois a doen­
ça era apenas a característica da personalidade
daquele demônio. Podemos ver isto em evidência
nas pessoas que têm o vício de mentir. Isto é ape­
nas uma característica de um espírito maligno
que acompanha aquela vida. Sendo a pessoa li­
berta desse espírito, o vício de mentir acabará. É
assim também com o homossexualismo, drogas,
imoralidades, etc... São espíritos expressando sua
personalidade para a humanidade ver, ser in­
fluenciada e agir como eles agem. Ao expressar
sua personalidade, os demônios influenciam ou­
tros, a serem como eles são.
Princípios para vencer os dominadores.
a) Não temê-los.
Uma das armas que o inimigo usa com maior
freqüência é o medo. Quando o inimigo consegue
semear esta semente no coração do homem sua
vitória está bem próxima de se concretizar. Preci­
samos entender que Deus sendo nosso Pai, não
nos enviaria a uma luta se estivéssemos em des­
vantagem ou se nossa derrota fosse inevitável.
Quando passamos a entender que Deus, como
Pai, está interessado que vençamos esta luta, e
que ele já nos deu as armas necessárias para isto,
a semente de medo começa a ser destruída em
nós.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo vosso ad­
versário anda em derredor como leão que ruge
procurando alguém para devorar” (I Pd. 5:8). Pe­
dro diz que o diabo anda rugindo como leão; ele
faz barulho de leão, e algumas vezes ficamos im­
pressionados com o rugido do inimigo e por este
motivo deixamos brecha para ele semear a se­
mente do medo. Mas o que necessitamos enten­
der é que o inimigo imita o rugido do leão, mas
ele não é o leão. O verdadeiro leão está em nosso
interior, e é Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro Leão
de Judá que prevaleceu e que nos deseja levar à

53
vitória contra todo espírito das trevas.
O medo é uma arma mortífera que trabalha
para o inimigo, mas quando entendemos que
aquele que habita em nós, por seu Espírito Santo,
é o Senhor dos senhores, amarramos esta arma e
impedimos que ela seja acionada contra nós. “No
amor não existe medo, antes o perfeito amor lan­
ça fora o medo. Ora o medo produz tormento;
logo aquele que teme não é aperfeiçoado no
amor” (I Jo. 4:18). João nos diz que o medo pro­
duz tormento e que o perfeito amor que é Cristo,
lança fora todo medo e tormento. Tormento é
uma conseqüência de uma perturbação espiritual.
Quando o Senhor triunfa em nós, os espíritos são
derrotados e o tormento têm seu fim. Precisamos
permitir que o Espírito de Deus domine todo o
nosso ser, e ele triunfará em nós. Assim, não. es­
taremos dando nenhuma chance ao inimigo de
prevalecer contra nós.
b) Resistir firme na fé.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo vosso ad­
versário anda em derredor de vós, como leão que
ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe
na fé ...” (I Ped. 5:8-9a). Resistir é a palavra que
tanto Pedro como Tiago usam. Eles conheciam
bem a persistência do inimigo, e por este motivo,
nos deram este conselho. Agora, é necessário ob­
servar que Pedro diz “resistir na fé”, e não nos
recursos que temos, humanamente falando. Algu­
mas vezes podemos pensar que é a nossa perso­
nalidade firme que pode resistir às investidas do
inimigo, ou os princípios morais que recebemos
em nossa formação quando criança. Isto ajuda,
más não é o suficiente para derrotar as forças
malignas que investem contra nós. Também te­
mos que entender que alguns recursos espirituais
não são suficientes para impedir que o inimigo
nos devore. Devemos procurar uma palavra de
ajuda do pastor ou conselheiro, mas isso não será
suficiente para nos dar a vitória. Correr para o
salão de reunião e ficar ali louvando e orando ao
Senhor é importante, mas ainda não é só isto que

54
nos levará a resistir ao inimigo, embora seja tre­
mendamente importante estar fazendo diariamen­
te estas coisas. Ora, o que o Senhor nos diz é que
a fé firme irá por em fuga os demônios que esta­
vam tentando destruir o homem. Se um homem
está debaixo dos dominadores, mas não tem uma
fé firme, poderá até ter um alívio momentâneo,
mas não uma libertação completa.
“Embraçando sempre o escudo da fé, com o
qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno” (Ef. 6:16). Paulo nos mostra que é a
fé que apaga os dardos do maligno e que põe em
fuga o exército do inimigo. O que é fé? É quando
colocamos nossos corações na Palavra de Deus; e
decidimos crer literalmente no que ela diz. É a
Palavra que diz que podemos expulsar demônios
através da autoridade do nome do Senhor Jesus
Cristo. Quando chamamos à existência esta pro­
messa através do nosso crer, a fé começa a agir.
Assim, podemos prevalecer contra todos os de­
mônios que estão agindo livremente em nossos
dias aqui na terra.

55
CAPÍTULO 9

As Três Manifestações
de Ataques do Exército das Trevas
1. Resistência.
O exército do inimigo tem como uma das
suas principais características a determinação de
resistir ao avanço da igreja de Jesus. Necessita­
mos entender que o inimigo não desiste facil­
mente de seus objetivos. Ele não é como muitos
cristãos que no primeiro obstáculo já encontra
motivos suficientes para desistir.
O exército das trevas foi treinado por Lúcifer
para resistir até o último momento. É contra esta
força que muitas vezes lutamos, e por esse moti­
vo necessitamos, além de avançar, entender
como devemos avançar.
Porque o inimigo resiste?
Satanás e seus demônios resistem porque não
desejam perder a posição de domínio e governo
que exercem sobre a humanidade. Esta perda já
foi determinada por Jesus na cruz e será executa­
da por sua igreja em nossos dias. Sabendo deste
propósito de Deus, o inimigo resiste para que isto
não aconteça. O inimigo sabe que se a igreja as­
sumir o lugar que é dela, todo o sistema munda­
no que foi produzido por ele cairá por terra, e a
humanidade finalmente encontrará uma vida san­
ta e justa governada pela igreja de Jesus.
Por ser o causador da maldade que escraviza
a humanidade, Lúcifer e seu exército serão ex­
pulsos deste mundo e lançados no fogo do infer­
no para destruição eterna. Sabendo disto, o ini­
migo resiste ao avanço da igreja, pois ele sabe
que à medida que a igreja avança, sua derrota
está mais próxima.

57
Como evidencia-se essa resistência:
a) Na oração.
Quando decidimos interceder com seriedade,
podemos esperar que o exército das trevas irá nos
resistir. Por esse motivo algumas vezes não per­
cebemos um fluir em nossas orações; ao contrá­
rio, sentimos que estamos orando contra uma ca­
mada de chumbo que está impedindo que os nos­
sos pedidos cheguem até a presença de Deus.
Quando isso acontece não devemos desanimar,
pois não é dessa maneira que a situação será mu­
dada. Em alguns casos, quando aparecer este sin­
toma de resistência, o inimigo nos diz que esta
situação é porque Deus não está nos ouvindo.
Neste momento precisamos discernir que esta
voz é proveniente do inimigo, não aceitá-la, e
continuar a interceder.
b) No jejum.
O jejum é um princípio que quebra a resistên­
cia do inimigo, por ser uma arma poderosa contra
as forças das trevas. O inimigo tenta por todos os
meios impedir que a igreja o use constantemente.
Quando um homem decide jejuar por um alvo
específico e perseverar nele, por algum tempo
pode contar com as investidas do inimigo em seu
físico. Essa é uma das maneira que o inimigo usa
para nos resistir e nos levar a desanimar para que
não alcancemos nosso objetivo.
A resistência do inimigo se evidencia quando
estamos jejuando e sintomas de enfermidades
que não existiam antes agora aparecem, e nossa
tendência é quebrar logo o jejum com medo da­
queles sintomas. Essa atitude é errada. O que é
necessário fazer é repreender este dardo do ini­
migo e perseverar em jejum no alvo que o Espíri­
to Santo nos deu.
c) No relacionamento conjugal.
Quando um casal está buscando ao Senhor
intensamente e tendo alvos específicos para al­
cançar em Deus, o exército das trevas irá tentar

58
impedir que eles prossigam nesta direção. Esta
resistência começa a se manifestar através de de­
sentendimentos que aparentemente não tem razão
de existir. Pequenas coisas que antes não eram
causa para desentendimentos passam a ser o mo­
tivo. Áreas que antes já haviam sido vencidas
pelo casal passam a ser novamente barreiras para
eles. Quando isto estiver acontecendo não deve
existir acusações de ambas as partes com a inten­
ção de descobrir de quem é a culpa, mas deve-se
discernir que toda aquela situação é conseqüên-
cia da resistência satânica. É necessário que se
unam em oração contra ela.

2. Opressão.
Oprimir é uma função que os demônios vi­
vem exercendo sobre a humanidade, por isso o
mundo hoje vive tão oprimido pelo inimigo. Po­
demos sentir os reflexos da opressão por toda a
parte. Encontramos nas palavras de Jesus a razão
de toda esta situação: “O mundo jaz no maligno”.
O Senhor está dizendo que o sistema de governo
deste mundo está sob o controle do inimigo.
Por este motivo a opressão que o inimigo
exerce é clara, em qualquer lugar por onde o es­
piritismo, a magia negra ou o culto a Satanás são
praticados com maior freqüência. Naquelas re­
giões a opressão sempre é maior.
Podemos também ver opressões em indiví­
duos, conseqüência de demônios acompanhando
sempre a pessoa para onde quer que ela vá. Esses
espíritos malignos estão sempre próximos, pres­
sionando a mente com pensamentos que expres­
sam a sua personalidade, tais como: sexo, ira,
ódio, etc. Quando esta pessoa está envolvida com
macumbaria, ou mesmo se já esteve no passado,
ou tem parentes próximos que estão envolvidos,
essa opressão se toma mais intensificada.
“...Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com
o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda a
parte, fazendo o bem e curando a todos os opri­
midos do diabo, porque Deus era com ele” (At.
59
10:38). Pedro nos diz que Jesus curou todos os
oprimidos pelo diabo. Aqueles que tinham demô­
nio sempre lhes acompanhando ou oprimindo,
eram libertos pelo poder de Jesus. Ele hoje, atra­
vés da igreja, deseja libertar aqueles que estão
oprimidos por Satanás.
Sinais de Opressão.
a) Desequilíbrio emocional.
O desequilíbrio na área emotiva é produzido
também pela opressão dos demônios. Uma vida
que teve no passado, ou ainda tem, ligação com
ocultismo, espiritismo etc., estará envolvida com
estes espíritos todos os dias. Estes demônios
exercerão pressão sobre suas emoções e, assim,
as conseqüências desta opressão começarão a se
manifestar.
Pessoas que vivem em depressão constante
precisam urgentemente procurar ministros ungi­
dos pelo Senhor, para que eles possam desligar a
ligação com os demônios que estão produzindo
este estado de depressão em suas vidas. Pessoas
agressivas, que vivem em uma tensão constante,
estão oprimidas pelo inimigo. Por isso quando
vão ao terreiro de macumba, eles dizem que há
encosto acompanhando a pessoa, pois o demônio
que domina o terreiro pode ver o outro espírito
maligno oprimindo a pessoa. A solução está em
Cristo. Quando estes sintomas começam a apare­
cer devemos imediatamente lutar contra eles,
com os pés firmados na Palavra de Deus.
b) Ira.
A ira é um dos sintomas mais sérios de opres­
são. Se uma pessoa que vive constantemente irada
é sinal de que há um demônio lhe oprimindo. Esta
é uma das brechas que o espírito de homicídio
procura para tomar o espírito do homem. Por este
motivo os demônios levam pessoas com este tipo
de atitude a tentar suscitar ira em alguém. Há ca­
sos de homens e mulheres que sem nenhum moti­
vo aparente ficam num estado de ira tal que agem
60
irracionalmente. O que aquela pessoa necessita é
ser liberta da opressão que a acompanha. Não são
sessões no psiquiatra ou psicólogo que vão resol­
ver. Somente a libertação através de Jesus trará
aquela pessoa ao seu estado normal.
c) Depressão e Medo.
Este é outro sinal da opressão do inimigo. É
através dele que Satanás produz uma brecha para
que o espírito de suicídio possa entrar e derrotar
o homem. A depressão leva a pessoa a perder a
motivação para a vida. Ela anula no indivíduo a
vontade de viver. A Palavra do Senhor diz que o
príncipe das trevas vem para matar e destruir.
Fora de Jesus as pessoas podem encontrar um alí­
vio momentâneo para a depressão, mas passando
aqueles instantes, a depressão volta com maior
intensidade. Somente pela libertação através do
Senhor Jesus é que o indivíduo pode se livrar de
todo sentimento de depressão.
O medo também é um dos sinais da opressão.
O inimigo tem no medo uma terrível arma para
amarrar as vidas. Quando ele encontra alguém que
tem problemas de insegurança em seu interior, ele
consegue facilmente colocar um sentimento de
medo naquele coração. “No amor não existe
medo; antes o perfeito amor lança fora o medo” (I
Jo. 4:18). João diz que o perfeito amor (Cristo Je­
sus) lança fora o medo. Se desejamos estar livres
desta arma satânica que amarra as vidas, que pro­
duz um estado de tormento constante levando a
pessoa a viver sempre sobressaltada, precisamos
permitir que Cristo (o perfeito amor) possa, com
liberdade, tirá-lo de nós. Somente através da liber­
tação pela autoridade de Jesus alguém pode ficar
totalmente liberto deste tipo de demônio.
“...Ora, o medo produz tormento” (I Jo 4:18).
Os tormentos que muitos indivíduos sentem ao
anoitecer, ou quando está para enfrentar o sobre­
natural terão seu fim com um encontro real com
o poder de Jesus Cristo.
3. Possessão.

61
“Entrementes chegaram à outra margem do
mar, à terra dos gerasenos. Ao desembarcar, logo
veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem
possesso de espírito imundo, o qual vivia nos se­
pulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia
prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso
por grilhões e cadeias, as cadeias foram quebra­
das por ele e os grilhões despedaçados. E nin­
guém podia subjugá-lo. Andava sempre, de noite
e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos
montes, ferindo-se com pedras. Quando de longe,
viu a Jesus, correu e o adorou, exclamando com
alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do
Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não
me atormentes” (Mc. 5:1-7).
A possessão é o ultimo estágio de domínio
por parte de Satanás. Uma pessoa possuída é al­
guém que teve seus muros de proteção des­
truídos. Está totalmente sob controle de demônios
que a possuem. Uma das características que evi­
dencia claramente a possessão é quando o indiví­
duo passa a agir irracionalmente. Suas atitudes
deixam de ser normais. A partir deste momento
podemos esperar toda espécie de atuação maligna
por parte da pessoa possessa. Há casos de homicí­
dios que são provocados por demônios que to­
mam o controle da mente e das emoções do assas­
sino e o levam a agir segundo os impulsos deles.
Uma pessoa pode mostrar esse estado por atitudes
irracionais, loucura e ódio. Pessoas com essas ca­
racterísticas necessitam, antes de qualquer trata­
mento psiquiátrico, ou psicológico, ter um encon­
tro com a autoridade de Jesus Cristo, através de
sua igreja. Somente o poder do Senhor pode liber­
tar uma pessoa da possessão demoníaca.
Queremos primeiramente esclarecer que todo
tipo de espírito que compõe esta classe do exérci­
to das trevas têm necessidade de se expressar fi­
sicamente através de alguém. Por dois ihotivos
básicos. O primeiro pela necessidade que eles
têm de habitar num corpo onde possam morar e a
segunda coisa é que eles têm necessidade de ex­
pressar a sua maldade, diante dos olhos das pes­

62
soas, com o propósito de amedrontá-las, pois é
através do medo que eles encontram a porta para
dominar as emoções dos homens.
Para um esclarecimento maior, para que pos­
samos entender com quem estamos lutando, te­
mos citado seus nomes e qual a maneira que eles
operam na mente do homem.
Estes nomes começaram a surgir com a vinda
dos escravos que chegaram provenientes da Áfri­
ca. Visando não ter problemas com a Igreja Cató­
lica Romana passaram a relacionar os nomes de
seus deuses com os santos católicos. Com esta
posição alcançaram mais adeptos para si.
Enumeramos abaixo alguns nomes usados na
umbanda.
- Ogum: representa São Jorge.
- Iemanjá: representa a virgem Maria.
- Zumbi, Oxalá e Onixalá: Santíssima Trindade.
- Exus: espíritos atrasados.
- Orixás: espíritos avançados.
Um dos objetivos destes demônios é serem
adorados e levarem o homem a uma dependência
total deles. Sendo assim, podem exercer o domí­
nio maléfico que planejam contra o homem.
O nome de cada demônio está ligado a sua
esfera de ação, cada nome define o tipo de ação
que eles tomam diante da humanidade.
- Omulu: rei da calunga ou do cemitério. Ata­
ca as mentes com vários tipos de enfermidades.
- São Lázaro: ataca as feridas que não foram
cicatrizadas.
- Zé Pilintra: opera através de vícios de bebi­
da, drogas, cigarros, etc.
- Pomba-Gira ou Maria Mulambo: age na
área de sexo como prostituição e homossexualis-
mo, etc.

63
- Exu do jogo e Exu da vala: levam as pes­
soas a perderem aquilo que possuem.
- Tranca-rua: ataca as pessoas bloqueando a
prosperidade financeira, gerando miséria e pro­
vocando acidentes.
Todos eles exigem o máximo que podem da
pessoa: bens materiais, alma ou sentimentos, o
próprio físico e por último a vida. Seu objetivo é
a escravidão total do homem a eles. Não existem
espíritos bons como alguns dizem, ainda que apa­
rentemente suas ações não sejam tão más como
as dos outros, eles são tão ruins quanto eles.
Como já falamos, eles só tem um objetivo: a es­
cravidão e a destruição total do ser humano. São
contra estes tipos de intenções e ações que, como
igreja estamos lutando.
Por estes motivos precisamos usar as armas
certas para que possamos ser vitoriosos. Como já
falamos anteriormente, a possessão é uma das
maneiras que o diabo tem para expressar sua for­
ça. Quando um demônio possui uma pessoa, ele
ocupa sua mente e domina sua personalidade ex­
pressando a natureza domoníaca que o está pos­
suindo (Mc. 5:1-2).
Maneiras que podem levar uma pessoa à pos­
sessão maligna:
a) Através da invocação de espíritos malignos
por médium no espiritismo.
Um médium é um dos mensageiros que o espí­
rito das trevas usa para tocar o homem. Quando o
ser humano permite que este mensageiro invoque
um destes demônios para a sua vida, não impor­
tando quais os motivos, ele pode ficar possesso.
b) Ministração súbita.
Em qualquer lugar que a pessoa se encontra
pode ficar possessa, dependendo da abertura de
sua mente e emoções. Esta ministração pode ser

64
feita através da música que tem origem na ma­
cumba e no candomblé, através de filme de tele­
visão que enfatiza o espiritismo ou por assistir
algum rito de macumba ou espiritismo.
Por este motivo não é aconselhável se envol­
ver com este tipo de programa, nem se for apenas
para conhecer folcloricamente ou culturalmente
estas práticas, pois os espíritos malignos estarão
esperando apenas uma oportunidade para possuir
o corpo de alguém.
c) Através de um trabalho de macumbaria.
Todas as pessoas que não estão andando nos
caminhos do Senhor estão sujeitas a serem atin­
gidas pelos trabalhos que são feitos para prejudi­
cá-los. Muitas vezes o espírito maligno que é en­
viado através do trabalho de macumbaria toma
posse do espírito, mente e emoções do indivíduo.
Tenho ouvido várias pessoas dizerem que traba­
lhos de macumbaria não as atinge, mas esta afir­
mação só é válida para aqueles que estão andan­
do debaixo do senhorio de Jesus. Por este motivo
o homem precisa estar com todo o seu ser sub­
misso ao Senhor Jesus, pois só assim estará livre
dos demônios que foram enviados a ele através
dos trabalhos de macumbaria.
d) Envolvimento com espiritismo por curiosi­
dade ou brincadeira.
Outra maneira que os espíritos tem usado
para tomar posse do espírito do homem é levan-
do-o a ter curiosidade pelo lado místico do espi­
ritismo. Através deste despertar de curiosidade,
os demônios começam a tocar nas emoções do
indivíduo, levando-o a ter os primeiros contatos
com o mundo dos espíritos. Por este motivo te­
mos aconselhado várias pessoas a não se envol­
verem com literaturas que tem fundo espírita ou
com filmes e artes que estão ligados ao espiritis­
mo. Algumas vezes os demônios usam de uma
estratégia bastante sutil: conhecendo nossos pa­
rentes já falecidos, seu modo de vida e seus hábi­
tos, falsificam a voz e mostram conhecimento de

65
situações vividas por estas pessoas já mortas,
despertando assim, a curiosidade nos parentes
para se comunicarem com os que já partiram.
Trata-se de um engano que tem levado muitas
pessoas a se afundarem no mundo espiritual ma­
ligno. Por isso, nós temos falado às pessoas para
não se envolverem com este tipo de assunto, ain­
da que a saudade os impulsione a ir atrás do
mensageiro diabólico.
e) Através de roupas e objetos.
Outro meio que o inimigo usa para tomar
posse do corpo humano é através de roupas ou
objetos sobre os quais foram feitos trabalhos de
macumbaria. Quando estes objetos são levados
para a casa do indivíduo ou quando a roupa é
usada, o espírito para o qual foi feito o trabalho,
passa a acompanhar o indivíduo, começando o
período de opressão. Este espírito passa a esperar
apenas uma oportunidade para tomar posse da­
quele corpo transferindo o período de opressão
para possessão.
Alguns sintomas de possessão:
Primeiramente queremos esclarecer que se al­
guém tiver um desses sintomas não implica que
ele seja possesso, mas quando tem vários dos sin­
tomas, na maioria das vezes é constatado que
sim. E se for constatado um destes sintomas em
alguém, precisamos analisar este caso detalhada­
mente para depois dar um parecer final.
a) Nervosismo.
Há duas razões para isto, uma delas pode ser
simplesmente um desequilíbrio emocional, algo
que pode ser curado com aconselhamento e com a
operação do Espírito Santo. O segundo caso, que
denominamos de possessão é quando o sistema
nervoso de alguém é totalmente possuído por um
espírito que a leva a ter todas as suas reações im­
pulsionadas-por este espírito. Quando isto aconte­
ce, este espírito que está operando no sistema ner-
66
voso precisa ser confrontado com o poder de
Deus. Este espírito pode achar brecha como he­
rança familiar, pessoas que na família sempre ti­
veram estes tipos de problemas, feridas nas emo­
ções que produziram o desequilíbrio emocional e
a ira que é algo da natureza carnal. Assim, através
destas brechas possui todo sistema nervoso de al­
guém levando-o a agir impulsionado por ele.
b) Insônia.
Quando a insônia passa a ser constante por
algum tempo determinado, pode ser um problema
espiritual. Por este motivo, quando isto começa a
acontecer, a pessoa deve imediatamente procurar
um pastor a fim de que o caso seja tratado pro­
fundamente. Se for de origem espiritual, somente
alguém debaixo do nome de Jesus poderá resol­
ver definitivamente a questão.
A insônia ocorre quando a paz que produz o
descanso está sendo tirada. O motivo pelo qual
está sendo tirada precisa ser analisado rapida­
mente a fim de começar logo o tratamento da
questão. Os pesadelos também são causas de in­
sônias e sinal do ataque do inimigo que precisa
ser combatido com a Palavra de Deus, e com aju­
da do Espírito Santo. A insônia também pode ser
fruto de ansiedade. Isso não implica em posses­
são, mas neste caso o que precisa acontecer é
uma cura interior através do aconselhamento e da
manifestação do Espírito Santo.
c) Medo.
Um medo doentio pode ser também fruto de
uma possessão que leva a pessoa a ser insegura e
perturbada. Precisamos entender que há dois ní­
veis de possessão. Um é quando a pessoa passa
todo tempo tomada por um espírito em sua mente
e emoções; o outro nível é quando alguém tem
momentos de lucidez e suas emoções são libera­
das ainda que momentaneamente. O nível de pos­
sessão com relação ao medo, provoca momentos
de grande tormento, levando a pessoa a um esta­
do de pavor tão grande que suas ações passam a

67
ser irracionais.
Neste período quando a pessoa está tomada
por este espírito, ela passa a ter medo de tudo
que está em volta de si, não tendo segurança em
nada que envolve sua vida. Uma pessoa que está
num estágio assim precisa de uma libertação vin­
da de Deus.
d) Desejo de Suicídio.
Este é um dos sintomas sérios de uma pessoa
possessa, ainda que a psicologia, psiquiatria ou a
ciência em geral tentem justificar o suicídio de
várias maneiras procurando explicá-lo através de
causas como traumas, problemas conjugais, frus­
trações etc. Ainda que realmente existam estes ti­
pos de problemas, a causa verdadeira é um pro­
blema espiritual, ou seja, uma possessão por par­
te de um espírito imundo que a esfá levando a ter
este tipo de desejo.
Tudo começa com pensamentos ou dardos
que são lançados na mente. Quando estes dardos
chegam pela primeira vez, encontram um meca­
nismo de defesa que quer preservar a vida e pron-
tàmente aquela idéia é rejeitada, mas a medida
que o tempo vai passando aqueles dardos são in­
tensificados contra a mente da pessoa levando a a
aceitar aquela possibilidade sem tanto assombro.
Com o passar do tempo aquele sistema de defesa
é destronado e o dardo passa a ser um desejo
constante. Depois que a emoção e a mente passam
a ser dominados por este demônio, a pessoa ape­
nas procura a oportunidade certa para destruir sua
própria vida. Uma pessoa que toma a decisão de
destruir sua própria vida não é alguém que apenas
está sendo impulsionada por uma tentação pes­
soal, mas é alguém que está sendo levado a des­
truir o maior dom que Deus lhe deu: a vida.
e) Vícios.
Outra característica da possessão de alguém é
que o espírito que o domina passa a controlar as
emoções e a mente levando a a agir irracional­
mente, movida pelo desejo de possuir algo que é

68
fruto do pecado. Quando alguém está preso por
este espírito, levá-lo a uma clínica não deve ser a
primeira coisa a ser feita, mas deve-se levá-lo a
confrontar-se com a autoridade do poder do Se­
nhor Jesus a fim de levá-lo à libertação do espíri­
to que o prende. O vício tem que ter primeira­
mente um tratamento de choque através do poder
do Senhor Jesus, e depois deve passar pelo pro­
cesso de cura interior através do aconselhamento.
f) Ter uma força sobre-humana.
Outro sintoma é quando o espírito que está
possuindo um corpo, o leva a ter uma força so­
bre-humana. Esta força é proveniente de um espí­
rito maligno. Por este motivo muitas vezes a pes­
soa que está dominada, precisa ser segurada
quando está no processo de libertação. Algumas
vezes pessoas fracas fisicamente conseguem pre­
valecer contra a força de 4, 5 ou mais pessoas.
g) Resistência à Palavra de Deus e à fé.
O resistir à Palavra e à fé é um dos sintomas
no indivíduo que está controlado por um espírito
que tirou-lhe a sensibilidade para a voz de Deus
e ao toque do Espírito Santo. Um outro sinal de
que há um espírito maligno é quando a palavra
que lhe é ministrada, faz com que a sua reação se
torne agressiva, tentando destruir a palavra que o
incomoda, resistindo ao evangelho e a expansão
do reino de Deus.
h) Espíritos de Adivinhação.
Não podemos desconsiderar este sinal. Há
realmente em nossos dias pessoas que estão pos­
suídas por este demônio que tem poder maligno
para adivinhar acontecimentos presentes que es­
tão encobertos. Este é um sinal que tem impres­
sionado muitos da nossa geração. Algo maligno,
usado para imitar o que o Espírito Santo de Deus
tem dado a igreja. E bom esclarecer que o adivi­
nho não tem nada em comum com o dom da pa­
lavra de conhecimento que o Senhor deu a igreja.

69
i) Algumas enfermidades.
Precisamos esclarecer que todas as enfermi­
dades são frutos m uma ação de Satanás. Algu­
mas são frutos de ações indiretas do inimigo, mas
outras são eonseqüências de uma possessão de
espírito maligno em alguém. Aquele espírito ex­
pressa seu dominio através de uma enfermidade
que é fruto de uma possessão. Muitas foram ad­
quiridas quando a pessoa, ou alguém de sua fa­
mília freqüentava terreiros de macumba ou atra­
vés de uma trabalho ou despacho realizado por
alguém. Assim, aquele espírito maligno foi dire­
cionado a ela. Não importa se foi num despacho,
quando esta enfermidade é confrontada com o
poder da Palavra de Deus e com a autoridade do
nome do Senhor Jesus, ela automaticamente é
derrotada e o “trabalho” desfeito.

0 que é Espírito Familiar?


Espíritos familiares são certos demônios que
penetram geralmente nas raizes das famílias e,
com o passar do tempo, trazem presos a si vários
membros desta família ao tipo de maldade que
aquele demônio expressa. Ele é transmitido de
geração a geração e o que faz torna-se uma ca­
racterística da própria família em todas as gera­
ções. Por exemplo: o espírito familiar da loucura
pode perseguir uma família durante várias gera­
ções, sendo que sempre haverá alguém com pro­
blemas na mente entre eles. Como também no
caso de infidelidade conjugal, problema bem co­
mum em nossa geração. Sempre que analisarmos
uma família que tem este problema mais freqüen-
temente, acabamos concluindo que várias gera­
ções de seus membros estiveram cativos a um de­
mônio assim. Não queremos dizer que todo caso
de infidelidade é fruto de um demônio familiar,
mas na maioria dos casos sim. Em áreas diferen­
tes como o ódio, suicídio, homossexualismo,
etc., os espíritos familiares estão sempre agindo.

70
Como o espírito familiar entra na família?
a) Através de relacionamentos com alguém
que já tem este espírito.
A convivência com alguém de maneira mais
próxima, implica também em se envolver espiri­
tualmente. As duas pessoas passam a transmitir
mutuamente o que há em suas emoções e em seu
espírito. Isto é tremendamente perigoso, pois al­
guém que já tem alojado em si um espírito fami­
liar, irá transmitir ao outro este mesmo espírito.
Por isto precisamos selecionar bem as pessoas com
quem iremos nos relacionar mais intimamente.
b) Através do Pecado
A prática do pecado se torna uma brecha para
que demônios possam entrar nas famílias ou nas
pessoas. Toda vez que alguém cai na prática um
tipo de pecado ele estará abrindo uma brecha
para que este possa vir e fazer morada em sua
vida.
c) Através da rebeldia.
A atitude de se rebelar contra a palavra ou
autoridade de Deus também pode ser um dos mo­
tivos para que espíritos malignos possam trans­
mitir a toda a família uma atitude de rebeldia a
Deus e à sua Palavra. Isto não é visto com bons
olhos pelo Senhor, pois toda rebeldia tem como
fonte a pessoa de Satanás.
d) Através de falhas dos patriarcas.
Aqueles que formam a raiz genealógica da fa­
mília sempre tiveram a maior influência em toda a
família através do espírito que os guiava quando
estava vivendo na terra. Se esta raiz não teve um
proceder segundo a Palavra de Deus, consequente­
mente houve falhas no seu viver diário e aquelas
falhas puderam se tomar brechas para que demô­
nios entrassem. Sendo assim, aquele espírito que
veio para aquela raiz familiar por uma falha de
conduta, passa a ser um espírito familiar que vai
perseguir aquela família geração após geração.

71
Como vencer um espírito familiar.
a) Reconhecendo que ele opera na família.
O primeiro passo para vencê-lo é reconhecer
que ele está na família. Algumas pessoas, por se­
rem crentes há vários anos, têm vergonha em
aceitar que há um espírito familiar perturbando ou
induzindo, como em gerações passadas, os mem­
bros da família. Ignorando aqüele tipo de espíri­
to, suas vidas estão cada vez mais presas pela
pressão deste espírito. Para que possa haver uma
libertação completa, a pessoa precisa reconhecer
que realmente este espírito existe e está ativo.
b) Tratar seriamente com ele.
Muitos, depois de admitir que realmente há
um espírito que perturba a família, se acomodam
com sua presença no ciclo familiar. A idéia de
permitir que o espírito permaneça na família,
aparentemente é absurda, mas está acontecendo
cada vez com maior freqüência em nosso meio.
Por não saberem como lutar contra ele ou por
não terem força para lutar, essas pessoas têm-se
acostumado com sua presença. O tratar seriamen­
te implica em procurar com toda vontade e força
a maneira de se ver livre dele.
c) Submeter-se a autoridade do Senhor Jesus.
Só quando a autoridade do Senhor Jesus agir
é que alguém pode ser liberto de um espírito fa­
miliar. Quando falamos sobre submissão ao Se­
nhor, isto implica em se colocar totalmente de­
baixo do seu governo, pois somente assim a pes­
soa estará desligando de todo laço do passado.
Submissão implica numa obediência completa à
Palavra do Senhor e aos seus princípios. Isto irá
reger a mente e as emoções da pessoa, quebrando
toda a influência que o espírito exercera sobre
ela. Sem essa submissão completa ao Senhor os
dois primeiros passos não poderão produzir o li­
vramento necessário, pois a influência do espírito
familiar, com as raízes que ele cria só poderão
ser arrancadas das pessoas através da Palavra e
72
da operação do Espírito Santo no interior delas.
Nós temos visto pessoas que desejam ser livres,
mas não querem se submeter ao senhorio do Se­
nhor Jesus Cristo. Este tipo de pessoa tem, a cada
dia, se tornando mais escrava deste espírito fa­
miliar e da angústia que ele produz.
d) Estar ligado ao corpo de Cristo.
Outro passo importante para a liberação é a
aliança que a pessoa faz com a igreja, em termos
práticos. Não pode haver uma libertação plena
sem que a pessoa esteja ligada a uma igreja local.
A autoridade do corpo e a manifestação do amor
que há na igreja são fundamentais para que possa
haver uma libertação, bem como a cura das feridas
que a escravidão desse espírito produziu. O amor
através da compreensão que há na igreja passa a
ser fundamental à vida depois que mesma torna-se
livre daquele espírito. Se isto não acontecer, um
sentimento de inferioridade e vergonha, tomará o
coração da pessoa, produzindo assim uma nova
brecha para que espíritos possam voltar a dominá-
la. As pessoas que têm insistido em ficar fora de
uma igreja local, e procuram uma libertação para
suas vidas indo de movimento em movimento, não
podem alcançar a libertação de seus corações,
mente e espírito dos demônios que as escravizam
e atormentam. Só com a proteção e o amor do cor­
po esta libertação pode se tornar completa.
e) Ter um conselheiro maduro.
O conselheiro maduro no processo de liberta­
ção e cura é tremendamente importante, pois é dele
que nos momentos de crise a pessoa que está sendo
liberta precisa receber o amor e a compreensão
prática. É o conselheiro que terá a incumbência,
através do Espírito Santo e de sua santa Palavra, de
levantar o ânimo da pessoa que está lutando contra
aquele espírito. Sem a interferência diária do con­
selheiro, os espíritos que perseguem a pessoa tor­
nam-se fortes e resistem ao processo de libertação
no qual o indivíduo se encontra. No processo, os
muros de proteção da oração no espírito da pessoa

73
ainda não estão levantados e é por aí que o inimigo
penetra. É através do conselheiro que o Senhor
constrói os muros de proteção. Através das ora­
ções, de conselhos, ensinos, e ministração dos
dons, que o conselheiro deve auxiliar sua vida.
f) Oração e jejum.
“Mas respondeu-lhe: Esta casta não pode sair
senão por meio de oração e jejum” (Mc. 9:29).
Tanto a oração como o jejum são duas armas
mortíferas contra o exército das trevas. A oração
sincera e intensa é de suma importância para que
haja uma libertação. Tanto o relacionamento pes­
soal com Deus em oração como o receber a minis­
tração intercessória de outros, o espírito de quem
está no processo de libertação é fortalecido. Isto
também abate as forças inimigas que estão pren­
dendo a pessoa. Muitas vezes a opressão é tão
grande que a pessoa fica sem forças para orar e é
neste momento que a oração com a imposição de
mãos é importante, porque é através da intercessão
e da cobertura, que a imposição de mãos simboli­
za, que a pessoa recebe a ministração da graça e do
poder de Deus que levantará novamente seu âni­
mo, levando-o a guerrear individualmente contra o
espírito que a oprimia.
O jejum também é tão significante quanto a
oração, pois podemos ver isto no exemplo de Da­
niel quando lutou contra o príncipe da Pérsia. Na
vida do nosso Senhor Jesus Cristo isto também
aconteceu quando ele enfrentou todas as forças das
trevas por quarenta dias. O jejum leva a pessoa a
se desligar de suas necessidades físicas, produzin­
do maior liberdade ao espírito para agir livremente
no mundo espiritual.
Quando o espírito se desprende da esfera hu­
mana que o prende, necessita da força do Espírito
Santo que, controlando-o, leva-o a ser um gigante
espiritual contra as forças opressoras. Por isso a
pessoa interessada em se libertar deve-se juntar
com pessoas que têm aliança com ela para que jun­
tos possam jejuar com o objetivo de desligar este
demônio que persegue sua vida.

74
C A P Í T U L O 10

Adestramento do Exército de Cristo


1. Convocação
“E o Senhor levanta a sua voz diante do seu
exército, porque muito grande é o seu arraial, e
poderoso é quem executa as suas ordens, pois o
dia do Senhor é grande e muito terrível, e quem o
poderá suportar?” (Joel 2:11).
Cremos que estamos vivendo realmente em
dias de batalha e, principalmente, vivemos os
momentos nos quais estaremos travando a bata­
lha final. Já podemos ouvir a voz profética do
Senhor diante de todo o seu exército, que é a sua
própria igreja, convocando-a para participar des­
ta luta final contra o exército das trevas. A pri­
meira parte deste exército, que são os anjos, já
têm estado de prontidão esperando esse momento
a anos. Todas as classes de anjos que estão diante
do Senhor estão esperando apenas o momento da
trombeta de guerra tocar para que eles possam
intervir nesse combate com maior intensidade.
Nestes dias em que vivemos, o que podemos per­
ceber é que a voz profética do Senhor está saindo
na direção da igreja convocando a para assumir o
seu papel. É interessante entender que nossa par­
te é de fundamental importância para que a von­
tade do Senhor prevaleça contra os poderes das
trevas. Sem a participação da igreja esses pode­
res ficam livres e os anjos ficam impossibilitados
de prevalecerem contra o exército inimigo. A voz
profética tem saído convocando em todos os can­
tos da terra homens e mulheres, independemente
de sua idade, cor, língua, raça e cultura. O Espí­
rito nos tem chamado para nos alistarmos e para
assumirmos nossa parte neste exército que irá lu­
tar neste último combate da humanidade. Tam­
bém podemos ver com os olhos espirituais que o
próprio Lúcifer tem ordenado ao seu exército de
anjos caídos que avancem sobre a humanidade

75
com toda fúria.
Os seres humanos que fizeram pactos com as
trevas e alguns que foram gerados como frutos
destes pactos têm este mesmo comissionamento.
Podemos perceber isto claramente em algumas
regiões onde se faz sentir esta influência das for­
ças de Satanás, onde as maldades têm aumentado
assustadoramente, inclusive com sacrifício s de
seres humanos aos poderes de Satanás. Este
acontecimento não tem tocado mais na opinião
pública e nas emoções dos seres humanos como
no passado. Em alguns lugares, podemos perce­
ber uma resistência maior à vontade do Senhor e
uma operação clara voltada ao prazer da carne e
ao ao pecado como nunca antes. Ele tem se orga­
nizado, e nós como igreja não podemos fugir à
convocação do Senhor para que possamos com­
por seu exército.
Num encontro com os líderes de diversas re­
giões do Brasil, no último dia de reunião, en­
quanto orávamos pela nação, debaixo de um mo­
ver intercessório profético muito intenso, um dos
pastores ali presentes foi até certo lugar daquele
salão de convenção, onde estava a bandeira bra­
sileira, levou a ao centro do recinto onde estáva­
mos e começamos a profetizar contra os poderes
de Satanás que estavam amarrando nosso país.
Aquele foi um momento muito forte profetica­
mente. Na semana seguinte aquela cena permane­
ceu gravada em minha mente e num momento de
Oração onde estava novamente fazendo aquela
declaração profética, Satanás veio contra mim e
disse: “Não vou entregar este país à igreja sem
antes aplicar toda força, intensidade e fúria”. Sa­
bemos que isto é verdade. Não prevaleceremos
neste combate se não mudarmos nossa atitude
com relação a esta batalha espiritual. Primeira­
mente precisamos estar inteiramente conscientes
que esta guerra é real e necessária. Ela não é fru­
to apenas de um misticismo vão e estéril. Espiri­
tualmente, se não encararmos o mundo espiritual
com realidade, nada ocorrerá. Precisamos colocar
a guerra espiritual não como algo que faremos se

76
um dia descobrirmos que é da vontade do Se­
nhor. Precisamos estar conscientes que esta é
realmente sua vontade. O entendimento do mun­
do espiritual e o participar da batalha espiritual
hoje, é fundamental para o crescimento harmôni­
co e para a maturidade da igreja. É importante
para decidir os rumos que a humanidade tomará
no futuro. O destino das nações nas áreas econô­
mica, social e política, está inteiramente ligado
àquilo que acontece no mundo espiritual. Nossa
responsabilidade é tremendamente grande, por
isto também precisamos dizer sim à convocação
do Senhor.
2. Escolha e Separação do Espírito.
“Sofre comigo como bom soldado de Cristo
Jesus” (II Tm.2:3).
Paulo, neste versículo, faz a diferença entre
dois tipos de soldados que compõe o exército do
Senhor: o primeiro é aquele que é apenas um sol­
dado; o segundo, é o bom soldado. Este último, o
bom soldado, é aquele que está preparado para ir
para a linha de frente do combate. É com estes
que o Senhor irá trabalhar diretamente; são estes
que vão enfrentar os poderes do inimigo direta­
mente. São escolhidos a dedo pelo Senhor para
serem instrumentos que irão destruir o exército
de Satanás. “Disse o Senhor a Gideão: o povo
que está contigo é demais para eu entregar os mi-
dianitas em sua mão; não seja caso que Israel se
glorie contra mim, dizendo: Foi a minha própria
mão que me livrou... disse mais o Senhor a Gi­
deão: Ainda são muitos. Faze-os descer ás águas,
e ali os provarei; e será que, aquele de que eu te
disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém
todo aquele, que eu te disser: este não irá
contigo, esse não irá”. (Jz. 7:2 e 4). O Senhor
tem um processo de escolha para fazer esta sepa­
ração, e ela é extremamente necessária para o su­
cesso do plano de Deus. Vamos analisar o pro­
cesso de escolha que o Senhor usa.

77
Coragem e Ousadia.-
Um Dos Requisitos Para Pertencer ao Exérci­
to.
“Agora pois, apregoa aos ouvidos do povo
dizendo: Quem for medroso e tímido volte, e re­
tire-se do monte de Gileade (Jz. 7:3).
O Senhor não admite que os medrosos e co­
vardes façam parte desta companhia de primeira
linha que ele está separando, por razões claras e
simples. Primeiramente o medroso é o tipo de
soldado que se atemoriza e assusta com qualquer
tipo de armadilha, ameaça ou cilada do inimigo.
Alguém intimidado é um soldado inútil para seu
exército.
Outro aspecto que precisamos analisar, é a
influência negativa que o medo exerce nas pes­
soas que estão dominadas por ele. O medo lança
sua influência negativa na área emocional, dar­
dos de insegurança nas emoções dos que estão
por perto, leva as pessoas a questionarem a pos­
sibilidade de vitória ou capacidade de proteção
daquele que está no comando, etc. Quando estes
sintomas comecam a aparecer é sinal que o exér­
cito inimigo está conseguindo produzir brechas
no exército do Senhor.
Outro tipo de influência que alguém geral­
mente tem quando está dominado pelo medo é
que isso produz na sua mente pensamentos fanta­
siosos de engrandecimento do exército do inimi­
go. Foi o que os espias produziram na mente do
povo de Israel, levando os até a esquecer as ce­
nas dos milagres do Senhor e das maravilhas
operadas por ele em seu favor. A mente tem um
poder muito grande de influência sobre a vontade
humana, e para impedir isto o Senhor não permi­
tiu que os medrosos fossem.
Outro aspecto importante a ser considerado
nas pessoas que vivem amedrontadas é a facilida­
de que elas tem para se desesperarem diante dos
obstáculos. Muitas vezes no meio deste estado de
desespero elas são derrotadas e acabam levando
muitos outros à derrota com elas. Gostaria de
78
ilustrar com um exemplo de alguém que está
aprendendo a nadar e que num certo momento
começa a se afogar. Se a pessoa é medrosa, irá
entrar em pânico, envolvendo até o salva vidas
naquela situação de perigo. A partir daquele mo­
mento, serão duas pessoas se afogando.
Outros que devem ser considerados são os tí­
midos (covardes). O Senhor não permitiu que
eles fizessem parte do exército de Gideão por ra­
zões claras. Primeiramente o tímido é alguém
que não tem iniciativa para atacar, por motivos
interiores. Não consegue ter segurança interior
suficiente para gerar em si um nível de confiança
que o leve ao ataque. O tímido não consegue su­
portar uma carga de pressão intensa sobre si. Por
não suportá-la poderá destruir-se. Desta forma o
exército adversário produzirá uma brecha no es­
paço e função ocupada por aquele soldado. Por
estas razões o Senhor não permitiu que estas
duas classes de pessoas fizessem parte do exérci­
to de Israel que Gideão comandava. É bom escla­
recer que neste tempo no qual o processo de es­
colha tem estado em andamento, o Espírito Santo
tem estado trabalhando em vidas que têm estes
dois tipos de problemas. Através de uma unção
nova temos visto que aqueles que estão presos
pelo medo começam a passar por um processo de
libertação. O poder de uma porção nova do Espí­
rito Santo na vida de um indivíduo libera em seu
interior um novo nível de fé, libertando-o do ní­
vel natural. Agora, consequentemente, com o li­
berar da fé, esta pessoa será levada ao segundo
passo no processo de libertação: a experiência de
enfrentar as circunstâncias que a atemorizam,
com fé e confiança na unção do Espírito Santo, e
no que diz a Palavra que fundamenta a nova fé,
que foi liberada no seu interior. Uma das armas
do inimigo é agir com ameaças, tentando impedir
que o cristão tome uma posição agressiva contra
ele. O inimigo busca impedir que tenha uma ex­
periência prática e viva que o levará a eliminar
do seu interior todo tipo de insegurança e medo.
O mesmo processo é também usado com al­

79
guém que está pres.o por timidez. O Senhor o
leva a enfrentar os obstáculos ou situações do dia
a dia da caminhada cristã.

3. Obediência aos princípios do exército.


“Tão-somente esforça-te e tem mui bom âni­
mo, cuidando de fazer conforme toda a lei que
meu servo Moisés te ordenou; não de desvie
dela, nem para a direita nem para a esquerda, a
fim de que sejas bem sucedido por onde quer que
andares. Não se aparte da tua boca o livró desta
lei, antes medita nela dia e noite para que tenhas
o cuidado de fazer conforme tudo quanto nele
está escrito, porque então farás prosperar o teu
caminho e serás bem sucedido” (Js.l:7 e 8)
A promessa de prosperidade no caminho e a
vitória sobre os adversários foi dada a Josué mas
sob a condição de obediência à Palavra escrita.
Sem obediência aos princípios da Palavra era im­
possível obter vitória. Os princípios de santidade,
oração e quebrantamento são fundamentais para
que o exército do Senhor prevaleça. A obediência
a estes princípios fecha as brechas que o inimigo
possa encontrar num soldado do exército do Se­
nhor.
Santidade.
A vida santa na guerra espiritual permite que
a autoridade que o Senhor já nos deu possa fluir
livremente de nós. Sem estarmos com a vida
completamente separada, a autoridade do Senhor
fica impedida de ser liberada contra os poderes
das trevas. “Respondeu o Senhor a Josué: levan­
ta-te; porque está assim prostrado com o rosto
em terra? Israel pecou, transgrediram o meu pac­
to que lhes tinha ordenado; tomaram do anátema,
furtaram-no e, dissimulando, esconderam-no en­
tre a sua bagagem. Por isso os filhos de Israel
não puderam subsistir perante os seus inimigos;
viraram as costas diante deles, porquanto se fize­
ram anátema. Não serei mais convosco se não
destruirdes o anátema do meio de vós” (Jos.7:10-
80
12). O pecado impediu realmente o fluir da auto­
ridade de Deus. E interessante um fato que ocor­
reu numa certa igreja. Dois dos seus principais lí­
deres estavam tomando café na casa de um deles
quando a moça que trabalhava naquela casa ficou
possessa por um espírito maligno. Um deles na­
quele momento começou a repreender o espírito
que estava naquela moça, mas o espírito o resis­
tiu fortemente e em certo momento o demônio
disse a ele: “Com que autoridade você me re­
preende! Eu tenho visto você roubar sempre o di­
nheiro dos dízimos que está sob sua responsabili­
dade”. Este espírito só saiu daquela moça quando
o irmão que vivia em santidade o repreendeu.
Este fato comprova o que estamos enfatizando e
também nos mostra que todo pecado oculto é re­
velado. Até o inimigo que incita o homem ao pe­
cado sabe quando este se envolve com o pecado.
Oração.
Outro princípio que precisamos considerar é
uma vida de oração. Não que precisamos estar
constantemente em oração para que o inimigo
nos respeite como soldado do exército do Senhor,
mas a vida de oração é fundamental para vivifi-
car a nossa fé interior. Pois em alguém que está
com seu espírito constantemente aquecido pelo
Espírito Santo, a insegurança interior, que é con-
seqüência da natureza adâmica no homem, é eli­
minada. A vida de oração faz parte do treinamen­
to que precisamos passar antes de entrar na bata­
lha contra os poderes do inimigo. Todos os ho­
mens de Deus no passado que influenciaram e
mudaram a história em sua geração, foram ho­
mens de uma vida constante de oração; homens
que tinham uma intimidade constante com o Es­
pírito do Senhor de quem o próprio Espírito re­
queria fé. Se desejamos ser um soldado, precisa­
mos começar a orar e a manter o espirito cons­
tantemente num relacionamento vivo de oração
com o Senhor. Satanás sabe que, quando um sol­
dado do exército do Senhor determina em seu co­
ração uma vida constante de oração, ele se torna

81
um adversário que irá prevalecer contra ele cons­
tantemente.
Quebrantamento.
Outro princípio do qual não podemos nos
desviar, nem para a direita nem para a esquerda,
é o quebrantamento interior. O salmista diz num
dos salmos que um coração quebrantado o Se­
nhor não pode rejeitar'. Esta atitude interior leva-
nos à dependência completa do Senhor, fazendo-
nos esperar que ele seja aquele que guerreia as
nossas guerras. Mas quando não temos esta posi­
ção interior nos tornamos pessoas auto-suficien­
tes e, conseqüentemente, independentes do Se­
nhor. Se isto acontece, corremos o risco de lutar
contra o exército inimigo com a nossa própria
força e com as armas naturais que conhecemos.
No confronto que o rei Davi teve com Golias, o
coração quebrantado de Davi foi fundamental
para que ele prevalecesse contra o gigante, sem
armas naturais, mas com um coração dependente.
O rei Davi foi confiante para o confronto com
Golias, sabendo que o Deus de quem realmente
dependia, não o deixaria só. Em nossos dias o
Senhor está levantando um exército forte, mas
totalmente dependente dele. Nesta dependência
está a razão da força e do poder que haverá neste
exército.
4. Capacitando o Exército.
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus,
para que possais resistir no dia mau; e havendo
feito tudo, permanecei firmes” (Ef.6:13).
É interessante notar neste versículo que o
apóstolo Paulo enfatiza a necessidade de nos re­
vestir de toda a armadura. É nos momentos de
trevas o que irá levar-nos a permanecer firmes e
em vitória, se estivermos revestidos desta arma­
dura. É de suma importância compreendermos
que sem esta armadura fica impossível permane­
cermos firmes nos momentos de luta contra o
exército inimigo. Como já enfatizamos anterior­
82
mente, há algumas armas de defesa e outras de
ataque que fazem parte da armadura de Deus. O
sangue do Cordeiro é um dos benefícios do reino,
talvez seja o principal. Nós precisamos entender
melhor sua eficácia, precisamos compreender que
ele não é apenas para lavar os nossos pecados e
imputar a nós a salvação pela graça do Senhor. O
que o inimigo não quer de maneira alguma é que
entendamos o outro aspecto do poder que o san­
gue do Senhor traz a nós: o aspecto protetor. “Sa­
bemos que todo aquele que é nascido de Deus não
vive pecando, antes, o guarda. Aquele que nasceu
de Deus, e o maligno não lhe toca”. I João 5:18
nos afirma que naqueles que nasceram de Deus o
maligno não pode tocar. Esta afirmação das Es­
crituras lança por terra algumas mentiras que Sa­
tanás tem usado como laço para amarrar vários ir­
mãos atualmente. A primeira mentira, que é des­
feita através deste versículo, é aquela segundo o
qual um cristão pode ficar possesso por um espí­
rito maligno. Esta afirmação não é o que a pala­
vra nos diz, pois a Escritura é clara ao dizer que
aquele que nasceu de Deus o maligno não pode
tocar e muito menos possuir.
O medo de ser possuído por um espírito
maligno tem perturbado as emoções e o espírito
de muitos na igreja do Senhor. Se a vida de uma
pessoa estiver fundamentada na Palavra, e não
em sentimentos ou muito menos nos pensamen­
tos que o inimigo tem soprado em sua mente, ele
terá uma posição de vitória contra estes enganos
do inimigo. O sangue é como um anel protetor
em volta de nós e que coloca o inimigo sempre à
distância.
Certa vez, minha esposa e eu estávamos
evangelizando um casal que hoje são irmãos em
Cristo. Antes da conversão estavam passando por
momentos difíceis entre eles. Ele era soldado da
Polícia Militar e vivia uma vida irregular em to­
dos os sentidos. Seu maior prazer era abusar dos
presos espancando-os. Vivia uma vida infiel a
sua esposa. Era tão infiel que além do filho que
tinha com sua esposa, tinha mais quatro filhos

83
com outras companheiras. Quando fomos pela
primeira vez na sua casa, ele tinha acabado de
dar uma surra em sua esposa, e tirado a comida
de seu filho para dar ao cachorro. Depois daquela
visita o Senhor liberou sua palavra de arrependi­
mento e restauração àquela família. Porém, um
espírito maligno começou a incitá-lo-lo com um
ódio mortal contra minha pessoa. Certa vez ele
veio ao salão da Comunidade com um revólver
na cintura para tirar sua esposa do salão com o
objetivo de surrá-la mais uma vez, mas o Espírito
do Senhor me levou a ele. Condenei aquela atitu­
de que ele queria tomar mas, este posicionamen­
to, foi a gota d’água no mar de ódio que Satanás
tinha gerado em seu coração contra nós. Na se­
mana seguinte ele tinha decidido atirar em mim
para destruir-me de uma vez por todas. Ele me
disse depois que o ódio era tão grande que cegou
todo o seu entendimento. Ele só entendia que as
nossas orações estavam perturbando sua vida, e,
naquele instante, pegou uma espingarda com ob­
jetivo de ir até onde eu estava, mas uma força so­
brenatural o impediu. Meses depois de sua con­
versão, após uma mensagem que pregei sobre a
proteção do sangue de Jesus, ele disse-me que sa­
bia que aquilo que tinha ministrado era verdade
pois um dia ele tinha visto o poder do sangue im-
pedindo-o de atirar em mim. Até então ele não ti­
nha me contado este fato, mas naquele momento
eu o abracei e agradeci ao Senhor por sua prote­
ção maravilhosa.
Aqueles que são nascidos de Deus, o maligno
não podé tocar, ainda que isto não o impeça de
tentar. O profeta Isaías escrevendo.no capítulo
54, versículo 17 diz: “...Nenhuma arma forjada
contra vós prosperará”.
Há um anel de proteção em volta de nós que
é o próprio sangue de Jesus. Este sangue põe li­
mites na ação e nas investidas do inimigo contra
nós. Eu louvo ao Senhor por aquilo que diz em
Zacarias 2:5: “Pois eu, diz o Senhor, lhe serei um
muro de fogo em redor, e eu, no meio dela, lhe
serei a glória”. Este muro de proteção é o próprio

84
sangue que esteve no umbral da porta dos filhos
de Israel no Egito quando anjo da morte desceu
para destruir os primogênitos. Quando nos entre­
gamos ao Senhbr, o umbral da nossa casa recebe
a marca do sangue. Quando o inimigo vier, nos
momentos difíceis, ao ver a marca do sangue ele
será obrigado a desviar a sua fúria e o seu intento
mau da nossa direção. O sangue faz parte da ar­
madura que o Senhor planejou para nós. Ele é
uma arma de defesa que tem como objetivo nos
proteger. “Não temerás os terrores da noite, nem
seta que voe de dia, nem peste que ande na escu­
ridão, nem mortandade que assole ao meio dia.
Mil cairão ao teu lado e dez mil à tua direita mas
tu não serás atingido” (SI 91:5-7).
Estamos protegidos contra os terrores notur­
nos, mas também contra a seta que voa nos luga­
res celestiais, pois o sangue nos protege destes
demônios que lutam contra nós dia e noite.
Quando estamos travando batalha espiritual con­
tra o exército inimigo precisamos combater com
a consciência de que o sangue está como um
muro protetor em volta de nós e que o inimigo
não pode furar este muro protetor para nos atin­
gir. Quando entramos no combate com esta con­
vicção clara do poder protetor do Senhor, nosso
nível de fé e confiança na vitória irá aumentar.

Cingidos com a verdade.


“Estai, pois, firmes, tendo cingido os vossos
lombos com a verdade” (Ef.6:14).
Outro aspecto da armadura é a verdade. Um
coração comprometido com a verdade, se torna
um coracão sem rachaduras pelas quais o inimigo
tenta penetrar. Hoje em nosso meio poucos são
os corações que estão cingidos da verdade do Se­
nhor. Quando Satanás encontra um soldado do
exército do Senhor que está cingido com toda a
verdade de Deus, ainda que ele tente, não conse­
guirá prevalecer contra este soldado.
A própria verdade irá subjugar a mentira na
qual Lúcifer está submerso. Quando o espírito
85
mentiroso é enviado-, vem contra o cristão que
está totalmente imerso na verdade da Palavra do
Senhor, suas mentiras e acusações serão desmas­
caradas. É interessante perceber que onde deve­
mos nos cingir com a verdade é na altura do co­
ração, pois este é o alvo principal das mentiras e
acusações que são lançadas contra nós. Quando
todo coração está comprometido com a verdade,
não aceitando nenhuma mistura, a solidez do seu
coração será como muralha que tira toda a inten­
sidade da violência com a qual Satanás se lança
contra nós.
A verdade prevalece e irá prevalecer sempre.
As acusações de coisas que um homem fez no
passado não podem amarrá-lo. Hoje existem mui­
tos cristãos amordaçados e totalmente atados por
acusações de espíritos malignos, em função de
falhas que aconteceram com eles anos atrás. Ain­
da que entendamos que o sangue de Jesus nos
purifica, encontramos dificuldade para crê firme­
mente neste aspecto tão importante na vida cris­
tã. E nos momentos de pressão na guerra espiri­
tual que estes espíritos de acusação vêm nos ace-
diar e muitas vezes, conseguem nos amedrontar.
Se vivermos com o coração imerso na verdade da
Palavra, a própria verdade irá nos fortalecer e
nos proteger contra as acusações e mentiras de
Satanás. A própria verdade liberta o coração e
destrói a insegurança e as acusações do inimigo
contra o nosso coração. Precisamos desta parte
da armadura do Senhor em nossas vidas para que
possamos prevalecer firmemente com a verdade
de Deus.
“Tomando sobretudo, o escudo da fé, com o
qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno” (Ef. 6:16).
O escudo é uma arma mais de defesa do que
ataque. O apóstolo nos exorta a tomar esta arma,
pois através dela poderemos apagar os dardos do
maligno.
O primeiro passo num combate que produz a
derrota de um soldado cristão, é quando o dardo
lançado pelo inimigo não é apagado. Este dardo

86
começa a incomodar sua mente e suas emoções
de tal maneira que, se não houver uma interven­
ção sobrenatural de Deus, poderá ser destruído.
A Escritura nos ensina a fazer do escudo uma
arma que sempre devemos carregar conosco, pois
os dardos malignos serão lançados constante­
mente contra nós e, se não possuirmos esta prote­
ção do Senhor, seremos destruídos. É importante
entendemos claramente o poder que há no escudo
da fé, e acionarmos esta arma contra as investi­
das que o inimigo intentar contra nós.
Um dos terrenos minados no campo de bata­
lha espiritual são os sonhos e as visões que fre-
qiientemente ocorrem no meio do povo do Se­
nhor. Alguns sonhos de morte, acidentes drásti­
cos ou outros tipos de desgraça que alguns sen­
tem que podem vir a acontecer com eles têm sido
muitas vezes usados por Satanás para levar al­
guns, dentro da igreja, a um estado de desespero
e depressão interior. Isso pode levá-los a uma po­
sição de derrota, culminando até com o aconteci­
mento daquilo que foi mostrado no sonho ou no
pressentimento. Quando um sonho, uma visão ou
um pressentimento começam a nos perturbar,
precisamos usar o escudo da fé e desfazer aquele
intento satânico contra nós ou contra alguém ou
uma situação que conhecemos. O escudo apaga o
dardo quando este é lançado contra nós. Há um
poder tremendo na fé liberada. O Espírito de
Deus age sobrenaturalmente, liberando o poder
que desfaz os laços satânicos e destruindo as for­
talezas que Satanás constrói em volta do cristão
com seus enganos e mentiras. Todo dardo infla­
mado pode ser apagado pelo escudo da fé, como
diz Paulo no capítulo 6 de Efésios. Não existe
nenhum dardo que não possa ser destruído pelo
escudo da fé. Todos os dardos inflamados são
apagados pela fé. Quando passei a entender esta
verdade, fui levado a uma nova dimensão de vida
espiritual.
Certa vez, em uma reunião, meu espírito de­
tectou que um dardo inflamado de suicídio fora
lançado contra alguns irmãos que estavam na

87
reunião conosco. Aparentemente estava tudo nor­
mal e parecia haver um fluir do Espírito, mas
quando expressei o que estava sentindo, imedia­
tamente em lugares diferentes do salão, alguns ir­
mãos começaram a sentir um forte cheiro de ve­
las queimando e, quase que automaticamente, to­
dos vieram juntos até a plataforma para testificar
o que estavam sentindo. Naquele momento cha­
mamos à frente aqueles que pensavam em suicí­
dio ou que já haviam tentado suicido naquela se­
mana. Vieram à frente várias pessoas e percebi
que eram irmãos que estavam sendo bombardea­
dos por dardos malignos em suas mentes e em
suas emoções. Quando começamos a orar contra
aqueles dardos, sentimos que aquela opressão,
que estava sobre aqueles irmãos, tinha sido tira­
da. Se não fizéssemos aquilo, certamente, alguns
deles teriam sido induzidos ao suicídio. Precisa­
mos estar conscientes do valor do escudo da fé e
acioná-lo quando percebermos espiritualmente
sua necessidade. Caso não façamos isto, estamos
permitindo que o inimigo venha ceifar vidas pre­
ciosas em nosso meio. Eu tenho dito, várias ve­
zes, a alguns irmãos, sempre impressionados, que
sonham com desastres ou morte de alguém, que
aqueles sonhos ou sentimentos vieram até eles
para que, através do escudo da fé, possam prote­
ger o irmão ou irmãos com os quais sonharam.
O que acontece muitas vezes é que depois
que as pessoas têm um sonho desse tipo, elas co­
meçam a crer mais no poder do maligno do que
na própria palavra protetora do Senhor. Quando
isso acontece, Satanás passa a ter o controle das
emoções e da mente do indivíduo. Com o contro­
le da mente o inimigo começa a sugestionar ce­
nas que de diversas maneiras retratam o aconteci­
mento futuro que foi sonhado. Com esse controle
ele fecha as portas da mente para que a palavra
do Senhor não possa ser semeada. Com as emo­
ções sob seu domínio o maligno semeia a insegu­
rança e o medo, levando a pessoa a agir como ele
deseja.
A vontade é acionada pelo intelecto e pelas

88
emoções. Se elas estão sendo influenciadas por
agentes malignos, a vontade passa a ser domina­
da também. Proteger a mente e as emoções com
o escudo da fé leva-nos a construir muros de pro­
teção contra os dardos de Satanás. O que aconte­
ce, na maioria das vezes, com aqueles que ainda
não estão debaixo do senhorio do Senhor, é que o
inimigo os ataca com seus dardos e, por não en­
contrar resistência (que somente a armadura do
Senhor pode dar), os conduz à macumbaria e à
feitiçaria, levando-os a estar ligados com o espi­
ritismo e a magia. Isso forma um elo de ligação
que só poderá ser quebrado com uma conversão
genuína ao Senhor. Este elo de ligação irá perse­
guir aquela pessoa por toda sua vida. Se o escudo
da fé estivesse sido acionado quando o sonho ou
pressentimento teve início, a porta pela qual o es­
pírito maligno entrou, teria sido fechada e a pes­
soa teria sido liberta do “engano” maligno. Preci­
samos crer no poder do escudo da fé, e acioná-lo
sempre nas muitas batalhas espirituais que trava­
mos com o império das trevas.
Os dons do Espírito.
I Coríntios 12:1 e 7: “Ora, a respeito dos
dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ig­
norantes. A cada um, porém, é dada a manifesta­
ção do Espírito para um proveito comum”.
Os dons, em nosso interior são de uma tre­
menda importância na guerra espiritual. Espe­
cialmente aqueles dons que intitulamos de “dons
para guerrear”, que são: fé, discernimento de es­
pírito e palavra de conhecimento. Estes dons,
quando liberados pelo Espírito Santo em alguém,
funcionam como uma arma poderosa contra o
exército do inimigo. Por esse motivo, há muita
resistência contra tais dons. Para uma pessoa al­
cançar o nível de um liberar fluente, demora,
muitas vezes, um período maior do que os outros
dons.

89
Como estes dons -funcionarão no momento de
batalha espiritual?
Dom da fé.
A fé, segundo a própria definição bíblica, é
“o firme fundamento das coisas que se esperam e
a prova daquilo que se não vê” (Hb. 11:1). Se­
gundo o que entendemos, há três níveis de fé. O
primeiro nível é aquele que todos recebem no
início da vida cristã e que nos faz caminhar nos
princípios básicos da vida espiritual. O segundo
nível é aquele que entramos quando o Espírito
Santo libera em nós o dom da fé. Este dom pro­
duz, no interior do crente, uma valentia e ousadia
que antes não havia. Esta fé o leva a entrar no
mundo espiritual com maior segurança. É inte­
ressante notar que quando um homem entra na
batalha espiritual naquele primeiro nível de fé, a
insegurança interior deste indivíduo funciona
como uma brecha, através da qual o inimigo
pode controlá-lo. Na guerra espiritual é funda­
mental a confiança e a segurança interior do sol­
dado. É o dom da fé que proporciona estas duas
coisas no interior do cristão. O dom da fé produz
uma confiança maior na proteção daquele que
nos envia à batalha e, conseqüentemente, nossos
olhos espirituais são abertos para vermos a prote­
ção que está em nossa volta. Passamos pela expe­
riência do moço de Eliseu, quando pode ver o
exército de fogo que estava em sua volta.
“Tendo o moço dq_homem de Deus se levan­
tado muito cedo, saiu, e eis que um exército tinha
cercado a cidade com cavalos e carros; então o
moço disse ao homem de Deus: ai, meu senhor!
que faremos? Respondeu ele: não temas, porque
os que estão conosco são mais do que os que es­
tão com eles. E Eliseu orou, e disse: ÓSenhor
peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o
Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu, e eis
que o monte estava cheio de cavalos e carros de
fogo em redor de Eliseu” (II Reis 6:15-17). O
dom da fé tira as escamas dos nossos olhos e nos
leva a ver o exército do Senhor que está ao nosso

90
redor para nos proteger e guerrear por nós. Eu
creio que todos os que estão envolvidos nessa ba­
talha espiritual precisam da liberação do dom da
fé em seu interior, para enxergar claramente o
mundo espirituál e desta forma saber claramente
como devem lutar.
Discernimento de Espírito.
Outro dom, sobremodo importante para o
combate espiritual, é o de discernimento de espí­
ritos. São muitas as ocasiões em que o inimigo
consegue levar-nos a desferir golpes no ar por
não termos .discernimento. “Pois eu assim corro,
não como indeciso: assim combato não como ba­
tendo no ar” (I Cor. 9:26). Este dom nos leva a
ter discernimento claro de onde devemos atacar e
que tipo de espírito estamos enfrentando. Algu­
mas vezes oramos com uma pessoa enferma vá­
rios meses e até anos, sem que ela seja curada.
Nos desgastamos em jejum e oração sem vermos
a pessoa curada. Isso muitas vezes nos leva a
questionarmos o poder e a autoridade do Senhor
sobre as enfermidades, mas se possuirmos o dom
de discernimento de espíritos, veremos, neste
caso específico, que por traz desta enfermidade
existe um demônio e, se primeiramente não orar­
mos diretamente contra ele, ordenando liberta­
ção, a pessoa não ficará curada.
“Enquanto esses se retiraram, eis que lhes
trouxeram um homem mudo e endemoniado. E,
expulso o demônio, falou o mudo e as multidões
se admiraram, dizendo: Nunca tal se viu em Is­
rael” (Mt. 9:32-33). Neste trecho das Escrituras
podemos perceber claramente a operação deste
dom: o laço do inimigo na vida daquele homem
que estava mudo, foi desfeito através da opera­
ção do dom de discernimento pelo Senhor Jesus.
É interessante observar que um dos lugares
que mais sofre pressão, quando estamos na luta
espiritual, é o lar. O relacionamento conjugal e
entre pais e filhos, recebe pressões muito fortes
gerando conflitos. É interessante notar também
que coisas pequenas levam a um conflito conju­

91
gal, muitas vezes de grande proporção, mas,
quando aquele momento de pressão passa, o ca­
sal chaga à conclusão que brigaram por um pro­
blema muito simples e fácil de resolver. É impor­
tante entender que o motivo aparentemente foi
simples, mas, havendo em nós a operação do
dom de discernimento de espíritos perceberemos
que a causa principal, atrás daquele problema, é
que há uma pressão diabólica. O objetivo desta
pressão é produzir conflitos. Estes conflitos tra­
zem duas conseqüências sérias no relacionamen­
to conjugal: leva um dos cônjuges a um posicio­
namento drástico, como uma decisão de separa­
ção, infidelidade conjugal como forma de vin­
gança e algumas vezes ao sqicídio ou assassina­
to. E este é o primeiro objetivo de uma pressão
diabólica em um lar que está envolvido na guerra
espiritual.
O segundo objetivo das pressões é levar os
cônjuges a se agredirem verbalmente com rea­
ções ou posições agressivas, ferindo-se mutua­
mente. Surgem assim as feridas emocionais, que
se transformam em brechas para espíritos entra­
rem. Precisamos ter discernimento de quando o
inimigo está pressionando nossos lares. Não lute­
mos com as armas que ele quer que lutemos, mas
tomemos as armas do Senhor e tenhamos as rea­
ções que o Senhor espera. Geralmente, no rela­
cionamento conjugal, os cônjuges não percebem
que aquele probleminha, aparentemente simples
que está provocando naquele momento de confli­
to, vem do exército do inimigo; todavia, o Se­
nhor sempre dá a um deles o discernimento atra­
vés da voz do Espírito Santo no seu íntimo. É
nesse momento que, aquele que foi alertado pelo
Senhor, deve tomar controle da situação, agindo
segundo os princípios da palavra de Deus.
Outro aspecto, que precisamos considerar,
são os lugares onde trabalhamos ou estudamos,
passando boa parte do nosso tempo. Estes lugares
sãoverdadeiros campos de batalha espiritual. O
ambiente ali, em alguns momentos, é um terreno
minado, onde o inimigo coloca suas bombas bem

92
escondidas para nos destruir. Um cristão que não
tem este entendimento e tampouco o dom de dis­
cernimento liberado no seu interior, será facil­
mente envolvido pelo ambiente, tomando-se uma
presa fácil para Satanás. Eu tenho visto alguns
bons irmãos agirem igenuamente em ambientes
como esse. Respondem com a mesma moeda às
provocações ou insinuações que o inimigo lança
com o objetivo de destruí-los. Como filhos do rei
dos reis precisamos ter olhos abertos para enxer­
gar as minas nos terrenos em que estamos travan­
do esta batalha espiritual. Quando estamos circu­
lando no trânsito de uma grande cidade, num
congestionamento de carros, precisamos estar
apercebidos, através do dom de discernimento,
para o mundo espiritual. Provocações ou mesmo
batidas com o nosso carro, que algumas vezes
nos deixam com os nervos à flor da pele, preci­
sam ser encaradas não como algo natural, ou fru­
to de um trânsito agitado, mas como atuação da
mão do inimigo com o objetivo de nos atingir.
Andando em Espírito, tendo em nós o liberar
deste dom, prevaleceremos nestas situações, e
mais do que isto iremos desmascarar o inimigo
publicamente revelando as pessoas que estão pró­
ximas de nós quem ele é.
Palavra de Conhecimento.
“Ora, o rei da Síria fazia guerra a Israel, e
teve conselho com os seus servos dizendo: Em
tal e tal lugar estará o meu acampamento. E o ho­
mem de Deus mandou dizer ao rei de Israel:
Guarda-te de passares por tal lugar, porque os sí­
rios estão descendo ali. Pelo que o Rei de Israel
enviou àquele lugar, de que o homem de Deus
lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se
salvou. Isso aconteceu não só uma vez, nem
duas. Turbou-se por causa disto o coração do rei
da Síria, que chamou os seus servos, e lhes disse:
não fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Is­
rael? Respondeu um dos servos: não é assim, ó
rei meu Senhor, mas o profeta Eliseu, que está
em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras

93
que falas na tua câmara de dormir” (II Rs. 6:8-
12).
A palavra de conhecimento era freqüente-
mente usada pelos profetas nos confrontos que
Israel tinha no passado com as nações inimigas.
Este mesmo dom foi dado a igreja pelo Espírito
Santo de Deus, e nós precisamos usá-lo no com­
bate que estamos travando contra os poderes do
inimigo. Em uma das igrejas que estamos man­
tendo relacionamento, numa noite de sábado al­
guém entrou no salão e colocou veneno no filtro
de água que ficava na sala das crianças. O objeti­
vo do diabo era matar algumas crianças e tam­
bém lançar por terra o testemunho do nome do
Senhor. Mas no outro dia, antes de chegarem
para o culto, o Senhor revelou a um dos irmãos a
estratégia de Satanás. Pegaram os filtros e leva­
ram a companhia de água da cidade e foi com­
provado que aquela água estava envenenada. O
nosso Deus não deixará que o inimigo nos sur­
preenda. No Salmo 89:20-22 diz: “Achei a Davi
meu servo, com o meu santo óleo o ungi. A mi­
nha mão será sempre com ele e o meu braço o
fortalecerá. O inimigo não o surpreenderá”. A
palavra de conhecimento impede que o inimigo
nos surpreenda. Se andarmos afinados, com o Es­
pírito de Deus, os acidentes, que são preparados
contra nós e contra a igreja do Senhor, serão de­
tectados por nós, o que nos levará a desfazê-los
antes que o inimigo consiga executá-los.
As pessoas vão aos prognosticadores para se­
rem livres de futuros acidentes ou algum tipo de
desastre futuro, e são avisados por estes mensa­
geiros de Satanás. Enquanto isto, nós,, que temos
o Espírito de Deus e o verdadeiro dom de conhe­
cer o que irá acontecer no futuro, estamos presos
sem agir avisando a igreja dos perigos e laços
que o inimigo tem preparado contra ela.
A palavra de conhecimento, além de benefi­
ciar a igreja, também pode abençoar toda huma­
nidade, revelando as armadilhas que o inimigo
tem preparado para ela. Tem acontecido com
bastante frequência estes dias, acidentes nos está­

94
dios de futebol. Eles poderíam ser evitados se a
igreja do Senhor intervisse profeticamente impe­
dindo o inimigo de executar seus planos. Que o
Senhor possa liberar a palavra de conhecimento
no meio da igreja como uma arma mortífera con­
tra Satanás. Iremos agora analisar algumas estra­
tégias do inimigo.
A primeira estratégia é o que chamamos da
semente do medo. Primeiramente precisamos en­
tender que o medo não é um espírito maligno
mas, uma semente que é lançada no coração de
alguém desde seu nascimento. Se a terra for fértil
a semente irá germinar tornando-se uma brecha
pela qual espiritos malignos irão controlar a vida
daquela pessoa. A atitude dos pais e parentes
próximos, nos primeiros anos de vida, é funda­
mental para determinar se aquela terra será ou
não fértil para a semente lançada. Se analisarmos
uma família, iremos notar que quando os pais são
mundanos, seus filhos também serão, porque a
atitude dos pais faz com que a terra (as emoções
dos filhos) se torne fértil para a semente lançada
ali. Agora se os pais tem uma posição de vitória
contra o medo, seus filhos encontram menos difi­
culdades para vencê-lo.
É interessante notar que no aspecto sobrena­
tural, alguém que está preso pelo medo, fica por
muito tempo impedido de possuir as bênçãos que
o Espírito Santo tem para ela, como a experiência
com enchimento do Espírito Santo ou um fluir
em adoração no Senhor. Pois o medo gera inse­
gurança e bloqueia aquilo que o Senhor está mos­
trando para pessoa. Muitos irmãos queridos, fi­
cam impedidos de liberar os dons espirituais por­
que tem medo de que o sobrenatural venha, de al­
guma maneira, prejudicá-los. O medo impede as
pessoas de mergulharem nas águas do Espírito. E
faz também com que o confronto contra os pode­
res do inimigo que se trava na esfera espiritual
pareçaalgo amedrontador, porque a vontade e a
fé da pessoa estão sob a influência do medo. Por
este motivo, alguém que não passou por um pro­
cesso de libertação, nesse aspecto, não pode par­

95
ticipar do exército do.Senhor. “Disse o Senhor a
Gideão: o povo que está contigo é demais para eu
entregar os midianitas em sua mão, não seja caso
que Israel se glorie conttra mim, dizendo: Foi a
minha própria mão que me livrou. Agora pois,
apregoa aos ouvidos do povo dizendo: Quem for
medroso e tímido volte, é retire-se do monte Gi-
leade...” (Juizes 7:2,3). Quando o Senhor disse a
Gideão que os medrosos deveríam voltar, Ele es­
tava mostrando a Gideão que no seu exército não
há lugar para covardes. O Senhor não estava re-
jeitando-os como filhos, mas como soldados eles
não estavam preparados para assumir um lugar
no exército do Senhor. Como ficar livre desta
semente que herdamos na queda de Adão?
Ter uma revelação do poder
do Espírito Santo em nós.
“Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes
vencidos porque maior é aquele que está em vós
do que aquele que está no mundo” I Jo.4:4.
O caminho de vitória sobre o medo começa
com uma revelação de que a pessoa do Espírito
Santo habita dentro de nós. Quando não há esta
revelação, a tendência humana é olhar para suas
próprias forças. Quando fazemos isto estamos
comparando o que temos interiormente, com os
poderes do mundo sobrenatural, e por isso não
conseguimos liberar a nossa fé e vontade das gar­
ras do medo. A revelação da pessoa do Espírito e
do seu poder, que é maior do que os poderes que
constituem o mundo sobrenatural, nos levará a
encarar este mundo espiritual por uma-nova pers­
pectiva. Conta-se que certo homem de Deus no
passado, numa noite foi acordado com um baru­
lho diferente em seu quarto. Quando ele sentou
na cama para ver o que estava acontecendo, no­
tou que havia uma pessoa estranha sentado nos
pés de sua cama. Quando aquela pessoa se identi­
ficou como sendo o próprio Satanás, no mesmo
instante, o homem do Senhor deitou-se novamen­
te virando-se para o outro lado da cama dizendo
96
com bastante confiança: “eu irei dormir nova­
mente, porque você não pode me tocar”. Logo
voltou a dormir e o diabo foi embora. O fruto da
segurança interior que havia naquele homem, em
parte era conseqüência da revelação que ele tinha
da presença do Espírito Santo em seu interior.
Este é o primeiro princípio para que possamos
estar livres desta semente maligna. Diante disso,
quem deseja ficar livre desta semente, deve bus­
car, em oração, a revelação de Deus deste princí­
pio.

Fundamentar a vida na palavra de Deus.


“Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis
o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis
aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu
vos escrevi porque sois fortes, e a palavra de
Deus permanece em vós, e tendes vencido o ma­
ligno” (I Jo. 2:14).
Quando colocamos os fundamentos corretos
como bases da vida, a solidez interior que daí re­
sulta, se torna uma muralha contra as mentiras e
ameaças satânicas que tem como objetivo deses-
truturar as emoções do ser humano, alimentando
a semente do medo em seu interior. Devemos co­
locar a vontade e a fé sobre o fundamento da pa­
lavra escrita e não sobre aquilo que muitas vezes
estamos vendo, ouvindo ou sentindo, para que
nos tornemos vencedores na luta espiritual. As
ameaças e impressões que são lançadas contra
nós pelo exército inimigo devem ser combatidas
com o poder dos princípios da palavra do Senhor
que estão em nosso coração.
Quando a Palavra permanece em nós, e nos
lançamos sobre ela, o poder da palavra produzirá
o milagre de transformação de que necessitamos.
O medo será lançado fora, surgindo em nós uma
valentia e ousadia que não havia. Neste momento
de transformação e de crise quando estamos sen­
do atacados pelas ondas do medo, é tremenda­
mente importante o declarar a palavra que está
em nós. Confessar a Palavra contra as reações
97
negativas de medo é fundamental para obter a vi­
tória. O inimigo usa sempre uma tática para acio­
nar a semente que ele lançou no coração da pes­
soa: bater portas onde há silêncio, passos que são
ouvidos nitidamente sem haver ninguém por per­
to, luz que se acende, sem ninguém ter acionado
0 inteiruptor e outros acontecimentos desta natu­
reza. É nestes momentos que a palavra que está
em nós, através dos versículos decorados das Es­
crituras, precisa ser proferida. Se não fizermos
isto os barulhos e ameaças começam a controlar
as nossas emoções e seremos novamente derrota­
dos.
Confiança nas promessas.
“Sabemos que todo aquele que é nascido de
Deus não vive em pecado; antes, aquele que nas­
ceu de Deus, o guarda e o maligno não lhe toca”
1 Jo. 5:18. A confiança nas promessas, que o pró­
prio Senhor proferiu com relação à nossa prote­
ção, é, talvez o princípio de maior importância
para que possamos vencer o medo. Satanás e e
seus anjos não os podem tocar em hipótese algu­
ma. As promessas que o Senhor deixou em sua
palavra não falham. Não podemos abandonar esta
confiança nas promessas, mas, permitir que elas
se cumpram no decorrer do nosso caminhar cris­
tão. Isso nos levará a ser ousados e a enfrentar o
mundo espiritual, quando for necessário. Sem
procurar desculpas, ainda que bíblicas, para não
enfrentá-lo. A experiência de enfrentar o mundo
espiritual irá aumentar a nossa confiança no com­
bate. Eu tenho sido ameaçado várias’vezes por
espíritos malignos, mas nenhuma destas ameaças
se efetivaram. Não que estes demônios não tenta­
ram concretizá-las, pelo contrário, muitas vezes
sem que eu soubesse, estes espíritos impulsiona­
ram pessoas a intentarem o mal contra mim e al­
gumas vezes com laços de morte. Mas em todas
as ocasiões, as iniciativas destes demônios en­
contraram pelã frente a barreira das promessas de
proteção que estão na palavra escrita. Os intentos
98
do inimigo foram frustrados. O Senhor não falha
e faz com que suas promessas prevaleçam contra
as obras de Satanás. Em Isaías 54:17 nos diz:
“não prosperará nenhuma arma forjada contra ti,
toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu
a condenarás, esta é a herança dos servos do Se­
nhor, e a sua justificação que de mim procede,
diz o Senhor.” As armas satânicas não podem pe­
netrar os muros de proteção que as promessas do
Senhor formam em volta de sua igreja.

Estar envolvido no perfeito amor.


“No amor não há medo, antes o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo envolve casti­
go, e quem tem medo não está aperfeiçoado no
amor” (I João 4:18).
O perfeito amor é a própria pessoa do nosso
Senhor Jesus. Quando estamos envolvidos nele,
em um relacionamento completo com sua pessoa,
o medo é totalmente eliminado. É interessante a
expressão usada pelo apóstolo João, ele diz, que
o perfeito amor lança fora o medo. O próprio Je­
sus em nós lança toda semente do medo longe de
nossos corações. Todavia para isso acontecer um
relacionamento vivo com sua pessoa tem que ser
real em nós. Sem este relacionamento vivo e pre­
sente, se torna difícil uma vitória completa con­
tra esta semente maligna. Quando há o relaciona­
mento, automaticamente, haverá o envolvimento
e é nesse envolvimento que o Senhor arranca de
nós toda semente maligna do medo.
A comunhão diária com o Senhor, através de
pração, é fundamental para eliminar o medo dos
corações. A psicologia e a psiquiatria não podem
resolver este problema, porque o medo está liga­
do com o mundo espiritual. Não é apenas algo
emocional ou mental. A mente e as emoções são
inifluenciadas por ele, mas suas raízes são espiri­
tuais. Por esse motivo não pode haver vitória
completa sobre o medo sem antes haver um rela­
cionamento de comunhão, no nível do Espírito,
com o Senhor Jesus. Sem este envolvimento com
99
o Senhor Jesus não haverá vitória. O perfeito
amor lança fora o medo. Esta é a vontade do Se­
nhor, eliminar do seu povo esta semente que é
uma brecha pela qual o inimigo tem entrado vá­
rias vezes no exército do Senhor. Eliminando o
medo do coração do seu povo, o Senhor está le­
vantando um exército valoroso que irá executar
suas ordens.
Segunda estratégia: Esmurrar o ar.
“Pois eu assim corro não como indeciso. As­
sim com bato, não como batendo no a r” . I
Cor.9:26.
Esta é uma das estratégias mais usadas por
Satanás contra o povo de Deus. A maioria da
igreja vive na expectativa de produzir frutos e, se
possível, “imediatos”. Este desejo de uma expan­
são em todas as áreas na igreja, algumas vezes,
pode ser uma oportunidade para que o inimigo
possa nos enganar. Vendo este desejo em nossos
corações, Satanás usa conosco a estratégia de nos
levar a esmurrar o ar. Estabelecer alvos que são
da vontade de Deus, sem considerar que não é o
tempo do Senhor para tal, é um laço que o inimi­
go muitas vezes tem usado contra nós. Outra ma­
neira, semelhante a esta, que tem sido usada fre-
qüentemente pelo exército inimigo é induzir os
cristãos a colocarem alvos para serem atingidos
sem a aprovação do Senhor. Estes alvos jamais
serão alcançados porque o próprio inimigo colo­
cará obstáculos contra os quais lutaremos sem
prevalecer. Isto persistirá até que Satanás alcance
os seus objetivos com esta estratégia'. Quais os
objetivos do inimigo com relação estas estraté­
gias? Analizaremos alguns a seguir:

Levar-nos ao cansaço:
Quando nos deparamos com dificuldades e
não conseguimos superá-las, tendemos a concen­
trar todo o nosso vigor físico, emocional e espiri­
tual contra todos os obstáculos. Estabelecemos
100
alvos fora da aprovação do Senhor e os impecí-
lios não são superados.
No decorrer do combate o propósito do ini­
migo é nos levar ao cansaço que nossa luta pro­
porcionou. Levar-nos a uma estafa emocional
sempre é o objetivo de Satanás. Quando ele al­
cança este objetivo, começam suas investidas
contra nós. Precisamos estar de olhos abertos
para enxergar quando o inimigo estiver apenas
tentando nos cansar.

Gerar frustrações em nós:


Outra conseqüência são as frustrações de al­
vos não alcançados. Quando não alcançamos o
que estipulamos, a tendência é um sentimento de
frustração e, conseqüentemente, um descrédito
quanto aos futuros alvos que o Senhor irá colocar
em nosso caminho. Tenderemos a pensar que são
realmente impossíveis de serem alcançados.
Quando nossos sentimentos são decepcionados
ao ponto de nascer em nós uma frustração pro­
funda, estaremos amarrados emocionalmente e
impedidos de guerrear livremente. As frustrações
pelos alvos não alcançados se tomam uma brecha
para que espíritos que produzem desânimo pos­
sam tocar em nossa vontade. Estar com os olhos
abertos para enxergar estes laços do inimigo nos
livrará dos enganos de Satanás.

Confusão:
Esta tem sido uma das estratégias frequente­
mente usada pelo inimigo: confundir aqueles que
fazem parte do exército do Senhor. É através da
confusão que ele consegue cegar os olhos dos
soldados do Senhor, para que não vejam com cla­
reza as metas que o Senhor tem traçado para seu
exército.

101
Quais são os prineipais alvos que o inimigo,
tem para produzir confusão no exército do Se­
nhor? São dois:
a) Visão.
Tentar distorcer a visão do propósito. O obje­
tivo é impedir que o Senhor leve o seu povo a
possuir o que ele deseja para nós. Distorcer, com
fatos semelhantes, a verdade, para que não perce­
bamos que estamos mudando de direção. “E não
é de admirar, porquanto o próprio Satanás se dis­
farça em anjo de luz” (II Co. 11:14). As heresias
são frutos da confusão que o inimigo lança na
mente e no coração daqueles que fazem parte do
exército. Outro aspecto da confusão é quando o
inimigo consegue escurecer a visão que, até en­
tão, estava clara diante de nossos olhos. A confu­
são visa tentar impedir que vejamos claramente o
propósito do Senhor para a igreja e também sua
estratégia de prevalecermos contra o exército ini­
migo.
b) Relacionamento com o corpo.
Outro aspecto onde Satanás procura produzir
confusão é nos relacionamentos com o corpo. Ele
tenta obstruir o canal de onde recebemos força
para permanecer firmes na batalha. E interessante
perceber que nos vários níveis de relacionamento
que temos, as investidas do inimigo são constan­
tes, mas é nos relacionamentos básicos que as
pressões são maiores, pois se este canal de per­
dão e força ficar obstruído, sua estratégia contra
nós terá funcionado. Precisamos discernir quando
Satanás está tentando, através de pressões, impe­
dir que recebamos a força que vem do corpo de
Cristo. A confusão ministrada pelo inimigo pre­
cisa ser rejeitada pela igreja, tanto no aspecto de
visão como no de relacionamentos básicos no
corpo de Cristo.

102
Quebrando as Resistências
Entendemos que Satanás tem concentrado
toda sua força com o objetivo de resistir ao mo­
ver genuíno que o Espírito Santo fará nos últimos
dias. Não tenha dúvida que seu objetivo principal
é este, pois, percebemos, em vários lugares, por
onde temos passado que, quando a visão de uma
localidade é clara sobre o que Deus irá fazer em
nossos dias, maior é a resistência que aquela lo­
calidade enfrenta. Agora, também é interessante
notar que quando a visão não é clara, a resistên­
cia, por parte de Satanás, é quase inexistente. Os
homens e as igrejas locais que entendem clara­
mente a visão do mover do Espírito, serão resisti­
dos com intensidade e força. “Então me disse:
não temas Daniel porque desde o primeiro dia em
que aplicaste o teu coração a compreender e a
humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as
tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu
vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resis­
tiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio me ajudar” (Dn. 10:12-
13).
Estes versículos da Escritura nos mostram
um exemplo claro de como os principados se
opõem a alguém que recebe a visão do Senhor e
decide alcançar o cumprimento desta visão.
“Acontecerá depois que derramarei o meu Espíri­
to sobre toda a carne, vossos filhos e vossas fi­
lhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos,
vossos mancebos terão visões e também sobre os
servos e sobre as servas naqueles dias derramarei
o meu Espírito” (Joel 2:28-29). O mover do Espí­
rito nos últimos dias será o maior acontecimento
da história. A humanidade será visitada pela nu­
vem do Espírito de Deus e as cadeias que pren­
dem a criação debaixo da escravidão satânica se­
rão quebradas. A criação ficará livre debaixo do
reino do Senhor. Podemos ouvir a trombeta do
Espírito ser tocada sobre toda a terra.
Há um clamor hoje no coração daqueles que
receberam visão semelhante nos versículos 15 e
103
16 do capítulo 4 de Cantares: “És fonte de jar­
dim, poço das águas vivas, torrentes que manam
do Líbano. Levanta-te, vento norte, e vem tu,
vento sul, assopra no meu jardim, espalha os aro­
mas. Entra o meu amado no seu jardim, e coma
seus frutos excelentes “. Este clamor está sendo
gerado na igreja pelo Espírito de Deus e tem aba­
lado as estruturas do exército inimigo. Por causa
da visão e do clamor para que esta visão se exe­
cute, os principados têm se levantado em vários
lugares para se opor ao mover do Espírito Santo.
“Então virá o fim quando ele entregar o reino a
Deus e Pai, quando houver destruído todo domí­
nio, e toda autoridade e todo poder. Pois é neces­
sário que ele reine até que haja posto todos os
inimigos debaixo dos seus pés” (I Co. 15:24,25).
Os níveis de resistência
que precisam ser destruídos.
..Domínio: O espírito que obscurece as men­
tes, resistindo à luz do poder da Palavra do reino
e impedindo que essa luz alcance o intelecto do
homem.
Autoridade: São potestades que resistem na
esfera do espírito a uma libertação do espírito do
homem. Buscam impedí-lo de apropriar das pro­
messas do reino de Deus.
Poder: Uma legião de espíritos malignos que
resistem nas áreas emocional e física ao mover
do Espírito de Deus. Paulo profetiza que estas
três camadas de resistência satânica Serão des­
truídas pelos pés do Senhor Jesus. Nós sabemos
que a igreja, que somos nós, lavados pelo precio­
so sangue e que nascemos de novo, é o corpo que
esmagará toda a resistência satânica à vontade de
Deus. Sendo nós a última geração da igreja, auto­
maticamente somos os seus pés, e como pés des­
te corpo triunfante do Senhor Jesus, estamos tra­
vando um dos momentos mais drásticos e inten­
sos da guerra espiritual em toda a sua história. A
104
serpente, como foi proferido em Gênesis 3:15,
feriu no calcanhar o corpo de Cristo pois nunca
se viu na história da igreja tantos escândalos
como em nossos dias grandes guerreiros foram
abatidos pela serpente, mas a resposta do corpo
virá em breve quando, através dos pés, atingidos
nos últimos dias, Deus lhe esmagará a cabeça, irá
destruir por completo a força e o poder do exér­
cito enganador que tem tentado desanimar o gru­
po de cristãos que recebeu do Senhor esta visão
correta. Sou consciente que esses espíritos foram
treinados nestes anos, depois da queda de Lúci-
fer, só para agirem neste tempo. Eles têm agido
por um momento no meio da própria igreja. Mas
nós também sabemos que em nossos dias há um
derramar maior da unção do Espírito Santo. Esta
unção está abrindo os olhos deste grupo de va­
lentes em toda parte do mundo. Enxergamos os
laços que estes espíritos estão armando para a
igreja, mas, através da força e sabedoria do Espí­
rito de Deus, desfaremos estes laços e a igreja
caminhará dedicadamente no caminho do Senhor
para a vitória contra Satanás. Em todos os luga­
res onde a visão do propósito de Deus é clara, a
resistência tem aumentado. O fato de estar ligado
como corpo, de não estar sozinho é fundamental
para que as pressões desta resistência não nos
atinjam no espírito, emoções e intelécto. Não
quebraremos estas resistências sozinhos, mas
através de um grupo de profetas valentes. Que­
braremos as resistências e destruiremos o poder
do inimigo. Como foi na época de Daniel, onde o
arcanjo veio em auxílio do anjo que levava a res­
posta a Daniel, assim também os anjos estão nos
auxiliando. Em várias regiões dos lugares celes­
tiais que representam várias partes do mundo, a
guerra tem se tornado mais intensa, mas é impor­
tante entendermos que quando a guerra se toma
mais intensa em alguma região, anjos de hierar­
quias diversas são enviados para lá a fim de auxi­
liar o povo do Senhor nesta guerra.
Sabemos que alguns países nestes dias, pas­
sam por momentos difíceis, mas os anjos estão

105
sendo enviados pelo Senhor para os lugares nos
quais a batalha tem maior intensidade. Estes an­
jos se ajuntam ao corpo de Cristo naquela região
a fim de que a igreja se torne vencedoras. As ba­
talhas que estamos enfrentando em nossos dias
evidenciam que estamos caminhando para o alvo
certo. Estas resistências não podem nos impedir
de continuar combatendo o bom combate. Nos
tornamos, através do Espírito Santo, muito mais
do que vencedores, abrindo os céus para que a
visitação que foi predita pelos profetas no passa­
do e pela qual esperamos, possa acontecer.
“Porque convém que ele reine, até que haja
posto todos os inimigos debaixo dos seus pés” (I
Co.15:25). Paulo nos diz que Jesus está reinando,
mas também nos mostra, neste Versículo, que os
inimigos do Senhor estão resistindo ao seu reina­
do. Neste livro nós tivemos a intenção de mostrar
como o exército do inimigo está equipado, mas
Paulo nos diz que todo exército será colocado de­
baixo dos pés do Senhor. Como falamos no iní­
cio, os pés de Jesus são a última geração de sua
igreja. Esta geração somos nós.
Diante desta verdade nossa responsabilidade
aumenta, porque temos como missão trazer à prá­
tica a vitória de Jesus que já foi consumada na
cruz. O inimigo sabe que esta missão nos foi
dada. Por este motivo o seu exército tem investi­
do contra a igreja como nunca antes.
O Senhor está procurando homens e mulheres
com a determinação firme de se posicionarem ao
lado do Senhor e de seus princípios, para que ele
possa subjugar os seus inimigos. E nós somos es­
tas pessoas. O que precisamos fazer é.não temer
o inimigo, nem olhar para o seu poder.
Quando voltarmos nossos olhos para o Se­
nhor, firmando os nossos pés na sua palavra, ire­
mos participar do melhor de seu poder, e a sua
glória será manifestada no meio das nações. Que
o Senhor possa nos despertar para posicionarmos
ao seu lado nesta batalha!

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