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ÜSIUÍMIAI
Este livro enfatiza princípios fundamentais
que trarão uma nova unção sobre aqueles
que o lerem.
Pr. Cesar Augusto é um dos pastores
da Comunidade Evangélica de Goiânia,
sendo já autor de vários livros, entre eles:
Renovando a unção
Relacionamento, um dos fundamentos da Igreja
Liberando a Fé
Compreendendo o Mundo Espiritual
A escolha de Davi e o Tabernáculo
Namoro, uma benção de Deus
KOINON1A
César Augusto
I a Edição -1984
2a Edição - 1985
3a Edição -1986
4a Edição - 1989
5a Edição -1990
6a Edição - 1991
7a Edição - 1993
Pedidos à:
Koinonia Com unidade e Edições Ltda.
Goiânia - GO
Av. Goiás, 1395 - Centro - Tel.: (062) 223-7060
Brasília - DF
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Chegará o tempo em que o anticristo será a
mais clara expressão do poder de Lúcifer na ter
ra. Este perseguirá o restante da igreja que não
for levado para o deserto. Lúcifer irá perseguir e
ferir alguns, mas precisamos entender que o nos
so perseguidor já foi derrotado. Sua derrota foi
decretada há dois mil anos, através da cruz do
nosso Senhor.
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CAPÍTULO 2
10
CAPÍTULO 3
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c) Poder e força espiritual do mal nas regiões
celestiais
d) Domínio e dominadores deste mundo tenebro
so
1. Principados
Os principados são príncipes, chefes, coman
dantes do exército, que estão internamente liga
dos ao seu maioral. Estes príncipes recebem as
ordens diretamente de Lúcifer, transmitindo-as
aos seus comandados. O exército do inimigo é di
vidido por regiões e em cada uma existe um des
tes principados que oprimem os habitantes da re
gião e tentam resistir ao avanço da igreja de Jesus
naquele lugar. “Mas o príncipe do reino da Pérsia
me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel,
um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me,
e eu obtive vitória sobre os reis da P érsia”
(Dn.10: 13) . No livro de Daniel podemos ver isso
claramente. Havia um príncipe das trevas que era
o responsável por aquela região. Por este motivo,
quando a igreja de Jesus numa região amarra o
príncipe,e das trevas que opera naquele lugar, um
novo reavivamento começa a surgir e a igreja
prospera alcançando aqueles que não tinham o
Senhor Jesus Cristo como salvador pessoal.
Os príncipes operam somente nos lugares ce
lestiais. E dali que eles comandam todo o regi
mento do exército das trevas, que está debaixo do
seu domínio. Esses príncipes são anjos caídos que
antes tinham uma posição de autoridade no exérci
to do Senhor, mas que a perderam conservando,
no entanto, sua posição de autoridade no exército
das trevas. Seu confronto sempre é com os que es
tão revestidos da autoridade do Senhor Jesus e de
seu exército. Esta é uma das missões dos príncipes
das trevas: resistir a todo aquele que está com uma
posição de autoridade na igreja do Senhor.
2. Potestades
Paulo fala das potestades que também são au
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toridades no exército do inimigo. Estas potesta-
des agem submissas aos principados. São anjos
caídos que têm como objetivo produzir confusão
nas lideranças locais, produzindo discórdia
edivisão. São demônios treinados para este obje
tivo, pois sabem que uma liderança confusa e di
vidida pela carne não pode conduzir o rebanho de
Deus numa direção correta e vitoriosa que abun
de na unção e vida do Senhor. As potestades
agem especialmente nesta área, produzindo con
fusão e divisão no meio do povo de Deus. São
anjos caídos que estão operando nesta área já há
quase seis mil anos. É por este motivo que quan
do detectamos sintomas de confusão e divisão
em nosso meio, precisamos tratar seriamente
com isso a fim de não corrermos o risco de cair
no laço do inimigo.
As divisões que encontramos na igreja do Se
nhor em nossos dias são conseqüências da vitória
das potestades no meio da igreja. Esta vitória
contou com a contribuição de muitos líderes, que
no início, quando os sintomas começavam a apa
recer, não foram prudentes tratando seriamente
com eles. Mas nós, que estamos vivendo nos úl
timos dias e que cremos na promessa da restaura
ção da unidade da Igreja, sobre a qual o Senhor
Jesus profetizou, temos a responsabilidade de
derrotar essa classe de demônios, derrubando to
das as paredes de divisão que eles produziram ao
longo dos anos. Quando enfrentamos doutrinas
que levam a igreja a ter mais divisões em si, pre
cisamos entender que a nossa luta nao é contra
elas, mas contra os demônios que as produziram.
Esta classe de demônios teme contra todo princí
pio de unidade. Satanás é consciente de que ma
nifestando a unidade da igreja de Jesus, sua der
rota será abreviada.
3. Força Espiritual Do Mal
Paulo nos mostra que esta classe de demônios
também age nas regiões celestiais. As forças ma
lignas são as que diretamente oprimem a humani
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dade. Toda esta opressão que o mundo sofre é
proveniente das investidas desta classe específica
de demônios que pertencem ao reino das trevas.
Sua função é oprimir a humanidade de tal manei
ra que a leve ao desespero e caos total. Um dos
maiores sintomas desta opressão é a angústia e o
medo que nossa geração enfrenta hoje. As forças
espirituais da maldade têm semeado medo no co
ração do homem de nossos dias. Este medo se
transforma em pavor e tem sido uma brecha para
que os demônios que agem aqui na terra possam
entrar em seus espíritos possuindo suas vidas.
Algumas vezes, através da opressão, eles tem le
vado pessoas a um desesperador estado de angús
tia. Este estado se toma uma brecha por onde os
espíritos de homicídio e suicídio entram e pos
suem alguns, levando-os a agir irracionalmente.
Devemos, como igreja, enfrentar esta classe de
demônios com a autoridade que o Senhor tem
nos dado e com um espírito ousado, revestido da
fé que o Espírito Santo tem gerado em nós, nos
levando a tomar uma atitude prática de rejeitar
tudo que possa nos deixar ao alcance deles, tal
como filmes, músicas e ambientes, que são como
ímãs que os atraem.
“Eis que vos dei autoridade para pisardes ser
pentes e escorpiões, e sobre todo o poder do ini
migo, e nada absolutamente vos causará dano”
(Lc.10:19). O Senhor nos deu autoridade para
subjugar toda a força do mal. Fazendo isto esta
remos livrando a humanidade desta opressão que
hoje a atormenta, colocando-a na situação de pre
sa fácil de Satanás.
4. Dominadores
Por fim, Paulo nos fala dos espíritos malig
nos que exercem domínio no mundo das trevas.
Precisamos entender que fazem parte do mundo
tenebroso, o exército do inimigo, seu comandan
te, todos aqueles que não são lavados pelo san
gue do Senhor Jesus Cristo e todo ambiente que
não glorifica ao nosso Deus.
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Esta classe de demônios está operando aqui
na terra com o objetivo de expressar toda a mal
dade de Satanás, escravizando e destruindo o ho
mem, tentando deteriorar toda a criação de Deus.
Esta classe busca frustrar o plano de Deus, de al
cançar a humanidade.
“O ladrão vem somente para roubar, matar e
destruir...” (Jo. 10:10). Este versículo nos relata
claramente qual é a função dos espíritos domina
dores. Eles primeiramente roubam o direito que
todo homem tem de receber a paz que o Senhor
lhe pode dar. Roubam a paz levando o ser huma
no a um decadente estado de auto-acusação, ao
ponto destes se achar indigno de receber a paz e
segurança que gratuitamente o Senhor lhe quer
dar. A partir deste momento, estes espíritos que
são enganosos, os induzem, através de obras de
caridade, a tentar comprar a paz que Deus conce
de gratuitamente através de Jesus Cristo.
Eles também roubam a sensibilidade que todo
ser humano tem em relação a Deus. É esta sensi
bilidade que produz no coração do homem uma
busca ao seu criador. O objetivo destes demônios
dominadores é ferir toda sensibilidade do cora
ção do homem para as coisas espirituais. Quando
isto chega a acontecer, a pessoa que foi alvejada
por eles passa a ser totalmente controlada. “Nos
quais o deus deste século cegou os entendimen
tos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça
a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a
imagem de Deus” (II Cor. 4:4). Paulo nos mostra
claramente qual é o objetivo destes demônios.
Eles cegam os homens para que estes não reco
nheçam a Jesus como Senhor, roubando a sensi
bilidade e assim, automaticamente cegando seu
entendimento para as coisas espirituais.
Depois de tirar a sensibilidade e escravizar,
os demônios começam a destruir o físico que foi
criado por Deus para glorificá-lo. A última inves
tida do exército das trevas é contra o físico do
homem, destruindo todo vigor e elevando-o a re
ceber o salário do pecado: a morte física.
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CAPÍTULO 4
2. Dependência do Álcool.
A mesma classe de demônios que opera nas
drogas age também na bebida. Quando aconse
lhamos as pessoas a não beberem é porque en
xergarmos o que está por detrás da bebida. O al
coolismo tem destruído vidas e desfeito lares;
mas não é a bebida em si que está fazendo isto,
e sim os demônios que os controlam através
dela. É contra estes espíritos que estamos lutan
do. Quando trabalhamos com um dependente do
álcool devemos ministrar amor a ele. Porém,
contra o espírito que o controla, devemos usar a
fé que o Espírito Santo nos tem dado. Estes de
mônios, tanto das drogas quanto da bebida, tre
mem quando enfrentam homens e mulheres com
uma fé ativa no Senhor e na sua Palavra. A fé
leva estes espíritos dominadores a recuar e que
brar sua obra destruidora no homem. Mas, jun-
tamênte corü a fé, necessitamos ter um coração
ousado que ordene a libertação daquele que está
cativo. Contra os espíritos dominadores deve
mos usar com firmeza a fé e a ousadia que o Se
nhor tem suscitado em nossos corações. Sem fé
e ousadia não venceremos esta classe de demô
nios. Não podemos enfrentá-los, apenas com a
fé, pois apenas a fé, nos leva a resistí-los; mas a
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fé e a ousadia no Senhor nos levam a derrotá-
los. Não devemos nos assustar com o barulho e
as mentiras que estes espíritos fazem e dizem.
Devemos lançar nossa fé na Palavra do Senhor e
ousadamente repreendê-los declarando sua der
rota. Deus está levantando uma igreja que tem
uma fé viva e ativa, que declare a libertação dos
que estão presos nas drogas e no álcool e restau
re completamente suas vidas.
3. Homossexualismo
“Portanto, tendo conhecimento de Deus não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes se tornaram nulos em seus próprios raciocí
nios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e
mudaram a glória do Deus incorruptível, em se
melhança da imagem do homem corruptível, bem
como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso
Deus entregou tais homens a imundícias, pelas
concupiscências de seus próprios corações, para
desonrarem seus corpos entre si; pois eles muda
ram a verdade de Deus em mentiras, adorando e
servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é
bendito eternamente. Amém. Por causa disso os
entregou a paixões infames; porque até suas mu
lheres mudaram o modo natural de sua relações
íntimas, por outro contrário à natureza; seme
lhantemente, os homens também, deixando o
contato natural da mulher, se inflamaram mutua
mente em sua sensualidade, cometendo torpeza,
homens com homens, e recebendo em si mesmos
a merecida punição do seu erro” (Rm 1:21-27).
Uma das provas mais dolorosas do poder es-
cravizante dos espíritos dominadores das trevas é
o homossexualismo. Satanás, através desta sua
obra, expressa toda a sua maldade para o homem,
expondo-o à vergonha total, levando o homem ao
desprezo aos olhos da sociedade e do mundo es
piritual. Queremos enfatizar seriamente que o ho
mossexualismo é proveniente do mundo das tre
vas, não surgiu no interior do homem e nunca foi
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propósito de Deus..Se fizermos um retrospecto
breve dos últimos anos, podemos ver claramente
como os dominadores têm se expressado. Nos
anos 60 estes espíritos expressaram o seu domí
nio fortemente através das drogas, do movimento
hippie e da música pop. Foram anos nos quais es
tes espíritos concentraram suas forças para escra
vizar toda aquela geração nas drogas. Através
desse ataque, por meio dos tóxicos, Satanás le
vou muitos para o inferno.
Nos anos 70 o exército das trevas investiu
com todas as forças na destruição das famílias.
Foi nesta década que a infidelidade conjugal pas
sou a ser moda. Os espíritos malignos dominado
res agiram com toda sua força, induzindo homens
e mulheres ao adultério, produzindo separação e
destruindo emocionalmente os filhos. Hoje, co
lhemos os frutos desta investida na TV, teatro, e
nas músicas. Em todos os meios de comunicação
de hoje publica-se o adultério e a infidelidade
conjugal como algo normal, fruto do desenvolvi
mento intelectual e da modernidade do homem.
Agora, nos anos 80, as forças das trevas têm
concentrado todo o seu esforço no seu penúltimo
ataque contra a humanidade. O diabo e seus espí
ritos dominadores têm se atirado com toda força,
induzindo homens e mulheres ao homossexualis-
mo. São demônios treinados por seu príncipe há
anos. Desde o nascimento da criança eles a
acompanham, aguardando uma brecha para pos
suir suas emoções. Não podemos nos enganar:
homossexualismo é realmente fruto de demônios
e nunca fez parte dos planos de Deus. Quando
eles possuem as emoções de uma pessoa, a partir
daquele momento esta pessoa torna-se escrava.
Assim eles a chicoteiam com o chicote da
maldade, levando o indivíduo ao desespero total
e até ao suicídio.
Nos próximos anos o exército das trevas lan
çarão seu último ataque contra a humanidade. Es
píritos dominadores das trevas estão sendo pre
parados pelo inimigo. Eles serão enviados com a
finalidade de produzir no coração desta geração o
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desejo de suicídio como nunca houve no passado.
Satanás e seu exército estão planejando, através
deste ataque, destruir por completo o homem
criado por Deus. O último ataque do inimigo será
enviar dominadores que irão levar o próprio ho
mem a se destruir. Esta deverá ser a sua última
investida. Mas enquanto Satanás tem preparado
seu plano, o Espírito Santo de Deus paralelamen
te está preparando uma igreja que irá destruir
seus planos e frustar o desejo do seu coração. Por
este motivo estamos estudando os seus planos e
estratégias.
Como os dominadores do homossexualismo
possuem o homem?
a) Procuram famílias desestruturadas:
Como já falamos, estes espíritos são treina
dos há anos e estão sempre em prontidão para
agir. Eles vivem caminhando na terra, procuran
do famílias que estão por algum motivo, sendo
desestruturadas por investidas de seu exército.
Quando uma criança nasce num lar assim, estes
espíritos dominadores recebem a incubência de
estar sempre acompanhando esta pessoa em sua
vida diária. Aí começa uma investida para indu
zir o indivíduo ao homossexualismo. Pensamen
tos e situações produzidas pelo inimigo nesta
área começam a acontecer com mais freqüência.
Logo depois, passa a ser um bombardeio cons
tante nas emoções da pessoa.
Os demônios fazem uma pressão exterior,
conscientes de que aquele indivíduo que está re
cebendo os ataques não tem uma estrutura inte
rior para resistir por muito tempo.
b) Começam pelas brechas:
Com as investidas, os demônios do sexo per
cebem que o indivíduo que está sendo atacado
possui brechas em sua emoções, mente e espírito,
e que podem entrar e possuí-lo a qualquer mo
mento. As brechas são produzidas pela falta de
orientação dos pais, por um desajuste no relacio
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namento familiar e, principalmente, quando o ca
sal e a família não estão andando de acordo com
a orientação da Palavra de Deus. Quando o ini
migo encontra esta brecha passa a dominar o in
divíduo completamente. A carência de firmeza,
proteção e amor do pai na infância pode gerar
nas emoções da pessoa este tipo de brecha que os
demônios desejam para induzir o indivíduo à prá
tica do homossexualismo. O não posicionamento
da mãe, no lugar que lhe cabe no lar, pode tam
bém produzir certos tipos de brechas. Quando a
mãe assume o lugar que o pai deveria assumir, a
possibilidade desta brecha de carência e insegu
rança existir será maior. Brechas na mente e no
espírito são produzidas por falta de conhecimen
to dos princípios da Palavra de Deus e pela
ausência de sua prática.
Uma pessoa que não pratica os ensinos da
Palavra do Senhor, automaticamente tem sua
mente desprotegida e sujeita a todo tipo de espí
rito. Os princípios de santidade que a Bíblia nos
ensina produzem no homem uma mente protegi
da contra a investida de espíritos. As brechas no
espírito são conseqüência de uma falta de rela
cionamento com Deus. Uma pessoa que tem um
relacionamento constante com Deus, em oração e
leitura da Palavra, está com seu espírito protegi
do dos espíritos dominadores.
c) Tiram a sensibilidade:
“Antes se tornaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração in
sensato” (Rm. 1:21b). A perda da sensibilidade
vem quando o homem já não consegue entender
o que a Palavra de Deus diz claramente. Conse
quentemente o coração é obscurecido, perde-se a
sensibilidade à Palavra de Deus e à voz do Espí
rito de Deus. A partir deste momento o indivíduo
passa a depender de um toque sobrenatural de
Deus para que ele possa voltar ao normal. Quan
do o inimigo consegue anular a sensibilidade do
homem em relação a Deus, seu domínio sobre a
pessoa passa a ser total.
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d) Despertam o desejo no coração:
“Por isso Deus entregou tais homens à imun-
dícia, pelas concupisências de seus corações,
para desonrarem seus corpos entre si. (Rm 1:24).
Quando a pessoa passa a gostar da prática do
pecado, seus valores são mudados e seus desejos
também. O que ele fazia, movido por um demô
nio, agora faz parte do seu coração. Foram inver
tidos os valores da pessoa. Os valores e a vonta
de que Deus lhe dera foram permutados pelos va
lores das trevas e os desejos agora se identificam
com Satanás.
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CAPÍTULO 5
Dominadores da Impureza
“Falo como homem, por causa da fraqueza da
vossa carne. Assim como oferecestes os vossos
membros para a escravidão da impureza, e da
maldade para a maldade, assim também agora
ofereceis os vossos membros para servirem a jus
tiça para a santificação” (Rm 6:19).
O apóstolo Paulo nos mostra que a impureza
é uma força que escraviza o homem. São espíri
tos imundos, treinados, que têm como objetivo
lançar na mente e nos sentimentos do homem
todo tipo de imundícia levando os mesmos a es
tarem acorrentados por pensamentos e sentimen
tos carnais.
Os meios de comunicação têm sido um canal
desta imundície de Satanás. Exemplos de impu
reza têm sido transmitidos através de filmes, no
velas, comerciais e programas que bombardeiam
a visão e a mente dos homens. Eles não sabem
que estes ataques do exército das trevas têm
como objetivo a sua própria destruição, come
çando pelos valores morais que o Senhor lhes
dera. Alguns se tornaram tão escravos da imora
lidade que suas vidas diárias passam a girar em
função dela. Prisioneiros na mente, não conse
guem pensar em outras coisas, ficam exclusiva
mente à mercê destes espíritos imundos. Outros,
ficam tão presos a desejos impuros que agem de
maneira irracional para conseguir o que seus sen
timentos estão desejando. Estas atitudes mostram
que os demônios estão exercendo domínio em
suas vidas. Outros vivem aprisionados por so
nhos imorais, que é uma das maneiras que estes
espíritos usam para atacar e escravizar o homem.
Quando os dominadores da imoralidade co
meçam a controlar a vontade do indivíduo, este
passa a ser escravo, agindo impulsivamente pelo
espírito dominador. Por este motivo tem aconte
cido, constantemente, fatos escandalosos como
estupros, não somente de moças, mas também de
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crianças, alvos prediletos destes espíritos imun
dos. Temos conhecimento de vários casos onde o
pai aproveita-se da sua própria filha para se satis
fazer sexualmente. Um homem assim está total
mente dominado por um demônio de imoralida
de.
O que acontece hoje em dia, na área sexual,
demostra-nos que certos tipos de abusos sexuais
não podem ter sido praticados por uma pessoa
normal. Agindo desta maneira elas comprovam
que estão possessas por demônios. Certa vez uma
senhora me procurou e disse estar sendo perse
guida por pensamentos imorais. Relatou-me que,
às vezes, quando olhava para seu filho de quatro
anos vinha na mente imagens de relações sexuais
com ele. Somente uma pessoa que está sendo ata
cada por demônios de imoralidade tem pensa
mentos deste tipo. Uma pessoa livre nunca pen
saria desta maneira. Quando mostramos a ela o
que é que a estava levando a pensar daquela ma
neira, foi como que um novo animo brotasse em
seu coração. Ela começou a ter vitória a partir
daquele momento. Estes demônios imundos não
resistem a autoridade da Palavra do Senhor.
Quando alguém, que anda perseguido por eles,
exerce fé na Palavra do Senhor, sua liberdade
vem rapidamente. Temos que orientar-as pessoas
mostrando que certos tipos de pensamentos e ce
nas não são provenientes delas mesmas, mas são
sopros do exército dos demônios em suas mentes.
Quando esclarecemos às pessoas e lhes mostra
mos que o que está acontecendo vem do inimigo,
estaremos livrando-as de um sentimento de acu
sação terrível. Estaremos levando-as a odiar estes
demônios e a resisti-los pela fé. Nós, como igre
ja, devemos orar declarando a prisão dos espíri
tos dominadores da imoralidade, impedindo-os
de escravizar o homem.
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CAPÍTULO 6
Dominadores do Dinheiro
“Ora, os que querem ficar ricos caem em
tentação e ciladas, e em muitas concupiscências
insensatas e perniciosas; as quais afogam o ho
mem na ruína e perdição.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da
fé, e a si mesmos se atormentam com muitas do
res” (I Tm. 6:9-10).
A Palavra do Senhor não tem nada contra a
prosperidade do homem, ela até estimula os fi
lhos de Deus a prosperarem. O que a Bíblia enfa
tiza em todos os seus livros é o amor a Deus aci
ma de todas as coisas, inclusive do dinheiro.
Quando ferimos este princípio, estaremos contri
buindo para a existência de uma brecha em nos
sas vidas, por onde um espírito estranho pode pe
netrar. O amor a Deus em primeiro lugar, inclui a
nossa situação financeira. Estamos, através da
prática deste princípio, declarando que todo di
nheiro que temos está, primeiramente, à disposi
ção de Deus, e, depois, à nossa disposição. Um
homem que age desta maneira está resguardando
seu espírito da prisão pelo demônio da avareza.
A avareza está inteiramente ligada ao egoís
mo e estes dois sentimentos fazem parte da per
sonalidade de Satanás. Quando alguém coloca
seu amor no dinheiro, a partir daquele momento
ele será capaz de fazer qualquer coisa para con
seguí-lo, e. agirá de todas as maneiras para não
perdê-lo. Ele passa a ser seu escravo e se coloca
debaixo do jugo de um espírito dominador das
trevas que opera exclusivamente nesta área.
“Mas a imudícia e toda sorte de impurezas,
ou cobiças, nem sequer se nomeie entre vós,
como convém a santos; nem conversação torpe,
pelo contrário, ações de graça. Sabei, pois isto:
nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento,
que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e
de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs;
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porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre
os filhos da desobediência” (Ef. 5:3-6).
Paulo mostra que a avareza traz a ira de
Deus, pois ela procede de um espírito maligno
que leva o coração do homem a idolatrar o di
nheiro, tornando-se seu escravo. Este demônio
tem amarrado pessoas nas igrejas, impedindo que
estas vidas contribuam com a obra do Senhor.
Necessitamos de nos posicionar em fé, repreen
dendo estes demônios no meio do povo do Se
nhor.
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena:
prostituição, impureza, paixão, lascívia, desejo
maligno, e a avareza que é idolatria” (Col. 3:5).
Paulo nos diz que devemos destruir a avareza,
que é fruto de demônios. Entendendo assim, ao
nos relacionamos com alguém com esse caráter,
devemos estar em oração no espírito, repreenden
do o demônio e ensinando a pessoa na Palavra do
Senhor os princípios que ela nos diz sobre finan
ças. Com estas duas táticas —a oração e o ensino
- ajudaremos a pessoa a se libertar desta escravi
dão. Os demônios que agem nesta área estimu
lam a corrupção e o suborno. Homens que no iní
cio de suas vidas tinham princípios morais como
prioritários, passam a ser levados pelo suborno e
a corrupção que estão à sua volta. Esses indiví
duos passam a concordar com os princípios do
reino das trevas, desobedecendo, consequente
mente, a Palavra de Deus. Quando vemos pes
soas totalmente dominadas por este tipo de espí
rito —alguns negociam a própria família para al
cançar seus anseios - isto nos leva a desejar for
temente que estas cadeias sejam quebradas pelo
poder de Deus, através da igreja.
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CAPÍTULO 7
31
migo. O invocar o sçu nome, no meio da angústia
e na luta espiritual, nos levará a receber o livra
mento.
“Ele olhava atentamente, esperando receber
alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: não pos
suo nem prata e nem ouro, mas o que tenho, isto
te dou: Em nome de Jesus Cristo o nazareno,
anda! E tomando-o pela mão direita, o levantou;
e imediatamente os seus pés e artelhos se firma
ram: de um salto se pôs em pé, passou a andar e
entrou com eles no templo, saltando e louvando a
Deus... Pela fé em o nome de Jesus, esse mesmo
nome fortaleceu a este homem que agora vedes e
reconheceis...” (At. 3:5-8-16a). Foi através do
poder do nome de Jesus que Pedro e João minis
traram libertação ao coxo, preso por um demônio
de enfermidade. Com todo revestimento do Espí
rito Santo que eles tinham recebido no capítulo 2
de Atos, andavam cheios do Espírito Santo, mas
mesmo assim tinham que usar o nome de Jesus
para que o poder de Deus fluisse livremente do
seu interior. O poder de Deus é expresso ao ne
cessitado através do nome de Jesus, tanto nos
céus como na terra e debaixo da terra. Os seres
destes três mundos: os anjos nos céus, os homens
na terra e os demônios nas regiões celestiais têm
que dobrar os joelhos diante deste nome. E atra
vés deste nome que podemos ter total controle
sobre Satanás e seu reino. “Eis que vos dei auto
ridade para pisardes serpentes e escorpiões, e so
bre todo o poder do inimigo, e nada absoluta
mente vos causará dano” (Lc. 10:19).
3. A fé.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós, é dom de D eus”
(Ef.2:8). Fé não é um elemento natural, não é
inerente à natureza humana. A ciência não pode
defní-la, pois a fé não está ao alcance de um ser
natural. E impossível, com o raciocínio humano,
produzir fé .em alguém, pois ela não foi gerada
no natural; faz parte do Espírito de Deus e é dada
32
como dom a todos que são lavados pelo sangue
de Jesus Cristo. Todos, sem exceção, em Cristo,
foram agraciados com fé. Deus nos deu o que tal
vez seja o elemento mais importante da vida cris
tã, pois somente através dela podemos viver de
acordo com a vontade dele.
“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxi
ma de Deus creia que ele existe e se torna galar -
doador dos que o buscam” (Hb. 11:6). Sem ela
não podemos agradar a Deus e fazer sua vontade.
Somente andando em fé podemos agir como o
Senhor Jesus agiu quando esteve fisicamente em
nosso meio fazendo a vontade de Deus. Esta von
tade de Deus foi revelada a nós através de Jesus.
“Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Somente
vivendo da fé podemos desfazer as obra do ini
migo. A fé é a arma que destrói todos os poderes
do inimigo; ela é a arma mais importante no con
fronto com as trevas. Um valente com a fé viva
se torna mais que um vencedor, pois sua fé leva-
o a ser vitorioso na terra e triunfante nos lugares
celestiais. Todas as classes de demônios respei
tam um soldado que tem na fé sua principal
arma.
A fé tem como alicerce a Palavra de Deus. A
fé não questiona o que a Palavra diz, não dá mar
gem para o não cumprimento da Palavra, pois a
Palavra não é conseqüência de sua existência.
Ela é o futuro da Palavra, e não podemos duvidar
de sua vitalidade. A verdadeira fé não vive dos
sintomas, não depende do ambiente para ser ex
pressa. Ela está sempre sustentada pela Palavra
de Deus. A Palavra é o seu referencial, não os
sintomas e nem o ambiente. Quando a Palavra de
Deus diz algo a respeito de qualquer coisa, ela
logo entra em ação sem questionar ou duvidar.
“Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus;
porque em verdade vos afirmo que se alguém
disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar, e
não duvidar no seu coração, mas crer que se fará
o que se diz, assim será com ele” (Mc. 11:22-23).
33
Jesus nos ensina que a fé não inclui o duvidar.
Quando a verdadeira fé entra em ação, os montes
são removidos, pois nada pode impedir a fé de
fluir livremente.
A fé e o nome do Senhor Jesus Cristo têm
poder suficiente para amarrar a força de toda es
pécie de espírito das trevas. Este foi o grande
mistério revelado a nós na pessoa de Jesus Cris
to. Ele nos deu gratuitamente a fé para que atra
vés dela nos tornemos mais do que vencedores
nele.
“Embraçando sempre o escudo da fé, com o
qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno” (Ef.6:16). Paulo afirma que pode
mos apagar todos os dardos, sem exceção. Tudo
o que o inimigo lança contra nós com o objetivo
de nos destruir será apagado e destruído pela fé.
Ela é o grande escudo que nos proteje no físico
contra todo o tipo de enfermidade e, na área
emotiva, contra todo o dardo que deseja produzir
um desajuste emocional, sendo também nossa
proteção no espírito, contra a investida de espíri
tos dominadores que desejam possuir o homem.
Ela é o escudo, proteção e uma arma de ataque,
juntamente com a autoridade que há no nome de
Jesus Cristo.
4. A ordenação.
“No dia seguinte, quando sairam de Betânia,
teve fome. E, vendo de longe uma figueira com
folhas, foi ver se nela porventura, acharia alguma
coisa. Aproximando se dela nada achou se não fo
lhas; porque não era tempo de figo. Então lhe dis
se Jesus: nunca jamais coma alguém fruto de ti. E
seus discípulos ouviram isto (Mc.ll:12- 14). “E,
passando eles pela manhã viram que a figueira se
cara desde a raiz. Então Pedro, lembrando se, fa
lou: Mestre, eis que a figueira, que amaldiçoaste,
secou” (Mc.11:20-21). Precisamos descobrir nes
tes dias o poder da declaração em fé. Neste trecho
percebemos Jesus ordenando que a figueira secas
se e, logo em seguida, ela secou até a raiz. Os de
34
mônios sabem o poder que tem uma declaração
de um servo de Deus. Por este motivo, esta área
na guerra espiritual é de grande validade. Através
dela, homens têm triunfado sobre enfermidades e
situações financeiras. Através da declaração têm-
se aberto portas que o inimigo tem interesse em
manter fechadas. Quando declaramos o que a Pa
lavra nos diz que já foi feito por nós, o que a Pa
lavra diz começa imediatamente a acontecer, na
prática, conosco. A declaração tem um poder tre
mendo que nós, como filhos do Deus Todo-Pode-
roso, precisamos descobrir. Quando a usamos
contra o poder das trevas, cobertos pela autorida
de do nome de Jesus, abrimos portas que talvez
tenham permanecido fechadas por anos, quebra
mos correntes que foram criadas pelo diabo para
amarrar homens e situações. Quando estas corren
tes são quebradas, surge um novo romper que é
uma bênção para a igreja do Senhor.
“Vendo ele a Pedro e João que iam entrar no
templo, implorava que lhe dessem uma esmola.
Pedro, fitando-o juntamente com João, disse:
Olha para nós. Ele os olhava atentamente, espe
rando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe
disse: não possuo nem prata e nem ouro, mas o
que tenho, isto te dou: em nome de Jesus Cristo, o
nazareno, anda!” (At. 3:3,6). Pedro ordenou con
tra a enfermidade. Ele declarou que o coxo podia
andar. Suas palavras estavam cheias de autorida
de, pois o nome de Jesus acompanhava aquela de
claração. Quando estamos guerreando contra as
forças das trevas, sejam dominadores de enfermi
dades, homossexualismo ou drogas, necessitamos
da declaração contra esses demônios, pois através
dela, podemos alcançar a vitória. Há momentos
na luta espiritual, que não necessitamos mais de
uma oração intercessória e sim usar a autoridade
que o Senhor nos deu e declarar a vitória através
do nome do Senhor. A declaração ordenativa
muda situações e ambientes e nos dá a vitória. In
dependente do que o diabo diz ou faz, ela, em si
mesma, pode nos levar a triunfar sobre o “monte”
que enfrentamos.
35
CAPÍTULO 8
1. Os principados.
São príncipes que têm como objetivo princi
pal oprimir e levar cativas regiões inteiras. Eles,
37
na região que está sob sua autoridade, exercem
total domínio, sendo que as áreas culturais, so
ciais, políticas e econômicas sofrem influência
de sua personalidade e toda a região dominada
por eles expressará as características desta perso
nalidade.
“Disse-lhe o diabo: dar-te-ei toda esta autori
dade e a glória destes reinos, porque ela me foi
entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se
prostrado me adorares, será tua” (Lc. 4:6-7). O
diabo disse ao Senhor Jesus que todo poder do
reino do mundo lhe fora entregue. Esta foi a ma
neira que ele encontrou para sair da posição de
dominado para dominador. Deus planejou que os
reinos estivessem debaixo da autoridade do ho
mem, que todas as regiões da terra fossem gover
nadas pelo homem e o homem exercesse autori
dade sobre toda a criação. Com a proposta da
serpente para que Adão desobedecesse a Deus, o
inimigo estava propondo ao homem rejeitar a au
toridade de Deus, e com esta atitude provocar
uma rebelião de desobediência no Éden. A ser
pente seria favorecida com esta atitude errada de
Adão. Com a desobediência, o homem entregou a
Satanás o que Deus tinha criado para estar debai
xo de seu governo. Todos os reinos que estavam
debaixo da responsabilidade de Adão foram en
tregues a Lúcifer e a seus anjos. Através da en
trega voluntária do homem, Satanás dividiu o do
mínio da terra com os principados, colocando-os
nas regiões onde hoje eles exercem domínio.
Todas as áreas de cada região estão sobre o
governo de um príncipe. Seja área política, eco
nômica, social, meios de comunicação, etc. Es
tando sob o governo dos príncipes das trevas, es
tas áreas recebem total influência deles. Suas
ações são consequência do reino das trevas. Os
príncipes das trevas governam as nações e o ob
jetivo é levar a humanidade ao cativeiro eterno.
A única força que pode opor-se e impedir o avan
ço do império das trevas é a igreja de Jesus. Deus
planejou que ela fosse o instrumento usado para
derrotá-los. “Ninguém pode entrar na casa do va
lente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo; e só então lhe saquear a casa” (Mc.
3:27). O propósito de Deus é que nós, como igre
ja, possamos amarrar os principados de cada re
gião, tomando novamente para nós o governo da
humanidade e de toda a criação de Deus. A
principal missão dos príncipes das trevas é go
vernar sobre as regiões impedindo que haja justi
ça, santidade e prosperidade. São os príncipes
que tentam impedir que certas regiões recebam
um derramar da presença de Deus, o que chama
mos de avivamento. Esta tem sido sua principal
função: opor-se ao mover do Espírito Santo, que
conseqiientemente produzirá justiça, benção e
santidade nas regiões. “Mas o príncipe do reino
da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém
Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para
ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da
Pérsia” (Dn.l0:13). Esta passagem ilustra o que
estamos dizendo. Primeiramente queremos escla
recer que cada região tem um príncipe. Também
nos exércitos do Senhor há um anjo que é res
ponsável por ela, e quando este anjo é liberado
pelo Senhor nos céus, para trazer sua palavra,
essa visitação do anjo irá produzir também uma
visitação de Deus. Sabendo desta verdade, o
príncipe desta região concentrará todo o seu es
forço no objetivo de impedir que o anjo mensa
geiro da região possa chegar até ela. Neste mo
mento se trava uma batalha nos céus onde a ação
e participação da igreja é decisiva, pois se a igre
ja desta região não tem percepção do que está
acontecendo, ou não sabe os princípios que de
vem por em prática na batalha, o exército das tre
vas pode se tornar, ainda que aparentemente,
vencedor. Podemos ver um exemplo do que esta
mos falando. Em certos países que passaram por
períodos onde se podia sentir a nuvem da presen
ça de Deus aproximando-se por alguns momen
tos, teve-se a impressão de que uma grande visi
tação do Senhor era eminente. Inexplicavelmen
te, porém, aos olhos naturais, a nuvem da glória
de Deus começou a se afastar e a visitação de
39
Deus, que podia ter-acontecido naquele momen
to, foi adiada para o futuro. O que aconteceu foi
que a igreja não entendeu o seu papel na batalha
que se travou nos céus daquela região. Não esta
mos querendo dizer que as forças do Senhor não
são suficientes para vencer o exército das trevas,
mas queremos esclarecer que o Senhor planejou a
vitória do seu exército com a participação da sua
igreja.
Princípios para a batalha contra os principados:
a) Estar submisso à autoridade do Senhor.
Este princípio é fundamental no confronto
com esta classe de demônios. “Contudo, o arcan
jo Miguel, quando contendia com o diabo e dis
putava a respeito do corpo de Moisés, não se
atreveu a proferir juizo infamatório contra ele;
pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda” (Jd.
9). Aqui o Senhor nos mostra que o entendimen
to e a prática de estar totalmente submisso a sua
autoridade nos levará a triunfar quando estiver
mos nos confrontando contra nosso inimigo. Pre
cisamos entender que não é a nossa força ou au
toridade natural que o diabo respeita, pelo con
trário, aquilo que somos naturaliüente é desprezí
vel aos seus olhos. Foi assim com Golias e Davi.
Os aspectos naturais de Davi foram desprezados
por Golias. O que o inimigo respeita e teme em
nós é a autoridade do Senhor que nos cobre e nos
capacita para enfrentá-lo. A tendência do ho
mem, quando seu ministério se torna próspero e
o reconhecimento vindo dos homens parece ser
constante, é permitir que em seu coração começe
a crescer a idéia de que a prosperidade é por mé
rito próprio. Este sentimento vem do diabo, pois
quando isso toma conta de um coração, a auto-
suficiência passa â ser suscitada, e a partir da
quele momento corre-se o risco de enfrentar os
príncipes das trevas sem estar totalmente submis
so à autoridade do Senhor. Quando isto acontece
o ministério corre o risco de ser ferido pelo ini
migo. Esta ferida pode se tornar mortal. Uma ma
40
neira pela qual esta ferida é feita é através de es
píritos de engano, levando-o a posições extremis
tas e radicais. Outras vezes tal pessoa pode se de
cepcionar por não alcançar o que almejou, pas
sando a descrer no que a Palavra diz. Esta posi
ção leva à prática do pecado que por muito
tempo o mesmo ministério havia condenado. Em
ambos os casos as conseqüências na igreja são
sérias, pois tendo um dos seus líderes feridos na
batalha, uma parte do corpo também sai ferida.
b) Ser um ministério instituído pelo Senhor.
No confronto contra os príncipes das trevas
não é aconselhável que um cristão que não seja
reconhecido em posição de autoridade na igreja
do Senhor os enfrente. O inimigo reconhece o
valor que tem um homem que está revestido de
uma posição de autoridade pelo Senhor. Satanás
sabe o valor que Deus dá a autoridade constituída
por ele. Sabe que Deus estará conjuntamente ba
talhando com o ministério que foi instituído por
ele.
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei
as chaves do reino dos céus: o que ligares na ter
ra, terá sido ligado nos céus e o que desligares na
terra, terá sido desligado nos céus” (Mt. 16:18-
19). O Senhor está dando duas promessas mara
vilhosas para a igreja. A primeira é que as portas
do inferno não prevalecerão contra ela. A igreja,
como coletividade, triunfa constantemente contra
as forças das trevas. A segunda foi dada a Pedro,
e especialmente, a todos que estão revestidos de
autoridade dentro da igreja do Senhor. Pedro não
estava naquele momento representando a si, indi
vidualmente, mas representava alguém escolhido
por Deus para ter uma posição de autoridade
diante dele e do povo. O poder de ligar e desligar
nos céus estava sendo dado a ele individualmente
e ao representante dos apóstolos. Percebemos
que Pedro representava alguém revestido por
Deus para ser autoridade diante das forças malig
41
nas. Todo ministério separado pelo Espírito San
to está habilitado para confrontar os principados,
nas regiões celestiais, porque foi-lhe delegada
por Deus autoridade para representá-lo. Sendo le
gítimos representantes do Senhor, os poderes das
trevas não nos podem resistir.
c) Estar em unidade com o Corpo de Cristo.
“E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e se
recusar ouvir também a igreja, considera-o como
gentio e publicano”. “Em verdade vos digo que
tudo que ligares na terra, terá sido ligado no céu.
Em verdade também vos digo que, se dois dentre
vós, sobre a terra, concordarem a respeito de
qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhes-
á concedida por meu pai que está nos céus. Por
que onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome, ali estou no meio deles” (Mt. 18:17-20).
Jesus, através deste trecho, está colocando sua
igreja em uma posição de autoridade no mundo
espiritual. Toda esta passagem é exclusiva da
igreja. Ele dá autoridade a sua noiva para pedir
qualquer coisa ao Pai, e lhe promete que o Pai
atenderá. Um ministério que tem penetrado nas
regiões celestiais, e confrontado os príncipes das
trevas precisa estar vivendo em unidade com o
restante da igreja. Pois é ela que serve de reta
guarda, ministrando-lhe proteção e força. Sem
esta cobertura a derrota é inevitável. Se alguém
que sobe para a batalha sem estar em unidade
com o restante da igreja, sua possibilidade de vi
tória torna-se quase impossível. A igreja unida
em torno de um alvo especifico tem uma força
tremenda no mundo espiritual. Nenhum ministro
pode subir às regiões celestes para travar uma ba
talha com o príncipe de sua região, se sua comu
nidade local não estiver em unidade de espírito
com ele. Se isto não acontecer a derrota será cer
ta. A proteção em jejum e oração que a comuni
dade local dispensa à sua liderança é de grande
importância na guerra que estiver sendo travada.
Por este motivo devemos amadurecer as nossas
congregações para que elas possam nos acompal-
42
lhar lado a lado na guerra contra os poderes da
trevas, pois a participação dela é fundamental
para vitória do Senhor.
2. Potestades.
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim, contra os principados e potesta
des, contra os dominadores deste mundo tenebro
so, contra as forças espirituais do mal, nas re
giões celestes” (Ef.6:12). Paulo diz que outra
classe de demônios que luta contra nós são as po
testades. Anjos que tiveram uma posição de auto
ridade antes da queda e que hoje têm autoridade
no reino das trevas. As potestades também ope
ram nos lugares celestiais. Seu lugar de ação é
principalmente ali. Estes anjos malignos agem
conjuntamente com os principados, mas tendo
como principal alvo aqueles que estão revestidos
de autoridade na casa de Deus. O que estes anjos
caídos almejam é a divisão da igreja do Senhor.
Eles trabalham com o objetivo de produzir divi
são no meio do povo de Deus. O diabo sabe que
há poder na unidade da igreja, e por este motivo,
tem semeado doutrinas que prodiízem divisão e
discórdia; normas humanas que não têm aprova
ção de Deus pois assim não haverá possibilidade
de se alcançar unidade em tomo delas. É contra
esta classe de demônios bem treinados que esta
mos lutando, pois sabemos que seu objetivo prin
cipal é produzir divisão. A falta de unidade não é
propósito de Deus e não vem dele. Devemos nos
armar para que possamos prevalecer contra suas
investidas.
Princípios para lutar contra as potestades:
a) Rejeitar toda a semente de facção:
O inimigo tem semeado, com o passar dos
anos, esta semente maligna no seio da igreja. Su
tilmente os corações têm se inclinado para o par
tidarismo exclusivista. Desde a igreja primitiva
que a atenção tem-se desviado da unidade que o
43
Senhor pregou e almejou quando estava em nos
so meio.
Vários partidos têm surgido em nosso meio.
Alguns com corpo doutrinário mais “santo” do
que o outro; outros se considerando os responsá
veis pela revelação da “verdade eterna”. Aqueles
que desejam estar em unidade devem estar em
submissão a eles. E assim tem surgido vários par
tidos facciosos em nosso meio. Todos orgulhosos
“donos da verdade”.
“Não rogo somente por estes, mais também
por aqueles que vierem a crer em mim, por inter
médio da sua palavra; a fim de que todos sejam
um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, tam
bém sejam eles em nós; para que o mundo creia
que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a
glória que me tens dado, para que sejam um,
como nós o somos.”(Jo. 17:20-22). O propósito
do Senhor é a unidade da igreja. Ele veio e mor-
..reu para que houvesse um só rebanho expressan
do a unidade do Pai e do Filho. Mas o inimigo
tem lançado a semente da facção para tentar frus
tar o propósito do Senhor. Por este motivo, quan
do detectamos este tipo de semente em nosso-
meio devemos imediatamente destruí-la, pois so
mente assim estaremos contribuindo para que o
propósito do Senhor se concretize.
Frutos da Facção:
a.l) Espírito competitivo.
Ao tomar partido em torno de uma visão ou
de um corpo doutrinário teremos consequente
mente um espírito competitivo em relação ao res
tante do corpo de Cristo. Pois, a partir do mo
mento em que esta semente passa a achar aceita
ção em nosso coração, passamos a desejar que a
visão que temos seja a única que restaure a igreja
num contexto geral, e produza unidade. Quando
nos tornamos exclusivistas no que temos, toda
revelação que vem de outra parte do corpo é des
considerada por nós e um desejo carnal começa a
ser despontado para que aquela outra revelação
44
seja frustada. Aqui começa a competição com o
restante do corpo que também está andando em
sinceridade na presença de Deus. Necessitamos
entender que não somos os donos da verdade e
que quando nos consideramos os donos da verda
de absoluta, estamos contribuindo com o reino
das trevas e não com o reino de Deus. Este espí
rito competitivo fecha os nossos olhos para que
não encherguemos que o Senhor, conjuntamente
com nossas vidas, está levantando outros que es
tão recebendo a unção e a revelação do Espírito
Santo. Um dos maiores problemas de Saul foi
este espírito competitivo que não o deixou ver
que o Espírito de Deus estava levantando Davi
naqueles dias. Que o Senhor nos livre de ter a se
mente da facção em nós. Se desejamos vencer as
potestades, necessitamos desejar a destruição dos
seus dardos em nosso meio.
a.2) Coração invejoso.
“As mulheres se alegravam e, cantando alter-
nadamente, diziam: Saul feriu seus milhares, po
rém Davi os seus dez milhares. Então se indig
nou muito, pois estas palavras lhe desagradaram
em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a
Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que
lhe falta, senão o reino? Daquele dia em diante,
Saul não via a Davi com bons olhos.” (I Sm.
18:7-9).
O sentimento faccioso que leva o homem a
desejar ter um reino voltado para suas revelações
o leva a começar edificar em torno de si próprio
e não em torno do Senhor. Saul estava trabalhan
do para edificar um reino no qual ele e sua visão
seriam o centro. Esse propósito em seu coração
começou quando ela abandonou a vontade de
Deus, permitindo que o inimigo lhe semeasse
isso. Seu coração se tornou invejoso e quando o
Espírito Santo começou a levantar Davi, sua rea
ção foi contrária. Ele teve inveja do que o Senhor
estava fazendo em outros. O erro de Saul, quando
este não obedeceu à Palavra do Senhor, podería
ter sido perdoado se ele tivesse reconhecido o
45
que Deus estava fazendo através de outra pessoa.
Se o coração de Saul tivesse apenas o desejo de
que o reino de Deus fosse implantado em Israel e
não o seu próprio reino, ele cedería sua posição
de homem principal deste reino a Davi, pois era
o Senhor quem estava fazendo isto. Mas Saul,
agiu movido pela inveja e por isto seu objetivo, a
partir daquele momento, era a morte de Davi. Ele
não tinha consciência clara do que estava fazen
do, pois estava cego pela inveja. Desejando a
morte de Davi, estava querendo destruir o que o
Espírito Santo estava fazendo.
A facção é tremendamente perigosa pois ela
gera inveja, e esta, quando toma conta do cora
ção do homem, o leva a ser capaz das maiores
loucuras, podendo chegar ao ponto de sob grande
cegueira, tentar destruir o que o Espírito Santo
estiver fazendo, agindo como Saul. Que o senhor
nos livre da inveja, pois ela é conseqüência de
uma semente satânica.
b) Lutar pela unidade do Espírito.
“Rogos-vos, pois eu, o prisioneiro no Senhor,
que andeis de modo digno da vocação a que fos
tes chamados com toda humildade e mansidão,
com longanimidade, suportando-vos uns aos ou
tros em amor. Esforçando-vos diligentemente por
preservar a unidade do Espírito no vínculo da
paz” (Ef.4:l-3). Paulo nos mostra uma grande
arma contra o exército das trevas que desejam
produzir divisão na igreja. O esforço para manter
a unidade do Espírito é úma das maneiras que te
mos para enfraquecer o inimigo. Com a expres
são “esforçar”, Paulo está nos levando a entender
que devemos colocar toda nossa força no sentido
de alcançar a unidade do Espírito. Quando
fazemos isto, as brechas que existem, por onde
entram os espíritos facciosos, são fechadas e o
inimigo fica impossibilitado de agir. O que ne
cessitamos entender é que quando estamos com o
nosso espírito desejando manter a unidade no Es
pírito do Senhor, não haverá lugar para outro tipo
de pensamento e proposta.
46
Passos para manter a unidade do Espírito:
b.l) Entendimento do valor da unidade.
Quando uma liderança entende o valor de es
tar unida no Espírito e não em torno de um corpo
doutrinário primeiramente, isso é sinal de que
essa liderança está amadurecida no Senhor.
Quando entendemos que o que nos leva a vitória
contra o reino das trevas é a unidade do Espírito
e não uma concôrdancia doutrinária, Deus nos le
vará brevemente à unidade da fé.
O entendimento do poder da unidade vem
quando estudamos a Palavra de Deus com um es
pírito aberto, sem preconceitos e doutrinas pre
concebidas. Somente com esta abertura a Palavra
do Senhor penetra em nosso espírito e nos leva a
entender e desejar estar unidos com o restante do
corpo em espírito. Uma mente que entende o va
lor da unidade, estará protegida contra todo ensi
namento contrário a ela.
b.2) Comunhão.
O segundo passo é a comunhão. O estar jun
tos para manter comunhão é tremendamente im
portante. Um líder que não está freqüentemente
junto com outros será um alvo mais assíduo das
investidas do exército inimigo. Não podemos
concordar com um ministério que não esteja em
constante comunhão com o restante da liderança
da casa do Senhor, porque é através da comu
nhão que chegamos a unidade do Espírito. Agora
precisamos analisar que o fato de estarmos juntos
não indica que estamos tendo comunhão. O estar
juntos faz parte do processo da comunhão, mas
ele isoladamente não faz a comunhão. Temos
visto o resultado negativo de vários ajuntamen
tos. Não culpamos o homem pelas feridas que
aconteceram como conseqüência desses ajunta
mentos em vários lugares. São as potestades das
trevas que aproveitam uma iniciativa boa do ho
mem para produzir rixas e discórdias entre elas.
Esta é a causa de muitos rejeitarem o valor da
verdadeira comunhão em Cristo. Para que possa
47
mos tê-la, necessitamos estar juntos com uma ati
tude de espírito correta. Sem esta atitude em nós,
o que foi uma iniciativa boa e que nos levaria a
um resultado positivo, causando a derrota no
nosso inimigo, se tornará algo onde nossos inimi
gos produzirão maiores divisões ainda em nosso
meio.
Precisamos dar alguns passos para ter a atitu
de correta do Espírito. Alguns destes passos es
tão em Efésios 4:2, como desafio para que possa
mos praticá-los, a fim de alcançar a unidade do
Espírito que nos levará à vitória nesta batalha:
* Coração humilde - Não se considerar dono da
verdade.
* Suportar uns aos outros - Não exigir mudanças
imediatas.
* Ser longânimo - Ter ânimo para esperar os
ajustamentos que o Espírito fará em nós.
c) Ministrar ao Senhor, juntos.
“Havia na igreja da Antioquia profetas e
mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger,
Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o
tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e
jejuando, disse o Espírito Santo: separa-me agora
a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando e orando, e impondo
sobre eles as mãos, os despediram” (At. 13:1-3).
Podemos ver neste trecho, dois fatores importan
tes neste princípio, e de fundamental importância
na guerra contra as forças das trevas que é: a in-
terceção em conjunto por um alvo definido.
Naquela igreja os ministérios decidiram mi
nistrar juntos por um alvo definido, que era a ex
pansão do reino de Deus. Sobre o alvo estavam
totalmente de acordo, todos eles desejavam que o
reino se expandisse. Creio que o mesmo nível de
concôrdancia não havia com os meios que eles
deveriam usar para atingir o alvo, e por isso mi
nistraram juntos. Muitas vezes nos encontramos
48
nesta situação: temos os mesmos alvos mas dis
cordamos dos meios que devemos usar para atin
gí-lo. Ao ministrar juntos ao Senhor, em favor de
um alvo bem específico, entendemos os meios
que o Senhor tem para que possamos atingí-lo.
Quando estamos intercedendo juntos, nossas ora
ções sobem aos céus com maior força e os pode
res das potestades do ar são derrotados. As diver
gências sobre os meios que devem ser usados não
podem ser empecilhos, pois o único favorecido é
o reino das trevas e a força que temos em inter-
cessão, juntos, fica amarrada.
“E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e se
recusar ouvir também a igreja, considera-o como
gentio e publicano. Em verdade vos digo que
tudo o que ligares na terra, terá sido ligado no
céu, e tudo o que desligares na terra, terá sido
desligado no céu. Em verdade vos digo que, se
dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a res
peito de qualquer coisa que porventura pedirem,
ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos
céus” (Mt. 18:17-19).
Jesus nos mostra a força que há na oração
concordada. Ela tem autoridade para derrotar as
forças das trevas, podendo mover a mão de Deus
para realizar coisas impossíveis aos olhos huma
nos. Por este motivo devemos deixar de lado o
que nós próprios achamos sobre os meios que de
vem ser usados na realização da obra de Deus e
subirmos juntos em intercessão para recebermos
a maneira de Deus para nos levar a atingir o alvo
que especificamos. O segundo fator importante
neste princípio é que a voz de Deus sempre vem
a nós com mais freqüência quando estamos mi
nistrando a ele juntos com outros ministérios. O
fato de estarmos unidos como liderança em torno
de um alvo leva o Senhor a considerar o nosso
desejo de unidade em função de seu reino e não
de nosso ministério individual. E isto pesa aos
olhos do Senhor, levando-o a liberar sua palavra
com mais freqüência para nós. Devemos lut^r
para que a Palavra seja liberada, pois com a Pala
vra em nossos lábios o inimigo jamais prevalece
49
rá.3. Forças Espirituais Do Mal.
“Acima de todo o principado e potestade, e
poder, e domínio” (Ef.l:21). “Porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne e, sim, contra os
principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espiri
tuais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:12).
Paulo nos fala de classes de anjos caídos que são
forças espirituais do mal. Estes demônios, segun
do o nosso ponto de vista pessoal, agem princi
palmente com a finalidade de resistir às orações
da igreja de Jesus. São espíritos treinados para
produzir desânimo e desinteresse naqueles que
têm uma determinação firme de pagar um preço
na oração. E necessário entendermos que quando
sentimos os sintomas mencionados acima e ou
tros mais, eles são conseqüências de uma resis
tência no mundo espiritual. Por este motivo não
devemos ceder quando por eles formos molesta
dos. O inimigo conhece muito bem o poder de
oração e por isto seu exército tem concentrado
suas forças para combatê-la. Mas, como igreja,
necessitamos entender que é a oração que que
brará a resistência satânica.
Passos para vencer as forças espirituais do mal:
a.l) Oração no Espírito Santo.
“Também o Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito inter
cede por nós sobremaneira com gemidos inexpri
míveis” (Rm. 8:26). O nosso maior problema é
permitir que o Espírito Santo, e não nós, possa
orar constantemente através do nosso ser. Quan
do a oração que sai de nós não recebe o aval do
Espírito Santo, ela encontra tremenda dificuldade
em vencer a resi stência na região celestial. Pre
cisamos aprender a aquietar nossa vontade quan
do estamos elevando nossa oração a Deus, pois a
promessa é que a resposta vem a nós quando
conseguimos orar segundo a vontade dele. Se
orarmos segundo a sua vontade, não haverá força
50
contrária suficiente para impedir o cumprimento
da vontade de Deus.
“E esta é a confiança que temos para com ele,
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua
vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos
ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos
de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”
(I Jo 5:14-15). João nos mostra que o segredo
está em orar segundo a vontade do Pai, pois as
sim recebemos o que pedimos. Não haverá resis
tência que possa impedir a vontade de Deus de
ser feita. Quando entendemos esta verdade, não
conseguimos dar mais atenção às petições que
têm se originado em nosso íntimo.
O nosso problema agora é saber qual é a von
tade do Pai quando começamos a interceder.
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o
Espírito todas as coisas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus. Porque, qual dos homens
sabe as cousas do homem, senão o seu próprio
espírito que nele está? Assim também as coisas
de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de
Deus” (I Co. 2:10-11). Quem conhece a vontade
de Deus é o próprio Espírito Santo. Se damos li
berdade para ele em nós, automaticamente sua
vontade será expressa através de nossa oração.
b.2) Perseverança ria oração.
“...Paciente na tribulação, na oração perseve
rante” (Rm. 12:12). Antes de analisar o que é
perseverança, necessitamos entender que a, reve
lação da vontade de Deus a nós, pelo Espírito
Santo, não está ligada a uma experiência emotiva
de nossa parte, mas é uma ação do Espírito que
está ligada à fé que ele nos deu. Também neces
sitamos entender que a resposta do pedido será
conseguida, ainda que não seja no momento ime
diato que a oração foi feita.
Deus sempre permite que o inimigo resista a
sua vontade por algum tempo para que ele possa
acionar a participação de sua igreja. O propósito
do Senhor é que o exército, inimigo seja derrota
do pela igreja. Com relação à oração, o Senhor
51
muitas vezes permite estas resistências por parte
do inimigo para que a igreja participe perseve-
rando em oração na vontade de Deus. Por este
motivo Paulo nos exorta a perseverar em oração,
pois esta é a nossa parte na batalha que o Senhor
está travando no céu.
Quando a vontade do Senhor é revelada a nós
através de uma impressão ou de uma palavra níti
da ou às vezes por um sentimento de amor por al
gum lugar ou pessoa, mesmo que esses sintomas
tenham desaparecido, devemos ter a perseveran
ça que Paulo nos exorta a ter. A perseverança é
uma ação constante, da nossa fé, na vontade do
Senhor, que nos foi revelada. Só há uma maneira
da verdade que ele a nós revelou não se cumprir:
se o Pai não achar em sua igreja uma fé perseve
rante. Que o Senhor nos livre de ter um coração
pobre, pois de maneira alguma creio que gosta
ríamos de contribuir com a vitória, mesmo que
momentânea, do reino das trevas.
4. Dominadores.
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim, contra os principados e potesta-
des, contra os dominadores deste mundo tenebro
so...” (Ef. 6:12). Como já falamos anteriormente,
esta classe de demônios age exclusivamente na
terra. São espíritos malignos que têm como obje
tivo escravizar o corpo do homem. Estes espíri
tos têm necessidade de estar incorporados nas
pessoas, pois precisam expressar sua personali
dade. Podemos ver este exemplo nos evangelhos,
quando o Senhor Jesus expulsou uma legião que
possuía certo homem e os demônios lhe rogaram
que permitisse a entrada deles numa manada de
porcos. Isto mostra a necessidade destes espíritos
terem um lugar de morada. Por esse motivo po
demos presenciar milhões de casos de pessoas
que estão possuídas de demônios. Precisamos en
tender que estes demônios lutam ferozmente para
conseguir um corpo onde também eles possam
expressar a sua personalidade.
52
Por esse motivo é que quando Jesus encon
trou um surdo-mudo, possesso, depois de expeli
do o demônio a pessoa foi libertada, pois a doen
ça era apenas a característica da personalidade
daquele demônio. Podemos ver isto em evidência
nas pessoas que têm o vício de mentir. Isto é ape
nas uma característica de um espírito maligno
que acompanha aquela vida. Sendo a pessoa li
berta desse espírito, o vício de mentir acabará. É
assim também com o homossexualismo, drogas,
imoralidades, etc... São espíritos expressando sua
personalidade para a humanidade ver, ser in
fluenciada e agir como eles agem. Ao expressar
sua personalidade, os demônios influenciam ou
tros, a serem como eles são.
Princípios para vencer os dominadores.
a) Não temê-los.
Uma das armas que o inimigo usa com maior
freqüência é o medo. Quando o inimigo consegue
semear esta semente no coração do homem sua
vitória está bem próxima de se concretizar. Preci
samos entender que Deus sendo nosso Pai, não
nos enviaria a uma luta se estivéssemos em des
vantagem ou se nossa derrota fosse inevitável.
Quando passamos a entender que Deus, como
Pai, está interessado que vençamos esta luta, e
que ele já nos deu as armas necessárias para isto,
a semente de medo começa a ser destruída em
nós.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo vosso ad
versário anda em derredor como leão que ruge
procurando alguém para devorar” (I Pd. 5:8). Pe
dro diz que o diabo anda rugindo como leão; ele
faz barulho de leão, e algumas vezes ficamos im
pressionados com o rugido do inimigo e por este
motivo deixamos brecha para ele semear a se
mente do medo. Mas o que necessitamos enten
der é que o inimigo imita o rugido do leão, mas
ele não é o leão. O verdadeiro leão está em nosso
interior, e é Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro Leão
de Judá que prevaleceu e que nos deseja levar à
53
vitória contra todo espírito das trevas.
O medo é uma arma mortífera que trabalha
para o inimigo, mas quando entendemos que
aquele que habita em nós, por seu Espírito Santo,
é o Senhor dos senhores, amarramos esta arma e
impedimos que ela seja acionada contra nós. “No
amor não existe medo, antes o perfeito amor lan
ça fora o medo. Ora o medo produz tormento;
logo aquele que teme não é aperfeiçoado no
amor” (I Jo. 4:18). João nos diz que o medo pro
duz tormento e que o perfeito amor que é Cristo,
lança fora todo medo e tormento. Tormento é
uma conseqüência de uma perturbação espiritual.
Quando o Senhor triunfa em nós, os espíritos são
derrotados e o tormento têm seu fim. Precisamos
permitir que o Espírito de Deus domine todo o
nosso ser, e ele triunfará em nós. Assim, não. es
taremos dando nenhuma chance ao inimigo de
prevalecer contra nós.
b) Resistir firme na fé.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo vosso ad
versário anda em derredor de vós, como leão que
ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe
na fé ...” (I Ped. 5:8-9a). Resistir é a palavra que
tanto Pedro como Tiago usam. Eles conheciam
bem a persistência do inimigo, e por este motivo,
nos deram este conselho. Agora, é necessário ob
servar que Pedro diz “resistir na fé”, e não nos
recursos que temos, humanamente falando. Algu
mas vezes podemos pensar que é a nossa perso
nalidade firme que pode resistir às investidas do
inimigo, ou os princípios morais que recebemos
em nossa formação quando criança. Isto ajuda,
más não é o suficiente para derrotar as forças
malignas que investem contra nós. Também te
mos que entender que alguns recursos espirituais
não são suficientes para impedir que o inimigo
nos devore. Devemos procurar uma palavra de
ajuda do pastor ou conselheiro, mas isso não será
suficiente para nos dar a vitória. Correr para o
salão de reunião e ficar ali louvando e orando ao
Senhor é importante, mas ainda não é só isto que
54
nos levará a resistir ao inimigo, embora seja tre
mendamente importante estar fazendo diariamen
te estas coisas. Ora, o que o Senhor nos diz é que
a fé firme irá por em fuga os demônios que esta
vam tentando destruir o homem. Se um homem
está debaixo dos dominadores, mas não tem uma
fé firme, poderá até ter um alívio momentâneo,
mas não uma libertação completa.
“Embraçando sempre o escudo da fé, com o
qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno” (Ef. 6:16). Paulo nos mostra que é a
fé que apaga os dardos do maligno e que põe em
fuga o exército do inimigo. O que é fé? É quando
colocamos nossos corações na Palavra de Deus; e
decidimos crer literalmente no que ela diz. É a
Palavra que diz que podemos expulsar demônios
através da autoridade do nome do Senhor Jesus
Cristo. Quando chamamos à existência esta pro
messa através do nosso crer, a fé começa a agir.
Assim, podemos prevalecer contra todos os de
mônios que estão agindo livremente em nossos
dias aqui na terra.
55
CAPÍTULO 9
As Três Manifestações
de Ataques do Exército das Trevas
1. Resistência.
O exército do inimigo tem como uma das
suas principais características a determinação de
resistir ao avanço da igreja de Jesus. Necessita
mos entender que o inimigo não desiste facil
mente de seus objetivos. Ele não é como muitos
cristãos que no primeiro obstáculo já encontra
motivos suficientes para desistir.
O exército das trevas foi treinado por Lúcifer
para resistir até o último momento. É contra esta
força que muitas vezes lutamos, e por esse moti
vo necessitamos, além de avançar, entender
como devemos avançar.
Porque o inimigo resiste?
Satanás e seus demônios resistem porque não
desejam perder a posição de domínio e governo
que exercem sobre a humanidade. Esta perda já
foi determinada por Jesus na cruz e será executa
da por sua igreja em nossos dias. Sabendo deste
propósito de Deus, o inimigo resiste para que isto
não aconteça. O inimigo sabe que se a igreja as
sumir o lugar que é dela, todo o sistema munda
no que foi produzido por ele cairá por terra, e a
humanidade finalmente encontrará uma vida san
ta e justa governada pela igreja de Jesus.
Por ser o causador da maldade que escraviza
a humanidade, Lúcifer e seu exército serão ex
pulsos deste mundo e lançados no fogo do infer
no para destruição eterna. Sabendo disto, o ini
migo resiste ao avanço da igreja, pois ele sabe
que à medida que a igreja avança, sua derrota
está mais próxima.
57
Como evidencia-se essa resistência:
a) Na oração.
Quando decidimos interceder com seriedade,
podemos esperar que o exército das trevas irá nos
resistir. Por esse motivo algumas vezes não per
cebemos um fluir em nossas orações; ao contrá
rio, sentimos que estamos orando contra uma ca
mada de chumbo que está impedindo que os nos
sos pedidos cheguem até a presença de Deus.
Quando isso acontece não devemos desanimar,
pois não é dessa maneira que a situação será mu
dada. Em alguns casos, quando aparecer este sin
toma de resistência, o inimigo nos diz que esta
situação é porque Deus não está nos ouvindo.
Neste momento precisamos discernir que esta
voz é proveniente do inimigo, não aceitá-la, e
continuar a interceder.
b) No jejum.
O jejum é um princípio que quebra a resistên
cia do inimigo, por ser uma arma poderosa contra
as forças das trevas. O inimigo tenta por todos os
meios impedir que a igreja o use constantemente.
Quando um homem decide jejuar por um alvo
específico e perseverar nele, por algum tempo
pode contar com as investidas do inimigo em seu
físico. Essa é uma das maneira que o inimigo usa
para nos resistir e nos levar a desanimar para que
não alcancemos nosso objetivo.
A resistência do inimigo se evidencia quando
estamos jejuando e sintomas de enfermidades
que não existiam antes agora aparecem, e nossa
tendência é quebrar logo o jejum com medo da
queles sintomas. Essa atitude é errada. O que é
necessário fazer é repreender este dardo do ini
migo e perseverar em jejum no alvo que o Espíri
to Santo nos deu.
c) No relacionamento conjugal.
Quando um casal está buscando ao Senhor
intensamente e tendo alvos específicos para al
cançar em Deus, o exército das trevas irá tentar
58
impedir que eles prossigam nesta direção. Esta
resistência começa a se manifestar através de de
sentendimentos que aparentemente não tem razão
de existir. Pequenas coisas que antes não eram
causa para desentendimentos passam a ser o mo
tivo. Áreas que antes já haviam sido vencidas
pelo casal passam a ser novamente barreiras para
eles. Quando isto estiver acontecendo não deve
existir acusações de ambas as partes com a inten
ção de descobrir de quem é a culpa, mas deve-se
discernir que toda aquela situação é conseqüên-
cia da resistência satânica. É necessário que se
unam em oração contra ela.
2. Opressão.
Oprimir é uma função que os demônios vi
vem exercendo sobre a humanidade, por isso o
mundo hoje vive tão oprimido pelo inimigo. Po
demos sentir os reflexos da opressão por toda a
parte. Encontramos nas palavras de Jesus a razão
de toda esta situação: “O mundo jaz no maligno”.
O Senhor está dizendo que o sistema de governo
deste mundo está sob o controle do inimigo.
Por este motivo a opressão que o inimigo
exerce é clara, em qualquer lugar por onde o es
piritismo, a magia negra ou o culto a Satanás são
praticados com maior freqüência. Naquelas re
giões a opressão sempre é maior.
Podemos também ver opressões em indiví
duos, conseqüência de demônios acompanhando
sempre a pessoa para onde quer que ela vá. Esses
espíritos malignos estão sempre próximos, pres
sionando a mente com pensamentos que expres
sam a sua personalidade, tais como: sexo, ira,
ódio, etc. Quando esta pessoa está envolvida com
macumbaria, ou mesmo se já esteve no passado,
ou tem parentes próximos que estão envolvidos,
essa opressão se toma mais intensificada.
“...Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com
o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda a
parte, fazendo o bem e curando a todos os opri
midos do diabo, porque Deus era com ele” (At.
59
10:38). Pedro nos diz que Jesus curou todos os
oprimidos pelo diabo. Aqueles que tinham demô
nio sempre lhes acompanhando ou oprimindo,
eram libertos pelo poder de Jesus. Ele hoje, atra
vés da igreja, deseja libertar aqueles que estão
oprimidos por Satanás.
Sinais de Opressão.
a) Desequilíbrio emocional.
O desequilíbrio na área emotiva é produzido
também pela opressão dos demônios. Uma vida
que teve no passado, ou ainda tem, ligação com
ocultismo, espiritismo etc., estará envolvida com
estes espíritos todos os dias. Estes demônios
exercerão pressão sobre suas emoções e, assim,
as conseqüências desta opressão começarão a se
manifestar.
Pessoas que vivem em depressão constante
precisam urgentemente procurar ministros ungi
dos pelo Senhor, para que eles possam desligar a
ligação com os demônios que estão produzindo
este estado de depressão em suas vidas. Pessoas
agressivas, que vivem em uma tensão constante,
estão oprimidas pelo inimigo. Por isso quando
vão ao terreiro de macumba, eles dizem que há
encosto acompanhando a pessoa, pois o demônio
que domina o terreiro pode ver o outro espírito
maligno oprimindo a pessoa. A solução está em
Cristo. Quando estes sintomas começam a apare
cer devemos imediatamente lutar contra eles,
com os pés firmados na Palavra de Deus.
b) Ira.
A ira é um dos sintomas mais sérios de opres
são. Se uma pessoa que vive constantemente irada
é sinal de que há um demônio lhe oprimindo. Esta
é uma das brechas que o espírito de homicídio
procura para tomar o espírito do homem. Por este
motivo os demônios levam pessoas com este tipo
de atitude a tentar suscitar ira em alguém. Há ca
sos de homens e mulheres que sem nenhum moti
vo aparente ficam num estado de ira tal que agem
60
irracionalmente. O que aquela pessoa necessita é
ser liberta da opressão que a acompanha. Não são
sessões no psiquiatra ou psicólogo que vão resol
ver. Somente a libertação através de Jesus trará
aquela pessoa ao seu estado normal.
c) Depressão e Medo.
Este é outro sinal da opressão do inimigo. É
através dele que Satanás produz uma brecha para
que o espírito de suicídio possa entrar e derrotar
o homem. A depressão leva a pessoa a perder a
motivação para a vida. Ela anula no indivíduo a
vontade de viver. A Palavra do Senhor diz que o
príncipe das trevas vem para matar e destruir.
Fora de Jesus as pessoas podem encontrar um alí
vio momentâneo para a depressão, mas passando
aqueles instantes, a depressão volta com maior
intensidade. Somente pela libertação através do
Senhor Jesus é que o indivíduo pode se livrar de
todo sentimento de depressão.
O medo também é um dos sinais da opressão.
O inimigo tem no medo uma terrível arma para
amarrar as vidas. Quando ele encontra alguém que
tem problemas de insegurança em seu interior, ele
consegue facilmente colocar um sentimento de
medo naquele coração. “No amor não existe
medo; antes o perfeito amor lança fora o medo” (I
Jo. 4:18). João diz que o perfeito amor (Cristo Je
sus) lança fora o medo. Se desejamos estar livres
desta arma satânica que amarra as vidas, que pro
duz um estado de tormento constante levando a
pessoa a viver sempre sobressaltada, precisamos
permitir que Cristo (o perfeito amor) possa, com
liberdade, tirá-lo de nós. Somente através da liber
tação pela autoridade de Jesus alguém pode ficar
totalmente liberto deste tipo de demônio.
“...Ora, o medo produz tormento” (I Jo 4:18).
Os tormentos que muitos indivíduos sentem ao
anoitecer, ou quando está para enfrentar o sobre
natural terão seu fim com um encontro real com
o poder de Jesus Cristo.
3. Possessão.
61
“Entrementes chegaram à outra margem do
mar, à terra dos gerasenos. Ao desembarcar, logo
veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem
possesso de espírito imundo, o qual vivia nos se
pulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia
prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso
por grilhões e cadeias, as cadeias foram quebra
das por ele e os grilhões despedaçados. E nin
guém podia subjugá-lo. Andava sempre, de noite
e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos
montes, ferindo-se com pedras. Quando de longe,
viu a Jesus, correu e o adorou, exclamando com
alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do
Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não
me atormentes” (Mc. 5:1-7).
A possessão é o ultimo estágio de domínio
por parte de Satanás. Uma pessoa possuída é al
guém que teve seus muros de proteção des
truídos. Está totalmente sob controle de demônios
que a possuem. Uma das características que evi
dencia claramente a possessão é quando o indiví
duo passa a agir irracionalmente. Suas atitudes
deixam de ser normais. A partir deste momento
podemos esperar toda espécie de atuação maligna
por parte da pessoa possessa. Há casos de homicí
dios que são provocados por demônios que to
mam o controle da mente e das emoções do assas
sino e o levam a agir segundo os impulsos deles.
Uma pessoa pode mostrar esse estado por atitudes
irracionais, loucura e ódio. Pessoas com essas ca
racterísticas necessitam, antes de qualquer trata
mento psiquiátrico, ou psicológico, ter um encon
tro com a autoridade de Jesus Cristo, através de
sua igreja. Somente o poder do Senhor pode liber
tar uma pessoa da possessão demoníaca.
Queremos primeiramente esclarecer que todo
tipo de espírito que compõe esta classe do exérci
to das trevas têm necessidade de se expressar fi
sicamente através de alguém. Por dois ihotivos
básicos. O primeiro pela necessidade que eles
têm de habitar num corpo onde possam morar e a
segunda coisa é que eles têm necessidade de ex
pressar a sua maldade, diante dos olhos das pes
62
soas, com o propósito de amedrontá-las, pois é
através do medo que eles encontram a porta para
dominar as emoções dos homens.
Para um esclarecimento maior, para que pos
samos entender com quem estamos lutando, te
mos citado seus nomes e qual a maneira que eles
operam na mente do homem.
Estes nomes começaram a surgir com a vinda
dos escravos que chegaram provenientes da Áfri
ca. Visando não ter problemas com a Igreja Cató
lica Romana passaram a relacionar os nomes de
seus deuses com os santos católicos. Com esta
posição alcançaram mais adeptos para si.
Enumeramos abaixo alguns nomes usados na
umbanda.
- Ogum: representa São Jorge.
- Iemanjá: representa a virgem Maria.
- Zumbi, Oxalá e Onixalá: Santíssima Trindade.
- Exus: espíritos atrasados.
- Orixás: espíritos avançados.
Um dos objetivos destes demônios é serem
adorados e levarem o homem a uma dependência
total deles. Sendo assim, podem exercer o domí
nio maléfico que planejam contra o homem.
O nome de cada demônio está ligado a sua
esfera de ação, cada nome define o tipo de ação
que eles tomam diante da humanidade.
- Omulu: rei da calunga ou do cemitério. Ata
ca as mentes com vários tipos de enfermidades.
- São Lázaro: ataca as feridas que não foram
cicatrizadas.
- Zé Pilintra: opera através de vícios de bebi
da, drogas, cigarros, etc.
- Pomba-Gira ou Maria Mulambo: age na
área de sexo como prostituição e homossexualis-
mo, etc.
63
- Exu do jogo e Exu da vala: levam as pes
soas a perderem aquilo que possuem.
- Tranca-rua: ataca as pessoas bloqueando a
prosperidade financeira, gerando miséria e pro
vocando acidentes.
Todos eles exigem o máximo que podem da
pessoa: bens materiais, alma ou sentimentos, o
próprio físico e por último a vida. Seu objetivo é
a escravidão total do homem a eles. Não existem
espíritos bons como alguns dizem, ainda que apa
rentemente suas ações não sejam tão más como
as dos outros, eles são tão ruins quanto eles.
Como já falamos, eles só tem um objetivo: a es
cravidão e a destruição total do ser humano. São
contra estes tipos de intenções e ações que, como
igreja estamos lutando.
Por estes motivos precisamos usar as armas
certas para que possamos ser vitoriosos. Como já
falamos anteriormente, a possessão é uma das
maneiras que o diabo tem para expressar sua for
ça. Quando um demônio possui uma pessoa, ele
ocupa sua mente e domina sua personalidade ex
pressando a natureza domoníaca que o está pos
suindo (Mc. 5:1-2).
Maneiras que podem levar uma pessoa à pos
sessão maligna:
a) Através da invocação de espíritos malignos
por médium no espiritismo.
Um médium é um dos mensageiros que o espí
rito das trevas usa para tocar o homem. Quando o
ser humano permite que este mensageiro invoque
um destes demônios para a sua vida, não impor
tando quais os motivos, ele pode ficar possesso.
b) Ministração súbita.
Em qualquer lugar que a pessoa se encontra
pode ficar possessa, dependendo da abertura de
sua mente e emoções. Esta ministração pode ser
64
feita através da música que tem origem na ma
cumba e no candomblé, através de filme de tele
visão que enfatiza o espiritismo ou por assistir
algum rito de macumba ou espiritismo.
Por este motivo não é aconselhável se envol
ver com este tipo de programa, nem se for apenas
para conhecer folcloricamente ou culturalmente
estas práticas, pois os espíritos malignos estarão
esperando apenas uma oportunidade para possuir
o corpo de alguém.
c) Através de um trabalho de macumbaria.
Todas as pessoas que não estão andando nos
caminhos do Senhor estão sujeitas a serem atin
gidas pelos trabalhos que são feitos para prejudi
cá-los. Muitas vezes o espírito maligno que é en
viado através do trabalho de macumbaria toma
posse do espírito, mente e emoções do indivíduo.
Tenho ouvido várias pessoas dizerem que traba
lhos de macumbaria não as atinge, mas esta afir
mação só é válida para aqueles que estão andan
do debaixo do senhorio de Jesus. Por este motivo
o homem precisa estar com todo o seu ser sub
misso ao Senhor Jesus, pois só assim estará livre
dos demônios que foram enviados a ele através
dos trabalhos de macumbaria.
d) Envolvimento com espiritismo por curiosi
dade ou brincadeira.
Outra maneira que os espíritos tem usado
para tomar posse do espírito do homem é levan-
do-o a ter curiosidade pelo lado místico do espi
ritismo. Através deste despertar de curiosidade,
os demônios começam a tocar nas emoções do
indivíduo, levando-o a ter os primeiros contatos
com o mundo dos espíritos. Por este motivo te
mos aconselhado várias pessoas a não se envol
verem com literaturas que tem fundo espírita ou
com filmes e artes que estão ligados ao espiritis
mo. Algumas vezes os demônios usam de uma
estratégia bastante sutil: conhecendo nossos pa
rentes já falecidos, seu modo de vida e seus hábi
tos, falsificam a voz e mostram conhecimento de
65
situações vividas por estas pessoas já mortas,
despertando assim, a curiosidade nos parentes
para se comunicarem com os que já partiram.
Trata-se de um engano que tem levado muitas
pessoas a se afundarem no mundo espiritual ma
ligno. Por isso, nós temos falado às pessoas para
não se envolverem com este tipo de assunto, ain
da que a saudade os impulsione a ir atrás do
mensageiro diabólico.
e) Através de roupas e objetos.
Outro meio que o inimigo usa para tomar
posse do corpo humano é através de roupas ou
objetos sobre os quais foram feitos trabalhos de
macumbaria. Quando estes objetos são levados
para a casa do indivíduo ou quando a roupa é
usada, o espírito para o qual foi feito o trabalho,
passa a acompanhar o indivíduo, começando o
período de opressão. Este espírito passa a esperar
apenas uma oportunidade para tomar posse da
quele corpo transferindo o período de opressão
para possessão.
Alguns sintomas de possessão:
Primeiramente queremos esclarecer que se al
guém tiver um desses sintomas não implica que
ele seja possesso, mas quando tem vários dos sin
tomas, na maioria das vezes é constatado que
sim. E se for constatado um destes sintomas em
alguém, precisamos analisar este caso detalhada
mente para depois dar um parecer final.
a) Nervosismo.
Há duas razões para isto, uma delas pode ser
simplesmente um desequilíbrio emocional, algo
que pode ser curado com aconselhamento e com a
operação do Espírito Santo. O segundo caso, que
denominamos de possessão é quando o sistema
nervoso de alguém é totalmente possuído por um
espírito que a leva a ter todas as suas reações im
pulsionadas-por este espírito. Quando isto aconte
ce, este espírito que está operando no sistema ner-
66
voso precisa ser confrontado com o poder de
Deus. Este espírito pode achar brecha como he
rança familiar, pessoas que na família sempre ti
veram estes tipos de problemas, feridas nas emo
ções que produziram o desequilíbrio emocional e
a ira que é algo da natureza carnal. Assim, através
destas brechas possui todo sistema nervoso de al
guém levando-o a agir impulsionado por ele.
b) Insônia.
Quando a insônia passa a ser constante por
algum tempo determinado, pode ser um problema
espiritual. Por este motivo, quando isto começa a
acontecer, a pessoa deve imediatamente procurar
um pastor a fim de que o caso seja tratado pro
fundamente. Se for de origem espiritual, somente
alguém debaixo do nome de Jesus poderá resol
ver definitivamente a questão.
A insônia ocorre quando a paz que produz o
descanso está sendo tirada. O motivo pelo qual
está sendo tirada precisa ser analisado rapida
mente a fim de começar logo o tratamento da
questão. Os pesadelos também são causas de in
sônias e sinal do ataque do inimigo que precisa
ser combatido com a Palavra de Deus, e com aju
da do Espírito Santo. A insônia também pode ser
fruto de ansiedade. Isso não implica em posses
são, mas neste caso o que precisa acontecer é
uma cura interior através do aconselhamento e da
manifestação do Espírito Santo.
c) Medo.
Um medo doentio pode ser também fruto de
uma possessão que leva a pessoa a ser insegura e
perturbada. Precisamos entender que há dois ní
veis de possessão. Um é quando a pessoa passa
todo tempo tomada por um espírito em sua mente
e emoções; o outro nível é quando alguém tem
momentos de lucidez e suas emoções são libera
das ainda que momentaneamente. O nível de pos
sessão com relação ao medo, provoca momentos
de grande tormento, levando a pessoa a um esta
do de pavor tão grande que suas ações passam a
67
ser irracionais.
Neste período quando a pessoa está tomada
por este espírito, ela passa a ter medo de tudo
que está em volta de si, não tendo segurança em
nada que envolve sua vida. Uma pessoa que está
num estágio assim precisa de uma libertação vin
da de Deus.
d) Desejo de Suicídio.
Este é um dos sintomas sérios de uma pessoa
possessa, ainda que a psicologia, psiquiatria ou a
ciência em geral tentem justificar o suicídio de
várias maneiras procurando explicá-lo através de
causas como traumas, problemas conjugais, frus
trações etc. Ainda que realmente existam estes ti
pos de problemas, a causa verdadeira é um pro
blema espiritual, ou seja, uma possessão por par
te de um espírito imundo que a esfá levando a ter
este tipo de desejo.
Tudo começa com pensamentos ou dardos
que são lançados na mente. Quando estes dardos
chegam pela primeira vez, encontram um meca
nismo de defesa que quer preservar a vida e pron-
tàmente aquela idéia é rejeitada, mas a medida
que o tempo vai passando aqueles dardos são in
tensificados contra a mente da pessoa levando a a
aceitar aquela possibilidade sem tanto assombro.
Com o passar do tempo aquele sistema de defesa
é destronado e o dardo passa a ser um desejo
constante. Depois que a emoção e a mente passam
a ser dominados por este demônio, a pessoa ape
nas procura a oportunidade certa para destruir sua
própria vida. Uma pessoa que toma a decisão de
destruir sua própria vida não é alguém que apenas
está sendo impulsionada por uma tentação pes
soal, mas é alguém que está sendo levado a des
truir o maior dom que Deus lhe deu: a vida.
e) Vícios.
Outra característica da possessão de alguém é
que o espírito que o domina passa a controlar as
emoções e a mente levando a a agir irracional
mente, movida pelo desejo de possuir algo que é
68
fruto do pecado. Quando alguém está preso por
este espírito, levá-lo a uma clínica não deve ser a
primeira coisa a ser feita, mas deve-se levá-lo a
confrontar-se com a autoridade do poder do Se
nhor Jesus a fim de levá-lo à libertação do espíri
to que o prende. O vício tem que ter primeira
mente um tratamento de choque através do poder
do Senhor Jesus, e depois deve passar pelo pro
cesso de cura interior através do aconselhamento.
f) Ter uma força sobre-humana.
Outro sintoma é quando o espírito que está
possuindo um corpo, o leva a ter uma força so
bre-humana. Esta força é proveniente de um espí
rito maligno. Por este motivo muitas vezes a pes
soa que está dominada, precisa ser segurada
quando está no processo de libertação. Algumas
vezes pessoas fracas fisicamente conseguem pre
valecer contra a força de 4, 5 ou mais pessoas.
g) Resistência à Palavra de Deus e à fé.
O resistir à Palavra e à fé é um dos sintomas
no indivíduo que está controlado por um espírito
que tirou-lhe a sensibilidade para a voz de Deus
e ao toque do Espírito Santo. Um outro sinal de
que há um espírito maligno é quando a palavra
que lhe é ministrada, faz com que a sua reação se
torne agressiva, tentando destruir a palavra que o
incomoda, resistindo ao evangelho e a expansão
do reino de Deus.
h) Espíritos de Adivinhação.
Não podemos desconsiderar este sinal. Há
realmente em nossos dias pessoas que estão pos
suídas por este demônio que tem poder maligno
para adivinhar acontecimentos presentes que es
tão encobertos. Este é um sinal que tem impres
sionado muitos da nossa geração. Algo maligno,
usado para imitar o que o Espírito Santo de Deus
tem dado a igreja. E bom esclarecer que o adivi
nho não tem nada em comum com o dom da pa
lavra de conhecimento que o Senhor deu a igreja.
69
i) Algumas enfermidades.
Precisamos esclarecer que todas as enfermi
dades são frutos m uma ação de Satanás. Algu
mas são frutos de ações indiretas do inimigo, mas
outras são eonseqüências de uma possessão de
espírito maligno em alguém. Aquele espírito ex
pressa seu dominio através de uma enfermidade
que é fruto de uma possessão. Muitas foram ad
quiridas quando a pessoa, ou alguém de sua fa
mília freqüentava terreiros de macumba ou atra
vés de uma trabalho ou despacho realizado por
alguém. Assim, aquele espírito maligno foi dire
cionado a ela. Não importa se foi num despacho,
quando esta enfermidade é confrontada com o
poder da Palavra de Deus e com a autoridade do
nome do Senhor Jesus, ela automaticamente é
derrotada e o “trabalho” desfeito.
70
Como o espírito familiar entra na família?
a) Através de relacionamentos com alguém
que já tem este espírito.
A convivência com alguém de maneira mais
próxima, implica também em se envolver espiri
tualmente. As duas pessoas passam a transmitir
mutuamente o que há em suas emoções e em seu
espírito. Isto é tremendamente perigoso, pois al
guém que já tem alojado em si um espírito fami
liar, irá transmitir ao outro este mesmo espírito.
Por isto precisamos selecionar bem as pessoas com
quem iremos nos relacionar mais intimamente.
b) Através do Pecado
A prática do pecado se torna uma brecha para
que demônios possam entrar nas famílias ou nas
pessoas. Toda vez que alguém cai na prática um
tipo de pecado ele estará abrindo uma brecha
para que este possa vir e fazer morada em sua
vida.
c) Através da rebeldia.
A atitude de se rebelar contra a palavra ou
autoridade de Deus também pode ser um dos mo
tivos para que espíritos malignos possam trans
mitir a toda a família uma atitude de rebeldia a
Deus e à sua Palavra. Isto não é visto com bons
olhos pelo Senhor, pois toda rebeldia tem como
fonte a pessoa de Satanás.
d) Através de falhas dos patriarcas.
Aqueles que formam a raiz genealógica da fa
mília sempre tiveram a maior influência em toda a
família através do espírito que os guiava quando
estava vivendo na terra. Se esta raiz não teve um
proceder segundo a Palavra de Deus, consequente
mente houve falhas no seu viver diário e aquelas
falhas puderam se tomar brechas para que demô
nios entrassem. Sendo assim, aquele espírito que
veio para aquela raiz familiar por uma falha de
conduta, passa a ser um espírito familiar que vai
perseguir aquela família geração após geração.
71
Como vencer um espírito familiar.
a) Reconhecendo que ele opera na família.
O primeiro passo para vencê-lo é reconhecer
que ele está na família. Algumas pessoas, por se
rem crentes há vários anos, têm vergonha em
aceitar que há um espírito familiar perturbando ou
induzindo, como em gerações passadas, os mem
bros da família. Ignorando aqüele tipo de espíri
to, suas vidas estão cada vez mais presas pela
pressão deste espírito. Para que possa haver uma
libertação completa, a pessoa precisa reconhecer
que realmente este espírito existe e está ativo.
b) Tratar seriamente com ele.
Muitos, depois de admitir que realmente há
um espírito que perturba a família, se acomodam
com sua presença no ciclo familiar. A idéia de
permitir que o espírito permaneça na família,
aparentemente é absurda, mas está acontecendo
cada vez com maior freqüência em nosso meio.
Por não saberem como lutar contra ele ou por
não terem força para lutar, essas pessoas têm-se
acostumado com sua presença. O tratar seriamen
te implica em procurar com toda vontade e força
a maneira de se ver livre dele.
c) Submeter-se a autoridade do Senhor Jesus.
Só quando a autoridade do Senhor Jesus agir
é que alguém pode ser liberto de um espírito fa
miliar. Quando falamos sobre submissão ao Se
nhor, isto implica em se colocar totalmente de
baixo do seu governo, pois somente assim a pes
soa estará desligando de todo laço do passado.
Submissão implica numa obediência completa à
Palavra do Senhor e aos seus princípios. Isto irá
reger a mente e as emoções da pessoa, quebrando
toda a influência que o espírito exercera sobre
ela. Sem essa submissão completa ao Senhor os
dois primeiros passos não poderão produzir o li
vramento necessário, pois a influência do espírito
familiar, com as raízes que ele cria só poderão
ser arrancadas das pessoas através da Palavra e
72
da operação do Espírito Santo no interior delas.
Nós temos visto pessoas que desejam ser livres,
mas não querem se submeter ao senhorio do Se
nhor Jesus Cristo. Este tipo de pessoa tem, a cada
dia, se tornando mais escrava deste espírito fa
miliar e da angústia que ele produz.
d) Estar ligado ao corpo de Cristo.
Outro passo importante para a liberação é a
aliança que a pessoa faz com a igreja, em termos
práticos. Não pode haver uma libertação plena
sem que a pessoa esteja ligada a uma igreja local.
A autoridade do corpo e a manifestação do amor
que há na igreja são fundamentais para que possa
haver uma libertação, bem como a cura das feridas
que a escravidão desse espírito produziu. O amor
através da compreensão que há na igreja passa a
ser fundamental à vida depois que mesma torna-se
livre daquele espírito. Se isto não acontecer, um
sentimento de inferioridade e vergonha, tomará o
coração da pessoa, produzindo assim uma nova
brecha para que espíritos possam voltar a dominá-
la. As pessoas que têm insistido em ficar fora de
uma igreja local, e procuram uma libertação para
suas vidas indo de movimento em movimento, não
podem alcançar a libertação de seus corações,
mente e espírito dos demônios que as escravizam
e atormentam. Só com a proteção e o amor do cor
po esta libertação pode se tornar completa.
e) Ter um conselheiro maduro.
O conselheiro maduro no processo de liberta
ção e cura é tremendamente importante, pois é dele
que nos momentos de crise a pessoa que está sendo
liberta precisa receber o amor e a compreensão
prática. É o conselheiro que terá a incumbência,
através do Espírito Santo e de sua santa Palavra, de
levantar o ânimo da pessoa que está lutando contra
aquele espírito. Sem a interferência diária do con
selheiro, os espíritos que perseguem a pessoa tor
nam-se fortes e resistem ao processo de libertação
no qual o indivíduo se encontra. No processo, os
muros de proteção da oração no espírito da pessoa
73
ainda não estão levantados e é por aí que o inimigo
penetra. É através do conselheiro que o Senhor
constrói os muros de proteção. Através das ora
ções, de conselhos, ensinos, e ministração dos
dons, que o conselheiro deve auxiliar sua vida.
f) Oração e jejum.
“Mas respondeu-lhe: Esta casta não pode sair
senão por meio de oração e jejum” (Mc. 9:29).
Tanto a oração como o jejum são duas armas
mortíferas contra o exército das trevas. A oração
sincera e intensa é de suma importância para que
haja uma libertação. Tanto o relacionamento pes
soal com Deus em oração como o receber a minis
tração intercessória de outros, o espírito de quem
está no processo de libertação é fortalecido. Isto
também abate as forças inimigas que estão pren
dendo a pessoa. Muitas vezes a opressão é tão
grande que a pessoa fica sem forças para orar e é
neste momento que a oração com a imposição de
mãos é importante, porque é através da intercessão
e da cobertura, que a imposição de mãos simboli
za, que a pessoa recebe a ministração da graça e do
poder de Deus que levantará novamente seu âni
mo, levando-o a guerrear individualmente contra o
espírito que a oprimia.
O jejum também é tão significante quanto a
oração, pois podemos ver isto no exemplo de Da
niel quando lutou contra o príncipe da Pérsia. Na
vida do nosso Senhor Jesus Cristo isto também
aconteceu quando ele enfrentou todas as forças das
trevas por quarenta dias. O jejum leva a pessoa a
se desligar de suas necessidades físicas, produzin
do maior liberdade ao espírito para agir livremente
no mundo espiritual.
Quando o espírito se desprende da esfera hu
mana que o prende, necessita da força do Espírito
Santo que, controlando-o, leva-o a ser um gigante
espiritual contra as forças opressoras. Por isso a
pessoa interessada em se libertar deve-se juntar
com pessoas que têm aliança com ela para que jun
tos possam jejuar com o objetivo de desligar este
demônio que persegue sua vida.
74
C A P Í T U L O 10
75
com toda fúria.
Os seres humanos que fizeram pactos com as
trevas e alguns que foram gerados como frutos
destes pactos têm este mesmo comissionamento.
Podemos perceber isto claramente em algumas
regiões onde se faz sentir esta influência das for
ças de Satanás, onde as maldades têm aumentado
assustadoramente, inclusive com sacrifício s de
seres humanos aos poderes de Satanás. Este
acontecimento não tem tocado mais na opinião
pública e nas emoções dos seres humanos como
no passado. Em alguns lugares, podemos perce
ber uma resistência maior à vontade do Senhor e
uma operação clara voltada ao prazer da carne e
ao ao pecado como nunca antes. Ele tem se orga
nizado, e nós como igreja não podemos fugir à
convocação do Senhor para que possamos com
por seu exército.
Num encontro com os líderes de diversas re
giões do Brasil, no último dia de reunião, en
quanto orávamos pela nação, debaixo de um mo
ver intercessório profético muito intenso, um dos
pastores ali presentes foi até certo lugar daquele
salão de convenção, onde estava a bandeira bra
sileira, levou a ao centro do recinto onde estáva
mos e começamos a profetizar contra os poderes
de Satanás que estavam amarrando nosso país.
Aquele foi um momento muito forte profetica
mente. Na semana seguinte aquela cena permane
ceu gravada em minha mente e num momento de
Oração onde estava novamente fazendo aquela
declaração profética, Satanás veio contra mim e
disse: “Não vou entregar este país à igreja sem
antes aplicar toda força, intensidade e fúria”. Sa
bemos que isto é verdade. Não prevaleceremos
neste combate se não mudarmos nossa atitude
com relação a esta batalha espiritual. Primeira
mente precisamos estar inteiramente conscientes
que esta guerra é real e necessária. Ela não é fru
to apenas de um misticismo vão e estéril. Espiri
tualmente, se não encararmos o mundo espiritual
com realidade, nada ocorrerá. Precisamos colocar
a guerra espiritual não como algo que faremos se
76
um dia descobrirmos que é da vontade do Se
nhor. Precisamos estar conscientes que esta é
realmente sua vontade. O entendimento do mun
do espiritual e o participar da batalha espiritual
hoje, é fundamental para o crescimento harmôni
co e para a maturidade da igreja. É importante
para decidir os rumos que a humanidade tomará
no futuro. O destino das nações nas áreas econô
mica, social e política, está inteiramente ligado
àquilo que acontece no mundo espiritual. Nossa
responsabilidade é tremendamente grande, por
isto também precisamos dizer sim à convocação
do Senhor.
2. Escolha e Separação do Espírito.
“Sofre comigo como bom soldado de Cristo
Jesus” (II Tm.2:3).
Paulo, neste versículo, faz a diferença entre
dois tipos de soldados que compõe o exército do
Senhor: o primeiro é aquele que é apenas um sol
dado; o segundo, é o bom soldado. Este último, o
bom soldado, é aquele que está preparado para ir
para a linha de frente do combate. É com estes
que o Senhor irá trabalhar diretamente; são estes
que vão enfrentar os poderes do inimigo direta
mente. São escolhidos a dedo pelo Senhor para
serem instrumentos que irão destruir o exército
de Satanás. “Disse o Senhor a Gideão: o povo
que está contigo é demais para eu entregar os mi-
dianitas em sua mão; não seja caso que Israel se
glorie contra mim, dizendo: Foi a minha própria
mão que me livrou... disse mais o Senhor a Gi
deão: Ainda são muitos. Faze-os descer ás águas,
e ali os provarei; e será que, aquele de que eu te
disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém
todo aquele, que eu te disser: este não irá
contigo, esse não irá”. (Jz. 7:2 e 4). O Senhor
tem um processo de escolha para fazer esta sepa
ração, e ela é extremamente necessária para o su
cesso do plano de Deus. Vamos analisar o pro
cesso de escolha que o Senhor usa.
77
Coragem e Ousadia.-
Um Dos Requisitos Para Pertencer ao Exérci
to.
“Agora pois, apregoa aos ouvidos do povo
dizendo: Quem for medroso e tímido volte, e re
tire-se do monte de Gileade (Jz. 7:3).
O Senhor não admite que os medrosos e co
vardes façam parte desta companhia de primeira
linha que ele está separando, por razões claras e
simples. Primeiramente o medroso é o tipo de
soldado que se atemoriza e assusta com qualquer
tipo de armadilha, ameaça ou cilada do inimigo.
Alguém intimidado é um soldado inútil para seu
exército.
Outro aspecto que precisamos analisar, é a
influência negativa que o medo exerce nas pes
soas que estão dominadas por ele. O medo lança
sua influência negativa na área emocional, dar
dos de insegurança nas emoções dos que estão
por perto, leva as pessoas a questionarem a pos
sibilidade de vitória ou capacidade de proteção
daquele que está no comando, etc. Quando estes
sintomas comecam a aparecer é sinal que o exér
cito inimigo está conseguindo produzir brechas
no exército do Senhor.
Outro tipo de influência que alguém geral
mente tem quando está dominado pelo medo é
que isso produz na sua mente pensamentos fanta
siosos de engrandecimento do exército do inimi
go. Foi o que os espias produziram na mente do
povo de Israel, levando os até a esquecer as ce
nas dos milagres do Senhor e das maravilhas
operadas por ele em seu favor. A mente tem um
poder muito grande de influência sobre a vontade
humana, e para impedir isto o Senhor não permi
tiu que os medrosos fossem.
Outro aspecto importante a ser considerado
nas pessoas que vivem amedrontadas é a facilida
de que elas tem para se desesperarem diante dos
obstáculos. Muitas vezes no meio deste estado de
desespero elas são derrotadas e acabam levando
muitos outros à derrota com elas. Gostaria de
78
ilustrar com um exemplo de alguém que está
aprendendo a nadar e que num certo momento
começa a se afogar. Se a pessoa é medrosa, irá
entrar em pânico, envolvendo até o salva vidas
naquela situação de perigo. A partir daquele mo
mento, serão duas pessoas se afogando.
Outros que devem ser considerados são os tí
midos (covardes). O Senhor não permitiu que
eles fizessem parte do exército de Gideão por ra
zões claras. Primeiramente o tímido é alguém
que não tem iniciativa para atacar, por motivos
interiores. Não consegue ter segurança interior
suficiente para gerar em si um nível de confiança
que o leve ao ataque. O tímido não consegue su
portar uma carga de pressão intensa sobre si. Por
não suportá-la poderá destruir-se. Desta forma o
exército adversário produzirá uma brecha no es
paço e função ocupada por aquele soldado. Por
estas razões o Senhor não permitiu que estas
duas classes de pessoas fizessem parte do exérci
to de Israel que Gideão comandava. É bom escla
recer que neste tempo no qual o processo de es
colha tem estado em andamento, o Espírito Santo
tem estado trabalhando em vidas que têm estes
dois tipos de problemas. Através de uma unção
nova temos visto que aqueles que estão presos
pelo medo começam a passar por um processo de
libertação. O poder de uma porção nova do Espí
rito Santo na vida de um indivíduo libera em seu
interior um novo nível de fé, libertando-o do ní
vel natural. Agora, consequentemente, com o li
berar da fé, esta pessoa será levada ao segundo
passo no processo de libertação: a experiência de
enfrentar as circunstâncias que a atemorizam,
com fé e confiança na unção do Espírito Santo, e
no que diz a Palavra que fundamenta a nova fé,
que foi liberada no seu interior. Uma das armas
do inimigo é agir com ameaças, tentando impedir
que o cristão tome uma posição agressiva contra
ele. O inimigo busca impedir que tenha uma ex
periência prática e viva que o levará a eliminar
do seu interior todo tipo de insegurança e medo.
O mesmo processo é também usado com al
79
guém que está pres.o por timidez. O Senhor o
leva a enfrentar os obstáculos ou situações do dia
a dia da caminhada cristã.
81
um adversário que irá prevalecer contra ele cons
tantemente.
Quebrantamento.
Outro princípio do qual não podemos nos
desviar, nem para a direita nem para a esquerda,
é o quebrantamento interior. O salmista diz num
dos salmos que um coração quebrantado o Se
nhor não pode rejeitar'. Esta atitude interior leva-
nos à dependência completa do Senhor, fazendo-
nos esperar que ele seja aquele que guerreia as
nossas guerras. Mas quando não temos esta posi
ção interior nos tornamos pessoas auto-suficien
tes e, conseqüentemente, independentes do Se
nhor. Se isto acontece, corremos o risco de lutar
contra o exército inimigo com a nossa própria
força e com as armas naturais que conhecemos.
No confronto que o rei Davi teve com Golias, o
coração quebrantado de Davi foi fundamental
para que ele prevalecesse contra o gigante, sem
armas naturais, mas com um coração dependente.
O rei Davi foi confiante para o confronto com
Golias, sabendo que o Deus de quem realmente
dependia, não o deixaria só. Em nossos dias o
Senhor está levantando um exército forte, mas
totalmente dependente dele. Nesta dependência
está a razão da força e do poder que haverá neste
exército.
4. Capacitando o Exército.
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus,
para que possais resistir no dia mau; e havendo
feito tudo, permanecei firmes” (Ef.6:13).
É interessante notar neste versículo que o
apóstolo Paulo enfatiza a necessidade de nos re
vestir de toda a armadura. É nos momentos de
trevas o que irá levar-nos a permanecer firmes e
em vitória, se estivermos revestidos desta arma
dura. É de suma importância compreendermos
que sem esta armadura fica impossível permane
cermos firmes nos momentos de luta contra o
exército inimigo. Como já enfatizamos anterior
82
mente, há algumas armas de defesa e outras de
ataque que fazem parte da armadura de Deus. O
sangue do Cordeiro é um dos benefícios do reino,
talvez seja o principal. Nós precisamos entender
melhor sua eficácia, precisamos compreender que
ele não é apenas para lavar os nossos pecados e
imputar a nós a salvação pela graça do Senhor. O
que o inimigo não quer de maneira alguma é que
entendamos o outro aspecto do poder que o san
gue do Senhor traz a nós: o aspecto protetor. “Sa
bemos que todo aquele que é nascido de Deus não
vive pecando, antes, o guarda. Aquele que nasceu
de Deus, e o maligno não lhe toca”. I João 5:18
nos afirma que naqueles que nasceram de Deus o
maligno não pode tocar. Esta afirmação das Es
crituras lança por terra algumas mentiras que Sa
tanás tem usado como laço para amarrar vários ir
mãos atualmente. A primeira mentira, que é des
feita através deste versículo, é aquela segundo o
qual um cristão pode ficar possesso por um espí
rito maligno. Esta afirmação não é o que a pala
vra nos diz, pois a Escritura é clara ao dizer que
aquele que nasceu de Deus o maligno não pode
tocar e muito menos possuir.
O medo de ser possuído por um espírito
maligno tem perturbado as emoções e o espírito
de muitos na igreja do Senhor. Se a vida de uma
pessoa estiver fundamentada na Palavra, e não
em sentimentos ou muito menos nos pensamen
tos que o inimigo tem soprado em sua mente, ele
terá uma posição de vitória contra estes enganos
do inimigo. O sangue é como um anel protetor
em volta de nós e que coloca o inimigo sempre à
distância.
Certa vez, minha esposa e eu estávamos
evangelizando um casal que hoje são irmãos em
Cristo. Antes da conversão estavam passando por
momentos difíceis entre eles. Ele era soldado da
Polícia Militar e vivia uma vida irregular em to
dos os sentidos. Seu maior prazer era abusar dos
presos espancando-os. Vivia uma vida infiel a
sua esposa. Era tão infiel que além do filho que
tinha com sua esposa, tinha mais quatro filhos
83
com outras companheiras. Quando fomos pela
primeira vez na sua casa, ele tinha acabado de
dar uma surra em sua esposa, e tirado a comida
de seu filho para dar ao cachorro. Depois daquela
visita o Senhor liberou sua palavra de arrependi
mento e restauração àquela família. Porém, um
espírito maligno começou a incitá-lo-lo com um
ódio mortal contra minha pessoa. Certa vez ele
veio ao salão da Comunidade com um revólver
na cintura para tirar sua esposa do salão com o
objetivo de surrá-la mais uma vez, mas o Espírito
do Senhor me levou a ele. Condenei aquela atitu
de que ele queria tomar mas, este posicionamen
to, foi a gota d’água no mar de ódio que Satanás
tinha gerado em seu coração contra nós. Na se
mana seguinte ele tinha decidido atirar em mim
para destruir-me de uma vez por todas. Ele me
disse depois que o ódio era tão grande que cegou
todo o seu entendimento. Ele só entendia que as
nossas orações estavam perturbando sua vida, e,
naquele instante, pegou uma espingarda com ob
jetivo de ir até onde eu estava, mas uma força so
brenatural o impediu. Meses depois de sua con
versão, após uma mensagem que pregei sobre a
proteção do sangue de Jesus, ele disse-me que sa
bia que aquilo que tinha ministrado era verdade
pois um dia ele tinha visto o poder do sangue im-
pedindo-o de atirar em mim. Até então ele não ti
nha me contado este fato, mas naquele momento
eu o abracei e agradeci ao Senhor por sua prote
ção maravilhosa.
Aqueles que são nascidos de Deus, o maligno
não podé tocar, ainda que isto não o impeça de
tentar. O profeta Isaías escrevendo.no capítulo
54, versículo 17 diz: “...Nenhuma arma forjada
contra vós prosperará”.
Há um anel de proteção em volta de nós que
é o próprio sangue de Jesus. Este sangue põe li
mites na ação e nas investidas do inimigo contra
nós. Eu louvo ao Senhor por aquilo que diz em
Zacarias 2:5: “Pois eu, diz o Senhor, lhe serei um
muro de fogo em redor, e eu, no meio dela, lhe
serei a glória”. Este muro de proteção é o próprio
84
sangue que esteve no umbral da porta dos filhos
de Israel no Egito quando anjo da morte desceu
para destruir os primogênitos. Quando nos entre
gamos ao Senhbr, o umbral da nossa casa recebe
a marca do sangue. Quando o inimigo vier, nos
momentos difíceis, ao ver a marca do sangue ele
será obrigado a desviar a sua fúria e o seu intento
mau da nossa direção. O sangue faz parte da ar
madura que o Senhor planejou para nós. Ele é
uma arma de defesa que tem como objetivo nos
proteger. “Não temerás os terrores da noite, nem
seta que voe de dia, nem peste que ande na escu
ridão, nem mortandade que assole ao meio dia.
Mil cairão ao teu lado e dez mil à tua direita mas
tu não serás atingido” (SI 91:5-7).
Estamos protegidos contra os terrores notur
nos, mas também contra a seta que voa nos luga
res celestiais, pois o sangue nos protege destes
demônios que lutam contra nós dia e noite.
Quando estamos travando batalha espiritual con
tra o exército inimigo precisamos combater com
a consciência de que o sangue está como um
muro protetor em volta de nós e que o inimigo
não pode furar este muro protetor para nos atin
gir. Quando entramos no combate com esta con
vicção clara do poder protetor do Senhor, nosso
nível de fé e confiança na vitória irá aumentar.
86
começa a incomodar sua mente e suas emoções
de tal maneira que, se não houver uma interven
ção sobrenatural de Deus, poderá ser destruído.
A Escritura nos ensina a fazer do escudo uma
arma que sempre devemos carregar conosco, pois
os dardos malignos serão lançados constante
mente contra nós e, se não possuirmos esta prote
ção do Senhor, seremos destruídos. É importante
entendemos claramente o poder que há no escudo
da fé, e acionarmos esta arma contra as investi
das que o inimigo intentar contra nós.
Um dos terrenos minados no campo de bata
lha espiritual são os sonhos e as visões que fre-
qiientemente ocorrem no meio do povo do Se
nhor. Alguns sonhos de morte, acidentes drásti
cos ou outros tipos de desgraça que alguns sen
tem que podem vir a acontecer com eles têm sido
muitas vezes usados por Satanás para levar al
guns, dentro da igreja, a um estado de desespero
e depressão interior. Isso pode levá-los a uma po
sição de derrota, culminando até com o aconteci
mento daquilo que foi mostrado no sonho ou no
pressentimento. Quando um sonho, uma visão ou
um pressentimento começam a nos perturbar,
precisamos usar o escudo da fé e desfazer aquele
intento satânico contra nós ou contra alguém ou
uma situação que conhecemos. O escudo apaga o
dardo quando este é lançado contra nós. Há um
poder tremendo na fé liberada. O Espírito de
Deus age sobrenaturalmente, liberando o poder
que desfaz os laços satânicos e destruindo as for
talezas que Satanás constrói em volta do cristão
com seus enganos e mentiras. Todo dardo infla
mado pode ser apagado pelo escudo da fé, como
diz Paulo no capítulo 6 de Efésios. Não existe
nenhum dardo que não possa ser destruído pelo
escudo da fé. Todos os dardos inflamados são
apagados pela fé. Quando passei a entender esta
verdade, fui levado a uma nova dimensão de vida
espiritual.
Certa vez, em uma reunião, meu espírito de
tectou que um dardo inflamado de suicídio fora
lançado contra alguns irmãos que estavam na
87
reunião conosco. Aparentemente estava tudo nor
mal e parecia haver um fluir do Espírito, mas
quando expressei o que estava sentindo, imedia
tamente em lugares diferentes do salão, alguns ir
mãos começaram a sentir um forte cheiro de ve
las queimando e, quase que automaticamente, to
dos vieram juntos até a plataforma para testificar
o que estavam sentindo. Naquele momento cha
mamos à frente aqueles que pensavam em suicí
dio ou que já haviam tentado suicido naquela se
mana. Vieram à frente várias pessoas e percebi
que eram irmãos que estavam sendo bombardea
dos por dardos malignos em suas mentes e em
suas emoções. Quando começamos a orar contra
aqueles dardos, sentimos que aquela opressão,
que estava sobre aqueles irmãos, tinha sido tira
da. Se não fizéssemos aquilo, certamente, alguns
deles teriam sido induzidos ao suicídio. Precisa
mos estar conscientes do valor do escudo da fé e
acioná-lo quando percebermos espiritualmente
sua necessidade. Caso não façamos isto, estamos
permitindo que o inimigo venha ceifar vidas pre
ciosas em nosso meio. Eu tenho dito, várias ve
zes, a alguns irmãos, sempre impressionados, que
sonham com desastres ou morte de alguém, que
aqueles sonhos ou sentimentos vieram até eles
para que, através do escudo da fé, possam prote
ger o irmão ou irmãos com os quais sonharam.
O que acontece muitas vezes é que depois
que as pessoas têm um sonho desse tipo, elas co
meçam a crer mais no poder do maligno do que
na própria palavra protetora do Senhor. Quando
isso acontece, Satanás passa a ter o controle das
emoções e da mente do indivíduo. Com o contro
le da mente o inimigo começa a sugestionar ce
nas que de diversas maneiras retratam o aconteci
mento futuro que foi sonhado. Com esse controle
ele fecha as portas da mente para que a palavra
do Senhor não possa ser semeada. Com as emo
ções sob seu domínio o maligno semeia a insegu
rança e o medo, levando a pessoa a agir como ele
deseja.
A vontade é acionada pelo intelecto e pelas
88
emoções. Se elas estão sendo influenciadas por
agentes malignos, a vontade passa a ser domina
da também. Proteger a mente e as emoções com
o escudo da fé leva-nos a construir muros de pro
teção contra os dardos de Satanás. O que aconte
ce, na maioria das vezes, com aqueles que ainda
não estão debaixo do senhorio do Senhor, é que o
inimigo os ataca com seus dardos e, por não en
contrar resistência (que somente a armadura do
Senhor pode dar), os conduz à macumbaria e à
feitiçaria, levando-os a estar ligados com o espi
ritismo e a magia. Isso forma um elo de ligação
que só poderá ser quebrado com uma conversão
genuína ao Senhor. Este elo de ligação irá perse
guir aquela pessoa por toda sua vida. Se o escudo
da fé estivesse sido acionado quando o sonho ou
pressentimento teve início, a porta pela qual o es
pírito maligno entrou, teria sido fechada e a pes
soa teria sido liberta do “engano” maligno. Preci
samos crer no poder do escudo da fé, e acioná-lo
sempre nas muitas batalhas espirituais que trava
mos com o império das trevas.
Os dons do Espírito.
I Coríntios 12:1 e 7: “Ora, a respeito dos
dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ig
norantes. A cada um, porém, é dada a manifesta
ção do Espírito para um proveito comum”.
Os dons, em nosso interior são de uma tre
menda importância na guerra espiritual. Espe
cialmente aqueles dons que intitulamos de “dons
para guerrear”, que são: fé, discernimento de es
pírito e palavra de conhecimento. Estes dons,
quando liberados pelo Espírito Santo em alguém,
funcionam como uma arma poderosa contra o
exército do inimigo. Por esse motivo, há muita
resistência contra tais dons. Para uma pessoa al
cançar o nível de um liberar fluente, demora,
muitas vezes, um período maior do que os outros
dons.
89
Como estes dons -funcionarão no momento de
batalha espiritual?
Dom da fé.
A fé, segundo a própria definição bíblica, é
“o firme fundamento das coisas que se esperam e
a prova daquilo que se não vê” (Hb. 11:1). Se
gundo o que entendemos, há três níveis de fé. O
primeiro nível é aquele que todos recebem no
início da vida cristã e que nos faz caminhar nos
princípios básicos da vida espiritual. O segundo
nível é aquele que entramos quando o Espírito
Santo libera em nós o dom da fé. Este dom pro
duz, no interior do crente, uma valentia e ousadia
que antes não havia. Esta fé o leva a entrar no
mundo espiritual com maior segurança. É inte
ressante notar que quando um homem entra na
batalha espiritual naquele primeiro nível de fé, a
insegurança interior deste indivíduo funciona
como uma brecha, através da qual o inimigo
pode controlá-lo. Na guerra espiritual é funda
mental a confiança e a segurança interior do sol
dado. É o dom da fé que proporciona estas duas
coisas no interior do cristão. O dom da fé produz
uma confiança maior na proteção daquele que
nos envia à batalha e, conseqüentemente, nossos
olhos espirituais são abertos para vermos a prote
ção que está em nossa volta. Passamos pela expe
riência do moço de Eliseu, quando pode ver o
exército de fogo que estava em sua volta.
“Tendo o moço dq_homem de Deus se levan
tado muito cedo, saiu, e eis que um exército tinha
cercado a cidade com cavalos e carros; então o
moço disse ao homem de Deus: ai, meu senhor!
que faremos? Respondeu ele: não temas, porque
os que estão conosco são mais do que os que es
tão com eles. E Eliseu orou, e disse: ÓSenhor
peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o
Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu, e eis
que o monte estava cheio de cavalos e carros de
fogo em redor de Eliseu” (II Reis 6:15-17). O
dom da fé tira as escamas dos nossos olhos e nos
leva a ver o exército do Senhor que está ao nosso
90
redor para nos proteger e guerrear por nós. Eu
creio que todos os que estão envolvidos nessa ba
talha espiritual precisam da liberação do dom da
fé em seu interior, para enxergar claramente o
mundo espirituál e desta forma saber claramente
como devem lutar.
Discernimento de Espírito.
Outro dom, sobremodo importante para o
combate espiritual, é o de discernimento de espí
ritos. São muitas as ocasiões em que o inimigo
consegue levar-nos a desferir golpes no ar por
não termos .discernimento. “Pois eu assim corro,
não como indeciso: assim combato não como ba
tendo no ar” (I Cor. 9:26). Este dom nos leva a
ter discernimento claro de onde devemos atacar e
que tipo de espírito estamos enfrentando. Algu
mas vezes oramos com uma pessoa enferma vá
rios meses e até anos, sem que ela seja curada.
Nos desgastamos em jejum e oração sem vermos
a pessoa curada. Isso muitas vezes nos leva a
questionarmos o poder e a autoridade do Senhor
sobre as enfermidades, mas se possuirmos o dom
de discernimento de espíritos, veremos, neste
caso específico, que por traz desta enfermidade
existe um demônio e, se primeiramente não orar
mos diretamente contra ele, ordenando liberta
ção, a pessoa não ficará curada.
“Enquanto esses se retiraram, eis que lhes
trouxeram um homem mudo e endemoniado. E,
expulso o demônio, falou o mudo e as multidões
se admiraram, dizendo: Nunca tal se viu em Is
rael” (Mt. 9:32-33). Neste trecho das Escrituras
podemos perceber claramente a operação deste
dom: o laço do inimigo na vida daquele homem
que estava mudo, foi desfeito através da opera
ção do dom de discernimento pelo Senhor Jesus.
É interessante observar que um dos lugares
que mais sofre pressão, quando estamos na luta
espiritual, é o lar. O relacionamento conjugal e
entre pais e filhos, recebe pressões muito fortes
gerando conflitos. É interessante notar também
que coisas pequenas levam a um conflito conju
91
gal, muitas vezes de grande proporção, mas,
quando aquele momento de pressão passa, o ca
sal chaga à conclusão que brigaram por um pro
blema muito simples e fácil de resolver. É impor
tante entender que o motivo aparentemente foi
simples, mas, havendo em nós a operação do
dom de discernimento de espíritos perceberemos
que a causa principal, atrás daquele problema, é
que há uma pressão diabólica. O objetivo desta
pressão é produzir conflitos. Estes conflitos tra
zem duas conseqüências sérias no relacionamen
to conjugal: leva um dos cônjuges a um posicio
namento drástico, como uma decisão de separa
ção, infidelidade conjugal como forma de vin
gança e algumas vezes ao sqicídio ou assassina
to. E este é o primeiro objetivo de uma pressão
diabólica em um lar que está envolvido na guerra
espiritual.
O segundo objetivo das pressões é levar os
cônjuges a se agredirem verbalmente com rea
ções ou posições agressivas, ferindo-se mutua
mente. Surgem assim as feridas emocionais, que
se transformam em brechas para espíritos entra
rem. Precisamos ter discernimento de quando o
inimigo está pressionando nossos lares. Não lute
mos com as armas que ele quer que lutemos, mas
tomemos as armas do Senhor e tenhamos as rea
ções que o Senhor espera. Geralmente, no rela
cionamento conjugal, os cônjuges não percebem
que aquele probleminha, aparentemente simples
que está provocando naquele momento de confli
to, vem do exército do inimigo; todavia, o Se
nhor sempre dá a um deles o discernimento atra
vés da voz do Espírito Santo no seu íntimo. É
nesse momento que, aquele que foi alertado pelo
Senhor, deve tomar controle da situação, agindo
segundo os princípios da palavra de Deus.
Outro aspecto, que precisamos considerar,
são os lugares onde trabalhamos ou estudamos,
passando boa parte do nosso tempo. Estes lugares
sãoverdadeiros campos de batalha espiritual. O
ambiente ali, em alguns momentos, é um terreno
minado, onde o inimigo coloca suas bombas bem
92
escondidas para nos destruir. Um cristão que não
tem este entendimento e tampouco o dom de dis
cernimento liberado no seu interior, será facil
mente envolvido pelo ambiente, tomando-se uma
presa fácil para Satanás. Eu tenho visto alguns
bons irmãos agirem igenuamente em ambientes
como esse. Respondem com a mesma moeda às
provocações ou insinuações que o inimigo lança
com o objetivo de destruí-los. Como filhos do rei
dos reis precisamos ter olhos abertos para enxer
gar as minas nos terrenos em que estamos travan
do esta batalha espiritual. Quando estamos circu
lando no trânsito de uma grande cidade, num
congestionamento de carros, precisamos estar
apercebidos, através do dom de discernimento,
para o mundo espiritual. Provocações ou mesmo
batidas com o nosso carro, que algumas vezes
nos deixam com os nervos à flor da pele, preci
sam ser encaradas não como algo natural, ou fru
to de um trânsito agitado, mas como atuação da
mão do inimigo com o objetivo de nos atingir.
Andando em Espírito, tendo em nós o liberar
deste dom, prevaleceremos nestas situações, e
mais do que isto iremos desmascarar o inimigo
publicamente revelando as pessoas que estão pró
ximas de nós quem ele é.
Palavra de Conhecimento.
“Ora, o rei da Síria fazia guerra a Israel, e
teve conselho com os seus servos dizendo: Em
tal e tal lugar estará o meu acampamento. E o ho
mem de Deus mandou dizer ao rei de Israel:
Guarda-te de passares por tal lugar, porque os sí
rios estão descendo ali. Pelo que o Rei de Israel
enviou àquele lugar, de que o homem de Deus
lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se
salvou. Isso aconteceu não só uma vez, nem
duas. Turbou-se por causa disto o coração do rei
da Síria, que chamou os seus servos, e lhes disse:
não fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Is
rael? Respondeu um dos servos: não é assim, ó
rei meu Senhor, mas o profeta Eliseu, que está
em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras
93
que falas na tua câmara de dormir” (II Rs. 6:8-
12).
A palavra de conhecimento era freqüente-
mente usada pelos profetas nos confrontos que
Israel tinha no passado com as nações inimigas.
Este mesmo dom foi dado a igreja pelo Espírito
Santo de Deus, e nós precisamos usá-lo no com
bate que estamos travando contra os poderes do
inimigo. Em uma das igrejas que estamos man
tendo relacionamento, numa noite de sábado al
guém entrou no salão e colocou veneno no filtro
de água que ficava na sala das crianças. O objeti
vo do diabo era matar algumas crianças e tam
bém lançar por terra o testemunho do nome do
Senhor. Mas no outro dia, antes de chegarem
para o culto, o Senhor revelou a um dos irmãos a
estratégia de Satanás. Pegaram os filtros e leva
ram a companhia de água da cidade e foi com
provado que aquela água estava envenenada. O
nosso Deus não deixará que o inimigo nos sur
preenda. No Salmo 89:20-22 diz: “Achei a Davi
meu servo, com o meu santo óleo o ungi. A mi
nha mão será sempre com ele e o meu braço o
fortalecerá. O inimigo não o surpreenderá”. A
palavra de conhecimento impede que o inimigo
nos surpreenda. Se andarmos afinados, com o Es
pírito de Deus, os acidentes, que são preparados
contra nós e contra a igreja do Senhor, serão de
tectados por nós, o que nos levará a desfazê-los
antes que o inimigo consiga executá-los.
As pessoas vão aos prognosticadores para se
rem livres de futuros acidentes ou algum tipo de
desastre futuro, e são avisados por estes mensa
geiros de Satanás. Enquanto isto, nós,, que temos
o Espírito de Deus e o verdadeiro dom de conhe
cer o que irá acontecer no futuro, estamos presos
sem agir avisando a igreja dos perigos e laços
que o inimigo tem preparado contra ela.
A palavra de conhecimento, além de benefi
ciar a igreja, também pode abençoar toda huma
nidade, revelando as armadilhas que o inimigo
tem preparado para ela. Tem acontecido com
bastante frequência estes dias, acidentes nos está
94
dios de futebol. Eles poderíam ser evitados se a
igreja do Senhor intervisse profeticamente impe
dindo o inimigo de executar seus planos. Que o
Senhor possa liberar a palavra de conhecimento
no meio da igreja como uma arma mortífera con
tra Satanás. Iremos agora analisar algumas estra
tégias do inimigo.
A primeira estratégia é o que chamamos da
semente do medo. Primeiramente precisamos en
tender que o medo não é um espírito maligno
mas, uma semente que é lançada no coração de
alguém desde seu nascimento. Se a terra for fértil
a semente irá germinar tornando-se uma brecha
pela qual espiritos malignos irão controlar a vida
daquela pessoa. A atitude dos pais e parentes
próximos, nos primeiros anos de vida, é funda
mental para determinar se aquela terra será ou
não fértil para a semente lançada. Se analisarmos
uma família, iremos notar que quando os pais são
mundanos, seus filhos também serão, porque a
atitude dos pais faz com que a terra (as emoções
dos filhos) se torne fértil para a semente lançada
ali. Agora se os pais tem uma posição de vitória
contra o medo, seus filhos encontram menos difi
culdades para vencê-lo.
É interessante notar que no aspecto sobrena
tural, alguém que está preso pelo medo, fica por
muito tempo impedido de possuir as bênçãos que
o Espírito Santo tem para ela, como a experiência
com enchimento do Espírito Santo ou um fluir
em adoração no Senhor. Pois o medo gera inse
gurança e bloqueia aquilo que o Senhor está mos
trando para pessoa. Muitos irmãos queridos, fi
cam impedidos de liberar os dons espirituais por
que tem medo de que o sobrenatural venha, de al
guma maneira, prejudicá-los. O medo impede as
pessoas de mergulharem nas águas do Espírito. E
faz também com que o confronto contra os pode
res do inimigo que se trava na esfera espiritual
pareçaalgo amedrontador, porque a vontade e a
fé da pessoa estão sob a influência do medo. Por
este motivo, alguém que não passou por um pro
cesso de libertação, nesse aspecto, não pode par
95
ticipar do exército do.Senhor. “Disse o Senhor a
Gideão: o povo que está contigo é demais para eu
entregar os midianitas em sua mão, não seja caso
que Israel se glorie conttra mim, dizendo: Foi a
minha própria mão que me livrou. Agora pois,
apregoa aos ouvidos do povo dizendo: Quem for
medroso e tímido volte, é retire-se do monte Gi-
leade...” (Juizes 7:2,3). Quando o Senhor disse a
Gideão que os medrosos deveríam voltar, Ele es
tava mostrando a Gideão que no seu exército não
há lugar para covardes. O Senhor não estava re-
jeitando-os como filhos, mas como soldados eles
não estavam preparados para assumir um lugar
no exército do Senhor. Como ficar livre desta
semente que herdamos na queda de Adão?
Ter uma revelação do poder
do Espírito Santo em nós.
“Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes
vencidos porque maior é aquele que está em vós
do que aquele que está no mundo” I Jo.4:4.
O caminho de vitória sobre o medo começa
com uma revelação de que a pessoa do Espírito
Santo habita dentro de nós. Quando não há esta
revelação, a tendência humana é olhar para suas
próprias forças. Quando fazemos isto estamos
comparando o que temos interiormente, com os
poderes do mundo sobrenatural, e por isso não
conseguimos liberar a nossa fé e vontade das gar
ras do medo. A revelação da pessoa do Espírito e
do seu poder, que é maior do que os poderes que
constituem o mundo sobrenatural, nos levará a
encarar este mundo espiritual por uma-nova pers
pectiva. Conta-se que certo homem de Deus no
passado, numa noite foi acordado com um baru
lho diferente em seu quarto. Quando ele sentou
na cama para ver o que estava acontecendo, no
tou que havia uma pessoa estranha sentado nos
pés de sua cama. Quando aquela pessoa se identi
ficou como sendo o próprio Satanás, no mesmo
instante, o homem do Senhor deitou-se novamen
te virando-se para o outro lado da cama dizendo
96
com bastante confiança: “eu irei dormir nova
mente, porque você não pode me tocar”. Logo
voltou a dormir e o diabo foi embora. O fruto da
segurança interior que havia naquele homem, em
parte era conseqüência da revelação que ele tinha
da presença do Espírito Santo em seu interior.
Este é o primeiro princípio para que possamos
estar livres desta semente maligna. Diante disso,
quem deseja ficar livre desta semente, deve bus
car, em oração, a revelação de Deus deste princí
pio.
Levar-nos ao cansaço:
Quando nos deparamos com dificuldades e
não conseguimos superá-las, tendemos a concen
trar todo o nosso vigor físico, emocional e espiri
tual contra todos os obstáculos. Estabelecemos
100
alvos fora da aprovação do Senhor e os impecí-
lios não são superados.
No decorrer do combate o propósito do ini
migo é nos levar ao cansaço que nossa luta pro
porcionou. Levar-nos a uma estafa emocional
sempre é o objetivo de Satanás. Quando ele al
cança este objetivo, começam suas investidas
contra nós. Precisamos estar de olhos abertos
para enxergar quando o inimigo estiver apenas
tentando nos cansar.
Confusão:
Esta tem sido uma das estratégias frequente
mente usada pelo inimigo: confundir aqueles que
fazem parte do exército do Senhor. É através da
confusão que ele consegue cegar os olhos dos
soldados do Senhor, para que não vejam com cla
reza as metas que o Senhor tem traçado para seu
exército.
101
Quais são os prineipais alvos que o inimigo,
tem para produzir confusão no exército do Se
nhor? São dois:
a) Visão.
Tentar distorcer a visão do propósito. O obje
tivo é impedir que o Senhor leve o seu povo a
possuir o que ele deseja para nós. Distorcer, com
fatos semelhantes, a verdade, para que não perce
bamos que estamos mudando de direção. “E não
é de admirar, porquanto o próprio Satanás se dis
farça em anjo de luz” (II Co. 11:14). As heresias
são frutos da confusão que o inimigo lança na
mente e no coração daqueles que fazem parte do
exército. Outro aspecto da confusão é quando o
inimigo consegue escurecer a visão que, até en
tão, estava clara diante de nossos olhos. A confu
são visa tentar impedir que vejamos claramente o
propósito do Senhor para a igreja e também sua
estratégia de prevalecermos contra o exército ini
migo.
b) Relacionamento com o corpo.
Outro aspecto onde Satanás procura produzir
confusão é nos relacionamentos com o corpo. Ele
tenta obstruir o canal de onde recebemos força
para permanecer firmes na batalha. E interessante
perceber que nos vários níveis de relacionamento
que temos, as investidas do inimigo são constan
tes, mas é nos relacionamentos básicos que as
pressões são maiores, pois se este canal de per
dão e força ficar obstruído, sua estratégia contra
nós terá funcionado. Precisamos discernir quando
Satanás está tentando, através de pressões, impe
dir que recebamos a força que vem do corpo de
Cristo. A confusão ministrada pelo inimigo pre
cisa ser rejeitada pela igreja, tanto no aspecto de
visão como no de relacionamentos básicos no
corpo de Cristo.
102
Quebrando as Resistências
Entendemos que Satanás tem concentrado
toda sua força com o objetivo de resistir ao mo
ver genuíno que o Espírito Santo fará nos últimos
dias. Não tenha dúvida que seu objetivo principal
é este, pois, percebemos, em vários lugares, por
onde temos passado que, quando a visão de uma
localidade é clara sobre o que Deus irá fazer em
nossos dias, maior é a resistência que aquela lo
calidade enfrenta. Agora, também é interessante
notar que quando a visão não é clara, a resistên
cia, por parte de Satanás, é quase inexistente. Os
homens e as igrejas locais que entendem clara
mente a visão do mover do Espírito, serão resisti
dos com intensidade e força. “Então me disse:
não temas Daniel porque desde o primeiro dia em
que aplicaste o teu coração a compreender e a
humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as
tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu
vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resis
tiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio me ajudar” (Dn. 10:12-
13).
Estes versículos da Escritura nos mostram
um exemplo claro de como os principados se
opõem a alguém que recebe a visão do Senhor e
decide alcançar o cumprimento desta visão.
“Acontecerá depois que derramarei o meu Espíri
to sobre toda a carne, vossos filhos e vossas fi
lhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos,
vossos mancebos terão visões e também sobre os
servos e sobre as servas naqueles dias derramarei
o meu Espírito” (Joel 2:28-29). O mover do Espí
rito nos últimos dias será o maior acontecimento
da história. A humanidade será visitada pela nu
vem do Espírito de Deus e as cadeias que pren
dem a criação debaixo da escravidão satânica se
rão quebradas. A criação ficará livre debaixo do
reino do Senhor. Podemos ouvir a trombeta do
Espírito ser tocada sobre toda a terra.
Há um clamor hoje no coração daqueles que
receberam visão semelhante nos versículos 15 e
103
16 do capítulo 4 de Cantares: “És fonte de jar
dim, poço das águas vivas, torrentes que manam
do Líbano. Levanta-te, vento norte, e vem tu,
vento sul, assopra no meu jardim, espalha os aro
mas. Entra o meu amado no seu jardim, e coma
seus frutos excelentes “. Este clamor está sendo
gerado na igreja pelo Espírito de Deus e tem aba
lado as estruturas do exército inimigo. Por causa
da visão e do clamor para que esta visão se exe
cute, os principados têm se levantado em vários
lugares para se opor ao mover do Espírito Santo.
“Então virá o fim quando ele entregar o reino a
Deus e Pai, quando houver destruído todo domí
nio, e toda autoridade e todo poder. Pois é neces
sário que ele reine até que haja posto todos os
inimigos debaixo dos seus pés” (I Co. 15:24,25).
Os níveis de resistência
que precisam ser destruídos.
..Domínio: O espírito que obscurece as men
tes, resistindo à luz do poder da Palavra do reino
e impedindo que essa luz alcance o intelecto do
homem.
Autoridade: São potestades que resistem na
esfera do espírito a uma libertação do espírito do
homem. Buscam impedí-lo de apropriar das pro
messas do reino de Deus.
Poder: Uma legião de espíritos malignos que
resistem nas áreas emocional e física ao mover
do Espírito de Deus. Paulo profetiza que estas
três camadas de resistência satânica Serão des
truídas pelos pés do Senhor Jesus. Nós sabemos
que a igreja, que somos nós, lavados pelo precio
so sangue e que nascemos de novo, é o corpo que
esmagará toda a resistência satânica à vontade de
Deus. Sendo nós a última geração da igreja, auto
maticamente somos os seus pés, e como pés des
te corpo triunfante do Senhor Jesus, estamos tra
vando um dos momentos mais drásticos e inten
sos da guerra espiritual em toda a sua história. A
104
serpente, como foi proferido em Gênesis 3:15,
feriu no calcanhar o corpo de Cristo pois nunca
se viu na história da igreja tantos escândalos
como em nossos dias grandes guerreiros foram
abatidos pela serpente, mas a resposta do corpo
virá em breve quando, através dos pés, atingidos
nos últimos dias, Deus lhe esmagará a cabeça, irá
destruir por completo a força e o poder do exér
cito enganador que tem tentado desanimar o gru
po de cristãos que recebeu do Senhor esta visão
correta. Sou consciente que esses espíritos foram
treinados nestes anos, depois da queda de Lúci-
fer, só para agirem neste tempo. Eles têm agido
por um momento no meio da própria igreja. Mas
nós também sabemos que em nossos dias há um
derramar maior da unção do Espírito Santo. Esta
unção está abrindo os olhos deste grupo de va
lentes em toda parte do mundo. Enxergamos os
laços que estes espíritos estão armando para a
igreja, mas, através da força e sabedoria do Espí
rito de Deus, desfaremos estes laços e a igreja
caminhará dedicadamente no caminho do Senhor
para a vitória contra Satanás. Em todos os luga
res onde a visão do propósito de Deus é clara, a
resistência tem aumentado. O fato de estar ligado
como corpo, de não estar sozinho é fundamental
para que as pressões desta resistência não nos
atinjam no espírito, emoções e intelécto. Não
quebraremos estas resistências sozinhos, mas
através de um grupo de profetas valentes. Que
braremos as resistências e destruiremos o poder
do inimigo. Como foi na época de Daniel, onde o
arcanjo veio em auxílio do anjo que levava a res
posta a Daniel, assim também os anjos estão nos
auxiliando. Em várias regiões dos lugares celes
tiais que representam várias partes do mundo, a
guerra tem se tornado mais intensa, mas é impor
tante entendermos que quando a guerra se toma
mais intensa em alguma região, anjos de hierar
quias diversas são enviados para lá a fim de auxi
liar o povo do Senhor nesta guerra.
Sabemos que alguns países nestes dias, pas
sam por momentos difíceis, mas os anjos estão
105
sendo enviados pelo Senhor para os lugares nos
quais a batalha tem maior intensidade. Estes an
jos se ajuntam ao corpo de Cristo naquela região
a fim de que a igreja se torne vencedoras. As ba
talhas que estamos enfrentando em nossos dias
evidenciam que estamos caminhando para o alvo
certo. Estas resistências não podem nos impedir
de continuar combatendo o bom combate. Nos
tornamos, através do Espírito Santo, muito mais
do que vencedores, abrindo os céus para que a
visitação que foi predita pelos profetas no passa
do e pela qual esperamos, possa acontecer.
“Porque convém que ele reine, até que haja
posto todos os inimigos debaixo dos seus pés” (I
Co.15:25). Paulo nos diz que Jesus está reinando,
mas também nos mostra, neste Versículo, que os
inimigos do Senhor estão resistindo ao seu reina
do. Neste livro nós tivemos a intenção de mostrar
como o exército do inimigo está equipado, mas
Paulo nos diz que todo exército será colocado de
baixo dos pés do Senhor. Como falamos no iní
cio, os pés de Jesus são a última geração de sua
igreja. Esta geração somos nós.
Diante desta verdade nossa responsabilidade
aumenta, porque temos como missão trazer à prá
tica a vitória de Jesus que já foi consumada na
cruz. O inimigo sabe que esta missão nos foi
dada. Por este motivo o seu exército tem investi
do contra a igreja como nunca antes.
O Senhor está procurando homens e mulheres
com a determinação firme de se posicionarem ao
lado do Senhor e de seus princípios, para que ele
possa subjugar os seus inimigos. E nós somos es
tas pessoas. O que precisamos fazer é.não temer
o inimigo, nem olhar para o seu poder.
Quando voltarmos nossos olhos para o Se
nhor, firmando os nossos pés na sua palavra, ire
mos participar do melhor de seu poder, e a sua
glória será manifestada no meio das nações. Que
o Senhor possa nos despertar para posicionarmos
ao seu lado nesta batalha!
106