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1ª edição – 2006
3.000 exemplares
Tradução
Roberto Alves
Revisão
Fabiano Antônio Ferreira
Roberto Alves
Editoração
OM Designers
Capa
Magno Paganelli
Conselho Editorial
Cláudio Marra (Presidente), Alex Barbosa Vieira, André Luiz Ramos, Francisco Baptista de
Mello, Mauro Fernando Meister, Otávio Henrique de Souza, Ricardo Agreste, Sebastião Bueno
Olinto, Valdeci da Silva Santos.
Waltke, Bruce K.
ISBN 85-7622-141-1
CDD – 492.4
pv em memória de
W. J. Martin
25 de maio de 1904
21 de março de 1980
Cambridge
p vii Sumário
Abreviaturas e Siglas
Apresentação
Prefácio
Introdutório
1. Língua e Texto
3. Conceitos Básicos
4. Unidades Gramaticais
Substantivos
5. Padrões Substantivos
6. Gênero
7. Número
8. Função Nominativa e Orações sem Verbo
9. Função Genitiva
11. Preposições
12. Aposição
14. Adjetivos
15. Numerais
17. Demonstrativos
19. Relativos
Graus Verbais
37. Particípios
38. Subordinação
Glossário
Bibliografia
Índices
Termos Gramaticais
abs. absoluto
C consoante
C termo construto
c. comum
col. coletivo
cstr. construto
f(em). feminino
impfv. imperfectivo
m(asc). masculino
non-pfv. não-perfectivo
pf. perfeito
pfv. perfectivo
pl. plural
Pred predicado
S sujeito
s(ing). singular
V vogal
V verbo
* forma não-atestada
** forma impossível
Versões e Traduções
AV Authorized Version
LXX Septuaginta
TM Texto Massorético
GKC [Wilhelm Gesenius-] Emil Kautzsch, trad. A. E. Cowley. 1910. Gesenius’ Hebrew
Grammar.
LHS Ernst Jenni. 1981. Lehrbuch der hebräischen Sprache des Alten Testaments.
p ix Apresentação
Apresentar esta obra de Waltke e O’Connor na sua tradução para a língua portuguesa é
uma honra imensa. Quando a indiquei para tradução e os trabalhos foram iniciados, não tinha
idéia de quanto tempo e esforço seriam necessários até que pudéssemos tê-la entregue ao
estudioso da língua hebraica no Brasil. Não se trata da tradução de um livro simples, mas de
uma obra que, além de volumosa, apresenta complexidade nas relações internas com vários
índices fundamentais ao seu bom uso.
Ainda que após a publicação do livro (1990) as pesquisas na língua hebraica tenham
avançado, abrangendo o estudo de novas categorias lingüísticas e metodologias, a obra de
Waltke e O’Connor continua a ser reimpressa, por seu porte e valor inestimáveis. Essa é, sem
sombra de dúvida, uma obra que todo estudioso do Hebraico Bíblico deve ter em sua
biblioteca.
ÁFRICA DO SUL
p xi Prefácio
Como uma gramática pedagógica, este volume não busca apenas descrever a sintaxe do
hebraico bíblico, mas prover alguma profundidade explicativa para a descrição. Os estudantes
emergem de um curso introdutório de hebraico prontos para começar a confrontar o texto, e
este volume situa-se entre os livros que podem ajudá-los. Entre esses livros, esperamos que
este tenha um lugar distintivo. Gramáticas de referência e léxicos avançados, se consultados
rapidamente, tendem a fragmentar a visão do leitor acerca dos problemas, enquanto que
comentários tendem a estreitar demasiadamente o foco. Estudos gramaticais especializados às
vezes são forçados a discutir excessivamente uma tese ou cobrir todos os dados muito
rapidamente.
p xii Como uma ferramenta de leitura e exegese, este volume busca estimular a atenção
às dificuldades de um texto em uma língua escrita do mundo antigo de uma cultura diferente.
Um programa muito breve de estudo de hebraico pode ser desencaminhador ou até mesmo
perigoso. O domínio fácil pode fazer os estudantes acreditarem que compreenderam um
texto, quando tudo que eles realmente conseguiram foi simplesmente a memória de uma
tradução recebida pronta. As distorções decorrentes do uso da língua hebraica como a chave
para a compreensão de uma mentalidade estrangeira não fazem parte de nosso programa,
pois a erudição atual superou tais concepções. Mas o hebraico permanece uma língua
estrangeira para falantes nativos de português ou outras línguas européias. Esta gramática
busca ajudá-los a perceber o caráter desse estrangeirismo, principalmente com respeito à
interação entre sintaxe e semântica. Preocupamo-nos com o que as formas do hebraico
significam, como esses significados podem ser apropriados e, incidental e principalmente por
meio de exemplos, como esses significados podem ser vertidos para o português.
A primeira base deste estudo é a grande tradição de gramática hebraica falante-nativa
associada com a comunidade judaica medieval. Esta tradição foi passada durante séculos e
supriu a tradição européia moderna canonizada por Wilhelm Gesenius, no primeiro quarto do
século 19. A segunda base é o estudo lingüístico moderno, com suas raízes contemporâneas a
Gesenius e suas primeiras flores contemporâneas à edição da gramática de Gesenius,
atualmente impressa em inglês (1910). Esta gramática apóia-se sobre estas duas bases, ora
mais em uma, ora mais em outra. O objetivo deste volume não é a inovação; de fato, muitas
novidades não seriam apropriadas. Ainda que o corpo enorme de eruditos interessados na
Bíblia Hebraica tenha produzido muitos materiais novos, e cada nova visão ou conceito
reposiciona e reforma todas as outras facetas da gramática, isso tudo ocorre ligeiramente.
Então, é seguro dizer que qualquer leitor achará algo novo aqui, e é mais seguro dizer que
cada leitor achará algo com que discordar.
Embora esta não seja uma sintaxe exaustiva da Bíblia Hebraica, ela provê uma avaliação
completa do assunto e utiliza um corpo rico e diversificado de erudição. Por exemplo, os
estudos importantes de F. I. Andersen, Ernst Jenni e Dennis Pardee estão aqui, pela primeira
vez, trazidos para um exame da gramática hebraica; outros estudos são avaliados, e ainda
outros são citados somente de passagem. Como David Qimḥi, freqüentemente somos
respigadores seguindo os ceifeiros. Algumas das distorções que podem ser achadas na
literatura são criticadas. A bibliografia não somente dirigirá os estudantes às obras que usamos
aqui, mas também às obras de referência e aos estudos em fonologia e morfologia hebraicas,
assuntos não tratados aqui. Temos provido uma bibliografia básica de estudos de hebraico
bíblico, porque nenhuma ferramenta assim está atualmente disponível.
Algumas outras bases do volume são dignas de nota. Dados comparativos de línguas
semíticas foram utilizados para iluminar e prover perspectivas. Entretanto, não pressupomos
conhecimento algum de outras línguas. Tendo em vista nossas duas bases primárias, este uso é
inevitável. Os gramáticos de hebraico mais antigos falavam tanto o árabe quanto o hebraico;
assim, a tradição começa com uma tendência comparativa. A decifração do cuneiforme e o
desenvolvimento de gramáticas modernas de acadiano afetaram a interpretação de cada
faceta do verbo hebraico. Ao lado do árabe e do acadiano, as grandes línguas faladas
originalmente ao sul e ao leste do hebraico, estão as outras línguas do Levante antigo,
parentes mais íntimas do hebraico – moabita, amonita e púnico-fenício, como também a
língua mais antiga de Ugarite e as aparentadas mais distantes línguas aramaicas. A citação de
dados de semítico comparativo é restringida, mas em nosso julgamento é sempre crucial para
o argumento à mão. Semelhantemente cruciais são dados comparativos do português e de
outras línguas européias. A análise por contraste de línguas é agora comum no ensino
moderno de línguas. Tal informação serve para lembrar os estudantes como a própria língua
deles e outras correlatas funcionam. Nem todos os estudantes têm um amplo e firme
embasamento em lingüística – este livro não pressupõe familiaridade alguma com este
assunto – e o português pode ser tomado como um ponto de referência fixo e atraente. O uso
de dados de língua portuguesa serve, pelo menos em parte, para expor os pré-entendimentos
dos leitores de língua portuguesa. Realmente, à luz de uma língua “exótica” como o hebraico,
o português também passa a ser uma língua “exótica”. No labor da leitura ou da tradução, a
língua receptora não é mais “natural” ou “correta” que a língua de origem.
A forma do livro é irregular, pois não buscamos equilibrar exatamente os vários aspectos
do hebraico ou dividir os materiais em porções iguais. Uma compreensão própria do grau Piel
ou da conjugação prefixa requer o uso de conceitos e noções que podem parecer teóricos
demais. O capítulo sobre preposição, em contraste, pode parecer demasiadamente léxico.
Certos tópicos não são tratados completamente: os advérbios, especialmente as partículas
negativas, não recebem a atenção focalizada que eles podem receber, não obstante há
referências pertinentes ao longo do livro. O trabalho de escrita de cada livro deve ser limitado
ou pelo menos deve ser chamado a uma pausa.
Reconhecimentos
Ambos os autores desejam aproveitar esta oportunidade para agradecer aos seus
professores: Waltke foi treinado por T. O. Lambdin, F. M. Cross e o falecido G. Ernest Wright de
Harvard; e O’Connor por C. R. Krahmalkov, D. N. Freedman e G. E. Mendenhall de Michigan.
Todo o estudo de graduação é um empenho colaborativo, e queremos aproveitar esta
oportunidade para agradecer nossos condiscípulos, agora, com freqüência, colegas e
conselheiros. Nossos editores estiveram envolvidos de perto com o projeto durante mais de
oito anos, e James E. Eisenbraun trabalhou em cada aspecto do livro, na grande tradição de
eruditos-editores. Ambos os autores assumem a total responsabilidade pela obra.
FILADÉLFIA
ANN ARBOR
1° DE DEZEMBRO DE 1990
Vancouver
St. Paul
7 DE ABRIL DE 1993
Vancouver e Orlando
Washington, D.C.
24 DE JUNHO DE 1999
p1 Introdução
1 Língua e Texto
3 Conceitos Básicos
4 Unidades Gramaticais
p3 1
Língua e Texto
1.1 Introdução
3.1 Pré-História
1.4 Sincronia/Diacronia
5.1 Introdução
6.1 Característica
6.2 Consoantes
6.3 Vocalização
6.4 Acentuação
1.1 Introdução
a A língua hebraica tem sido usada desde os tempos de Moisés (a era arqueológica
conhecida como Idade do Bronze Tardio II, 1400–1200 a.C.) até o presente. O assunto desta
gramática, o Hebraico Bíblico – empregamos o termo para designar tanto o hebraico usado na
composição da Escritura como o do Texto Massorético (abreviado TM) – esteve em uso desde
aquela época, passando pelos períodos exílico, pós-exílico e do Segundo Templo. Este espaço
de tempo corresponde em grande parte à Idade Imperial (Império Neo-Babilônico, 625–540;
Império Persa, 540–330; Império Helenístico, 330–360; Império Romano, 60 a.C.–330 d.C.).
Num período de mais de três milênios, a língua hebraica experimentou muitas mudanças; na
verdade, mesmo num período de várias gerações qualquer língua sofre alterações. O
português falado hoje no Brasil não é a língua de Camões ou mesmo a de José Bonifácio. O
português de Pedro Álvares Cabral e, mais ainda, o português antigo do trovador D. Dinis
(1261–1325 d.C.) são, para nós, virtualmente p 4 línguas estrangeiras. O intervalo entre a
literatura bíblica mais primitiva, como a Canção de Moisés (Êx. 15) ou a Canção de Débora (Jz.
5), e os livros mais tardios da Bíblia, como Ester ou Crônicas, é o mesmo que nos separa de D.
Dinis. Em contraste com a história da maioria das línguas, a língua hebraica tem exibido uma
notável uniformidade com o passar do tempo. Um falante de hebraico bem educado pode ler
e entender literatura hebraica de todos os períodos, desde as porções mais antigas da Bíblia
Hebraica até o hebraico moderno.
c Textos do terceiro milênio do sítio de Tell Mardikh na Síria (antiga Ebla) estão escritos
tanto em sumeriano como em uma língua semítica. A afiliação desta língua não é clara: alguns
eruditos asseveram que ela se aproxima das formas mais primitivas do acadiano, enquanto
outros a vêem primordialmente como uma língua semítica do noroeste. Ainda outros eruditos
asseveram que o eblaico (ou eblaito) precede à divisão semítica leste-oeste. Por causa da
complexidade dos modos nos quais o sistema de escrita cuneiforme era usado em Ebla, só um
estudo prolongado solucionará o debate.
a Uma das grandes ironias da arqueologia siro-palestina é que tem sido encontrada
documentação imensamente maior para o que se pode chamar de a pré-história do hebraico
bíblico do que propriamente para a história da língua no tempo em que a Escritura estava
sendo registrada. O uso desta documentação é difícil, tanto pelo fato de as fontes serem
variadas como por se espalharem por toda a extensão do antigo Oriente Próximo. Estes
materiais estão registrados em uma variedade de escritas. Em alguns casos, um único nome
pessoal contribui como evidência de importância comparável à de um texto literário inteiro.
Um exame destes materiais, melhores designados por semítico noroeste p 7 antigo (ENWS),
está além do objetivo desta gramática, mas uma revisão cronológica das fontes principais pode
ser útil.
Tal revisão torna possível evitar as perguntas de quantas línguas (ou dialetos) exatamente
estão envolvidas e como elas estão exatamente correlacionadas.
d Bronze Médio Tardio – Bronze Tardio Posterior (1600–1400). A prova documental deste
período é escassa, limitada aos textos denominados proto-sinaíticos, escritos na forma mais
primitiva do alfabeto linear. Estas inscrições, encontradas nos muros de Serābîṭ el-Khādem,
uma área de mineração de turquesa na região do Sinai, geralmente é datada em cerca de
1475, embora alguns eruditos propuseram uma data posterior. Sinais alfabéticos foram
achados em jarros de Gezer, datados do mesmo período, e foram achados alguns pequenos
textos na Palestina.
Ugarite era uma das maiores dentre os reinos insignificantes da região. Ela não somente
preservou textos escritos em acadiano, mas também escritos na língua nativa, o ugarítico. Os
caracteres destes textos são do tipo alfabético, mas, diferentemente dos caracteres dos textos
proto-sinaíticos e dos textos correlatos ancestrais dos alfabetos europeus, a escrita ugarítica é
em forma de cunha. Textos escritos em caracteres do tipo do alfabeto ugarítico foram achados
em Ras Ibn Hani, um sítio perto de Ugarite, e em outros sítios na Síria palestina.
a O hebraico bíblico é a língua da Escritura Hebraica. A história desta língua está em parte
atrelada à história da transmissão textual (1.5). Outros fatores que apontam para uma análise
diacrônica da língua merecem um tratamento separado (1.4). Uma variedade de línguas e
dialetos mais ou menos com relação próxima ao hebraico foi registrada na ocasião em que a
Escritura Hebraica estava sendo escrita. A Idade do Ferro (1200–540 a.C.) forma uma bacia
conveniente na história das línguas siro-palestinas. Entretanto, o significado do ano 1200 não
deveria ser exagerado: o hebraico bíblico mais primitivo tinha muitas coisas em comum com o
cananeu ugarítico e com o de Amarna.
O autor reclama aqui que “uma difamação aviltante de um inimigo… foi espalhada ao
longo de toda a comunidade judaica de Bolonha. Ele foi exposto à infâmia pública até na casa
de adoração divina por pessoas destrutivas e enganosas que, conseqüentemente, estão sob a
maldição de uma vida encurtada”. Esta passagem é um exemplo do estilo de meliṣa ‘adorno’;
há outros modos nos quais os autores hebreus de todas as épocas impregnaram seus escritos
com a linguagem da Escritura e de outras fontes.
d Durante o período que vai desde o início do século 3 d.C. até o fim do século 19, o
hebraico estava em uso contínuo como uma língua religiosa, isto é, como uma língua de
oração e adoração, como também de discussão científica e legal-religiosa. Todos os judeus
educados (i.e., judeus homens) estavam até certo ponto familiarizados com ele. A língua só era
usada em situações orais limitadas, mas extensivamente por escrito; seu vocabulário foi
aumentado a partir de formas anteriores da língua, mas seus outros aspectos tenderam a
permanecer estáveis.
e Essa forma de hebraico moderno medieval primitivo serviu de base para a língua
moderna, a língua falada na comunidade judaica emigrante da Palestina do final do século 19.
Ela cresceu continuamente desde então e, hoje, é a língua oficial do Estado de Israel. Os
estudiosos de hebraico bíblico se interessam por ela como uma língua de pesquisa e como
uma fonte de informação sobre mudanças fonológicas e morfológicas. Muitos aspectos da
sintaxe da língua moderna revelam influências não-semíticas. A complexidade da interação de
várias fases do hebraico na língua moderna a toma atrativa para estudantes de lingüística
histórica em geral.
p 11 1.4 Sincronia/Diacronia
a O estudo de hebraico bíblico não é nem sincrônico, focalizado claramente na língua num
certo ponto do tempo, nem diacrônico, dirigido às mudanças que a língua sofre com o passar
do tempo. Vários fatores chocam-se com a pergunta de como ver o corpus bíblico em relação à
extensão de tempo durante o qual ele foi escrito. De um modo mais amplo, dois fatores
principais nos interessam: a incerteza sobre o tempo de composição e a complexidade de
fatores na produção e transmissão do texto. (Uma variedade de outros fatores merece estudo;
há sinais de que a fala dos homens difere da fala das mulheres; a fala, se dirigida a um jovem
ou a um ancião, pode variar a partir de um certo padrão. Mesmo a linguagem oral
freqüentemente difere de uma prosa narrativa e há traços de variação dialetal com base em
regiões em ambos os casos.)
i A análise lingüística do hebraico é, como Chaim Rabin coloca a questão, “mais um corte
transversal do que uma análise sincrônica”. Ele escreve:
a Apesar das dificuldades que temos discutido, vários eruditos têm procurado considerar o
problema de datação do texto bíblico em solos lingüísticos. Discutiremos brevemente três
projetos recentes como exemplos de tal estudo, um baseado em fontes externas comparadas
ao texto bíblico e dois dependentes em grande parte de comparações bíblicas internas. Tais
estudos históricos sérios têm sido menos comuns do que muitas reflexões anedóticas.
c A obra de Robert Polzin sobre prosa hebraica já foi mencionada (1.4.1). Os dois dados de
Polzin, como vistos, são (a) Hebraico Bíblico Clássico ou Primitivo (CBH), baseado nas porções
Yahwista e Elohista do Pentateuco, a História da Corte de David (2Sm 13–1Rs 1) e o arcabouço
de Deuteronômio, os quais mostram uma “notá-vel homogeneidade gramatical/sintática”, e
(b) Hebraico Bíblico Posterior (LBH), melhor mostrado nas partes não-sinóticas de Crônicas. O
projeto de Polzin é a datação do chamado Documento Sacerdotal do Pentateuco, incluindo
quatro cordões principais, Pg (o texto básico), Ps (o suplemento), Pt (o código de lei principal),
e Ph (o código de lei mais primitivo conhecido como o Código de Santidade). Polzin focaliza
corpos maiores de material, Pg e Ps. Ele percebe que Pg exibe algumas características de HBP,
mas retém mais características de CBH, enquanto Ps mostra mais características de LBH.
Assim, ele propõe que, tipologicamente, as fontes P principais se si-tuam, em termos de data,
entre o CBH e o LBH, e que Pg é anterior a Ps. A relação entre datação tipológica, que
necessariamente é datação relativa (“A e B foram escritos antes de C e D”) e datação absoluta
é um assunto diverso da linha principal de argumentação de Polzin.
e Vários pontos emergem destes estudos. O primeiro é que estudos de datação relativa e
absoluta são empreendimentos diferentes. A datação relativa situa-se logicamente antes da
datação absoluta; virtualmente, qualquer data absoluta requer uma data relativa, enquanto
que o contrário não é verdade. Em geral, datas absolutas não podem ser derivadas de
evidência lingüística. O segundo ponto importante é que existe material abundante sobre
datação, tanto dentro do corpus bíblico como fora dele.
1.5.1 Introdução
b A história do texto pode ser dividida, a partir dos tipos disponíveis de evidência e no
destino do texto, em quatro períodos: (a) do tempo de composição a ca. 400 a.C., (b) de 400
a.C. a ca. 100 d.C., (c) de 100 d.C. a 1000, e (d) de 1000 até o presente. Desde que o texto (e
conseqüentemente a base para a gramática do hebraico bíblico) foi unificado durante o
terceiro período, e ao quarto pertencem principalmente as modificações secundárias dentro
da tradição massorética e a impressão do texto, limitamos nosso exame aos primeiros três.
a Nenhum manuscrito existente da Bíblia Hebraica pode ser datado antes de 400 a.C. pelas
disciplinas da paleografia ou da arqueologia (nem mesmo com ajuda da física nuclear). Práticas
escribais anteriores a este período devem ser inferidas de evidências internas na própria Bíblia
e de práticas escribais conhecidas no antigo Oriente Próximo na ocasião em que foram escritos
os livros. Estas duas fontes sugerem que os escribas variadamente buscavam tanto preservar
como revisar o texto.
c Além do mais, a própria Bíblia (cf. Dt 31.9 ss.; Js 24.25, 26; 1Sm 10.25; etc.) e a literatura
do antigo Oriente Próximo mostram que no tempo das composições bíblicas mais primitivas
havia uma mentalidade que favorecia a canonicidade. Esta mentalidade nutriu uma
preocupação por cuidado e precisão na transmissão dos escritos sagrados. Por exemplo, um
tratado hitita (da Idade do Bronze Tardio), assemelhando-se muito de perto a partes da Torá,
contém esta ameaça explícita: “Quem quebra [este tablete] ou faz qualquer um mudar o teor
do tablete —… que os deuses, os senhores do juramento, o destruam”. Igualmente, uma das
Estelas Sefire (ca. 750 a.C.) registra, “Quem… diz: ‘Eu apagarei algumas d[as palavras do
tratado]’… esse homem, sua casa e tudo o que está nela serão transtornados pelos Deuses, e
ele [será] virado de cabeça para baixo, e esse (homem) não adquirirá um nome”. Novamente,
na conclusão do famoso Código de Hamurabi (ca. 1750 a.C.), são lançadas maldições contra
aqueles que tentassem alterar o Código. Indubitavelmente esta psicologia era um fator que
inibia os escribas israelitas de multiplicar variantes textuais.
p 17 d Além disso, práticas escribais através do antigo Oriente Próximo refletem uma
atitude conservadora. W. F. Albright observou que “O estudo prolongado e profundo do
grande número de milhares de documentos relativos ao antigo Oriente Próximo prova que
documentos sagrados e profanos foram copiados com maior cuidado do que aquelas cópias
escribais feitas nos tempos greco-romanos”. Para verificar esta declaração, basta
considerarmos o cuidado com que foram copiados os textos das Pirâmides, os Textos de Coffin
e o Livro dos Mortos, muito embora nunca se pretendeu que fossem vistos por outros olhos
humanos. K. A. Kitchen chamou a atenção à ostentação de um escriba egípcio num colofão de
um texto datado em ca. 1400 a.C.: “[O livro] está completado de seu começo ao seu fim, tendo
sido copiado, revisado, comparado e verificado sinal por sinal”.
e Tendência para revisar o texto. Por outro lado, escribas, tencionando ensinar as pessoas
por meio da disseminação de um texto compreensível, sentiram-se livres para revisar a escrita,
a ortografia (i.e., grafia) e gramática, de acordo com as convenções de seu próprio tempo.
Albright disse: “Um princípio que nunca deve ser perdido de vista quando lidamos com
documentos do antigo Oriente Próximo é que, em vez de deixar arcaísmos óbvios na grafia e
na gramática, os escribas geralmente revisavam documentos literários e outros
periodicamente. Esta prática foi seguida com regularidade particular por escribas do
cuneiforme”. As muitas diferenças entre as porções sinóticas da Bíblia Hebraica sugerem
fortemente que aqueles que estavam investidos com a responsabilidade de ensinar sentiam-se
livres para revisar os textos (cf. 2Sm 22 = Sl 18; 2Rs 18.13–20.19 = Is 36–39; 2Rs 24.18–25.30 =
Jr 52; Is 2.2–4 = Mq 4.1–3; Sl 14 = 53; 40.14–18 = 70; 57.8–12 = 108.2–6; 60.7–14 = 108.7–14;
Sl 96 = 1Cr 16.23–33; Sl 106.1,47–48 = 1Cr 16.34–36; e os paralelos entre Samuel–Reis e
Crônicas). Estas formas variantes são melhor apropriadas como textos finais mutuamente
dependentes, às vezes envolvendo variantes literárias primárias, como também secundárias e
variantes transmissionais.
f A língua e o desenvolvimento da escrita. Da correspondência de Amarna, dos textos
ugaríticos e de outras evidências, podemos inferir com confiança razoável que antes do
período de Amarna (ca. 1350 a.C.) o hebraico possuía vogais breves finais que diferenciavam
casos com substantivos (veja 8.1) e distinguiam várias conjugações prefixadas (veja 29.4). A
gramática preservada pelos massoretas, porém, representa um períod posterior, depois destas
vogais terem caído.
g Da evidência epigráfica, parece que em seus estágios primitivos o texto foi escrito no
alfabeto proto-cananeu, como é encontrado em Serâbîṭ el-Khâdem. Em uma fase posterior
teria sido registrado nos caracteres hebraicos (um descendente dos caracteres proto-
cananeus), e ainda depois na forma dos caracteres aramaicos (um outro descendente dos
caracteres proto-cananeus, às vezes chamados de “caracteres quadrados”) conhecidos como
caracteres judaicos.
a As mesmas tendências para preservar e revisar o texto, rotuladas por S. Talmon como
centrífugas e centrípetas, manifestam-se nos manuscritos e versões existentes no tempo da
formação do cânon e da padronização final do texto consonantal.
b Tendência para preservar o texto. A presença de um texto típico entre os textos bíblicos
de Qumran (ca. 100 a.C. a 130 d.C.) semelhante àquele preservado pelos massoretas, cujo
manuscrito primitivo existente data de ca. 1000 d.C., dá testemunho do empreendimento dos
escribas posteriores preservando o texto fielmente. Este tipo de texto deveria existir antes do
tempo de Qumran, e suas muitas formas arcaicas dão forte razão para acreditar que foi
transmitido num círculo de escribas dedicados à preservação do texto. Os estudos de M.
Martin mostram que os Rolos do Mar Morto revelam uma tendência escribal conservadora em
seguir o exemplar tanto no texto como na forma.
c De acordo com a tradição rabínica, os escribas tentaram manter o texto “correto”. O
próprio TM preserva alguns remanescentes do cuidado escribal primitivo com a preservação
do texto: (1) as quinze marcas extraordinárias que condenam as letras hebraicas assim
marcadas como espúrias ou então simplesmente chamam atenção para alguma característica
textual peculiar, (2) as quatro letras suspensas que podem indicar mudança escribal
intencional ou erro escribal devido à distinção defeituosa de guturais, e (3) talvez os nove nuns
invertidos que aparentemente marcam versículos considerados como tendo sido transpostos.
e Mais significativamente, os escribas alteraram o texto por razões tanto filológicas quanto
teológicas. Eles o modernizaram substituindo formas e construções hebraicas arcaicas por
formas e construções de uma época posterior. Eles também uniformizaram o texto
substituindo construções raras por outras de ocorrência mais freqüente e suplementaram e
esclareceram o texto pela inserção de adições e interpolações de glosas oriundas de passagens
paralelas. Além disso, eles substituíram vulgaridades por eufemismos, alteraram os nomes de
falsos deuses, removeram as frases que amaldiçoavam a Deus e salvaguardaram o nome
divino sagrado ou tetragrammaton (YHWH), ocasionalmente substituindo formas no texto
consonantal.
d A atividade dos massoretas (ca. 600 a 1000 d.C.). Entre 600 e 1000 d.C., escolas
constituídas de famílias de estudantes judeus surgiram na Babilônia, Palestina e notavelmente
em Tiberíades, no Mar de Galiléia, para salvaguardar o texto consonantal e registrar – por
meio de anotações diacríticas acrescentadas ao texto consonantal – as vogais, as cantilações
litúrgicas e outras características do texto. Até estes esforços, tais características
acompanhavam o texto oralmente. Estes estudiosos são conhecidos como masoretas ou
massoretas, designação possivelmente derivada da raiz (pós-bíblica) msr ‘passar, transmitir’.
No afã de conservar o texto, eles o cercaram colocando nas margens observações atinentes à
sua forma externa. Nas margens laterais eles usaram abreviações (Masorah parvum), nas
margens superior e inferior deram explicações mais p 22 detalhadas e contínuas (Masorah
magnum), e no fim (Masorah finalis), proveram classificação alfabética de todo o material
massorético. Somadas a essas anotações feitas diretamente no texto, preservaram
relativamente poucas variantes dentro da tradição consonantal pela inserção de uma leitura
no texto, chamada Kethiv, e outra na margem, chamada Qere. Outras leituras alternativas são
indicadas na margem por Səbir, uma palavra aramaica que significa ‘suposto’.
e Às vezes os massoretas podem ter usado daghesh em lugares inesperados para chamar a
atenção para leituras incomuns. Com a ajuda de sugestões providas pelas versões antigas, a
Masorah e outros códices, E. A. Knauf explicou o uso do Códice de Leningrado do daghesh em
( ָקצִירGn 45.6) como uma maneira de chamar a atenção para a aparente contradição com Gn
8.22; em אבִי ֶֶּ֫מלְֶך
ֲ (Gn 26.1) como um dispositivo para insinuar a idéia, devido ao texto prévio,
que estamos lidando aqui com um outro Abimeleque, e em ( תֵּ אתֶ הMq 4.8) como uma marca
para sinalizar que a pontuação era incerta.
f Das três escolas rivais, uma no oriente e duas no ocidente, cada uma com seu próprio
sistema de notação diacrítica, a escola Tiberiana prevaleceu. A obra mais importante da escola
é um códice modelo preparado por Aaron ben Asher em cerca de 1000 d.C.; este códice foi
preservado na velha sinagoga de Aleppo até imediatamente após a Segunda Guerra Mundial,
quando foi removido para Jerusalém. O estudo contemporâneo do TM está baseado em uma
variedade de textos ligeiramente posteriores e similares ao Códice de Aleppo, notavelmente o
Códice de Leningrado. O estudo moderno anterior estava estabelecido em manuscritos
medievais posteriores e nas primeiras Bíblias impressas. Uma reimpressão fotográfica do
Códice de Aleppo está disponível, e uma edição da Bíblia baseada nele está em preparação em
Jerusalém. As edições geralmente disponíveis do TM só diferem dele em certos materiais
fonológicos secundários, envolvendo alguns acentos e algumas vogais reduzidas, e a
pontuação de umas poucas formas excêntricas.
1.6.2 Consoantes
a Não se pode acentuar em demasia que, embora o alfabeto para a preservação das
consoantes estivesse em evolução durante os dois primeiros períodos descritos acima (1.5.2–
3), o registro massorético consonantal seja arcaico. A evidência do material epigráfico,
especialmente no que tange ao hebraico inscricional e aos congêneres do hebraico bíblico da
Idade do Ferro, põe este assunto fora de dúvida. A menos que o texto tivesse sido transmitido
fielmente, tanto o trabalho de filólogos de semítico comparativo como o dos eruditos bíblicos
que tentam datar o texto (veja 1.4.2) seriam impossíveis.
f As letras vocálicas do TM. Observamos acima que as letras vocálicas foram introduzidas
posteriormente nos textos antigos, primeiramente apenas para vogais finais longas e
posteriormente para vogais mediais longas. Estas letras foram adicionadas esporádica e
inconsistentemente. O TM reflete todos os estágios desta prática. F. M. Cross e D. N.
Freedman colocam a questão da seguinte forma:
יהואשמלהמיהושמ
É fácil constatar que um escriba cujo apego à tradição oral fosse fraco, por exemplo,
pudesse ler שֵּםem vez de שמֹו
ְ ou fizesse uma divisão errada da seqüência יהוא, escrevendo
הּוא e transferindo o י para a palavra prévia. (O espaçamento de palavras ou, mais
comumente, os divisores de palavras, não era regularmente usado na escrita alfabética
primitiva.) Em Êx 15.1, o TM apresenta a seqüência גָא ֹה גָָאה, enquanto que o Pentateuco
Samaritano registra ;גוי גאה a revisão ortográfica errônea é responsável em parte pela
variação samaritana.
1.6.3 Vocalização
f Durante os estágios mais fluidos do texto, podemos também esperar confusão entre
formas verbais tais como I-yod, onde o yod inicial em um nível puramente gráfico é ambíguo
entre as conjugações prefixos e sufixos. Pares do TM como שב
ָ ָי e שב
ֵּ ֵּ י ou י ָדַּ ע e י ֵּדַּע
requerem atenção cuidadosa. O artigo definido “oculto” em preposições inseparáveis também
ilustra o problema (cf. לְָאדָ םem Gn 2.20).
Está escrito: “Porque Joabe e todo o Israel permaneceram ali até que ele
tivesse cortado todos os varões em Edom [1Rs 11.16]”. Quando Joabe veio
perante Davi, Davi disse-lhe: “Por que agiste assim?” Ele respondeu: “Porque
está escrito: ‘Tu apagarás os machos [ ]זְכַּרde Amaleque [Dt 25.19]’ ”. Davi
disse: “Mas nós lemos ‘a memória [ ְֶּ֫זכֶרno TM] de Amaleque’ ”. Ele replicou:
“Eu fui ensinado a dizer ”זְכַּר. Ele [Joabe] então foi ao seu mestre e perguntou:
“Como tu me ensinaste a ler?” Ele replicou: “”זְכַּר. Logo após ele puxou sua
espada e ameaçou matá-lo. “Por que estás fazendo isto?”, perguntou o
professor. Ele respondeu: “Porque está escrito: ‘Maldito aquele que faz a obra
da Lei negligentemente’ ”.
Esta anedota sugere que se esperava dos mestres em Israel que eles passassem fielmente
a vocalização recebida.
j Alguns dos estudantes antigos posteriores da Escritura foram cuidadosos o suficiente com
o texto bíblico para preservar sinais com que estavam lidando, ao trabalharem com um texto
próximo ao TM. O grego rude de Áquila reflete o hebraico tão de perto quanto possível; em
sua miscelânea ele provê freqüentemente palavras hebraicas e formas de vocalização
próximas àquelas do TM (exceto para os segholados; veja 1.6.3c); mesmo as palavras raras são
dadas em uma forma próxima às do TM.
Estas duas versões refletem um texto hebraico como este, tomando as duas últimas palavras
da primeira linha como uma cadeia construta:
1.6.4 Acentuação
a Próximo ao meado do século 10 d.C., Saadia ben Joseph (882–942) iniciou o estudo
lingüístico do hebraico com dois livros escritos em árabe. Este versátil erudito judeu,
geralmente conhecido como Saadia Gaon, após seus serviços como deão ou gaon da academia
judaica de Sura, na Babilônia, é mais famoso por causa de sua tradução da Bíblia Hebraica para
o árabe. Seu Agron (Vocabulário) lida com a lexicografia e o Kutub al-Lugha (Livros sobre a
Língua [Hebraica]) trata da gramática. As obras de Saadia foram p 32 totalmente perdidas há
muitos séculos, mas o conhecimento delas chegou até nós por seus sucessores, especialmente
por meio dos escritos de Abraham ibn Ezra, que reverenciava Saadia como o primeiro
gramático de hebraico e “o principal porta-voz de todos os tempos” de tais estudos. Profiat
Duran conta-nos que Saadia escreveu três obras de gramática que não sobreviveram no seu
próprio tempo. As obras de Saadia foram lidas e estudadas durante o brilhante período
criativo da gramática hebraica e serviram para transferir a atenção dos intelectuais judeus dos
estudos talmúdicos para os estudos lingüísticos. Os eruditos modernos ainda o consideram
como o pai de nossa disciplina. As obras gramaticais de Saadia apresentaram vários elementos
que são básicos para qualquer gramática moderna, por exemplo, os paradigmas para os graus
verbais Qal e Hiphil além de cuidadosas distinções entre várias classes de som. O que motivou
Saadia dar à luz nossa disciplina?
b A pré-história dos estudos gramaticais hebraicos é escassa. É verdade que nos materiais
talmúdicos e midráshicos os rabinos fizeram observações gramaticais ocasionais, por exemplo,
que a terminação –ָָ הem formas como ִמצ ְֶַּּ֫ריְמָהe ֶּ֫חּוצָהindicam direção e se colocam no
lugar de um לprefixado, como em מצ ְֶַּּ֫רי ִם
ִ ש ְל
ָ e לְחּוץ, e que כִיtem quatro significados
diferentes: ‘se’, ‘para que não’, ‘de fato’ e ‘porque’. Além disso, uma quantidade considerável
de material gramatical é encontrada em Sefer Yeṣirá, uma obra cabalística do início da era
medieval. Mas estes comentários esporádicos não proveram nem base e nem motivação para
a obra de Saadia e de seus sucessores. Pelo contrário, o impulso para a descrição das regras da
língua hebraica adveio dos seguintes fatores: (1) o argumento de que a gramática é básica para
a compreensão da literatura escriturística, (2) a ameaça da seita caraíta, (3) a obra fundacional
dos massoretas, (4) o exemplo das gramáticas árabes e (5) o contínuo uso literário do
hebraico, especialmente na poesia devocional. Vamos considerar cada um destes fatores em
detalhes.
Por volta do fim do primeiro milênio d.C., escrever acerca de temas lingüísticos
tornou-se um novo fenômeno na literatura judaica, considerada por muitas
pessoas importantes como vã e sem sentido. Portanto, em suas introduções,
os autores [de obras gramaticais] discutem os fatores que os estimulavam a
escrever suas obras lingüísticas. Eles buscavam provar a seus leitores que é
uma incumbência imposta aos judeus proceder à investigação de sua língua, e
seus argumentos incluem os seguintes pontos: (1) a língua é o meio de todo
discernimento e a lingüística é o meio de toda a investigação e sabedoria; (2) o
cumprimento dos mandamentos depende do entendimento da palavra escrita
e, por sua vez, o próprio entendimento da língua é impossível sem o auxílio da
lingüística.
Tais argumentos ainda são convincentes e inevitáveis para qualquer comunidade que
constrói sua fé sobre uma escritura.
p 33 d A seita caraíta, que apareceu por volta do fim do século 8º rejeitava as tradições
rabínicas e insistia no estudo diligente das próprias Escrituras como sendo a base para o
Judaísmo. O movimento, que fez sérias incursões na academia judaica da Babilônia, incitou
tanto amigos como adversários a um estudo mais aprofundado do texto bíblico e sua língua.
Saadia, como cabeça dessas academias, estava diretamente envolvido e na liderança do
contra-ataque rabínico. Mais especificamente, o caraísmo incitou-o a escrever Kitāb al-Sabʿîn
Lafẓa al-Mufrada (O Livro das Setenta Palavras Isoladas), um breve ensaio lexicográfico em
árabe que trata de algumas das hapax legomena da Bíblia.
e Os massoretas, cuja obra havia culminado no século 10 com a escola de Ben Asher em
Tiberíades, estavam preocupados não em descrever a língua, mas com o registro do texto.
Todavia, sua atividade de vocalização do texto e de comentário do mesmo na massorá auxiliou
na preservação de um corpo essencialmente oral de tradição e formou a base para as
primeiras descrições gramaticais. Concernente à relevância do texto pontuado, Tene escreve:
É bastante surpreendente que o aparecimento inicial da literatura lingüística
dos judeus surgisse tão tarde. Há, contudo, acordo geral de que em semítico,
este tipo de discurso metalingüístico não poderia ter começado antes da
invenção dos pontos vocálicos.
Acerca das contribuições mais específicas dos massoretas para a gramática hebraica,
Yeivin observa:
Os massoretas tinham uma teoria lingüística sofisticada, mas com uma expressão
subdesenvolvida; os gramáticos, dando o passo de fazer a teoria explícita, foram capazes de
avançá-la porque poderiam avaliar lacunas e inconsistências.
h Um outro pioneiro em lingüística hebraica é Menaḥem ibn Saruq (ca. 910–ca. 970), que
leu os comentários de Saadia. Ele escreveu a Maḥberet, primeiro dicionário completo de
hebraico e a primeira obra lingüística a ser escrita em hebraico. Ela foi severamente criticada
em questões lingüísticas por um discípulo de Saadia, Dunash ben Labraṭ (ca. 920–990), cuja
família veio de Bagdá, embora ele mesmo tenha nascido em Fez e tenha se instalado em
Córdoba. Dunash e Menaḥem mediaram o aprendizado de Saadia e outras características do
judaísmo babilônico para a Espanha. Leslie McFall convincentemente observa: “A erudição
judaica na Espanha deveu não apenas sua pronúncia (sefardita), mas seus começos ao
judaísmo babilônico”.
2.2 Estudos Judaicos Medievais (séculos 11 a 16)
a O período que se estende desde o século 10 até ao meado do século 12 é designado por
David Tene como o “período criativo”. Yehuda Ḥayyuj (ca. 940–ca. 1010), um discípulo de
Menaḥem, expôs científica e sistematicamente a teoria de que todas as palavras hebraicas
têm uma raiz trirradical, uma noção que ele adatou dos gramáticos árabes. Os gramáticos
estavam agora na posição de formular regras de pesquisa para entender fenômenos como o
num assimilado e o dagesh compensatório, bem como as várias características dos verbos
fracos, aqueles com uma ou mais das letras א ה ו י na raiz. Foi Ḥayyuj que adotou o
incômodo ּפעל como verbo paradigmático, oriundo das gramáticas árabes, e introduziu a
designação dos três radicais da raiz por Pe (primeiro radical), Ayin (segundo radical) e Lamedh
(terceiro radical).
Assim ele fez e enviou sua resposta ao visitante. Este último, todavia,
desdenhosamente observou que seria mais sábio para Ibn Janāḥ reter sua
réplica até que o livro de Nagid fosse publicado, onde iria encontrar críticas
ainda mais severas apontadas contra ele. Ibn Janāḥ recusou-se a fazer isto. Ele
publicou sua réplica na forma de livro e a chamou de Kitab at-Taswiya [O Livro
de Reprovação]. Após a publicação do ataque de Nagid contra ele, Ibn Janāḥ
revidou com um violento contra-ataque em um livro que ele intitulou Kitab at-
Tashwir [O Livro da Vergonha].
c A sofisticação da gramática hebraica neste tempo pode ser percebida pelos assuntos que
estavam sendo discutidos: o Qal passivo, um tema examinado independentemente em tempos
modernos por Böttcher e Barth (veja 22.6), o uso do termo Inphial para formas Niphal
transitivas, etc. Tene escreve sobre essa literatura: “O estudo da língua nunca atingira
distinções tão requintadas e refinadas como aquelas encontradas na controvérsia que se
desenvolveu em tomo das obras de Ḥayyuj na época de Ibn Janāḥ e Samuel ha-Nagid”. Acerca
das últimas obras de Ibn Janāḥ, escritas em árabe como todos os seus livros o foram, a mais
importante é Kitâb al-Tanqīḥ (Hebraico, Sepher ha-Diqduq, O Livro da Investigação,
Detalhada). Este consiste de duas partes: Kitāb al-Lumaʿ (gramática) e Kitāb al-Uṣūl (um
dicionário). Tene fala com entusiasmo exagerado sobre o grande Kitāb:
Esta obra em duas partes, com escritos de Ḥayyuj e as obras menores de Ibn
Janāḥ, forma a primeira descrição completa do hebraico bíblico, e nenhuma
obra similar – comparável em objetivo, profundidade e precisão – foi escrita
até os tempos p 36 modernos. Esta descrição constitui o auge do pensamento
lingüístico em toda literatura [gramatical medieval].
Ele resume assim o assunto: “Os autores deste período são os grandes criadores da
lingüística hebraica”.
b Os labores de adaptação culminaram nas obras da família Qimḥi: Joseph, o pai (ca.
1105–1170) e seus filhos Moses e David (1160–1235). Na introdução à seção de seu Sepher
Mikhol (Compendium), tratando de gramática hebraica, David comparou-se a um “respigador
seguindo os ceifeiros”, cuja tarefa era compilar e apresentar, de modo simples e sucinto, as
volumosas descobertas de seus predecessores. Ele selecionou seu material tão
ponderadamente e o apresentou tão eficazmente, que sua obra eclipsou e, eventualmente,
substituiu as obras mais originais e profundas de Ibn Janāḥ e serviu como padrão autorizado
até o século 19. A posteridade abraçou suas obras com tal consideração que um ditado
mishnaico foi adaptado a elas: אם אין קמחי אין תורה, ‘Se não há Qimḥi, não há Torah’.
Somos devedores a Joseph e David Qimḥi pela formulação do atual padrão de vogais longas e
breves em sílabas fechadas e abertas e do relacionamento destas com os shewas mudo e
vocálico; o sistema de graus verbais (binyanim), como é compreendido hoje, foi primeiro
elaborado por eles.
a A literatura lingüística sobre o hebraico do século 10° até o século 15 foi um território
exclusivamente judaico. Com as transformações na cultura européia associadas ao
reavivamento do aprendizado clássico e à reforma da igreja cristã, a gramática hebraica
transferiu-se para os eruditos cristãos. O novo interesse da igreja no que ela chamava de o
Antigo Testamento foi uma das razões para que os judeus perdessem o interesse. Alegando
que Mikhol marca o fechamento da “Era de Ouro” da filologia hebraica medieval, William
Chomsky escreve:
A maioria dos eruditos judeus das gerações subseqüentes considerou o estudo
de gramática como um desperdício de tempo e alguns até consideravam tal
estudo como uma heresia. Mesmo o estudo da Bíblia começou a ser reputado
como de importância secundária e estava gradualmente diminuindo a uma
proporção tal que um rabino alemão do século 17 reclamou que havia certos
rabinos em sua geração “que nunca tinham visto um texto da Bíblia durante
toda sua vida”.
c Embora os escolásticos da Idade Média Alta e Tardia não acreditassem que a Escritura
tivesse um sentido único e simples, como os reformadores acreditavam, alguns deles
sustentavam p 39 que seu sentido fundamental deve ser averiguado em todos lugares
conforme os princípios da gramática e do discurso humano; só então outros sentidos serão
considerados. Nicholas de Lira (m. 1349) foi criterioso ao insistir em que todos os sentidos
pressupõem o sentido histórico e gramatical como seu fundamento e norma. Seguindo Hugo
de São Vitor (m. 1141) e outros eruditos da escola vitorina, Nicholas reclamou que o sentido
histórico tinha se tomado muito obscurecido em virtude da prática generalizada de ignorá-lo
em favor da exegese mística. Esses escolásticos recapturaram o pensamento de Agostinho e
especialmente de Jerônimo – que tinha estudado hebraico com rabinos judeus em Israel há
quase mil anos – pela influência de eruditos judeus, especialmente Rashi.
d A despeito dos vários contatos entre eruditos judeus e cristãos durante o período
medieval, nenhum nome se destaca na história dos “estudos hebraicos cristãos entre Jerônimo
e Johann Reuchlin”. Reuchlin é uma figura completamente humanística. Sua breve Rudimenta
não se baseia tanto na obra Mikhol de David Qimḥi como na obra elementar de Moses Qimḥi,
Mahalakh Shebile ha-Daʿat (A Jornada nas Veredas do Conhecimento), a primeira gramática
hebraica impressa (Soncino, 1489). O valor de Reuchlin não repousa no conteúdo de sua
gramática simples, mas nos seus esforços pioneiros e em sua atividade planejada. Lutero
aprendeu hebraico usando ou a obra Mikhol de Qimḥi ou as Rudimenta de Reuchlin. Conrad
Pellicanus (1478–1556), um monge dominicano que aprendeu hebraico por si mesmo sob as
mais árduas circunstâncias, efetivamente escreveu a primeira obra de gramática hebraica em
latim (1503 ou 1504). Pellicanus ensinou o reformador suíço Wolfgang Capito (1478–1541)
que, por sua vez, ensinou João Calvino.
a Entre os fatores que incitaram o trabalho iniciado efetivamente por Reuchlin estavam a
expansão da imprensa e as controvérsias na igreja. O erudito judeu itinerante Elijah Levita
(1468–1549) exerceu um papel especial. Seus livros incluem um comentário sobre a gramática
de Moses Qimḥi (1504), sua própria gramática (1517) e seus estudos sobre a massorá (1538).
Seu contato pessoal com eruditos cristãos foi também importante; entre seus alunos estava
Sebastian Münster (1489–1552), professor em Basle de 1529 em diante, que traduziu suas
obras para o latim. Levita transportou o grande lastro de filologia judaica medieval com o selo
quimḥiano para as universidades cristãs.
b O século 16 foi o primeiro grande século de estudo gramatical moderno. Perto do fim do
século, John Udall produziu a primeira gramática hebraica em inglês (1593), uma tradução da
gramática de Pierre Martinez escrita em latim (1567). Em tempo, a busca humanística pelo
hebraico cedeu lugar a interesses teológicos; cadeiras vieram a ser ocupadas por homens com
treinamento teológico.
d O gramático cujo trabalho desfrutou a mais larga aceitação e influência tanto em seu
próprio tempo como desde então foi (Heinrich Friedrich) Wilhelm Gesenius (1786–1842),
professor em Halle. Seu léxico, Thesaurus linguae hebraicae (publicado de 1829 a 1858), foi
sucessivamente revisado e alcançou proporções clássicas na 17° edição, editada por Frants
Buhl (1921). Uma edição anterior foi usada como a base para o dicionário de inglês de Francis
Brown, Samuel Rolles Driver e Charles A. Briggs (1907). A gramática de Gesenius, Hebräische
Grammatik (1813) passou por muitas transformações profundas. Ele produziu 13 edições e
Emil Kautzsch fez as 7 seguintes. Os editores posteriores da obra de Gesenius tiveram de levar
em consideração o vasto conhecimento de línguas e literatura do antigo Oriente Próximo que
estava sendo descoberto pelas pás de arqueólogos infatigáveis e sua decifração por lingüistas
brilhantes. A gramática de Gesenius ainda permanece como a obra de referência padrão hoje,
com numerosas emendas e revisões, e em várias edições.
b Pela comparação do hebraico com outras línguas semíticas e pelo trabalho com a
evidência interna do próprio hebraico tornou-se possível remontar aos primeiros estágios da
língua e traçar vários desenvolvimentos posteriores – mishnaico, medieval e, eventualmente,
hebraico moderno. Esta abordagem revolucionária do hebraico apareceu primeiro nas
gramáticas de Justus Olshausen (1861) e Bernhard Stade (1879). Ela alcançou proporções
clássicas na sintaxe de Eduard König (1897), na gramática de Hans Bauer e Pontus Leander
(1922), na 29° revisão da gramática de Gesenius por Gotthelf Bergsträsser (1918) e na
gramática de Rudolf Meyer (1966).
p 44 3
Conceitos Básicos
3.1 Introdução
3.2 Significação
3.1 Sons
3.2 Morfemas
3.3 Sintagmas
3.4 Variação
3.5 Compreensão
3.1 Introdução
3.2 Significação
b Os lingüistas usam outros termos para descrever o caráter dual ou a dupla articulação da
língua, além de signifiant/signifié e as entidades semióticas/entidades semânticas. Louis
Hjelmslev formulou a diferença envolvendo expressão e conteúdo. Outros pares correlatos
incluem sentido versus referência e sistema (intralingüístico) versus referente
(extralingüístico). Não importa como os dois aspectos da língua são vistos, o discernimento de
Saussure de que há dois aspectos é básico. Semelhantemente básica é p 46 sua observação
de que o relacionamento entre os dois aspectos é em extremo arbitrário: não há nada acerca
da substância mel que a leve a ser chamada de ( דבשem hebraico) ou honey (em inglês) ou
miel (em francês) ou mi-t’ang (em chinês). Na verdade, Saussure acreditava que a ligação entre
significante e significado era inteiramente arbitrária, mas esta visão é provavelmente muito
exagerada.
a A língua pode ser analisada em categorias mais amplas de palavras (lexis) e suas relações
(gramática). A gramática envolve o conjunto fechado de sistemas determinados por signos
intralingüísticos, o código; palavras freqüentemente são signos que apontam para a realidade
extralingüística. Um código de língua, ou gramática, consiste de, pelo menos, três sistemas:
sons, formas e sintagmas (i.e., relacionamentos de palavras umas com as outras no fluxo de
um enunciado). O conjunto de palavras não é “fechado”, mas “aberto”, embora não seja
infinito. Novas palavras podem ser cunhadas e novos sentidos podem surgir, de acordo com
padrões mais ou menos estabelecidos. Em geral, os falantes não estão livres para reconstruir a
gramática, mas estão livres para escolher as palavras que representam sua experiência. M. A.
K. Halliday refere-se à gramática como determinista, em contraste com o vocabulário, que é
probabilista.
b Uma forma de ver a oposição gramática/lexis está baseada nas classes de palavras.
Nessa concepção, há duas classes de palavras, a maior, classe aberta de palavras com
referência extralingüística versus a menor, classe fechada de “palavras gramaticais”; estas são
às vezes chamadas de “vocábulos plenos” versus “vocábulos formais”. Vocábulos plenos
incluem substantivos, tais como “árvores”, “tios”, “dentes”, “animais”; verbos, tais como
“crescer”, “correr”, “morder”, “vagar”; qualificadores, tais como “grande”, “bom”, “saudável”,
“perigoso”; e conectores, tais como ‘para cima’, “para baixo’, ‘sobre’, ‘através’. Assim, por
exemplo, as orações “A vaca saltou sobre a lua” e “A porca pisoteou o quarto” compartilham a
mesma gramática: as mesmas formas significativas (e.g., o artigo definido, a terminação –ou
para o tempo passado) e a mesma sintaxe significativa (sujeito + predicado + frase adverbial),
mas as palavras apontam para experiências totalmente diferentes. Palavras de código
intralingüístico podem ser ilustradas por ‘to’ na oração inglesa ‘He wanted to run’ (Ele queria
correr) e ‘did’ em ‘I did not go’ (Eu não fui). O falante não escolhe livremente tais palavras; elas
pertencem ao código. A distinção entre vocábulos formais e palavras plenas não é absoluta;
para alguns propósitos, o vocábulo ‘not’, na última oração, pode ser considerado um vocábulo
p 47 formal, enquanto que para outros propósitos pode ser melhor vê-lo como um vocábulo
pleno. Em hebraico, palavras como ַּה, ֲאשֶרe ֶאת pertencem ao sistema e recebem um
melhor tratamento numa gramática do que num léxico.
a “A língua é um uso infinito de meios finitos”, disse o pensador alemão Wilhelm von
Humboldt. O material que pode ser “introduzido” na língua é interminável – é impossível
nomear um número finito que não pode ser ultrapassado – mas o código usado para
comunicar este material é finito. O código de uma língua não é nada simples, mas é muito mais
sofisticado do que a maioria dos outros sistemas semióticos como, por exemplo, os dos gestos
faciais ou dos modos de vestir. A despeito desta sofisticação, a língua usa um número pequeno
de recursos.
b Desde que o código da língua seja finito, os elementos do código devem ser usados em
uma variedade de maneiras. Com freqüência, um signo tem mais de um significado e, por isso,
é chamado polissêmico. No inglês falado, /tu/ é polissêmico; três significados p 48 principais
podem ser distinguidos na pronúncia –to, two e too. Considere as seguintes orações, cada uma
delas usando a palavra ‘com’.
Nas primeiras duas orações, a preposição significa ‘junto com’, em um caso significando
‘em companhia de’ e em outro ‘em associação com’; no terceiro caso ela significa ‘por meio
de’. O mesmo fenômeno ocorre com outros tipos de entidades gramaticais. Por exemplo,
Beekman e Callow analisaram mais de trinta sentidos para o genitivo grego.
b Esta divisão tripartida, embora tradicional, não é a ideal nem do ponto de vista de um
lingüista nem do ponto de vista de um semitista. O lingüista em geral tem duas objeções.
Primeira, os blocos de construção ou unidades de fonologia são arbitrários: sons em si mesmos
não têm significado algum e esse fato separa o estudo de sistemas de sons do estudo de
outras realidades lingüísticas. Segunda, a análise do domínio sintático é difícil: deveria ser dada
atenção primariamente a frases, ou a orações e períodos ou a blocos de enunciados maiores
(i.e., discursos ou textos)? Somente o estudo de blocos de enunciados maiores permite-nos
explicar, por exemplo, aspectos de referência temporal e narrativa ou funções retóricas (p. ex.,
expressões lingüísticas de subserviência ou sarcasmo).
d Apesar desses dois conjuntos de objeções, a divisão tripartida é um esquema útil, não
obstante reconhecida por todos os gramáticos como uma estrutura conveniente e às vezes
reveladora. Discutiremos os três níveis básicos mencionados e então voltaremos brevemente
ao trabalho realizado sobre um nível discursivo ou textual. Ao término deste exame, adotamos
algumas abordagens que atravessam os níveis lingüísticos e revelam o que eles têm de
comum.
3.3.1 Sons
a O sistema mais básico do código lingüístico envolve os sons em si. Um som produzido
pelo aparelho fonador pode ser chamado fone, e os sons são estudados na ciência da fonética.
De grande interesse para o lingüista é o conjunto de sons realmente usados por uma
determinada língua, o conjunto de fonemas, e os modos pelos quais eles são usados; o
conjunto destes padrões de usos é chamado a fonologia de uma língua, tal como o estudo dos
padrões.
b Um fonema é um som ou uma unidade de fala que faz uma diferença, isto é, ele pode
distinguir uma palavra de outra. As palavras inglesas ‘pit’ e ‘pin’ diferem apenas nos sons
finais, o t e o n; assim, dizemos que t e n são fonemas em inglês. O par de palavras ‘bit’ e ‘pit’
mostram que b e p são fonemas em inglês; um par assim é chamado de par mínimo. Para
muitos falantes do inglês americano ‘pen’ e ‘pin’ são distintos, e para esses falantes as duas
vogais ε e I são fonêmicas. Para muitos outros, contudo, ‘pen’ e ‘pin’ soam iguais, e apenas a
vogal I é usada. Observe que estes falantes usam a vogal I em palavras como ‘rent’, ‘sent’ e
‘went’, onde o primeiro grupo de falantes usa a vogal de ‘pen’; não há problema com estas
palavras, como às vezes há com os pares ‘pen’/‘pin’, porque não existem palavras que tenham
um mínimo contraste com ‘rent’, ‘sent’ e ‘went’.
c O fonema não é um som como ele é produzido na garganta e na boca de um falante, mas
antes uma abstração baseada em como os falantes usam o som nas palavras de uma língua.
Fonemas, os sons mínimos significativos em uma língua, não existem como tais; eles são o
conjunto de sons que produzimos e ouvimos em nossa língua, independentes de obstáculos
tais como ruído de fundo ou idiossincrasia. Os falantes de uma língua podem variar
tremendamente e ainda conseguir entender um ao outro, porque cada qual intuitivamente
conhece o sistema de som da língua e interpreta o fluxo da fala em termos desse sistema.
3.3.2 Morfemas
a Um fonema é um som que serve para contrastar significados e o nível fonêmico de
análise é o mais básico; o nível acima é o morfêmico. Um morfema é uma unidade mínima de
fala que é recorrente e significativa. Ele pode ser uma palavra (‘formiga’, ‘rinoceronte’) ou um
afixo a uma palavra (p. ex., o prefixo negativo in-, como em ‘inesperado’, ‘indisponível’ ou o
sufixo plural –s, como em ‘livros’, ‘botas’). Um morfema livre pode figurar sozinho, por
exemplo ‘mar’, ‘azul’; um morfema aglutinado não pode ser usado por si próprio, como no
caso dos afixos. Alguns morfemas têm várias p 52 formas e estas são chamadas alomorfes ou,
com menos freqüência, simplesmente morfes. Por exemplo, a palavra ‘felizmente’ contém dois
morfes: feliz e o sufixo formador de advérbio –mente.
3.3.3 Sintagmas
a A maioria dos lingüistas toma o período como limite superior de seu campo de estudos,
consignando a consideração de unidades maiores a folcloristas ou críticos literários. Os
semitistas, como observado antes, tenderam a focalizar a oração. Assim, o estudo da sintaxe é
tido como o estudo do uso de palavras, frases ou orações individuais. Porém, recentemente,
muitos teoristas têm expresso insatisfação com essa limitação. Em parte eles têm sido
estimulados por um desejo de estudar sistematicamente certas facetas do uso lingüístico que
filósofos, antropólogos e críticos literários têm observado. Esses eruditos têm visto que a
determinação contextual ou enunciativa do sentido de uma oração segue certos padrões.
Polidez, por exemplo, tem consequências lingüísticas distintas e, argumenta-se, a lingüística
deveria ser capaz de descrevê-las. Em parte, aqueles que rejeitassem os limites padronizados
em lingüística seriam motivados por um desejo de elucidar problemas de referência: o sistema
de pronomes, por exemplo, não pode ser examinado propriamente em períodos isolados, mas
apenas em uma série de períodos.
Nos trabalhos anteriores, a análise de discurso era reputada como uma opção
aberta ao estudante de uma determinada língua, contanto que ele estivesse
interessado, e contanto que ele tivesse um bom começo na estrutura de níveis
mais baixos (palavra, frase, oração). Mas… todo trabalho… sobre níveis mais
baixos está carente em perspectiva e encontra uma frustração inevitável
quando os níveis mais altos – especialmente discurso e parágrafo – não foram
analisados. Alguém pode descrever a morfologia verbal de uma língua, mas
onde se usar uma determinada forma? … Alguém pode descrever as
permutações lineares do predicado, do sujeito e do objeto, mas que fatores
controlam a ordenação alternativa de palavras? Alguém pode recitar a lista de
conjunções que figuram no início de orações, mas onde se usar qual? … Para
resolver estes e outros problemas precisa-se da perspectiva de discurso.
e Resistimos aos vigorosos clamores dos gramáticos discursivos em parte pelas razões
teóricas e práticas mencionadas antes: a maior parte da sintaxe pode ser e tem sido descrita
com base em frase, oração e período. Além do mais, é evidente que a análise do discurso
hebraico está em sua infância. Como um infante, ela oferece pouca ajuda para muitos
problemas de gramática que ainda não têm sido bem compreendidos. Muitos tradutores,
pensamos ser justo dizer, agem instintivamente ao interpretar as conjugações hebraicas. Os
gramáticos de hebraico só recentemente vieram apreciar morfemas tão diversos como o
“marcador de objeto” את e o mem enclítico. Além disso, nenhuma gramática moderna
começou ainda a reunir a riqueza de estudos individuais que têm sido realizados em um
arcabouço mais tradicional; assim, não é surpresa que alguns estudantes pouco saibam acerca
das funções de caso, e alguns comentaristas cometam erros notórios em suas interpretações
de preposições. Para nossos propósitos, portanto, estamos felizes em ficar com as bases mais
tradicionais do que com as da gramática discursiva.
a Cada um dos níveis lingüísticos envolve unidades ou elementos. Para analisar como um
dado nível funciona, os tipos de unidades devem ser isolados. Em fonologia os sons são
reconhecidos e as características principais atreladas a eles – tom, altura ou intensidade – são
descritas. A morfologia estuda as classes de palavras e os processos formativos associados a
elas. A sintaxe dedica-se aos tipos de frases, orações e períodos.
d O papel do estruturalismo foi alterado nos anos recentes. Nas “ciências humanas” o
estruturalismo é visto, um pouco incorretamente, como antiquado, e novas abordagens são
chamadas de “pós-estruturalismo”. Lingüistas, em contraste, têm visto os métodos
estruturalistas como ferramentas que podem capacitá-los a voltar a uma abordagem anterior
com uma reserva imensamente aumentada de dados. Agora é possível usar uma base
comparativa na avaliação de uma dada língua, onde a base não é meramente o latim ou
algumas línguas, mas uma amostra amplamente representativa de toda língua. Nem todas as
línguas têm sido estudadas, sem dúvida, mas o suficiente tem sido descrito em detalhes, de
modo que poucas surpresas são esperadas. Estudos em línguas universais e tipologias
lingüísticas, cujos caminhos foram abertos por Joseph H. Greenberg, têm assumido
recentemente um papel destacado em lingüística.
3.4 Variação
a A língua varia ao longo dos mesmos parâmetros como os outros aspectos da cultura
humana, isto é, ela varia através do tempo, de acordo com o contexto geográfico, social e p 58
político, e junto com idade, gênero e relacionamento entre usuários. Variação histórica é o
tipo mais óbvio: nosso português não é o de Camões e o hebraico moderno não é a língua de
Ezequiel. Discutimos alguns aspectos da história do hebraico no capítulo 1, e lá aludimos à
oposição sincrônica/diacrônica. Na visão de Saussure, o estudo de um determinado estado da
língua num dado tempo (estudo sincrônico) é um empreendimento diferente do estudo da
relação de vários estados de uma língua (estudo diacrônico). Como argumentamos antes, uma
variedade de problemas toma difícil um estudo estritamente sincrônico ou diacrônico do
hebraico bíblico. A despeito da padronização e homogeneidade refletida no texto bíblico, é
possível apreciar aspectos de mudança histórica dentro dele. Desde a Segunda Guerra
Mundial, lingüistas perceberam muitos outros tipos de variação no uso lingüístico, e esses,
também, podem ser relevantes para o estudo do hebraico.
f Outras fontes de variações lingüísticas parecem ter deixado alguns poucos traços na
Bíblia, e estudos posteriores podem ser frutíferos. Primeiro, urbano versus rural: a fala não-
urbana é freqüentemente mais conservadora do que a dos moradores da cidade,
especialmente a elite ou os grupos instruídos. Segundo, homem versus mulher, e empregado
versus patrão: as situações sociais diferentes dos gêneros e das classes podem afetar suas
falas. Terceiro, jovem versus idoso: o desenvolvimento histórico da língua é ordenado pouco a
pouco na fala de todos os falantes como eles a dominam e amadurecem em seu uso. O estudo
destes e de outros tipos lingüísticos de variação na Bíblia é complicado por questões de gênero
e uso literário.
3.5 Compreensão
Substantivos Adjetivos
Atributivos
בַּת טֹוב
ָגמָל נָבָל
דָ בָר ִראשֹון
p 61 Cada grupo é uma amostra das classes paradigmáticas, e desde que as classes sejam
aquelas especificadas na relação sintagmática “substantivo + adjetivo atributivo”, todas as 16
combinações possíveis deveriam estar sintagmaticamente disponíveis. As frases com בַּת
devem requerer que o adjetivo esteja no gênero feminino. Não podemos estar certos de que
frases não-atestadas seriam efetivamente boas em hebraico; ָגמָל נָבָל poderia parecer
redundante – não são todos os camelos tolos? Tal julgamento seria uma matéria de semântica.
c Os eruditos há muito suspeitaram de que um período pode ter traços que são básicos a
ele, embora não estejam aparentes na forma superficial. Noam Chomsky distinguiu entre
“estrutura superficial” e “estrutura profunda”. Ele definiu a estrutura superficial de um
período como a seqüência linear de elementos; a estrutura profunda, que não precisa ser
idêntica à estrutura superficial, é vista como uma representação de relações gramaticais mais
abstrata. A distinção entre estes dois níveis da língua tem sido responsável pela enorme
quantidade de pensamento lingüístico desenvolvido sob o título de gramática gerativo-
transformacional e vários desenvolvimentos mais recentes.
Desde que haja muitas coisas e experiências no domínio extralingüístico que as pessoas
compartilham universalmente, a visão medieval de Bacon talvez não seja surpreendente.
Assim, em parte por causa das propriedades universais da língua em sua dimensão mais
profunda, abstrata e não-física, nós, como falantes e leitores do português, estamos aptos
para entender hebraico.
p 63 4
Unidades Gramaticais
4.1 Introdução
4.2 Palavra
2.1 Definição
4.4 Sujeito
4.5 Predicado
4.6 Modificadores
6.1 Modificadores Adjetivos
4.8 Período
4.1 Introduçáo
שְך
ֵּ ֲהשָלֹום לְָך ֲהשָלֹום ְלאִיVai tudo bem contigo? Teu marido vai bem? O
menino vai bem?
2 Reis 4.26
p 64 Essa resposta pode ser considerada uma palavra, uma oração (do tipo reduzido tratado
abaixo), e um período simples. Esse elemento de sobreposição entre as unidades é bastante
útil na análise. Desde que unidades superiores dependem de unidades inferiores, vamos
apresentá-las em ordem ascendente. Já tendo esclarecido a noção de morfema, começaremos
neste capítulo com a palavra.
4.2 Palavra
4.2.1 Definição
a Palavras podem ser classificadas de acordo com o modo como elas funcionam (i.e., de
acordo com sua distribuição) nas unidades superiores, frase, oração e período. Essa
classificação refere-se às relações sintagmáticas entre os diversos tipos de palavras e os p 65
diversos tipos de ordens de palavras possíveis em unidades superiores. Em português, ‘o
cachorro preto’ (artigo + substantivo + adjetivo) é uma frase aceitável, mas ‘cachorro preto o’
(substantivo + adjetivo + artigo) não é aceitável. Similarmente, a combinação de palavras nas
orações seguintes é aceitável:
Por outro lado, ninguém encontrará orações como estas entre os usuários da língua
portuguesa:
O artigo ‘o’ ocorre a algumas palavras e não a outras, e as mesmas espécies de restrição são
impostas a outras palavras. Ao observar palavras que possam ocorrer em ambientes
comparáveis, podemos agrupá-las em classes. De um modo formal, podemos agrupar as
palavras destas orações como:
Classe T: o
c Os gramáticos têm abstraído valores irreais para essas classes; por exemplo, diz-se que a
classe dos substantivos significa normalmente pessoas, lugares e coisas; a classe dos adjetivos
atribui uma qualidade ao substantivo, etc. Subclasses semânticas são, também, descritas de
acordo com valores irreais. Membros do Substantivo (a) classe citada acima pertencente à
classe de “substantivos animados”, enquanto que o exemplo do Substantivo (b) classe é um
“substantivo inanimado”. O modo pelo qual classes de palavras são imaginariamente rotuladas
é matéria distinta dos procedimentos lingüísticos usados para isolar as classes; os rótulos
podem ser em si mesmos enganadores. Por “classes de palavra” queremos dizer ambos, as
classes às quais as palavras pertencem em bases distribucionais formais e o abstrato, noção
comum pertencente à classe. Em p 66 hebraico, os termos principais do discurso são o
substantivo e o verbo; os adjetivos pertencem à classe dos nomes, juntamente com os
substantivos; os advérbios são uma classe pequena. As categorias de preposição e conjunção
se sobrepõem; estas duas, juntamente com alguns advérbios, são com freqüência
simplesmente chamadas de partículas. A classe de exclamações e interjeições, por exemplo,
‘ הֹויai’, ‘ ָח ִֶּ֫לילָהlonge com isto!’, ‘ נָאeu rogo’, ‘por favor’ é de menor importância.
d As classes de palavras têm definições misturadas, em parte baseadas em fatores
semânticos ou referenciais e em parte baseadas em várias características formais. Não existe
qualquer esquema universal único das classes de palavras, tampouco qualquer conjunto de
associações entre as classes de palavras e os sintagmas, mais complicados do que as frases.
Visto que a sintaxe, como a estamos apresentando aqui, é o estudo sistemático de como as
palavras são usadas, alguns aspectos da história da classificação de palavras são dignos de
serem mencionados. O sistema de classe de palavras remonta aos tempos helenísticos (sua
continuidade com os modelos do antigo Oriente Próximo permanece inexplorada) e, embora
os papiros gramaticais do Egito mostrem que os sistemas assumiram muitas formas diferentes,
a tradição o atribui a Dionísio Traxe (ca. 100 a.C.). O esquema completo reflete tanto o
pensamento filosófico estóico clássico como o posterior, mas Dionísio e os autores dos papiros
são mais propriamente gramáticos do que filósofos. Há uma base tríplice: o grego onoma ‘a
nomeação’, rhēma ‘a fala’ e syndesmos ‘a ligação’; sob estes três títulos podemos arranjar as
oito categorias de Dionísio:
2. interjeição
3. advérbio
a ligação 6. preposição
7. conjunção
8. pronome
Verbo
nome próprio
pronome
f Não é nosso propósito defender uma lista particular, mas, antes, ressaltar a utilidade de
uma abordagem centrada em classe de palavras a despeito de suas origens mescladas. Essas
origens poderiam ser encobertas ou superaradas, se indicadores estritamente formais fossem
encontrados para substituir os fatores referenciais. Não fizemos assim porque o peso do
testemunho tradicional é parte de nossa segurança, de que as classes de palavras facilitam o
mapeamento e a compreensão da sintaxe. E ainda, porque o referencial histórico de termos
como “substantivo” e “verbos” permanece, a dificuldade de mudar da classe de palavras para
o sintagma surge indefinidas vezes. Acreditamos que a alternativa seja uma gramática na qual
os elementos se combinem suavemente em sintagmas, mas os próprios elementos não são
reconhecíveis aos leitores sem uma preparação especial (em geral) no novo e limitado
arcabouço teorético. Um arcabouço estritamente sintagmático (ou estritamente
paradigmático) seria pouco razoável e, suspeitamos, menos acessível para “trabalhar sem
dados” (na frase de T. O. Lambdin).
b Um outro sentido diferente de frase também é proveitoso. Neste sentido, uma frase
inclui uma palavra regente e ela a tudo rege. Uma frase preposicional é uma preposição e seu
objeto; uma frase participial é um particípio e as palavras que ele rege, seja no construto ou
por meio de uma preposição; e uma frase construta inclui todos os substantivos numa cadeia
construta.
c Observamos no Capítulo 3 que a língua serve como um meio ou código pelo qual um
falante comunica pensamentos ou experiências a uma audiência. Uma oração designa um
enunciado no qual o falante faz um comentário sobre um tópico. O tópico é chamado “o
sujeito” e o comentário “o predicado”. O sujeito é expresso por um substantivo ou um
equivalente; o predicado de uma oração verbal é um verbo ou um equivalente, enquanto que
o de uma oração não-verbal é um complemento substantivo.
4.4 Sujeito
Pv 14.16
5. ֹלא־טֹוב
֑ ָאכ ֹל דְ בַּש ה ְַּרבֹותComer muito mel não é bom.
Pv 25.27
Gn 30.15
7. ְואִם ַּרע ְבעֵּינֵּיכֶם ַּלעֲב ֹד אֶ ת־Se servir YHWH vos parece mal…
יהוהJs 24.15
p 70 (7) Advérbio
8. ה ְַּרבֵּה נָפַּל מִן־ ָהעָםMuitos caíram das tropas.
2Sm 1.4
(a) aposição, a justaposição assindética de dois ou mais substantivos com um único referente
extralingüístico
Jz 19.1
(b) hendíade, a justaposição de dois substantivos com um único referente, com ou sem a
conjunção; compare com # 10 a expressão portuguesa ‘agressão e lesão corporal’.
Jr 6.7
(c) coordenação (um sujeito composto), a coordenação de vários substantivos com referentes
diferentes
Gn 3.8
12. שנֵּיהֶם
ְ וַּתִ ָּפ ַּק ְחנָה עֵּינֵּיOs olhos de ambos se abriram.
Gn 3.7
(2) Uma frase preposicional usada como um sujeito geralmente é uma frase partitiva,
introduzida por ‘ מִןde’, tanto em frases deste tipo como ‘(algo) de’ ou após um negativo ‘(nem
mesmo um) de’.
2Rs 9.33
14. ּו ְלשָאּול ֻהגַּד כִ ָֽי־נִ ְמלַּט ָדוִדFoi anunciado a Saul que Davi
fugira.
1Sm 23.13
a Às vezes o tópico de uma oração não tem em vista referência particular a pessoa (s). Em
tais casos de sujeito indefinido, a língua portuguesa, exigindo em sua estrutura p 71
superficial que um substantivo ou seu equivalente expresse o sujeito, provê um “falso” sujeito,
seja ele um substantivo (p. ex., ‘homens’, ‘povo’), um pronome (‘eles’, ‘seu’), ou um adjetivo
(‘único’); nenhum destes tem um referente extralingüístico em vista.
Em hebraico, sujeitos indefinidos podem ser expressos por formas ligadas do pronome na
terceira pessoa com um verbo finito; se um particípio é usado em tal construção, ele
usualmente está no plural. O verbo finito pode estar no singular ou no plural, ativo (cf. 22.7)
ou passivo; a construção plural ativa é a mais comum.
1. שמָּה ָבבֶל
ְ עַּל־כֵּן ק ָָראPortanto alguém chama seu
nome Babel (ou, homens ou
pessoas chamam-na Babel).
Gn 11.9
Gn 4.26
Jr 38.23
A construção impessoal (na qual o tópico é a condição expressa pelo predicado) é tratada em
22.7a.
4.5 Predicado
Ag 1.6
Ez 13.22
Rt 3.12
c Numa oração não-verbal (ou nominal) não existe marcador verbal de predicação. O
hebraico, como muitas outras línguas, incluindo o latim e o grego clássico, pode predicar um
adjetivo ou substantivo diretamente, sem uma cópula (i.e., alguma forma de היה, que
corresponde ao verbo ‘ser’). Em línguas onde a cópula pode ser opcional, ela é usualmente
requerida se o comentário é feito no tempo passado ou no tempo futuro, em contraste com o
tempo presente (ou em algum modo diferente do indicativo), ou se a situação deve ser
realçada. A função principal da cópula é então marcar na estrutura superficial o tempo, o
modo ou o aspecto. John Lyons observa:
[Qualquer verbo equivalente a] “ser” não é ele mesmo um constituinte de
estrutura profunda, mas um “falso verbo” semanticamente vazio gerado pelas
regras gramaticais de [certas línguas] para a especificação de certas distinções
(usualmente “carregadas” pelo verbo) quando não há outro elemento verbal
qualquer que porte estas distinções. Orações que são temporais, modais e
aparentemente “não-marcadas”… não necessitam de “falso” portador.
Gn 31.52
(4) Advérbio
9. שם
ָ כִי ֶֶּ֫זבַּח ַּהיָמִיםO sacrifício anual está lá.
1Sm 20.6
(5) Frase preposicional adverbial
Gn 26.20
4.6 Modificadores
A expessão preferida dentre essas em hebraico é a constructa, ( אֱֹלהֵּי ַּהנֵּכָרGn 35.2, etc.).
Uma dessas formas ou construções pode ser escolhida quer por razões de estilo, quer por
ênfase, ou devido a fatores lingüísticos. Aqui estão alguns exemplos de construções adjetivas:
(1) Adjetivo
1. … ְו ָה ַּלכְתָ ַאח ֲֵּרי אֱֹלהִים ֲאח ִֵּריםe (se) vós sequis outros
deuses
Dt 8.19
p 74 (2) Particípio
Dt 4.24
Gn. 6.18
Sl 23.2
1Cr 28.18
(6) Aposição
6. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר ֶַּּ֫קי ִן אֶל־ ֶֶּ֫הבֶל ָאחִיוCaim disse a Abel seu irmão …
Gn 4.8
(7) Hendíadis
7. שכָן
ְ ב ְֶּ֫א ֹהֶל ּו ְב ִמComuma tenda como minha
habitação (lit., uma tenda e
habitação)
2Sm 7.6
Nm 19.14
9. וַּתִ תֵּ ן גַּם־ ְלאִישָּה ִעמָּהE ela deu também (um pouco)
ao seu marido (que estava) com
ela.
Gn 3.6
1Sm 2.33
4.6.2 Modificadores Adverbiais
b Quando um substantivo modifica um verbo, diz-se que ele está na “função acusativa”,
uma construção tratada no Capítulo 10. Basta aqui notar que há dois tipos principais de
acusativo: objeto direto e adverbial.
Gn 1.27
Gn 41.40
Um infinitivo construto (36.2.1) pode ser usado como um objeto direto, como um
complemento verbal ou numa frase preposicional.
3. ֹלא ֵּאדַּ ע צֵּאת וָב ֹאEu não sei (como) sair, nem
como entrar (objetos).
1Rs 3.7
Nm 22.6
Nm 35.19
Um infinito absoluto (35.3.3) pode ser usado como um objeto direto ou como um advérbio.
Is 1.17
Jr 22.19
Em alguns casos um verbo pode modificar outro verbo sem estar em uma oração subordinada;
o verbo שובfreqüentemente é usado nesta função quase-auxiliar (39.3.1).
p 76 12. ַּו ֶָּּ֫ישָב י ִ ְצחָק ַּוּיַּחְּפ ֹר ֶאת־ ְבאֵּר ֹתEIsaque reabriu os poços (lit.,
Isaque voltou e abriu …).
Gn 26.18
a Nas orações que consideramos até agora, o sujeito e o predicado dividiam a oração entre
si. Algumas orações simples contêm outros elementos, o nominativo absoluto, que não tem
equivalente no português regular, ou o vocativo.
Gn 34.8
O absoluto pode também estar associado como possuidor do objeto direto da oração.
O absoluto pode referir-se ao objeto direto da oração ou ao objeto direto de uma frase
preposicional na oração.
Gn 24.27
4. ֶּ֫ש ֹ ֶרש יִשַּי ֲאשֶר ע ֹ ֵּמד ְלנֵּס ַּעמִיםQuanto à raiz de Jessé que está
ֵּאלָיו גֹוי ִם י ִדְ ֑רשּוposta por estandarte para os
povos – as nações recorrerão a
ela (objeto preposicional).
Is 11.1
2Rs 1.4
6. כִי ְמעַּט ֲאשֶר־ ָהי ָה לְָך ְל ָפנַּיNo tocante ao pouco que tinhas
ַּוּיִפְר ֹץ לָר ֹבantes da minha vinda, (ele) foi
aumentado grandemente.
Gn 30.30
8. ש ֶַּּ֫ב ְע ָת
ְ ִ ֲאדֹנִי ַּאתָ ה נMeu senhor, tu juraste…
1Rs 1.17
Mq 1.2
4.8 Período
c Em sua obra sobre o hebraico, Andersen estabeleceu a definição, “Uma sentença é uma
construção gramaticalmente auto-suficiente”, isto é, “As funções gramaticais de todos os
constituintes em um período podem ser descritas em termos de relações com outros
constituintes no mesmo período”. Esta definição é semelhante à nossa noção de período como
a unidade que comporta o “maior grau” em análise de composição. Mas a definição de
Andersen ainda não está teoricamente satisfatória; ele mesmo reconheceu mais tarde: “A
integralidade gramatical… pode demonstrar ser tão difícil de estabelecer como a integralidade
de pensamento”.
e Definições como estas têm a vantagem de definir o período como uma unidade
lingüística composta de unidades lingüísticas identificáveis e menores. Mais particularmente,
podemos definir um período como uma forma lingüística composta de uma ou mais orações.
Se há múltiplas orações, elas estão ligadas por conjunções, p 79 significando que, juntas, elas
compõem uma unidade gramatical, embora devamos permitir que o discurso seja mantido
coeso por padrões de “conjunções macros-sintáticas”, da mesma maneira que por padrões de
“conjunções microssintáticas”, que ligam orações dentro de um período (Cap. 38). Uma
definição completa de período, que não empreenderemos oferecer, deveria incluir uma
declaração de como ele difere do enunciado macrossintático de discurso.
f Definimos um período como uma unidade lingüística não tão grande como um discurso,
porém maior do que aqueles elementos gramaticais que não podem existir
independentemente, mas são sintaticamente dependentes uns dos outros dentro dessa
unidade lingüística maior, a saber, a oração, a frase, a palavra e o morfema.
g Os períodos podem ser incompletos. Algumas das unidades menores, incluindo uma
unidade maior, são deixadas para ser inferidas do contexto; na estrutura superficial de um
enunciado, as palavras que precisam “ser supridas” para torná-lo numa construção típica são
chamadas de elididas. As palavras são prontamente supridas do contexto circundante (no
enunciado ou na situação) e dos sistemas gramaticais conhecidos como característicos da
língua. Às vezes a conjunção que liga tanto orações como períodos é elidida; outras vezes um
dos outros elementos de uma oração é elidido, como o sujeito ou o predicado.
h Um período pode ser coextensivo com uma única oração, caso em que ele é um período
simples, ou pode consistir de duas ou mais orações, caso em que ele é composto ou complexo.
Considere, por exemplo, o enunciado,
1. ש ָראֵּל
ְ ִ ַּוּי ַּ ֲע ִֶּ֫בדּו ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם ֶאת־ ְבנֵּי יOs egípcios faziam os Israelitas
ְב ֶָּ֫פ ֶ ָֽרְך׃servirem com aspereza.
Êx 1.13
Este é um período simples consistindo de elementos gramaticais que não podem existir à parte
de sua relação sintática um com o outro e que, juntos, constituem um enunciado unificado.
Seus constituintes dependentes menores são (deixando de lado o waw inicial):
A última destas é uma frase preposicional, a terceira é uma frase substantiva; as outras duas
são simples palavras.
2. ּו ְבנֵּי יִש ְָראֵּל ּפָרּו ַּוּיִש ְְרצּו ַּוּי ְִרבּוOs israelitas foram
Êx 1.7
Neste período os quatro verbos, com o sujeito único e o modificador adverbial único, seguem
um ao outro apenas com as conjunções a uni-las. O período seguinte é complexo.
p 80 3. ַּו ֶָּּ֫יקָם ֶֶּ֫מלְֶך־חָדָ ש עַּל־ ִמצ ְֶָּ֫רי ִםUm novo rei se levantou sobre
ֲאשֶר ֹלא־י ָדַּ ע ֶאת־יֹוסֵּףo Egito, que não conhecera
José.
Êx 1.8
A segunda oração, ֲאשֶר ֹלא־י ָדַּ ע ֶאת־יֹוסֵּף, está subordinada à primeira; é uma oração
relativa modificadora do sujeito da oração principal, ֶֶּ֫מלְֶך־חָדָ ש.
p 81 Nomes
5 Paradigmas Nominais
6 Gênero
7 Número
9 Função Genitiva
11 Preposições
12 Aposição
13 Definibilidade e Indefinibilidade
p 83 5
Paradigmas Nominais
5.1 Raiz, Afixo, Paradigmas
a A maioria das palavras em hebraico inclui uma raiz, uma seqüência de consoantes a
associadas a um significado ou a um grupo de significados. A maioria das raízes é
triconsonantal (ou trirradicais); raízes médio-fracas (e às vezes outras raízes fracas) são
consideradas biconsonantais. A raiz é uma abstração baseada nas formas e nas palavras que
efetivamente ocorrem, e seu significado é, também, uma abstração baseada no campo
semântico das palavras da forma como são usadas. O sistema de raízes é parte do
conhecimento que o falante possui da língua, mas as abstrações resultantes não devem ser
exageradas, especialmente em bases semânticas. As palavras que realmente ocorrem sempre
têm prioridade sobre tais abstrações. Somente os pronomes e algumas partículas ficam
inteiramente fora do sistema de raízes.
b A raiz pode ser modificada para formar uma palavra com um afixo; pode ser um prefixo
(antes da raiz), um sufixo (após a raiz), um infixo (no interior da raiz), ou alguma combinação
destes. Os afixos formam vários paradigmas verbais e nominais, e cada palavra representa um
paradigma formativo. O termo grau é usado às vezes para descrever uma forma de raiz
consonantal com um afixo, da qual outras palavras podem ser derivadas.
p 84 c A raiz ‘ חברligar, unir’ pode ser usada na ilustração destes aspectos. A seguir
temos uma dúzia de palavras.
3. ֶֶּ֫חבֶרcompanhia
5. ַּחבָרparceiro
6. ֲח ֶֶּ֫ב ֶרתconsorte
7. ֶחב ְָרהassociação
11. ֶחבְרֹוןHebrom
12. ֶחבְרֹונִיhebronita
Nas primeiras três formas, a raiz é complementada por vogais infixas (e no # 1 sufixada); nas
duas seguintes, a consoante medial da raiz é também alongada (ou duplicada). As formas ##
6–10 levam um sufixo feminino; ## 9–10 têm um mem prefixado adicional. As formas ## 11–12
têm um sufixo –ôn e a última forma tem um sufixo –î adicional. Há outras formas que derivam
da raiz ḥbr. A raiz nunca ocorre isolada de um paradigma de afixos; o significado ‘ligar, unir’ é
derivado de vocabulário atestado.
d Alguns dos paradigmas usados nesta dúzia de palavras são paradigmas verbais; tais
paradigmas tendem a ser consistentes e regulares num grau superior àqueles usados para
formar nomes (substantivos e adjetivos). O paradigma verbal CāCaC, (ou C1āC2aC3 ou ) ָקטַּל
denota uma situação completa ou perfectiva, por exemplo, שבַּר ָ ‘ele quebrou’, שמַּר ָ ‘ele
guardou’, ‘ ָגנ ַּבele furtou’, ‘ ָאז ַּלfoi-se’; assim חבְרּו
ָֽ ָ ‘eles (foram) unidos’. O paradigma verbal
C1iC2C2ēC3 funciona de modo semelhante, por exemplo, כבֵּר ִ ‘ele honrou’, ‘ ִסּפֵּרele recontou’,
‘ גִדֵּ לele causou o crescimento’; assim ‘ ִחבַּרele uniu (algo)’. (A relação entre o primeiro
paradigma, Qal, e o segundo paradigma, Piel, será discutido adiante, 24.1).
1. ע ֵֹּרבcorvo
2. הֹומָהparede
3. יֹובֵּלchifre de carneiro
4. שרק
ֵּ videira
c Vários grupos de nomes usando esse paradigma não possui qualquer vínculo com uma
raiz verbal no Qal. De fato, em alguns nomes, onde o paradigma “indica o titular de um ofício
ou profissão”, nenhuma raiz de verbo cognato é usada (## 5–6).
5. כֹוהֵּןsacerdote
6. נֹוקֵּדcriador de ovelhas
p 86 d Outra categoria principal de nomes qôtēl inclui aqueles que podem ser associados
com verbos usados no Qal. Todavia, esses nomes não são simplesmente particípios Qal,
porque “eles não mais descrevem o exercício real de uma atividade, mas se tornaram
denotações fixas rotulando um sujeito baseados em um traço distintivo que é durável e
objetivamente observável”. Alguns desses são, como acima, os nomes de ocupações (## 11–
16), enquanto outros descrevem um papel social individual (## 17–20). Um subgrupo correlato
é usado para abstrações (## 21–22).
f Esse pequeno resumo de esforços para descrever um paradigma principal (as formas
poderiam ser consideradas em outras perspectivas) deve deixar claro quão intrincado pode ser
o sistema nominal hebraico. Porém, fica também claro que a maioria desses usos não-
participiais da forma qôṭēl está vinculada ao sentido participial básico: apenas seis dos trinta
exemplos citados (## 1–4, 21–22) afastam-se drasticamente do sentido de “alguém que faz
algo”. Ao mesmo tempo, o sentido de “atividade” é com freqüência semanticamente
inapropriado – um yôšēb ‘habitante’ não é simplesmente alguém que p 87 realiza o ato de
habitar (yâšab) –, ou impossível morfologicamente – não existe o verbo *ḥābal ‘manipular
cordas’, para produzir ḥōbēl ‘(manipulador de cordas) marinheiro’.
1. יָבֵּשseco
2. ָעי ֵּףexausto
3. שלֵּו
ָ desinteressado
4. י ֵָּרְךcoxa (superior)
p 88 6. ְמ ַּלמֵּדprofessor
7. מ ְַּרגֵּלespião (espia)
8. ְמחֹקֵּקcomandante
c O paradigma qātîl amolda tanto adjetivos (## 9–11) como substantivos. O paradigma é
usado para termos profissionais, alguns de sentido passivo (## 12–14), alguns estativos ou
ativos (## 15–17), embora as distinções não devam ser forçadas. As palavras para certas
atividades da agricultura, também empregam esse paradigma (## 18–22).
9. ָצעִירpequeno
10. נָקִיpuro
11. ָענִיpobre
14. ָּפלִיטrefugiado
15. ָּפקִידsupervisor
16. נָגִידlíder
17. נָבִיאprofeta
18. ָאסִיףcolheita
19. ָבצִירvindima
21. ח ִָרישaragem
22. ָקצִירcolheita de grão
23. בָצּורinacessível
24. עָצּוםforte
25. עָרּוםastucioso
27. חָרּוץdecisão
30. ָמתֹוקdoce
36. ֲאנָחָהsuspiro
37. ֲאנָקָהgemido
38. י ְ ָללָהuivo
39. נְָאקָהgemido
40. ְצ ָעקָהgrito
41. שְָאגָהurro
1. ַּגנָבladrão
2. דַּ ּי ָןjuiz
3. ַּחטָאpecador
4. ח ָָרשartífice
5. ּפ ָָרשeqüestre
6. ַּצּי ָדcaçador
b Adjetivos referindo-se a defeitos físicos ou mentais usam o paradigma qittçl (## 7–14).
7. ִאטֵּרinválido
8. ִאלֵּםmudo
9. ִגבֵּןcorcunda
10. ח ֵֵּּרשsurdo
11. ִעּוֵּרcego
12. ִעקֵּשperverso
Três desses termos ocorrem juntos em Êxodo 4.11 (## 8, 10, 11).
c Palavras qattîl (como aquelas em outros paradigmas com alongamento medial e uma
segunda vogal longa) freqüentemente indicam posse de uma qualidade de um modo
“intensivo”. Isto é improvável porque se baseia na noção duvidosa de que a duplicação “afia” a
raiz em um modo semanticamente direto (24.1). Basta dizer que qattîl é, a um mesmo tempo,
adjetival (## 15–17) e uma espécie de substantivo qātîl (## 18–19; no # 18, cf. 5.3 #12).
15. ַּאבִירforte
16. ע ִָריץterrificante
18. ַּאסִירprisioneiro
19. ס ִָריסeunuco
2. ש ֲאנָן
ַּ seguro
3. ֲה ַּפ ְכּפְַּךtorto
6. ֲאדַּ ְמדָםavermelhado
7. י ְַּרק ְַּרקesverdeado
9. ֲא ֻלמָהgavela
11. ְקוֻצֹותcachos
a O hebraico bíblico emprega uma variedade de prefixos que servem para modificar o
sentido das raízes. A maioria dos prefixos são elementos usados tanto em paradigmas
nominais como em verbais, incluindo ʾ, h, y, m, t e ʿ. Stanley Gevirtz tem sustentado que “o que
estas parecem ter em comum umas com as outras é uma força dêitica, demonstrativa,
definidora ou especificadora”. Nem todos os prefixos são igualmente comuns ou importantes.
2. מָקֹוםlugar
3. מֹושָבassembléia (< yšb)
4. ַּמפְתֵּ ַּחchave
6. שּפָט
ְ ִמjulgamento
7. מ ְַּראֶהaparência
8. מ ְַּרָאהvisão (fem.)
Na maior parte destes exemplos, a vogal da primeira sílaba prefixada é a (## 2–5, 7–9); nas
outras é i. A primeira sílaba de # 3, mô-, é contração de maw-; o ô é visto também nas formas
Niphal, Hiphil e Hophal de yšb e em várias outras formas verbais com waw- inicial. Nos
exemplos femininos citados, a forma masculina correspondente pode tanto não ocorrer (## 5,
9) como ter um sentido diferente (# 8, cf. # 7).
c Um nome t-prefixal geralmente designa a ação do verbo do qual é derivado (## 10–12). A
maioria destes nomes, incluindo os exemplos, é derivada de raízes w-inicial.
Gevirtz adverte contra esse tipo de obscurecimento semântico, tanto no âmbito geral do
som, que postula que onde exista diferença em forma há uma diferença em significado,
quanto no âmbito de seu estudo das palavras.
e Uma parada glótica prefixada é usada em vários adjetivos (## 18–20), bem como em
certas formas substantivas (## 21–22).
22. ֶא ְצבַּעdedo
O אusado em nomes como ## 21 e 22 parece refletir um esforço para remodelar a raiz, talvez
em parte por causa da sibilante inicial; a palavra ‘braço’, por exemplo, também ocorre na
forma mais comum זְרֹו ַּע. Este א prefixado é, portanto, chamado ou de protético (i.e.,
prefixado) ou de prostético (i.e., dando um poder adicional).
p 92 f Gevirtz sugeriu que עindica especificação ou força como um elemento da raiz. Ele
compara raízes similares com e sem ʿ: gnn ‘cobrir’ e ʿgn ‘fechar-se fora’, qwr ‘cavar’ e ʿqr
‘desenterrar’, rwy ‘estar saturado’ e ʿry ‘derramar’ (≠ ʿry ‘estar despido’). Particularmente
notáveis são as raízes que ocorrem tanto com אcomo com ע, ʾgm ‘estar triste’ e ʿgm ‘afligir’;
ʾṭr ‘fechar’ e ʿṭr ‘cercar’. Pares relevantes de nomes incluem
25. ַארבֶה
ְ locusta עָר ֹבenxame de
moscas
O elemento ʾaleph/ʿayin, nesses casos, é parte da raiz, tal qual existe no hebraico bíblico. O
elemento ʿayin também é encontrado em alguns quadriliterais designando animais, nos quais
ele pode funcionar como um prefixo, como os outros tratados aqui (## 26–30).
26. ֲע ַּטלֶףmorcego
29. ַּעכְשּובvíbora
b O sufixo mais comum é -ôn ~ -ān. Ele pode ser usado para adjetivos (## 1–3),
substantivos abstratos (## 4–6) e diminutivos (## 7–8).
4. ּפִתְ רֹוןsolução
5. זִכָרֹוןmemorial
6. ק ְָרבָןoferta
A ‘pupila’ ou ‘menina’ do olho é designação para a pessoa pequena vista refletida nele, tanto
em hebraico como em latim (pupillus, de onde provém o termo português ‘pupilo’). A
terminação -ôn é comum em nomes de lugar (p.ex., ) ֶחבְרֹוןe a terminação –ûn de Jesurum
(Yeshurun - )יְשֻרּון, um termo poético para Israel (cf. ‘ יָשָרreto’), e Zebulun ( )זְבֻלּוןestão
relacionadas.
a A estrutura fonológica do hebraico bíblico está fora de nossa esfera, mas uma faceta dela
merece menção, associada ao estudo de paradigmas. Consoantes ocasionalmente
intercambiam-se na formação de palavras em hebraico e formas muito intimamente
vinculadas podem realmente assumir formas ligeiramente diferentes. Há três grupos de
intercâmbios importantes para o hebraico bíblico: as guturais, as líquidas (l e r) e as nasais (m e
n), e outras consoantes.
c As comutações líquido-nasais são mais bem conhecidas por duas formas do nome
Nebuchadnezzar (p.ex., Jr 29.1) e Nebuchadrezzar (p.ex., Jr 21.2). Os três sons l, n e r
ocasionalmente surgem em formas intimamente vinculadas, por exemplo, liškâ e niškâ,
‘quarto’; mazzālot e mazzārot, ‘constelações’; lḥṣ e nḥṣ, ‘pressionar, urgir’. Aloysius Fitzgerald
colecionou exemplos de outras dessas variantes em textos poéticos; ele alega que em tais
casos o poeta “está usando uma forma dialetal que se encaixa melhor no padrão sonoro de
sua linha” do que faria uma forma padrão.
p 94 d Outros intercâmbios são atestados para sibilantes (ʿlṣ, ʿls, ʿlz, ‘exultar’; ṣḥq e śḥq
‘sorrir’), velares (sgr e skr, ‘fechar’) e bilabiais (plṭ e mlṭ, ‘escapar’).
p 95 6
Gênero
6.1 Introdução
6.6 Concordância
6.1 Introdução
algo extra ou incomum para distingui-lo dos outros (3.3.5e). Por exemplo, na oposição ֶֶּ֫מלְֶך ׃
ַּמ ְלכָה, o gênero de ֶֶּ֫מלְֶךnão é mostrado por qualquer dispositivo evidente, enquanto que o
gênero de לכָה ְ ַּמé mostrado pela terminação ָָ ה-; ֶֶּ֫מלְֶךé o membro não-marcado ou zero
(Ø)-marcado do par, enquanto que לכָה ְ ַּמé o membro marcado. No hebraico, em geral, o
gênero masculino é não-marcado, enquanto o feminino é marcado. O membro não-marcado
pode ter o mesmo valor que o seu oposto e assim os nomes masculinos não-marcados podem
referir-se ao feminino. O membro marcado de um par lingüístico atrai mais atenção do que o
não-marcado e assim, no estudo do gênero, pode parecer que estamos lidando com o
“problema” do feminino, mas na realidade estamos preocupados com o sistema gramatical
masculino: feminino.
(1) o verdadeiro feminino: nomes animados que denotam fêmeas, com ou sem
terminação (p. ex., baqarat- ‘vaca’ e ʾum (mãe)
(2) o feminino metafórico: nomes inanimados, com ou sem terminação feminina (p. ex.,
dawlat- ‘estado, governo’ e yad ‘mão’)
Tais noções estão subjacentes à maioria das grandes gramáticas hebraicas, as de Gesenius,
Gesenius-Kautzsch-Cowley, Joüon e outras. Paul Joüon, por exemplo, observa:
É necessário confessar, por fim, que o que determinou o gênero sempre nos
escapa.
O assunto do gênero de inanimados não foi o único estímulo para a má teorização entre os
estudiosos. Carl Brockelmann, por exemplo, tendo mostrado, cria ele, que não havia
terminação feminina alguma evidente no semítico primitivo, prosseguiu concluindo que as
fêmeas eram altamente consideradas naquela cultura, que pode ter tido uma organização
realmente matriarcal.
Esses gramáticos que têm escrito acerca dos povos primitivos e de suas
primitivas línguas foram como os antropólogos “de poltrona” do século 19,
que escreveram acerca desses povos sem quaisquer contatos com eles e com
sua cultura.
d Os lingüistas modernos concordam que o gênero gramatical serve apenas para denotar
diferenças sexuais entre os seres animados. A função primária dos vários sistemas de gênero é
sintática; gênero é um dos sistemas de concordância que conecta palavras relacionadas dentro
de uma oração. É de importância secundária que os chamados formativos “femininos”
designam o gênero natural nos seres viventes.
a A descrição do gênero como é usada numa variedade de línguas sugere que o gênero
gramatical não denota primariamente sexo em seres animados e traços “análogos” dos
inanimados. Em vez disso, gênero é primariamente uma matéria de sintaxe. Os argumentos
lingüísticos relevantes são diversos; reunidos, eles apontam na direção de uma noção
propriamente lingüística de gênero.
Na verdade, o gênero neutro Mädchen é determinado pelo sufixo -chen; o nome base é
feminino, die Magd. Outro tipo de conflito de gênero-sexo surge quando adjetivos indicando
sexo ocorrem com nomes de gêneros “opostos”. Em francês ‘o rato’ é la souris, e ‘o rato
macho’ é la souris mâle, isto é, ‘o rato (feminino) macho’!
e Foi Karl Brugmann, no final do século 19, quem mais drasticamente modificou a visão de
seus predecessores sobre gênero. De fato, ele reverteu completamente a prioridade de gênero
gramatical e sexo daquela visão de lingüistas anteriores. Ele defendeu a tese de que o gênero
gramatical, que originalmente não tinha nada a ver com sexo, guiou a imaginação poética em
personificações míticas.
Seus estudos encontraram confirmação limitada em algumas áreas. Por exemplo, os russos
personificam os dias da semana como macho ou fêmea na base do gênero gramatical do dia.
Semelhantemente, os poetas hebreus às vezes personificaram inanimados de acordo com o
gênero, por exemplo, ָח ְכמָהé Senhora Sabedoria, anfitriã (Pv 9.1–6), irmã (7.4), mediadora
(1.20–33). Equilibrando as coisas, contudo, é melhor ver o gênero gramatical e o sexo natural
dos seres animados como sistemas coordenados, nenhum controlando o outro.
f Uma visão mais ampla dos sistemas de gênero deriva dos estudos de línguas com outros
sistemas de classes nominais; estes incluem as línguas bantas, algumas línguas p 101
sudanesas e algumas línguas do Cáucaso e da Austrália. As classes nominais nessas línguas não
têm relação alguma com o sexo natural. Por exemplo, em suaíle, há classes de animados, de
coisas redondas e pequenas, de coisas compridas e finas, e assim por diante; cada classe é
formalmente indicada por um prefixo e concorda com seus adjetivos modificadores e com os
verbos. Desde que ali haja apenas uma correspondência limitada entre as classes formais e
seus “significados”, os lingüistas classificam-nas meramente por seus acidentes. Gênero nas
línguas indo-européias e semíticas parece ser um caso especial de classificação nominal; como
C. F. Hockett diz, “Gêneros são classes de nomes refletidas no comportamento de palavras
associadas”. Destas observações comparativas podemos ver que os gêneros gramaticais não
“atribuem” sexo a objetos inanimados e apenas o designam imperfeitamente em objetos
animados; é principalmente um traço sintático, seja o nome animado ou inanimado, não um
traço estritamente referencial-semântico.
a Esses fatos básicos do gênero hebraico podem ser revistos antes de tentarmos discutir as
operações do sistema. Os gêneros gramaticais são parte do sistema de rudimentos hebraicos,
isto é, as marcações de gênero mostram que certas partes da fala concordam com outras
partes da fala.
c Não há “razão” porque nomes inanimados estão num gênero gramatical particular.
Contraste ‘ הָרmonte’ e ‘ גִ ְבעָהmonte’. Alguns nomes inanimados mostram dois gêneros (p.
ex., ‘ דֶֶּ֫ ֶרְךcaminho’ ‘ אֲרֹוןtórax’). O mesmo significado pode ser associado a dois nomes não-
animados que diferem apenas em gênero (p. ex, נָקָםe קמָה ָ ְנ, ‘domínio, vingança’). Nomes
femininos não-animados podem designar um coletivo (e.g., ‘ גֹולָהexílio’), ou um componente
simples de um coletivo (p. ex., אנִּי ָה ֳ ‘navio’, contraste ‘ ֳאנִיfrota’, tanto masculino como
feminino).
d O formador feminino é usado para formar números usados com nomes masculinos (p.
ex., בנ ִים
ָ ‘ שְלשָהtrês filhos’).
p 102 e Estudos comparativos revelam certos paradigmas de gênero. O hebraico (como as
línguas semíticas geralmente) conforma-se a esses paradigmas. Se o gênero serve
principalmente à função sintática de concordar, como ele adquiriu qualquer valor semântico
nas línguas semíticas? Ele teve um “significado original”? C. Brockclmann, por causa de alguns
sistemas de classes nominais apresentados acima, pensava que os gêneros gramaticais nas
línguas semíticas originalmente não tinham nada a ver com o sexo natural. Ele associou os
sistemas de gêneros semíticos aos sistemas de classes em outras línguas e sugeriu que a
terminação feminina, juntamente com outras terminações menores, reflete um traço de um
sistema mais antigo de classe nominal no semítico. Diversos eruditos têm teorizado que as
classes nominais representadas pelos gêneros formam simplesmente classes de formas
básicas (ora masculinas) e derivadas (ora femininas).
f E. A. Speiser pensava que o que é agora o formador feminino em semítico começou como
um elemento acusativo na família maior de línguas hamito-semíticas ou afro-asiáticas. Essa
idéia tem sido rejeitada; o valor permanente de seu estudo do problema permanece em sua
alegação de que o “feminino’ significava originalmente palavras derivadas com alguma
modificação especial da raiz básica. Ele observa que em todas as línguas semíticas –(a)t havia
não apenas um, mas pelo menos quatro valores semânticos: (1) formar uma abstração a partir
de um adjetivo, numeral ou verbo (p. ex., ‘ ָרעָהmal’ de ‘ ַּרעmau’); (2) formar um coletivo a
partir de um particípio (p. ex., ‘ א ְֹרחָהcaravana’ de ח ַּ ‘ א ֵֹּרviajante’); (3) construir uma
singularidade (nomen unitatis) de um coletivo (e.g., שע ֲָרה ַּ ‘[um único] cabelo’ a partir de
שעָר ֵּ ‘cabelo’); (4) construir um diminutivo ou semelhante (p. ex., ‘ יֹו ֶֶּ֫נקֶתbroto’ a partir de
‘ יֹונֵּקplanta jovem’; cf. 6.4.2f). A “versatilidade notável” de um formativo que poderia marcar
um nome coletivo ou um nomen unitatis levou Speiser a concluir:
Com o tempo –at veio a ter a especialização definitiva do feminino com objetos animados.
Outras características como forma, tradição e associações com outras palavras, contribuíram
para a atribuição do gênero de um nome.
1. ֶּ֫א ֹז ֶןorelha
2. ֶא ְצבָעdedo
3. ֶֶּ֫בטֶןbarriga
4. ֶֶּ֫ב ֶרְךjoelho
5. ז ְרֹו ַּעbraço
6. י ָדmão
7. י ֵָּרְךcoxa
8. ָכנָףasa
9. כָףpalma
10. ְלהִיqueixo
11. לָשֹוןlíngua
12. ֶַּּ֫עי ִןolho
13. ֵּצלָעlado
15. ֶֶּ֫רגֶלpé
16. שֹוקperna
17. שֵּןdente
c O gênero de nomes de lugares é complicado pelo fato de que os termos que designam
nome de lugar freqüentemente terem perdido seus nomes principais (o processo gramatical
de “decapitação”), enquanto que o nome principal continua a controlar o gênero da frase. A
decapitação é comum em português – dizemos ‘Rio’ para ‘Estado do Rio de Janeiro’, ‘Brasil’
para ‘República Federativa do Brasil’. Em línguas com sistemas de gênero gramatical, a
redução quase invariavelmente afeta esses sistemas. Os primeiros gramáticos de árabe
notaram que um termo genérico (como ‘cidade de…’, ‘reino de…’, ‘rio de…’, ‘montanha…’) em
construto com um nome de lugar determina o gênero da frase e mesmo que o genérico não
tenha sido expresso, seu gênero ainda controla o termo, por exemplo, dijlat ‘Tigre’ é feminino
na forma, mas é considerado como masculino, uma vez que a expressão completa é nahr dijlat
‘rio de Tigre’ e nahr é masculino. A omissão do nome no construto (decapitação) é comum em
árabe. Assim, a maior parte dos nomes de cidade é feminina porque madinatu ‘cidade’ é
feminino.
d A situação do hebraico é similar. Como o árabe nahr, o termo hebraico נָהָרé masculino,
como pode ser visto no # 18; embora ּפ ְָרת pareça ser feminino, o pronome em # 19 é
masculino, seguindo (נְהַּר )־ּפ ְָרת.
18. ַּהנָהָר ַּהגָד ֹל נְהַּר־ּפ ְָרת׃o grande rio, o rio Eufrates
Gn 15.18
b Nomes abstratos podem estar no singular (## 1–8) ou no plural (## 9–11). Os abstratos
singulares e mais freqüentemente os plurais podem ser usados adverbialmente (10.2.2e), por
exemplo, קָשֹות ַּוי ְדַּ בֵּר, ‘ele falou coisas duras’ (i.e., ele falou duramente)’ (Gn 42.7; cf. Is 32.4
para # 10; cf. 39.3.1).
p 105 1. ֱאמּונָהfirmeza
3. ְבּורה
ָ גforça
4. טֹובָהbondade
5. יְש ָָרהretidão
6. נְכֹונָהfirmeza
7. תְ כּונָהarranjo
8. ָרעָהmal
9. נְדִ יבֹותcoisas nobres
Nem todos os nomes abstratos são femininos (e.g., ֶַּּ֫חי ִל, ‘poder’, כָבֹוד, ‘glória’, טֹוב ו ָָרע
‘bem e mal’ [Gn 2.9]).
12. א ְֹרחָהcaravana
13. גֹולָהexílio
15. א ֶֶּ֫יבֶתinimigo
16. שבֶת
ֶ ֶּ֫ יֹוhabitante
20. ִירה
ָ (שum) cântico שִירcântico, canto
Por outro lado, encontra-se ‘ דָ גָהcardume (coletivo)’, mas (‘ דָ גum) peixe’. Algumas formas,
por exemplo, שנ ָהַּ ‘ שֹוlírio’, ְל ֵּבנָהtijolo’, etc., são singularidades para as quais o coletivo não
é atestado. (A forma masculina שּושָ ןé um ‘lírio’ metafórico, uma decoração arquitetural).
21. הַּ ָֽנְ ַּקלָה בְעֵּ ָֽינֵּיכֶם הִתְ חַּתֵּ ן ַּב ֶֶּ֫מלְֶךParece-vos
coisa de somenos
ser genro do rei?
1Sm 18.23
Jr 2.19
a Alguns nomes não-animados têm formas tanto masculinas como femininas. Embora
esses assim chamados duplos possam ter diferentes conotações, é melhor não se apoiar muito
sobre suas distinções de gênero; ambas as formas significam essencialmente a mesma coisa.
Mordechai Ben-Asher compilou 117 nomes não-animados possuindo tanto formas masculinas
como femininas, incluindo cinco pares coletivo/nomen unitatis (6.4.2d). (Ele exclui casos onde
não há relação alguma entre formas semelhantes, e.g., tôrâ/tôr, ou onde a relação é dúbia,
e.g., ʾādamâ/ʾādām). Desses, 61 são nomes abstratos e 56 são concretos. Esses pares incluem
todos os tipos de significados: nomes abstratos (## 1–2), partes do corpo (## 3–4), termos da
agricultura (## 5–6), palavras ligadas ao vestuário (## 7–8) e pares de palavras com inicial ma–
/mi– (## 9–12; veja 5.6), sete das quais são derivadas das raízes com –waw medial (## 11–12).
Ele não encontra qualquer diferença positiva em termos de sentido entre os pares, exceto dos
poucos casos de coletivos/nomina unitatis (# 6 e talvez # 3).
1. שמָה
ְ ַּא/ ָאשָםculpa
4. גֵּוָה/ גֵּוcostas
5. ֶח ְלקָה/ ֵֶּּ֫חלֶקterritório
6. ִצצָה/ צִיץgrinalda
8. ֲגֹורה
ָ ח/ חֲגֹורcinto
9. מַּתָ נָה/ ַּמתָ ןpresente
11. ָגֹורה
ָ מ/ ָמגֹורterror
Em cinco casos ele descobriu que uma das formas ocorre num estilo poético ou elevado e a
outra em um estilo ordinário prosaico (## 13–17).
prosaico elevado
a Algumas díades naturais do tipo macho-fêmea são designadas por palavras não
relacionadas, nenhuma das quais é marcada por gênero.
2. ָאבpai אֵּםmãe
4. חֲמֹורasno ָאתֹוןmula
7. ֵֶּּ֫עגֶלbezerro ֶעגְלָהnovilha
masculino
1. ֶֶּ֫אלֶףgado (col.)
2. ד ֹבurso
3. זְאֵּבlobo
4. ֶֶּ֫כלֶבcão
feminino
5. ַאר ֶֶּ֫נבֶת
ְ lebre
6. ֲחסִידָ הcegonha
7. יֹונָהpomba
8. נִ ְמלָהformiga
p 108 9. ַּו ֵֶּּּ֫ילְֶך שְֹלמ ֹה אַּ ָֽח ֲֵּרי ַּעש ְֶּ֫ת ֹ ֶרתSalomão seguiu a Astarote,
a Os gramáticos falam do gênero masculino como “o gênero anterior” porque sua forma
refere-se a seres femininos.
Gn 1.27
2. ַּויְנַּשֵּק ְל ָבנָיו ְו ִלבְנֹותָ יו ַּוי ְ ֶָּ֫ב ֶרְךEle beijou seus filhos e suas
ֶאתְ ֶ ֑הםfilhas e os abençoou (masc.).
Gn 31.54
Lv 13.29
Êx 20.10
Vós não vistes aparência alguma no dia em que o YHWH vos falou em Horebe…
para que não… façais para vós alguma imagem esculpida na forma de ídolo,
semelhança de homem ou de mulher.
p 109 Um fato que provê apoio inferencial é o uso de ambos os sexos de uma vítima sacrificial
como oferta a Deus. No antigo Oriente Próximo era costume sacrificar animais machos a
deuses (machos) e fêmeas a deusas. No culto de Israel tanto machos como fêmeas de uma
espécie eram sacrificados a Deus (cf. Lv 3.1; 4.23,28). Ninguém pode mudar ou remover as
representações masculinas figuradas de Deus sem distorcer o texto da Bíblia.
6.6 Concordância
Gn 41.57
Is 14.11
1Rs 22.36
Dt 32.35
O verbo precedente pode, também, ser um masculino plural, como em # 9; desde que haja
casos de um verbo masculino plural seguindo um nome feminino plural, como em # 10, tem
sido sugerido que ambos os tipos de discórdia refletem um evitar verbos femininos plurais.
Lv 26.33
Exemplos como # 10 são muito menos comuns do que casos de discordância gramatical nos
quais o verbo precede o sujeito.
Para outros exemplos, veja Êx 10.11, Números 14.41 e Isaías 43.13; cf. 1 Crônicas 21.10. Tal
tipo vago de pronome pode ser masculino, como na frase trivial כז ֶה
ָ ְו ‘ כָז ֹהassim e assim’ (1Rs
14.5 e outras) e no seguinte exemplo.
7.2 Singular
2.3 Repetição
7.3 Dual
7.4 Plural
Introdução
Os padrões de uso de número parecem refletir o mundo real tão de perto que
discrepâncias entre várias línguas podem parecer desconcertantes. Em português nos
referimos a um agregado de criaturas voadoras com um plural, ‘pássaros’, mas o hebraico usa
o singular ;עֹוףem contrapartida, o português usa um singular para referirse à ‘face’ humana,
mas o hebraico usa um plural, ָּפנִים. Tais discrepâncias existem porque nenhuma faceta da
língua espelha o mundo diretamente. Número é uma categoria gramatical, como gênero, e
assim, é parte de um sistema maior de uma determinada estrutura gramatical e lexical. Além
disso, o uso de número revela até mesmo mais claramente o fato de que uma língua faz parte
de uma cultura e é, por isso mesmo, moldada por aquela cultura. Vamos considerar este
segundo ponto mais detidamente, tendo em vista que ele é crucial no processo de
compreensão de uma língua.
c As línguas, também, podem diferir em seu uso do número gramatical por causa das
diferentes percepções do que é contado como “um objeto” e do que é contado como “mais de
um objeto” (i.e., um contável), o que é contado como um coerente “grupo de objetos” (i.e.,
um coletivo), ou como uma indistinguível “massa de material” (i.e., uma massa, p. ex.,
‘manteiga’); essas percepções auxiliam na moldagem da estrutura lexical de uma língua. Por
exemplo, o inglês trata ‘grape’ (uva) como um contável (Will you have some grapes? [Será que
vai ter algumas uvas?]), mas ‘fruit’ (fruta) como um coletivo (Will you have some fruit? [Será
que vai ter um pouco de fruta?]); o russo trata essas palavras de um modo exatamente
inverso. Assim, também, o português trata ‘pássaros’ como contável, mas o hebraico referese
a eles como um coletivo.
‘Calças’ é de fato um nome plural invariável, como outras peças de vestuário em inglês (pants,
pajamas), bem como nomes de ferramentas em inglês (pliers, scissors, glasses), em português
(óculos). O hebraico, também, possui substantivos plurais invariáveis.
g O hebraico, como outras línguas semíticas, usa três números: singular, dual e plural. Nas
seções seguintes analisaremos e mostraremos os usos destes números.
7.2 Singular
a O hebraico usa o singular gramatical para os contáveis, para os coletivos e para a classe
de nomes em geral. Nomes singulares podem ser repetidos em várias construções.
a Com os contáveis o singular serve para enumerar um objeto. Com entidades que o
hebraico conta como “um objeto” ou “mais de um objeto”, o singular normalmente enumera o
referente como um indivíduo. Substantivos contáveis são os mais comuns.
1. שתִי
ְ ָהבָה אֶת־ ִאDê-(me) minha mulher.
Gn 29.21
2. ְו ָה ֶָּ֫א ֶרץ הָ ָֽי ְתָ ה ֶּ֫ת ֹהּו ו ֶָּ֫ב ֹהּוE a terra era sem forma e vazia.
Gn 1.2
4. ַּתָֽדְ שֵּא ָה ֶָּ֫א ֶרץ דֶֶּ֫ שֶא ֵֶּּ֫עשֶב ַּמז ְִֶּ֫רי ַּעProduza a terra relva, ervas que
ֶֶּ֫ז ַּרעdêem semente.
Gn 1.11
Outro coletivo vegetal é ‘ ּפ ְִריfruto’. Coletivos animais incluem ‘ עֹוףpássaros, a espécie alada’,
ֶֶּ֫רמֶש ‘rastejador-rasteiro, a espécie de corredores-a-pequenos-passos’, ש ֶרץ
ֶ ֶּ֫ ‘enxame,
espécie p 114 ziguezagueante’,‘ ְב ֵּהמָהgado’, ‘ ִרמָהvermes’. Um coletivo humano é טַּף
‘crianças’. Coletivos inanimados incluem ‘ ֶֶּ֫רכֶבcarruagem’, מעָהְ ִ‘ דlágrimas’, ‘ צִיצִתborlas,
franjas’.
5. ַּל־איש וְַאל־
֑ ִ שּפ
ְ ִ שח ָאדָ ם ַּוּי
ַּ ִ ַּוּיCom isso, o gênero humano se
תִ שָא ָלהֶםabate, e os homens se aviltam;
portanto, não lhes perdoarás.
Is 2.9
6. מַּה־נַּ ֲעשֶה לַּנֹותָ ִרים ְלנ ִ ָ֑שים כִי־Como obteremos mulheres para
ְ ִנos restantes ainda, pois foram
ש ְמדָ ה ִמ ִבנְיָמִן ִאשָה׃
exterminadas as mulheres dos
benjamitas?
Jz 21.16
Dt 29.11
a Como o português, o hebraico pode usar o artigo com um substantivo singular para
indicar uma classe particular ou grupo; cf. ‘O leão é o rei dos animais’. Tal substantivo singular
tem um vasto referente, cada membro do grupo. O hebraico pode usar o singular com este
significado mesmo sem o artigo, especialmente em poesia. Este uso do singular é encontrado
em enumerações, após כ ֹלe outros termos de quantidade, com nomes gentílicos e varias
expressões.
1. שנַּי ִם ֶֶּ֫מלְֶך
ְ ּושְלשִים ּו32 reis
1Rs 20.1
Êx 1.22
11. שבֶט
ֵּ ֶּ֫ ְולָראּו ֵּבנִי ְו ַּלגָדִ י ְו ַּל ֲחצִיFalou Josué aos rubenitas, e aos
ש ַּעֶ ַּה ְמנ ֶ ַּ֑שה ָא ַּמר י ְהֹוgaditas, e à meia tribo de
Manassés, dizendo:
Js 1.12
Ne 4.4
Sl 12.2
7.2.3 Repetição
a Substantivos singulares podem ser repetidos dentro de uma curta extensão para uma
variedade de propósitos: para expressar distribuição, diversidade ou ênfase. A referência geral
a tais tipos de expressões é plural, embora o português não use o plural para frases
comparativas.
b Um singular pode ser repetido para um sentido distributivo, seja assindeticamente (## 1–
2) ou sindeticamente com ( ו## 3–5) ou com uma preposição (## 6–8); nesses tipos de p 116
frases os membros componentes do agregado são escolhidos. Tais construções podem ser
representadas em português com ‘cada’ ou ‘todo’. Com palavras temporais uma repetição
distributiva escolhe os membros diacronicamente (cf. 15.6).
1. שנָה׃
ָ שנָה
ָ ano após ano
Dt 14.22
2. ַּויְהִי כְדַּ ב ְָרּה אֶל־יֹוסֵּף יֹום י֑ ֹוםEla falou a José dia após dia
(ou, todos os dias).
Gn 39.10
3. דֹור־וָדֹורtodas as gerações
Dt 32.7
Et 1.8
6. שנָה
ָ שנָה ְב
ָ ano após ano
Dt 15.20
Ex 16.21
c Um substantivo singular pode ser repetido sindeticamente para formar uma oração
indicando diversidade.
9. ֹלא־י ִ ְהי ֶה לְָך ְככִיסְָך ֶֶּ֫אבֶן ו ֶּ֫ ָ ָ֑אבֶןNa tua bolsa, não terás pesos
גְדֹולָה ּו ְק ַּטנָה׃diversos, um grande e um
pequeno
Dt 25.13
Dt 2.27
a O hebraico, como outras línguas (p. ex., grego clássico, sânscrito e certas línguas eslavas),
possui o dual morfológico, usado principalmente para fazer referência a dois objetos
emparelhados. Nem todas as formas duais têm uma referência dual; algumas servem como
formas plurais. O equivalente português mais próximo ao dual hebraico é provido por
expressões como ‘um par de’ (p. ex., ‘um par de meias’) ou ‘ambos’ (p. ex., ‘ambas as mãos’).
Da mesma forma que estes equivalentes em língua portuguesa, o dual hebraico é usado para
referir-se a certos objetos que ocorrem em pares (p. ex., ‘um par de tacos’, ‘um par de
brincos’) e mesmo para referir-se a objetos que são de fato singulares (p. ex., ‘um par de calças
compridas’, ‘um par de óculos’, etc.). O hebraico, também, usa o dual para referir-se a
fenômenos distintos daqueles comparativamente marcados em outras línguas. Os usos do dual
podem ser analisados de acordo com os referentes dos termos: pares naturais e conjunto de
expressões de tempo e medida. Poucas palavras morfologicamente duais deixam de exibir
traços semânticos ou sintáticos do dual.
Outros objetos que ocorrem em pares, associados com partes emparelhadas do corpo, podem
ser referidos com o dual, por exemplo, ע ֶַּּ֫לי ִם
ֲ ַּ(‘ נum par de) sandálias’. O plural de uma palavra
que forma um par natural dual é, muitas vezes, o dual morfológico.
Zc 3.9
Como o último exemplo mostra, o sentido metafórico de um par natural pode ser pluralizado
com o dual. Com freqüência, porém, tal uso metafórico mostrará um plural morfológico
regular.
24. שנָה
ָ שנָתֶַּּ֫ י ִם
ְ 2 anos שנִים
ָ
d Por razões históricas complexas, poucos substantivos possuem morfologia dual, mas não
se comportam de modo algum como duais. Os dois mais comuns são plurais: ‘ ֶַּּ֫מי ִםágua’ e
ש ֶַּּ֫מי ִם
ָ ‘céus’; ambas as palavras têm raízes finais fracas (מי, )שמי, e suas formas plurais
coincidem com o dual usual. A alguns outros termos têm sido atribuídas etimologias ‘duais’
fantasiosas: שתֶַּּ֫ י ִם ְ (‘ נְ ֻחduplos?) grilhões de bronze’, ‘ ָצה ֳֶַּּ֫רי ִםmeio-dia (hora da dupla
sombra?)’, ‘ ע ְַּר ֶַּּ֫בי ִםnoite (tempo entre o dia e a noite?) e מצ ְֶַּּ֫רי ִם
ִ ‘Egito (composto de alto e
baixo Egito)’. Um punhado de topônimos possui formas duais de significação nada óbvia:
ֶאפ ְֶַּּ֫ריִם ק ְִרי ָתֶַּּ֫ יִם
‘Efraim’, ‘Quiriataim’ e a Qere de ‘Jerusalém’, י ְרּושָ ֶַּּ֫ליִם (a Kethiv é
aparentemente שלֵּםָ )י ְרּו.
7.4 Plural
a Considerando que o inglês em grande parte restringe seu uso do plural para enumerar os
contáveis, o plural hebraico é usado com muitos significados diferentes. Ele possui uma
variedade de usos básicos, principalmente com substantivos contáveis e coletivos, e um
conjunto especial de sentidos com substantivos abstratos. Os plurais honoríficos são
importantes por razões teológicas e literárias.
b Alguns pontos de morfologia são dignos de nota. A terminação plural padrão -îm tem
dominado muitas das ocorrências do mem enclítico (veja 9.8); assim, alguns casos nos quais
uma forma plural parece difícil podem, na verdade, estar errados. A terminação plural
hebraica -îm (também encontrada no fenício) raramente é substituída por -în (padrão no
aramaico e no moabita). Isto ocorre em muitas passagens poéticas, como também nos livros
posteriores, por exemplo, אח ִֵּרין
ֲ ‘outro’ (Jó 31.10), ‘ ִאּי ִןilhas’ (Ez 26.18), ‘ ִחטִיןtrigo’ (Ez 4.9),
‘ ַּחּיִיןvida’ (Jó 24.22), ‘ יָמִיןdias’ (Dn 12.13), ‘ מִדִ יןvestes’ (Jz 5.10), ‘ ִמלִיןpalavras’ (Jó 4.2),
‘ ְמ ָלכִיןreis’ (Pv 31.3), ‘ ִעּי ִיןpedregulho’ (Mq 3.12), ‘ צִדֹנִיןSidônios’ (1Rs 11.33), ָרצִין
‘corredores’ (2Rs 11.13), ממִין ֵּ ‘ שֹוdesolado’ (Lm 1.4). As terminações plurais são quase
sempre externas à forma singular, mas há alguns sinais do uso de mudanças na base para
formar plurais, como nas outras línguas semíticas. Estas incluem: (1) o alongamento-base da
sílaba -ōh- encontrado no plural de substantivos biradicais (sing. ‘ אֵּלdeus’, pl. ;אֱֹלהִיםa rara
alternativa singular, אֱֹל ַּּה, é provavelmente p 119 uma formação secundária; sing. ָאמָה
‘serva’, pl. ( ;) ֲאמָה ֹת2) talvez uma base variante nos plurais de substantivos segolados (sing.
‘ ֶֶּ֫מלְֶךrei’, pl. ;) ְמ ָלכִיםe (3) as geminações plurais de substantivos de raízes geminadas (הַּר
‘monte’, pl. regular ה ִָרים, ה ֵָּרי, geminação pl. ה ֲַּר ֵּרי, apenas em poesia; ‘ הֵּץseta’, pl. הצִים ִ ,
mas צ ֶֶּ֫ציָך ָ ‘ ח ֹק ; ֲחdecreto’, pl. ֻח ִקים, mas ‘ עַּם ; ִח ֲקקֵּיpovo’, pl. ַּעמִים, ַּעמֵּי, mas também
ֲע ָממִים, ; ַּע ְממֵּיdois substantivos raros mostram apenas geminações plurais: ‘ צֵּלsombra’
produz ללִים ָ ְצe ‘ תְֹךdano’ produz )תְ ָככִים.
1. כְדָ ְרל ֶָּ֫ע ֹמֶר ְו ַּה ְמ ָלכִים ֲאשֶר ִאתֹוQuedorlaomer e os reis que
estavam com ele
Gn 14.5
Lm 1.6
1Rs 6.29
2Rs 3.16
Jl 3.14
7. ִחטָה ִחטִיםtrigo
Geralmente o sangue humano em seu estado natural é chamado ;דָ ם depois que ele foi
derramado, a forma plural é usada.
12. קֹול דְ מֵּי ָא ִֶּ֫חיָך צ ֹ ֲעקִים ֵּאלַּיO sangue de teu irmão clama a
mim.
Gn 4.10
d Do mesmo modo como o português contrasta ‘água : águas’, assim também o hebraico
contrasta(‘ י ָםum) mar’ e ‘ יַּמִיםmar(es), superfície do mar, etc.’; o termo relativo ַּמ ֲע ַּמקִים
‘profundezas’ é sempre plural. Uma região que atravessa um limite ou corpo de água é ֵֶּּ֫עבֶר,
enquanto que עב ְֵּרי נָהָר
ֶ (Is 7.20) é a ‘região do outro lado do (Grande) Rio’, Trans-Eufrates.
Este paradigma não deve ser procurado em todos os lugares; tanto מ ְֶרחָקcomo חקִים ַּ מ ְַּר
referem-se a ‘distância’.
e Substantivos complexos inanimados são referidos às vezes como formas plurais, por
exemplo, א ֹ ָהלִיםsignifica ‘habitação, acampamento’ (bem como ‘tendas’), como acontece
com כנ ִים
ָשְ ִמe com שכָנֹות ְ ; ִמas formas singulares de ambas tendem a ser reservadas para
um sentido religioso especial, a saber, ֶּ֫א ֹהֶלpara a Tenda (da Congregação) e שכָןְ ִמpara o
Tabernáculo. Compare também כבִים ָש
ְ ִמpara ‘cama’, ao lado de שכָב ְ ‘ ִמcama’ (mas
também ‘o ato de deitar’).
7.4.2 Abstratos e Semelhantes
p 121 1. אִיש ְמדַּ בֵּר תַּ ְהּפֻכֹותhomem cuja fala é perversa (lit.,
homem que diz coisas
perversas)
Pv 2.12
Pv 28.20
Is 27.11
4. ש ֵּרת משֶה
ָ ש ַּע בִן־נּון ְמ
ֻ י ְהֹוJosué, filho de Num, ajudante
ִמ ְבח ָֻריוde Moisés desde a sua
juventude.
Nm 11.28
5. וְהּוא ִאשָה ִבבְתּו ֶֶּ֫לי ָה י ִ ָקח׃Ele só poderá casar-se com uma
virgem.
Lv 21.13
c Uma série repetida de ações ou um comportamento habitual pode ser designado por um
plural e esse termo pode ter um sentido abstrato: o תַּ נ ְחּומִים ( כֹוסJr 16.7) é ‘um cálice’ não
de atos repetidos de conforto, mas ‘um cálice de consolação’, um cálice que dá ‘consolação’ ao
ser bebido.
Os 1.2
8. שנַּת
ְ כִי יֹום נָ ָקם לַּיהו֑ הPorque YHWH tem um dia da
Is 34.8
Sl 74.13–14
… ִהנֵּה־נָא כ ֹחֹו ְב ָמתְ נָיוEis que sua força está nos seus
lombos…
ֵּי־אל
֑ ֵּ הּוא ֵּראשִית דַּ ְרכEle é obra-prima dos caminhos
(?) de Deus
Jó 40.15,16,19
Relacionado a esta intensificação está um tipo de generalização pela qual uma espécie inteira
de animais é designada por uma forma plural.
Zc 9.9
Outros plurais honoríficos usados para o Deus de Israel incluem ‘ קְדֹושִיםSanto’ e אֲדֹנִים
‘Senhor’.
Pv 9.10
Sl 136.3
O singular ָאדֹוןé usado para referir-se a Deus somente na frase ה ֶָּ֫א ֶרץ
ָ כָל־ ( ָאדֹוןJs 3.11, 13,
etc.).
c Seres humanos podem ser referidos com plurais honoríficos, principalmente ְב ָעלִים
‘Senhor’ (não ‘marido’) e אֲדֹנִים ‘senhor’. Estes plurais ocorrem geralmente com sufixos,
sendo o primeiro apenas com sufixos de terceira pessoa do singular.
10. י ָדַּ ע שֹור ק ֵֶֹּּ֫נהּו ַּוחֲמֹור אֵּבּוסO boi conhece o seu possuidor,
ְב ָעלָי֑ וe o jumento, a manjedoura de
seu dono.
Is 1.3
Ec 7.12
12. ֲאד ֵֶֹּּ֫נינּו ַּה ֶֶּ֫מלְֶך־ ָדוִד ִה ְמ ִליְך ֶאת־Nosso senhor, o rei Davi,
שְֹלמ ֹה׃constituiu rei a Salomão.
1Rs 1.43
13. ַּאּי ֵּה אֱלֹו ַּּה ע ָ ֹ֑שיOnde está Deus meu Criador?
Jó 35.10
Sl 118.7
Is 42.5
16. שבֶט ְו ֶאת־מ ְִרימָיו
ֵּ ֶּ֫ ְכ ָהנִיףcomo
se a vara brandisse os
que a levantam
Is 10.15
primeira pessoa, tanto do singular como do plural (אֲדֹנ ִי, )אֲדֹנַּי, são usadas somente com
referência a pessoas (cf. Gn 23.6; 19.2). Outros defendem que o –āy é um aformativo
substantival que denota ênfase pelo reforço da raiz e o termo significa ‘Senhor por excelência,
Senhor de tudo’. Diversos argumentos apóiam esta opinião. אֲדֹנָיocorre em passagens nas
quais Deus fala de si mesmo e onde adequadamente a referência a ‘meu Senhor’ é improvável
(p. ex., Ez 13.9; 23.49; Jó 28.28). O termo também ocorre em passagens nas quais o falante
humano é plural, fazendo com que um sufixo singular pareça incongruente (Sl 44.24).
18. שבְתְ ָך ָּפ ֶַּּ֫עלְתָ יהו֑ הִ מָכֹון ְלYHWH, tu fizeste um lugar para a
ִמ ְקדָ ש ֲאדֹנָי כֹונְנּו י ָדֶֶּ֫ יָך׃tua habitação, um santuário, ó
Senhor, que as tuas mãos
estabeleceram.
Êx 15.17
Concluímos, portanto, que embora אֲדֹנ ָיpossa significar ‘meu Senhor’ em algumas passagens
nas quais fala-se com Deus (p. ex., Gn 15.2), mais provavelmente significa ‘Senhor de tudo’ em
todos os outros lugares.
p 125 8
Função Nominativa e Orações sem Verbo
8.1 Caso / Função
a Os sistemas de flexão ou acidentes numa língua servem para indicar os modos pelos
quais palavras em frases, orações e períodos se relacionam umas com as outras. A flexão
nominal em muitas línguas inclui as categorias de número e gênero e já vimos alguns dos
modos como estas categorias funcionam no léxico e na sintaxe do hebraico bíblico. Outro
sistema de flexão nominal, o caso, é encontrado em línguas correlatas e foi usado em formas
mais primitivas do hebraico bíblico; embora o hebraico bíblico não use casos, este sistema
provê um arcabouço conveniente para o estudo dos substantivos em hebraico.
p 126 subjetivo
(nominativo) eu ele ela nós ele o (a) qual
objetivo
possessivo
O sistema de casos do semítico clássico é como o do inglês ao distinguir algumas vezes dois e,
em outras, três casos. Este sistema é encontrado no acádio e no árabe clássico, pois
desapareceu na grande maioria dos dialetos árabes modernos. Existe abundante evidência
para o sistema de casos no semítico noroeste antigo (1.3.1), no ugarítico e nas glosas
cananéias das cartas de Amarna.
nominativo –u –ū –ā
genitivo –i –ī – ay
acusativo –a
Assim, a forma do hebraico primitivo *malk- ‘rei’ (posterior mélek) seria flexionada
aproximadamente desta forma:
acusativo malka
d O hebraico bíblico é uma língua sem um sistema de casos, embora geralmente seja útil
encarar vários aspectos do seu uso nominal num arcabouço de casos. Numa análise descritiva
formal do hebraico bíblico não podemos falar propriamente de casos. Contudo, de uma
perspectiva histórica, comparativa e sintática, podemos diferenciar três “casos” distintos, isto
é, conjuntos de funções sintáticas de um substantivo: nominativo, genitivo e acusativo. É nesse
último sentido que empregamos os termos “caso” e “função”.
b A antiga terminação – ū do nominativo plural pode ser vista no nome de lugar ּפְנּואֵּל
‘face de Deus” (Gn 32.32); a forma ultrapassada ( ְּפנִיאֵּלGn 32.31) pode conter uma antiga
terminação do genitivo-acusativo plural. Os significados dos nomes semelhantemente na
forma( בְתּואֵּלGn 22.22), ( לְמּואֵּלPv 31.1) e ( נְמּואֵּלNm 26.9) são desconhecidos, como
também são ( חֲמּוטַּל2Rs 23.31) ~ חמִיטַּל
ֲ (2Rs 24.18 Kethiv).
c A antiga terminação genitiva singular é preservada e alongada nas formas sufixadas de
algumas palavras monossilábicas referentes a membros de família: ( ָאבpai), mas ‘ ָא ִֶּ֫ביָךteu
pai’; ‘ ָאחirmão’, mas ‘ ָא ִֶּ֫חיָךteu irmão’; ‘ חָםsogro’, mas ה
ָ ‘ ָח ִֶּ֫מיseu (dela) sogro’. ֲאבִיe ֲאחִי
também servem como primeiro elemento em nomes pessoais compostos; nesses casos o î
pode ser uma vogal marcadora de caso ou o pronome de pessoa do singular: אבִי ֶֶּ֫מלְֶך
ֲ ‘o/meu
pai é rei’ e assim também ֲאבִינָדָ ב, ֲאחִי ֶֶּ֫מלְֶך, ; ֲאחִי ֶַּּ֫מעַּץcf. ‘ ַּמ ְלכִי־ ֶֶּ֫צדֶ קmeu rei é justo’ e
‘ ַּגב ְִריאֵּלo/meu homem é Deus’.
d É possível que a terminação acusativa possa ainda ser vista em algumas formas, por
exemplo, ֶַּּ֫לילָה ‘noite’ e ֶַּּ֫א ְרצָה ‘terra’. Esses provavelmente são os enfraquecidos
remanescentes do sufixo he direcional (10.5). Os gramáticos costumavam derivar esse sufixo
da antiga terminação do acusativo, mas a evidência advinda do ugarítico exclui hoje essa
explicação.
Gn 31.39
Sl 110.4
6. שּפָט
ְ ְמ ֵּל ֲאתִ י ִמela, que estava cheia de justiça
Is 1.21
A terminação, também, ocorre antes de frases intimamente ligadas, preposicionais (## 7–10) e
adverbiais (# 11).
Lm 1.1
Lm 1.1
Gn 49.11
Is 22.16
Mesmo em textos poéticos, essas formas são distribuídas irregularmente; observe os dois
exemplos em Gênesis 49.11 e os três exemplos no versículo de abertura de Lamentações.
a A função nominativa inclui quatro papéis: o sujeito (tanto de orações verbais como de
orações sem verbo; veja 4.4), o predicado nominativo (de orações sem verbo), o nominativo
absoluto e o vocativo (em qualquer tipo de oração; veja 4.7). Um substantivo ou um
substantivo equivalente pode preencher esses papéis.
1. ש י ֶַּּ֫אנִי
ִ ַּהנָחָש ִהA serpente (SUJEITO) me
enganou.
Gn 3.13
Êx 9.27
Gn 3.12
b Para orações verbais a ordem básica das palavras do hebraico é verbo + sujeito (VS). Esta
ordem de palavras verbo-primeiro usualmente ocorre onde uma oração não tem material
introdutório (# 5), onde uma oração começa com uma construção waw-relativa
(tradicionalmente “waw-consecutivo”) (# 6) ou onde uma oração começa com materiais
adverbiais (# 7).
8. ש ֶַּּ֫מי ִם ְו ֵּאת
ָ ֱֹלהים ֵּאת ַּה ֑ ִ ((ב ָָרא אcriou Deus os céus e a terra.) A
ָה ֶָּ֫א ֶרץ׃) ְו ָה ֶָּ֫א ֶרץ ָהי ְתָ ה ֶּ֫ת ֹהּוterra, porém, estava sem forma
e vazia.
ו ֶָּ֫ב ֹהּו
Gn 1.1–2
9. ְוהָָאדָ ם י ָדַּ ע ֶאת־ ַּחּוָה ִאש ְ֑תֹוCoabitou hāʾādām com Eva, sua
mulher.
Gn 4.1
Quando duas orações em contraste são ligadas por um waw-adversativo, uma espécie de
waw-disjuntivo, o sujeito sempre vem antes em ambas.
Gn 13.12
Gn 9.19
As regras que regem a seqüência do sujeito e do predicado merecem um tratamento separado
(8.4).
p 130 d O vocativo (ou nominativo de endereço) designa aquele a quem o falante está
dirigindo uma declaração. É mais claramente identificável onde o falante coloca um
substantivo definido em aposição a um pronome de segunda pessoa (# 13) ou a um imperativo
(# 14).
ַּה ִֶּ֫ביטּוolhai…
Is 42.18
a Numa oração de identificação sem verbo (“Quem ou o que é o sujeito?”), as duas partes
da oração usualmente ocorrem na ordem sujeito-predicado.
1. ִיא־צ ֹעַּר
ֶּ֫ הEsta é Zoar.
Gn 14.2
Nm 13.16
5. ִישֹון
֑ שֵּם הָ ָֽ ֶאחָד ּפO nome do primeiro (rio) é o
Pisom.
Gn 2.11
Gn 43.29
b É possível que uma oração sem verbo possua três, em vez de duas partes; a relação
entre o sujeito e o predicado pode ser produzida pelo que geralmente é chamado de pronome
pleonástico ou falso (pleo), pessoal ou demonstrativo.
8. ֵּעשָו הּוא ֱאדֹוםEsaú (, ele) é Edom.
Gn 36.8
O pronome é aqui chamado pleonástico (i.e., redundante) uma vez que a oração עשָו
ֵּ אֱדֹוםé
gramatical. Desse modo, a oração é estruturada S–pleo–Pred. De outra maneira, a predicação
pode estar associada a אֱדֹום הּוא, como S–Pred, enquanto que ֵּעשָוé considerado como um
nominativo absoluto (tópico sentencial ou marcador de foco; Foc; cf. 4.7 e 16.3.3). Essa análise
sugeriria a glosa ‘Quanto a Esaú, ele é Edom’; a estrutura seria então Foc–S–Pred.
Dt 31.3
Dt 21.20
a Numa oração de classificação sem verbo em que o predicado se refere a uma classe geral
da qual o sujeito é um membro, as duas partes da oração geralmente ocorrem na ordem
predicado-sujeito. As orações de classificação respondem à pergunta, “Como é o sujeito?” (O
exemplo # 6 contém uma frase partitiva, min + um plural, significando ‘um dos’ objetos ou
indivíduos nomeados; cf. 4.4.1b.)
Dt 33.27
Se o predicado contém uma forma sufixada, esta ordem também pode ser usada.
Gn 2.18
10. הֲלֹוא טֹוב ֶָּ֫לנּו שּוב ִמצ ָ ֶּ֫ ְָֽריְמָה׃Não nos seria melhor voltarmos
para o Egito?
Nm 14.3
Dt 1.6
Nm 1.4
Lv 11.41
14. הֹו ֶַּּ֫אלְתִ י לְדַּ בֵּר אֶל־ ֲאדֹנָי וְָאנֹכִיEis que me atrevo a falar ao
ָעפָר ָו ֵֶּּ֫אפֶר׃Senhor, mas eu sou pó e cinza.
Gn 18.27
15. ְו ָהי ָה ַּכ ֲאשֶר י ִָרים מֹשֶה י ָדֹוQuando Moisés levantava sua
mão,
Êx 17.11–12
p 134 16. קֹול דְ מֵּי ָא ִֶּ֫חיָך צ ֹ ֲעקִים ֵּאלַּי מִן־A voz do sangue de teu irmão
ָה ֲאדָ מָה׃está clamando da terra a mim.
Gn 4.10
Nm 13.29
Essa regra não se aplica se a oração é predicativa (o particípio passivo é comum, ## 18–20) ou
se o particípio é agentivo (# 21, cf. 5.2; cf Nm 35.16).
18. ָארּור ְכ ֶָּ֫נעַּןMaldito seja Canaã.
Gn 9.25
19. ָארּור ָהאִיש ֲאשֶר ַּי ָֽ ֲעשֶה ֶֶּ֫פסֶלMaldito o homem que fizer
ּו ַּמ ֵּסכָהimagem de escultura ou de
fundição.
Dt 27.15
Dt 28.5
No exemplo seguinte, o padrão S–Pred é usado para ambas as orações contrastantes; essa
exceção provavelmente reflete a necessidade de chamar a atenção para o contraste.
Gn 27.29
f Além dessas exceções ao padrão Pred–S para orações classificatórias, existem alguns
tipos de predicados que parecem neutralizar os padrões de ordem de palavras. Qualquer
ordem pode ser esperada se o predicado for um numeral (## 23–25), um advérbio (## 26–27)
ou uma frase preposicional (## 28–33).
25. ָארכַּּה
ְ תֵֶּּ֫ שַּע ַּאמֹותSeu
comprimento é de nove
côvados.
26. ּו ְפנֵּיהֶם ֲאח ַֹּרנִיתE seus rostos estavam para trás
(i.e., eles estavam virados para
trás).
Gn 9.23
Nm 13.22
Gn 32.7
Gn 33.1
32. ְו ִאתֹו ָא ֳהלִיָאבE Aoliabe está com ele.
Êx 38.23
שבָתֹון׃ ְ ַּהdescanso, e ao
ַּ שמִינִי oitavo haverá
descanso.
Lv 23.39
g Os problemas propostos pelo Shema (Dt 6.4) são numerosos. Após o imperativo e o
vocativo iniciais, שמַּע יִש ְָראֵּ ל
ְ ‘Ouve, ó Israel’, seguem-se quatro palavras. A despeito de
como estejam construídas, concorda-se que nenhuma passagem próxima comparável ocorre.
A solução mais simples é reconhecer duas orações sem verbo justapostas: (a) יהוה אֱֹל ֵֶּּ֫הינּו
‘YHWH é o nosso Deus’ (oração de identificação, S–Pred); (b) ‘ יהוה ֶאחָדYHWH é um’ (oração
classificatória, S–Pred, com um numeral; cf. # 23). Poucos eruditos favorecem esta análise
gramatical. Andersen toma … יהוה יהוהcomo um predicado descontínuo, com as outras
duas palavras como um sujeito descontínuo ‘Nosso único Deus é YHWH, YHWH’. Outros propõem
análises que consideram as duas primeiras palavras como sujeito (i.e., ‘YHWH nosso Deus é um
YHWH’) ou as três primeiras palavras (i.e., ‘YHWH, nosso Deus, YHWH é um’) ou mesmo a primeira
palavra sozinha. É difícil afirmar se אחדpode servir como um adjetivo que modifica יהוה. E é
ainda menos claro o que o predicado אחד אלהינו יהוהsignifica, embora alguns eruditos o
classifiquem adverbialmente (‘YHWH é nosso Deus, só YHWH’). Como Gerald Janzen observa, “o
Shema não se conforma exatamente a qualquer paradigma de oração nominal padrão” e
qualquer discussão adicional cai totalmente fora da esfera da gramática.
p 136 9
Função Genitiva
9.1 Funções de Modificação do Substantivo
2. ש ֶַּּ֫מי ִם
ָ שמְעּו
ִ Ouvi, ó céus (VOCATIVO).
Is 1.2
Muitas estruturas frasais e oracionais requerem que substantivos (ou pronomes) exerçam
outras funções. Um grupo dessas funções envolve substantivos que têm uma relação direta
com o verbo; esse grupo ad-verbial é chamado de acusativo.
Is 1.2
Na gramática portuguesa, o papel acusativo mostrado em Isaías 1.2 é chamado de objeto
direto, isto é, o acusativo é o objeto da ação do verbo e seu status não é mediado (p. ex., por
uma preposição).
p 137 b O outro grupo de modificações envolve outros substantivos, aqueles que não são
nem sujeitos e nem modificadores do verbo; esse grupo (em sua maioria) ad-nominal é
chamado de genitivo. Esse é, mais freqüentemente, o caso de um substantivo relacionado com
outro substantivo.
Is 1.4
Is 1.11
Is 1.3
O objeto de uma preposição também está no genitivo; é a preposição (ou frase preposicional)
que está diretamente relacionada ao verbo.
Is 1.2
c Assim, além de um papel nominativo, um substantivo pode assumir um dos dois papéis
(ou grupo de papéis): ele pode modificar o verbo (acusativo) ou outro substantivo (genitivo).
Há uma importante similaridade com a qual estas e outras relações compartilham: o elemento
modificado (ou base) usualmente precede o modificador (ou dependente). Assim em … ידע
קנהו, o verbo precede o objeto que o modifica; em ישראל קדוש, ‘O Santo’ é qualificado
por ‘de Israel’. Da mesma forma, esta relação afeta outras áreas da sintaxe hebraica, por
exemplo, um substantivo (o modificado) usualmente precede um adjetivo atributivo
(modificador): ְצּורה
ָ עִיר נ ‘uma cidade, sitiada’ > ‘uma cidade sitiada’ (Is 1.8). A relação
modificado-modificador (ou definido-definidor) às vezes é descrita com os termos latinos
regens (‘governador, regente, cabeça’) para o elemento modificado e rectum (‘coisa regida’)
para o modificador. O português freqüentemente usa a ordem regens-rectum (verbo antes do
objeto; o genitivo possuído-possuidor, p. ex., ‘O Santo de Israel’); ele pode usar também uma
seqüência modificador-modificado (p. ex., ‘falso profeta’, ‘longo caminho’). Outras línguas
exibem uma sintaxe similar à do hebraico (cf. francês ‘une ville assiégée’, LXX grega ‘pólis
poliorkoúmenē’, árabe ‘madīatin muḥāsaratin’).
a Na língua anterior ao hebraico bíblico, a relação genitiva era indicada por um marcador
vocálico final, – i no singular e – ī no plural. Porém, após a perda do sistema de casos (8.1), o
substantivo no genitivo era deixado não-marcado. Agora, se um substantivo precedesse um
substantivo no genitivo, esse substantivo freqüentemente viria a ser marcado; tal substantivo
“pré-genitivo” encontra-se no estado construto. A formação do construto é uma questão de
som e ritmo: para ligar o pré-genitivo ao genitivo, o pré-genitivo pode ser abreviado.
Gn 2.12
Gn 2.9
Gn 3.24
c O estado construto é freqüentemente indicado por um enfraquecimento do acento na
palavra. Isto pode levar a mudanças vocálicas (p. ex., דָ ֶָּ֫בר דְ בַּר־אֱֹלהִים
‘palavra’, mas
‘palavra de Deus’). O construto pode ser marcado por um acento conjuntivo (p. ex., ח ַּ ֶ֣וְרּו
‘ אֱֹלהִיםo espírito de Deus’, Gn 1.2) ou mais raramente por um methegh+ maqqeph (p. ex.,
‘ מֶ ָֽלְֶך־צ ֹרrei de Tiro’, 2Sm 5.11). Em alguns exemplos uma terminação distintiva marca a
forma (cf. 8.2e).
construto Ø –ê –ê
b A maioria das cadeias construtas em hebraico bíblico envolve dois termos, construto ou
base (C) e genitivo ou absoluto (G). Se a base envolve dois ou mais substantivos em vez de um,
todos, com exceção do primeiro, vêm após o genitivo, geralmente ligados à base por um sufixo
pronominal.
5. ּו ָפ ִֶּ֫ניתָ אֶל־תְ ִפלַּת ַּעבְדְ ָך ְואֶל־E atenta para a oração e súplica
תְ ִחנָתֹוde teu servo (lit., a oração de
teu servo e sua súplica)
1Rs 8.28
7. ש ֶַּּ֫מי ִם וְאֹלהֵּי
ָ יהוה אֶלֹוהֵּי ַּהYHWH, Deus dos céus e terra
(ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץlit., Deus dos céus e Deus da
terra)
Gn 24.3
Contudo, o construto pode reger uma frase nominal coordenativa. Quanto mais proximamente
vinculados estejam os genitivos, maior a probabilidade de eles formarem esse tipo de frase.
8. בְה ֹנֹות י ָדָ יו ו ְַּרגְלָיו׃seus dedos polegares e os
dedos grandes dos seus pés (os
dedos principais de suas mãos e
de seus pés)
Jz 1.6, cf 1.7
10. שיָך
ֶ ֶּ֫ ָ ֶֶּ֫נפֶש ָב ֶֶּ֫ניָך ּובְנ ֹתֶֶּ֫ יָך ְו ֶֶּ֫נפֶש נa vidade teus filhos e de tuas
שיָך׃ ֶ ֶּ֫ ְְׄ ְו ֶֶּ֫נפֶש ִּפ ַּלגfilhas,
e a vida de tuas
mulheres, e a vida de tuas
concubinas
2Sm 19.6
11. לֵּב ָראשֵּי עַּם־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץo coração dos príncipes do povo
da terra
Jó 12.24
Neste exemplo há três relações construto-genitivas, לב ראשי, ראשי עםe עם־הארץ,
fundidas numa única cadeia. Tais cadeias não são comuns, sendo preferidas as construções
perifrásticas (9.7). A relação entre o construto e o absoluto que o acompanha é forte e
ordinariamente nada intervém.
d Quando um elemento gramatical tal como uma preposição (9.6b), um mem enclítico
(9.8) ou um he direcional se coloca entre o construto e o genitivo, o resultado é chamado de
uma cadeia construta quebrada. Outros elementos intrusivos encontrados em poesia hebraica
incluem formas construtas – k (# 12), ( את# 13), sufixos pronominais (# 14) e formas verbais (#
15).
13. ִיחָך
֑ ֶֶּ֫ ְל ֵֶּּ֫ישַּע ֶאת־ ְמשpara salvação de teu ungido
Hc 3.13
14. כִי תִ ְרכַּב עַּל־סּו ֶֶּ֫סיָך מ ְַּרכְב ֹתֶֶּ֫ יָךQuando tu cavalgaste sobre
י ְשּועָה׃teus cavalos, teus carros de
vitória.…
Hc 3.8
Os 6.9
b Nas próximas seções estabelecemos uma classificação tradicional destas espécies, pela
qual apresentaremos as várias noções significadas por esta construção polissêmica (veja 3.2.3).
Por qual procedimento os gramáticos estabelecem essas classes de sentidos? E como um leitor
pode identificar as funções de um genitivo num texto específico? Nossa análise de
procedimento para identificação e classificação do genitivo (e outras construções gramaticais)
divide-se em três partes.
g Vamos agora considerar a mesma frase em outra oração: ‘Romeu amou Julieta com as
brasas queimando como fogo, com o amor de Deus, com a avidez da sepultura’. Aqui a
pertinência semântica sugere que o ‘amor de Deus’ significa ‘Deus [-caracterizado por] amor’,
um genitivo atributivo (ou adjetival). Como essa oração sugere, a criatividade entra em cena
ao introduzir novos usos e sentidos de formas. A criatividade não é absoluta, uma vez que
todos os falantes são controlados pelo que Otto Jespersen chamou de uma “latitude de
correção”. Para comunicar um falante deve ser regido pelos significados estabelecidos e
públicos dos lexemas, morfemas e estruturas gramaticais. Lewis Caroll imaginativamente
descreveu a tensão entre o significado público das palavras e dos morfemas versus o uso
particular deles.
“Há glória para você!” “Eu não sei o que você quer dizer com ‘glória’ ”, disse
Alice. Humpty Dumpty sorriu desdenhosamente. “Claro que não sabe – até
que eu lhe diga. Eu queria dizer que ‘há um argumento interessante imbatível
para você!’ ”. “Mas ‘glória’ não significa ‘um argumento interessante
imbatível’ ”, Alice objetou. “Quando eu uso uma palavra”, disse Humpty
Dumpy, num tom bastante desdenhoso, “ela significa exatamente o que eu
escolhi que ela significasse – nem mais nem menos”. p 143 “A questão”, disse
Alice, “é se você pode fazer as palavras significar coisas tão diferentes”. “A
questão”, disse Humpty Dumpty, “é quem será o senhor – isso é tudo”.
a Nos diversos tipos de frases genitivas subjetivas, o termo genitivo tem um papel de
sujeito subjacente, como em inglês ‘the boy’s leaving’ (a partida do menino) implicando ‘The
boy left’ (O menino partiu). Em hebraico um genitivo subjetivo pode ter uma estrutura
basicamente verbal ou possessiva/qualitativa.
b Num genitivo de agência, G realiza a ação descrita por C (ativo, ## 1–3; passivo, # 4).
Nm 31.3
3. ִשראֵּל
ָ בְַא ֲהבַּת יהוה ֶאת־יporque YHWH ama a Israel
1Rs 10.9
c Uma forma particular de agência está incluída na fala e na escrita e o genitivo de autoria
denota que G escreveu, falou ou, de outra maneira, originou C.
2Cr 24.6
9. ֹלא ַּח ְללֵּי־ ֶֶּ֫ח ֶרב וְֹלא ֵּמתֵּ יnão mortos pela espada nem
ִמ ְל ָחמָה׃mortos por meio da guerra
Is 22.2
Is 1.7
Lv 22.4
e Um genitivo subjetivo não pode envolver nem o agente e nem o instrumento, mas uma
motivação ou intenção. Num genitivo subjetivo abstrato, G denota uma ação verbal afetando
C. (A frase חמָה
ָ ִמ ְל ֵּמתֵּיem # 9 pode pertencer a esta classificação).
13. ש ֶַּּ֫לחְתָ ֶאת־אִיש־ח ְֶרמִי ִמּי ָ֑ד
ִ você
tem libertado o homem
que eu tinha determinado que
deveria morrer (lit., homem da
minha dedicação consagrado
para a morte)
1Rs 20.42
14. ְועַּל־עַּם ֶעב ְָרתִ י ֲאצ ֶֶַּּּ֑֫ונּוEu os envio contra o povo que
incorre em meu furor (lit., um
povo de meu furor)
Is 10.6
Sl 44.23
Sl 107.30
17. מְכ ֹר ֹתֶַּּ֫ י ְִך ּומֹלְד ֹתֶַּּ֫ י ְִך ֵּמ ֶֶּ֫א ֶרץTua linhagem e teu nascimento
הַּ ָֽ ְכנַּ ֲע ִנ֑יprocedem da terra de Canaã
Ez 16.3
Is 22.5
p 145 19. ְו ַּה ְקדִ שֵּם לְיֹום ה ֲֵּרגָה׃Destina-os
para o dia de
matança (i.e., eles serão mortos
em um determinado dia).
Jr 12.3
g Em contraste com o caráter basicamente verbal dos tipos de genitivo que acabamos de
esboçar está a qualidade não-verbal de outros genitivos subjetivos. Num genitivo possessivo, G
possui ou tem C; as relações envolvidas podem ser muito diferentes.
1Rs 9.10
21. ּוזֲהַּב ָה ֶָּ֫א ֶרץ ַּההִיא טֹו֑ בO ouro dessa terra é bom
Gn 2.12
Gn 2.24
29. ִשראֵּל
ָ נִ ֲאצּו ֶאת־ ְקדֹוש יEles rejeitaram o Santo de Israel
Is 1.4
p 146 30. ַּויְהִי ַּכנָהָר שְלֹו ֶֶּ֫מָך ְוצִדְ ָקתְָךTua paz teria sido como um rio,
ְכגַּלֵּי ַּהּי ָם׃tua justiça como as ondas do
mar.
Is 48.18
Êx 24.6
9.5.2 Genitivo Adverbial
b No genitivo objetivo, o genitivo é o objeto (direto) da ação verbal essencial, isto é, grosso
modo, C faz G.
1. שכֵּי הֶ ָֽעָֹון
ְ ֹ מos que puxam pela iniqüidade
Is 5.18
Is 11.2
d A relação entre o genitivo e o verbo implícito pode ser do tipo usualmente mediado por
uma preposição; o genitivo de um objeto mediado envolve a relação C faz para / por / com G.
p 147 6. ש ֻבעַּת יהו֑ ה
ְ o juramento a YHWH
1Rs 2.43
Sl 56.13
Gn 16.5
9. ְַארתְ ָך
ְ ֹלא תִ ְהי ֶה תִ פa honra não será tua (i.e.,
determinada a você)
Jz 4.9
Sl 4.3
11. ֶֶּ֫א ֶרץ זָבַּת ָחלָב ּודְ בָש׃uma terra fluindo com leite e
mel
Dt 6.3
2Sm 8.10
Is 19.10
22. שעַּר־עִירֹו
ַּ ֶּ֫ ָבאֵּיque entram no portão de sua
cidade
Gn 23.10
Gn 3.24
28. יֹורדֵּ י־בֹור
ְ os que descem à cova
Is 38.18
5. ְונָ ַּתתִ י לְָך … אֵּת כָל־ ֶֶּ֫א ֶרץEu darei a ti… toda
a terra de
ָ ְכ ֶַּּ֫נעַּן ַּל ֲא ֻחז ֵּתCanaã como uma
עֹול֑ם posse de
perpetuidade (i.e., como uma
possessão perpétua)
Gn 17.8
Lv 19.36
Sl 48.2
2Sm 16.7
9. ָאנ ֹכִי
ֶּ֫ ֹלא אִיש דְ ב ִָריםEu nunca fui um homem
eloqüente (lit., homem de
palavras).
Êx 4.10
10. ִהנֵּה ֶַּּ֫בעַּל ַּהחֲֹלמֹות ַּה ָלז ֶה בָא׃Aqui vem aquele sonhador (lit.,
o possuidor de sonhos).
Gn 37.19
p 150 11. ַּבקְשּו־לִי ֵֶּּ֫אשֶת ַּב ֲעלַּת־אֹובAche-me uma mulher, uma
possesora de um espírito (ou,
uma mulher que é um médium).
1Sm 28.7
12. ְוהֵּם ַּב ֲעלֵּי ב ְִרית־ַאב ְָרם׃Eles eram aliados de Abrão (lit.,
possuidores de uma convenção
de Abrão).
Gn 14.13
14. אִם י ִ ְהי ֶה ְלבֶן־ ֶַּּ֫חי ִלSe ele for um filho de virtude
(i.e., Se ele se mostrar um
homem digno)…
1Rs 1.52
Gn 21.5
Êx 12.5
Ez 2.1, etc.
Jó 1.6
19. ְוק ַָּרבְתָ מּול ְבנֵּי עַּמֹוןe chegarás até defronte dos
filhos de Amon (i.e, os
amonitas).…
Dt 2.19
Num genitivo atributivo, um sufixo pronominal é afixado ao genitivo, mas usualmente modifica
toda a cadeia.
22. ש ֶֶּ֫עָך
ְ ִ וַּתִ תֶ ן־לִי ָמגֵּן יTu
me deste teu escudo de
vitória (não o escudo de tua
salvação, AV)
Sl 18.36
p 151 23. תְ פִילָה ְלאֵּל ַּחּי ָיuma oração para o meu Deus
vivo (não o Deus da minha vida)
Sl 42.9
c Num genitivo atributivo, C é caracterizado por G; a relação oposta é também encontrada,
no genitivo epexegético, em que G é caracterizado por C. Muitas frases epexegéticas podem
ser traduzidas pelos genitivos –de; observe a frase ‘duro de coração’, cf. ‘desumano’. O sentido
pode também ser transmitido pela glosa ‘igualmente’, ou ‘com referência a’, por exemplo,
‘duro com referência aos pescoços deles/delas’; este é o significado do termo “epexegético.”
Êx 32.9
Gn 24.16 Qere
Gn 39.6
27. ַּהּפָרֹות ָרעֹות ַּהמ ְַּראֶהas vacas que eram feias (lit.,
ruins de aparência)
Gn 41.4
28. שכֶל וִיפַּת ֶּ֫ת ַֹאר ֶ ֶּ֫ ְו ָה ִאשָה טֹובַּת־A mulher era muito prudente e
ְו ָהאִיש … ַּרע ַּמ ֲע ָללִיםbonita de aparência, mas o
homem era… mau em suas
ações.
1Sm 25.3
Essa representação simétrica dos genitivos atributivos e epexegéticos não devem obscurecer o
fato de que os atributivos são muito mais comuns.
36. ַּוּי ִ ַּקח יִשַּי חֲמֹור ֶֶּ֫לחֶם וְנ ֹאד ֶַּּ֫יי ִןAssim
Jessé levou um burro
carregado com alimento e um
odre de vinho.
1Sm 16.20
Gn 18.20
Gn 8.9
Êx 34.6
Jr 24.2
1Rs 19.6
55. ַּף־רגְלָּה
ַּ כa planta de seu pé
Gn 8.9
Dt 22.14
p 154 60. …וְֹלא־י ְִראֶה בְָך ע ְֶרוַּת דָ בָרde forma que ele não veja em
ti alguma forma de indecência
(i.e., qualquer coisa indecente)
Dt 23.14
Gn 9.25
63. ִירים
ִ שִיר ַּהשo Cântico dos Cânticos (i.e., a
Canção mais escolhida)
Ct 1.1
64. אֱֹלהֵּי ָהאֱֹלהִים ַּו ֲאדֹנֵּי ָה ֲאד ֹ ִנ֑יםo Grande Deus e o Supremo
Senhor
Dt 10.17
Gn 23.6
k Esta discussão pode ser resumida pela divisão dos genitivos adjetivais em duas classes.
No primeiro grupo o construto é o elemento modificado, e o genitivo o modificador:
(ou o maior) de C # 66
b Uma frase preposicional situa-se com mais freqüência após um particípio construto, um
uso semelhante ao genitivo de objeto direto; numa frase comum a preposição é omitida
(9.5.2), enquanto que nestas construções ela é mantida.
1. ָל־חֹוסֵּי בֹו׃
ֶּ֫ כTodos os que nele se refugiam.
Sl 2.12
Is 9.1
3. שדֶָּ֫ י ִם׃
ָ גְמּולֵּי ֵּמ ָחלָב עַּתִ יקֵּי ִמAos desmamados de leite e aos
que foram afastados dos seios
maternos
Is 28.9
Outros substantivos podem ficar no construto antes de uma frase preposicional; ֶַּּ֫אחַּד
regularmente rege uma frase partitiva com מִן.
Jr 23.23
c Uma oração pode situar-se após um substantivo construto. Às vezes o construto tem
uma força preposicional. Por exemplo, ֶַּּ֫אחַּרé um substantivo significando ‘parte posterior’,
porém, ocorre mais freqüentemente em um plural construto, como uma preposição apenas
(‘ ַאח ֲֵּריdepois’; 11.2.1), ou com outras preposições (‘ מֵַּאח ֲֵּריdepois de, por detrás’; 11.3.3),
ou como uma conjunção (אשֶ ר
ֲ ַאח ֲֵּרי, veja, p. ex., Dt 24.4; cf. Cap. 38.7); assim, ַאח ֲֵּריestá
bem estabelecida como uma preposição. Semelhantemente, י ָדna frase בי ָד ְ , embora seja um
substantivo construto, pode ser considerado parte de uma preposição complexa. Em casos
oracionais em que o substantivo construto não pode ser considerado uma preposição ou parte
de uma preposição, orações relativas são mais comuns, ainda que ocorram outros tipos de
orações subordinadas.
Jr 2.8
8. שלָח׃
ְ ִשלַּח־נָא ְבי ַּד־ת
ְ Envie (tua mensagem) pela mão
daquele (a quem) tu hás de
enviar.
Êx 4.13
A oração relativa pode ser usada após um substantivo construto sem força preposicional
alguma; # 10 usa um pronome relativo.
Is 29.1
ֲסּורים
֑ ִ ִירי ַּה ֶֶּ֫מלְֶך א
ֵּ שר־ ֲאס ֶ ֲאno qual os presos do rei
estavam encarcerados.
Gn 39.20 Qere
e O construto também pode ser usado antes de orações não-relativas, se for ( )אחרי
preposicional ou semi-preposicional ()כל־ימי.
1Sm 25.15
Também é possível para um construto sem força preposicional situar-se antes de uma oração
não-relativa. Essa construção é extremamente rara.
Os 1.2
Js 17.1
2. ַּר־שקֶר
ָ ֶּ֑֫ דְ בUma mentira (lit., uma palavra
de falsidade)
Pv 29.12
Se o genitivo é definido, a frase é definida; o genitivo pode ser definido por levar o artigo ou
um sufixo ou porque é um nome.
2Sm 9.11
4. ֵֶּּ֫אשֶת־ָא ִֶּ֫ביָךmulher
de teu pai (ou
praticamente a esposa de seu
pai)
Lv 18.8
b A perífrase pode ser usada em expressões genitivas sob outras circunstâncias. Ela pode
ser usada onde uma frase construta seria também aceitável.
p 158 O l perifrástico é usado também em casos nos quais uma cadeia construta precisa ser
qualificada (notavelmente por causa da necessidade de clareza sobre a definibilidade, como no
# 7 acima e no # 10 abaixo) ou manter-se concisa.
Rt 2.3
11. עַּל־ ֵֶּּ֫ספֵּר דִ ב ְֵּרי ַּהּיָמִים ְל ַּמ ְלכֵּיno Livro dos Anais dos reis
יִש ְָראֵּל׃israelitas
1Rs 14.19
Em expressões de contagem a cadeia construta inclui a unidade e a coisa contada; se esta
última é qualificada, isto deve ser feito por um genitivo perifrástico em l. A maioria destas
expressões envolve datas.
12. ַּב ֲח ִמשָה ָעשָר יֹום ל ֶַּּ֫ח ֹדֶשno décimo quinto dia do mês
Lv 23.6
c Outra forma de genitivo perifrástico envolve ‘ ֲאשֶר לְ־o qual/que pertence a’.
14. אֵּין מ ְִרעֶה לַּצ ֹאן ֲאשֶר ַּל ֲעבָדֶֶּ֫ יָךnãohá pasto para o gado
miúdo de teus servos (i.e.,
nosso gado pequeno).
Gn 47.4
Ct 3.7
Ct 1.6
c Os exemplos mais fáceis de serem vistos são os que envolvem evidências externas. Aqui
estão duas formas de uma linha de verso extraídas do Salmo 18 e de 2 Samuel 22, textos
paralelos.
O primeiro texto perdeu o seu mem enclítico, enquanto que o segundo acoplou-o a ים,
produzindo uma leitura diferente (mas não implausível). A linha é melhor lida assim:
O Pentateuco está preservado não apenas nas várias traduções antigas, mas também em um
texto samaritano; examinemos uma frase extraída de uma narrativa em prosa.
2c. שעִיר
ֵּ ְו ֶאת־הַּח ִֹרי ְבה ְַּר ֵּרי־םEo horita, nas montanhas de
Seir.
Dt 33.11 emendado
Em outros casos, o uso hebraico de forma geral provê um guia confiável para a detecção do
mem enclítico.
5. [וְאֹלהִים ַּמ ְלכֵּי מ ֶּ֑֫ ִֶקדֶ ם( ַּמ ְלכֵּי־םTu,] ó Deus, és o Rei Antigo.
>) ֶֶּ֫קדֶ םSl 74.12 emendado
Sl 89.51 emendado
p 161 10
Função Acusativa e Assuntos Relacionados
10.1 Função Acusativa
10.5 הDirecional
Is 1.4
Is 1.4
b Considerando que o genitivo pode ser identificado por sua associação com uma
preposição ou com um substantivo no caso construto, o caso acusativo não pode ser
distinguido regularmente pela forma. Mesmo a distinção entre verbos transitivos (que podem
ser qualificados por um objeto direto acusativo) e intransitivos (que usualmente não o são)
não é proveitosa; acusativos adverbiais podem estar associados com ambos os tipos de verbos.
A partícula ֶאתgeralmente é usada com o acusativo definido; mesmo p 162 esta partícula
sendo útil, seu valor é limitado na identificação do acusativo por três razões: ela é usada
apenas com substantivos que são definidos, pode ser usada com o nominativo e raramente é
usada em poesia.
c Outras dificuldades são criadas pela ordem de palavras relativamente livre do hebraico,
especialmente no verso. Enquanto o português distingue o sujeito de um verbo de seu objeto
por uma ordem fixa de palavras (veja que contraste em ‘João golpeou José’ e em ‘José golpeou
João’), o acusativo hebraico não é consistentemente ordenado com relação ao verbo. Por
exemplo, אִיש־דָ ִמים ּומִ ְרמָה י ְתָ עֵּב יהוה (Sl 5.7) pode tanto significar ‘um homem
sanguinário e traiçoeiro detesta YHWH’ como ‘YHWH detesta um homem sanguinário e
traiçoeiro’. Os exegetas não podem decidir quanto ao sentido utilizando quaisquer sinais
estritamente gramaticais pertencente à oração. Neste exemplo a linha precedente do poema
aponta claramente na direção do segundo sentido.
b Nas seções seguintes, os usos do acusativo como um objeto verbal ou receptor de ação
(10.2.1) são distinguidos dos acusativos adverbiais (10.2.2). As construções acusativas duplas
são tratadas por último (10.2.3).
a Os verbos podem governar uma variedade de tipos de objetos, de modo que a extensão
de objetos associados a um verbo particular é no fundo uma característica do verbo. A
classificação do acusativo objetivo está, portanto, baseada em várias categorizações de verbos.
A maioria dos verbos que rege um acusativo objetivo é (a) fientiva (i.e., eles descrevem ações
em vez de condições) e (b) transitiva (i.e., o efeito do verbo se transfere/atravessa para algo).
Os objetos de tais verbos podem sofrer a ação (objetos diretos; cf. ‘Ele plantou tomates’) ou
criados (objetos produzidos; cf. ‘Ele cultivou tomates’). Alguns objetos estão virtualmente
subentendidos no verbo usado (cf. ‘Ele chorou lágrimas’) – estes são objetos internos –
enquanto alguns objetos são complementares ao verbo (cf. ‘Ele vestiu roupas’).
b A própria categorização dos verbos hebraicos é uma tarefa mais complexa do que
indicada até aqui, por duas razões. Primeira, a transitividade é apenas um aspecto do esquema
de regência de um verbo; outros modificadores além dos acusativos objetivos são relevantes.
Segunda, a transitividade é expressa variavelmente; objetos diretos e preposicionais podem
ser igualmente usados em diferentes tipos de orações. Considere, associado a estes pontos, as
seguintes orações:
p 164 O verbo ‘to give’ (dar) pode ser simplesmente transitivo, apenas (# 3), com uma
partícula (# 6), ou com um objeto preposicional (“indireto”) (# 4). Mas ele também pode ser
usado com um objeto não explícito (# 1) ou com dois (# 5) ou com uma partícula (# 2).
Complexidades como estas, combinadas com o status do hebraico bíblico como língua escrita,
tornam difícil traçar um esquema completo dos tipos de acusativos hebraicos. Tanto as
semelhanças como as diferenças no governo verbal entre o hebraico e o inglês (português),
também, complicam nossa tarefa, e dedicaremos atenção para insistir em algumas das
distinções entre as duas línguas.
7. ָָאדם
֑ ָ ַּוּי ִ ַּקח יהוה אֱֹלהִים ֶאת־הE YHWH Deus tomou Adão.
Gn 2.15
Ambos os verbos hebraicos לקחe הביאsão transitivos, como o são os verbos portugueses
‘tomar’ e ‘trazer’. Na prosa, o objeto direto, se definido, pode ser regido por את. Compare # 9
e # 10.
Sl 16.4
12. ּופִי־ ִמ ְרמָה ָעלַּי ּפ ֶּ֑֫ ָָתחּוEles falaram contra mim com
línguas mentirosas (lit.: abriu…
uma boca de mentiras).
Sl 109.2
13. נָגַּע ְבכַּף־ ֶֶּ֫י ֶרְך יַּעֲק ֹבEle tocou a juntura do quadril
de Jacó.
Gn 32.33
14. ַּוּי ִ ְבחַּר ְבז ְַּרעֹו ַאח ָ ֲ֑ריוE ele escolheu a sua
descendência após dele.
Dt 4.37
p 165 d Dentro do sistema sintático hebraico, um mesmo verbo pode variar. Alguns
verbos podem reger tanto acusativos objetivos diretos (substantivos, # 15; ou pronomes, # 16)
quanto objetos preposicionais (# 17), sem qualquer diferença considerável no sentido.
15. שר ִצּוָה אֱֹלהִם ֶאת־נֹחַּ׃
ֶ ַּכ ֲאcomo Deus ordenara a Noé
Gn 7.9
17. ַּויְצַּו יהוה אֱֹלהִים עַּל־הָָאדָ םE YHWH Deus ordenou Adão…
Gn 2.16
Assim, ṣwy Piel pode reger (1) um objeto direto, seja ele (a) um substantivo (# 15) ou (b) um
pronome (# 16), ou (2) um objeto pela preposição ( עַּל# 17). O verbo ydʿ ‘conhecer’ pode
reger ou um objeto direto (# 18) ou um objeto com l (# 19), como pode hrg ‘matar’ (## 20–21)
e ʾrk Hiphil ‘alongar’ (## 22–23).
Gn 49.6
21. ג־כעַּש
֑ ָ ֶּ֫ ֶל ֱאוִיל יַּה ֲָרO ressentimento mata um tolo.
Jó 5.2
Sl 129.3 Qere
24. ְבנֵּי– ְב ִל ֶַּּּ֫יעַּל נַּ ֶַּּ֫סבּו ֶאת– ַּה ֶַּּ֫בי ִתOs homens malvados cercaram
a casa.
Jz 19.22
p 166 e Para alguns verbos, por exemplo, ngʿ ‘tocar’, ykl ‘superar’, um pronome pode
comportar-se como um objeto preposicional (## 26, 28), ou como um objeto sufixado (i.e.,
direto) (## 27, 29), sem qualquer diferença apreciável de sentido.
31. ְוי ָדֹו א ֹ ֶֶּ֫חז ֶת ַּב ֲעקֵּב ֵּעשָוsua mão segurou o calcanhar de
Esaú
Gn 25.26
32. וַּּי ֹאחֲזֶּ֫ ּוהּו ְפ ִלשְתִ ים ַּויְנַּ ְקרּו ֶאת־Então os filisteus o capturaram
)?(עֵּינָי֑ ו/ agarraram-no (?) e
arrancaram os seus olhos.
Jz 16.21
A ‘vegetação’ não é paciente da ação do verbo (compare com אֶת־ז ְַּרעֲָך ‘ תִ ז ְַּרעTu semeias a
tua semente’, Dt 11.10); ela resulta mais precisamente das ações que o verbo descreve. O
verbo e o objeto produzido freqüentemente derivam da mesma raiz; este tipo de objeto é
chamado de acusativo produzido cognato. (Como o exemplo de Dt 11.10 deixa claro, nem
todos os acusativos cognatos descrevem um objeto produzido).
Gn 9.14
p 167 35. חֲֹלמֹות יַּחֲֹלמּוןEles terão sonhos.
Jl 3.1
g Um acusativo interno é uma expressão da ação verbal; ele geralmente não possui artigo
e pode seguir ou preceder o verbo. Ele se assemelha em sentido tanto a um infinitivo absoluto
(35.3.1) quanto a diversos acusativos adverbiais (10.2.2). Um acusativo interno pode ser um
acusativo cognato.
Nm 11.4
Is 35.2
Sl 14.5
Jr 22.19
41. אִם־כְמֹות כָל־הָ ָָֽאדָ ם י ְ ֻמתּוןSe estes morrerem uma morte
ֵֶּּ֫אלֶה ּו ְפ ֻקדַּ ת כָל־הָ ָָֽאדָ ם י ִ ָּפקֵּדnatural (lit.: como a morte de
todas as pessoas) ou se eles
ֵּיהם
֑ ֵּ ֲעלexperimentarem uma punição
natural (lit.: haverá punição
sobre eles uma punição de
todas as pessoas)…
Nm 16.29
Um acusativo interno não-cognato carrega consigo um qualificador (cf. português ‘Ela escreve
à boa mão (com habilidade)’). Tal acusativo freqüentemente envolve um verbo ou expressão
junto ao qual o órgão de expressão é mencionado.
Ez 8.18
43. ְוכָל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ בֹוכִים קֹול גָדֹולToda a terra estava lamentando
em alta voz.
2Sm 15.23
Is 1.15
45. וַּתִ ָמלֵּא ָה ֶָּ֫א ֶרץ א ֹתָ ם׃E a terra estava cheia deles.
Êx 1.7
46. אּולַּי י ַּ ְחסְרּון ֲח ִמשִים ַּהצַּדִיקִםTalvez faltem cinco justos para
ֲח ִמשָהcinqüenta.
Gn 18.28
47. ְוש ַָּרץ ַּהי ְא ֹר ְצפ ְַּרדְ עִיםO Nilo ficará repleto de rãs.
Êx 7.28
Is 1.11
Sl 65.14
1Sm 2.4
53. ַּו ֶַּּּ֫יעַּט ַּכ ְמעִיל ִקנְָאה׃E ele se cobriu de zelo como de
um manto.
Is 59.17
54. ַּו ִֶּּ֫י ְפשַּט גַּם־הּוא ְבגָדָ יוEletirou também as suas
vestes.
1Sm 19.24
56. ְונָ ַּתתָ ה ֶאת־ ַּה ְל ִוּי ִם לְַאהֲר ֹןE darás os Levitas para Aarão e
ּו ְלב ָָנ֑יוpara sua descendência.
Nm 3.9
57. שלָל
ָ שָך ְל
ְ ְונָ ַּתתִ י לְָך ֶאת־נַּ ְפEu darei para você a vida como
despojo.
Jr 45.5
Is 27.4
2Cr 20.9
62. שנִי׃
ֵּ ֶּ֫ ָֹלא תִ נTu não serás esquecido por
mim.
Is 44.21
Jó 6.4
a Além dos acusativos objetivos, os verbos podem reger vários acusativos adverbiais; esses
detalhes característicos da ação verbal (e outros mais), incluindo tempo, lugar, condição,
modo e especificação. Em termos gerais, esses acusativos são adjuntos em vez de
complementos para o verbo (10.2).
p 170 1. וְהּוא יֹשֵּב ּפֶתַּ ח־ה ֶָּ֫א ֹהֶלEnquanto ele estava assentado
na entrada de sua tenda
Gn 18.1
Is 44.13
Is 33.14
Sl 5.5
Rt 3.8
6. ש ֶַּּ֫מי ִם
ָ שמַּע ַּה
ְ ִ ְו ַּאתָ ה תEntão
ouve [Ó Deus] dos (i.e.,
no) céus.
1Rs 8.32
Gn 24.23
O alvo do movimento (ou atividade dirigida) é usualmente marcado com uma preposição, mas
pode aparecer como um acusativo de lugar.
8. שדֶה
ָ ְוצֵּא ַּהSaia ao campo.
Gn 27.3
Por analogia, o acusativo também é usado para o lugar de onde alguém parte.
As construções com acusativo de localidade (## 12, 14) e com o direcional –āh (## 12, 13) às
vezes são intercambiáveis.
1Rs 2.40–41
A extensão local de uma ação verbal pode também aparecer como um acusativo de lugar.
15. ֲחמֵּש ֶעש ְֵּרה ַּאמָה ִמ ְל ֶַּּ֫מ ְעלָהE as águas subiram a uma
Gn 7.20
1Sm 28.20
17. וְהּוא־ ָהלְַּך ַּב ִמדְ בָר דֶֶּ֫ ֶרְך יֹוםEle foi ao deserto, jornada de
um dia.
1Rs 19.4
c O acusativo de tempo especifica um tempo. Ele pode referir-se ao tempo no qual uma
ação se realiza.
18. עַּתָ ה ֶא ָספֶה יֹום– ֶאחָד ְבי ַּד־Ora, ainda algum dia perecerei
שָאּו֑ לpela mão de Saul.
1Sm 27.1
20. שיחָה
ִ ֶּ֫ ֶֶּ֫ע ֶרב ו ֶָּ֫ב ֹקֶר ְו ָצה ֶַָּּ֫רי ִם ָאNoite,
manhã, e meio-dia que
eu clamo em angústia.
Sl 55.18
Ele pode, também, referir-se à duração de uma ação.
Gn 3.14
Is 20.3
Gn 17.12
Ele pode referir-se ao objeto de uma oração.
28. שלָה
ֵּ ְו ָלקַּח הַּכֹהֵּן ֶאת־ ַּהז ְר ֹ ַּע ְבE o sacerdote tomará a espádua
quando estiver cozida.
Nm 6.19
Js 9.12
Nm 11.10
Sl 3.8
e O acusativo de maneira descreve o modo pelo qual uma ação é realizada; este acusativo
também não leva artigo.
34. וְֹלא ֵּ ָֽתלְכּו רֹומָהNão andareis orgulhosamente
Mq 2.3
Sl 58.2
Sl 139.14
Js 7.12
39. שקָל ִלמְנ ֹרֹות ַּהזָהָב ְ ּו ִמe o peso para os candeeiros de
ְונֵּר ֹתֵּ יהֶם זָהָבouro (GENITIVO) e suas lâmpadas
de ouro (ACUSATIVO)
1Cr 28.15
Jó 15.10
Jz 3.15
Gn 18.6
a Alguns verbos são dupla ou complexamente intransitivos e podem ter mais do que um
objeto associado a eles. Tais verbos são muito mais comuns em hebraico do que em
português, mas considere estas orações:
p 174 Como esses exemplos sugerem, uma transitividade complexa freqüentemente está
associada a noções de causalidade e julgamento, noções atreladas em hebraico aos graus Piel
e Hiphil. Muitos dos exemplos aqui usam verbos nesses graus, enquanto outros refletem
outras diferenças entre os léxicos hebraico e português.
b Comecemos com acusativos duplos não associados com as formas Piel-Hiphil. Um
acusativo duplo de objeto direto + objetos “dativos” é encontrado com verbos de fala (šʾl, ʿny,
ṣwy, ## 4–8), como também com verbos de doação (ntn, zbd, ## 9–10). O objeto “dativo”
geralmente é um pronome. (Nos exemplos abaixo, a marca | é usada para separar os dois
acusativos quando estes forem adjacentes na glosa portuguesa.)
4. ש ְּפטֵּי־ ֶֶּ֫צדֶ ק
ְ ְָאלּונּו ִמ
ֶּ֫ יִשEles me perguntam | somente
para decisões.
Is 58.2
Sl 137.3
1 Rs 12.13
Dt 6.2
11. ַּוּי ִיצֶר יהוה אֱֹלהִים ֶאת־הָ ָָֽאדָ םE YHWH Deus formou o homem
| ָעפָר מִן־ ָה ֲאדָ מָהdo pó da terra.
Gn 2.7
12. שת׃
ֶ כָל־ ֵּכלָיו ָעשָה נ ְֶּ֫חTodos os utensílios os fez de
bronze.
Êx 38.3
Jz 17.4
17. ַּוּי ִ ְבנֶה ֶאת־ ָה ֲא ָבנִים ִמז ְ ֵּב ַּחEle edificou as pedras | num
altar
1Rs 18.32
Gn 15.6
19. ָו ֶָּּ֫ישֶם ֶאת־ ָבנָיו ש ֹ ְפטִיםEle fez dos seus filhos | juízes.
1Sm 8.1
Is 3.7
d Alguns verbos regem um acusativo duplo de objeto direto + meio, seja ele instrumento
(## 23–25) ou meio (# 26).
Mq 7.2
24. ְו ִה ֵֶּּ֫כיתִ י ֶאת־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֵֶּּ֫ח ֶרם׃Eucastigo a terra | com uma
maldição.
Ml 3.24
Sl 64.8
26. שמֶן
ֶ ֶּ֫ … שחֲָך אֱֹלהִימ
ָ ְמDeus o ungiu… | com óleo.
Sl 45.8
Is 5.2
e Os acusativos duplos usados com os verbos Piel-Hiphil seguem padrões similares (24.1,
27.1). Em diversos casos os acusativos envolvem o objeto do predicado de causalidade, a
pessoa paciente (que sofre a ação) (pelo sujeito primário) + o objeto do outro predicado
verbal, o objeto paciente (que sofre a ação) (pelo sujeito subjacente, a pessoa que sofre a
ação).
Dt 8.3
30. שקִינִי־נָא ְמעַּט־ ֶַּּ֫מי ִם
ְ ַּהDê-me | um pouco de água para
beber.
Jz 4.19
33. וְנֹודִֶּ֫ יעָה ֶאתְ כֶם דָ ָ ֑ברE nós vo-lo ensinaremos | uma
lição.
1Sm 14.12
34. וְהּוא יַּנְחִיל א ֹתָ ם ֶאת־ ָה ֶָּ֫א ֶרץEle lhes fará que herdem a
terra.
Dt 3.28
Gn 42.25
1Rs 18.13
Sl 132.15
Sl 8.6
Is 16.9
Verbos de vestir-se (ou despir-se) podem reger um objeto direto pessoal + objeto
complementar.
p 177 40. ַּוּי ַּ ְלבֵּש שָאּול ֶאת־דָ וִד ַּמדָיוSaul vestiu a Davi | com suas
vestes.
1Sm 17.38
a A partícula אתé um dos morfemas mais difíceis do hebraico bíblico. Parte da dificuldade
é morfológica: a partícula את ֵּ / אֶת־é homônima de ֵּאת/אֶת־, a preposição ‘com’, exceto com
os sufixos pronominais. Com estes a partícula principal é ʾōt–/ ʾet– (א ֹתִ י, א ֹתְ ָך, א ֹתֹו, אתְ כֶם
ֶ,
א ֹתָ ם/ uma vez אֹותְ הֶם/ raramente ֶאתְ הֶם, etc.), enquanto a preposicional preponderante é
ʾitt– (אתִ י
ִ , ִאתְ כֶם, etc.) O resultado dessa semelhança é a confusão entre as duas palavras que
pode ocorrer.
c Poderia ser debatido que אתtenha sido originalmente um sinal do acusativo com verbos
ativos e que no desenvolvimento histórico da língua ele foi reinterpretado como o sujeito de
uma construção passiva equivalente. Assim, por exemplo, ִירד
ָ יָלַּד חֲנֹוְך אֶת־ע “Enoque
gerou Irade” é equivalente a ִירד
ָ ֶאת־ע ַּוּי ִ ָּולֵּד ַּלחֲנֹוְך, “A Enoque nasceu-lhe Irade” (Gn 4.18).
Isto deu a origem, o debate continuaria, ao tipo de construção conhecida como ergativa, na
qual a marcação morfológica do sujeito de um verbo intransitivo seria a mesma do objeto
direto de um verbo transitivo. Assim, uma paráfrase portuguesa ergativa hipotética de ‘João a
moveu’ seria ‘a movida por João’. O passo conclusivo, alguém concluiria no debate, é que
mesmo esse traço da construção passiva original se perdeu. Tal desenvolvimento é atestado
no movimento do indo-ariano primitivo para o hindi e o persa moderno. A reconstrução
também acharia suporte nas línguas semíticas p 179 cognatas, nas quais a terminação do caso
acusativo às vezes é encontrada com o sujeito de verbos passivos e é derivada da falta de
concordância gramatical entre o sujeito plural e o verbo singular. A teoria ergativa deve ser
rejeitada porque não leva em consideração o amplo uso de אתem outras construções no
hebraico bíblico.
a A partícula enfática é usada mais freqüentemente para marcar o objeto direto definido
de um verbo transitivo.
3. ַּו ֶַּּּ֫יעַּש אֱֹלהִים ֶאת־ ַּחּי ַּת ָה ֶָּ֫א ֶרץDeus fez os animais selvagens.
Gn 1.25
Numa série de objetos diretos definidos, se a partícula for usada em um membro da série, ela
geralmente será usada em cada membro (# 4); ocasionalmente o ʾt inicial numa série anula os
objetos subseqüentes (# 5).
4. ַּוּי ַּכּו ֶאת־ ַּה ְכנַּ ֲענִי ְו ֶאת־ ַּהּפ ְִרז ִי׃Feriram os cananeus e ferezeus.
Jz 1.5
5. ַּוּי ִתֵּ ן יהוה ֶאת־ ַּה ְכנַּ ֲענִי ְו ַּהּפ ְִרז ִיYHWH deu os cananitas e
ְבי ָ ָ֑דםferezeus em suas mãos.
Jz 1.4
Nm 22.33
7. ּו ְל ַּקחְתֶ ם גַּם־ ֶאת־ז ֶה ֵּמעִם ָּפנַּיSe agora também tirardes este
de mim …
Gn 44.29
8. שלַּח
ְ ֶאת־מִי ֶא Quem enviarei?
Is 6.8
p 180 Construções com ‘todo’ e números, também envolvem uma determinação lógica.
Gn 21.30
12. שחְתָ לִי אֵּת ֲאשֶר־אֹמַּרַּ ּו ָמe eu te farei saber o que hás de
ֵּא ֶֶּ֫ליָךfazer, e ungir-me-ás a quem eu
te disser.
1Sm 16.3
13. ַּו ֵֶּּּ֫ידַּ ע ֵּאת ֲאשֶר־ ָעשָה־לֹו בְנֹוE ele soube o que lhe fizera o
T. Muraoka observou que, estatisticamente, há um uso mais elevado de אתem 1 Samuel 1–8
(apenas 8 das 116 ocorrências do objeto direto definido não a possuem) do que em Gênesis
12–20 (22 de 86 exemplos não a possuem). Ele não encontrou qualquer razão para sua
omissão; compare os exemplos a seguir.
Lv 26.5
Nm 21.9
21. .ּו ָמלְאּו בָתֵּ י ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם ֶאת־ ֶהעָר ֹבE as casas dos egípcios se
encheram de moscas.
Êx 8.17
Êx 23.22
24. ש ְבטֵּי
ִ הֲדָ בָר דִ ֶַּּ֫ב ְרתִ י ֶאת־ַאחַּדEu falei alguma palavra com
ָ יalgumas das tribos de Israel?
ִשראֵּל
2Sm 7.7
A partícula é usada esporadicamente com acusativos adverbiais, de lugar (## 27–28), de tempo
(## 29–30) e de limitação (## 31–33).
27. י ָדַּ ע ֶלכְתְ ָך ֶאת־ ַּהמִדְ בָר ַּהגָד ֹלEle te assistiu em tua jornada
ַּה ֶז֑הpor meio deste imenso deserto.
Dt 2.7
Êx 13.7
31. ַּתְכ֑ם
ֶ ּונְ ַּמלְתֶ ם ֵּאת ְבשַּר ע ְָרלCircuncidareis no que diz
respeito à carne de seu
prepúcio.
Gn 17.11
2Sm 4.5
33. ת־רגְלָיו׃
ַּ ָחלָה ֶאEle ficou doente dos seus pés.
1Rs 15.23
1Sm 17.34
Jz 20.44
2Rs 6.5
Ne 9.19
6. ִירד
ָ ַּוּי ִ ָּולֵּד ַּלחֲנֹוְך ֶאת־עE Irade nasceu (PASSIVO) a
Enoque.
Gn 4.18
Gn 27.42
O verbo existencial ‘ ָהי ָהser’ e as duas partículas existenciais ‘ י ֵּשhá’ e ‘ אֵּיןnão há’ pedem
regência verbal ordinária, com um sujeito nominativo. O verbo ( היהcom ‘ לpertencer a’; ##
9–10) e ambas as partículas (## 11–12) têm sujeitos ou substantivos em aposição aos sujeitos
marcados com את.
9. ְואִיש ֶאת־ ֳקדָ שָיו לֹו יִהְי֑ ּוComo para toda pessoa, as suas
ofertas lhe pertencem
Nm 5.10
10. שנֵּי הַּגֹוי ִם ְו ֶאת־שְתֵּ יְ ֶאת־As duas nações e as duas terras
ָהא ֲָרצֹות לִי תִ ְה ֶֶּ֫יינָהserão minhas.
Ez 35.10
p 183 12. ְואֵּין־ ֶאתְ כֶם ֵּאלַּיTu não te voltaste para mim
Ag 2.17
c Com orações sem verbo, אתpode ser usada para marcar o sujeito (# 13) ou o predicado
(# 15) ou ambos (# 17), ou um substantivo em aposição a eles (## 14, 16).
Js 22.17
14. … ְוז ֶה ֲאשֶר ֹלא־ת ֹאכְלּו מ ֶ ֵּ֑הםMas estas são as (aves) que tu
אֵּת כָל־ע ֵֹּרב ְלמִינֹו׃não podes comer de … qualquer
espécie de corvo (SUJEITO
APOSITIVO)
Dt 14.12, 14
15. כָל־ ֶהע ִָרים ֲאשֶר תִ תְ נּו ַּל ְל ִוּי ִםTodas as cidades que dareis aos
שמֹנֶה עִי֑ ר ֶאתְ הֶן ְ levitas serão quarenta e oito
ְ ַאר ָבעִים ּו
cidades e os seus arrabaldes
( ְו ֶאת־ ִמג ְְרשֵּיהֶן׃PREDICADO).
Nm 35.7
16. ֵּהמָה ַּה ָּפנִים ֲאשֶר ָר ִֶּ֫איתִ י עַּל־Eram as suas aparências como a
֑ ָ נְהַּר־ ְכבָר ַּמ ְראֵּיהֶם וdos rostos que eu tinha visto
ְאֹותם
junto ao rio Quebar (PREDICADO
APOSIÇÃO).
Ez 10.22
17. ְואֵּת הֶ ָֽע ִָרים ֲאשֶר ִתתְ נּו ַּל ְל ִוּי ִםAs cidades (SUJEITO) que dareis
ֵּאת שֵּש־ע ֵָּרי ַּה ִמ ְקלָטaos levitas, seis serão cidades
de refúgio (PREDICADO).
Nm 35.6
d Os dois usos restantes de אתsão raros. Ela pode ser usada para marcar um nominativo
absoluto (tópico oracional ou marcador focal; veja 4.7, 8.3).
18. ֶאת־כָל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֲאשֶר־ ַּאתָ ה רֹאֶהPorque toda essa terra que vês,
לְָך ֶאתְ ֶּ֑֫ ֶננָהeu a darei, a ti.
Gn 13.15
19. ְוגַּם ֶאת־ ַּמ ֲעכָה ִאמֹו ַּויְס ִֶֶּ֫ר ָהe até a Maaca, sua mãe, depôs
ָ ִמ ְגבda dignidade de rainha-mãe.
ִירה
1Rs 15.13
Ez 20.16
Como muitos exemplos têm mostrado, אתpode marcar um substantivo em aposição (12.1) a
um nominativo; é usada pelo menos uma vez diante de um substantivo em aposição a um
objeto preposicional.
21. ַּויְמ ְָררּו אֶת־ ַּחּי ֵּיהֶם ַּבעֲב ֹדָהAssim lhes fizeram amargar as
ָקשָה … אֵּת כָל־עֲב ֹדָ תָ םvidas com dura servidão … em
todos os seus trabalhos
Êx 1.14
b Como את, לé usada para marcar o objeto direto definido de um verbo transitivo
(cf.11.2.10, ##58–60).
5. ג־כעַּש
֑ ָ לֶ ָֽ ֶאוִיל יַּה ֲָרO ressentimento mata um tolo.
Jó 5.2
c O sujeito de um verbo pode ser marcado com l; o verbo pode ser intransitivo ou passivo.
2Cr 7.21
7. ּפֶן י ְ ֻבלַּע ַּל ֶֶּ֫מלְֶך ּו ְלכָל־ ָהעָםpara que não seja destruído o
ֲאשֶר ִאתֹו׃rei e todo o povo que com ele
está (PASSIVO)
2Sm 17.16
p 185 8 . ַּוּי ִתְ נַּדְבּו ש ֵָּרי הָָאבֹות ְוש ֵָּריEntão, os chefes das famílias, os
ִשראֵּל ְוש ֵָּרי ָה ֲא ָלפִים ָ ש ְבטֵּי י ִ príncipes das tribos de Israel, os
capitães de mil e os de cem e
ְו ַּהמֵּאֹות ּו ְלש ֵָּרי ְמ ֶֶּ֫לאכֶת ַּה ֶֶּ֫מלְֶך׃até os intendentes sobre as
empresas do rei.
1Cr 29.6
9 ִם־שרי ָה ֲא ָלפִים
ֵּ ַּוּי ִ ָּועַּץ דָ וִיד עConsultou Davi os capitães de
ְו ַּהמֵּאֹות ְלכָל־נָגִיד׃mil, e os de cem, com cada
príncipe.
1Cr 13.1
10.5 הDirecional
a Antes da decifração dos textos ugaríticos (1.3.1) os gramáticos supunham que o sufixo
átono hebraico –āh, significando “direção”, representava uma sobrevivência da terminação –a
do caso acusativo original. Descobriu-se, porém, que o ugarítico tinha tanto uma terminação
acusativa –a como um sufixo adverbial –h, como o sufixo hebraico chamado “he-local” ou “he-
direcional”. Com base nessa evidência é certo que o he direcional hebraico não é um
sobrevivente do antigo acusativo, mas um sufixo adverbial distinto. Em linhas gerais, como o
sufixo adverbial inglês ‘–ward’, esse sufixo denota alguns sentidos semelhantes àqueles
designados pelo caso acusativo; ele difere daquele caso, no qual ele pode ocorrer com
substantivos regidos por uma preposição, ao enfatizar claramente a noção de direção.
b O he direcional pode indicar a direção para a qual uma ação está dirigida. O caso mais
simples desse tipo de he direcional é a palavra ֵֶּּ֫הנ ָה.
Gn 43.16
2. ש ֶַּּ֫מי ְ ָמה
ָ ַּהבֶט־נָא ַּהOlhe para os céus.
Gn 15.5
3. ַּוּיָבֵּא ָהאִיש ֶאת־ ָה ֲאנָשִים ֵֶּּ֫ביתָ הO varão levou os homens para a
יֹוסֵּף׃casa de José.
Gn 43.17
Menos freqüentemente, o he ocorre numa frase preposicional indicando a direção a partir da
qual uma ação é dirigida.
Jr 27.16
5. וְדָ וִד ְב ִמדְ בַּר־ז ִיף ב ֶַּּ֫ח ֹ ְרשָה׃Davi esteve no deserto de Zife,
em Horesa.
1Sm 23.15
Êx 13.10
p 187 11
Preposições
11.1 Introdução
1.1 Perspectiva “Nominal”
2.2 אל
2.3 אצל
2.4 את
2.5 ב
2.6 בין
2.7 בעד
2.8 יען
2.9 כ
2.10 ל
2.11 מן
2.12 עד
2.13 על
2.14 עם
2.15 תחת
11.3 Preposições Compostas e Complexas
11.1 Introdução
a Por outra perspectiva, as preposições hebraicas pertencem à ampla classe das partículas.
Algumas preposições também se comportam como advérbios ou conjunções, dois outros
grupos de partículas. Como muitas partículas, algumas preposições hebraicas p 189 ficam do
lado de fora do sistema de raízes. De fato, a complexidade morfológica das preposições
merece um estudo separado. Ela apresenta três características.
b A primeira destas envolve a oposição das preposições simples (p.ex., מִןe )עַּל, as
preposições compostas, que são compostas de duas (ou mais) preposições simples (p.ex.,
; ֵּמעַּל11.3.3), e as preposições complexas, constituídas de uma preposição + um substantivo
(p.ex., בי ַּד
ְ ‘por, através’ e ‘ בְתֹוְךno meio de’; 11.3.1).
c A segunda característica dessa complexa classe de palavras é a diversidade de
estructuras associadas às preposições simples:
2. CVC, as preposições proclíticas עַּד־, עַּל־, אֶל־, ;מִן־estas com freqüência são unidas
aos substantivos que elas modificam com um maqqeph.
מִן (ממֵּי
ִ ?) não sim ִמ ֶֶּ֫מנּו ֵּמהֶם, etc.
‘dele, de
nós’
Mesmo as regularidades nesta tabela são enganadoras: variantes alongadas de כe מןsão
regularmente usadas com sufixos, mas a forma alongada de לé observada apenas em לָמֹו, p
190 que é usada em dois sentidos diferentes, ‘para ele’ (como se fosse ləmô + pronome –ô) e
‘para eles’ (como se fosse lə + pronome –hem/–am). A forma variante mais alongada é usada
apenas em Jó (quatro vezes).
a Nas duas perspectivas sobre preposições que descrevemos, as palavras são vistas, por
um lado, como substantivos essencialmente em papéis acusativos adverbiais e, por outro lado,
como partículas morfologicamente diferentes. Numa terceira perspectiva, é a semântica das
preposições que é enfatizada. Qual o significado da relação entre o substantivo que a
preposição rege e a oração na qual a frase preposicional ocorre? A relação vai em duas
direções; considere esta oração:
Ez 24.2
b A parte principal deste capítulo ocupa-se com esse arcabouço, ou seja, as preposições
simples mais importantes (11.2). Após debater as preposições compostas e complexas (11.3),
algumas características sintáticas das preposições são apresentadas (11.4).
a Preposições são termos de relação, e sua grande importância está na notável economia
com que conseguem expressar tantas relações diferentes. O número de tipos de p 191 relação
é abundante, embora as relações de lugar e de tempo sejam as de maior importância, e as
formas de relações posicionais e temporais são as mais desenvolvidas. Outros tipos
importantes de relação, freqüentemente sinalizados por preposições, incluem origem,
instrumento, agente, interesse, causa e alvo.
b Mesmo um exame apenas das interrelações de usos espaciais das preposições hebraicas
revela a complexidade do sistema, as lacunas, as sobreposições no léxico, e os diversos modos
em que os termos relacionais estão delineados. Os sentidos espaciais das preposições podem
referir-se tanto a posição quanto a movimento. Se marcarmos com flechas as preposições que
descrevem principalmente o movimento e deixarmos as outras não-marcadas, podemos
esboçar muitas das preposições espaciais num diagrama simples.
‘Ele o tomou da mesa’ = [em francês] il l’a pris sur la table … Devemos assumir
que sur em francês é ambíguo, significando tanto ‘sobre’ quanto ‘de (origem)’?
Tal reivindicação não seria viável e nenhum falante nativo aceitaria a
permutabilidade entre sur e de [como em de Paris ‘(oriundo) de Paris’] ou
depuis [como em depuis le matin ‘a partir da manhã, desde a manhã’]. A
explicação se apóia na perspectiva do falante: o português expressa a
separação causada pelo ato mediante o uso da preposição ‘de’ (oriundo de),
enquanto que o francês olha para a posição do objeto antes de a ação ter
ocorrido.
e Idealmente, os significados das preposições devem ser classificados de acordo com suas
combinações idiomáticas com verbos específicos, no intuito de salvaguardar-se de
alongamentos impróprios do significado de uma preposição. Não se deve assumir que um
falante de hebraico teria categorizado seus significados de acordo com equivalentes
portugueses. Todavia, o significado da preposição é, em grande medida, consistente e
apreensível, mesmo com as variações devidas aos sentidos dos verbos usados com ela. Um
estudo preciso e exaustivo dos pares hebraicos do tipo verbo-preposição pertence a um
dicionário ou a livros de vocabulário avançado, como observado antes. O propósito desta
gramática é fornecer um panorama básico da maioria das preposições simples e de seus
significados, sem inventariar os verbos associados a cada uma delas. O estudante deve
considerar as glosas usadas nos exemplos seguintes como guias e continuar aberto a outras
interpretações possíveis das combinações do tipo verbo-preposição.
f Das quinze preposições simples discutidas aqui, todas, exceto duas ( ֶַּּ֫יעַּן, ) ְכ, têm um
sentido espacial. Os sentidos espacial e temporal são geralmente observados primeiro, e
outras relações relevantes em seguida.
a Esta preposição é usada de duas formas, uma aparentemente singular, e a outra com a
terminação –ê, aparentemente plural. A forma singular também é usada como um advérbio, e
a plural como um substantivo. A preposição tem o sentido posicional ‘atrás de, depois de’ (# 1)
e um sentido metafórico posicional ‘(andar) após’ > ‘(comportar-se) como, à maneira de,
conforme a norma de’ (# 2). O sentido temporal é ‘depois, posterior’ (## 3–4), e o sentido
lógico principal refere-se a interesse, vantagem, ou desvantagem (‘após, para, contra’; ## 5–6).
Há um sentido derivado, que se origina na geografia p 193 básica do corpo em hebraico:
exatamente como o lado ‘direito’ ( )יָמִיןdo corpo é ‘sul’ ()יָמִין, assim o lado ‘detrás de’ ַאחַּרé
o lado remoto ou ‘oeste’ (# 7).
1 . ִהנֵּה־ז ֶה עֹומֵּד ַאחַּר כָתְ ֵֶּּ֫לנּוEis que ele está detrás da nossa
parede.
Ct 2.9
2Rs 13.2
Jó 39.8
2Rs 19.21
7. ַּוּיִנְהַּג ֶאת־הַּצ ֹאן ַאחַּר ַּה ִמ ְדבָרEle levou o rebanho para o lado
ocidental (ou distante) da
estepe.
Êx 3.1
11.2.2 אֶל
a O maqqeph está quase invariavelmente presente com esta preposição. Há uma forma
alongada אלֵּי־
ֱ , e é a partir desta que as formas sufixadas parecem derivar: ֵּאלַּי, ֵּא ֵֶּּ֫לינּו, etc. O
sentido locativo contingente (‘a, por, perto de’; # 1) é menos importante do que os sentidos
envolvendo movimento; ʾl marca uma direção (‘para’; ## 2–3), um alvo ou um fim (‘para
dentro’; # 4), ou um limite ou um grau (‘até onde, até; # 5, metafórico). Um grupo de sentidos
lógicos é “dativo” (cf. 11.2.10d): ʾl marca um dativo simples (‘para’ o recipiente de presente ou
um endereço; ## 6–7), um dativo ético de interesse, vantagem, ou desvantagem (para, contra;
## 8–11), e um dativo normativo (de acordo com; # 12). Outro grupo é comitativo, que são os
sentidos de companhia (‘com’; # 13) e soma (‘em adição a’; # 14); as preposições comitativas
pessoais (‘com alguém’) são אֵּתe עִם. A preposição ʾl também pode ser usada como uma
especificação (‘por causa de’; # 15).
Jr 41.12
3. ִלהְיֹות עֵּי ֶֶּ֫נָך פְתֻ חֹות אֶל־ ַּה ֶַּּ֫בי ִתque os teus olhos estejam
ַּחז ֶהabertos em direção a este
templo
1Rs 8.29
5. ש ָּפטָּה
ְ ש ֶַּּ֫מי ִם ִמ
ָ כִי–נָגַּע אֶל־ ַּהO seu juízo chega até aos céus.
Jr 51.9
Dt 13.2
7. ַּוּיִק ְָרא אֶל־ ֲעבָדָ יו וַּּיֶּ֫ אמֶרE ele chamou (aos) os seus
ֱאלֵּיהֶםservos e lhes disse…
2Rs 6.11
Ez 36.9
10. אֵּין נַּ ְפשִי אֶל־ ָהעָם ַּה ֶז֑הEu não tenho coração para este
povo.
Jr 15.1
Js 15.13
1Rs 10.7
2Sm 24.16
11.2.3 ֵֶּּ֫אצֶל
a Esta preposição tem um sentido posicional ‘ao lado de, junto a’ (## 1–2).
Ne 4.12
Gn 39.10
11.2.4 אֶת
a O formato desta preposição em formas sufixadas é ʾitt– (e.g, ִאתִ י, ) ִאתֶָּ֫ נּוe assim ela
contrasta com a escrita da partícula את
ֵּ , que tem as formas ʾōt– (p.ex., א ֹתִ י, )א ֹתֶָּ֫ נּוe ʾet–
(p.ex., תכֶם
ְ ; ֶאveja 10.3). O sentido básico é comitativo (‘com’); ela pode marcar
acompanhamento (companhia, comunhão; # 1), interesse (companhia, literal ou metafórica,
com o intuito de ajuda; ## 2–4), ou o complemento de verbos de trato, fala e ação (## 5–7). O
objeto de ʾt também pode ser uma adição (‘junto a, ao lado de, em adição a’; # 8). A
preposição tem um sentido espacial intimamente relacionado a este último (‘próximo de’; # 9);
compare a forma portuguesa ‘ao lado de’, como em ‘Há um templo ao lado do palácio’ e ‘Há
um sacerdócio ao lado da monarquia’. O possessivo pode ser marcado com ʾt (‘ter’; # 10).
1. ְו ַּאתָ ה ּו ָב ֶֶּ֫ניָך ִאתְָךtu e teus filhos contigo
Nm 18.2
2Rs 9.32
Nm 14.9
Gn 4.1
5. ַּו ֲאנִי ִהנְנִי ֵּמקִים ֶאת־ב ְִריתִ יEu estou confirmando minha
ִאתְ ֶכ֑םaliança convosco.
Gn 9.9
Gn 42.30
Sl 67.2
Êx 20.23
9. ְב ַּצ ֲע ֶַּּ֫ני ִם ֲאשֶר ֶאת־ ֶֶּ֫קדֶ ש׃em Zaananim, que está junto a
Quedes
Jz 4.11
a Esta preposição, a segunda mais comum em hebraico, ocorre tanto na forma simples ְב
como forma alongada ;בְמֹוesta última não leva sufixos. A diversidade de sentidos de בé algo
digno de nota.
Jz 16.4
Gn 31.54
3. שע ֶ ֑ ֶָּ֫ריָך
ְ וְָא ַּכלְתָ ָבשָר … ְבכָל־Comerás a carne… dentro de
todos os teus portões.
Dt 12.15
6. שדֶ ה
ָ מִי־ ָהאִיש ַּה ָלז ֶה הַּהֹלְֵּך ָבQuem é aquele homem que
ִלק ְָראתֵֶּּ֫ נּוvem pelo campo ao nosso
encontro?
Gn 24.65
c Usada temporalmente, b pode marcar um tempo vigente em, a ou quando (## 7–9). Ela
pode ainda, marcar uma ação simultânea à do verbo principal; a ação simultânea é mostrada
por um infinitivo (36.2.2b) numa oração circunstancial.
Pv 17.17
8. שמָם׃
ְ בְדֹור ַאחֵּר יִמַּחEm (o tempo de) uma futura
geração sejam seus nomes
extintos.
Sl 109.13
Sl 46.2
d Diversas circunstâncias podem ser marcada com b, tanto física (beth comitantiæ; ## 10–
12) como mental (## 13–14); tais frases freqüentemente são vertidas para o português p 197
com um advérbio. Ambas, instrumentos (não-animados; ## 15–16) e agentes (animados),
simples (# 17; observe o Niphal) e adversativo (# 18), levam b. A preposição pode reger o
material com o qual um ato é realizado (# 19) e o preço (beth pretii) pago (# 20) ou o padrão
monetário utilizado (# 21).
10. ש ֶַּּ֫ליְמָה ֵּב ַּחי ִל ָכבֵּד
ָ וַּתָ ב ֹא י ְרּוEla entrou em Jerusalém com
Sl 46.7
Ed 3.12
13. ש ֑שֹון
ָ ּושְַאבְתֶ ם־ ֶַּּ֫מי ִם ְבVós tirareis água alegremente
(lit., em alegria).
Is 12.3
Jr 31.9
16. וַּתִ ָבקַּע ָה ֶָּ֫א ֶרץ בְקיֹלָם׃Aterra foi sacudida pelo seu
clamor.
1Rs 1.40
18. י ָדֹו בַּכ ֹל ְוי ַּד כ ֹל ֑בֹוSua mão será contra todos, e a
mão de todos, contra ele.
Gn 16.12
19. ַּריְצַּף ֶאת־ק ְַּרקַּע ַּה ֶַּּ֫בי ִת ְב ַּצלְעֹותE cobriu o piso da casa com
בְרֹושִים׃tábuas de cipreste.
1Rs 6.15
20. וַּתַּ ֲעלֶה וַּתֵּ צֵּא מ ְֶר ָכבָה … ְבשֵּשUma carruagem foi importada
1Rs 10.29
21. שקֶל
ֶ ש ָקלִים ְב
ְ שת
ֶ ֶכסֶף ֲח ֵּמcinco siclos (sheqels) de
Nm 18.16
25. עַּל־כֵּן ֶא ְבכֶה ִב ְבכִי י ַּ ְעז ֵּרPelo que prantearei, como Jazer
(lit., como o pranto de Jazer).
Is 16.9
27. ָוא ֵָּרא אֶל־ַאב ְָרהָם … בְאֵּ לEu apareci a Abraão …como El
ַּ Shaddai.
ש ָ ֑די
Êx 6.3
Sl 118.7
Sl 141.4
32. ְחּו־בֹו
֑ של ְ ִ ְוי ָד ַאל־תMas vós não poreis mão sobre
ele.
Gn 37.22
Gn 37.8
Dt 6.7
11.2.6 בֵּין
b Como uma expressão de uma só palavra ela tem um sentido inclusivo, seja
espacialmente (locativo simples ‘entre’, # 1; locativo múltiplo ‘entre, em meio de, dentro de’,
## 2–3), seja temporalmente (# 4). Um sentido distributivo excepcional surge num texto
posterior (# 5).
Gn 15.7
Os 13.15
Êx 12.6
5. ש ֶרת יָמִים
ֶ ֶּ֫ ּובֵּין ֲעde dez em dez dias
Ne 5.18
Nm 30.17
Dt 17.8
James Barr classifica os usos da frase comum não-marcada, bên X ûbên Y, como segue: (1)
entre lugares designados com topônimos (# 9) e outros locais físicos (#10); (2) movimento,
parada ou separação entre pessoas e coisas semelhantes (# 11); (3) pactos e juramentos (# 12)
e guerra e paz (# 13) entre pessoas e coisas semelhantes; (4) julgamentos (# 14); e (5) divisões
(## 15–16). Apenas alguns poucos exemplos não se encaixam neste esquema.
10. שר ִמתֶַּּ֫ חַּתֶ ַּוּיַּבְדֵּ ל בֵּין ַּה ֶַּּ֫מי ִם ֲאE ele dividiu entre as águas
שר ֵּמעַּל ֶ ל ָ ָָֽרקִי ַּע ּובֵּין ַּה ֶַּּ֫מי ִם ֲאdebaixo do firmamento e as
águas sobre o firmamento.
ל ָָר ִ ֑קי ַּע
Gn 1.7
Êx 8.19
12. ָאביָך
֑ ִ ב ְִרית … בֵּין ָאבִי ּובֵּיןum tratado… entre meu pai e
teu pai
1Rs 15.19
13. ַּויְהִי שָלֹום בֵּין יִש ְָראֵּל ּובֵּיןE houve paz entre Israel e os
ָה ֱאמ ִֹרי׃amorreus.
1Sm 7.14
14. יִשְּפ ֹט יהוה בֵּינִי ּובֵּי ֶֶּ֫נָך׃Que YHWH julgue entre mim e ti.
Gn 16.5
15. ְל ַּהבְדִ יל בֵּין ַּה ָטמֵּא ּובֵּין ַּהט ָ֑ה ֹרdistinguindo entre o imundo e o
limpo
Lv 11.47
16. ְו ֶהע ֱִריְך הַּכֹהֵּן א ֹתָ ּה בֵּין טֹובO sacerdote o avaliará, seja
ּובֵּין ָ ֑רעbom ou mau.
Lv 27.12
O emparelhamento comum, então, também pode marcar distinção entre classes (cf. ## 15–
16), como o par bên X ləY; observe especialmente ## 6 e 15.
d As seis formas sufixadas bênôt– ocorrem apenas como expressões de termo único com,
conforme esperado, um sentido inclusivo (## 17–18); as formas sufixadas bênê– ocorrem
tanto em frases de termo único como em frases com objetos definidos (## 17,19–20). O
sentido pode ser inclusivo (# 19) ou exclusivo (## 17,20).
17. תְ הִי נָא ָאלָה בֵּינֹותֵֶּּ֫ ינּו בֵּי ֵֶּּ֫נינּוHaja agora acordo entre nós –
18. ש ֻבעַּת יהוה ֲאשֶר בֵּינ ֹתָ ם ְ עַּל־por causa do juramento a YHWH,
בֵּין דָ וִד ּובֵּין י ְהֹונָתָןque entre eles houvera, entre
Davi e Jônatas.
2Sm 21.7
Lm 1.17
20. ּוגְבּול נָ ָֽתַּ ן־יהוה בֵּי ֵֶּּ֫ננּו ּובֵּינֵּיכֶםYHWH pôs o Jordão por limite …
… ֶאת־ ַּהּי ְַּרדֵּןentre nós e vós.
Js 22.25
11.2.7 ֶַּּ֫בעַּד
a Esta preposição forma frases sufixadas aparentemente tanto com bases singulares
quanto plurais (p.ex., בעֲדֹו
ַּ , נּו ֵֶּּ֫ ַּבעֲד, ;) ַּבעֲדֵֶּּ֫ ינּוa forma ַּבעֲדֵֶּּ֫ נִיé usada lado a lado com ַּבעֲדִ י.
O sentido locativo pode ser simples (‘atrás de’; # 1) ou inclusivo, referindo-se a para p 202
onde quer que alguém se vire (‘ao redor de, em torno de’; # 2). Com verbos de movimento, bʿd
significa ‘longe de, com as costas para’, embora a perspectiva portuguesa usualmente exija
‘através’ ou ‘por cima de’ (# 3). A preposição também designa interesse ou vantagem, surgida
da idéia de proteção por (para o benefício, por causa de’; # 4). Este último sentido raramente
requer uma troca de mercadoria (# 5).
Jz 9.51
2. שכְתָ ַּבעֲדֹו
ַּ ֶּ֫ ָהֲֹלא־ ַּאתAcaso, não puseste uma sebe
ao redor dele?
Jó 1.10
Js 2.15
11.2.8 ֶַּּ֫יעַּן
a Esta palavra é mais freqüentemente usada como uma conjunção do que como uma
preposição. Como uma preposição com o sentido de ‘por causa de’ ela rege um infinitivo
construto (36.2.2b) muito mais vezes do que outra forma nominal (# 1).
Ez 5.9
11.2.9 כ
ְ
a Esta preposição é a única partícula de relação extremamente comum que não tem
qualquer sentido espacial ou temporal; ela descreve comparação e correspondência (‘como,
na qualidade de, exatamente como’). Na maioria dos casos כé utilizada de modo comparável
a outras preposições, mas é distintiva em duas de suas características sintáticas: sua
capacidade de encabeçar uma frase nominal (p.ex., כ ֶֶּ֫פשַּע
ְ ‘(uma distância) como / igual a um
passo’, 1Sm 20.3) e sua habilidade para “absorver” outras preposições (p.ex., ‘ ְכהַּרcomo
sobre a montanha’, Is 28.21). É por causa dessas características que k é às vezes referida como
um substantivo, ‘à semelhança de’. A forma variante כְמֹוocorre desacompanhada e com
sufixos, cf. כ ֵֶּּ֫הנ ָה
ָ e כָמֹוָך. Em combinação com ʾšr, k forma a conjunção temporal mais comum
em hebraico, אשֶר
ֲ ַּכ.
b Há três facetas para o uso básico de כ. (1) A preposição pode denotar concordância em
quantidade ou medida, como em ‘Moisés é tão alto quanto Josué’ (# 1). Relacionado a isto está
o uso da preposição diante de aproximações, como em ‘Moisés é aproximadamente p 203
daquela altura’ (# 2). (2) A concordância em tipo também é marcada com k (# 3), cf. ‘Josué é
como Moisés na qualidade de profeta’. Neste exemplo do português ‘na qualidade de profeta’
especifica o ponto de comparação ou tertium quid, a “terceira coisa” em termos do que a
semelhança é proposta. A “terceira coisa” não necessita de ser especificada – ela é em geral
evidente a partir do discurso; na poesia, o ponto de comparação pode ser deixado vago com a
finalidade de permitir uma analogia que revele, induzindo o leitor a engajar-se na analogia e a
encontrar não apenas um, mas muitos pontos de contato entre as coisas comparadas. A
concordância em maneira ou norma (cf. ‘Josué é um profeta à maneira de Moisés’) é similar à
concordância em tipo (## 4–7). (3) O resultado lógico de comparação é uma correspondência
ou uma identidade, cf. ‘Moisés ama Josué como (ele ama) a si mesmo’. A concordância das
coisas comparadas é completa, à medida que disser respeito ao discurso (kaph veritatis; # 8).
Construções de identidade formadas com k freqüentemente envolvem um uso duplo de k: em
um discurso acerca de X, encontramos tanto kX kY quanto, ou mais comumente, kY kX (## 9–
10); ambos são utilizados em materiais legais. O segundo destes paradigmas chegou ao
português da forma ‘Tal pai, tal filho’.
1. יהוה … יֹסֵּף ֲעלֵּיכֶם ָככֶם ֶֶּ֫אלֶףYHWH… vos faça mil vezes mais
ְּפע ִ ָ֑מיםnumerosos do que sois.
Dt 1.11
2. שנִים׃
ָ ַּו ֵֶּּּ֫ישְבּו שָם ְכ ֶֶּ֫עשֶרEles viveram lá cerca de dez
anos.
Rt 1.4
3. ִו ְהי ִי ֹתֶ ם כֵּאֹלהִים י ֹדְ עֵּי טֹובVós sereis como seres divinos
(ו ָָרע׃em seres) conhecedores do
bem e do mal.
Gn 3.5
4. מּותנּו
ֵּ ֶּ֑֫ ְנַּ ֲעשֶה ָאדָ ם ְב ַּצ ְל ֵֶּּ֫מנּו כִדFaçamos
ʾādām à nossa
imagem, conforme a nossa
semelhança.
Gn 1.26
5. ְו ִהנֵּה ַּה ֶֶּ֫מלְֶך עֹמֵּד עַּל־ ָהעַּמּודE eis que o rei estava junto à
ְ ַּכ ִמcoluna, segundo o costume.
שּפָט
2Rs 11.14
Sl 51.3
Is 10.15
Ne 7.2
Is 24.2
Lv 24.16
c Dois fenômenos relacionados a estes pontos são dignos de nota. Primeiro, o uso de k
para fazer uma comparação absorve outras preposições, como observado acima. Se
compararmos Y com X, temos X kY; extraordinariamente, se a comparação envolver bY, ʿl–Y,
mn–Y, etc., também teremos simplesmente kY (#11–12). (O outro termo da relação pode estar
expresso, mas isso é menos comum). Segundo, é possível a reivindicação de identidade ser
vazia, e k servir então como uma partícula enfática (#13); na prática é difícil certificar-se
quando k é estritamente enfática.
Is 5.17
12. שבֶט הַּנֹגֵּש ֑בֹו ַּהח ִֶּ֫ת ֹתָ כְיֹום ֵּ ֶּ֫ O cetro do seu opressor tu
Is 9.3
Sl 105.12
d O uso de k como uma base frasal quase nominal (## 14–15) foi citado anteriormente; o
uso inglês de ‘como’ na função de um substantivo é comparável (“o igual a (‘que é’ como)
ele”). Este k substantival tem algo em comum com o uso aproximativo, uma vez que ele tende
a ser vago; em termos retóricos, ele serve como “uma cerca”, protegendo o valor verdadeiro
de uma declaração de ser destituída. Se em português dizemos ‘Ele era como um profeta’,
pretendemos proteger a asserção de definições ilegítimas – se ele não era precisamente um
profeta, então era como um.
14. ֲהנִ ְהי ָה כַּדָ בָר ַּהגָדֹול ַּהז ֶה אֹוSucedeu jamais coisa tamanha
ְ ִ ֲהנcomo esta? Ouviu-se coisa
שמַּע כ ֶָּ֫מ ֹהּו׃
como esta?
Dt 4.32
15. ְו ִהנֵּה ע ֹ ֵּמד ְלנֶגְדִ י ְכמ ְַּראֵּה־ ֶָּ֫גבֶר׃E eis que se apresentou diante
de mim algo como uma
aparência de homem.
Dn 8.15
1Sm 9.16
Gn 12.14
11.2.10 ל
ְ
a Esta preposição, como as outras preposições uniliterais בe כ, é utilizada de modos
muito diversos (cf. 10.4). Muitos de seus sentidos são traduzidos pelas preposições
portuguesas ‘para, a’ em seus múltiplos significados. Uma vez que vários dos sentidos de l são
representados pelo caso dativo em latim ou grego, ou ambos, muitas gramáticas e dicionários
referem-se a ela, por exemplo, como o lamed do dativo ético; tal terminologia é aceitável
somente se for lembrado que o hebraico (como o português) não possui qualquer conjunto
distinto e interrelacionado de funções dativas. A forma alongada de l, למו, é usada
desacompanhada (mas somente no Livro de Jó) e com sufixos de terceira pessoa, singular e
plural (viz., לָמֹו, tanto para ָלהֶם, quanto para )לֹו. A partícula negativa לא pode
ocasionalmente ser escrita sem o aleph e assim ser confundida com a preposição, seja na
forma sufixada ou prefixada a outro substantivo. Para o caso de l com o infinitivo construto,
veja 36.2.3.
1Rs 2.19
Gn 4.7
Is 53.6
p 206 c Os usos temporais de l incluem um sentido como o locativo simples (dentro de,
em ou durante um período de tempo; ## 5–7) e um sentido como o terminante (para, por, até
ou após um período de tempo, ## 8–11). A preposição também é utilizada com distributivos
temporais (conforme, por ou mediante um período de tempo; # 12; cf. 7.2.3b).
5. ִמתְ ַּהלְֵּך ַּבגָן לְרּו ַּח הַּּי֑ ֹוםandando no jardim ao (na hora
do) esfriamento (lit.: brisa) do
dia
Gn 3.8
Gn 8.11
Gn 7.4
8. ֶו ְהי ֵּה נָכֹון ל ֶַּּ֑֫ב ֹ ֶקרEsteja pronto pela manhã.
Êx 34.2
2Sm 13.23
11. וְֹלא־יָלִין מִן־ ַּה ָבשָר … ל ֶַּּ֫ב ֹקֶר׃Nada da carne … ficará até pela
manhã.
Dt 16.4
d Outro conjunto de relações denotado por l tem uma estrutura semelhante ao locativo:
conjunto espacial alativo. Estas relações estão baseadas em conexões com respeito a. O grupo
quase locativo inclui possessão (## 13–16), autoria (lamed auctoris; # 17), especificação (##
18–19), modo (# 20; o sentido é geralmente melhor traduzido com advérbios e locuções
adverbiais em português), classe e tipo (## 21–22), e comparação (# 23). As relações quase
alativas envolvem o alvo de uma ação e são na sua maioria do tipo que às vezes chama-se
dativo. O chamado objeto indireto de verbos de doação e de alguns verbos de fala e escuta
recebem l (## 24–27).
1Rs 20.3
14. דֹודִ י לִי ַּו ֲאנִי לֹוMeu amado é meu e eu sou
dele.
Ct 2.16
15. שי
ַּ ִ ָר ִֶּ֫איתִ י בֵּן ְליEu vi um filho de Jessé.
1Sm 16.18
1Rs 14.11
Sl 18.1
18. ש ַּמעְתִיָך
ְ ש ָמעֵּאל
ְ ִ ּו ְליCom respeito a Ismael, eu tenho
ouvido (o que) tu (disseste).
Gn 17.20
Gn 41.19
1Rs 5.5
21. ש ְבטֵּיכֶם
ִ הִתְ יַּצְבּו … ְלApresentai-vos… de acordo com
as vossas tribos.
1Sm 10.19
22. עֵּץ ּפ ְִרי ֶּ֫ע ֹשֶה ּפ ְִרי ְלמִינֹוárvores
frutíferas (cada) que
dêem fruto de acordo a sua
espécie
Gn 1.11
Dt 9.21
Gn 12.18
Rt 2.20
Gn 3.17
30. ַּוּי ֵּ ָהפְֵּך ָלהֶם לְאֹוי ֵּבEle se tornou inimigo deles (lit.,
ele se voltou contra eles para
[tornar-se] um inimigo).
Is 63.10
Is 2.12
32. שּפָט׃
ְ הֲלֹוא ָלכֶם לָדֶַּּ֫ עַּת ֶאת־ ַּה ִמNão é a vós que pertence saber
os costumes?
Mq 3.1
Dt 7.25
Uma variedade especial do lamed de interesse é um uso que alguns rotulam dativus ethicus ou
“dativo ético”. T. Muraoka ressalta que este termo significa que uma pessoa que não seja o
sujeito ou o objeto está interessada na questão, mas “o carimbo da construção semítica é a
identidade da pessoa gramatical do sujeito do verbo com a do pronome sufixado à
preposição”. Muitos eruditos referem-se a este uso como “reflexivo”: l marca a ação como
sendo de interesse do seu realizador (# 32); o termo “ingressivo” também é utilizado. Muraoka
sugere a nomenclatura “centrípeta”. Ele explica: “Basicamente ela serve para transmitir a
impressão da parte do falante ou do autor de que o sujeito estabelece sua própria identidade,
recuperando ou encontrando seu próprio lugar por meio de um dissociar-se resoluto de seu
ambiente familiar”. Talvez as noções reflexivas e centrípetas devam ser separadas; a primeira
sendo traduzida por ‘mesmo’ e a última, com suas noções de isolamento e reclusão, bem
como seu uso com imperativos e em contextos negativos, sendo deixada sem tradução. O uso
centrípeta é encontrado com verbos de movimento (## 34–35) e em expressões denotando
disposição do temperamento (## 36–37).
Gn 27.43
O lamed “objeto indireto” marca o chamado dativo de alvo, enquanto que outro tipo de alvo é
marcado pelo lamed de propósito. Os alvos aqui incluem uma coisa feita (com ʿśy, ntn, śym,
etc.; ## 38–41) ou usada (# 42), ou uma pessoa alterada em status ou mesmo na forma (## 43–
45, cf. # 38).
Gn 12.2
Jr 9.10
40. שדֶה
ָ ש ְמתִ י ש ֹ ְמרֹון ְלעִי ַּה
ַּ ְוTornarei
Samaria (em) um
montão de pedras do campo.
Mq 1.6
41. … הֹוי הָאֹמ ְִרים ל ַָּרע טֹובAi dos que ao mal chamam bem
שמִים
ָ … שְך לְאֹור ָ … que estabelecem (i.e.,
ֶ ֹ שמִים ֶּ֫ח
avaliam?) a escuridão como luz
…מַּר ְלמָתֹוקque estabelecem o amargo
como doce.
Is 5.20
Gn 1.29
Jz 17.13
e Uma grande quantidade de usos de l ainda está para ser elucidada e sua diversidade é
considerável.
f Várias classes célebres de frases possessivas usam l. Uma frase l deve ser usada se ela
referir-se, sem ambigüidade, a um indefinido (## 46–47). Muitos exemplos relevantes foram
citados anteriormente em relação com os lameds de especificação e de autoria; estes podem
ser revistos: *bēn yišai significa ‘o filho de Jessé’ enquanto bēn ləyišai (# 15) significa ‘um filho
de Jessé’; observe mizmôr lədāwid ‘um salmo de David’ (Sl 3.1; cf. # 17). Além disso, uma frase
l pode ser usada (a) para evitar uma frase com três (ou mais) termos construtos (# 48), (b)
onde o possuidor é um nome (# 49), ou (c) onde a forma construta não seria (suficientemente)
distintiva (# 50).
Rt 2.1 Qere
Nm 1.4
g A preposição l é usada para marcar o tópico de um verbo de expressão (## 51–54, cf. #
26), um uso recentemente removido do lamed de especificação. Ele também denota o agente
de um verbo passivo, usualmente um Niphal (## 55–56); raramente l rege o sujeito de um
verbo passivo (# 57). Com um verbo transitivo ativo, l pode marcar o objeto (## 58–60; veja
10.4b) ou, muito raramente, o sujeito (# 61).
53. ֲאנִי ְמדַּ בֵּר א ֹתָ ְך ְלכָל־חֻקֹותEu estou lhe falando de todas as
בֵּית־יהוהdeterminações a respeito da
Casa de YHWH.
Ez 44.5
Sl 96.1, 98.1
Gn 31.15
56. ְונִ ְבחַּר ֶָּ֫מוֶת ֵּמ ַּחּי ִים לְכ ֹלA morte antes do que a vida
שא ִֵּרית ְ ַּהserá escolhida por todos os
remanescentes.
Jr 8.3
Is 53.5
58. יַּצְדִ יק צַּדִ יק ַּעבְדִ י ל ַָּר ִ ֑ביםO Justo, meu Servo, decidirá
(ou, fará) muitos justos.
Is 53.11
Lv 19.18
60. שחֶת ָלעִיר
ַּ ְלpara destruir a cidade
1Sm 23.10
2Sm 17.16
h Uma aposição pode ser marcada com l, seja ela sujeito (# 62), objeto (# 63), ou objeto
preposicional (# 64).
Ez 44.9
63. אֹו כִי יִגַּע ְב ֻטמְַאת ָאדָ ם לְכ ֹלOu quando tocar a imundícia de
שר י ִ ְטמָא ָ ֑בּה ְונֶ ְעלַּםֶ ֻטמְָאתֹו ֲאum homem, isto é, seja qual for
a imundícia com que se faça
ִמ ֶֶּ֫מנּו וְהּוא י ָדַּ ע ְו ָאשֵּם׃imundo e lhe for oculto, e o
souber depois, será culpado.
Lv 5.3
64. ַּו ֲאנִי ִהנֵּה נְתַּ תִֶּ֫ יָך הַּּיֹום ְלעִירEis que hoje te ponho por
ִמ ְבצָר … עַּל־כָל־ ָה ֶּ֫ ָ ֑א ֶרץcidade fortificada, … contra
todo o país, isto é, contra os
ְל ַּמ ְלכֵּי י ְהּודָ ה ְלש ֶָרי ָה לְכ ֹ ֲה ֶֶּ֫ני ָהreis de Judá, contra os seus
ּו ְלעַּם ָה ֶָּ֫א ֶרץ׃príncipes, contra os seus
sacerdotes e contra o seu povo.
Jr 1.18
i Concluindo, voltamos nossa atenção ao chamado lamed enfático. Esta partícula deve ser
distinguida primeiramente da partícula hipotética independente lû (escrita לּו, לֻא, )לּוא, que
introduz orações optativas (‘Oh isso…!’) e orações subordinadas de força irreal e concessiva
(‘ainda que…’). Em adição, é fortemente possível que o lamed enfático ou asseverativo seja
etimologicamente distinto da preposição, ainda que os massoretas não distinguissem entre os
dois. O lamed enfático aparece (a) antes de um substantivo em orações sem verbo (# 65), (b)
antes de uma forma verbal numa oração com verbo (# 66), e (c) antes de vocativos (# 67). Um
uso enfático diferente envolve outras p 212 preposições: l pode vir após outra preposição
(ל
ְ ) ָסבִיבou como um complemento (… ְל בֵּין, Gn 1.6), e seu uso em tais construções
também pode ser chamado de enfático.
66. ִיענִי
֑ ֵֶּּ֫ יהוה לְהֹושYHWH, salva-me!
Is 38.20
67. ש ִרים
ָ ְ ַּרנְנּו צַּדִ יקִים בַּיהו֑ ה ַּליExultai, ó justos, em YHWH! Aos
נָאוָה תְ ִהלָה׃retos fica bem louvá-lo.
Sl 33.1
11.2.11 מִן
a Esta preposição exibe regularmente sua forma canônica מִןantes do artigo e apenas
irregularmente de outra maneira; em outras ocorrências, o nun é assimilado pela consoante
seguinte e resultam as formas – ִמou – ֵּמ. Há duas variantes extensas: ִמנִי, sem sufixos, e –
ִמ ֶמנ, com sufixos (p.ex., ) ִמ ֶֶּ֫מנִי. As relações que a preposição designa envolve origens e
causas.
Jz 12.8
2. שימּו ָהעָם ֶאת־כָל־ ַּה ַּמ ֲחנֶה ִ ֶּ֫ ָ ַּוּיEles posicionaram o exército: a
שד ִמצְפֹון ָלעִיר ְו ֶאת־ ֲעקֵּבֹו ֶ ֲאforça principal, que estava ao
norte da cidade e a emboscada
ִמּי ָם ל ִ ָ֑עירao ocidente dela.
Js 8.13
c Usos temporais de mn em relação ao ponto inicial, que pode ser incluído (‘de, sobre, em’;
# 5). O mn temporal também pode marcar um bloco de tempo (‘depois de’; # 7).
Lv 27.17–18
Sl 73.20
7. שלִישִי
ְ י ְ ַּח ֵֶּּּ֫ינּו מִּי ֶּ֑֫ ָֹמי ִם בַּּיֹום ַּהDepois de
dois dias, nos
י ְ ִק ֵּמנּוrevigorará e
(quando tiverem
passado, i.e., e será que) ao
terceiro dia, nos levantará.
Os 6.2
10. מֵּר ֹב עֲֹו ֶֶּ֫ניָך … ִח ֶַּּ֫ללְתָ ִמ ְק ָד ֶּ֑֫ ֶשיָךPor causa da multidão das tuas
iniqüidades … profanaste os
teus santuários.
Ez 28.18
2Sm 3.37
Lv 21.7
14. ִירא
֑ ָ ִממִי אDe quem terei medo?
Sl 27.1
Êx 34.30
A preposição tem três usos adicionais. (1) Ela é um marcador partitivo: a frase com mn
pode referir-se a parte d(o) substantivo (ou equivalente substantivo) após à preposição. A p
214 partição pode ser simples (‘algo de’; ## 16) ou comparativa/superlativa (‘o melhor de/o
melhor’, # 18; ‘o pior de, o pior’, etc.). Em orações negativas a frase mn refere-se a nenhum de
ou nem um d(o) objeto preposicional (## 19–20); tal sentido negativo pode ser encontrado em
juramentos e em outros pronunciamentos retoricamente carregados (#21).
16. יָצְאּו מִן־ ָהעָם ִלל ְ֑ק ֹטAlguns do povo saíram para (o)
colher.
Êx 16.27
Lv 5.9
2Rs 10.3
20. וְלֹוא נַּכ ְִרית ֵּמ ַּה ְב ֵּהמָה׃E não tenhamos de matar
algum dos animais.
2Rs 18.5
1Sm 14.45
(2) A preposição é um marcador privativo, ela marca o que está perdido ou o que não está
disponível (## 22–23).
Jr 48.45
23. בָתֵּ יהֶם שָלֹום מ ֶּ֑֫ ִָּפחַּדAs suas casas estão seguras (e)
livres de temor.
Jó 21.9
(3) A preposição é um marcador comparativo, prefixado a um padrão pelo qual uma qualidade
é medida (e assim semelhante a alguns superlativos portugueses; # 24) ou a um grupo para o
qual algo é comparado (e assim semelhante a alguns comparativos portugueses; # 25; 14.4d).
Gn 32.11
25. דֹודִ י … דָ גּול מ ְֵּר ָבבָה׃O meu amado é … mais atrativo
do que dez milhares (de outras
pessoas).
Ct 5.10
a Esta preposição, também usada como conjunção, pode estar relacionada ao substantivo
‘ עַּדfuturo’, que ocorre apenas em frases como ( לְעֹלָם ָועֶדÊx 15.18) e ( ָלעַּד לְעֹלָםSl 111.8),
‘para sempre e sempre’. Duas formas da preposição são usadas independentemente, עַּדe a
mais antiga עֲדֵּ י, da qual as formas sufixadas são compostas. O sentido básico da preposição é
alativo (movimento em direção a) – terminativo (movimento até).
b Alguns usos espaciais da preposição são estáticos (# 1), mas o sentido de movimento até
usualmente está presente (# 2). Usos temporais são mais comuns e mais diversos: ʿd pode
marcar o tempo antes d(o) qual um evento acontece (# 3) ou até que ele aconteça (# 4).
Menos freqüentemente, o sentido é durativo, referindo-se ao tempo durante o qual um
evento ocorre (#5).
Is 8.8
Ez 33.22
4. יֵּצֵּא ָאדָ ם ְל ָפע ֳ֑לֹו … עֲדֵּ י־ ֶָּ֫ע ֶרב׃O homem sai para o seu
trabalho (e ele permanece nele)
… até à tarde
Sl 104.23
2Rs 9.22
c A preposição também expressa medida ou grau (‘tanto quanto, até onde, até mesmo
para, mesmo até’; # 6), mais freqüentemente na frase ‘ עַּד מְא ֹדmuito’. Com um negativo a
preposição pode assumir um sentido privativo (# 7).
Et 5.6
d O alvo de um tipo abstrato pode ser regido por ʿd (# 8), como pode um foco ou objeto de
interesse (# 9).
2Sm 23.19
Jó 32.12
11.2.13 עַּל
a Esta preposição, também usada como conjunção, pode estar relacionada com o
substantivo raro ‘ עַּלaltura’ (p.ex., עָל ‘ ַּה ֶֶּ֫גבֶר ֶֻּ֫הקַּםo homem foi elevado a uma altura’, 2Sm
23.1). As formas sufixadas da preposição são derivadas da não-atestada עלֵּי ַּ , por exemplo,
ָעלַּי. A relação ‘em ou perto do topo’ é básica para esta preposição.
b Dos sentidos espaciais, a maior parte é locativo: locativo simples (‘por sobre, sobre, em
cima de’; ## 1–2), locativo contingente (‘junto a, ao lado de, por’; # 3), ou locativo inclusivo
(‘ao redor de, cerca de’, freqüentemente com verbos de cobertura e proteção; # 4). Com
alguns verbos de movimento, ʿl tem um sentido terminativo (sobre, para, em cima de’; ## 5–
6). (Este sentido é compartilhado por ʿl e por ʾl; a partir dele, outros sentidos das duas
preposições sobrepõem-se por analogia. E fútil a tendência de emendar o TM a fim de eliminar
alguns ou todos estes sentidos, embora possa haver casos em que as preposições tenham sido
confundidas no desenvolvimento do texto).
1. ש ָכבְָך
ְ שכַּב עַּל־ ִמ
ְ Deita-te sobre a tua cama.
2Sm 13.5
2. ש ֶָּ֫מי ִם׃
ָ תְ נָה הֹודְָך עַּל־ ַּהPois expuseste sobre o céu a
tua majestade.
Sl 8.2
2Rs 2.7
1Sm 25.16
5. כִי ֹלא ִה ְמטִיר יהוה אֱֹלהִים עַּל־YHWH Deus não fizera chover
ָה ֶָּ֫א ֶרץsobre a terra.
Gn 2.5
p 217 6. וְֹלא־תַּ ֲעלֶה ְב ַּמעֲֹלת עַּל־ ִמזְב ִ ְ֑חיNão subirás ao meu altar por
degrau.
Êx 20.26
7. ש ָרה ֶֶּ֫כסֶף
ָ ֶּ֫ ְו ָעלַּי ֶָּ֫לתֶ ת לְָך ֲעEforçoso me seria dar-te dez
(sheqels) de prata.
2Sm 18.11
2Sm 8.16
Gn 48.7
11. רּוחי
֑ ִ וַּתִ ְת ַּעטֵּף ָעלַּיO meu espírito esmorece
dentro de mim.
Sl 143.4
12. ָאנֹכִי ֲאדַּ בֵּר ָע ֶֶּ֫ליָך אֶל־ ַּה ֶֶּ֫מלְֶך׃Eu falarei ao rei em teu nome.
1Rs 2.18
13. שנֵּי ס ִָריסָיו
ְ ַּוּי ִ ְקצ ֹף ּפ ְַּרע ֹה עַּלFaraó
indignou-se contra os
seus dois oficiais.
Gn 40.2
d A preposição pode marcar um objeto de excesso (cf. ‘no topo desse’), envolvendo
acompanhamento (‘com, junto de, junto com’; # 15), adição (em adição a, para’; # 16), e
mesmo multiplicação (‘por sobre, acima de’; # 17).
Êx 35.22
1Sm 12.19
p 218 e A preposição pode introduzir uma norma (a base para a realização de um ato; ‘de
acordo com’; # 18), uma causa (a razão para a realização de um ato; ‘por causa de’; 19), ou um
alvo (a finalidade da realização de um ato; ‘por’; # 20). Em algumas situações, torna-se difícil
distinguir normas de causas, enquanto que em outras, causas e fins são semelhantes.
Êx 24.8
19. ִהנְָך ֵּמת עַּל־ ָה ִאשָה ֲאשֶר־Estás a ponto de morrer por
ָל ֶַּּ֫ק ְח ָתcausa da mulher que tomaste.
Gn 20.3
f Um sentido oposicionista está associado a ʿl (‘em oposição’; #21), do qual pode ser
derivado um sentido concessivo (‘embora, apesar de, a despeito de’; # 22). Pode haver um
raro sentido separativo (# 23).
21. ֹלא י ִ ְהי ֶה־לְָך אֱֹלהִים ֲאח ִֵּריםNão tereis outros deuses em
עַּל־ ָּפ ֶָּ֫ני ַּ׃oposição a mim.
Êx 20.3
Jó 34.6
23. ְבצֵּאתֹו עַּל־ ֶֶּ֫א ֶרץ ִמצ ָ ֑ ְֶּ֫רי ִםquando saíra da terra do Egito
Sl 81.6
g Certas relações mais freqüentemente marcadas por ʿl também estão associadas com l, ʿl
pode marcar um tópico (freqüentemente com verbos de fala; ‘acerca de, concernente a’; ##
22–25) ou uma circunstância (‘relativo a, com relação a’; # 26). No hebraico bíblico posterior, ʿl
às vezes rege um objeto indireto do tipo que seria governado por l anteriormente (# 27).
Gn 41.15
25. ְועַּל ִהשָנֹות ַּהחֲלֹוםAgora,
acerca da repetição do
sonho …
Gn 41.32
26. ַּל־רב
ִ וְֹלא־תַּ ֲענֶה עNão responda com relação a
um litígio.
Êx 23.2
a Esta preposição tem a base ʿimm–, vista em formas sufixadas, por exemplo, ; ִעמָנּוa
forma עמָדִ י
ִ (1 c.sg.) é de origem incerta. Ela expressa uma variedade de relações comitativas
(‘com’).
2. כִי ֹלא י ִַּירש בֶן־הָָאמָה הַּז ֹאתO filho dessa escrava não será
עִם־ ְבנִי עִם־י ִ ְצחָק׃herdeiro com meu filho, com
Isaque.
Gn 21.10
3. כִי־עִם־אֱֹלהִים ָעשָה הַּּיֹום ַּה ֶז֑הPois foi com (a ajuda de) Deus
que fez isso, hoje.
1Sm 14.45
4. שעַּ׃
ֻ עִם־ע ֵָּריהֶם ֶהח ֱִרימָם י ְהֹוE Josué os destruiu totalmente
com as suas cidades.
Js 11.21
Gn 24.12
7. וְֹלא־נְתָ נֹו אֱֹלהִים ְלה ַָּרע ִע ָמדִ י׃Deus não lhe permitiu que
fizesse mal nenhum a mim.
Gn 31.7
Sl 55.19
9. ְוי ָדַּ עְתָ עִם־ ְלב ֶּ֫ ֶ ָ֑בָךSabe no teu coração que …
Dt 8.5
10. ָה ְי ָֽתָ ה רּו ַּח ַא ֶֶּ֫ח ֶרת עִמֹוHá outro espírito nele.
Nm 14.24
c Com verbos de movimento e semelhantes, ʿm marca o ponto final de uma ação (‘ao lado
de, junto a’; # 11). A preposição também é usada em construções comparativos (# 12).
11. ַּו ֵֶּּּ֫ישב י ִ ֵּצחָק עִם־ ְבאֵּר ַּלחַּי רֹאִי׃Isaque se estabeleceu junto a
Beer-Laai-Roi.
Gn 25.11
Jó 9.26
11.2.15 ֶַּּ֫תחַּת
Gn 7.19
5. ְונָ ַּתתָ ה ֶֶּ֫נפֶש תֶַּּ֫ חַּת ֶָּ֫נפֶש׃Tu darás vida por vida.
Êx 21.23
Gn 41.35
a Alguns substantivos exibem uma união rígida com uma preposição. Estas construções
funcionam sintaticamente como preposições, isto é, elas relacionam um substantivo adverbial
ao verbo e especificam a natureza de sua relação no tocante ao substantivo governado. Por
exemplo, ‘ ִל ְפנֵּיperante’ pode ser local (cf. Gn 18.22), temporal (cf. Am 1.1), referencial (Gn
7.1), ou comparativo (cf. 1Sm 1.16). Semelhantemente, ּפנ ֵּי ְ ( ִמcf. ) ִמ ִל ְפנֵּיsignifica ‘de diante’
num sentido locativo (cf. Êx 14.19) ou causal (cf. Gn 6.13). Outras expressões preposicionais
rígidas são ל ֶַּּ֫מעַּן
ְ ‘por causa de’ e ‘ עַּל־ּפִיde acordo com a boca de’>’de acordo com’.
p 222 b A preposição ל ‘para’, com sua orientação de meta, é compatível com a
orientação de meta da função acusativa com verbos transitivos (# 1; veja 10.2.1, 10.4). Outras
preposições também ocorrem com verbos que, de outra forma, regem um objeto diretamente
(# 2; veja 10.2).
c Estes pares podem ser encontrados para complementos acusativos (com verbos
intransitivos; # 3; 10.2.1h), para acusativos adverbiais (# 4; 10.2.2b) e para acusativos duplos (#
5; 10.2.3c).
Is 22.1
5a. וַּּי ְבנֶה ֶאת־ ָה ֲא ָבנִים ִמז ְ ֵּב ַּחCom aquelas pedras edificou o
altar.
1Rs 18.32
Gn 2.22
a Quando uma preposição rege vários objetos, usualmente ela é repetida junto a cada um
deles.
Contudo, não é raro que a preposição não seja repetida; este tipo de construção é chamado de
anulação de preposição.
p 223 2. ַּה ֵֶּּ֫חפֶץ לַּיהוה בְע ֹלֹות ּוז ְ ָבחִיםTem,porventura, YHWH tanto
prazer em holocaustos e
sacrifícios?
1Sm 15.22
Is 48.14
a Cada uma das preposições em hebraico tem uma variedade de significados e usos, como
o estudo de muitas das preposições simples em 11.2 deixa claro. Não é metodologicamente
consistente apoiar-se num dicionário para encontrar um pequeno conjunto de equivalentes de
tradução para que sejam “plugadas” no texto hebraico. Em alguns casos, o português não
requer preposição alguma em construções que, caso contrário, seria semelhante em hebraico.
Além disso, algumas preposições sobrepõem-se em sentido. Alguns usos de על são
semelhantes alguns usos de ( אל11.2.13b), enquanto outros são semelhantes a alguns usos de
( ל11.2.13g); mas isto não significa que על, אלe לsão equivalentes ou sinônimas como
termos relacionais.
Êx 34.12
2Sm 14.1
Jó 22.13
Gn 13.12
5. ֵּיכ֑ם
ֶ ֹלא תְ נַּסּו ֶאת־יהוה אֱֹלהNão porás YHWH, teu Deus, à
Dt 6.16
p 225 Aqui, במסהaplica-se ao teste, aos perpetradores e à vítima. Contudo, às vezes a frase
preposicional refere-se apenas a um sujeito ou a um objeto, e a ambigüidade pode ser
encarada como resultado de elipse de uma oração relativa.
Sl 63.3
Sl 68.7
Sl 119.87
É possível que uma frase preposicional faça referência a um elemento elidido, usualmente um
objeto.
Êx 4.4
p 226 12
Aposição
12.1 Introdução
12.2 Aposição, Semelhança e Identidade
12.1 Introdução
c Como muitas construções em hebraico, uma frase apositiva possui uma forma
regenteprimeiro (regens-rectum). Ela é diferenciada da frase construta e semelhante a uma
frase adjetival, em que ambas as partes desse tipo de frase permanece como palavras
completamente distintas e todas as suas partes concordam em definibilidade e em referência.
Ocasionalmente as partes de uma frase apositiva concordam em seus sufixos e em suas
partículas, por exemplo, ִירי
ִ ‘ ַּעמִי ְבחmeu povo, meu eleito’ (i.e., ‘meu povo escolhido’; Is
43.20), ש ָראֵּל
ְ ִ‘ עַּל־ ַּעמִי עַּל־יsobre o meu povo, sobre Israel’ (i.e., ‘sobre o meu povo Israel’;
2Sm 7.8). Esta concordância nem sempre é encontrada; veja, por exemplo, העִיר ָ ש ֶַּּ֫ליִם
ָ בִירּו
‘em Jerusalém, a cidade’ (i.e., ‘na cidade de Jerusalém’; 2Cr 12.13), בנ ְָך בְכ ֶֶֹּ֫רָך
ִ ‘ אֶת־teu filho,
teu primogênito’ (i.e., ‘teu filho primogênito’; Êx 4.23; veja, também, 12.3b). Uma frase
apositiva é diferenciada de uma frase adjetival em que os substantivos e adjetivos possuem
tipos distintos de referências. Numa frase apositiva as partes têm referências semelhantes ou
idênticas; como mostram os exemplos sobre o ‘ouro’, essa diferenciação pode ser
problemática. Outra diferenciação é mais problemática ainda: se dois substantivos justapostos
numa frase forem indefinidos, a frase é apositiva ou um acusativo de especificação? Uma vez
que acusativos de especificação possam discordar em definibilidade, a frase indefinida
usualmente será mais bem classificada como apositiva (10.2.2e).
Gn 11.1
2. יהם
֑ ֶ ֵּשת
ְ ְו ָהי ָה כִנֹור … ִמNos seus banquetes há …
harpas. (Têm harpas … em seus
banquetes.)
Is 5.12
Sl 45.8
Êx 9.31
Jr 24.2
Enquanto o hebraico prefere coordenar com a cópula ou com uma oração sem verbo, o
português prefere usar verbos como ‘consiste de, estende sobre, mede, pesa’, etc.
Semelhantemente, o hebraico, como outras línguas semíticas, tende a relacionar orações por
justaposição, a reunião de orações, períodos e frases sem uma partícula logicamente
subordinante, em vez de subordinar orações, períodos e frases por uma partícula lógica.
b É útil rever três distinções filosóficas implicitamente envolvidas aqui, embora não
devamos permitir que a metafísica dite a gramática. Primeiro, Aristóteles distingue entre
“matéria” e “forma”. Diz-se que toda coisa individual consiste de matéria e de uma forma
particular imposta sobre a matéria física que lhe confere sua identidade. Segundo, Aristóteles
também distinguia entre “substância” e “acidente”; substâncias são pessoas ou coisas, das
quais propriedades acidentais podem ser afirmadas. Nomes, bem como pronomes e frases que
identificam uma pessoa ou coisa definida, são reputados como substantivais; propriedades
acidentais envolvem quantidade, qualidade, relação, ação, lugar, estado, etc. Assim, as
propriedades acidentais qualificam os substantivos. Terceiro, de outra perspectiva ontológica,
podemos dizer que termos particulares são qualificados por termos universais (ou “genéricos”
ou “gerais”), isto é, termos particulares caracterizam pessoas ou coisas particulares. Termos
para pessoas ou coisas não denotam os indivíduos em si mesmos; em vez disso, eles denotam,
também, uma classe de indivíduos ou qualidades, estados, ações, etc. Alguns lógicos ainda
subdividem os termos universais em típicos e caracterizadores; os típicos agrupam pessoas ou
coisas em classes (p. ex., ‘homem, mulher’), enquanto que os caracterizadores universais
incluem os substantivos abstratos, como também verbos, adjetivos e advérbios.
1. ש ָלמִים
ְ ז ְ ָבחִיםsacrifícios, ofertas pacíficas
(sacrifícios como ofertas
pacíficas)
Êx 24.5
1Rs 1.2
3. ש ֶַּּ֫ני ִם
ִ ְו ַּה ַּמזְלֵּג שְלש־ ַּהum garfo de três dentes (os três
dentes do garfo)
1Sm 2.13
2Sm 10.7
2Rs 8.4
6. ַּמ ֲעשֶה ִמ ְקשֶהproduto, feitio de cabelo
(cabelos bem frisados)
Is 3.24
Na verdade, esse padrão é encontrado com termos genéricos possíveis mais amplos para
pessoas, אישe ( אשהcf. 9.5.3b).
Lv 21.9
1Rs 7.14
1Rs 3.16
Êx 30.23
Pv 22.21
Sl 60.5
Dt 16.21
Jr 31.40
21. ש ֶרת
ֶ ֶּ֫ הּוא־ ִהכָה אֶת־ ֱאדֹום … ֲעfoi ele que feriu (de) Edom…
ֲא ָלפִיםdez mil (homens)
2Rs 14.7
Nos casos em que o nome e a identificação são igualmente distintivos, o nome pode ser usado
como a aposição; nesses exemplos, pressupõe-se que haja apenas um rei por vez e que o rio
do antigo sudoeste da Ásia fosse o maior, o Eufrates.
f Nos casos em que o nome é uma aposição e a frase toma uma preposição ou את, a
partícula geralmente é repetida na palavra-regente e na aposição.
Gn 24.4
29. ת־הבֶל
֑ ָ ֶּ֫ ֶאת־ָאחִיו ֶאteu irmão, Abel
Gn 4.2
31. ָאחיו
֑ ִ אֶל־ ֶֶּ֫הבֶלa Abel, seu irmão
Gn 4.8
32. ָאחיָך׃
֑ ִ ֶּ֫ ְלנָחֹורa Naor, teu irmão
Gn 22.20
33. ש ְפחָתָּה
ִ ֶאת־ ָהגָר ַּה ִמצ ְִריתHagar, a egípcia, sua serva
Gn 16.3
No caso de um pronome sujeito independente após um verbo finito, é usual falar de um p 233
uso enfático, em lugar de um uso aposicional; no # 1, o pronome sujeito enfático tem sua
própria aposição que o segue, como que aumentando a especificidade para equilibrar o atraso
narrativo (cf. Gn 22.2).
1. ַּוּיַּעֲשּו גַּם־הֵּם ח ְַּר ֻטמֵּי ִמצ ְֶַּּ֫רי ִםOs magos do Egito, fizeram
ְב ַּל ֲהטֵּיהֶם כֵּן׃também (milagres) por meio de
suas artes mágicas.
Êx 7.11
2. קּום עֲב ֹר ֶאת־ ַּהּי ְַּרדֵּ ן ַּהז ֶה ַּאתָ הPassa este Jordão, tu e todo
Os sufixos pronominais, sejam eles possessivos (# 3), objetivos (# 4–5) ou preposicionais (# 5),
também podem servir como palavras-regentes a apositivos; para aposição pronome-pronome,
veja 16.3.4a.
Ez 10.3
4. וַּתִ ְר ֵֶּּ֫אהּו אֶת־ ַּה ֶֶּּ֫ילֶדE
ela o vira, o menino (viu o
menino).
Êx 2.6
Lv 13.57
Ec 7.24
p 234 A aposição, no sentido estrito, também pode envolver repetição: o apositivo, então,
repete a palavra-regente.
3. ָאביָך
֑ ִ ֶּ֫ ָאנֹכִי ָהאֵּל אֱ ֹלהֵּיEu sou Deus, o Deus de teu pai.
Gn 46.3
4. שנֵּי ַּהמְא ֹר ֹת ַּהגְד ִֹל֑ים ֶאת־
ְ ֶאת־os dois grandes luzeiros, o
ַּה ָמֹור ַּהגָד ֹל … ְו ֶאת־ ַּהמָאֹורluzeiro maior… e o de menor luz
ַּה ָקט ֹןGn 1.16
p 235 13
Definibilidade e Indefinibilidade
13.1 Dêixis
13.1 Dêixis
a Muitos aspectos do modo como uma oração se refere ao mundo são manipulados por
indicadores. Usando indicadores, é possível para o falante e para o ouvinte situar um
enunciado sem mencionar explicitamente todos os traços caracterizadores. As palavras
indicadoras são na maioria pronomes e várias expressões adverbiais; todas estas expressões
gramaticais compõem um sistema de dêixis, a palavra grega para indicação. Os pronomes
pessoais são dêiticos: o pronome de primeira pessoa singular indica o falante (o plural indica
um grupo ao qual o falante pertence), a segunda pessoa singular indica o ouvinte e os
pronomes de terceira pessoa indicam qualquer outra coisa ou pessoa. A maioria dos outros
pronomes, também, é dêitica, sejam eles demonstrativos (p. ex., ‘este livro’), interrogativos (p.
ex., ‘quem é você?’), indefinidos (p. ex., ‘quem quer que ele envie, vai’), ou relativos (p. ex., ‘O
livro que/o qual eu leio é bom’). O hebraico usa relativamente poucas expressões adverbiais
dêiticas; כֵּן ‘assim’ é a mais comum. Nos capítulos subseqüentes lidamos com o sistema
pronominal do hebraico (caps. 16–19), como também com os tópicos intimamente
relacionados dos adjetivos e numerais (caps.14–15); neste capítulo lidamos com as
características mais básicas da dêixis, a oposição definibilidade: indefinibilidade. Com os
pronomes esta oposição é direta: os pronomes de primeira e segunda pessoas são sempre
definidos; os pronomes de terceira pessoa devem ser especificados para serem definidos.
Como veremos, a oposição é freqüentemente complexa e diferenças significantes entre o
hebraico bíblico e o português podem ser observadas.
1. Eu vi Moisés.
2. Eu vi o sol.
4. Eu vi o pai do profeta.
No # 6, o pronome ‘uma’ é não-específico e mostra que a frase ‘uma tenda’ também é não-
específica; no # 7, ‘la’ deve referir-se a uma tenda particular e também o deve a frase ‘uma
tenda’.
b Com esses fatos em mente podemos voltar ao sistema hebraico que apresenta muitas
semelhanças com o português, tantas que, de fato, é importante que os estudantes guardem
na mente as muitas diferenças entre as línguas.
A oposição básica das categorias definido: indefinido é semelhante: em hebraico, como em
português, o substantivo definido dirige a atenção para a identidade do referente, enquanto
que o substantivo indefinido focaliza a classe à qual o referente pertence, sua qualidade e seu
caráter. No # 8 o uso de um substantivo indefinido (ou anartro) enfatiza a classe à qual o
referente pertence, enquanto que no # 9 a frase nominal (sem o artigo) destaca a
particularidade do referente.
1Sm 17.45
O sistema hebraico, como o português, inclui sob o título de definidos tanto os substantivos
intrinsecamente definidos e como aqueles que levam o artigo (13.4–6); o hebraico não tem
artigo indefinido, embora o numeral ֶאחָד/ ‘ ַאחַּתum’ seja usado para marcar substantivos
indefinidos específicos (13.8). Em resumo, três categorias são relevantes para definibilidade e
indefinibilidade como estes fenômenos são expressos em hebraico: (1) identificação precisa (‘a
casa’), (2) identificação de classe (‘(uma) casa’) e (3) identificação indefinida específica (‘uma
(certa) casa’).
b A forma básica do artigo é ha– seguida pela duplicação da primeira consoante da palavra
à qual o artigo é prefixado. A forma é às vezes reconstruída como han–; o n desta forma
responderia pela duplicação, que seria análoga à duplicação dos verbos com –nun inicial (p.
ex., י ִּפֹול, הּפִיל
ִ ).
c A vogal do artigo usualmente é a, como em ‘ ַּה ֶֶּ֫מלְֶךo rei’, mas há muitas variantes. A
vogal pode ser alongada, a para ā, ou pode ser desassimilada, a para e. Essas mudanças
usualmente ocorrem se a palavra começa com uma consoante gutural ou com r, isto é, uma
consoante não permite duplicação. Antes de אe ר, a vogal do artigo é alongada ( ; ָה## 1–3).
Antes de ה, a vogal é a (ה
ַּ ; # 4), a menos que a vogal da palavra seja ā; se esse ā é tônico, o
artigo tem ā (ה
ָ ; # 5); se esse ā não é tônico, a vogal do artigo é desassimilada em e ( ; ֶה# 6).
Antes de ח, a vogal é a ( ; ַּה# 7), a menos que a primeira vogal seja ā p 238 (# 8–9) ou ŏ
(ḥateph qameṣ; ## 10–11), caso em que o artigo é ה ֶ , seja o ā tônico (# 8) ou não (# 9). Antes
de ע, o artigo geralmente é ה ָ (## 12–13), a menos que a primeira vogal seja ā átona, caso em
que o artigo é ה
ֶ (## 14–15).
1. ָהאִישo homem
2. ה ָָרשָעo ímpio
3. ה ֶֶָּ֫רגֶלo pé
4. ַּההֵּיכַּלo palácio
5. ָההָרa montanha
8. ֶהחָגo festival
9. ֶה ָחכָםo sábio
15. ֶה ָעפָרo pó
Se a consoante após yə for הou ע, esta regra não é observada e a duplicação é encontrada (##
20–21); se a consoante após mə for ה, עou ר, a duplicação também é usualmente encontrada
(## 22–24).
20. ַּהּי ְהּודִ יםos judaítas hayyəûdîm
e Poucas palavras possuem uma forma especial após o artigo (## 25–29).
Em alguns casos, a forma dessas palavras com ā é encontrada sem o artigo, mas em todos os
casos o artigo requer a vogal mais longa.
p 239 f O artigo geralmente reduzido após uma preposição monográfica, bə, kə, lə; o
shewa da preposição e o h do artigo são elididos, de modo que a preposição fica com a vogal
do artigo.
30. ָלאִישpara o homem
A elisão não é estritamente fonológica, desde que ela não ocorra com wə, e há várias
exceções, a maior parte nos livros posteriores (contraste ## 32–33).
1. יהוהYHWH
2. מֹשֶהMoisés
4. ח ְֶרמֹוםHermon
5. צ ֹרTiro
6. ּפ ְָרתEufrates
Quase todos os pronomes são também inerentemente definidos, em virtude de seu papel
como indicadores de coisas ou pessoas específicas; pronomes definidos podem ser pessoais
(## 7–8), demonstrativos (## 9–10) ou interrogativos (# 11).
7. ָאנ ֹכִי
ֶּ֫ עֵּיר ֹםEu estou nú.
Gn 3.10
8. ֱֹלהיָך
֑ ֶ ָאנֹכִי יהוה אEu sou YHWH, teu Deus.
Êx 20.2
9. ש ֻב ַּע ֑ז ֹאת
ְ ַּמלֵּאComplete a semana desta.
Gn 29.27
p 240 Também inerentemente definidos são os apelativos específicos, termos que se referem
a indivíduos ou coisas específicos e são usados mais ou menos como nomes. Termos para o
Deus de Israel tendem ser tratados como apelativos específicos, raramente tomando o artigo
(# 12; a forma sem artigo é mais comum no Pentateuco, enquanto que o artigo é usado mais
freqüentemente nos Primeiros Profetas) ou nunca (## 13–14).
12. אֱֹלהִיםDeus
13. אֵּל ֶעלְיֹוןDeus Altíssimo
14. שדַּ י
ַּ אֵּלDeus Governante (?)
Certos elementos cosmológicos (## 15–17) e instituições terrestres (# 18) também são
tratados desse modo.
Muitos nomes de lugares terrestres, pela mesma razão, aparecem sem o artigo, mesmo se
formados com substantivos comuns (## 19–22).
31. ִשראֵּל
ָ בְתֹולַּת יuma (certa) virgem de Israel
Dt 22.19
Na maioria desses casos (## 30,31,33,35), fica claro do contexto que o genitivo é um genitivo
indefinido, a saber, ‘um certo …’; no # 30, a adição de ʾaḥat torna isto claro. O substantivo
genérico de classe אִישé usado no # 34 com um artigo de classe (cf. 9.5.3b).
b Há duas áreas principais que necessitam ser exploradas ao considerar-se o uso articular
hebraico. Uma área envolve o lado referencial: o que o artigo revela sobre o funcionamento p
242 da palavra que ele modifica? A outra área é sintática: como a combinação artigo +
substantivo se situa dentro da oração?
a O substantivo comum com o artigo pode ter uma função específica, particular ou
genérica. O uso genérico é muito mais comum em hebraico do que em português.
1. וַּתִ ָקבֵּר מִתֶַּּ֫ חַּת ְלבֵּית־אֵּל ֶַּּ֫ת ַּחתE ela foi sepultada debaixo do
A referência particular pode ser baseada na menção prévia de uma coisa ou pessoa; este uso
se chama anafórico.
6. וַּּי ֹ ֶמר אֱֹלהִים יְהִי ֑אֹור … ַּוּי ְַּראE Deus disse: Haja luz.… E Deus
אֱֹלהִים את־הָאֹורviu a luz.
Gn 1.3–4
A referência particular, também, pode ser catafórica, isto é, restrita ao que se segue; este uso
é discutido em 13.5.2d.
e O artigo, também, pode marcar substantivos definidos na imaginação, que designam
uma coisa ou pessoa particular necessariamente entendida como presente ou retratando
vividamente alguém ou alguma coisa cuja identidade não seja indicada de outra maneira. Para
uma pessoa ou coisa entendida como presente, a língua portuguesa geralmente, também, usa
o artigo.
8. ַּוּיִקַּח ְבי ָדֹו ֶאת־ ָהאֵּש ְו ֶאת־E ele tomou em sua mão o fogo
ַּה ַּמא ֶּ֑֫ ֲֶכלֶתe a faca.
Gn 22.6
11. ְו ָל ַּקח דָ וִיד ֶאת־ ַּה ָצעִיףDavi tinha de tomar sua harpa.
1Sm 16.23
As construções análogas em português não devem enganar: todas estas ocorrências e outras
semelhantes a elas são definidas em hebraico.
Esse uso é especialmente comum com animais: um indivíduo de uma espécie pode referir-se
ao todo.
22. ַּאְך ֶאת־ז ֶה ֹלא ת ֹאכְלּו … ֶאת־Mas estes vós não podereis
שפָןָ ַּה ָגמָל … ְו ֶאת־ ַּהcomer … o camelo, … o coelho
…
Lv 11.4–5
23. שּועה
֑ ָ ְש ֶקר הַּסּוס לִת
ֶ Um cavalo é uma esperança vã
para a vitória.
Sl 33.17
Além disso, ele é especialmente comum em comparações, com (## 24–27) ou sem animais (##
28–30).
26. ַּכ ֲאשֶר י ְִרד ֹף הַּק ֵֹּראcomo o que caça uma pulga
1Sm 26.20
Gn 19.28
Is 29.8
Is 34.4
38. שנִים
ָ אִם־יִהְיּו ֲח ָטאֵּיכֶם ַּכAinda que os vossos pecados
ֶ ֶּ֫ ַּכsejam como a escarlata, eles se
שלֶג י ַּ ְל ִֶּ֫בינּו
tornarão brancos como a neve.
Is 1.18
40. ְוה ֶָּ֫ע ֹמֶר ֲעש ִִרית ָהאֵּיפָה הּוא׃Gômer é a décima parte do efa.
Êx 16.36
Is 11.5
46. ְוי ִכֹון ַּב ֶֶּ֫צדֶ ק ִכסְאֹו׃Seu trono será estabelecido por
meio da justiça.
Pv 25.5
a O artigo pode ser usado como um demonstrativo, como um marcador vocativo e como
um marcador relativo. Nestes usos o referente da combinação substantivo + artigo é
particular.
b Expressões do tempo presente são usadas adverbialmente e o artigo tem uma clara força
demonstrativa, apesar de, como observado acima, tal força pode ser encontrada, também, em
outros lugares (17.5).
3. שנָה
ָ ַּהeste ano
2Rs 19.29 ≅ Is 37.30; Jr 28.16
8. ַּוּיִק ְָרא אַּ ָֽח ֲֵּרי־שָאּול לֵּאמ ֹר ֲאדֹנִיE ele gritou a Saul: Ó rei, meu
ה ֶּ֑֫ ֶַּמלְֶךsenhor!
1Sm 24.9
Ele também é encontrado quando o substantivo comum está em aposição apenas ao pronome
de segunda pessoa, implícito ou declarado.
9. חֵּי־נַּ ְפשְָך ַּה ֶֶּ֫מלְֶךTão certo como tu vives, ó rei!
1Sm 17.55
2Rs 9.5
Muito freqüentemente o artigo não é usado quando a referência é a pessoas não presentes ou
que são mais ou menos imaginárias.
Ec 11.9
Pv 6.6
Como o exemplo em português sugere, a referência catafórica pode ser associada às orações
relativas, e o uso comparável hebraico de ה
ַּ freqüentemente é comparado ao p 248 pronome
relativo. Este assim chamado uso relativo do artigo (cf. 19.7) é mais comum com particípios, se
usado atributivamente (i.e., adjetivamente; ## 14–16; veja 37.5) ou predicativamente (## 17–
20).
14. לַּיהוה ַּהנ ְִראֶה ֵּאלָי ַּוa YHWH, que lhe apareceu
Gn 12.7
18. ּפִי ַּה ְמדַּ בֵּר ֲאלֵּיכֶם׃É a minha boca que está vos
falando.
Gn 45.12
19. עֵּי ֶֶּ֫ניָך הָר ֹא ֹתSão os teus olhos que têm visto
…
Dt 3.21
20. ָאנֹכִי ַּהבָא מִן־ ַּה ַּמע ֲָרכָהEu sou o que voltou da batalha.
1Sm 4.16
Outros predicados, também, podem receber o artigo; em certo sentido, esses predicados são
adjetivais, mas devemos nos lembrar que não existe uma classe distinta de adjetivos em
hebraico (14.3.2).
Êx 9.27
Em poucos casos, o artigo é usado com um verbo finito para formar uma oração relativa, quer
com um antecedente explícito (## 24–25), quer sem nenhum antecedente (# 26).
1Cr 29.17
p 249 26. שמַּח … עַּל ַּה ֵּהכִין ָהאֱֹלהִיםְ ִ ַּוּיE ele … se alegrou por causa
ל ָ ָ֑עםdaquilo que Deus fizera para o
povo.
2Cr 29.36
Essa construção pode ser comparada às orações divididas do português (‘É o profeta que eu
estava procurando’), e às orações pseudo–divididas (‘O profeta era quem eu procurava’),
como também às construções do francês em ‘C’est… celui qui… ‘(É… aquele que…’).
9. שטן
ָ ַּהo adversário Satanás
Além desta construção de designação intermediária, há outros casos anômalos de um artigo
num substantivo com um sufixo ou no construto. Na maioria dos casos essas formas são o
resultado de corrupção textual. Em Josué 7.21 a forma הלִי
ֳ ָֽ ָ‘ הָ ָֽאa/minha tenda’ pode ser uma
combinação de האהלcom אהלי. A frase אַּשּור ַּה ֶֶּ֫מלְֶךocorre duas vezes em Isaías 36.8,16,
mas a forma sem artigo própria é encontrada nos versículos sinópticos em 2Reis (18.23, 31).
Em Isaías 24.2, o termo ‘ ַּכ ְגב ְִרתָ ּהcomo à sua dona’ pode ter a pontuação ka em vez de kə,
porque a sílaba ka, ocorre onze outras vezes no verso, criando um forte padrão de assonância.
Pelo menos em um caso o sufixo numa forma perdeu seu significado: além da palavra ֵֶּּ֫ע ֶרְך
‘valor’, o hebraico tem um termo ‘( ע ְֶרכְָךteu valor’>) p 250 ‘valor’, usado com o artigo,
( ָהע ְֶרכְָךLv 27.23) e no construto, ‘ ְכע ְֶרכְָך הַּכֹהֵּןde acordo com o valor (estabelecido) pelo
sacerdote’ (Lv 27.12).
ָ ְוYHWH
ש ֶָּ֫מי ִם׃
Gn 2.4b
5. שמֶש
ֶ ֶּ֫ ִל ְפנֵּי־perante [o] sol
Sl 72.17
6. ש ְכבָה
ְ ְבשָלֹום … ֶאEu me deitarei … em paz.
Sl 4.9; cf. 55.19
p 251 Na arcaica invocação aos grandes luminares em Josué 10, três artigos dos quatro
esperados são omitidos.
ְוי ֵָּר ַּח ְב ֵֶּּ֫עמֶק ַּאּי ָלֹון׃e tu, lua, no vale de Aijalom.
שמֶש
ֶ ֶּ֫ ַּוּי ִד ֹם ַּהE o sol se deteve,
ְוי ֵָּר ַּח עַּ ָמָדe a lua parou
Js 10.12–13
1Sm 1.1
6. ֵּית־אל
֑ ֵּ ְונָבִיא ֶאחָד זָקֵּן יֹשֵּב ְבבUm certo profeta velho estava
morando em Betel.
1Rs 13.11
7. ַּוּי ִתֶ ן … ַּה ֶֶּ֫מלְֶך ס ִָריס ֶאחָדO rei lhe designou … um certo
oficial.
2Rs 8.6
Como um substantivo no construto com um substantivo plural, ele tem a força de ‘um de, um’.
p 252 10. ְס ָפ ֵֶּּ֫חנִי נָא אֶל־ַאחַּת ַּה ְכהֻנֹותAdmita-me a algum dos cargos
ֶלאֱכ ֹל ּפַּת־ ֶָּ֫לחֶם׃sacerdotais, para ter alimento
para comer.
1Sm 2.36
11. ּו ֶָּ֫באנּו ֵּאלָיו בְַאחַּת ַּהמְקֹומ ֹתEntão o atacaremos onde quer
ֲאשֶר נִ ְמצָא שָםque ele possa ser encontrado.
2Sm 17.12
2Sm 2.18
13. כְַאחַּד ַּהנְ ָבלִים ְביִש ְָר ֵּ ֑אלcomo um dos ímpios tolos de
Israel
2Sm 13.13
16. שלַּח יהוה אִיש נָבִיא ֶאל־ ְבנֵּי ְ ִ ַּוּיYHWH enviou um profeta aos
ש ָר ֵּ ֑אלְ ִ יisraelitas.
Jz 6.8
c Um adjetivo predicativo não leva artigo (4.5); ele não identifica o sujeito, mas o
categoriza como pertencente a uma classe.
15 Numerais
16 Pronomes Pessoais
17 Demonstrativos
18 Interrogativos e Indefinidos
19 Relativos
p 255 14
Adjetivos
14.1 Adjetivos e Construções Relacionadas
14.2 Concordância
Aqui, tanto no hebraico como no português, há três substantivos, cada um qualificado por um
adjetivo atributivo.
Sl 71.7
O hebraico pode usar apenas um substantivo (# 7) ou uma frase preposicional (# 8), onde o
português conta com um predicativo adjetival; mais distintamente, verbos estativos hebraicos
(# 9) geralmente correspondem, no português, a construções predicativas adjetivas (mas veja
27. 1c).
Sl 136.1
14.2 Concordância
p 257 3. ירם
ִ ִ ֶַּּ֫מי ִם ַּאדPoderosas águas
Êx 15.10
4. ש ֲאנַּנֹות
ַּ ְמנּוח ֹתSeguras habitações
Is 32.18
Um adjetivo atributivo também concorda com o substantivo modificado (ou termo principal)
em termos de definibilidade (14.3.1).
b Adjetivos não formam o número dual; substantivos duais usam adjetivos plurais.
Êx 17.12
1Sm 13.15
Com substantivos femininos cujos plurais são formados com um sufixo masculino plural, o
adjetivo concorda com o gênero intrínseco do substantivo (## 13–16; 6.5.2).
Gn 41.35
16. ש ֲאנַּנֹות
ַּ נָשִיםmulheres descansando
Is 32.9
17. ְב ֶֶּ֫א ֶרץ־ ִצּי ָה ְו ָעי ֵּףem uma terra seca e cansada
Sl 63.2
f Não existe forma distintiva do adjetivo para expressar os graus comparativo e superlativo
(14.4–5).
a Um adjetivo pode ser encontrado em um dentre três encaixes sintáticos: (1) como um
atributivo modificador de um substantivo, (2) como um predicado, e (3) como um substantivo.
No último caso, é novamente visível que a subclasse adjetiva de substantivos não é definida
rigidamente.
1. שתֶ ה גָדֹול
ְ ִמum grande banquete
Gn 21.8
3. שמֹו ַּהגָדֹול
ְ seu grande nome
1Sm 12.22
4. ְבח ְַּרבֹו ַּה ָקשָה ְו ַּהגְדֹולָהcom a sua espada dura, grande
ְו ַּה ֲחזָקָהe poderosa
Is 27.1
1Sm 17.13
Pv 7.26
Pv 31.29
c Alguns adjetivos atributivos, tais como os numerais ַאחֵּר ‘outro’ e ַּר ִבים ‘muitos’, são
definidos em si mesmos e podem dispensar o uso do artigo.
18. שלִישִי
ְ מָבֹוא ַּהa Terceira Entrada
Jr 38.14
22. שבִיעִי
ְ יֹום ַּהo sétimo dia
Êx 20.10
a Numa oração sem verbo, um adjetivo predicativo serve para marcar uma afirmação
acerca do sujeito da oração. O predicativo geralmente precede o sujeito (## 1–3; mas cf. 8.4.2
e ## 4–5) e é sempre indefinido; caso contrário, ele concorda com o sujeito.
p 261 1. צַּדִ יק ַּאתָהTu és justo.
Jr 12.1
2. ש ָּפ ֶֶּ֫טיָך
ְ שר ִמ
ָ ָ ְויTuas leis são retas.
Sl 119.137
Gn 6.5
4. ְּוזַּהַּב ָה ֶָּ֫א ֶרץ ַּההִיא טֹו֑ בO ouro dessa terra é bom.
Gn 2.12
Nm 13.28
a Tendo em vista que o limite entre adjetivos e substantivos não são fixos ou rígidos, é
comum encontrar substantivos que são mais utilizados como adjetivos em encaixes
substantivos.
b Adjetivos podem ocorrer como construtos, geralmente com uma força superlativa (14.5).
1. ַּח ְכמֵּי י ֹ ֲעצֵּי פ ְַּרע ֹהo
mais sábio dos conselheiros
de Faraó
Is 19.11
Ez 7.24
16. שלָה
ֵּ ַּהז ְר ֹ ַּע ְבa espádua quando está cozida
Nm 6.19
17. ַּכּי ָם נִג ָ ְ֑רשcomo o mar em fúria
Is 57.20
Nm 14.37
p 263 d Há alguns substantivos que têm sentidos diferentes dependendo do modo como
sejam usados: como adjetivos ou como substantivos.
Js 3.4 Qere
23a. ֶו ְחי ֵּה תָ מִיםe sê perfeito
Gn 17.1
Sl 3.2
Em alguns casos, o adjetivo permanece onde nenhum substantivo concreto poderia servir.
O uso pode ser poético: na figura de anthimeria (um tipo de metonímia, [o uso de uma palavra
de uma classe como se fosse membro de outra; tipicamente o uso de um substantivo como
verbo ou de um adjetivo como um substantivo]), um substantivo esperado é substituído por
um adjetivo que descreve alguma característica essencial do substantivo suprimido.
Is 24.23
No português e em outras línguas européias, o adjetivo forma três graus por inflexão:
grau exemplo
absoluto jovem
p 264 Também há equivalentes frasais dos dois graus maiores, por exemplo, ‘mais jovem’
‘muito mais jovem’ e, ocasionalmente, há equivalentes com ‘menos’ e ‘muito menos’. O
hebraico não possui esquema inflexivo algum para os graus maiores de adjetivos e, em lugar
disto, utiliza diversos recursos sintáticos.
Jz 9.2
Semelhantemente, בְקֹול־גָדֹולpode significar ‘em alta voz’, mas num contexto de choro
prolongado, um sentido comparativo pode ser discernido.
3. ל ַָּרב תַּ ְרבֶה נַּ ֲחלָתֹו ְו ַּל ְמעַּטPara o grupo maior darás
תַּ ְמעִיט נַּ ֲחל ָ֑תֹוherança maior, e para o grupo
menor darás herança menor.
Nm 26.54
d Quando o substantivo em que se baseia a comparação está expresso, ele vem precedido
da preposição מִן, o chamado “min comparativo” (11.2.11e). Esta preposição denota ‘longe
de’; a comparação é vista de fora, à distância. Ela pode indicar uma comparação positiva, na
qual tanto o sujeito como a coisa comparada possuem a qualidade expressa pelo adjetivo, com
o sujeito a possuindo num grau maior.
Jz 14.18
Gn 48.19
9. ִמנְש ִָרים ֶַּּ֫קלּו ֵּמא ֲָריֹות ָג ֵֶּּ֫ברּו׃Eles eram mais ligeiros do que
as águias; mais fortes que os
leões.
2Sm 1.23
Os 2.9
11. ( ַּהנֶ ֱח ָמדִ ים ִמזָהָב ּומִיּפַּז ָ ֑רבEles são) mais preciosos do que
ּומְתּוקִים ִמדְ בַּשo ouro, mais do que muito ouro
bom; são mais doces do que o
mel.
Sl 19.11
Às vezes o adjetivo do qual מִןdepende logicamente é omitido e deve ser suprido a partir do
contexto.
Is 10.10
Mq 7.4
14. ָּֽו ִמ ָצה ֳֶַּּ֫רי ִם י ָקּום ֶָּ֫ ֑חלֶדTua vida será (mais clara) que o
meio-dia.
Jó 11.17
Gn 29.30
Sl 52.5
Os 6.6
Jó 7.15
20. ָה־בּה
֑ ָ ש ְלוַּ טֹוב ּפַּת ח ֲֵּרבָה ְוUm bocado seco com paz e
ִ ִמ ֶַּּ֫בי ִת ָמלֵּא ז ִ ְבחtranqüilidade do que uma casa
ֵּי־ריב׃
cheia com discussão.
Pv 17.1
f Um terceiro uso do min comparativo ocorre naqueles contextos nos quais o sujeito é
comparado a um objeto ou alvo a ser alcançado, caso em que o sujeito pode ser mais capaz do
que o desafio ou menos capaz do que ele: tal é a comparação de capacidade. Neste uso,
verbos estativos são muito mais comuns do que adjetivos.
Êx 12.4
24. ֲה ָקצֹור ָקצ ְָרה י ָדִ י ִמּפְדּותÉ minha mão muito curta para
executar redenção?
Is 50.2
Gn 18.14
26. ָק ֶּ֫ט ֹנְתִ י מִכ ֹל ַּה ֲחסָדִ יםEu sou indigno de todo o amor.
Gn 32.11
Este uso é freqüente com infinitivos.
Gn 4.13
Gn 36.7
29. ִמזְבַּח ַּהנ ְֶּ֫חשֶת … ָקט ֹן מֵּ ָֽ ָהכִילO altar de bronze… era muito
ֶאת־הָעֹלָהpequeno para comportar a
ʿōlâ…
1Rs 8.64
p 267 30. ַּרב ָהעָם … ִמתִ תִ ֶאת־ ִמדְ י ָץAs pessoas também são muitas
ְבי ָ ָ֑דםpara eu … entregar os
midianitas nas suas mãos.
Jz 7.2
Às vezes é difícil distinguir entre uma comparação positiva e uma comparação de capacidade.
Gn 26.16
Rt 1.13
14.5 Grau Superlativo
b O superlativo absoluto pode ser expresso com o cognato genitivo sem artigo: um
substantivo cognato singular fica antes do mesmo substantivo no plural, sem artigo. (Uma
determinada cadeia construta expressa um superlativo comparativo; veja 9.5.3j e 14.5d.)
Ec 1.2
Gn 9.25
5. סֹור ִרים
ְ ס ֵָּריrebeldes endurecidos
Jr 6.28
8. שוְא
ָ ַּה ְבלֵּי־vaidades vãs, vaidades inúteis
Jn 2.9
Sl 43.4
O termo ( מְא ֹדou )עַּד־מְא ֹדpode ficar após um adjetivo que estiver sendo usado como um
superlativo absoluto.
1Rs 1.4
13. וַּתְ הִי ַּה ִמ ְל ָחמָה ָקשָה עַּל־מְא ֹדA batalha era muito feroz.
2Sm 2.17
14. עֲֹון … גָדֹול ִבמְא ֹד מְא ֹדO pecado … é excessivamente
grande
Ez 9.9
Diversos nomes divinos podem ser usados de modo semelhante: “Um tipo de superlativo de
sentido”, como A. B. Davidson observou, “é dado a uma palavra relacionando-a ao nome
divino. Provavelmente, a idéia era que Deus originou a coisa … ou que ela pertencia a ele, e,
portanto, era extraordinária. Às vezes o significado parece estar ‘sob a apreciação de Deus’ ”.
Jn 3.3
1Rs 8.13
p 269 Superlativos absolutos com um sentido negativo podem ser formados com מּות
‘agonizante’, ֶָּ֫מוֶת ‘morte’, e שְא ֹל ‘Sheol’; compare no português ‘fadado à morte,
mortalmente entorpecido, diabolicamente esperto’
Jz 16.16
Jn 4.9
23. כִי־ ַּעז ָה ַּכ ֶָּ֫מוֶת ַא ֲהבָהO amor é forte como a morte
(i.e., Amor é excessivamente
forte).
Ct 8.6
Sl 18.6
Is 57.9
c O superlativo comparativo refere-se a um grupo, embora esse grupo possa ser discreto e
óbvio (e assim não ser expresso) ou difuso e difícil de descrever (e assim ser inexpressável). O
caso mais simples deste tipo de superlativo envolve um adjetivo definido.
30. הֲֹלא ֲאח ֹתָ ּה ַּה ְק ַּטנָה טֹובָהNão é a sua irmã mais nova /
ִמ ֶֶּ֫מנָהsua irmã mais nova melhor do
que ela?
Jz 15.2
Um superlativo comparativo também pode ser formado com um adjetivo que se torna definido
por um sufixo pronominal (## 31–32) ou como o primeiro termo de uma cadeia construta
definida (## 33–35).
Um tipo frasal semelhante inclui um adjetivo definido, com o grupo prefixado por ב.
Ct 1.8; 5.9
2Sm 7.9
40. ִירים
ִ שִיר ַּהשo cântico mais excelente
Ct 1.1
Uma frase construta também pode ser usada com מִכ ֹלpermanecendo antes do genitivo.
43. ְו ַּהנָחָש ָהי ָה עָרּום מִכ ֹל ַּחּי ַּתAgora a serpente era a mais
שדֶהָ ַּהastuta de todas as bestas.
Gn 3.1
Gn 3.14
45. וְהּוא נִ ְכבָד מִכ ֹל בֵּית ָאבִיו׃Ele era o mais honrado de toda
a casa de seu pai.
Gn 34.19
1Sm 18.30
1Sm 10.23
Mc 7.4
50. טּוב ֶֶּ֫א ֶרץ ִמצ ְֶַּּ֫רי ִםo melhor da terra de Egito
Gn 45.18
51. ש ִלשָיו
ָ ִמ ְבחַּרseus (de Faraó) escolhidos
oficiais [capitães]
Êx 15.4
Nm 24.20
p 272 15
Numerais
15.1 Introdução
15.2 Cardinais
15.3 Ordinais
3.1 Padrões
3.2 Datas
15.4 Multiplicativos
15.5 Frações
15.1 Introdução
c Dois pontos importantes fora de nossa alçada requerem atenção. Primeiro, no hebraico e
nas línguas semíticas em geral, os numerais quase não representam qualquer papel na
formação de uma palavra, e as complexidades associadas a prefixos numéricos no português
(ex.: ‘unilíngüe, monociclo; dicotômico, bicicleta; tripé, multirracial, polissílabo’) são evitados.
Segundo, na Bíblia os numerais são sempre expressos de forma completa. Nos tempos bíblicos,
pelo menos, dois sistemas de sinais numéricos estavam em uso: sinais hieráticos de traços e
pontos (// = 2) e sinais com letras numéricas ( = ב2); contudo, não há vestígios de quaisquer
dos dois sistemas no texto bíblico, e todos os números editoriais pertencem ao período
medieval. Desta forma, os pesquisadores da Bíblia nunca terão dúvida acerca da forma
lingüística do número, como freqüentemente ocorre com os estudiosos de outros textos
antigos.
15.2 Cardinais
a Os cardinais das unidades ‘um’ e ‘dois’ são os mais complexos. Os cardinais de ‘três a
dez’ são basicamente substantivos, flexionados em gênero e usados tanto nas formas
absolutas como nas formas construtas. Os cardinais de ‘onze a dezenove’ são compostos, e os
cardinais decimais são geralmente o plural das unidades. Os cardinais maiores apresentam um
pouco de complexidade, mas são basicamente combinações regulares.
a ‘Um’ אֶ חָד/ ( ַאחַּתconstrutos ַאחַּד/ )ַאחַּתé o cardinal mais adjetival, embora possa ser
usado como um substantivo. Quando usado como um adjetivo atributivo, seguindo o
substantivo que modifica, ele tem uma variedade de sentidos. Depois de um substantivo
indefinido o sentido é na maioria das vezes indefinido mas específico (cf. 13.8).
1. שפָה ֶאחָת
ָ uma certa (específica) língua
Gn 11.1
1Sm 7.12
5. ש ֶַּּ֫ני ִם
ְ ֹלא־לְיֹום ֶאחָד וְֹלא ִלnão em um dia ou dois
Ed 10.13
Com menor freqüência, um substantivo indefinido com אחדpode ter uma força enfática, de
contagem.
6. שנֵּיהֶם׃
ְ בְיֹום ֶאחָד י ֶָּ֫מּותּוEm um único dia, eles morrerão
– os dois!
1Sm 2.34
7. … ַאח ֲֵּרי מִי יָצָא ֶֶּ֫מלְֶך יִש ְָראֵּלApós quem saiu o rei de Israel
…ַאח ֲֵּרי ּפ ְַּרע ֹש ֶא ָחד׃contra uma única pulga?
1Sm 24.14
Êx 39.10
1Sm 13.17
c Como um adjetivo atributivo pode possuir também o sentido de ‘único’ (# 11) e como um
adjetivo predicativo o sentido de ‘só’ (# 12) ou de ‘integral (i.e., tendo integridade)’ (# 13).
lugar o plural é usado numa expressão de tempo, יָמִים אֲ חָדִ יםo sentido aqui, também, é
indefinido mas específico, ‘alguns dias, um pouco de tempo’ (# 15).
Gn 11.1
Gn 29.20
2Rs 6.10
Is 65.25
p 276 i Como um substantivo o numeral pode ocorrer como o primeiro termo de uma
cadeia construta (## 24–27) ou com um sufixo pronominal (# 28; cf. 9.5.3f).
28. שנֵּיהֶם
ְ os dois
Gn 2.25
O genitivo é geralmente plural; os exemplos ## 25–26 são excepcionais. Com o numeral ‘um’,
assim como o ‘dois’, ambos podem ocorrer como o segundo termo de uma frase construta,
embora esse uso seja raro.
29. ש ֶַּּ֫ני ִם עֵּדִ ים
ְ עַּל־ּפִיpela boca de duas testemunhas
Dt 17.6
Êx 29.38
p 277 Com menor freqüência, o numeral absoluto é usado com um substantivo singular.
seis ששָה
ִ ששֶת
ֵּ ֶּ֫ שֵּש שֵּש
sete ש ְבעָה
ִ ש ְבעַּת
ִ שבַּע
ֶ ֶּ֫ שבַּע
ְ
oito שמֹנָה
ְ שמֹנַּת
ְ שמֹנֶה
ְ [שמֹנֶה
ְ ]
nove שעָה
ְ ִת שעַּת
ְ ִת תֵֶּּ֫ שַּע תְ שַּע
2. ש ָבטִים
ְ ש ֶרת ַּה
ֶ ֶּ֫ ֲעas dez tribos
1Rs 11.35; cf. v. 31
4. ש ְבעַּת ָבנָיו
ִ seus sete filhos
1Sm 16.10
p 278 O construto também precede coisas numeradas tomadas como um bloco, notadamente
os números cardinais maiores.
6. שת יָמִים
ֶ ש ְֶּ֫לtrês dias (i.e., um trio de dias)
2Sm 24.13
Esses cardinais podem aparecer no estado absoluto antes de um substantivo indefinido plural
(## 10–12), especialmente em listagens (## 13–14), ou antes de substantivos coletivos singular
(## 15–16). Os termos que expressam unidade para mercadorias podem ser omitidos (## 17–
18). Finalmente, esses cardinais podem permanecer depois de um substantivo no estado
absoluto (## 19–21).
2. שר יְלָדָ י֑ ו
ָ ַאחַּד ָעseus onze filhos
Gn 32.23
6. שנֵּים
ְ שתֵּ ים ֶעש ְֵּרה ַּמ ֵּצבָה ִל
ְ doze pilares para as doze tribos
ִ ָעשָרde Israel
ש ְבטֵּי יִש ְָראֵּל׃
Êx 24.4
11. ע ִָרים שֵּש־ ֶעש ְֵּרה ְו ַּחצ ְֵּריהֶן׃dezesseis cidades com suas
aldeias
Js 15.41
a As dezenas, formadas a partir das unidades, não são flexionadas em gênero, mas sempre
acrescentam o sufixo masculino plural ־ ִָ ים: ‘ עֶשְ ִריםvinte,’ שים
ִ ‘ שְֹלtrinta,’ etc. Uma
unidade pode preceder (## 1–2, 7) ou seguir (## 3–6, 9–10); as unidades decimais seguem suas
próprias leis de concordância de gênero e de oposição ao item enumerado. Se o item vem
após o numeral, pode estar no singular (## 1–5) ou plural (## 6–7). Se o item enumerado é
plural, pode preceder o numeral (## 8–10); essa construção é preferida nas listagens (## 8–9).
1. שנָה
ָ ששִים
ִ שתֶַּּ֫ י ִם ְו
ְ sessenta e dois anos
Gn 5.20
2. ש ִרים ש ָָנ֑ה
ְ ַּויְחִי נָחֹור תֵֶּּ֫ שַּע ְו ֶעviveu Naor vinte e nove anos …
Gn 11.24
3. שתֶַּּ֫ י ִם עִיר׃
ְ ַאר ָבעִים ּו
ְ quarenta e duas cidades
Nm 35.6
4. ש ֶַּּ֫ני ִם ֶֶּ֫אלֶף
ְ ֶעש ְִרים ּוvinte e dois mil
Jz 7.3
9. שמֹונֶה
ְ ַאר ָבעִים ּו
ְ ע ִָריםquarenta e oito cidades
Js 21.41
b Ordinariamente a junção decimal + unidade funciona como uma entidade única, mas em
alguns exemplos, o substantivo enumerado é repetido com cada elemento da frase numérica
composta.
11. שנָה
ָ ש ְבעִים
ִ שנִים ְו
ָ ָחמֵּשsetenta e cinco anos
Gn 12.4
a Os substantivos para ‘uma centena’ e seus múltiplos de dez são ( ֵּמָאהfem.) ‘cem,’ ֶֶּ֫אלֶף
(masc.) ‘mil,’ e ( ְר ָבבָה ִרבֹוא ִרבֹוfem.) ‘dez mil, uma miríade’. Com estes e os numerais
maiores, os itens enumerados podem seguir o numeral como coletivo singular (## 1–4) ou
como plural (## 5–6).
1. שנָה
ָ בֶן־מְַאת100 anos
Gn 11.10
3. שנָה
ָ בֶן מֵָּאה־100 anos
Gn 17.17
Os numerais maiores são usados no plural como indicadores incertos de grandes magnitudes;
neste uso, o numeral usualmente permanece sozinho.
7. לְַא ְלפֵּי ְר ָבבָהem milhares de dez milhares
Gn 24.60
9. הֵּם ִרבְבֹות ֶאפ ְֶַּּ֫רי ִם ְוהֵּם ַא ְלפֵּיEstes, pois, são os dez milhares
ְמנַּשֶהde Efraim, estes são os milhares
de Manassés.
Dt 33.17
b Os numerais para ‘duzentos’ e ‘dois mil’ estão no dual, מָאתֶַּּ֫ י ִם e ַא ְל ֶַּּ֫פי ִם. Itens
enumerados seguem o numeral no singular (## 10–11) ou no plural (## 12–13).
c Nos cardinais maiores, as unidades recebem seu gênero pela oposição ao número maior:
as unidades de três a dez com מאהe רבבה, etc., têm forma masculina, embora estas
unidades com אלףtenham forma feminina. Esses numerais podem permanecer antes de um
substantivo singular (## 14–15) ou de um substantivo plural (# 16).
Construções coordenadas mistas são encontradas, uma com substantivo no singular, a outra
no plural.
17. ששֶת
ֵּ ֶּ֫ ש ָלשִים ֶֶּ֫אלֶף ֶֶּ֫רכֶב ְו
ְ 30.000 carros e 6.000 cavaleiros
ֲא ָלפִים ּפ ָָרשִים1Sm 13.5
19. ְַארבַּע
ְ שְלשָה ַּו ֲח ִמשִים ֶֶּ֫אלֶף ו53.400
מֵּאֹות׃Nm 1.43
24. ש ֶַּּ֫נים
ְ … כָל־בְכֹור זָכָרTodos os varões primogénitos …
ִ ְו ֶעש ְִרים ֶֶּ֫אלֶף שְֹלשָה ְו22.273
ש ְבעִים
ּומָאתֶָּ֫ י ִםNm 3.43
5. ש ֶַּּ֫ני ִם
ְ ָהעַּמּודִ יםas duas colunas
2Rs 25.16
6. ש ֶַּּ֫ני ִם
ְ ששִים ּו
ִ ש ֻבעִים
ָ ַּהas sessenta e duas semanas
Dn 9.26
15.3.1 Padrões
2Sm 19.44
4. שנָה הָ ְָֽרבִיעִית
ָ ַּבNo quarto ano
2Rs 18.9
5. ִישי
֑ ִ שנָה הָ ְָֽר ִבעִית ב ֶַּּ֫ח ֹדֶ ש ַּה ֲחמ
ָ ַּבno quinto mês do quarto ano
Jr 28.1 Qere
Com outros usos ordinais, os numerais cardinais são usados permanecendo antes do
substantivo enumerado; normalmente nenhum numeral ou substantivo leva o artigo.
6. שנָה
ָ ְַארבַּע ֶעש ְֵּרה
ְ ּובno décimo quarto ano
Gn 14.5
7. שנָה
ָ ְַאר ָבעִים
ְ בno quadragésimo ano
Dt 1.3
15.3.2 Datas
a Há três componentes para uma data na íntegra, cada um deles numérico. Os dois
elementos mais simples, dia e mês, são totalmente considerados (i.e., por um calendário fixo).
O ano é contado usualmente por reinado (p. ex.: 2Rs 25.1) ou por era, por exemplo, do Exílio
na Babilônia (p. ex.: 2Rs 25.27). O dia e o ano são geralmente indicados por números cardinais;
o mês, por ordinais.
p 285 b Se apenas o dia é mencionado, há duas fórmulas comuns. A primeira é usada para
os ordinais do ‘primeiro ao décimo’ e inclui יֹוםcom o artigo, seguido pelo ordinal com o
artigo.
1. בַּּיֹום ה ִָראשֹוןao primeiro dia
Êx 12.16, Nm 7.12
2. שבִיעִי
ְ בַּּיֹום ַּהao sétimo dia
Êx 12.16, Nm 7.48
3. ִירי
ִ בּיֹום ָה ֲעשno décimo dia
Nm 7.66
9. עַּד יֹום ָה ֶאחָד ְו ֶעש ְִרים ל ֶַּּ֫ח ֹדֶשaté ao vigésimo primeiro dia do
mês
Êx 12.18
10. שנִי
ֵּ ב ֲח ִמשָה ָעשָר יֹום ל ֶַּּ֫ח ֹדֶ ש ַּהnodécimo quinto dia do
segundo mês
Êx 16.1
11. שר ֶּ֫ח ֹדֶ ש ְב ֶעש ְִריםָ שנֵּים ָע ְ ִבno duodécimo mês, no
2Rs 25.27
c As fórmulas para o ano somente são semelhantes àquelas apenas para o dia: uma é
usada com os números menores e a outra para todos os demais. Em ambas, שנהé usado
inicialmente no construto. Para os números menores, o numeral cardinal segue o שנת.
16. שנָה
ָ שנַּת שֵּש־מֵּאֹות
ְ ִבno sexto-centésimo ano
Gn 7.11
Ag 1.1
15.4 Multiplicativos
1. שלֵּם׃
ַּ ְ ש ֶַּּ֫ני ִם י
ְ Pagará em dobro
Êx 22.3
2. שנֶה
ְ ֶֶּ֫כסֶף ִמdobro da quantia da prata
Gn 43.12
3. שנֶה־ ֶֶּ֫כסֶף
ְ ִמdobro da quantia da prata
Gn 43.15
5. ש ְבעָתֶַּּ֫ י ִם
ִ sete vezes, sétuplo
Gn 4.15
7. שבַּע
ֶ ֶּ֫ sete vezes
Lv 26.21,24
b
O outro grupo de multiplicativos inclui um número mais outra palavra
convencionalmente traduzida por ‘vez’. Três de quatro palavras ‘vez’ referem-se a membros:
( ֶַּּּ֫פעַּםfem.) ‘pé’ (## 8–11), ( ֶֶּ֫רגֶלfem.) ‘pé’ (# 12), ( י ָדfem.) ‘mão’ (## 13–14); o quarto, מֹנֶה,
ocorre apenas duas vezes e seu sentido é obscuro (# 15).
12. שנָה׃
ָ שָֹלש ְרגָלִים … ַּבtrês vezes … um ano
Ex 23.14
15.5 Frações
1Sm 9.8
Outro padrão usado para frações abaixo de um décimo, envolve o número cardinal no
construto antes da coisa enumerada, com artigo.
a Frases que associam entidades emparelhadas – ‘Um homem, um voto’, ‘Um por todos e
todos por um’ – são chamadas de distributivas. Se a entidade distribuída é uma ação verbal, a
frase distributiva é adverbial. A preposição בpode ser usada com um substantivo repetido
indicando a entidade distributiva.
1. שנָה
ָ וְֹלא־ ֶה ֱעלָה ִמנְחָה … ְכEle não pagava tributo como
2. שנִים תָ בֹוא
ָ ַאחַּת ְלשָֹלשVem uma vez a cada três anos.
1Rs 10.22
b Se a distribuição é de uma entidade a uma entidade, o לpode novamente introduzir a
extensão (## 3–6); a frase para a entidade distribuída pode ser repetida (# 4) ou o todo pode
ser repetido (## 5–6).
3. שבֶט׃
ָ ֶּ֫ אִיש ֶאחָד ַּלum homem para uma tribo
Dt 1.23
5. ֶֶּ֫אלֶף ַּל ַּמטֶה ֶֶּ֫אלֶף ַּל ַּמ ֶ ֑טהmil para cada tribo
Nm 31.4
Gn 7.2
8. ש ֶַּּ֫ני ִם
ְ … ְהֹורה
ָ מִן־ ַּה ְב ֵּהמָה ַּהטDos animais limpos … par por
ְ par virão
ש ֶַּּ֫ני ִם ֶָּ֫באּו
Gn 7.8–9
Êx 31.14
Pv 3.18
Outro grupo de tais expressões usa כ ֹלantes de um singular indefinido. (Antes de um singular
definido kōl geralmente significa um agregado ou totalidade.)
Is 24.10
p 290 16
Pronomes Pessoais
16.1 Pronomes em Geral
3.1 Funções
3.4 Aposição
a Pronomes são palavras que podem significar (Latim pro) um nome (nomen) ou frase
nominal; os principais grupos de pronomes são: pessoais, demonstrativos, interrogativos,
indefinidos e relativos. Diversas expressões podem representar o papel nominativo numa
oração, incluindo nomes (p. ex.: ‘um menino’), frases nominais (‘um menino e uma menina’), e
orações (‘tu sabes que’), como também pronomes (veja 4.4.1). Os gramáticos geralmente
limitam a classe de pronomes aos grupos mencionados. Isto em parte se deve à tradição das
“classes de palavras,” primeiramente reconhecidas pelos gramáticos alexandrinos.
d Uma característica especial dos pronomes pessoais hebraicos é a extensão com que se
refere a pessoas em lugar de objetos, ou mais estritamente, a animados em lugar dos
inanimados. Somente ‘ מִיquem’ é comparavelmente limitado entre os outros pronomes. Nos
encaixes de primeira e segunda pessoa a limitação a animados é completa, e o encaixe na
terceira pessoa é quase perfeito.
e Os pronomes pessoais têm sido citados em vários exemplos nos capítulos anteriores,
porém são os assuntos especiais deste capítulo. Nos capítulos posteriores os outros grupos
pronominais serão tratados (Caps. 17–19).
a Antes de voltar ao tópico dos usos dos pronomes de forma isolada, devemos fazer
algumas observações sobre suas formas.
singular plural
16.3.1 Funções
1. זֹונה
ָ ֶּ֑֫ וְהּוא בֶן־ ִאשָהEle era o filho de uma
prostituta [‘ele’ em lugar de
‘Jeftá’]
Jz 11.1
2. וְהּוא ֶַּּ֫נעַּרEle
era um jovem rapaz [‘ele’
em lugar de ‘José’]
Gn 37.2
c Nas seções seguintes lidaremos com os pronomes pessoais independentes tanto nos
padrões substitutivos como enfáticos. Primeiro, as principais classes de orações, verbais ou
sem verbos, serão discutidas (16.3.2–3); então a função aposicional será tratada (16.3.4).
Alguns padrões secundários serão abordados por último (16.3.5).
a Uma forma verbal finita no hebraico é intrinsecamente marcada por pessoa, número, e,
onde relevante, o gênero: יְצְאּו é terceira pessoa, plural, masculina. Se um pronome
independente tivesse de ser usado com este verbo, sua ocorrência precisaria de alguma
explicação: tanto יֵּצְאּו הֵּםquanto יְצְאּו הֵּםparecem ter mais do que é necessário. Dois tipos
de explicação são antecipadas para essas estruturas gramaticais, nenhuma delas
completamente adequadas. Uma parte delas refere-se ao pleonasmo, literalmente,
exuberância; é duvidoso que qualquer elemento lingüístico principal possa ser
verdadeiramente supérfluo ou redundante. A segunda parte de explicações refere-se à ênfase:
tais explicações podem ser falhas como sendo excessivamente vagas, mas são suscetíveis de
refinamento e reconsideração.
p 294 b Há três razões por que um pronome independente é usado com um verbo finito;
em todas elas a seguinte ordem de palavras é possível de ser encontrada: pronome + verbo e
verbo + pronome, embora a primeira forma seja muito mais comum. A primeira razão envolve
uma abertura sintática na língua – isto não é nem um pleonasmo nem uma função enfática. Os
outros dois envolvem contraste lógico e foco psicológico – ambos podem ser chamados
vagamente de enfático.
c Uma abertura no sistema sintático surge porque o verbo não necessita estar
completamente marcado pelo sujeito. Eis duas orações:
Jz 11.8
Em ambos os casos o verbo concorda com o sujeito. O seguinte período também é possível,
embora não-certificado e assim marcado com*.
3. *ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר יִפְתָ ח ְוז ִ ְקנֵּי גִ ְלעָדE Jeftá e os anciãos de Gileade
disseram…
Este tipo de oração é impossível (e é deste modo marcado com \**): nesses exemplos, o
pronome independente deve ser usado para formar o sujeito coordenado.
5. *ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר הּוא ְוז ִ ְקנֵּי גִ ְלעָדE ele e os anciãos de Gileade
disseram …
O pronome aqui não é pleonástico ou enfático; serve meramente para representar o referente
do pronome como o ator principal entre outros atores.
Gn 7.1
8. ֵּשד
ְ וַּתֶָּ֫ קָם הִיא ְוכַֹּּלתֶֶּ֫ י ָה וַּתֶָּ֫ שָב ִמEla (Noemi)
e sua nora
֑ ָ levantaram-se
מֹואב e retornaram
dos campos de Moabe.
Rt 1.6
ְ ְו ִאsua esposa.
שתֹו
Gn 13.1
10. ַּוּי ָבא י ִתְ רֹו ח ֹתֵּ ן מֹשֶה ּו ָבנָיוE Jetro, sogro de Moisés, e seus
filhos vieram.
Êx 18.5
Êx 20.19
12. … ִיתפֶל
ֶּ֫ כָז ֹאת ְוכָז ֹאת יָעַּץ ֲאחAitofel tem aconselhado … a
ְוכָז ֹאת ְוכָז ֹאת י ָ ֶַּּ֫עצְתִ י ָאנִי׃fazer tal e tal, mas eu os
aconselhei a fazer assim e
assim.
2Sm 17.15
13. ָאנֹכִי ָח ֶָּ֫טאתִ י וְָאנֹכִי ֶה ֱע ֶּ֫ ֵּויתִ יEu sou o que pequei, eu tenho
ְו ֵֶּּ֫אלֶה ֶַּּ֫הצ ֹאן מֶה ע ָ֑שּוiniquamente obrado; porém
estas ovelhas que fizeram?
2Sm 24.17
15. הּוא י ְשּופְָך ר ֹאש ְו ַּאתָ הEle esmagará tua cabeça, mas
תְ שּו ֶֶּ֫פנּו ָעקֵּב׃tu ferirás o seu calcanhar
Gn 3.15
Em outros exemplos, a antítese está somente implícita; a outra, a parte contrastante não é
mencionada.
Gn 14.23
Jz 14.3
p 296 18. שְֹלמ ֹה ְבנְֵּך יִמְֹלְך אח ָ ֲ֑רי וְהּואSalomão seu filho deve ser rei
יֵּשֵּב עַּל־ ִכ ְסאִי׃depois de mim, e ele se sentará
em meu trono [ninguém mais].
1Rs 1.17
e Aqui o terceiro grupo de exemplos relevantes envolve foco psicológico; a maior parte
desses envolve a primeira e a segunda pessoas do pronome. Em relação a este grupo,
Takamitsu Muraoka faz referência a uma “forte carga emocional” e uma “atenção focalizada
ou uma profunda auto-consciência”. A maioria dos exemplos envolve a primeira pessoa, em
um estado de elevação arrebatadora (#19), ou de meditação profunda (# 20), ou em lampejos
de auto-afirmação (## 21–24).
19. ירה
ָ שִ ֶּ֫ ָאנֹכִי לַּיהוה ָאנֹכִי ָאEu cantarei a YHWH.
Jz 5.3
20. דִ ֶַּּ֫ב ְרתִ י ֲאנִי עִם־ ִלבִיEu pensei comigo.
Ec 1.16; cf. 2.1
Gn 16.5
22. ָאנֹכִי ֶא ְהי ֶה ָלכֶם לְר ֹאש׃Eu realmente serei seu chefe.
Jz 11.9
2Cr 6.2
1Rs 21.7
Uma antítese pragmática surge nos exemplos de responder perguntas e fazer promessas.
26. ש ֵּבעַּ׃
ָ ש ְבעָה לִי … ָאנֹכִי ִא
ָ ִהJura-me … Eu juro.
Gn 21.23–24
27. מִי־י ֵֵּּרד ִאתִ י … ֲאנִי א ֵֵּּרד ִע ָמְך׃Quem descerá comigo…?… Eu
descerei com você.
1Sm 26.6
Nos exemplos de segunda pessoa, o pronome indica atenção fortemente focalizada; o falante
pode estar dando uma ordem ou pode preparar uma pergunta.
28. ְו ַּאתֵֶּּ֫ נָה י ְדַּ ע ֶ ְ֑תן כִי ְבכָל־כ ֹחיTu sabes que eu servi teu pai
30. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר ַּה ֶֶּ֫מלְֶך לְדֹוי ֵּג ס ֹב ַּאתָ הEntão disse o rei a Doegue,
“ו ְפגַּע בַּכ ֹ ֲהנִי֑ ם ַּוּי ִס ֹב דֹוי ֵּג ָה ֲאדֹמִיVira-te tu, e arremete contra
os sacerdotes”, e Doegue, o
ַּוּי ִ ְפגַּע־הּוא בַּכ ֹ ֲהנִיםedomita, tornou-se e ele se
arremeteu contra os
sacerdotes.
1Sm 22.18
a Há dois tipos de orações sem verbo: identificadora (a ordem básica sendo: sujeito-
predicado) e classificadora (a ordem básica sendo: predicado-sujeito). A terceira pessoa do
pronome independente pode ser usada na oração sem verbo assim como uma cópula ou um
pronome pleonástico, e já discutimos anteriormente a análise de tal função (8.4). Nesta seção,
recapitulamos nosso tratamento e consideramos o papel do pronome em particular.
1Rs 18.39
Dt 31.8
p 298 Nessa construção de foco, o sujeito/foco, pode ser um pronome (primeira ou segunda
pessoa).
7. ש ֶֶּ֫עיָך
ָ ָאנֹכִי אָֹנֹכִי הּוא מֹחֶה ְפEu, eu mesmo, sou o que apago
as tuas transgressões
Is 43.25
As construções de foco também podem ser usadas quando houver uma mudança no centro de
atenção.
9. ַּוּי ֶָּ֫ב ֹאּו ְבנֵּי יִש ְָראֵּל … וְיֹוסֵּףE os (outros) filhos de Israel
ַּ הּוא ַּהvieram … mas José era o
שלִיט עַּל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ
governador da terra.
Gn 42.5–6
10. ַּוּיִהְיּו ְבנֵּי־נ ֹ ַּח … שֵּם ְוחָם ָו ֶּ֑֫ ָיפֶתOs filhos de Noé eram … Sem,
ְוחָם הּוא ֲאנִי ְכ ֶָּ֫נעַּן׃Cão e Jafé. Cão era o pai de
Canaã
Gn 9.18
Nm 1.4
Aqui, novamente, sob uma análise de casus pendens, o mecanismo gramatical é mais fácil de
compreender: o sujeito básico ou subjacente é um marcador de foco (aqui, )אִיש, e o resto da
oração tem a estrutura sujeito-predicado (aqui, )ר ֹאש … הּוא. O foco/sujeito tem
novamente uma força “exclusiva-seletiva”.
12. כָל־ה ֶָּ֫ע ֹשֶר … ֶָּ֫לנּו הּוא ּו ְל ָב ֵֶּּ֫ני֑ נּוToda a riqueza … é nossa, como
também nossas crianças.
Gn 31.16
Gn 34.23
Êx 32.16
p 299 16. ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֲאשֶר ָע ֶַּּ֫ב ְרנּו בָּה לָתּורA terra nós exploramos – ela
ְ א ֹתָ ּה ֶֶּ֫א ֶרץ א ֹ ֶֶּ֫כלֶת יֹוdevora os seus moradores.
שבֶי ָה הִיא
Nm 13.32
Orações de classificação podem ter a ordem rara, predicado-sujeito ou, com um pronome,
predicado-pronome-sujeito.
16.3.4 Aposição
a Quando um pronome pessoal independente fica em aposição a um pronome sufixado,
ele cumpre um papel enfático. O pronome sufixado pode ser um genitivo ligado a um
substantivo (## 1–4) ou uma preposição (## 5–8).
1. ּו ִפג ְֵּריכֶם ַּא ֶ ֑תם יִּפְלּו ַּב ִמדְ ָברVossos cadáveres malditos
2. ש ֵֶּּ֫נינּו ֲא ֶַּּ֫נחְנּו
ְ ש ֶַּּ֫בעְנּו
ְ ִ ֲאשֶר נo que juramos, ambos
1Sm 20.42
3. מִי־י ִתֵּ ן מּותִ י ֲאנִי תַּ חְתֶֶּ֫ ָךQuem me dera que eu morrera
por ti.
2Sm 19.1
5. ֹלא אֶת־אֲב ֹתֵֶּּ֫ ינּו כ ַָּרת יהוה את־Não foi com nossos pais que fez
ַּהב ְִרית ה ַּ֑ז ֹאת כִי ִאתָ נּו ֲא ֶַּּ֫נחְנּוo SENHOR esta aliança, mas
conosco
Dt 5.3
1Rs 1.26
8. שבֶת ְבבָתֵּ יכֶם ֶ ֶּ֫ ַּהעֵּת ָלכֶם ַּאתֶ ם ָלAcaso, é tempo de habitardes
סְפּו ִנ֑ים ְו ַּה ֶַּּ֫בי ִת ַּהז ֶה ח ֵָּרב׃vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece
em ruínas?
Ag 1.4
p 300 Menos freqüentemente, o pronome sufixado com a aposição é um sufixo verbal numa
função acusativa.
9 כִי־ ַּצ ְמתֶ ם … הֲצֹום ַּצמְתֶֻּ֫ נִיQuando jejuastes, era para mim
que jejuastes?
Zc 7.5–6
Is 45.12
a Sob esta rubrica geral são consideradas três funções totalmente distintas dos pronomes
pessoais independentes: com partículas, como um neutrum referente a um antecedente não
específico, e como um marcador prepositivo de nomes. As duas últimas dessas funções
envolvem somente as formas da terceira pessoa.
1. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר יהוה ִהנֵּה הּוא נֶ ְחבָאYHWH disse: “Eis que ele se
2. כ ֹה ָאמַּר יהוה ִהנֵּה ֲאשֶר־ ָב ִֶּ֫ניתִ יYHWH disse isto: “Eis que eu
ֲאנִי ה ֵֹּרסconstruí, Eu derribarei.”
Jr 45.4
3. וַּּי ֹא ֶמרּו ֵּאלָיו ִהנֵּה ַּאתָ ה ז ָ ֶַּּ֫קנְ ָתDisseram-lhe, “Eis que tens
envelhecido!”
1Sm 8.5
p 301 Nesses exemplos em que o pronome pessoal ocorre depois de גַּם (ou, menos
freqüentemente, )ַאף, se está em aposição a um sujeito (# 5) ou numa construção casus
pendens (# 6), eles não têm ênfase especial, e a partícula significa um pouco mais do que
‘também’. A força do pronome pode estar mais acentuada se ficar em aposição a um objeto
preposicional (# 7), um objeto verbal (# 8), ou um sufixo possessivo (# 9); veja 16.3.4a.
1Sm 19.23
Gn 27.34
11. ָאבִיו וְאמֹו ֹלא י ָדְ עּו כִי מֵּיהוהOs seus pais não souberam que
הִיאisto vinha de YHWH
Jz 14.4
Outros modos podem ser usados para expressar o neutrum; observe, no seguinte exemplo,
ז ֹאת.
12. שבָה לָדַּ עַּת ֑ז ֹאת ָעמָל הּואְ ָו ֲא ַּחQuando eu tentei entender
ְבעֵּינָי׃tudo isso, isso era doloroso
para mim.
Sl 73.16 Qere
d Finalmente, הּואprecede um nome pessoal somente nos livros pós-exílicos e tem a força
de ‘o mesmo’, sem ênfase especial.
13. ֶזרא
ָ הּוא עo mesmo Esdras [retoma ao
sujeito perdido no caminho
depois de uma longa
genealogia]
Ed 7.6
1Cr 26.26
a As funções dos sufixos pronominais são o nosso principal interesse aqui, porém algumas
explicações acerca de sua morfologia pode ser útil para começar.
singular plural
Is 3.16
Gn 26.15
p 303 Sufixos singulares podem ter uma referência coletiva (# 3), e, contrariamente, sufixos
plurais podem ser usados depois de coletivos singulares (# 4; 7.2.1b).
ְ וquatro colunas
ְַאר ָבעָה יִק ְָר ֶֶּ֫ע ָה (pl.), (o rei) os
cortou (sing.).
Jr 36.23
4 גֵּר י ִ ְהי ֶה ז ְַּרעֲָך ְב ֶֶּ֫א ֶרץ ֹלא ָלהֶםTeus descendentes (sing.) serão
estrangeiros (sing.) em uma
terra não sua própria (pl.).
Gn 15.13
d Os sufixos genitivos servem a mesma gama de propósitos como outros genitivos (9.5),
embora os propósitos adjetivais são raramente relevantes. São encontrados os sufixos
genitivos subjetivos, de agência (# 5), autoria (# 6), e relação (# 7; 9.5.1).
6. ב ְִריתיminha aliança
Gn 9.9
7. שתֹו
ְ ִאsua mulher
Gn 2.25
Sufixos genitivos adverbiais podem representar um objeto direto (## 8–9) ou um objeto
indireto (## 10–12; 9.5.2).
Gn 4.23
Gn 16.5, Jr 51.35
Êx 2.9
Gn 39.21
Jz 4.9
O sufixo pronominal varia com frases preposicionais em l, que também indica posse.
Raramente, um substantivo é marcado para posse com um sufixo tanto para uma frase
preposicional (# 13) como para uma frase relativa (## 14–15).
15. שלִי
ֶ כ ְַּרמִיa própria carruagem de
Salomão
Ct 3.7
Quando um sufixo pronominal se referir a um substantivo numa série que não pode ser
sufixada, outras construções, tais como aposição (## 21–22) ou acusativo de especificação (#
23), são usadas para se ajustar às modificações desejadas.
Gn 37.23
Gn 17.6
O neutrum ou referente vago pode ser marcado com um sufixo pronominal objetivo,
usualmente feminino. A ação ou estado é descrito normalmente na(s) oração(ões)
precedente(s).
Is 47.7
34. ַּו ִֶּּ֫יעַּש לֹו אֵּהּוד ֶֶּ֫ח ֶרבEude fez para si uma espada.
Jz 3.16
35. ַּוּיָבֵּא א ֹתָ ּה ֵּאלָיו אֶל־הַּתֵּ בָה׃E trouxe isto (a pomba) para ele
mesmo na arca.
Gn 8.9
Is 3.9
Êx 5.7
38. ַּוּי ְִראּו שֹט ְֵּרי ְבנֵּי־יִש ְָראֵּל א ֹתָ םOs capatazes dos israelitas
Êx 5.19
p 306 17
Demonstrativos
17.1 Introdução
17.2 Morfologia
17.5 Quase-Demonstrativos
17.1 Introdução
a Os demonstrativos são palavras dêiticas independentes que podem ser usadas como
pronomes, tomando o lugar de um substantivo, ou como adjetivos, ao qualificar ou determinar
um substantivo. As palavras dêiticas indicam, ou chamam a atenção para alguém ou alguma
coisa (13.1). Os demonstrativos se dividem em duas séries. Os demonstrativos “próximos” ou
“imediatos” referem-se a alguém ou a alguma coisa que está relativamente próxima ao falante
ou relativamente vívida na imaginação. Os demonstrativos “distantes” ou “remotos” referem-
se a alguém ou alguma coisa relativamente distante. Os demonstrativos próximos no
português são ‘este, esta, isto,’ e os distantes são ‘esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo’;
ambos são flexionados em gênero e número. O hebraico tem uma classe de demonstrativos
verdadeiros, aqueles com o elemento z e אלה, utilizando-se dos pronomes na terceira pessoa
como quase-demonstrativos; o conjunto z tem uma referência de proximidade (## 1, 3–4) e o
pronome pessoal uma referência de distância (# 2). Ambos servem em papéis adjetivais (## 1–
2); o conjunto z tem, também, um uso estritamente pronominal (## 3–4).
1. ֶַּּ֫בעַּל ַּהחֲֹלמֹות ַּה ָלז ֶהeste sonhador
Gn 37.19
p 307 3. ‘לְז ֹאת יִק ֵָּרי ִאשָה כִי ֵּמאִישMulher’ será utilizado para
ֻל ֳקחָה־ז ֹאת׃designar esta porque esta foi
tomada do homem.
Gn 2.23
17.2 Morfologia
perto longe
3. ִהנֵּהeis
4. ֵֶּּ֫הנָהpara cá
5. ַּאְךcertamente
6. ָאכֵּןde modo a
7. כ ֹהaqui
8. כֵּןassim
Outros advérbios que possuem força demonstrativa são ‘ ָאזentão’, ‘ שָםlá’, e שמָה
ָ ֶּ֫ ‘para lá’.
O artigo (13.5.2b) e ( את10.3) também são palavras dêiticas que tendem a ser demonstrativas.
b A primeira diferença entre os grupos envolve diversidade de caso: זהpode ser usado em
todas as funções: nominativas (## 1–2), genitivas (## 3–4) e acusativas (## 5–6).
Nm 30.2
3. ש ֻב ַּע ז ֹאת
ְ a semana desta
Gn 29.27
Gn 24.65
Jz 7.4
p 309 Por contraste, זהé usado tanto para o objeto ‘próximo’ como para o objeto ‘distante’
quando um par é justaposto.
1Rs 3.23
Jó 1.16
ההואnunca é usado desse modo.
d O terceiro argumento envolve a referência de direção. O demonstrativo verdadeiro זה
pode ser usado para uma referência anterior (anáfora; # 11) ou posterior (catáfora; # 12).
11. ש ַּבעְתִ י
ְ ִז ֹאת ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֲאשֶר נEsta é a terra de que jurei a
לְַאב ְָרהָםAbraão.
Dt. 34.4; cf. vv 1–3
Gn 36.27
הואe ההוא, por outro lado, referem-se apenas aos que os precedem.
e Quando הואfor limitado como atributivo, ele sempre reterá uma força dêitica maior do
que ההוא. Compare, por exemplo, Jr 25.13 ההִיא ַּ ‘( ָה ֶָּ֫א ֶרץaquela terra’, da qual temos
falado) com o v. 9 ה ֶָּ֫א ֶרץ הַּז ֹאת
ָ (‘esta terra’, onde Jeremias se encontra).
a זהe seus equivalentes podem estar agrupados a outras palavras num período como um
equivalente nominal, em qualquer função gramatical, ou como um atributivo. Já citamos
exemplos da primeira construção (veja 17.3b); precisamos apenas comentar acerca do uso
atributivo. Como um atributivo זהé usado de três maneiras diferentes. Pode ser usado como
um adjetivo atributivo (i.e., com o artigo e após o termo principal; ## 1–2) ou como um
adjetivo predicativo (i.e., sem o artigo e antes do termo principal; ## 3–5).
3. ז ֶה מֹשֶהeste Moisés
Êx 32.1
5. שדִ ים ז ֶה ָהעָם
ְ הֵּן ֶֶּ֫א ֶרץ ַּכOlhe para a terra da Babilônia,
este povo.
Is 23.13
6. א ֹת ֹתַּ י ֵֶּּ֫אלֶהestes
(coisas), meus sinais
miraculosos
Êx 10.1
7. ש ֻבעָתִ י ז ֹאת
ְ ִמdeste, meu juramento
Gn 24.8
Js 2.20
2. קּום כִי ז ֶה הַּּיֹום ֲאשֶר נָתַּ ן יהוהVá - este é o dia que YHWH
ֶאת־סִיס ְָרא ְבי ָדֶֶּ֫ ָךentregou Sísera em tuas mãos
Jz 4.14
Gn 2.23
A frase היום הזהé quase invariavelmente adverbial. Ela especifica o tempo quando ocorre
uma ação (# 4) sendo, assim, equivalente ao היוםadverbial (13.5.2b).
Para datar eventos, היום ההואé geralmente usado para eventos passados e futuros,
enquanto ( היום הזהou )בעצם היום הזהé reservado para o tempo presente; o dêitico de
proximidade pode, contudo, ser usado para referir-se a um tempo longínquo (# 5).
Js 14.10
2Sm 14.2
O dêitico simples pode referir-se também a pessoas; em tais casos, a língua portuguesa tende
a usar um pronome pessoal.
9. כִי־ק ָָרא יהוה ִלשְלשֶת ַּה ְמ ָלכִיםTem YHWH nos chamado três
ָה ֵֶּּ֫אלֶהreis juntos …?
2Rs 3.10
Este pode ser enfraquecido a partir do dêitico verdadeiro para caracterizar algo.
Sl 24.6 Qere
d Semelhante ao papel do dêitico simples é o uso emparelhado de זה…זה citado
anteriormente (17.3c).
Is 6.3
13. וַּּיֶּ֫ אמֶר ז ֶה בְכ ֹה ְוז ֶה אֹמֵּר בְכ ֹה׃Um sugeriu isto e outro aquilo.
1Rs 22.20
e Na fluência do discurso, זהpode ter uma força dêitica relativa (17.3d), referindo-se a
substantivos, ainda que antecedendo-os (uso anafórico; ## 14–15) ou seguindo-os (uso
catafórico; ## 16–18).
Gn 9.16–17
Gn 40.12
17. ְועַּתָ ה ז ֶה הַּדָ בָר ֲאשֶר נַּ ֲעשֶהPorém isto é o que faremos a
Nm 3:1
a Três usos de זהfogem da faixa usual de demonstrativos: como um pronome neutro, com
um antecedente incerto; como um enclítico com exclamações; e como um pronome relativo.
3. ִיתפֶל ֶאת־
ֶּ֫ כָז ֹאת ְוכָז ֹאת יָעַּץ ֲאחAitofel aconselhou Absalão … a
ַא ְבשָֹלם … ְוכָז ֹאת ְוכָז ֹאתfazer assim e assim e eu os
aconselhei fazer tal e tal
תָ ֶַּּ֫עצְתִ י ֶָּ֫אנִי׃
2Sm 17.15
Gn 27.20
1Rs 21.5
1Sm 10.11
2Rs 3.8
10. ְו ִהנֵּה־ז ֶה ַּמ ְלאְָך נֹגֵּ ַּע בֹוOlhe [aqui], um anjo o tocou.
1Rs 19.5
quais uma oração relativa é estabelecida por ( זהou o relativo próximo ;זּו19.5). A maioria
deles é poético.
Jz 20.16
17.5 Quase-Demonstrativos
1. ַּנֹורא
ָ אֵּת כָל־ ַּה ִמדְ בָר ַּהגָדֹול ְוהaquele grande e terrível deserto
הַּהּואDt 1.19
3. וְֹלא־יָכְלּו ַּלעֲש ֹת־ ַּה ֶֶּּ֫פסַּח בַּּיֹוםMas alguns deles não puderam
֑ celebrar a páscoa naquele dia.
ההּוא
Nm 9.6
ב ְִריתaliança.
Gn 15.18
5. ַּו ֶָּּ֫י ָרץ אִיש־ ִבנְיָמִן ֵּמ ַּה ַּמע ֲָרכָהUm benjamita correu da linha
ַּוּי ָב ֹא שִֹלה בַּּיֹומ ה ַּ֑הּואde batalha e veio a Siló no
mesmo dia.
1Sm 4.12
1Sm 8.18
Is 3.7
Is 5.30
p 315 18
Interrogativos e Indefinidos
18.1 Introdução
1. Moisés viajou?
Os dois tipos mais comuns de perguntas diferem no português pelo fato de que as perguntas
de fato são formadas pelas variações na ordem de palavras, enquanto as perguntas de
circunstâncias envolvem palavras de um grupo especial, ou palavras interrogativas – quem,
onde, o que, quando, por que, como. Perguntas alternativas são semelhantes a perguntas de
fato, já as perguntas exclamativas e de retórica (dois tipos de pseudo-perguntas) são como
perguntas de circunstâncias.
b A classe de palavras – quem, onde, o que, quando, por que, como – não é usada somente
em perguntas; estas palavras podem ser encontradas em outros tipos de períodos (## 11–16).
c Com esses fatos da língua portuguesa em mente, vamos retornar ao uso do hebraico. O
hebraico possui vários tipos de perguntas, como o português: perguntas de fato (# 17),
perguntas de circunstância (# 18), perguntas alternativas (# 19), perguntas exclamativas (# 20)
e perguntas retóricas (#21).
18. ְו ֶָּ֫למֶה י ֵַּּרע ְלב ֵּ ָ֑בְךPor que o teu coração está mal?
1Sm 1.8
1Rs 22.15
Nm 24.5
Êx 15.11
p 317 e O pronome animado é ;מיcomo מה, מיé invariável quanto ao gênero e número.
(Assim, a variação nominal costumeira no hebraico masculino/feminino e singular/plural é
substituída na categoria interrogativo-indefinida pela variação animado/inanimado). מי é
encontrado em todas as três funções de caso, no nominativo (# 22), no genitivo (## 23–24) e
no acusativo, sempre com ( את# 25).
25. שלַּח
ְ ֶאת־מִי ֶאQuem enviarei eu?
Is 6.8
O pronome inanimado é ;מהa vocalização varia. Essencialmente, a forma é מָהantes de א, ה
e מֶה ;רantes de הe ;עe מַּהnos demais casos, com a duplicação da consoante seguinte.
Qualquer que seja a vocalização, מהpode tomar o maqqeph. Esse pronome também é
encontrado nas três funções de caso, no nominativo (# 26), raramente no genitivo (## 27–28),
e no acusativo (# 29), nunca com את.
26. שעִי
ְ מַּה־ ִּפQual é meu crime?
Gn 31.36
Jr 8.9
p 318 מהàs vezes ocorre com um substantivo que está separado formalmente dele, mas que
está sintaticamente relacionado como um acusativo de especificação (## 30–31).
1Sm 26.18
31. ּומַּה־ּי ֶש־לִי עֹוד צְדָ קָהQue (quanto ao) direito tenho
eu?
2Sm 19.29
b O uso interrogativo de מיcomo um predicado numa oração sem verbo pode servir para
obter uma identificação (‘Eu sou Moisés’) ou uma classificação (‘Eu sou um israelita’).
1. ִי־את
֑ ָ מQuem é você (identificação)?
Rt 3.9
Gn 24.65
Is 60.8
1Sm 17.55
1 Sm 22.14
2Rs 6.11
Is 36.20
c A maior parte das orações que temos considerado até aqui nesta seção são orações
simples. Uma oração interrogativa com מיpode reger outra oração (cf. # 3).
12. מִי ַּאתָ ה ק ֶָָּ֫ראתָ אֶל־ ַּה ֶֶּ֫מלְֶך׃Quem és tu, que bradas ao rei?
1Sm 26.14
13. ָאנ ֹכִי כִי ֵּאלְֵּך אֶל־ּפ ְַּר ֑ע ֹה
ֶּ֫ מִיQuem sou eu, que vá a Faraó?
Êx 3.11
Uma oração interrogativa com מיpode também estar embutida em outra oração; a oração
embutida é uma pergunta indireta.
15. ֹלא י ָדֶַּּ֫ עְתִ י מִי ָעשָה ֶאת־ ַּה ָדבָרEu não sei quem fez isto.
ַּה ֶז֑הGn 21.26
Esse uso às vezes é chamado de “o uso relativo” e apresenta uma combinação de um relativo
com sentido interrogativo.
d A maior parte das ocorrências de מי refere-se a pessoas de um modo direto, mas
algumas referências não são tão claras. Quando uma coisa está intimamente associada com a
pessoa ou se está imaginando com a idéia de uma pessoa, ou em que as pessoas são
reconhecidas e subentendidas, מיpode ser usado. Por exemplo, ‘Qual é o seu nome?’ pode
ser expresso por ש ֶֶּ֫מָך
ְ מִי, porque o nome é concebido como um substituto para a p 320
pessoa. Entretanto, em face da inquirição ser sobre alguma coisa (## 17–19) ou alguma
condição, etc. (## 20–21), a língua portuguesa exige outros interrogativos: ‘o que (cf. # 14),
como, onde,’ etc.
17. ש ֶֶּ֫מָך
ְ מִיQual é teu nome
(identificação)?
Jz 13.17
19. מִי ָאנֹכִי … ּומִי בֵּיתִ יQuem sou eu… e qual é a minha
família…?
2Sm 7.18
Rt 3.16
Mq 1.5
Em contraste, מהpode ser usado quando se tem mais em vista a circunstância do que a
pessoa.
24. ָ־רא
ֵּ מִי־יqualquer um que for medroso
Jz 7.3
Êx 32.26
Êx 24.14
Os 14.10
A unidade relativa אשרpode seguir ( מי# 28 ) ou até mesmo האיש ( מי## 29–30).
p 321 28. שר ָ ָֽחטָא־לִי ֶא ְמ ֶֶּ֫חנּוֶ מִי ֲאQuem pecou contra mim eu o
ִמ ִספ ְִרי׃riscarei de meu livro.
Êx 32.33
Jz 10.18
30. מִי־ ָהאִיש ֲאשֶר ָבנָה ֶַּּ֫בי ִת־חָדָ שQuem construiu uma casa nova
…… יֵּלְֵּךo deixe ir [lar].
Dt 20.5
O indefinido מי pode ser usado absolutamente (sem a oração relativa seguinte) e como
vocativo.
31. ש ְמרּו־מִי
ִ Tenha cuidado, quem quer que
[possa ser].
2Sm 18.12
2Sm 23.15
2Sm 15.4
Dt 28.67
p 322 g Perguntas retóricas não visam obter informação, mas dar informação com
emoção. Propriamente falando, este uso deveria estar relacionado a figuras de linguagem. O
uso retórico do pronome interrogativo מי, porém, para auto-comiseração ou para ofensa
ocorre dentro de uma sólida estrutura gramatical sendo, portanto, considerado aqui. De
acordo com George W. Coats, os dois elementos estruturais neste padrão são
Este padrão pode envolver, como observado, a auto-comiseração (# 38; cf. # 13) ou a ofensa
(## 39–41).
38 מִי ָאנֹכִי … כִי־ ֶא ְחי ֶה חָתָ ןQuem sou eu… que eu deva ser
ַּל ֶֶּ֫מלֶָךgenro do rei?
1Sm 18.18
Êx 5.2
1Sm 17.26
Um uso generalizado deste padrão envolve rebaixar todas as pessoas, inclusive o que fala,
usualmente em contraste implícito a Deus.
a A gama de usos de מהé maior do que מי, porque מהfreqüentemente vem associado a
preposições. Os tipos de usos são, porém, comparáveis: os padrões interrogativos e
indefinidos são básicos, enquanto que várias estruturas exclamativas e retóricas são dignas de
nota.
ַּהז ֶה׃isto?
Gn 20.10
O pronome pode estar especificado mais adiante por um acusativo de especificação (18.1e).
5. ּומַּה־ ְבי ָדִ י ָרעָה׃Que (quanto a) maldade se
acha nas minhas mãos?
1Sm 26.18
Jr 2.5
8. שבִים ּפ ֹה
ְ ֹ מָה ֲא ֶַּּ֫נחְנּו יPor que deveríamos ficar aqui?
2Rs 7.3
1Rs 21.5
Numa oração interrogativa sem verbo, מה pode ser usado com o lamed de interesse
(vantagem ou desvantagem); a pergunta diria respeito vagamente ao objeto de l ou a uma
forma elipticamente definida. O objeto geralmente é pessoal (# 10–15); objetos duplos são
encontrados (## 15–16).
Gn 21.17
1Sm 11.5
Sl 50.16
Jz 11.12
Uma construção assim pode receber uma referência a um tempo passado com o verbo hyy
(#17).
1Sm 10.11
מה
c Com preposições interrogativas, assume diversos sentidos. A combinação mais
comum é ‘ למהpor que?’, as vezes com זה.
21. ְועַּתָ ה מֵּת ֶָּ֫למָה ז ֶה ֲאנִי צָםAgora que está morto, por que
deveria jejuar?
2Sm 12.23
Em alguns casos, למה é usado num modo quase-retórico, introduzindo uma alternativa
indesejável: ‘Faça alguma coisa; ‘ = ’… למהpor que alguma coisa acontecerá?’ > ‘para que algo
aconteça?’ ou ‘caso contrário algo acontecerá.’
1Sm 19.17
Ec 5.5
Ct 1.7
p 325 d As outras preposições uniliterais combinam-se também com במה ׃מהsignifica tanto
‘em, em que?’ (# 26) quanto ‘como?’ (# 27) e כמהsignifica ‘quantos?’ (# 28) e ‘quanto?’.
26. שכָב
ְ ִ ַּבמֶה יEm que se deitará ele?
Êx 22.26
Na combinação com עַּד, o pronome tem o sentido de ‘quanto tempo?’ (## 29–30) e com עַּלo
sentido de ‘baseado em que, por que?’ (## 31–32).
Sl 4.3
Sl 79.5
Is 1.5
35. ְונ ְִראֶה מַּה־ּיִהְיּו חֲֹלמ ֹתָ יו׃Então veremos o que lhe darão
os sonhos
Gn 37.20
36. ַּה־טֹוב
֑ ִהגִיד לְָך ָאדָ ם מEle te mostrou, ó homem, o que
é bom.
Mq 6.8
Jz 16.5
39. כִי אִם־י ִ ְהי ֶה ְל ֶָּ֫בע ֵָּֽר ֶָּ֫ק ִי֑ן עַּד־מָהO queneu será consumido
ְ ִ ַּאשּור תquando Assur o levar cativo.
ש ֶֶּ֫בָך׃
Nm 24.22
43. מָה ֶאתֶ ן ז ֶה ִל ְפנֵּי ֵֶּּ֫מָאה ִ ֑אישComo hei de eu pôr isto diante
de cem homens!
2Rs 4.43
Gn 27.20
Nm 23.8
Sl 78.40
47. כִי מָה ַּעבְדְ ָך ַּה ֶֶּ֫כלֶב כִי י ַּ ֲעשֶהQue é teu servo, este cão, que
הַּדָ בָר ַּהגָדֹול ַּה ֶז֑הdeverá fazer esta grande coisa?
2Rs 8.13
Sl 8.5
Outro uso envolve perguntas retóricas que esperam uma resposta fortemente negativa.
50. שתֶה׃
ְ ִמַּה־נO que havemos de beber? (i.e.,
Não temos nada para beber.)
Êx 15.24
1Rs 12.16
18.4 Partículas Locativas e Formas Relacionadas
1. ָאהיָך
֑ ִ ֶּ֫ אֵּי ֶֶּ֫הבֶלOnde está teu irmão Abel?
Gn 4.9
2. ֱֹלהימֹו
֑ ֵּ ֶּ֫ אֵּי אOnde
estão os seus deuses
(pergunta retórica)?
Dt 32.37
Is 50.1
איpode também ser usado com sufixos pronominais, às vezes antecipadamente (# 8).
6. ַּא ֶֶּּ֫יכָהOnde estás?
Gn 3.9
No # 10, o advérbio toma um acusativo adverbial עם. Uma frase aparentemente análoga אֵּי
לָז ֹאת, significa não ‘onde?’ (que talvez seria )אי אל־זה, mas ‘baseado em que, por que?’
sendo somente encontrado em Jeremias 5.7.
c Duas formas associadas a איtambém têm o sentido de ‘onde?’: ַּאּי ֵּהe אֵּיפ ֹה, sendo este
último também relacionado a ‘ ּפ ֹהaqui.’ A primeira e mais comum destas formas não é usada
com verbos (## 12–13); אֵּיפ ֹהpode ser usado nas orações verbais (# 14) ou nas sem verbos (#
15).
17. ְואֵּיְך ָא ֶַּּ֫מ ְרתָ א ֲֶּ֫ח ֹתִ י ִ ֑היאComo, pois, disseste, “É minha
irmã”?
Gn 26.9
18. אֵּיְך י ָדֶַּּ֫ עְתָ כִי־ ֵּמת שָאּולComo sabes que Saul e Jônatas
estão mortos?
2Sm 1.5
Dt 1.12
20. אֵּי ֶָּ֫ככָה ֶא ְלב ֶּ֑֫ ֶָשנָהComo hei de vesti-la?
Ct 5.3
p 329 e O uso exclamativo envolve איכהcom mais freqüência do que ;איךa ocorrência
de איכהcomo a primeira palavra do Livro de Lamentações (# 22) é a origem do nome do livro
hebraico.
21. ִבֹורים׃
ִ אֵּיְך נָפְלּו גComo caíram os valentes!
2Sm 1.19
f A forma não-atestada *איןprovavelmente é a origem tanto de ‘ ָאןonde?’ como de ֵּמ ֶַּּ֫אי ִן
‘de onde?’
A forma ֶָּ֫אנ ָהé duplicada numa frase significando ‘aqui e ali,’ sem qualquer força interrogativa.
O sentido locativo de ֶָּ֫אנ ָהé estendido na frase ‘ עַּד־ ֶָּ֫אנ ָהquanto tempo?, até quando?’
Nm 14.11
p 330 19
Relativos
19.1 Introdução
19.1 Introdução
a A maioria das orações discutidas até agora consiste de orações simples, isto é, orações
que compõem uma predicação, verbal ou não-verbal.
2Rs 22.2
Muitas vezes é necessário combinar mais de uma predicação; em tais situações, a oração
principal (ou independente) contém uma ou mais orações subordinadas. Orações relativas são
a principal variedade das orações subordinadas. O marcador אשר é o mais amplamente
usado nas orações relativas.
3. ְוי ַּתֵּ ְך ֶאת־ ַּה ֶֶּ֫כסֶף … ֲאשֶר ָאסְפּוAssim ele pode trazer o
שֹמ ְֵּרי ַּהסַּףdinheiro… o qual os guardas da
porta têm coletado.
Nesse exemplo, הכסףé o objeto do verbo principal ויתְך, e objeto do verbo אספוna oração
relativa. Embora as orações relativas não necessitem ser marcadas, há vários marcadores de
orações relativas; alguns deles são usados apenas deste modo e são chamados de pronomes
relativos, enquanto que outros também servem em outros papéis, notadamente o artigo.
b Orações relativas são semelhantes de muitas maneiras aos adjetivos atributivos. Elas
diferem por trazer uma informação mais complexa, isto é, uma informação que requer uma
predicação própria.
As duas orações relativas sem verbo aqui admitem a especificação do רקיעcomo um ponto
de referência, como o uso dos adjetivos ‘ תַּ חְתִ יinferior’ e עלִי
ִ ‘superior’, que com מיםnão
seria possível.
5. שר נ ָ֑שה
ֶ ַּו ֵֶּּּ֫י ַּרע ְבעֵּינֵּי יהוה ֲאOque ele fazia era mau aos
olhos de YHWH.
Gn 38.10
6. ְו ַּא ִֶּ֫גידָ ה ָלכֶם ֵּאת ֲאשֶר־יִק ְָראEu vos farei saber o que vos há
ֶאתְ כֶםde acontecer.
Gn 49.1
7. שנ ֵּ֑את
ָ ְבי ַּד ֲאשֶרnas mãos daqueles a quem
aborreces
Ez 23.28
Js 10.11
Os marcadores “relativos” indicam nos ## 5–8 que as orações apresentadas por eles são partes
de uma sentença maior.
a Há quatro classes de marcadores de orações relativas: (1) אשר, (2), ש, (3) a série z, e (4)
outras. As duas primeiras são usadas apenas como relativas; a série z coincide com os
demonstrativos, e esses agrupados sob o último título são elementos gramaticais usados
principalmente de outras formas. Os membros dos primeiros três grupos podem ser chamados
de pronomes relativos.
Como š, z é um elemento freqüente nos marcadores relativos semíticos fora do hebraico, e nos
demonstrativos hebraicos.
e A classe final exclui o artigo, como também מיe מה. Os usos posteriores são citados
acima (18.2–3); o artigo como um relativo é tratado abaixo (19.7; cf. 13.5.2d).
f Os marcadores dos primeiros três grupos podem ser usados na formação das chamadas
orações relativas independentes. Há uma distinção formal entre os usos dependentes p 333 e
independentes dos relativos: como pronomes dependentes nunca são agrupados com uma
preposição ou את, mas como pronomes independentes podem ser agrupados. O pronome
independente é melhor traduzido pelos equivalentes em português: ‘ele quem, ele que, aquele
que, de tal tipo como’, etc.
2. ֑שחַּת עָשּו
ַּ ֶּ֫ ְבna cova (que) eles cavaram
Sl 9.16
a Este pronome relativo é indeclinável. Ele pode iniciar orações relativas dependentes ou
atributivas, tanto sozinho quanto com um elemento de reinício, especificando a função do
pronome relativo na oração subordinada. Estritamente falando, a estrutura da oração varia
dependendo do elemento de continuação estar presente; entretanto, as diferenças não são
cruciais na avaliação do uso ou não do elemento de reinício. Nas orações relativas
dependentes sem reinício, o pronome geralmente está na função nominativa (## 1–2), embora
ele possa estar no acusativo (# 3)
Gn 3.3
2. ֲאנִי יהוה ֲאשֶר הֹוצֵּאתִֶּ֫ יָך מֵּאּורEu sou YHWH que (NOMINATIVO)
ְ ַּכte tirou de Ur da Caldéia.
שדִ ים
Gn 15.7
3. אֱֹלהִים ֲאח ִֵּרים ֲאשֶר ֹלא י ָדֶַּּ֫ ְע ָתoutros deuses que (ACUSATIVO)
não conhecestes
Dt 13.7
4. ּומִן־ ַּה ְב ֵּהמָה ֲאשֶר ֹלא טְה ָֹרהdo animal que (NOMINATIVO) não
הִיאé puro
Gn 7.2
Dt 28.49
6. ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֲאשֶר ַּאתָ ה שֹכֵּב ָע ֶֶּ֫לי ָהa terra que (GENITIVO) estais
deitado sobre (ela)
Gn 28.13
Gn 45.4
8. שלָחֹו יהוה
ְ שר־
ֶ ַּהנָבִיא ֲאo profeta que (ACUSATIVO) YHWH
(o) enviou
Jr 28.9
9. כַּמ ֹץ ֲאשֶר־תִ דְ ֶֶּ֫פנֹו רּוחַּ׃como a moinha que (ACUSATIVO)
o vento (isto) espalha para
longe
Sl 1.4
Depois das palavras de tempo geralmente não há pronome de reinício, de modo que אשר
afigure-se equivalente a ‘quando.’
2Sm 19.25
Gn 45.6
13. עַּד־ ַּהמָקֹום ֲאשֶר־ ֶָּ֫הי ָה שָםao lugar onde (que) estivera a
ָאהֳֹלהsua tenda (ali)
Gn 13.3
14. שמָם
ָ ֶּ֫ כָל־ ַּהמָקֹום ֲאשֶר נָבֹואem todo lugar em que
entrarmos
Gn 20.13
15. ֶאת־ ָה ֲאדָ מָה ֲאשֶר ֻל ַּקח ִמשָם׃a terra de que fora tomado
Gn 3.23
16. שאֶר ַּאְך־נ ֹ ַּח ַּו ֲאשֶר ִאתֹוָ ֶּ֫ ִ ַּויSomente Noé e aqueles que
בַּתֵּ בָה׃com ele na arca estavam salvos.
Gn 7.23
17. כִי י ָדֶַּּ֫ עְתִ י ֵּאת ֲאשֶר־תְ ב ֵָּרְךEu sei que será abençoado a
מְב ָֹרְךquem tu abençoares.
Nm 22.6
p 335 18. ַּרבִים ֲאשֶר ִאתֶָּ֫ נּו ֵּמ ֲאשֶר אִתָ ם׃Mais são os que estão conosco
do que os que estão com eles.
Gn 43.16
20. ּו ֵּמ ֲאשֶר לְָא ִֶּ֫בינּוDo que pertenceu a nosso pai
Gn 31.1
Ez 23.28
19.4 Usos de ש
O pronome relativo ש tem uma gama de usos semelhantes ao de אשר. Ele pode
introduzir orações relativas dependentes sem o elemento de reinício, servindo no nominativo
ou, com menor freqüência, na função acusativa na oração relativa.
Jz 7.12
2. יהו֑ ה שֶֹּלא נְתָ ֶָּ֫ננּו ֶֶּ֫ט ֶרףYHWH que (NOMINATIVO) não nos
ִ ְלdeu por presa aos seus dentes
שנֵּיהֶם׃
Sl 124.6
3. … שנָתַּ ן דָ וִיד
ֶ ּומִן־ ַּהנְתִ ינִיםE dos servidores que
( ַּלעֲב ֹדַּ ת ַּה ְל ִוּי ִםACUSATIVO) Davi apontou …
para serviço dos levitas
Ed 8.20
Elementos de continuação ocorrem com menor freqüência depois de ש, mas tanto os
pronomes como os advérbios são usados assim.
Ct 8.8
5. ש ָבטִים
ְ ששָם עָלּו
ֶ Para a qual sobem as tribos (ali)
Sl 122.4
b A chamada oração relativa independente com שpode servir como o objeto (ou parte do
objeto) de uma oração verbal principal (# 6) ou como um genitivo, tanto como objeto de uma
preposição (## 7–8) quanto como o segundo termo de uma frase construta (## 9–10).
6. שתִ י ֵּאת שֶָא ֲהבָה נַּפ ִ ְ֑שי
ְ ִב ֶַּּ֫קEu busquei a quem amo.
Ct 3.1
1Cr 27.27
8. שּי ְ ָח ֵֶּּ֫ננּו׃
ֶ עַּדAté
que ele nos mostre
clemência
Sl 123.2
9. ֶם־לְ֑ך
ָ של ַּ ְ שי
ֶ ש ֵּרי
ְ ַּאAs alegrias daquele que te der
pago
Sl 137.8
Sl 146.5
Ct 1.7
a As três formas relevantes da série relevante z são: זֶה, (ז ֹה) זֹו, e ;זּוas formas não são
comuns suficientemente para fazer possível distinguir claramente entre elas. Há dois padrões
de usos a serem discutidos: os usos relativos são semelhantes àqueles encontrados com אשר
e ש, enquanto que os usos dos quase-relativos ou determinativos são completamente
diferentes.
b A forma z pode ser usada como um pronome relativo dependente, geralmente sem um
elemento de continuação.
Pv 23.22
2. ש ֑ ֶּ֫דּונִי
ַּ שעִים זּו
ָ ִמ ְּפנֵּי ְרda presença do malvado que
(NOMINATIVO) me cerca
Sl 17.9
Sl 104.26
Sl 132.12
Sl 104.8
p 337 6. ִהנֵּה אֱֹל ֵֶּּ֫הינּו ז ֶה ִק ֶּ֫ ִּווינּו לֹוVeja nosso Deus em quem nós
confiamos (ele)
Is 25.9
7. הֲלֹוא יהו֑ ה זּו ָח ֶָּ֫טאנּו לֹוNão foi YHWH aquele contra
quem pecamos
Is 42.24
8. ש ֶַּּ֫כנְתָ בֹו׃
ָ הַּר־צִּיֹון ז ֶהMonte Sião no qual tu habitaste
(neste)
Sl 74.2
Jó 19.19
10. ְוז ֶה־ ָח ִֶּ֫זיתִ י ַּו ֲא ַּס ֵֶּּּ֫פ ָרה׃Aquilo que eu vi eu te contarei.
Jó 15.17
c A partir do uso de זהe seus equivalentes como o demonstrativo atributivo (p. ex.: ‘a
pessoa, esta’), desenvolveu-se um uso substantivo: ‘a pessoa, aquela que (algo)’, que é
equivalente a ‘a pessoa que…’. Por definição, as formas z que regem outro substantivo não são
pronomes relativos, mas uma vez que se unem a um substantivo qualificativo com um
substantivo precedente, elas podem ser consideradas neste uso como quase-relativos. Nestas
construções, sua força dêitica [não significam, apenas indicam] e sua sintaxe apositiva
fundamental podem ainda ser sentidas fortemente. (Foi a partir desse uso quase-relativo que
os usos relativos considerados acima foram desenvolvidos).
Sl 12.8
Sl 34.7 emendado
a Muitas orações relativas não trazem um marcador relativo evidente, mas são justapostas
diretamente à oração principal; essas orações não-marcadas ou Ø-marcadas são comuns em
poesia, particularmente como atributivos (## 1–2) e após as palavras temporais (## 3–4).
Is 51.1
3. ִיתנּו
ָ ֶּ֑֫ כִימֹות ִענde acordo com os dias (quando)
tu nos afligiste
Sl 90.15
4. ֵּמעֵּת ְדגָנָם וְתִ ָֽירושָם ָ ָֽרבּו׃na ocasião (quando) o seus
grãos e vinho novo abundam.
Sl 4.8
Jr 2.8
6. ש ֶָּ֫אלּו
ָ נִדְ ֶַּּ֫רשְתִ י לְלֹואEufui buscado por (esses que)
não tinham perguntado.
Is 65.1
a Além dos pronomes relativos אשר, ש, זה e semelhantes, há outros marcadores
relativos a serem considerados; o uso relativo de מי e מה foi tratado acima (18.2–3),
enquanto que resta o artigo para ser discutido.
b O artigo como marcador relativo deve ser considerado com referência ao particípio, com
outras construções, e com formas ambíguas. Os hebraístas às vezes analisam o artigo com o
particípio como possuindo uma força relativa ou como investindo o particípio com esse valor.
Por exemplo, Ronald J. Williams registra como um dos usos do artigo o seu uso como
“equivalente a um pronome relativo … com particípios”, enquanto que A. B. Davidson um
pouco mais acuradamente disse: “Quando em aposição com um sujeito p 339 definido
precedente, o particípio com artigo tem muito mais o significado de uma oração relativa… Esse
uso é muito comum”. Mas até mesmo esta análise não é convincente porque o particípio,
como um adjetivo verbal, por si mesmo pode servir como uma oração relativa, ‘alguém que…,
aquele que…’ Assim, um particípio pode formar uma oração subordinada até mesmo sem o
artigo.
Ez 1.4
Assim é enganoso considerar o artigo como um marcador relativo dependente de um
particípio.
c Contudo, o artigo com um verbo perfectivo serve como marcador relativo; este uso é
encontrado principalmente nos livros posteriores da Bíblia, notadamente Esdras e Crônicas.
Ed 10.14
4. שמּואֵּל
ְ וְכ ֹל ַּה ִה ְקדִ ישe tudo que Samuel tinha
dedicado
1Cr 26.28
Uma oração “relativa independente” formada com o artigo pode ficar depois de uma
preposição.
2Cr 1.4
p 340 7. מֹואב
֑ ָ שדֵּ י
ְ שבָה ִמ
ָ ֶּ֫ ַּכלָתָ ּה ִעמָּה ַּהsuanora com ela, que voltou
dos campos de Moabe
Rt 1.22
22 Grau Qal
23 Grau Niphal
24 Grau Piel
25 Grau Pual
26 Grau Hithpael
27 Grau Hiphil
28 Grau Hophal
p 343 20
20.1 Multifuncionalidade
a Língua é um sistema que usa recursos limitados para maneiras ilimitadas de expressar-
se, por isso, muitos aspectos do funcionamento de uma língua são exigidos para realizar uma
variedade de funções. Vimos essa qualidade multifuncional exemplificada reiteradas vezes na
gramática do hebraico bíblico, mas a maior multifuncionalidade envolve o sistema verbal. O
sistema verbal é o âmago da expressão de predicação; embora o hebraico utilize orações sem
verbo (8.4), interjeições e exclamações são encontradas intermitentemente (40.2), o papel
principal na predicação é desempenhado pelos diversos graus verbais (Qal, Piel, etc.) e formas
(conjugação perfectiva ָר ֶָּ֫עשָה, conjugação não-perfectiva ֲאזַּמֵּר, imperativo שמְעּו
ִ , etc.).
Antes de tratar das raízes e formas, esboçaremos a ampla variedade de categorias relevantes à
predicação neste capítulo.
d Considere a forma ַּוּי ַּכֶּ֫ ּו ָה, que convencionalmente poderia ser expressa: “E eles (os
membros da tribo de Judá) atacaram-na (a cidade de Jerusalém), (Jz 1.8). O verbo expressa:
6. tipo de ação (o verbo é Hiphil, embora a relevância do radical não seja óbvia neste
caso; cf. a ação simples do português: “Ele se irou contra seu auditório”, versus uma
ação causativa: “Ele irou seu auditório”)
e Essas noções e diversas outras estão todas ligadas a ַּוּי ַּכֶּ֫ ּו ָה. Esta configuração
envolve tanto uma conjunção quanto uma forma verbal; algumas das características do
predicado surgem da combinação dos dois e são, assim, sintaticamente distintos. Outras
características envolvem o sufixo –hā.
p 345 f Na forma yakkû (e em todos os verbos finitos) temos quatro morfemas unidos:
1. a raiz verbal, significando estado ou ação, sendo aqui representada por nky.
g De fato, o morfema conjuntivo waw prefixado a uma forma verbal pode mostrar a
relação da situação representada pela forma verbal com outras situações. Desempenha,
portanto, um papel especial na morfologia verbal. Embora esses quatro morfemas estejam em
elementos de sentido um tanto diferente na forma verbal, eles estão ligados a fim de que a
forma de cada um dependa da forma dos outros. O infixo paradigmático da conjugação verbal
é afetado pela presença dos afixos que pertencem aos graus verbais, etc. Esses quatro
morfemas são encontrados nos verbos finitos. Quando a raiz verbal é despojada dos afixos
pronominais que indicam a pessoa, o gênero e o número do sujeito e o concomitante infixo
dos paradigmas das conjugações verbais que significam tempo/aspecto e modo/modalidade, a
forma resultante não é mais um verbo de fato, mas algo híbrido. Sem um prefixo ou sufixo
adicional é um substantivo verbal, isto é, um infinitivo; o hebraico tem duas formas
contrastantes, o chamado “infinitivo construto” e o “infinitivo absoluto”. Uma forma simples
pode acrescentar sufixos parecidos com os usados pelos adjetivos junto com outros afixos,
neste caso tem-se um adjetivo verbal, isto é, um particípio.
h A difícil tarefa de descrever o sistema verbal hebraico envolve sua configuração. De que
maneira fenômenos como os nove observados acima configuram os elementos do verbo? Em
alguns casos sabemos alguma coisa acerca do funcionamento de uma forma verbal por meio
de sua sintaxe, isto é, as conjunções antecedentes, a ordem das palavras numa oração, a
forma verbal da oração precedente (e em menor grau na oração seguinte), etc. Em outros
casos, sabemos algo por meio do léxico, isto é, a maneira pela qual uma determinada raiz é
utilizada regular e distintamente. Há um terceiro grupo de casos que nos interessa aqui: o que,
realmente, a morfologia derivativa nos informa? Isto não é uma questão de equivalência na
tradução, mas um assunto prioritário de estudo lingüístico. Somente depois de entendermos
como o sistema verbal hebraico funciona é que podemos discutir propriamente como
expressar aquela informação numa tradução fluente, usando categorias verbais de uma
linguagem objetiva. Em tudo isto, é útil uma apreciação realista de como os predicados
funcionam, e os apelos ao senso comum não devem substituir o estudo cuidadoso. O senso
comum tem sido utilizado muitas vezes para reduzir o sistema verbal hebraico a um sistema
como o do inglês, o do alemão ou o do grego clássico.
a Antes de considerarmos como funciona o sistema verbal hebraico, faríamos bem em dar
uma pausa e considerar algumas das categorias que estão refletidas em predicados de diversas
línguas. Nosso propósito não é fazer um levantamento dos sistemas lingüísticos, mas fazer um
apanhado geral em sistemas que têm traços que são relevantes para o hebraico ou que não
são relevantes, mas que pareçam ser. Esse levantamento é um tanto arbitrário, tal como foi
arbitrária, em certa medida, a lista acima de nove conotações de ויכוה.
b Diversas categorias relevantes requerem pouca atenção. Os traços de pessoa, número e
gênero estão associados ao sujeito do verbo, seja ele um elemento pronominal (“ וַּּיֶּ֫ אמֶרe ele
disse”) ou um sujeito expresso (גִדְ עֹון “ ויאמרe disse Gideão”). Se há um objeto, os mesmos
traços são relevantes para ele. Esses três traços possuem certos aspectos distintivos no
hebraico (cf. Caps. 6, 7), mas não apresentam maiores obstáculos ou explicações para a
compreensão do verbo.
c As categorias que requerem atenção são tempo, grau, voz e os dois tipos de aspectos. A
palavra portuguesa “aspecto” refere-se a dois conjuntos completamente distintos de
categorias gramaticais, aspecto como a maneira da ação (perfectiva, progressiva, etc.; Aspekt,
no alemão) e aspecto como o tipo de ação (causativa, estativa, etc.; Aktionsart, no alemão,
literalmente “tipo de ação”). Por exemplo, na predicação “ele cantou” o Aspekt é pretérito
(completo, passado, definido) e a Aktionsart do verbo “cantar” é fortemente freqüentativa.
Muitas línguas têm sistemas complexos para representar uma ou outra dessas categorias; as
línguas semíticas possuem expressões bem desenvolvidas de ambos os sistemas, em que
formalmente distinguem Aspekt nas conjugações e Aktionsart nas raízes. Assim, o leitor
brasileiro deve estar sempre atento ao termo isolado “aspecto” ao lidar com estudos
semíticos; além disso, muitos autores são idiossincráticos no uso de seus termos (e,
inevitavelmente, também o somos). Neste capítulo, recorremos ao expediente de usar termos
alemães para evitar algum tipo de confusão.
d Tempo refere-se à categoria dos fenômenos morfológicos que localizam uma situação no
curso do tempo. Tempo sempre se refere tanto ao tempo da ação quanto ao tempo do
enunciado: “Ele correu” usa um verbo no tempo passado para referir-se a uma ação antes do
tempo da fala. Tempo também pode referir-se ao tempo de outra ação: “Tendo corrido, ele
descansou” usa dois verbos no tempo passado para referir-se a situações anteriores ao
enunciado, e uma delas (“tendo corrido”) é anterior em tempo à outra. Os tempos p 347
podem ser simples, usando uma forma (“corre, correu”), ou perifrásticos, ao utilizar dois
verbos, sendo um auxiliar (“terá corrido”).
e O hebraico bíblico não tem tempos no sentido estrito; utiliza-se de uma variedade de
outros meios para expressar relações temporais. Muitas línguas não possuem tempos, isto é,
não têm referência de tempo gramaticalizado, embora provavelmente todas as línguas possam
criar uma referência de tempo, isto é, utilizarem-se advérbios temporais que localizam
situações no tempo”. O hebraico utiliza advérbios com alguma amplitude, mas muito mais
importantes são os diferentes significados sintáticos. Em face destes significados serem tão
bem conhecidos e por causa da premência em compreender a realidade cotidiana também ser
grande, somos tentados a dizer que, por exemplo, wayyiqtol está no tempo passado. Como
veremos, a gramática é mais complexa.
o Os parâmetros tratados neste capítulo sob o título de aspecto (Aktionsart) podem ser
resumidos nesta lista:
p 351 21
21.2 O Sistema
2.1 O Problema
21.1 Terminologia
21.2.1 O Problema
c Todos os gramáticos concordam que os graus verbais em parte denotam voz, a relação
do sujeito com a situação, discutida em 20.2j. O caráter passivo de diversos graus foi
reconhecido no Maʿaseh Ephod de Profiat Duran (cerca de 1.400 d.C.); no tratamento dos
binyanim do verbo, o Pual e Hophal são chamados de graus cujos agentes não são
mencionados. Moshe Greenberg oferece um modelo de graus verbais baseado em uma
“grade” ou sistema de coordenadas (“eixos”), com uma das coordenadas pertencendo à voz.
p 354 I II III
Ativo שמַּר
ָ ִסּפֵּר ִהזְכִיר
Passivo שמַּר
ְ ִנ ֻסּפַּר ָהזְכַּר
c A causalidade é expressa em muitas das línguas européias pelas construções com dois
verbos. Por exemplo, o alemão, o francês e o inglês usam verbos auxiliares respectivamente
‘lassen’, ‘faire’, ‘make/cause’. Os verbos auxiliares do inglês ‘make’ (fazer) e ‘cause’ (fazer com
que, causar) apresentam uma sugestão de força ou coerção, uma noção que não é crucial para
formações de causalidade, e, com isso, a idéia semelhantemente estranha de que outro
agente além do sujeito possa estar envolvido na ação. Isto não é sempre assim no alemão e no
francês, que tendem a usar suas construções de causalidade de modo mais extensivo. Um
verbo inglês que pode ser intrinsecamente causativo, como ‘to cook’ (cozinhar) evita uma
carga extra de construção auxiliar de causalidade. Assim, chega mais próximo às formas da
causalidade morfológica do hebraico. Preliminarmente, é nossa proposta que o verbo ‘cooked’
(‘cozinhou’) na oração: ‘John cooked the cabbage’ (‘João cozinhou o repolho’) no sentido de
‘John made the cabbage cooked’ (‘João fez o repolho ser cozido’) seria traduzido para o
hebraico pelo Piel, e no sentido de ‘John caused the cabbage to cook’ (‘João fez com que o
repolho fosse cozido’) pelo Hiphil. O Piel tende a significar causalidade com uma nuança de
paciência, e o Hiphil uma noção de causalidade com uma nuança de agência. Os dois tipos de
formas de causalidade diferem entre si com referência ao status do sujeito que sofre a ação
expressa pelo verbo principal, isto é, a voz associada ao sub-sujeito ou sujeito secundário.
João causar
sujeito1 verbo1
repolho cozinhar
sujeito1 verbo2
Colocando de forma aproximada, as diferenças entre Qal, Niphal e Hithpael, etc., (as
diferenças verticais no diagrama de Greenberg) referem-se à voz do sujeito1, o sujeito
primário; as diferenças entre Qal, Piel, e Hiphil, etc., referem-se à voz do sujeito2, quando
houver um. Usamos orações em inglês aqui para dar a entender as diferenças dos graus em
termos de significado; nos próximos capítulos, as ilustraremos com o hebraico bíblico.
d O exemplo do inglês ‘to cook’ com seus vários sentidos é retrospectivo às complexidades
dos verbos hebraicos usados em diversos graus. Outro verbo inglês com semelhante
diversidade é ‘to fly’ (voar, dirigir), que pode ser usado transitiva ou intransitivamente, em
contextos semelhantes e também em variados; uma investigação pode ser importante para
uma formulação geral. Nos exemplos seguintes, reconhecidamente mais bem selecionados,
indicamos entre parênteses o grau verbal hebraico que teria sido usado em cada exemplo. Na
maioria dos exemplos, o verbo inglês permanece inalterado mesmo quando o grau hebraico
varia. Já mostramos uma razão para isso; nos comentários que seguem os períodos daremos
outras.
2. Sara (flies) (Qal) viaja à hoje. / Sara (flies off) (Qal) escapa no céu.
3. Sara (flies) (Niphal) viaja para o Egito, quando Abraão se oferece para soltá-la de lá.
5. Sara voa (flies) (Niphal) para o Egito, em vez de pegar sua mula.
6. Sara (is flying) (Niphal) está indo para o Egito a fim de apelar de seu caso a Faraó.
8. Sara (is flown) (Pual) é levada para o Egito, quando Faraó estala os dedos.
10. Sara (flies) (Hiphil) pilota mais alto o avião / obriga o avião a voar (Hiphil) mais alto.
12. Sara (is made to fly) (Hophal) faz o avião voar mais alto.
g Nos períodos 5 e 6 está implícita uma noção reflexiva. Os sentidos plenos são: (5) ‘Sara
voa ela mesma…’ (6) ‘Sara voa com um interesse pessoal…’ Uma vez que a ação afeta o sujeito
do verbo (período 5) ou seus interesses (período 6), o Niphal seria usado. No inglês, o reflexivo
seria muitas vezes redundante e, portanto, omitido.
j No período 9, Sara viaja para o Egito, talvez em seu próprio interesse. (Aqui, também, o
uso de ‘makes’ [“faz”] correria o risco de introduzir a noção de coerção). O sentido quase não
pode ser representado em inglês. O sentido reflexivo em (5) ou em (6) envolve um
acontecimento, mas em (9) denota um estado acabado. Como (5) e (6) são os complementos
reflexivos de (1), assim (9) é o complemento reflexivo de (7).
k No período 10, Sara faz o avião participar do ato de voar. Aqui o objeto de “faz” é sujeito
de voar, como em (7), mas de maneira diferente de (7) o segundo sujeito tem um papel mais
agentivo. Esta idéia de fazer com que um objeto (gramatical) participe como sujeito na ação é
representada pelo Hiphil.
l No período 11, estão implícitas tanto as noções causativas como as reflexivas. O sentido
pleno é: ‘Sarah caused herself to fly higher in the airplane’ (“Sara fez com que ela mesma
voasse mais alto no avião.”) Tal Hiphil “interno” seria distinto de outros tipos de Hiphil por ser
um predicado com uma função única.
n Podemos agora voltar à tabela apresentada anteriormente e explicar os dois eixos com
referência à voz. O eixo vertical representa a voz do sujeito primário, o eixo horizontal
representa a voz do sujeito secundário, o objeto do predicado de “causalidade”, se houver um.
O eixo horizontal I representa a ausência da noção de causalidade; II, a causalidade p 358 com
a condição passiva ‘made flown’ (“feito voado”); III, a causalidade com participação ativa
‘made to fly’ (“feito voar”). Os números entre parênteses indicam o período que esclarece as
relações básicas.
VOZ DO SUB-SUJEITO
o Desta maneira funciona o sistema de grau hebraico para conotar Aktionsarten (voz,
causalidade, transitividade; 20.2). As diversas inflexões interrelacionadas servem para
representar as diversas categorias de relações entre o sujeito e o(s) predicado(s). O sistema é
muito mais complexo do que o sistema familiar para nós em inglês. No hebraico, diversamente
do inglês, as formas flexionadas do verbo indicam se um sujeito não-agentivo de um verbo
intransitivo seria o objeto de uma oração equivalente com um verbo transitivo; e se a
causalidade é entendida, quer com o papel passivo quer ativo para o sujeito secundário.
q É possível simpatizar com eruditos que expressaram dúvidas acerca da visão de que cada
grau indique uma diferença de significado. Alexander Sperber sustentou: “Estou para
desaprovar esta noção, demonstrando que os assim chamados graus verbais foram usados
intercambiavelmente a fim de indicar um único significado, sem implicar a mais leve
diferenciação”. Suas listas de formas de diferentes graus usados em contextos semelhantes
são bastante atraentes, mas no final das contas sua evidência não traz convicção alguma
porque ele fracassa em observar o contexto completo em cada passagem. Seu argumento
equivale a pouco mais do que um levantamento de períodos 1, 5, etc. e anunciando: “Veja,
não há p 359 diferença de significado nos graus do verbo hebraico. Todos eles significam
‘Sarah flies’ (“Sara voa”) e podem ser usados intercambiavelmente”.
Piel: vingar
Como vimos, o verdadeiro problema consiste na maneira como outras línguas ocultam as
estruturas do hebraico.
s Cientes da ambigüidade dentro do sistema verbal inglês quando frente a frente com as
distinções sutis usadas no sistema de graus do hebraico com relação à causalidade e à voz, o
pesquisador se preveniria em dar prioridade à função aparente do grau sobre sua forma
manifesta ao experimentar decidir suas funções. Categorias pressupostas, impostas pelas
estruturas “mais rudes” do inglês, são inadequadas para interpretar as categorias do hebraico;
devemos ser orientados mais pelas formas e usos do hebraico do que os do inglês ou de outra
língua similar.
a Quantos graus há? A tradição medieval reconhecia sete graus, embora houvesse
discussão sobre acrescentar ou subtrair algum. David Quimḥi em seu influente Mikhlol optou
por oito, acrescentando o Poel. Embora eruditos modernos discordem a respeito p 360 do
número de graus verbais representados por formas raras, concordam que haja essencialmente
sete graus principais, aqueles baseados em raízes trilíteras, e mais ou menos uma dúzia de
secundários, a maioria deles baseada em raízes bilíteras. Os graus secundários, em sua
maioria, são variações morfêmicas dos graus principais. Portanto, com o Piel, há o pôʿēl, piʿlēl e
pə̆ʿalʿal, e pilpēl; o Pual é complementado por pôʿal, puʿlal, e polpal; e o Hithpael pelo hitpôʿēl,
hitpaʿlel, hitpaʿlal, e hit-palpel.
b Algumas formas raras e controvertidas podem ser mencionadas. (1) Hithpael, sem o
alongamento típico ou a duplicação do segundo radical que caracteriza o Hithpael e o
alongamento do a diante de uma não-gutural, acha-se em Juízes 20.15,17 e 21.9; é
interpretado por Paul Joüon como uma variante combinada do Hithpael, mas interpretado por
Carl Brockelmann como um reflexivo do Qal, comparável à chamada forma Gt encontrada em
outras línguas semíticas.
c (2) As formas Hippael são controvertidas: a duplicação de um nun ou kaph iniciais com
algumas raízes é tratada por alguns como um sinal das formas Hithpael, nas quais o –t– infixo
foi assimilado pelo radical inicial da raiz. Israel Eitan considera algumas das formas como
evidência de um grau נ-reflexivo e David Yellin identificou alguns deles como parte de um grau
Hippael não identificado até agora.
d (3) Hištaphʿel: A importante palavra השתחוה que ocorre 170 vezes tem sido
interpretada por muitos modernos com base na forma š do ugarítico (comparável ao Hiphil),
como um grau t; J. A. Emerton pensa que há evidência para inclinar o equilíbrio da p 361
probabilidade em favor de um ponto de vista mais ou menos tradicional de que seja um
Hithpael da raiz שחה. Seja como for, a forma inusitada da palavra sugere seu significado
cultural extraordinário.
e Um resumo estatístico do uso dos graus do verbo pode ser muito útil.
N % N %
p 362 22
Grau Qal
22.1 Introdução
22.2 Semântica
22.3 Morfologia
22.5 Denominativos
22.1 Introdução
a O grau verbal mais usado comumente é o Qal ou grau “leve”, também conhecido como
Grau G (Grundstamm) ou Grau B (Basic). O grau Qal é chamado apropriadamente de
“simples”, no sentido de que a raiz não suporta nenhum afixo consonantal; é semanticamente
simples por estarem ausentes as noções de causalidade.
b Antes de analisar as formas e significados do grau com respeito à divisão básica entre
verbos fientivos e estativos, vamos primeiramente apreciar sua forma e seu significado como
um todo. Então voltaremos a pesquisar a divisão fundamental desse grau em verbos fientivos
e estativos com referência ao significado (22.2) e forma (22.3). Tendo esboçado a diferença
entre as duas espécies de verbos Qal, continuaremos a considerar mais particularmente as
classes dentro dos Qal estativos (22.4). Depois consideraremos o uso do Qal para modelar
denominativos (22.5). Finalmente revisaremos a evidência para a existência de um Qal passivo
e suas formas (22.6), e construções impessoais Qal (22.7).
22.2 Semântica
a Em contraste com os outros cinco graus principais, os graus Qal e Niphal ordinariamente
não possuem qualquer elemento de causalidade em sua predicação. Alinhando Pual e Hithpael
com Piel, e Hophal com Hiphil, posicionamos um contraste tríplice Qal: Piel: Hiphil. Considere
estes exemplos ingleses: “Moses split (cf. Qal) the rock” (“Moisés fendeu a rocha”), “Moses
split up (cf. Piel) the rock” (“Moisés despedaçou a p 363 rocha”), e “Moses split (cf. Hiphil) the
rock” (isto é: “Moisés fez a rocha fender-se”). Além disso, considere estes exemplos hebraicos
contrastando Qal e Piel:
Sl 78.15
O primeiro desses dois enunciados representa uma situação com Deus como o agente e o mar
como o objeto da ação de dividir. O segundo enunciado representa Deus como o agente e as
rochas como tendo sido obrigadas a se colocarem na situação de serem divididas.
b O Qal e o Niphal diferem com respeito ao papel do sujeito; o Qal sujeito é ativo, como
pode ser visto comparando o # 1a com o # 2:
2. וַּתִ ָבקַּע ָה ֲאדָ מָה ֲאשֶר תַּ ְחתֵּיהֶם׃O chão debaixo deles se fendeu
(Niphal).
Nm 16.31
a Os verbos no grau Qal (rejeitando as formas passivas raras) classificam-se em dois grupos
forma/função. Os gramáticos os têm chamado de “voluntários” (freiwillig) e “involuntários”
(unfreiwillig), “ativos” e “neutros” (neutrisch), e “ativos” e “estativos”. Uma vez que o termo
“ativo” também é usado para voz, é impróprio usá-lo referindo-se a tipo de ação, por isso
usamos o termo “fientivo” (20.2k, 30.2.3).
b Um “verbo fientivo” é aquele que designa uma situação dinâmica. Com essa espécie de
verbo uma oração responde à pergunta implícita: “O que faz X?”, onde X é uma expressão
nominal e faz é um verbo fientivo. Um verbo fientivo pode ser tanto transitivo como
intransitivo; alguns, como bʿr, pode ser ambos.
Sl 18.9
Sl 83.15
c Um verbo estativo é aquele que descreve uma circunstância ou estado, quer exterior e
físico, quer psicológico ou perceptivo. Orações com esta espécie de verbo implicitamente
responde à pergunta: “Qual é a característica, a qualidade, a circunstância, estado (físico ou
mental) de X?”, onde X é uma expressão nominal e a situação que caracteriza é um verbo
estativo, por exemplo, zāqēn dāwîd, “Davi estava velho”.
d A diferença entre as duas espécies de verbos pode ser testada, às vezes, de uma ou duas
maneiras. Primeira, os verbos podem ser testados pela transitividade (20.2l), já que verbos
transitivos tendem a ser fientivos. Transitividade significa que os efeitos da ação expressa pelo
verbo passam do sujeito (o “agente” ou “ator”) para o objeto (ou “objetivo”).
b A facilidade com que o hebraico representa “estados adjetivados” por meio de formas
verbais reflete a relação que os filósofos e gramáticos alegavam existir entre adjetivos e
verbos. Podemos dizer que as estruturas do hebraico revelam a semelhança de função entre
verbo e adjetivo encontrada em todas as línguas.
Gn 6.2
Nm 24.5
No primeiro exemplo, o sentido da segunda oração טבת הנה (em termos de aspecto e
referência de tempo) é mais definido pelo seu contexto sintático (como uma oração embutida
depois de uma forma do verbo rʾy com ky, “ver que…”), do que é o sentido do segundo
exemplo, מה־טבו. Essa discrepância entre os idiomas hebraico e português leva o português
a “dissimular” o funcionamento das duas construções diferentes do hebraico.
1a. ַּוּי ֶ ְחכַּם ִמכָל־הָ ָָֽאדָ םE ele (Salomão) era mais sábio
(estativo) do que qualquer um.
1 Rs 5.11
Ec 2.19
Dt 34.9.
2b. שכָן׃
ְ ּוכְבֹוד יהוה ָמלֵּא ֶאת־ ַּה ִמE a glória de YHWH encheu
(fientivo) o tabernáculo.
Êx 40.34
b Alguns verbos, especialmente aqueles que denotam uma percepção mental ou estado
emocional, exibem simultaneamente características tanto estativas como fientivas. Muitas
vezes, como na oração: שנ ֵּ֑אתִ י
ָ שו
ָ וָאֹהַּב ֶאת־יַּעֲק ֹב ְו ֶאת־ ֵּע, “Amei a Jacó e a Esaú odiei” (Ml
1.2–3), são usadas formas estativas, e elas são traduzidas por formas não-progressivas em
português. Por outro lado, como na oração acima, elas podem ser limitadas por objetos
diretos, colorindo-as com uma noção fientiva, e podem ainda ocorrer no particípio, que tende
a ter um sentido progressivo e, portanto, fientivo. Por exemplo:
3a. ְוכָל־יִש ְָראֵּל וִיהּודָ ה אֹהֵּב ֶאת־E todo Israel e Judá amavam
ִ (literalmente: estava
שלְשֹו֑ ם odiando)
premeditadamente.
Dt 4.42.
Contudo, rigorosamente falando, ainda quando limitados por um objeto, os verbos não são
nocionalmente transitivos, porque nenhuma ação passa do agente para a palavra alvo. Na
oração שמַּע אֱֹלהִים אֶ ת־נַּ ֲא ָק ָ ֑תם
ְ ִ ַּוּי, “e Deus ouviu o lamento deles” (Êx 2.24), embora a
relação sintática entre o sujeito e o objeto é a mesma que em מצ ְִרי ִ ַּוּי ְַּך ֶאת־ ַּה, “e ele
(Moisés) matou o egípcio” (Êx 2.12), nocionalmente nenhuma ação passa do sujeito para o
objeto. R. H. Robins observa:
Entretanto, apesar de suas formas estativas e do equívoco semântico com esses verbos de
estado mental quando limitados por uma palavra alvo, eles são mais bem construídos como
quase-fientivos quando ocorrem implícita ou explicitamente com um objeto e como estativos
quando eles estão livres. A ocorrência com um objeto, em contraste com outros estativos,
sugere que eles foram constatados como fientivos. Compare estas orações:
4a. ִירא
ָ ָואEu estava com medo (estativo).
Gn 3.10.
Nm 14.9.
Gn 41.56.
5b. וְֹלא ֲחז ָקֹו׃Não o fortaleceu (fientivo).
2Cr 28.20.
c Alguns verbos têm tanto a forma estativa (qātēl) quanto a forma fientiva (qātal) no grau Qal.
Sl 93.1.
Lv 16.23.
7b. ַּו ֲאבִי ֶֶּ֫מלְֶך ֹלא ָק ַּרב ֵּא ֶֶּ֫לי֑ הAbimeleque ainda não se havia
chegado a ela.
Gn 20.4.
e Alguns eruditos pensam que as formas estativas desses pares são mais antigas que as
formas fientivas. Por exemplo: G. R. Driver sugeriu que nos verbos onde uma conjugação
sufixo intransitivo pode receber ou i ou a na sílaba final, a forma qātēl representa uma camada
mais antiga da língua do que a forma qātal (cf. 22.3fv). T. L. Fenton argumenta o oposto,
afirmando que onde existem os dois, o Qal fientivo é mais antigo do que o Qal estativo. Está
claro, em todo caso, que o número de pares de Qal fientivo/estativo é muito pequeno, e sua
diferenciação é somente de importância sincrônica marginal.
22.3 Morfologia
O paradigma fientivo (a/u) é o mais comum no árabe, enquanto que o estativo temporário
(i/a) e os paradigmas estativos permanentes (u/u) são menos freqüentes. Distribuições
semelhantes de formas comparáveis são encontradas no hebraico.
b O Qal hebraico tem seis paradigmas, três como o árabe e outros três resultantes de
diversos paradigmas menores e fusões:
י ֵּבֹוש ~ בוש “estar envergonhado”, etc.), mas em geral verbos ocos não se conformam
prontamente aos paradigmas discutidos aqui.
2. שבַּע
ָ )ש ֵֶּּ֫ב ֑עּו
ָ (~ שבָע
ְ ִ יestar saciado
3. שמַּח
ָ )ַּש ֶמח
ָ (~ שמַּח
ְ ִ יestar alegre
5. שכַּח
ָ )שכ ָ ֵּ֑חנִי
ְ (~ שכַּח
ְ ִ יesquecer
6. שמַּע
ָ )ַּש ֵּ ֑מע
ָ (~ שמַּע
ְ ִ יouvir
i (iii) Outros verbos fientivos fracos. O paradigma # 4 é comum para verbos fientivos I-yod:
7. ~ינק י ִָינ֑קsugar
8. ~יָעַּץ ייעץaconselhar
9. ~יקץ י ָ ִ֑קץacordar
j (iv) Outros verbos estativos fracos. Uma variedade de classes de verbos fracos usam este
paradigma para estativos: geminado קלל “ תֵּ קַּלser luminoso”, “ יֵּחַּת ~ חַּתestar
~
espalhado”, י ֵַּּרע ~ ַּרע, “ser mau”, I-gutural חז ַּק
ָ ~ “ י ֶ ֱחזָקser forte”, e talvez alguns verbos
ocos.
k (v) Verbos estativos regulares. À parte desses verbos fracos, o paradigma # 4 é usado
com verbos regulares. Muitos desses denunciam uma forma estativa primitiva na conjugação
sufixo por suas formas pausais e formas com sufixos verbais, ou pelas formas adjetivadas
paralelas do tipo qātēl com a mesma raiz. Com esses verbos parece como se o paradigma
fientivo dominante estivesse penetrando nos paradigmas estativos, pois se o paradigma # 3
está quase extinto, o paradigma # 2 está se extinguindo. Verbos que mostram uma forma de
sufixo estativo primitivo em suas formas pausais (e semelhantes) incluem:
Um verbo que mostra uma forma estativa primitiva pela sua forma com sufixos verbais é
“ יִגְדַּ ל ~ (גְדֵּ ֶַּּ֫לנִי) גָדַּ לser ou tornar-se grande”. Verbos que mostram uma forma estativa
primitiva pela forma paralela qātēl, incluem:
l (vi) Outros verbos regulares. Alguns verbos regulares com este paradigma não dão
indicação alguma de uma forma estativa primitiva. Em alguns exemplos, portanto, o
paradigma # 4 pode representar um paradigma original, mas raro, para verbos fientivos. Em
outros exemplos, pode-se suspeitar de que uma forma estativa original estivesse perdida:
22. שכַּב
ָ ~ שכַּב
ְ ִ יdeitar-se
a Às vezes, é feito um esforço para classificar os verbos usados no grau Qal. Para os
fientivos, este esforço não é importante por razões práticas e teóricas. Praticamente, os
verbos fientivos do paradigma # 1 são muito numerosos e variados, e teoricamente, o estudo é
mais lexical do que gramatical, porque mesmo uma divisão tão fundamental de verbos
fientivos em transitivos e intransitivos não é indicada por formas distintas. Para reforçar este
ponto, feito anteriormente (veja 22.2.1), coloque em contraste os verbos deste versículo:
Êx 21.33.
O Qal é usado nas duas espécies de verbo fientivo, sem qualquer contraste.
b O caso de verbos estativos é algo diferente; esse grupo menor pode ser analisado mais
lucrativamente. Os verbos estativos formais e nocionais são de três espécies: aqueles que
descrevem uma característica, uma circunstância externa ou um estado emocional. A distinção
é útil para a compreensão do significado dos verbos estativos em geral, principalmente em
relação com as conjugações verbais. Alguns verbos, como já foi mencionado, são estativos na
forma mas fientivos no significado; as linhas que dividem esses significados não são muito
nítidas. Alguns exemplos servirão para mostrar os três grupo:
2. ִיחי
֑ ִ יֶע ֱַּרב ָעלָיו שMinha meditação seja
agradável (característica) a ele.
Sl 104.34
Ne 9.21
4. ש ֵֶּּ֫מעּו
ָ ְוגַּם אֶל־ש ֹ ְפטֵּיהֶם ֹלאMas eles não ouviram (estado
psicológico) os seus juízes.
Jz 2.17
p 372 c Verbos que designam uma característica pode referir-se a uma qualidade inerente (p.
ex., qṣr), uma qualidade completa (p. ex., zqn), ou uma capacidade temporária ou contingente
(p. ex., ykl).
23. שפֵּל
ָ ~ שּפַּל
ְ ִ יser baixo
26. ְו ָטמֵּא עַּד־ ָה ֶֶּ֫ע ֶרב ְו ָטהֵּר׃E estará impuro até à tarde, e
então ficará puro.
Lv 11.32.
Alguns verbos circunstanciais (alguns deles não foram bem comprovados) podem ser
relacionados:
31. י ִי ַּקץdespertar
36. י ְִרקַּבapodrecer
37. שכַּב
ָ ~ שכַּב
ְ ִ יdeitar-se
Nm 14.9.
55. שנֵּא
ָ ~ שנָא
ְ ִ יodiar
22.5 Denominativos
a O grau Qal forma verbos denominativos, verbos baseados em substantivos (cf. também
24.4), ou com uma noção fientiva ou estativa. Os fientivos designam alguma ação implícita no
substantivo.
a Os massoretas reconheciam o Qal somente como um grau da voz ativa, mas há muita
evidência de que o hebraico bíblico tinha um aspecto passivo. Em bases comparativas, um p
374 Qal passivo é facilmente justificado. Um grau passivo simples é comprovado em algumas
das línguas cognatas: no árabe, onde está em pleno uso; no ugarítico, onde não se pode
facilmente distinguir a conjugação prefixo do grau passivo com prefixo n; nos comentários de
Tell Amarna; e possivelmente em alguns dialetos aramaicos. Além disso, alguns supostos Qal
passivos são apontados como formas de sufixo Pual, mas o Piel e o Hithpael da raiz ou são não-
atestadas ou atestadas somente num sentido diferente. Outros são apontados como formas
de prefixo Hophal, mas semelhantemente o Hiphil da raiz é não-atestado ou atestado somente
num sentido diferente. Também, em alguns casos, o Texto Massorético tem formas de prefixo
Niphal que devem ser analisadas como formas de sufixo de Qal passivo. Os particípios têm
formas impróprias para Niphal, Pual ou Hophal. Estas e várias assimetrias resultantes (por
exemplo, formas de sufixo Pual e formas de prefixo Hophal da mesma raiz no mesmo sentido)
sugerem a existência de um grau Qal passivo, como sugere a semântica das formas. A
assimilação anômala l de lqḥ também sugere que suas formas passivas são Qal. Uma
designação com base apenas no sentido é problemática.
b O Qal passivo de algumas raízes é encontrado para a conjugação sufixo (apontado como
Pual) e para a conjugação prefixo e para os particípios (apontados como Hophal), por exemplo,
lqḥ.
Gn 18.4
1c. אִם־תִ ְראֶה א ֹתִ י ֻל ָקח ֵּמ ִא ָתְךse me vires quando for tomado
de ti…
2Rs 2.10
Alguns verbos mostram somente a conjugação sufixo do Qal passivo (apontado como Pual),
por exemplo: bzz e zrʿ.
Formas com prefixo indicadas como Niphal ao lado de formas de sufixo do Pual para algumas
raízes, por exemplo: ḥṣb, onde os dois conjuntos são claramente Qal passivos.
Is 51.1
Um quarto grupo de raízes mostra somente formas de prefixo de Qal passivo, considerado
como Hophal.
5. מִי־י ִתֵּ ן ַּב ֵֶּּ֫ספֶר ְוי ֻ ֶָּ֫חקּו׃Quem
me dera, que se
gravassem num livro!
Jó 19.23
6. ַּם־קי ִן
ֶּ֫ ֑ ָ ש ְבעָתֶַּּ֫ י ִם יֻק
ִ כִיe Caim será vingado sete
vezes…
Gn 4.24
c Há dois particípios passivos Qal: quttal (apontado como se fosse uma forma abreviada do
Pual məquttal) e qittāl (aparentemente interpretado pelos massoretas como uma forma
adjetiva).
Êx 3.2
ְ ַּתlançareis no rio.
שלִי ֶֻּ֫כהּו
Êx 1.22
d As formas finitas do grau Qal passivo são tratadas pelos massoretas como segue. Onde
ocorrem as duas formas sufixo e prefixo, as formas sufixo são Pual; as formas prefixo ou p 376
são Hophal (no caso de duas raízes) ou Niphal (no caso de nove raízes). Se somente são usadas
formas sufixo, elas são consideradas como Pual (para dezesseis raízes).
Qal passivo
— י ֻתַּ ן —
a A grande maioria dos verbos hebraicos tem sujeitos pessoais; eles podem ser definidos,
como de costume, ou indefinidos, como com o uso pseudo-passivo da terceira pessoa do
masculino plural ou, menos freqüentemente, singular (4.4.2). Um pequeno grupo de verbos é
usado impessoalmente, isto é, sem outro tópico qualquer em vista além da condição ou da
ação expressa pelo predicado; quase todos são encontrados no Qal. Tais construções são
familiares do verbo circunstancial português, por exemplo: “Está chovendo”, “Está quente lá
fora”. Uma categoria de construções impessoais do hebraico é a circunstancial (##1–2).
1Sm 29.10
2. שלֵּג ְב ַּצלְמֹון
ְ ַּתNeva no (monte) Zalmom.
Sl 68.15
Jn 4.1
1Sm 16.23
Jó 20.22
Jó 3.13
Pv 24.25
p 378 23
Grau Niphal
23.1 Forma e Significado
2.1 Médio
2.2 Passivo
23.3 Tipos Adjetivais do Niphal
a Os graus Qal e Niphal distinguem-se dos outros graus por lhes faltarem qualquer
elemento de causalidade (cf. 23.4h). Os dois se distinguem entre si em que o grau Qal ou G é
não-marcado, enquanto que o grau Niphal ou N é marcado, tanto morfologicamente (com n)
quanto semanticamente. O aumento n característico do grau, funcionando principalmente
como uma contrapartida marcada do grau G, é atestado em toda a área semítica com exceção
do aramaico. No hebraico, o nun aparece inicialmente na conjugação sufixada niqtal, no
particípio niqtāl e numa forma do infinitivo absoluto, niqtôl; ele aparece em uma forma não
assimilada com a primeira consoante da raiz na conjugação prefixada yiqqātēl, e em formas
afins com o chamado h de proteção, por exemplo, o imperativo hiqqātēl, o infinitivo contruto
hiqqātēl, e em outra forma do infinitivo absoluto, hiqqātēl.
b A respeito da origem do prefixo n nada em definitivo pode ser dito. Hans Bauer e Pontus
Leander supõem que os afixos *na e *ta nos graus Niphal e Hithpael, representem
respectivamente os pronomes da primeira pessoa plural do proto-semítico original p 379 (cf.
o hebraico ʾanáḥnû) e da segunda pessoa (cf. o hebraico ʾattâ, etc.). Posteriormente
consideraram como possiblidade que esses afixos originalmente indicassem reflexivos
somente para essas pessoas e que eles se generalizaram secundariamente nas conjugações
para expressão do reflexivo. Eles defenderam sua conjectura mostrando as línguas
escandinava e eslava, nas quais o pronome reflexivo da terceira pessoa penetravam nas
pessoas remanescentes em expressões do passivo.
e Thomas O. Lambdin foi além dos esforços básicos abstraindo um significado médio-
passivo do que considerava ser as quatro categorias do uso do Niphal: (1) passivo incompleto,
(2) médio, (3) reflexivo, e (4) resultante: “Essas quatro categorias foram definidas com base no
inglês. Em hebraico, contudo, elas são uma: o médio-passivo, tal como expresso pela forma
Niphal”. Ernst Jenni também procurou um significado essencial e não encontrou uma categoria
equivalente de pensamento nas línguas indo-européias:
i O Niphal funciona normalmente como uma contrapartida do Qal, mais do que qualquer
dos graus de causalidade, mas às vezes se torna confuso com valores normalmente atribuídos
ao próprio Qal ou serve como uma contrapartida médio-reflexiva a um grau de causalidade
(23.6).
1a. שמָר׃
ְ ִּו ְבנָבִיא נPor um profeta ele (Israel) foi
guardado.
Os 12.14
2Sm 20.10
a A base do papel sistêmico do grau Niphal é o seu contraste com o Qal. O par elementar
Qal: Niphal envolve, como demonstraremos, uma construção com um verbo Qal transitivo
regido por um sujeito agente e regendo um objeto e um verbo Niphal intransitivo
correspondente onde o objeto do Qal serve como o sujeito, e o agente do Qal não é expresso.
Verifique estes dois empregos de ‘ בקעfender, romper.’
1a. ַּוּי ִ ְבקַּע אֱֹלהִים ֶאת־ ַּה ַּמכְתֵּ שEntão Deus fendeu (Qal) a
caverna.
Jz 15.19
1b. נִ ְבקְעּו כָל־ ַּמ ְעי ְנ ֹת תְ הֹום ַּרבָהE todas as fontes do grande
abismo se romperam (Niphal).
Gn 7.11
2a. כְמֹו פ ֹ ֵּל ַּח ּוב ֹ ֵּק ַּע ב ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץComo
quando alguém lavra e
sulca (Qal) a terra.
Sl 141.7
2b. וַּתִ ָבקַּע ָה ֶָּ֫א ֶרץ בְקֹולָם׃e a terra retiniu (Niphal) com
seu clamor.
1Rs 1.40
Jz 7.20
3b. שבֵּר׃
ָ שבָה ְל ִה
ְ ְו ָה ֳאנִּי ָה ִחE o navio ameaçava quebrar-se
(Niphal).
Jn 1.4
4. ש ָ ֑מח
ְ ִ ִבנְפ ֹל אֹויִבְָך ַאל־תQuando cair (Qal) o teu inimigo,
ּובִכָ ָֽשְלֹו ַאל־יָגֵּל ִל ֶֶּ֫בָך׃não te alegres, nem quando
tropeçar (Niphal) se regozije o
teu coração.
Pv 24.17 Qere
b Uma ferramenta para entender pares como aqueles citados para bqʿ e šbr é o conceito
de ergatividade. Como observado anteriormente (21.2.2f n. 20), em muitas línguas (p. ex., o
basco, as línguas dos esquimós, as da Geórgia Européia) o sujeito de um verbo intransitivo é
marcado com a mesma inflexão de caso como o objeto de um verbo transitivo equivalente.
Por exemplo, em esquimó, a oração ‘Boaz mudou Noemi,’ que implicitamente responde à
pergunta: ‘O que fez Boaz?’, se transforma, em resposta à pergunta: ‘O que aconteceu a
Noemi’?, ‘Mudou-a,’ não ‘Ela mudou.’ A função deste caso é chamada de ergativa. O emprego
do médio do Niphal tem algumas semelhanças com o paradigma ergativo, o mais marcante
envolvendo אֶת־.
5b. שרֹו
ָ וְֹלא י ֵָּאכֵּל ֶאת־ ְבSuacarne não será comida
(Niphal).
Êx 21.28
Ez 25.15
23.2.2 Passivo
1. וַּּיֶּ֫ ֹולְֶך יהוה ֶאת־ ַּהּי ָם … ַּו ֶָּּ֫ישֶםE YHWH fez retirar o mar…
e
ֶאת־ ַּהּי ָם ֶלח ָָר ָ ֑בה ַּוּי ִ ָבקְעּו ַּה ֶָּ֫מי ִם׃tornou o mar em terra seca
e
assim as águas foram divididas.
Êx 14.21
Aqui vemos justapostos o paradigma sintático agente (‘YHWH’) + verbo transitivo (‘fez retirar’) +
palavra objetiva (‘mar’) com o paradigma Niphal + palavra objetiva. O segundo paradigma está
incompleto (o agente está omitido). A forma de bqʿ pode ser tratada como uma média, isto é,
‘as águas divididas’, mas a nuança de agente da terceira oração está tão fortemente presente
pelas duas primeiras que é melhor classificada como passiva. O mesmo fenômeno poder ser
observado com ‘ ּפתחabrir.’
Ez 33.22
3a. ָהפְַּך ִלבָם ִלשְנ ֹא עַּמֹ֑וEle (Deus) mudou (Qal) seu (dos
egípcios) coração para odiar seu
povo.
Sl 105.25
3b. ַּוּי ֵּ ָהפְֵּך ְלבַּב ּפ ְַּרע ֹה ַּו ֲעבָדָ יו אֶל־E o coração de Faraó e de seus
ָהעָםoficiais mudou (ou: foi mudado)
(Niphal) contra o povo.
Êx 14.5
d Nas línguas indo-européias ocorreu uma fusão semelhante da voz média de não-agência
com a passiva de agência. Na verdade, John Lyons observa: “isto parece ter sido o point de
départ para o desenvolvimento subseqüente de construções passivas nas línguas p 384 indo-
européias”. Assim, por exemplo, em latim encontra-se (fazendo A representar o agente e B
representar o objeto):
Isto é, a voz passiva latina tem um sentido de voz média. No grego, “a oposição de voz… é
primariamente voz ativa versus voz ‘média’. A voz passiva foi um desenvolvimento posterior”.
e As construções passivas no hebraico podem ser incompletas ou completas. No
incompleto passivo, o agente não é indicado.
Is 57.1
6. ש ֶּ֑֫ ָמרּו
ְ ִלְעֹולָם נEles
são preservados para
sempre.
Sl 37.28
7. ּומ ְַּראֵּה ָה ֶֶּ֫ע ֶרב ְוה ֶַּּ֫ב ֹקֶר ֲאשֶרE a visão da tarde e da manhã,
נֶ ֱא ַּמר ֱא ֶמת ֑הּואque foi dita, é verdadeira.
Dn 8.26
Êx 22.2
Uma forma especial do passivo incompleto envolve a forma da terceira pessoa singular sem
um sujeito expresso. Para refletir esta espécie de construção impessoal, com seu modelo
sujeito + verbo, o inglês usualmente pede a inserção do pronome “simulado” it.
Gn 2.23
11. ּו ַּב ֲחב ָֻרתֹו נ ְִרּפָא־ ֶָּ֫לנּו׃Epelas suas pisaduras fomos
sarados [were healed] (lit., isto
foi cura para nós) [it was healed
to us].
Is 53.5
Como ocorre com o emprego de outros passivos, o sujeito de um Niphal pode ser marcado
com a partícula את.
13. ַּכ ֲאשֶר י ֵָּאכֵּל ֶאת־ ַּה ְצבִי וְאֶ ת־como se comem o corço e o
ָה ַּאּי ָלveado
Dt 12.22
( ּש##
f No passivo completo, o agente pode ser indicado por uma frase preposicional com
14–16) ou ( ך## 17–19); os meios ou instrumentos podem ser dados depois de ( ּש# 20) ou מן
(# 21).
Gn 9.6
16. כָל־ ְמלָאכָה ֹלא־י ֵּ ָעשֶה ָבהֶםNenhuma obra será feita por
eles.
Êx 12.16
Gn 31.15
Êx 12.16
20. כִי ְבאֵּש ִקנְָאתִ י תֵּ ָאכֵּל כָל־porque toda essa terra será
ָה ֶָּ֫א ֶרץ׃consumida pelo fogo do meu
zelo.
Sf 3.8
a O Niphal tem vários empregos que podem ser chamados livremente de adjetivais: estes
incluem os adjetivais simples (cf. ‘o muro foi quebrado’), o ingressivo-estativo (cf. ‘Noemi ficou
triste’) e o gerundivo (cf. ‘Jônatas será amado’). Como os exemplos abaixo sugerem, o
ingressivo e o gerundivo são usados tanto com sujeitos pessoais quanto com sujeitos não-
pessoais.
b No Niphal adjetival simples, o sujeito está num estado adjetival definido pelo verbo; tal
forma é “essencialmente um verbo estativo”. Lambdin faz um contraste comparável com o
passivo inglês e as formas adjetivais simples: “Na voz passiva It was broken (‘foi p 386
quebrado’), was (‘foi’) é um verbo auxiliar na unidade was-broken (‘foi quebrado’),” ao passo
que na adjetival “It was broken (‘estava quebrado’), was (‘estava’) é o verbo to be (‘ser’)
seguido por um adjetivo/particípio”.
Is 5.27
Jr 51.30
c O Niphal ingressivo-estativo descreve o sujeito que está prestes a estar num estado
particular. Se o sujeito é não-pessoal, o Niphal também tem um sentido médio.
4. ְו ִהנֵּה־ ֶַּּ֫מי ִם ָבאִים ִמדֶֶּ֫ ֶרְך אֱדֹו֑ םEis que vinham as águas pelo
וַּתִ ָמלֵּא ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֶאת־ ַּה ֶָּ֫מי ִם׃caminho de Edom e a terra se
encheu dágua.
2Rs 3.20
Com um sujeito pessoal, o ingressivo-estativo também tem um sentido reflexivo, porque ele se
refere a emoções e assim por diante, que reagem sobre a psiquê.
Gn 43.30
6. כִי נִ ְבחֲלּו ִמ ָּפנָיו׃porque estavam pasmados
diante de sua face.
Gn 45.3
7. ש ְלחָן
ֻ ַּו ֶָּּ֫יקָם י ְהֹונָתָ ן ֵּמעִם ַּהPelo que Jônatas, todo
1Sm 20.34
Jr 15.6
Pv 26.15
p 387 d Por “gerundivo” queremos dizer dos verbos no Niphal (muitas vezes particípios)
significando que o estado adjetival é necessário, ou próprio ou possível. Em inglês, os sufixos
adjetivais –able / –ible / –ful / –ly / significam essas noções.
11. ַּל ֶַּּ֫בי ִת ַּהנִ ְבנֶה ְלשֵּם־יהוה׃a casa que está para ser
edificada ao nome de YHWH.
1Cr 22.19
12. ַּנֹורא
ָ כָל־ ַּה ִמדְ בָר ַּהגָדֹול ְוהe caminhamos por aquele vasto
e tremendo (dreadful) deserto
que vistes.
Dt 1.19
13. נֹורָאה׃
ָ ֵּמ ֶֶּ֫א ֶרץda terra horrível (terrible).
Is 21.1
14. נֹושבֶת
ָ ֶּ֑֫ עַּד־בָֹאם אֶל־ ֶֶּ֫א ֶרץaté que entraram em terra
habitável.
Êx 16.35
15. ַּוּי ַּכּום ְלפִי־ ֶֶּ֫ח ֶרב … כָל־ ַּהנִ ְמ ָ ֑צאe os feriram ao fio da espada…
todos os que foram achados.
Jz 20.48
17. ּובֵּין ַּה ַּחּי ָה ַּהנֶ ֱא ֶֶּ֫כלֶת ּובֵּין ַּה ַּחּי ָהe entre os animais que se
ֲאשֶר ֹלא תֵּ ָאכֵּל׃podem comer e os animais que
não se podem comer.
Lv 11.47
18. עֲש ֹה צְדָ קָה ּו ִמש ָ ְּ֑פט נִ ְבחָרFazer justiça e julgar com
לַּיהוה ִמזָבַּח׃retidão é mais agradável ao
Senhor do que oferecer
sacrifícios.
Pv 21.3
Is 1.24
Em outros casos, o sentido reflexivo é encontrado ao lado de outros, por exemplo, נִצַּלpode
significar ‘livrar-se’ ou ‘ser livrado.’
c Em muitas situações onde outras línguas usam construções reflexivas, o hebraico não usa
( ל11.2.10d), כ,
o Niphal. Por vezes a relação reflexiva é expressa por meio das preposições
etc., com um pronome pessoal ou alguma circunlocução, tal como נפשou לבב.
4. שתֵּ י נ ִ ָ֑שים
ְ ַּוּי ִ ַּקח־לֹו ֶֶּ֫ל ֶמְךEntão
Lameque tomou para si
duas mulheres.
Gn 4.19
Lv 19.18
1Sm 20.17
Dt 7.17
Uma construção reflexiva pode, também, envolver um Niphal junto com uma frase
preposicional, como na injunção freqüente לְָך שמֶר
ָ ֶּ֫ ִה, ‘Guarda-te a ti mesmo’ (Dt 4.9).
d Numa construção de beneficiação, o sujeito age em seu próprio benefício ou interesse; o
verbo é geralmente transitivo. Essa construção, como observada acima, também ocorre com o
médio grego (p. ex.: endysasthai khitōna ‘vestir-[se] a túnica’). Compare o reflexivo francês ‘Je
me lave’ (‘Eu estou me lavando’) e a construção de beneficiação ‘Je me lave une chemise’ (‘Eu
[me] lavo uma camisa’). O Niphal de beneficiação não é comum.
9. ַּוּי ִ ְק ָרא יַּעֲק ֹב אֶל־ב ָָנ֑יו ו ֶַּּּ֫י ֹ ֶמרEntão Jacó chamou seus filhos e
הֵָּאסְפּוdisse: Ajuntai-vos.
Gn 49.1
A ação de comum acordo pode ser auto-contida (# 10) ou direcionada para fora (# 11).
A ação hostil pode incluir um combate único (## 12–13) ou um processo judicial (# 14).
Êx 21.22
1Sm 17.10
14. יהוה
֑ ש ְפטָה ִאתְ כֶם ִל ְפנֵּי
ָ ְו ִאe contenderei convosco perante
o Senhor.
1Sm 12.7
Em uma oração transitiva o modo recíproco se funde com o de beneficiação.
15. ַּוּי ִ ָּועַּץ ַּה ֶֶּ֫מלְֶך ְר ַּח ְבעָם ֶאת־Então o rei Reoboão consultou
ַּהז ְ ֵּקנִיםos anciãos…
1Rs 12.6
f Uma construção de tolerância é aquela que combina a noção reflexiva com a noção de
permissão. O sujeito permite que um agente implícito ou explícito produza sobre ele a ação
indicada pelo verbo: ‘X (sujeito) se permite ser Y (verbo).’ Se numa voz passiva o sujeito é um
não-voluntário e na reflexiva o sujeito é voluntário, então na toletativa o sujeito é meio-
voluntário. O hebraico muitas vezes usa o Niphal em tais construções. Uma tradução passiva
desses tipos de Niphal muitas vezes é possível; por exemplo: ( ִהזָהֵּר ְבנִיEc 12.12) pode ser
traduzido: ‘Cuidado, meu filho’ ou ‘Permita-se/Sofra tu mesmo o ser avisado, meu filho.’ Na
verdade, outras línguas usam a voz passiva e formas semelhantes para construções tolerativas,
por exemplo, a forma média do grego em Anebē de kai Iōsēph … apograpsasthai, ‘José então
foi … para ser alistado (isto é, permitir-se ser alistado)’ (Lc 2. 4–5).
Is 19.22
Is 65.1
18. ַּוּיֶעְתַּ ר י ִ ְצחָק לַּיהוה … ַּוּי ֵּ ֶָּ֫עתֶ רE Isaque suplicou (Qal) a YHWH…
ֹלו יהוהe YHWH respondeu (< permitiu-
se ser suplicado por) ele.
Gn 25.21
19. ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ ַּו ֲאנִי ִאדָ ֵּרש ָלכֵּם בֵּית יE eu me permito ser inquirido
חַּי־ ֲאנִי … אִם־ ִאדָ ֵּרש ָלכֶם׃por vós (ou: respondo-vos), ó
Casa de Israel? Assim como eu
vivo … eu não permitirei ser
inquirido por vós (ou:
responder-vos).
Ez 20.31
Ez 14.3
Rt 3.3
22. וְנֹודַּ ע יהוה ְל ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם ְוי ָדְ עּוE o Senhor se dará a conhecer
ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם ֶאת־יהוהao Egito, e os egípcios, e assim
os egipcios conhecerão o
Senhor.
Is 19.21
p 391 23. ָוא ֵָּרא אֶל־ַאב ְָרהָם … בְאֵּ לEu apareci (< fiz-me ser visto) a
שמִי יהוה ֹלא נֹודֶַּּ֫ ְעתִי ַּ Abraão… como Todo-Poderoso;
ְ ש ָ ֑די ּו
mas por meu nome YHWH eu
ָלהֶם׃não me fiz conhecido deles.
Êx 6.3
Visto que esta função do Niphal corresponde à função primária do Hithpael, os dois graus
podem ser usados semelhantemente com alguns verbos. Em pelo menos um caso, o Niphal
mais antigo é substituído pelo Hithpael mais recente (com a mudança da preposição usada).
a Dois grupos de Niphal quebram os esquemas que elaboramos. Um grupo inclui raízes de
verbos atestadas somente no Niphal; esses casos isolados são deixados sem classificação
porque os outros graus verbais estão faltando para servir como pontos de referência. Dentre
eles estão אבק, ‘lutar’ (somente em Gn 32.25–26), אות, ‘consentir,’ אלח, ‘sercorrupto’. Os
dois primeiros são aparentemente recíprocos e o terceiro adjetival.
b O raro uso denominativo do Niphal provavelmente está relacionado com suas funções
ingressivo-estativas e causativo-reflexivas.
p 392 Especificamente, alguns verbos no Niphal com suas várias funções se tornaram
confusos com o Qal, o Piel, o Hiphil e o Hithpael.
1a. שה׃
ָ כִי ָח ִֶּ֫ליתִ י הַּּיֹום שְלporque adoeci (Qal) há três dias
1Sm 30.13
1b שבֶר יֹוסֵּף׃
ֵּ ֶּ֫ וְֹלא נֶחְלּו עַּל־Masnão vos afligis (Niphal)
pela quebra de José.
Am 6.6
Sl 46.3
2b בַּל־תִ מֹ֑וטe a terra se derreteu (Niphal)
Sl 46.6
c Alguns verbos constroem sua conjugação sufixada com o Niphal e sua conjugação
prefixada com o Qal. Mayer Lambert explica esse fenômeno:
Este modelo é um exemplo de supleção [em lingüística e em etimologia significa o uso de uma
forma flexionada de uma palavra como uma palavra totalmente diferente, não cognata na
forma flexionada].
Êx 24.2
p 393 4. וַּתְ פּו ֶֶּ֫צינָה ִמ ְבלִי ר ֶ ֹ֑עה … נ ֶָּ֫פ ֹצּוMinhas ovelhas andam
צ ֹאנִיdesgarradas (Qal) porque não
há pastor… meu rebanho se
espalhou (Niphal).
Ez 34.5–6
Am 9.5
d É provável que, às vezes, o Qal passivo e o Niphal fossem confundidos pelos massoretas,
como, por exemplo, com os verbos I-nun em sua conjugação prefixada, onde o antigo Qal
passivo teria um šureq em lugar do ḥireq do Niphal. Lambert argumenta: “É provável que no
caso de I-nun onde o Niphal não se encontrava separado do passado [a conjugação sufixada], o
Niphal passado, se tinha o sentido passivo, seria considerado como um antigo passivo do Qal”.
Três exemplos que ele cita são: ngœ Niphal ‘ser duramente pressionado,’ ( נִגַּשp.ex.: # 3; 1Sm
13.6); nṭʿ Niphal ‘ser plantado,’ somente em נִ ֶָּ֫טעּו (Is 40.24); nsḥ Niphal ‘ser arrancado,’
somente em סחְתֶ ם
ַּ ִ( ְונDt 28.63; cf. י ִסְחּו, provavelmente Qal passivo יֻסְחּוem Pv 2.22 como
no texto da Guenizá do Cairo).
Lambert também alega que a sustituição gradual do Niphal pelo Qal passivo pode ser vista
com alguns verbos que mostram um infinitivo absoluto Qal diante de uma forma Niphal
prefixada, como, por exemplo: סָקֹול יִסָקֵּ ל, ‘Ele certamente será apedrejado’ (Êx 19.13) e
שָקֹול י ִשָ קֵּל, ‘será pesado’ (Jó 6.2). Ele corretamente reconhece que não se pode estar certo
acerca de quais verbos esta substituição ocorreu (cf. 35.2. 1d).
a Embora o Niphal normalmente fique em justaposição com o Qal, com alguns verbos ele
serve como a contrapartida médio-reflexiva para o Piel; os graus passivo e reflexivo usuais são
Pual e Hithpael, respectivamente. A mistura é mais clara com verbos cujo Qal não seja
atestado; este é o caso com todos os pares de verbo apresentados aqui.
Sl 69.6
1Sm 16.14
p 394 2b. כִי נִ ְבעַּת ִמ ְּפנֵּי ֶֶּ֫ח ֶרב ַּמ ְל ַּאְךPorque ele estava aterrorizado
(יהוה׃Niphal) pela presença da
espada do anjo de YHWH.
1Cr 21.30
3. ּובַּת אִיש כֹהֵּן כִי תֵּ חֵּל ִלז ְנֹ֑ותSe a filha de um sacerdote se
Lv 21.9
a Assim como com as raízes Piel: Niphal, o Niphal de alguns verbos ficam mais próximos do
Hiphil do que do Qal.
1.b ִימנּו
ָ ֶּ֑֫ אִם־ֹלא נִ ְכחַּד קCertamente nossos inimigos são
destruídos (Niphal).
Jó 22.20
2Sm 22.42
2b. שעַּ׃
ֵּ ּומֵּאֹיְבַּי ִא ָּוEu estou salvo (Niphal) de meus
inimigos.
2Sm 22.4
3a. ִיעם
֑ ֵּ ַּוּי ַּ ְכנE
ele (Davi) sujeitou-os (Hiphil)
(os Filisteus).
2Sm 8.1
1Sm 7.13
4a. ִיאנִי
֑ ָ ֶּ֫ ְבצֵּל י ָדֹו ֶה ְחבNa sombra de sua mão ele
ocultou-me (Hiphil).
Is 49.2
Jz 9.5
5. ְו ַּאתָ ה כִי ִהזְה ְַּרתֹו צַּדִ יק ְל ִבלְתִ יSe tu avisares (Hiphil) o justo,
חֲט ֹא … וְהּוא ֹלא־ח ָ ָ֑טא חָיֹוpara que não peque…, e ele não
pecar, certamente, viverá,
י ִ ְחי ֶה כִי נִזְהָרporque ele se permitiu ser
avisado (Niphal).
Ez 3.21
p 395 6. … ַּו ֲהכִינ ֹתִ י ֶאת־ ַּמ ְמ ַּלכְתֹו׃E eu estabelecerei (Hiphil) o seu
וְכֹנַּנְתִ י ֶאת־ ִכסֵּא ַּמ ְמ ַּלכְתֹו עַּד־reino …e eu estabelecerei
(Polel) o trono de seu reino
עֹולָם׃ … ִכ ְס ֲאָך י ִ ְהי ֶה נָכֹון ע ַּ֨דpara sempre… teu trono será
עֹו ָלם׃restabelecido (Niphal).
2Sm 7.12,13,16
1a. ְוהִתְ ב ֲָרכּו ְבז ְַּרעֲָך כ ֹל גֹוי ֵּי ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץE
por tua semente todas as
nações da terra serão
abençoadas (Hithpael).
Gn 22.18
O significado passivo de ambos os verbos está claro no contexto: é Deus quem abençoa (Gn
12.3a, 22.17), isto é, quem concede o vigor, embora através de um agente. Com alguns verbos
a conjugação sufixada Niphal e a conjugação prefixada Hithpael suplementam ou
complementam uma à outra, formando um paradigma; os verbos são טמאe יצב.
Lv 18.24
p 396 24
Grau Piel
24.1 Forma e Significado
24.2 Factitivos
24.3 Resultativos
24.4 Denominativos
24.5 Freqüentativos
d Jenni começa seu estudo desligando-se da respeitável tradição acatada pelas gramáticas
árabes e hebraicas, olhando para os desenvolvimentos recentes da gramática acádica, onde
Goetze estabeleceu uma conexão íntima entre o significado estativo do grau G (~ Qal hebraico)
e o grau D. De acordo com Goetze, o grau acádico D não modifica a raiz verbal, como é o caso
do acádico Š e os graus N (~ Hiphil e Niphal hebraicos). Pelo contrário, o grau D está associado
ao uso adjetival do grau G. Entre as formas finitas do acádico, cinco são importantes (os
exemplos são da raiz parāsu, “separar, cortar”): presente iparras “ele está cortando”, perfeito
iptaras “ele cortou”, pretérito iprus “ele cortava”, imperativo purus “corta!”, e o permansivo
[certas línguas como o acádico possui um tempo que denota um estado mais ou menos
permanente. O equivalente em português seria algo como um ‘quasi-permanente’, mas será
mantida a nomenclatura permansivo] ou estativo paris? “ele é cortado”. O último desses é
relevante aqui; a forma do verbo permansivo ou estativo acádico não deve ser confundida com
a classe dos verbos estativos, isto é, verbos que se referem a estado ou qualidade (22.2.1). A
forma permansiva acádica é usada quando o sujeito tem uma qualidade ou sofreu uma ação
associada com a raiz. (No último caso, a forma é traduzida como uma voz passiva). A proposta
de Goetze associa o grau G permansivo arik “é longo” com o grau D urrukum “fazer (ser)
longo”. Wolfram von Soden em sua gramática padrão do acádico, segue Goetze descrevendo o
grau: “A função principal do grau D é factitiva, isto é, expressase sobre tudo aquilo que motiva
uma situação que seria designada pelo permansivo do grau G,… (p. ex.: damiq “ele é bom”:
dummuqum “fazer o que é bom”; baliṭ “ele está vivo”: bulluṭum “fazer [ser] vivente, conservar
vivo”; salim “ele é afetuoso”: sullumum “tornar-se [ser] afetuoso, reconciliar”). Deste modo,
na gramática de von Soden, o conceito de “intensivo” não é usado para explicar o grau D.
i O Piel está associado com causalidade: o Piel causa antes um estado do que uma ação
(como faz o Hiphil, para o qual reservamos o termo causativo). Desde que o objeto de
causalidade esteja num estado de receber os efeitos de uma ação, ele está inerentemente
passivo em parte. Estes dois traços, enfatizados anteriormente (21.2.2), comportam-se bem
com a análise de Jenni e continuam o projeto básico desse erudito de descobrir a unidade
“viva” do sistema de grau.
24.2 Factitivos
a A classe de verbos com um perfil básico (Qal intransitivo) :: Piel factitivo :: (Hiphil-
causativo) inclui, de acordo com Jenni, cerca de cem verbos, que podem ser divididos em
quatro grupos:
Os últimos dois grupos podem ser tratados como Qal intransitivos com base na evidência
oriunda de línguas cognatas e de paradigmas semânticos. Por exemplo, o Piel do hebraico glḥ
“barbear-se” não tem correspondente Qal, mas o árabe tem o grau simples jaliḥa, “ser calvo”.
p 401 b No Piel dessa classe de verbos, o sentido básico do Qal é transformado: o Piel
indica um estado efetuado e rege um objeto. Essa classe de verbos inclui, principalmente, Qal
intransitivos (verbos que não regem um objeto direto), a maioria deles estativa; mas quase-
fientivos (22.2.3) e alguns transitivos (de um tipo historicamente diferente) estão também
incluídos (o caso de למדé discutido abaixo). Os verbos denotam basicamente uma condição,
seja uma condição geral (p. ex.: “ser rico”) ou uma situação realizada (p. ex.: “estar gasto”).
Nós excluímos, em contraste com Jenni, os Qal intransitivos que se referem a esforços físicos
(p. ex.: נתר “saltar”), projeção vocal (p. ex.: צעק “clamar”), e expectação (p. ex.: קוה
“esperar”); veja 24.5 para esses.
c A diferença entre Qal, Piel e Hiphil pode ser vista em conexão com o verbo למד. Os
gramáticos muitas vezes citam esse verbo como um exemplo de função causativa do Piel
desde que o Qal signifique “aprender” (sempre transitivo) e o Piel “ensinar (alguma coisa a
alguém)”, um emprego muito semelhante ao Hiphil de duplo acusativo. Mas למד
originalmente era intransitivo, a julgar pela sua vogal temática a com a conjugação prefixo Qal,
e pelo etiópico, onde significa “estar acostumado”. O passo entre esse sentido intransitivo e
seu sentido transitivo no hebraico pode ser visto no aramaico, onde o verbo significa “estar
acostumado (a alguma coisa)”. O Piel hebraico constrói sobre o significado intransitivo, e desta
base o sentido pode ser extrapolado para “fazer (alguém) acostumado (a alguma coisa), isto é,
ensinar (alguma coisa a alguém)”, um significado distinto do sentido do Hiphil, como veremos.
d O Piel factitivo pode ser o resultado de uma causalidade sensorial, um resultado “real”
acessível aos sentidos físicos, ou a uma causalidade psicológica ou lingüística, uma mudança
mental ou a um ato da fala que reflita uma mudança mental.
e Um factitivo “real” refere-se a um evento objetivo, um evento que poder ser visto ou
sentido separadamente dos participantes. O verbo חלהé o único Qal intransitivo atestado em
todos os sete graus, e ele fornece exemplos aptos para o contraste Qal: Piel.
Dt 29.21
A forma Qal é estativa, e a ação do Piel implica pôr o objeto (aqui, o objeto preposicional de b)
num estado descrito pelo Qal. Considere este par contrastante:
Êx 29.21
2b. ַּקדֶ ש־לִי כָל־בְכֹורConsagrai (Piel) a mim todo
primogênito.
Êx 13.2
p 402 O Qal intransitivo “ser santo” torna-se no Piel “fazer ser santo = transferir-se para um
estado de santidade = consagrar”, que toma um objeto. O próprio entendimento deste
exemplo depende de uma apreciação de “santidade” mesma como um atributo físico e de
“consagração” como resultado de diversos gestos de toque e de borrifação. Considere outro
par envolvendo um Qal intransitivo:
Gn 20.4
Is 46.13
As interpretações podem ser enganosas. A forma Qal, embora possa ser interpretada por
“chegar perto, aproximar”, representa um evento estativo ingressivo; a idéia principal da
história é que Abimeleque não tinha infringido o status protegido de Sara como mulher casada
ao aproximar-se dela. Na passagem com o exemplo Piel o objeto ṣdqty admite o estado de
“estar próximo”. Finalmente, compare esses verbos que são fientivos no Qal com seus
complementos no Piel.
4a. שבּו
ֵּ ֶּ֫ ֵּ עַּל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ יE
sobre a terra se sentarão
(Qal).
Ez 26.16
5. ְב ֶֶּ֫ט ֶרם תָ בֹוא ֲא ֵּלהֶן ַּה ְמי ַּ ֶֶּ֫לדֶתAntes que a parteira (lit. aquela
ְוי ָ ֶָּ֫לדּו׃que ajuda o nascimento) venha
(Piel) a elas, já têm dado à luz
os filhos (Qal).
Êx 1.19
1Sm 2.30
p 403 O uso do Piel muitas vezes é interpretado como “amaldiçoar”, mas mais estritamente
significa “declarar ser insignificante”.
2Sm 19.22
7a. וַּּי ֹאמֶר יהוה אֶל־י ְהֹושֻע הַּּיֹוםYHWH disse a Josué: “Hoje
ַּהז ֶה ָאחֵּל גַּדֶ לְָך ְבעֵּינֵּי כָל־começarei a engrandecer-te
(Piel) perante os olhos de todo
ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ יo Israel”.
Js 3.7
Sl 34.4
Lv 13.34
Em alguns casos o verbo se refere primeiramente à aproximação refletida nos atos da fala.
Jó 32.2
9b. ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ שבָה י
ֻ צִדְ קָה נַּ ְפשָּה ְמA rebelde Israel justificou (Piel)
מִבֹגֵּדָ ה י ְהּודָ ה׃mais a sua alma mais do que a
aleivosa Judá.
Jr 3.11
9c. וַּתְ צַּדְ קִי אֶת־ ֲאחֹותֶַּּ֫ י ְִך ְבכָל־E tu fizestetuas irmãs
Ez 16.51 Qere
h Dado que o factitivo está associado com o estado adjetival, o uso comparativo não é
surpreendente. Os exemplos dados acima de ṣdq são todos comparativos, o objeto de
comparação é regido por mn (## 9a–b) ou não-expresso (# 9c). Tal uso comparativo encontra-
se em exemplos estimativos simples.
10. וַּתְ ַּכבֵּד ֶאת־ ָב ֶֶּ֫ניָך ִמ ֶֶּ֫מנִיTu honrastes mais a teus filhos
do que a mim.
1Sm 2.29
11. וִיגַּדֵּ ל ֶאת־ ִכסְאֹו ִמ ִכסֵּא ֲאדֹנִיE faça que seu trono seja maior
ַּה ֶֶּ֫מלְֶך דָ וִד׃do que o trono de meu senhor,
o rei Davi.
1Rs 1.37
12. ֱֹלהים
֑ ִ וַּתְ ַּחס ְֵֶּּ֫רהּו ְמעַּט ֵּמאContudo,a fizeste (a
humanidade) faltar [somente]
pouco para seres divinos.
Sl 8.6
24.3 Resultativos
a A maioria dos verbos Piel apresenta um perfil resultativo, ou mais estritamente (Qal
transitivo) :: Piel resultativo :: (Hiphil causativo). De acordo com Jenni, cerca de 180 verbos são
atestados em Qal: Piel (:: Hiphil), e 135 em Piel (:: Hiphil). A categoria de Qal transitivos de
Jenni é grandemente formada de fientivos, e de fato poderia melhor ser assim chamada,
porque Jenni estende a classe de transitivos para incluir verbos que “nocionalmente” recebem
um objeto “imaginado”, por exemplo, hlk “ir, isto é, fazer uma viagem”, e ṣʿq “clamar, isto é,
falar com grito”. Este dispositivo parece pedir uma conclusão. p 405 Os aproximadamente 40
verbos Qal intransitivos fientivos são mais bem tratados separadamente (24.5).
c A distinção entre Qal e Piel para verbos transitivos fientivos pode ser reconhecida apenas
em inglês; o “significado” de “fazer quebrado” é um “circunlóquio prolixo” para o mais simples
“quebrar”. Esta semelhança reflete-se em alguns modelos de ocorrência, por exemplo, o uso
do Qal e Piel em linhas vizinhas de verso sem nenhuma diferença notável de significado. A
distinção, raciocina Jenni, deve ter sido importante no hebraico porque os dois graus são
distintos. Mais razoavelmente, Ryder reconhece que
a distinção entre “fazer alguma coisa” e “ter feito alguma coisa” não é bem
definida… Onde a diferença de significado entre [o Qal] e [o Piel] é quase
imperceptível, a escolha entre eles pode ser determinada pela classificação
léxica …ou [pode ser] uma questão de eficiência estilística por parte de um
escritor individual.
Esta perspectiva é notavelmente apta para as raízes que mostram formas mistas (24.6),
aquelas que ocorrem regularmente no Piel e só raramente no Qal (e por conseguinte como
particípios ou infinitivos), e aquelas que são tão raras no Piel como para sugerir que elas
possam ser formações ad hoc.
d A distinção Qal: Piel poder ser vista com alguns verbos ingleses através do uso de
partículas (preposições). Por exemplo, o inglês põe em contraste “break” (= “quebrar”) e
“break up” (= “fazer cessar”), “cut” (= “cortar”) e “cut off” (= “decepar”) ou “cut down” (=
“diminuir”), “run” (= correr”) e “run away” (= “fugir”), “fall (= “cair”) e “fall down” (= “decair”),
“walk” (= “passear”) e “walk out” (= “fazer greve”), “bore” (= furar”) e “bore through” (= “furar
de parte a parte”), etc. Em cada caso a forma simples significa a própria ação e a forma com a
partícula (preposição) denota o estado concluído. Incidentalmente, esta analogia pode ajudar
a explicar porque o Piel é tradicionalmente considerado como intensivo, devido ao estado
realizado colocado desta maneira parecer mais intensivo, embora, de fato, a maneira de
expressão não “reflita” a situação. O termo “resultativo” referese ao estado ao qual a noção
verbal do transitivo é trazida como um estado final, um resultado. A terminologia de Jenni
concorda com a de von Soden, que escreve do acádico:
a O contraste do Qal e do Piel resultativo simples pode ser esclarecido pelo caso de שבר
mencionado acima ou aquele de חלקQal “repartir”, Piel “fazer partilha”:
Js 19.51
A distinção é apenas discernível em nossa língua. Jenni observa que somente o Qal de ḥlq é
rejeitado, como seria de esperar da forma que se refere à ação. Compare, por exemplo, estes
casos:
1c. ֲאשֶר ֹלא־ ָחלְקּו ֶאת־נַּ ֲחל ָ ָ֑תםque ainda não tinham repartido
(Qal) a sua herança.
Js 18.2
Js 18.10
Gn 15.10
Jó 11.13
Is 1.15
3d. שתִ י י ָדַּ י כָל־הַּּיֹום אֶל־עַּםְ ּפ ֵֶַּּּ֫רTodo dia estendi (Piel) as mãos
֑ ֵּ a um povo rebelde.
סֹורר
Is 65.2
O contraste encontra-se com outros verbos estender ou estirar; os dois ּפשקe שטחsão
raros.
Pv 13.3
5. ש ֶַּּ֫טחְתִ י ֵּא ֶֶּ֫ליָך ַּכּפָי׃
ִ Eu tenho estendido (Piel) para ti
as minhas mãos.
Sl 88.10
a Alguns verbos usam um contraste Qal: Piel que é mais bem resumido pelos termos realis:
irrealis. Se o Piel descreve uma versão irreal da ação do Qal, o Piel pode ser metafórico ou
pode significar ação indireta. Deste modo, se “Ele construiu uma ponte” fosse Qal, então “Ele
construiu uma ponte entre antigos inimigos” seria metafórico, e “Ele construiu milhares de
pontes” seria indireto (desde que outros é que de fato construíram as pontes). Consideremos
primeiramente o uso metafórico e depois o indireto.
b Foi Gotthelf Bergsträsser quem observou que os graus Qal e Piel às vezes se distinguem
em que o primeiro tem um sentido real ou literal e o último um sentido metafórico: “Uma das
duas formas é usada no sentido mais essencial, e a outra no sentido mais metafórico”. Jenni
pensa que o Qal focaliza sobre próprio evento que se encaixa no sentido natural, enquanto
que o Piel concentra-se no estado final que se comporta melhor com o sentido metafórico. O
argumento é interessante, mas não convincente. Aqui estão alguns exemplos:
Êx 32.20
Pv 20.26
Ez 5.2
Ez 5.12
c De maneira semelhante, o Qal com seu significado concreto real pode ser incluído com
sujeitos materiais, enquanto o Piel metafórico, que recebe só o estado final em vista, pode ser
incluído com Deus:
Êx 2.16
2b. ִיתנִי
ָ ֶּ֑֫ כִי דִ לPorque tu (YHWH) me tiraste
(Piel) (de águas caóticas)
Sl 30.2
Com respeito ao uso do Piel com tais antropomorfismos, Jenni comenta: “O Piel tem êxito em
conduzir os resultados de volta a YHWH sem ter de descrever mais exatamente o curso dos
acontecimentos. Naturalmente, uma norma mais estrita não pode ser derivada disso”.
d Sob o título de ação direta-indireta, como reconhece Jenni, a diferença não é o tipo de
ação tanto quanto a maneira pela qual o sujeito se relaciona com a ação. No Qal, argumenta
ele, o sujeito está diretamente envolvido com a ação, enquanto que no Piel o sujeito está
envolvido só indiretamente na motivação da ação. Nesta ação o sujeito efetua o estado
resultante através de uma pessoa ou instrumento que pode ser denominado ou somente
implicado. Aqui estão alguns exemplos:
Ez 27.26
Am 1.13
2Rs 8.12
24.3.3 Outros
a Tradicionalmente, os usos do Qal e Piel (a) para transmitir ação a um objeto (Qal) versus
objetos numerosos (Piel) ou (b) para um movimento singular / simples (Qal) versus
movimentos sucessivos (Piel) (c) para que atividades ocasionais (Qal) versus atividades
profissionais (Piel) eram vistos como variações especiais da noção intensiva do Piel. Jenni
opõe-se antes a que esses modelos de plural estejam em harmonia com sua tese de que a
diferença do Qal: Piel para fientivos seja devida à oposição de actualis e resultativo. Ele
argumenta que com um objeto único ou com um movimento único, por exemplo, o evento é
representado in actu, enquanto que no caso de muitos objetos ou de muitos movimentos uma
série de eventos sucessivos pode ser representada apenas como um resultado alcançado.
Gn 49.17
Jr 8.17
p 410 Aqui o Qal descreve um incidente único, com um objeto (plural) em vista, enquanto que
o Piel se refere a uma pluralidade de incidentes e objetos. Não faz sentido dizer que morder no
Piel seja mais intenso. Aqui estão dois casos de נשק:
2a. ש ְקָך
ָ ֶאbeijar-te-ia (Qal)
Ct 8.1
Gn 31.28.
Jenni argumenta corretamente que a diferença nos graus aqui não pode ser devida a qualquer
diferença na intensidade (ou passional ou profusamente) do beijar!
24.4 Denominativos
a Visto que o Piel é grau mais comumente usado para formar denominativos no hebraico,
é apropriado que consideremos aquela classe mais amplamente do que consideramos em
conexão com os denominativos Qal (22.5) e Niphal (23.5). Por “denominativos” queremos
dizer aqueles verbos que não pertencem a uma raiz verbal original, sejam transitivos ou
intransitivos, mas a outra categoria gramatical, especialmente um substantivo, adjetivo, ou
numeral; nas línguas vivas, esta relação é reconhecida pelos falantes da língua. Partindo dessa
definição, parece verificável se um verbo é ou não é denominativo em solos lingüísticos
descritivos, semânticos e históricos: a forma nominal é derivada dela primariamente e a verbal
secundariamente. Na prática esta decisão não é feita facilmente. Numa língua viva os verbos
estão sendo desenvolvidos constantemente a partir de substantivos (cf. no Inglês: “He wolfed
his food” [“Ele devorou sua comida”]) e vice-versa (cf. no Inglês: “The players went on strike”
[“Os jogadores entraram em greve”]), deste modo os dicionaristas e os gramáticos, às vezes,
estão incertos se a forma primária é nominal ou verbal. Ainda, além disso, eles estão incertos
qual é primária por causa de os denominativos assumirem todas as espécies de significados;
por exemplo: denominativos do substantivo “raiz” do inglês incluem as noções encontradas
em “Os preconceitos dos pais geralmente deixam raízes em seus filhos”, “Nós estávamos
radicados no lugar de surpresa”, “Boas maneiras estavam radicadas nele como uma segunda
natureza”, e “O novo procurador distrital erradicou o elemento criminoso da cidade”. Esta
espécie de polissemia no hebraico, às vezes, torna difícil distinguir os denominativos de verbos
primários. Para nossos propósitos devemos estar satisfeitos em explicar e exemplificar o uso
denominativo do grau Piel com aqueles verbos que são vistos como tais pelo consenso erudito
recente. Jenni argumenta que o resul p 411 tado histórico não é crucial do ponto de vista
descritivo, porque o Piel mostra a mesma função essencial com verbos denominativos como
mostra com outras raízes. Ryder, ao contrário, crê que a força transformadora do Piel está
faltando nas raízes nominais.
c É o Piel que é usado em conexão com muitos verbos denominativos. Certamente o grau
Piel, que expressa o efeito de um estado adjetival, é o mais adaptado para transformar
adjetivos em verbos. Jenni defende sua abrangente tese justapondo verbos denominativos
que ocorrem tanto no grau Qal como no Piel um frente ao outro; ele estende o significado
compilado destas justaposições, plausivelmente, a todos os denominativos Piel que carecem
de um complemento Qal.
e O denominativo Piel pode ser analisado dentro de diversos tipos básicos. Pode ser
resultativo com a noção de produzir grande quantidade designada pelo substantivo ou tirando
dele. Chamamos o primeiro de “Piel produtivo” e o último de “Piel privativo”. Muito verbos
Piel denominativos conotam a noção de produzir alguma coisa (cf. o inglês “to wall [in]
“emparedar”). Com relação a este uso Jenni explica: “Esta produtividade,
p 412 como se pode chamá-la, designa o produzir da coisa a partir da designação de que
os verbos são derivados, não como um evento real mas como um evento resultativo, uma
conseqüência dele”. Este pequeno grupo de verbos inclui os seguintes:
Ez 47.12
Pv 21.28
Lv 6.19
Gn 9.14
Êx 27.3
Dt 25.18; cf. Js
10.18
Nm 19.19
Is 10.33
Jr 50.17
g Com outras raízes nominais, o denominativo Piel denota realizar um estado pela ação
sobre um objeto ou qualidade que já existe (## 14–16). Um denominativo vindo de um
adjetivo descreve o resultado de um processo, usualmente o processo da vinda para estar no
estado denotado pelo adjetivo; deste modo há denominativos de “ ִעּוֶרcego (ou: com um só
olho?)” (# 17), ָמהִיר “habilidoso, destro” (# 18) e י ָדּו ַּע “perito” (# 19). Uma formação
semelhante vem da preposição “ ֶֶּ֫קדֶ םem frente de” (# 20). De um substantivo agentivo um
denotativo significa “agir como” (## 21–22). Com outros substantivos o Piel pode ser
delocutivo (# 23) ou estimativo (# 24).
14. וְֹלא־יַּהֵּל [ > י ָאהֵּל] שָם ע ֲָרבִיnem o árabe armará ali sua
tenda.
Is 13.20
2Rs 21.6
Êx 23.8
18. ַּוי ְ ַּמהֵּר ַאב ְָרהָם ה ֶָּ֫א ֹ ֱהלָהEAbraão apressou-se (lit.: fez
[ir] rápido) ir à tenda
Gn 18.6
Dt 23.5
Gn 38.8
23. ְַארּוהּו׃
ֶּ֫ כָל־גֹוי ִם יtodas as nações lhe chamarão
bem-aventurado.
Sl 72.17
p 414 24. וְתַּ עֵּב ְתתַּ ֲע ֶֶּ֫בנּוde
todo a detestarás (lit.: com
relação a uma abominação).
Dt 7.26
i Para ilustrar o aspecto freqüentativo do Piel em oposição ao Qal, o caso de עשרé útil:
25a. ְוז ְַּרעֵּיכֶם ְוכ ְַּרמֵּיכֶם יַּעְש ֑ ֹרE as vossas sementes, e as
vossas vinhas dizimará (Qal).
Gn 28.22
A diferença aqui entre os graus Qal e Piel não envolve o contraste “de receber o dízimo” (Qal)
e “dar o dízimo” (Piel), porque essa distinção não pode ser sustentada com consistência. O Piel
também pode significar “receber o dízimo:”
25c. ְוהֵּם ַּה ְל ִוּי ִם ַּה ְמ ַּעש ְִרים בְכ ֹלOs Levitas são aqueles que
ע ֵָּרי עֲב ֹדָ תֵֶּּ֫ נּו׃arrecadam (Piel) os dízimos em
todas as cidades onde
trabalhamos.
Ne 10.38
Jenni explica a diferença entre o Qal e Piel como a diferença entre um ato único (Qal) e atos
múltiplos (Piel), isto é, actualis versus resultativo. Neste caso, tal opinião parece duvidosa.
24.5 Freqüentativos
a Há um grupo de verbos que no Qal são intransitivos e denotam movimento ou esforço
físico, projeção de voz, ou expectativa; o Piel desses denota um aspecto freqüentativo, ou
iterativo com o passar do tempo, ou plural através do espaço. Ryder encontra cerca de
quarenta dessas raízes. Visto que os gramáticos antigos construíram erradamente sua teoria
do significado intensivo dos graus grandemente sobre a base estreita deste grupo
relativamente pequeno, Jenni se opõe minimizando o significado iterativo. Ele tenta explicar
esses verbos em termos do Piel resultativo, ou como um resultativo plural p 415 (o Piel reflete
uma multiplicidade de ações ou objetos; o Qal correspondente designa uma ação única ou
objeto único) ou como um resultativo definido (o Qal designa uma atividade sem nenhuma
conseqüência ou produto). Jenni falha, contudo, em tomar cuidados adequados com certos
fatos: estes verbos são intransitivos no Qal e tendem a não exigir um objeto no Piel. Por causa
de suas características lexicais distintivas e sintáticas, preferimos interpretá-los com Goeltze e
Ryder como denotando o aspecto freqüentativo do Piel. Se supusermos que o Qal é uma
forma não-marcada e que o Piel é uma forma marcada, então podemos dizer o Qal significa
algo mais do que o freqüentativo.
b Um grupo maior desses verbos inclui verbos de movimento ou de esforço físico (## 1–2).
Jó 24.10
Sf 1.9
Ct 2.8
Jó 19.7
2Rs 2.12
Com verbos que significam esperar ou ter expectativa o Qal expressa qualquer tipo de ação
diferente da freqüentativa indicada pelo Piel. Jenni explica ## 4a–b como envolvendo um
contraste de espera geral, sem um objetivo (Qal) versus a condução da ação em direção a um
objetivo definido (Piel); eles podem ser mais bem explicados como ação freqüentativa versus
não-freqüentativa. Os dois graus são encontrados no # 5:
Is 40.31
Is 5.2
p 416 5. ְו ָלכֵּן י ְ ַּחכֶה יהוה ַּל ֲחנַּנְכֶם ְו ָלכֵּןPor isso YHWH esperará (Piel),
שּפָטְ ִי ָרּום ל ְַּר ֶחמ ְֶכ֑ם כִי־אֱֹלהֵּי מpara ter misericórdia de vós, r
por isso será exaltado para se
יהוה ַּאש ְֵּרי כָל־חֹוכֵּי לֹו׃compadecer de vós, porque
YHWH é um Deus de justiça:
bem-aventurados os que nele
esperam (Qal).
Is 30.18
c O grau Piel, especialmente no particípio, é usado com freqüência evidente para designar
atividade profissional e outras ações praticadas habitualmente. Com ארב, o Qal significa
“emboscar”, enquanto que o Piel se refere a um “(tocaieiro profissional), atirador de tocaia”.
6a. ְועַּתָ ה קּום ֶַּּ֫ליְלָה ַּאתָ ה ְו ָהעָםAgora, pois, levanta-te, de
שר־ ִא ָ ֑תְך ֶו ֱאר ֹב ַּבשָדֶ ה׃ֶ ֲאnoite, tu e o povo que tiveres
contigo, e põe emboscadas
(Qal) no campo.
Jz 9.32
6b. ְָארבִים
ְ שכֶם מ
ְ שימּו לֹו ַּב ֲעלֵּי
ִ ֶּ֫ ָ ַּוּיEm oposição a ele os cidadãos
עַּל ָראשֵּי ֶהה ִָריםde Siquém puseram
emboscadas (Piel) no topo dos
montes.
Jz 9.25
Com relação a “ נאףcometer adultério”, Jenni comenta: “O Qal (16 vezes) designa o caso de
adultério individual, real… No Piel (15 vezes) significou quase sempre um comportamento
costumeiro com vários parceiros diferentes”. O Qal de כתבsignifica “escre-ver”, enquanto
que no Piel descreve as ações de uma casta profissional (## 7a–b). O sentido profissional do
Piel às vezes é estendido para raízes que são transitivas no Qal (cf. ## 8a–b):
7a. ַּו ֲאנִי כ ֹתֵּ ב עַּל־ ַּה ֵֶּּ֫ספֶר בַּדְ יֹו׃Eu escrevo (Qal) num livro com
tinta.
Jr 36.18
7b. הֹוי … ְמכַּתְ בִים ָעמָל כִתֵֶּּ֫ בּו׃Ai … dos escribas que escrevem
(particípio Piel) (decretos de)
um trabalho árduo.
Is 10.1
Gn 3.7
a O Qal e Piel podem ser confundidos de várias maneiras (24.3.1). As formas Pual que não
possuem complemento no Piel podem bem ser formas passivas Qal (22.6). Às vezes o Piel
emprega sua força factitiva a verbos não atestados no Qal, mas no Niphal.
Is 59.3
MI 1.7
p 418 25
Grau Pual
25.1 Forma e Significado
25.2 Factitivos
25.3 Resultantes
25.4 Denominativos
a Os graus Piel e Pual situam-se na oposição voz ativa: voz passiva; essencialmente, o
objeto de um Piel seria o sujeito de um Pual correspondente. Esta relação direta é
inteiramente distinta da relação Qal: Niphal (23.1), mas é comparável à relação Qal: Qal
passivo.
Piel : Pual
Esta analogia é obscurecida pelo fato de muitas formas do Qal passivo serem designadas
no TM como Pual (22.6). Neste capítulo estamos interessados pelas formas que pertencem
propriamente ao grau Pual.
b Estas formas, como um todo, apresentam um contraste admirável em relação aos graus
estudados até aqui: o Pual é um grau fortemente participial. Ernest Jenni examina a estatística:
Esta qualidade participial do Pual reflete sua estrutura essencialmente como um predicado de
causalidade adjetival (como o Piel) e como passivo. Essa estrutura é aparente até mesmo em
usos não participiais. O Qal intransitivo גדלno Pual גֻדַּ לsignifica ‘foi feito [causalidade]: ser
grande [adjetivo]’ > ‘foi feito desenvolvido (isto é: criado)’; o Qal transitivo בקשno Pual בקַּש ֻ
significa ‘foi feito: ser procurado’ > ‘foi (feito) procurado’. A apresentação do Pual segue
essencialmente o formato do capítulo do Piel. É importante observar que os verbos
freqüentativos Piel (de movimento físico, expectativa e projeção vocal) são amplamente
escassos, coerentes com o caráter do Pual. O uso freqüente do particípio Piel para formar um
agente substantivo também é escasso.
25.2 Factitivos
a Os verbos intransitivos Qal formam Pual factitivos. Este Pual pode refletir uma
causalidade sensível e deste modo ser um factitivo “real”.
Êx 12.9
Is 14.10
3. ַּאתְ ֶֶּ֫א ֶרץ ֹלא ְמטֹה ָָרהTu és uma terra que não foi
purificada.
Ez 22.24
4. שנָה י ְ ֻקלָל׃
ָ ְוהַּחֹוטֶא בֶן־מֵָּאהmas o pecador de cem anos
será (ou considerado como)
amaldiçoado
Is 65.20
a Os verbos transitivos Qal estão associados aos usos resultantes do Pual. O resultante
simples pode ser ilustrado com חלקe outros verbos:
Am 7.17
Nm 15.34
3. שמ ִָרים ְמז ֻ ָקקִים
ְ vinho filtrado.
Is 25.6
Jó 18.15
b O resultante irreal também é expresso com o Pual. No Pual אכל é sempre usado
figuradamente (# 6); o uso figurado de בלעestá concentrado no Piel e no Pual (# 7). No Piel
נקר pode ser literal (Jz 16.21) ou metafórico (Jó 30.17); sua única ocorrência no Pual é
figurada (# 8).
6. ְו ִהנֵּה ַּה ְסנֶה בֹעֵּר ָבאֵּש ְו ַּה ְסנֶהeis que a sarça ardia no fogo, e
אֵּי ֶֶּ֫ננּו ֻאכָל׃a sarça não se consumia.
Êx 3.2
2Sm 17.16
8. ְואֵּל־ ַּמ ֶֶּ֫קבֶת בֹור נֻק ְַּרתֶ ם׃para a rocha donde fostes
cortados.
Is 51.1
Se a ação implícita é indireta (‘Ele construiu uma ponte’ [= ele mesmo a construiu] ~ ‘Ele
construiu uma ponte’ [ele mandou construí-la], o Pual pode ser usado.
Is 27.7
p 421 10. ע ֹ ְללֵּיהֶם י ְֻר ֶָּ֫טשּו ְוה ִָרּיֹותָ יוseus filhos serão despedaçados,
י ְ ֻב ֶָּ֫קעּו׃e suas mulheres grávidas serão
abertas pelo meio.
Os 14.1
Zc 14.1
12. שמָה ֻקבַּר ַאב ְָרהָם ְוש ָָרה ָ ֶּ֫ Ali está sepultado Abraão e Sara
ְ ִאsua mulher.
שתֹו׃
Gn 25.10
Êx 27.17
17. שטִים
ִ ַּל־ַאר ָבעָה עַּמּודֵּ י
ְ עE o porás sobre quatro colunas
ְמ ֻצּפִים זָהָבde madeira de acácia, cobrirás
de ouro.
Êx 26.32
Jr 10.9
a Os verbos denominativos Pual são do mesmo tipo conforme os do Piel. Substantivos (p.
ex.: ‘ דֶֶּ֫ שֶןgordura’ e o não-atestado ‘ סקלpedra’), bem como os adjetivos (p. ex.: חכָם
ָ ‘hábil’)
formam os factitivos “reais” Pual.
Is 34.7
2. ֻסקַּל נָבֹותNabote foi apedrejado.
1Rs 21.14
Sl 58.6
b O Pual produtivo pode apontar para um resultado (## 4–5) ou para um “objeto” já
existente (‘ זְמָןtempo indicado’; # 6). O Pual de ‘ ב ְִר ֶַּּ֫כי ִם( ברְךjoelhos’) pode ser sucessivo (#
7) ou delocutivo (# 8; cf. # 9).
4. שמָה
ְ ֹֻלא גE que não tem chuva
Ez 22.24 emendado
Êx 30.35
2Sm 7.29
Sl 41.3
Gn 15.9
p 423 Como o passivo do Piel ‘fazer três vezes,’ o Pual significa ‘ter feito três vezes, tendo
feito três vezes’.
11. שלָש
ֻ הַּחּוט ַּה ְמe o cordão de três dobras
Ec 4.12
Ez 42.6
a O único Piel intransitivo com uma contrapartida Pual é ‘ רנןdar um grito retumbante’.
Considere este grupo de exemplos:
Is 16.10
b Há um caso de Pual que parece ser mais reflexivo em lugar de passivo, de ענה, e por isto
tem sido confundido com o Hithpael.
2. כִי כָל־ ַּה ֶֶּ֫נפֶש ֲאשֶר ֹלא־תְ ֻענֶהque naquele dia não se afligir
Lv 23.29
p 424 26
Grau Hithpael
26.1 Forma e Significado
1.3 Distribuição
b Certas características do grau resultam do t prefixado; estas não são irregularidades, mas
meramente os efeitos de algumas normas relativamente raras da fonologia do hebraico. Se a
raiz começa com uma sibilante, o t e a sibilante metatisam-se (## 1–17). p 425 Se a sibilante é
enfática (isto é, )צ, a metátese é acompanhada por uma assimilação enfática do t ( ;ט→ת##
18–19). Se a raiz começa com uma pausa dental, o prefixo t se incorpora a ela (→תט ;ד→תד
;טnaturalmente, ;ת→תת## 20–25).
Raiz Hithpael
6. שרר תָרר
ֵּ שְ ִהNm 16.13 bis
b Ao comparar alguns desses usos atípicos do grau Hithpael com os graus t–prefixados nas
línguas semitas cognatas, especialmente o acádico, Speiser (e Bruno Dombrowski de forma
independente) detecta um grau–t durativo-iterativo homônimo ao grau–t reflexivo. Este grau
é representado no acádico por um infixo tan (Gtn, Dtn, etc.). No hebraico tenderia a fundir-se
com o grau Hithpael ‘normal’. Speiser cita esses exemplos com a raiz compartilhada הלְך/
alāku ‘ir’ com seus vários significados (as formas do acádico são os graus Gtn, e as formas do
hebraico são o Hithpael).
(Gn 3.8)
Acádico: [se ele rejeitou o pecado] seu deus andará com ele (ilšu ittišu
ittanallak)
Speiser sustenta sua teoria com três argumentos. Primeiro, o argumento comparativo, de que
outras línguas semitas possuem mais do que uma forma t. Segundo, o argumento morfológico,
de que a vocalização tradicional ainda reflete vestígios de um grau Qal t em ( הִתְ ָּפקְדּוJz
20.15). Terceiro, o argumento semântico, de que um grupo de formas hebraicas do Hithpael
tem sentido de aspecto distintivo [algumas formas verbais p 428 indicam a duração ou o
resultado do processo que elas exprimem em vez ou ao lado da indicação do tempo da
ocorrência]. Assim, Speiser deduz, algumas formas de Hithpael deveriam ser tratadas como se
fossem formas tn (ou tan). De acordo com este ponto de vista a tradução destas formas seria
feita como iterativas ou durativas:
1. ַּוּי ִתְ ָגעֲשּו וְֹלא יּו ֶָּ֫כלּוainda que se levantem (as suas
ondas) não prevalecerão.
Jr 5.22
Gn 24.21
c Nem todas as nove raízes de Speiser precisam ser construídas como iterativas. É difícil
construir uma gramática sobre o fundamento de um significado aparente, e os verbos
destacados por Speiser para este grau somente parecem não se ajustar ao significado típico do
Hithpael. Curiosamente, o uso “não-reflexivo” é apresentado, em uma descrição
lingüisticamente ingênua, como o uso mais freqüente do grau – o uso típico! A. F. Bean chegou
a essa conclusão equivocada analisando as funções do grau de “maneira puramente
descritiva”, aparentemente inconsciente de que ele descrevia sua amostra de acordo com as
estruturas da língua inglesa; ele chegou à conclusão de que a maioria das ocorrências do
Hithpael têm “um significado simples, não-específico”, pelo qual quer dizer que se comportam
como verbos fientivos nos graus Qal ou Piel. Bean inclui em suas listas de verbos Hithpael com
sentidos “simples” ‘ ּפללorar’ e ‘ נבאprofetizar’. Speiser, contudo, exclui estes de suas listas
de Hithpael “atípicos” porque ele percebe que em hebraico eles descrevem ações reflexivas:
ּפללHithpael significa ‘buscar uma mediação para si’ com uma real força reflexiva, e נבא
Hithpael significa ‘surgir / portar-se como profeta,’ de novo uma noção típica de Hithpael
reflexivo. Em suma, embora ‘orar’ e ‘profetizar’ não pareçam ter força reflexiva de uma
perspectiva inglesa, um estudo minucioso manifesta que eles a têm.
26.1.3 Distribuição
a Há mais de 825 ocorrências do Hithpael, envolvendo 175 raízes, muitas delas usadas
somente uma vez. O estudo de Bean oferece algumas observações sobre o uso esporádico do
grau. Ele mostra que tentativas em explicar esse uso irregular por fatores críticoformais,
geográficos ou semânticos são destituídos de valor.
b O estudo de Bean demonstra, sim, que o grau foi usado durante todo o período histórico
representado pela literatura na Bíblia e que seu uso estava em mudança desde o período pré-
exílico, através do exílico e ainda no pós-exílico. Embora a erudição moderna não tenha sido
capaz de determinar datas para todos os segmentos da literatura bíblica e, por essa razão, as
conclusões de Bean sejam inevitavelmente um tanto arbitrárias, o impacto da evidência por
toda parte é tal que Bean estabeleceu com certeza que o grau está crescendo em
popularidade na literatura bíblica e que estava se tornando um grau menos reflexivo e mais
passivo. Seu estudo apoia a teoria de que o significado original do Hithpael era reflexivo e que
os usos passivos representam um desenvolvimento secundário dentro da língua hebraica.
p 430 c Nos reflexivos diretos, o sujeito é também o objeto direto da idéia verbal:
1Sm 23.19
d No uso reflexivo indireto o sujeito é também o objeto indireto da ação; muitas vezes, um
objeto direto é expresso.
Êx 32.3
1Rs 8.33
8. ְוי ִתְ ַּּפלֵּל ַּבעַּדְ ָךeele rogará por ti, para que
vivas (lit.: ele fará uma
mediação [ao procurar ou
suplicar] por ele mesmo em teu
favor).
Gn 20.7
Jó 13.27
10. ז ֶה ַּל ְח ֵֶּּ֫מנּו חָם ִה ְצ ֶַּּ֫טּי ַּדְ נּו א ֹתֹוEste nosso pão – estava quente
– para nossa provisão.
Js 9.12
11. ְוהִתְ גַּדִ לְתִ י ְוהִתְ ַּקדִ שְתִ י וְנֹודַּ עְתִ יAssim eu me engrandecerei e
ְלעֵּינֵּי גֹוי ִם ַּר ִ ֑ביםme santificarei, e me farei
conhecer aos olhos de muitas
nações; e saberás que eu sou o
Senhor.
Ez 38.23
12. ש ָכבְָך ְו ִה ְת ָ ֑חל
ְ שכַּב עַּל־ ִמ
ְ Deita-te na tua cama e finge-te
doente.
2Sm 13.5
Pv 13.7
15. ו ְַּרבִים ֵּמ ַּעמֵּי ָה ֶָּ֫א ֶרץ ִמתְ י ַּ ֲהדִיםE muitas pessoas da terra
fingiam ser judeus.
Et 8.17
g Quando dois ou mais sujeitos agem em relação um ao outro de acordo com a idéia
expressa pela raiz verbal, a ação é recíproca. Ainda que o Hithpael seja usado para designar
essa ação, ele é raro.
Gn 42.1
17. ששּו׃
ָ ֶּ֫ ֹ וְֹלא י ִתְ בE ambos estavam nus, o
homem e a mulher, e não se
envergonhavam.
Gn 2.25
Nm 7.89
26.3 Uso Passivo, Formas Passivas
2. ש־חג
֑ ָ ֶ ְכ ֵּליל הִתְ ַּקדcomo na noite em que se
celebra festa santa
Is 30.29
1 Cr 5.17
5. שתַּ כְחּו
ְ ִ ְויEles foram esquecidos.
Ec 8.10
Como os exemplos ## 3–5 sugerem, o sentido passivo tende a ser encontrado na literatura
bíblica posterior.
Lv 13.55–56
Uma vez que o grau é encontrado somente em verso e escritos sacerdotais técnicos, é difícil
acreditar que ele fosse comum.
p 433 27
Grau Hiphil
27.1 Forma e Significado
Sl 111.2
Sl 92.6
O inglês e a maioria das outras línguas européias não podem distinguir formalmente as noções
relevantes, porque para as duas noções elas devem empregar o verbo “to be” [“ser”] (ou
semelhante) e admitir considerações contextuais para indicar se “ser” é um verbo “falso” com
um predicado adjetivo ou um verbo verdadeiro. Falantes da língua inglesa podem perceber a
diferença entre as noções de estado e evento justapondo “he is alive” [“ele está vivo”] com
“he lives” [“ele vive”], embora falando estritamente, a primeira pode geralmente ser expressa
como um evento, bem como a segunda.
3a. וַּתְ ַּאבֵּד אֵּת כָל־ ֶֶּ֫ז ַּר ִע ַּה ַּמ ְמ ָלכָה׃Ela
(Atalia) destruiu toda a
descendência real.
2Rs 11.1
3b. ְו ַּה ֲאבַּדְ תִ י ֶאת־ ַּה ֶֶּ֫נפֶש ַּההִיאEu (o Senhor) destruirei (Hiphil)
(aquela alma) do meio de meu
povo.
Lv 23.30
Reconhecidamente, por amor ao “bom” inglês nós provavelmente traduziríamos אבדnos dois
exemplos como “destroy” [“destruir”], mas isso faria com que encobríssemos uma distinção
fundamental em hebraico. No primeiro exemplo, o escritor conceitua o objeto, a família real,
como transposta “acidentalmente” ao estado de perdição, mas no segundo exemplo, o
legislador apresenta o objeto, aquela alma, como um ator no momento de perecer. Sem a
noção causativa do Hiphil, a sentença seria lida como um Qal, como em:
e Visto que o Piel representa o sujeito como transpondo um objeto para o estado ou
condição correspondendo à noção expressa pela raiz verbal, o Hiphil representa o sujeito
como causando um objeto para participar indiretamente como um segundo sujeito na noção
expressa pela raiz verbal. De fato, essa noção provavelmente é responsável pela forma
distintiva do Hiphil. O h performativo característico do grau Hiphil, derivado de um pronome
pessoal da terceira pessoa, reflete a designação da participação de um segundo sujeito na
ação. Na visão de E. A. Speiser o Hiphil originalmente significava: “X (o sujeito) faz com que Y (o
segundo sujeito) seja ou faça alguma coisa.”
Gn 8.1
2b. ַּו ֲהשִב ֹתִֶּ֫ יָך אֶל־ ָה ֲאדָ מָה הַּז֑ א ֹתE te farei tornar a esta terra.
Gn 28.15
Um grupo maior de Qal fientivos intransitivos é o dos verbos de movimento, incluindo estes:
5. י ַָּרד הֹוריד
ִ trazer (tomar, conduzir,
enviar) para baixo
6. ָעבַּר ֶה ֱעבִירtrazer (tomar, conduzir,
enviar) através
Como esses verbos e exemplos sugerem, o Hiphil está muitas vezes associado a objetos
pessoais ou humanos, uma vez que são mais facilmente capazes de servir como objeto de
causalidade verbal. A extensão da associação não deve ser exagerada: no exemplo # 2a, um
Piel tem um objeto humano (embora seja metafórico), enquanto no # 1b, e # 9, o objeto de
um Hiphil é não-pessoal.
2Rs 3.19
c Alguns verbos intransitivos são comprovados no Niphal mas não no Qal; o Hiphil desses
segue o modelo de raízes com uso do Qal intransitivo. Desse modo, um Niphal unilateral, “ser
derramado”, forma um Hiphil bilateral, “fazer (alguma coisa) ser derramada, derramar.”
Mq 1.6
11c. ש ַּע
ֻ גִדַּ ל יהוה ֶאת־י ְהֹוO Senhor engrandeceu a
Josué.(Piel)
Js 4.14
Sl 138.2
Acima (27.1c) comentamos acerca da diferença entre # 11a e 11b; dado que a distinção
fundamental entre Piel e Hiphil é que o primeiro significa provocar um estado e o último
causar um evento, podemos razoavelmente supor que # 11c é o complemento factitivo de #
11a e que # 11d é complemento causativo de # 11b. Mais uma vez o uso do p 438 português
conduz à obscuridade da distinção fundamental do hebraico nivelando as duas construções
com o verbo engrandecer. “O Senhor engrandeceu a Josué” e “Tu engrandeceste a tua
palavra”. Compare, de novo, estes pares de sentenças:
1Sm 6.6
Êx 8.11
Lv 27.16
Nesses exemplos, o português tende a obscurecer a distinção entre a noção factitiva do Piel o
significado causativo do Hiphil. Os verbos Piel aqui dirigem a atenção para os resultados da
situação separada do evento (os corações serem endurecidos, o ser consagrado do filho), e os
Hiphil referem-se ao processo (o fazer duro dos corações, o fazer santa a terra). A ênfase sobre
o evento pode ser vista neste exemplo:
Verbos que podem ser usados no Qal ou como formas bilaterais intransitivas Hiphil ou
intransitivas com o primeiro uso:
Jz 5.4
Jó 29.22
Mq 2.6
e Os estativos Qal podem produzir também Hiphils putativo-delocutivos. Igualmente como
o Piel pode denotar que um objeto é subjetivamente considerado ou declarado p 439 pelo(s)
falante(s) como tendo alcançado certo estado (o chamado Piel “estimativo-declarativo,” 24.2),
assim, também, o Hiphil pode denotar a causalidade de um evento em que uma pessoa ou
objeto é estimado ou declarado através de uma sentença judicial ou uma outra espécie de
reconhecimento para estar em um estado. O uso do Piel delocutivo pertence à realização de
um estado, enquanto que o Hiphil delocutivo pertence à causalidade de um evento.
17a. דַּ ֵּבר כִי־ ָח ֶַּּ֫פצְתִ י צַּדְ ֶֶּ֫קָך׃Fala, porque desejo justificar-te.
Jó 33.32
Jó 27.5
1Rs 8.32
18b. ַּמצְדִ יק ָרשָע ּו ַּמ ְרשִי ַּע צ ִ ַּ֑דיקO que justifica o ímpio, e o que
שנֵּיהֶם׃ ְ תֹו ֲעבַּת יהוה גַּם־condena o Justo, abomináveis
são para o Senhor.
Pv 17.15
18c. שע׃
ָ כִי ֹלא־ַאצְדִ יק ָרE não matarás o inocente e o
justo, porque não justificarei o
ímpio.
Êx 23.7
Nesses exemplos, a pessoa é, provavelmente, reconhecida como tornar justo ou injusto por
algum ato visível ou julgamento imposto sobre ele.
f Os intransitivos Qal, usualmente estativos, podem tomar-se intransitivos Hiphil; estes são
chamados unilaterais ou transitivos no interior ou Hiphil internos. Como ilustrações de Hiphil
unilaterais ou bilaterais das mesmas raízes, compare estas:
Sl 18.51
Sl 35.26
No # 19a, o sujeito faz alguém mais ser tomado como grande ou demonstrado grande, mas no
# 19b o sujeito faz a si mesmo ser considerado como grande (p. ex.: “jactarse”). Muitas vezes
no Hiphil unilateral o sujeito e o objeto são os mesmos; o sujeito duplo-status faz a si mesmo
ser ou fazer alguma coisa, e uma vez que o objeto é elidido, o verbo é formalmente
intransitivo. Algumas vezes o objeto elidido não é o próprio sujeito, mas está conectado de
perto com o sujeito, como no # 20b; estes dois exemplos são semelhantes no sentido:
20a. ְל ַּה ֲחז ִיק ַּה ַּמ ְמ ָלכָה ְבי ָדֹו׃a fim de firmar o reino na sua
mão.
2Rs 15.19
21a. ְל ֶַּּ֫מעַּן ה ְַּרחִיק ֶאתְ כֶם ֵּמעַּלe para que eu vos lance dela, e
ַאדְ ַּמתְ כֶםvós pereçais
Jr 27.10
Gn 44.4
22a. ַּוּיַּק ְֵּרב ֶאת־ ַּה ִמנְחָה ְל ֶעגְלֹוןE levou aquele presente a
Eglom.
Jz 3.17
Êx 14.10
Como todos os exemplos com גדלrevelam que o Hiphil interno pode ser metafórico; os
sujeitos aqui são não-pessoais:
Sl 139.12
Lambdin observa que esses usos transitivos internos constituem um problema de tradução,
uma vez que quase todos os verbos têm, também, um sentido causativo transitivo. De fato, os
sentidos raramente são confundidos um com o outro, porque geralmente o Hiphil tem um
objeto expresso claramente diferente do sujeito.
a Raízes que são transitivas no Qal (isto é, raízes que recebem um objeto direto naquele
grau), no Hiphil tendem a ser causativas. Com muita frequência essas construções são
predicados trilaterais, com um sujeito e dois acusativos, o objeto de causalidade (geralmente
uma pessoa) e o objeto do verbo básico ou da raiz verbal.
Gn 37.23
Js 1.6
Gn 41.42
4. ת־קֹולְ֑ך
ֵּ שמִי ִֶּ֫עינִי ֶא
ְ ַּהfaze-me ouvir a tua voz.
Ct 2.14
Êx 18.20
6. שלִיש׃
ָ ש ֵֶּּ֫קמֹו בִדְ מָעֹות
ְ ַּוַּתe lhes dás a beber lágrimas em
abundância.
Sl 80.6
Mq 2.8
8. שלַּח
ְ ִֹלא הֹודַּ עְתֶַּּ֫ נִי ֵּאת ֲאשֶר־תnão me faças sabem a quem
ע ִ ִ֑מיhás de enviar Comigo.
Êx 33.12
Êx 4.12
c Assim como um verbo que usualmente é transitivo no Qal pode aparecer sem um objeto,
assim um verbo que é usualmente um Hiphil trilateral pode mostrar somente um objeto. Com
esses Hiphils bilaterais, o objeto é usualmente uma pessoa.
Essa construção pode ter um objeto não-pessoal, e nesses casos o sentido de causalidade é um
evento estativo. O objeto de causalidade nesses casos ou são substantivos abstratos ou são
atos da fala.
Sl 71.16
14. הֹודִ י ַּע יהוה י ְשּוע ָ֑תֹוO Senhor fez notória a sua
salvação.
Sl 98.2
Is 45.21
Is 62.11
Jr 4.31
Sl 69.32
5. כִי ֹלא ִה ְמטִיר יהוה אֱֹלהִים עַּל־Porque ainda o Senhor não tina
ָה ֶָּ֫א ֶרץfeito chover sobre a terra.
Gn 2.5
Outro grupo se refere ao uso de partes do corpo (cf. o inglês “to make eyes” [“fazer olhos”]).
2Sm 14.19
Pv 30.10 Q’ri
p 444 Alguns denominativos de substantivo abstrato pode denotar execução da noção da raiz
9. ֲאשֶר ֹלא־יָכְלּו ְבנֵּי יִש ְָר ֵּאלOs quais os filhos de Israel não
ְל ַּהח ֲִר ָ ֑מםpuderam destruir totalmente.
1Rs 9.21
Geralmente, contudo, denominativos abstratos no grau Hiphil (muitas vezes figurados) tendem
a comportar-se como o Hiphil transitivo internamente (cf. 27.2g), isto é, o sujeito obriga a si
mesmo a comportar-se de acordo com a noção nominal (p. ex., talvez, שכֶל
ֵּ ֶּ֫ “introspecção”, e
certamente “ ֶּ֫ז ֹהַּרbrilho” e לבָן
ָ “branco”; cf. 27.2g ## 23–24).
10. ש ִכלִים יַּז ְ ִֶּ֫הרּו כ ְֶּ֫ז ֹהַּר ה ָָר ִ ֑קי ַּע
ְ ְו ַּה ַּמOs entendidos, pois,
resplandecerão, como o
resplendor do firmamento.
Dn 12.3
Is 1.18
Um Qal denominativo pode, também, produzir um Hiphil: “ ַּרעmal” produz tanto o Qal רעע
‘ser mau” como um Hiphil “obrigar a ser mau, fazer (ações de alguém) mal, agir
perversamente”.
b As construções podem se desenvolver por causa de expressões figuradas em que a força
do termo básico ou a forma gramatical não é claramente visível. Deste modo שכֶם
ְ “ombro”
desdobrou-se na forma שכִים
ְ “ ִהempurrar com o ombro (isto é, usar o ombro)” e em carregar
animais “pôr cargas nos lombos”; uma vez que isso acontecia de manhã cedo, por metonímia
שכִים
ְ ִהveio a significar “separar o campo de manhã cedo, madrugar”.
12. ש ַּכ ְמתֶ ם ָמחָר לְדַּ ְר ְככֶם
ְ ְו ִהe amanhã de madrugada
levantai-vos a caminhar.
Jz 19.9
1Sm 17.16
Observe, também, o Hiphil “ נגדagir contra, opor-se”, uma reflexão da posição básica de falar
ou informar néged o destinatário. Essas lexicalizações são áreas isoladas imprevisíveis do
sistema de graus onde uma especialização semântica tem alcançado força sistemática.
c A função do Hiphil com algumas raízes não pode ser classificada com certeza dentro de
alguns desses tipos abaixo, porque a raiz é, sob outros aspectos, desconhecida. Nesses
exemplos não classificados, contudo, o valor semântico básico do grau é geralmente evidente,
e se pode discernir muitas vezes se a forma funciona como um transitivo, ou transitivo
internamente, etc.
p 445 14. י ֵָּר ַּח וְֹלא יַּא ִ ֲ֑הילA lua não resplandece
Jó 25.5
b Se, por exemplo, o “causativo” ocasiona um evento inaceitável por este sub-sujeito, o
verbo assume uma variação de compulsão.
Jz 11.35
Se, por um lado, a noção de “causalidade” é correta e bem recebida ou agradável ao sujeito
participante, então o Hiphil pode denotar solicitude, “cuidar disto”.
3. ש ִב ַּע אֹותָם
ְ ָו ַּאE eu cuidei para satisfazê-los
Jr 5.7
Às vezes a ação é bem recebida ou agradável ao objeto, mas não é considerada como uma
propriedade. Aqui o Hiphil denota permissão:
4. ַאח ֲֵּרי הֹודִ י ַּע אֱֹלהִים אֹותְ ָך ֶאת־Pois, Deus te fez saber tudo
֑ כisso.
ָל־ז ֹאת
Gn 41.39
Ez 32.14
6. ש ֶַּּ֫מחְתָ כָל־אֹויְבָיו׃
ְ ִהFizeste
com que todos os teus
inimigos se regozijassem.
Sl 89.43
p 447 28
Grau Hophal
28.1 Forma e Significado
a Como o Piel e o Pual, os graus Hiphil e Hophal encontram-se na voz ativa: com contraste
passivo. Os graus Pual e Hophal são os mais raros dos sete principais, e o Hophal é o mais raro
dos dois. Como com o Pual, certas formas passivas do Qal são indicadas como Hophal (22.6).
b Ambos os graus, Pual e Hophal, representam o sujeito como sendo causado a ser
acionado ou a sofrer os efeitos de ter sido acionado (geralmente por um agente não
identificado). Considerando que no Pual o sujeito é constituído dentro de um estado
representado pela raiz, no Hophal ele é causado, ou sofre os efeitos de ter sido causado, de
estar no evento significado pela raiz. Compare e confronte, por exemplo, estes casos com ילד
e ( כוןque tem Polel / Polal no lugar de Piel / Pual).
Êx 1.16
Jr 20.14
Gn 5.4
p 448 1d. יֹום ֻה ֶֶּ֫לדֶ ת אֶת־ּפ ְַּרע ֹהo dia do nascimento (Hophal)
(literalmente: no dia que Faraó
foi nascido [como um evento])
de Faraó.
Gn 40.20
2Sm 7.13
Sl 37.23
Sl 103.19
Is 16.5
Estes exemplos mostram que o Hophal representa o sujeito como o paciente de uma situação
causativa envolvendo um evento. O objeto da noção causativa ativa com o grau Hiphil torna-se
o sujeito com o grau Hophal; o agente, expresso no Hiphil, normalmente não é expresso no
Hophal. Por exemplo, “trono” no # 2c é o objeto da noção causativa, com Deus como agente,
mas no # 2d “trono” é o sujeito, e o agente não é mencionado.
c A distinção do Hophal diante de outros graus passivos pode ser vista nestes exemplos
utilizando בקע.
2Rs 25.4
Ez 26.10
Jr 39.2
Cada um desses passivos reflete uma forma ativa correspondente na qual a cidade é o objeto
do “fazer brecha”. Nos graus passivos, a cidade é o sujeito sendo acionado ou sofrendo os
efeitos da ação; o agente não é mencionado. Em # 3a o Niphal representa p 449 uma ação
simples, sem a noção de causalidade. Em # 3b e # 3c o Pual e o Hophal significam causalidade;
no Pual a cidade é representada como sendo feita num estado de ser feita em brechas,
enquanto que no Hophal a cidade é representada como sendo causada a sofrer os efeitos do
evento de ser feita em brechas.
a Uma vez que o Hiphil é muito mais amplamente usado do que o Hophal, praticamente
todas as raízes que formam o Hophal também formam o Hiphil, sendo assim conveniente
mostrar os dois juntamente.
1b. ש ִכ ֵֶּּ֫בהּו
ְ ַּוַּתe o deitou (Hiphil) sobre a cama
do homem de Deus.
2Rs 4.21
2Rs 4.32
Êx 5.22
Êx 4.7
Êx 10.8
2Sm 14.14
3b. ַּוּיַּגֵּרEle (o) derrama (Hiphil)
(literalmente: faz com que [ele]
seja derramado)
Sl 75.9
3c. ְמֹורד׃
ָ ְכ ֶַּּ֫מי ִם ֻמג ִָרים בComo as águas que se
precipitam (Hophal)
(literalmente: causadas para
serem deramadas) num abismo.
Mq 1.4
Lv 26.22
p 450 4b. ַּו ֲהשִמ ֹתִ י ֲאנִי ֶאת־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץE assolarei (Hiphil) a terra
(literalmente: farei com que sua
terra seja como um deserto)
Lv 26.32
4c. שמָה
ַּ כָל־יְמֵּי ָהTodos os dias da assolação
descansará (Hophal)
(literalmente: de ser causada
para ser como um deserto)
Lv 26.35
Sl 137.6
5b. ּולְשֹונְָך ַאדְ בִיק אֶל־ ִח ֶֶּ֫כָךE eu farei que tua língua se
apegue (Hiphil) ao teu paladar.
Ez 3.26
5c. ְקֹוחי
֑ ָ ּולְשֹונִי ֻמדְ בָק ַּמלe a língua se me pega (Hophal)
(literalmente: é causada a se
apegar) ao paladar.
Sl 22.16
d Não há nenhum Hophal análogo ao Hiphil interno. Mesmo um verbo que possa ser
transitivo internamente no Hiphil, é passivo no Hophal, com outro agente implícito que não ele
mesmo. Esta carência de uso é fácil de entender: o sujeito do grau Hophal é normalmente um
objeto implícito de outra noção causativa que não o agente, mas no caso do Hiphil interno não
há este objeto. Confronte o חלהQal, Hiphil, e Hophal:
6a. ְו ָח ִֶּ֫ליתִיIr-se-ia
de mim minha força, e
me enfraqueceria. (Qal)
Jz 16.17
Os 7.5
1Rs 22.34
28.3 Hophal de Verbos Qal Usados Transitivamente
a As formas Hophal de raízes que são transitivas no Qal são causativas passivas. Além dos
exemplos em 28.1, considere estes:
Êx 25.9
Êx 25.40
2a. שחָה
ְ שמֶן ַּה ִמֶ ֶּ֫ ְו ָל ַּקחְתָ ֶאת־E tomarás o azeite da unção. e
ְוי ָ ַּצ ְקתָ עַּל־ר ֹא֑שֹוo derramarás (Qal) sobre sua
cabeça.
Êx 29.7
2c. שמֶן
ֶ ֶּ֫ ֲאשֶר־יּוצַּק עַּל־ר ֹאשֹוSobre cuja cabeça foi
שחָהְ ַּה ִמderramado o azeite da unção
(Hophal) (literalmente: fez com
que fosse derramado).
Lv 21.10
Js 7.19
Js 9.24
Dt 20.12
2c. ש ְלמָה־לְָך׃
ְ ְו ַּחּי ַּת ַּהשָדֶ ה ָהe os animais do campo estarão
[se fará com que estejam]
(Hophal) contigo em paz.
Jó 5.23
p 452 3a. ְוכָל־ק ְָרבַּן ִמנְחָתְ ָך ַּב ֶֶּ֫מלַּח תְ ְמלָחE toda oferta dos teus manjares
salgarás (Qal) com sal.
Lv 2.13
3b. ְו ָה ְמ ֵּל ַּח ֹלא ֻה ְמ ֶַּּ֫ל ַּח ְתNem tão pouco foste esfregada
(Hophal) com sal.
Ez 16.4
2Sm 20.21
5a. ִיאנִי
֑ ָ ֶּ֫ ְבצֵּל י ָדֹו ֶה ְחבCom a sombra de sua mão me
cobriu (Hiphil).
Is 49.2
5b. ּו ְבבָתֵּ י ְכ ָלאִים ָהח ֶּ֫ ָ ְ֑באּוe escondidos (Hophal) nas casas
dos cárceres.
Is 42.22
6a. ְו ֵּה ַּטלְתִ י אֹתְָך … עַּל ָה ֶָּ֫א ֶרץLançar-te-ei (Hiphil) a ti, e a tua
ַא ֶֶּ֫ח ֶרתmãe… para uma terra estranha.
Jr 22.26
6b. ַּמדּו ַּע הּוטֲלּו הּוא ְוז ְַּרעֹוPor que foram lançados fora
ְ ( ְו ֻהHophal), ele e os seus filhos, e
שלְכּו עַּל־ ָח ֶָּ֫א ֶרץ
arrojados (Hophal) para a
terra…
Jr 22.28
a Assim como o Hiphil pode receber variações modais quando se percebe que a vontade
dos participantes está envolvida, o Hophal também pode receber as mesmas variações quando
tal objeto se torna o sujeito passivo da noção causativa. Por exemplo, alguém percebe a
nuança de coerção nesta ordem com a raiz ( שכבveja 27.5).
Ez 32.19
35 Infinitivo Absoluto
36 Infinitivo Construto
37 Particípios
38 Subordinação
p 455 29
Introdução às Conjugações
29.1 Variedade de Formas Verbais
Estas cinco combinações têm sido a base de muito estudo, pois não é óbvio em quais maneiras
elas são independentes uma das outras. Outras questões a respeito de conjugações envolvem
suas relações com as formas não-finitas (particularmente a relação dos infinitivos e da
conjugação de prefixo), sua referência de tempo, e seu relacionamento ao “tempo” e sistemas
de aspecto em outras línguas.
c As combinações não são igualmente comuns, como a lista de ocorrências a seguir
demonstra:
wəyiqtol 1.335 3%
50.858
As formas de prefixo são apreciavelmente mais comuns do que as formas de sufixo. Embora a
combinação mais freqüente seja wayyiqtol, as formas sem waw são, de modo geral, mais
comuns, 28.173 formas (55%), em oposição àquelas com waw, 22.685 formas (45%). Também
é digna de nota a predominância de três das combinações: qatal, yiqtol, e wayyiqtol, que são
consideradas em 85% das formas conjugadas hebraicas na Bíblia (43.145).
f Alguns traços de qualquer visão moderna de conjugações representam uma ruptura com
os termos do debate tradicional. Desde o tempo de Renascença até a ultima parte do século
dezenove, havia uma tendência sólida com relação ao sistema verbal hebraico, a qual o
postulava como intrinsecamente “primitiva”, o que fazia do hebraico bíblico uma língua
arcaica incapaz de se compatibilizar com as complexidades de outras línguas comprovadas
posteriormente. Nenhuma solução moderna poderia estar baseada nessa noção suspeita e
enganosa do hebraico como uma língua. Mais tarde, antes do surgimento do pensamento
lingüístico moderno, o sistema verbal do hebraico era avaliado em confronto com as línguas
européias e foram as discrepâncias que pareciam exigir uma explicação. Uma forma especial
dessa perspectiva estava baseada nos interesses de tradução, mas não existe nenhum sistema
de equivalência absolutamente consistente para traduzir os verbos hebraicos para outra
língua. Estudiosos modernos procuram explicar da melhor maneira possível com seus próprios
termos.
g Cada fase do estudo moderno das semíticas comparadas tem estimulado novas teorias
do verbo do hebraico bíblico, embora algumas dessas teorias tenham sido inaceitáveis como
idéias a respeito de uma língua. Como veremos, uma informação do semítico comparado pode
ser usada tanto para elucidar como para criar a maior confusão na gramática hebraica. E
impossível explicar o hebraico alegando que ele é um híbrido ou monstro entre suas primas
Semíticas, pois, embora o hebraico seja diferente delas, não é diferente na espécie.
h Duas diferenças sobre o hebraico são relevantes. A primeira envolve o que está na Bíblia:
porque há certos tipos de escritos na Bíblia Hebraica que não atestados com a mesma
freqüência nos textos extrabíblicos semíticos, especialmente o Semítico do Noroeste, devemos
ser cuidadosos acerca de comparações. A predominância da prosa narrativa contínua na Bíblia
Hebraica é sem paralelo no antigo Oriente Próximo; até mesmo os anais acádicos dos reis neo-
assírios revelam diferenças consideráveis. Como veremos, há características distintivas da
prosa narrativa, bem como da linguagem p 458 profética, e esses “efeitos literários”
(peculiares a cada gênero literário) precisam ser levados em consideração quando se avalia o
sistema de verbo. Uma segunda diferença envolve a maneira na qual o hebraico foi
preservado. A noção de que o TM sofreu uma distorção significativa não desempenha nenhum
papel sério na explicação dos verbos. Isto já deveria estar mais do que claro quando se
considera a separação das formas וַּּיקטלe וְיקטל, citadas anteriormente, e a variação na
acentuação da combinação wəqatal em certas pessoas (p. ex., ְָָאמ ְרת ָ ֶּ֑֫ ו, Is 14.4, mas ֶָּ֫וְָאמ ְַּרת,
Ez 29.3; cf. וְָא ֶַּּ֫מ ְרתִ י, Dt 32.40).
i A idéia principal, na verdade a única, por traz das opiniões primitivas a respeito do verbo
hebraico era o tempo (29.2); o século 19 acrescentou a idéia de aspecto (em-bora não o
vocabulário) (29.3). A decifração do cuneiforme e a recuperação de outros mo-numentos
semíticos antigos contribuíram com fundos de novos dados (29.4). A integração deste material
é somente parte dos esforços empregados na compreensão (29.5–6).
29.2 Teorias Baseadas no Tempo
a A referência ao tempo pode ser indicada na língua de várias maneiras. Pode ser
lexicalizada, isto é, expressa por palavras individualizadas (tais como os advérbios ingleses
“now [agora], soon [logo], formerly” [outrora], ou poder ser gramaticalizada, isto é, expressa
morfologicamente como parte de, ou em conjunção com formas de verbo. A referência de
tempo gramaticalizada é chamada tempo. O inglês usa a categoria de tempo, distinguindo
tempo presente “I run” [“Eu corro”] do tempo passado “I ran” ]”Eu corri”]. O hebraico bíblico
não tem essas formas simples de tempo, mas porque o hebraico mishnaico e a maioria as
línguas européias têm, por pelo menos oito séculos, mais ou menos do ano 1.000 D.C. em
diante, os gramáticos medievais judeus e estudiosos cristãos das Escrituras Hebraicas acharam
que qtl, qôtēl, yqtl significassem respectivamente tempos passado, presente e futuro. Esse é o
sistema basicamente encontrado no hebraico mishnaico (e posterior), o que faz dela uma
língua baseada em tempo. Com tal perspectiva, é muito difícil acomodar as nuances do
Hebraico Bíblico, e foi necessário um estratagema para explicar a referência do “passado”
wayyqtl e a referência do “presente / futuro” de wəqtl.
c Os gramáticos medievais judeus desta maneira viram três tempos: qtl passado, qôtēl
presente, e yqtl futuro; o waw hippûk podia converter o primeiro e o terceiro. Os primeiros
hebraístas cristãos aceitaram a perspectiva medieval hebraica. Eles chamaram o waw ḥibbûr
de conjunctivum, e o waw hippûk de conversivum.
d Até 1827, prevaleceu a perspectiva tradicional nas universidades cristãs da Europa, mas
alguns começaram aprimorar criticar e modificar tal perspective. A gramática de Johannes
Buxtorf (1653), por exemplo, negou que o hebraico tivesse um tempo presente. McFall cita,
como um exemplo típico de confusão sobre os tempora (“tempos” em latim) no hebraico, a
declaração de C. Bayly em 1872: “Os Tempos muitas vezes são usados promiscuamente,
especialmente nos livros poéticos e proféticos”. Não obstante, a teoria do tempo e o waw
conversivo sobreviveram. W. Gesenius, nas treze edições de sua gramática (1813–1842), não a
abandonou.
e A teoria do tempo e o waw conversivo representaram uma tradição tão respeitável que
parecia ser arriscado desafiá-la. Algumas estatísticas certamente a comprovam. Em 14.202
exemplos de wyyqtl (dentro de um total de 14.972) a RSV (Revised Standard Version) traduz
com um pretérito perfeito. Além disso, a teoria do tempo apela para o “bom senso”. F. R.
Blake, por exemplo, defendia ser muito pouco provável que um verbo, a priori, não tivesse
tempo. Em ultimo lugar, a necessidade de traduzir o verbo hebraico para as estruturas de
tempo das línguas européias acaba apoiando a teoria do tempo.
f Contudo, a teoria tem fragilidades tremendas. Embora possa ser verdadeiro que wayyqtl
na maioria das vezes designe tempo passado, isto não significa que ele tenha sempre esse
valor (veja 31.2). Quando mudamos para outras formas o padrão estatístico perde a sua
elegância. De acordo com McFall, os tradutores da RSV traduzem yqtl como um tempo
passado 774 vezes, e como tempo presente 3.376 vezes, como tempo futuro 5.451 vezes,
como modal não-passado 1.200 vezes, como modal passado 423 vezes, como imperativo 2.133
vezes, como jussivo / coortativo 789 vezes, e não verbalmente 153 vezes. Com relação ao qtl, a
RSV traduz em Jó, uma boa fonte para comparação por causa de seu caráter não-histórico,
como tempo passado 252 vezes e como tempo presente 244 vezes; em sua forma com waw
wqtl como passado 12 vezes, como presente 23 vezes, e como futuro 14 vezes. Sem dúvida, os
tradutores da RSV necessitaram de todos os três tempos principais p 460 do inglês para
traduzir as duas conjugações com e sem waw. Como explicar o fato de que cada uma das
formas em Hebraico “representam” todos os três tempos importantes do inglês se
postularmos que tais formas tem um valor predominantemente temporal?
Philip Gell sugeriu que cada gênero ou categoria de literatura era composto
por um sistema principal e um secundário. Um sistema principal, por exemplo,
podia ser uma narrativa histórica. Ele começaria com um verbo regente que
coloque a narrativa em seu verdadeiro período histórico. Este será seguido por
formas verbais subordinadas, as quais reterão seu próprio tempo
individualmente. O poder temporal do verbo regente, ou inicial, é induzido, ou
passado adiante, aos verbos subordinados por meio do waw conjuntivo.
k A obra de Lee deve ser considerada como revolucionária. Ele foi o primeiro que
conseguiu desvencilhar o estudo sério do sistema verbal hebraico para bem longe da tradição
venerável de que yqtl significa somente o tempo presente-futuro. Sua análise morfológica das
conjugações baseada nos afixos e raízes nominais é fundamental para a abordagem histórico-
comparativa posterior. De fato, alguns semitistas comparativos ainda apoiam sua teoria de
que a forma yqtl é baseada no infinitivo. Sua distinção entre ações concretas e abstratas
aguarda a distinção de Diethelm Michel entre ações acidentais e substanciais. Embora ele
tenha desafiado a tradição, de fato, ele simplesmente substituiu uma noção de tempo por
outra, e nenhuma visão baseada exclusivamente em tempo é adequada. De certa maneira essa
falha é surpreendente uma vez que Lee reconheceu que aquilo que ele chamava de
pensamento oriental diferia do ocidental.
b A teoria do “pensamento universal”, a qual tem sido geralmente sustentada por todo
estudante de hebraico bíblico elementar por um curto período, alega estritamente que as duas
conjugações não podem ser separadas. O grande crítico romântico alemão Johann Gottfried
von Herder (1744–1803) foi um dos primeiros apreciadores modernos da literatura hebraica.
Em seu livro Vom Geist der Hebräischen Poesie (Sobre o Espírito da Poesia Hebraica, 1783),
sugeriu que o hebraico tinha somente um tempo, ou antes, que os dois tempos são
essencialmente tempos indefinidos, são ambos aoristos, isto é, tempos indemarcáveis. A visão
de Herder está baseada em sua atribuição ao espírito hebraico “primitivo” e “sereno e aberto”,
a qualidade do imediatismo: “Todas as canções hebraicas de louvor à [criação] … foram …
formadas, por assim dizer, a partir de um contato direto com exatamente as mesmas cenas
[descritas].” O desejo de apresentar impressões vívidas de primeira mão levou os hebreus
“como crianças” a contar com formas de verbo ilimitado.
p 462 c Estranhamente, tais maneiras de ver podem ser encontradas em nosso próprio
tempo, embora com reflexões diferentes. Alexander Sperber (1897–1971), um erudito
extravagante, mas diligente concordava essencialmente com Herder. Ele demonstrou que as
duas conjugações eram usadas permutavelmente, baseando-se em passagens do Pentateuco,
onde ele alegava que tal confusão poderia se encontrada (p. ex., הּוסַּרem Lv 4.31, יּוסַּרem
4.35). Ele também relacionou inúmeros versículos onde o perfeito é seguido por um imperfeito
(p. ex., Nm 9.15), onde o imperfeito é seguido por um perfeito (Lv 6.21), etc. Ele, portanto,
propôs:
Cada um desses tempos… pode indicar nenhum tempo e todo tempo. Deste
modo, eles não complementam um ao outro a fim de formar uma conjugação
verbal completa expressando passado e futuro, respectivamente, mas eles
correm paralelos um ao outro, representando duas possibilidades de expressar
um e o mesmo tempo.
Por esta razão ele exigiu esta nova terminologia, o tempo de sufixo e o tempo de prefixo. Por
que, então, há duas formas de tempo? Sperber explicou o fenômeno por sua teoria
compreensiva de que o hebraico bíblico não é uma língua unificada, mas uma confluência de
dialetos: “O uso combinado de dois tempos, que corre através de nossa literatura bíblica, é
mais uma evidência para nossa afirmativa de que a língua de nossa Bíblia é de um tipo
misturado.”
d James Hughes chegou a uma conclusão semelhante (sem negar a unidade do texto):
“Parece não haver diferença entre os dois tempos – exceto a forma – como eles aparecem nas
Escrituras Hebraicas.” Tempo, de acordo com Hughes, é indicado pelas partículas que ocorrem
com o “aoristo aformativo [isto é, qtl]” e o “aoristo preformativo [isto é, yqtl]”.
g Uma vez que Ewald desvencilhou o estudo do verbo hebraico do tempo, a teoria do waw
conversivo acabou também sendo questionada. Em seu lugar, Ewald avançou a idéia de waw
relativo como entendido por Lee. Ewald considerava erroneamente que ַּו (isto é, we-)
prefixado ao presente histórico yqtl era compreendido de “ וe” e “ אזentão” e pensava que
indicava mais enfaticamente a conseqüência de uma ação. Para esta interpretação da forma
Ewald (como os mais modernos) adotou o termo de F. Böttcher, waw consecutivo. Ewald mais
adiante sugeriu, com razão, que wqtl funciona como a antítese de wayyaqtl. De grande
importância para pesquisa posterior baseada no método histórico-comparativo foi a
observação de Ewald de que a forma wayyqtl está baseada, onde quer que seja possível, na
forma jussiva. Aqui, contudo, ele generalizou demasiadamente; p 464 McFall chama a atenção
para exemplos onde está construída sobre a forma do chamado imperfeito mais extenso.
Como poderia ser previsto de sua citação, ele aceitou o conceito de um “perfeito profético”
m As visões de Driver foram amplamente aceitas, mas sua teoria não pode ser apoiada. Ele
herdou a fragilidade do reducionismo de Ewald e agravou-o. Além disso, como McFall
demonstra convincentemente, algumas situações complicadas exigem que interpretemos o
yqtl descrevendo uma ação acabada: “Ação nascente é uma visão demasiadamente estreita de
uma ação para servir de meio adequado para descrever um evento total composto de
inúmeras ações individualmente completas, p. ex., 2Cr 28.15”. De fato, Driver foi forçado a
abandonar sua teoria de yqtl em conexão com a combinação wayyqtl. “O uso de [wayyqtl] nos
livros históricos … torna inconcebível a idéia de que ele teria sugerido qualquer coisa, exceto a
de um fato consumado”. McFall também assinala a mesma inconsistência de Ewald. Driver,
escrevendo há mais de um século atrás, não teve o privilegio de contar com materiais
comparativos semíticos antigos quando fez suas pesquisas, e sua dependência do grego seja,
talvez, compreensível.
n A reação a Ewald por William Turner de Edimburgo foi em forma de uma refutação, mas
sua teoria era em base aspectual e filosófica. Turner procurou opor-se à teoria de Ewald com a
visão de que qtl representa o ato ou estado do verbo como um fato objetivo e que o yqtl
descreve o processo. Em sua visão qtl é fato objetivo, yqtl representação p 466 subjetiva; qtl
focaliza resultados históricos, yqtl focaliza o forjar da história. Turner não vê diferença
essencial entre qtl com raízes que denotam um estado versus uma atividade; nenhum
representa o sujeito como desprendendo energia, mas ao contrário assinalando o sujeito com
uma atribuição. Ele distinguiu qtl do particípio (qôtēl) sugerindo que o último enfatiza a pessoa
e o primeiro o fato. Tanto as formas livres como as ligadas de yqtl expressavam o elemento de
vida pessoal e atividade.
o Turner nos oferece mais uma vez uma perspectiva interessante, mas reducionista. Ele
antecipa as teorias de Michel bem como as perspectivas modernas de aspecto e a
representação subjetiva de realidade. Embora Turner contraste suas perspectivas com a teoria
aspectual, sua análise não é inteiramente diferente. Observe a explicação de Brockelmann de
que as duas conjugações representam aspectos:
Os tempora são para ser explicados como aspectos subjetivos, como podem
ser observados em muitas línguas dependendo se o falante deseja
simplesmente declarar que o que aconteceu como um evento (perfeito) ou
seu progresso (cursivo) (imperfeito).
p Dos três grupos de teorias esboçadas aqui, é a perspectiva de Ewald que representa a
contribuição mais permanente. A teoria do “tempo universal” não é uma perspectiva séria, e
os pós-Ewald de fala inglesa não avançaram além de seu mestre alemão. Enquanto Ewald, S. R.
Driver e Turner escreviam, novos dados de antigos monumentos se tornaram disponíveis.
Esses dados informam a maioria dos estudos recentes.
c A teoria de Bauer foi aceita por Gotthelf Bergsträsser sem a hipótese de língua mista. Por
contraste, G. R. Driver procurou defender precisamente a hipótese de língua mista. F.R. Blake,
também, seguiu essencialmente Bauer. Mais recentemente J. F. A. Sawyer, também,
respondeu a essa interpretação de tempo.
p 468 e A obra de Bauer, a despeito de seus defeitos, supre o esboço crítico de uma visão
moderna dos tempos hebraicos. É, primeiramente, uma teoria baseada em fatos
comparativos. Desde que tenhamos, agora, aperfeiçoado vastamente descrições disponíveis
do acádico, bem como do egípcio, e vários materiais de diversos sítios, notavelmente Amarna
e Ugarit, temos um campo muito mais amplo de comparação do qual para estudar hebraico.
Segundo, Bauer reconhecia que yqtl / wayyqtl hebraico era basicamente um grupo misto, e a
maioria dos eruditos aceitam sua perspectiva de que a conjugação de prefixo do hebraico é
(ou melhor, contém remanescentes de) duas conjugações de prefixo mais antiga, uma
denotando o tempo presente / futuro (como Bauer a teria) ou um aspecto cursivo / durativo
(como, p. ex., Rudolf Meyer a descreve), e a outra uma forma narrativa. Indiscutivelmente, a
língua Proto-semítica tinha, pelo menos, duas conjugações de prefixo, uma forma “mais
longa”(?) significando o aspecto não-perfectivo, tempo futuro, etc., e uma forma “mais curta”
para o passado narrativo. Vamos rever alguns dados comparativos.
i Como essa evidência nos ajuda a entender o hebraico? Ewald observou que nos verbos
hebraicos, onde formas de prefixo variam, a forma wayyaqtl tem sempre o mesmo formato
como o jussivo. Pode ser demonstrado da evidência do comparativo semítico que essas formas
representam historicamente uma forma curta em contraste com a forma regular yqtl. Por
exemplo, no grau Hiphil o “imperfeito” é yaqtîl (<* yaqtilu) mas a forma do jussivo / waw-
relativo é yaqtēl (<* yaqtil). Uma distinção semelhante pode ser observada no II-waw (p. ex.,
)קּוםe as raízes geminadas (p. ex., )סבב: yāqûm (<* yaqūmu) versus yāqōm (<* yaqum) e
yāsēb (<* yasubbu) versus yāsob (<* yasub). Uma conjugação arcaica prefixo curto deste modo
pode ter sobrevivido na forma de narrativa wayyqtl. Alguns pensam que ela sobreviveu numa
forma livre, especialmente na poesia (31.6).
j A despeito da correlação aparente na forma e no significado entre as conjugações prefixo
mais longo e mais curto em outras línguas semíticas e as formas do hebraico, a teoria apesar
disso tem sua própria série de problemas. O maior problema é a alegada divisão entre formas
longas e curtas. Com a maioria dos verbos não se pode distinguir entre as duas alegadas
conjugações de prefixo. Isto é explicado pelo fato de que cerca de 1.100 antes da era cristã a
língua perdera todas suas vogais breves finais, ocasionando a maiorias das formas *yaqtulu e
*yaqtul a caírem juntas como homônimas. Mas pode uma língua tolerar essa homonímia?
Pode uma língua tolerar num período extenso, a mesma forma representando aspectos ou
tempos opostos? Poder-se-ia contestar que o hebraico (bem como algumas outras línguas
semíticas) use uma conjugação de prefixo comum para expressar tanto o modo jussivo como o
indicativo. (A mesma confusão às vezes, também, acomete os modos coortativo e o
indicativo). Se a mesma forma pode significar modos opostos, não pode, também, a mesma
forma, expressar aspectos opostos? A evidência do semítico comparativo e os dois usos
distintos da conjugação prefixo do hebraico sugerem que, de fato, yaqtulu e yaqtul se
fundiram no hebraico para formar uma conjugação (aproximadamente) comum.
p 470 As conseqüências sintáticas da fusão não são óbvias. Estudos do próprio texto devem
ser decisivos para rever os resultados da evidência comparativa.
a Diethelm Michel em 1960, seu estudo das conjugações no Saltério seguiu um método
diferente. Ele rejeitou as teorias aspectuais mais antigas, bem como as teorias histórico-
comparativas do tipo em que Bauer foi pioneiro. A recomendação baseada numa oposição
polar entre as formas qtl e yqtl é necessária, crê ele.
p 471 Ele então começa a estudar a discrepância observada por todos os estudantes quando
se voltaram da gramática para o texto.
Devemos testar e discutir todos os verbos que ocorrem. Não faz nenhum
sentido citar como evidência somente aquelas passagens que sustentam nossa
tese e ocultar as outras. Essa abordagem eclética como as gramáticas devem
usar por necessidade por razão de espaço tem que contar com um trabalho
avançado que tenha testado toda evidência, e este trabalho avançado
devemos suprir aqui, investigando os Salmos.
d Depois ele estuda o “perfectum” em diversas espécies de salmos e situações. Aqui ele
descobre que pode referir-se a ações do perfeito, do presente, e do futuro, e que pode ser
usado em construções que acrescentam fatos explicativos a algo retratado mais tarde. Desse
estudo ele tirou a conclusão de que o “perfectum” não serve para referir-se a um período de
tempo, mas antes “relata um evento que fica em nenhuma relação dependente, mas que é
importante em si mesmo.” Ele demonstra que isto pode ser provado de três maneiras:
p 472 Por contraste, ele observa: “Do imperfectum pode se dizer exatamente a princípio, que
ele não faz tudo isso; ele informa uma ação que está numa relação”.
e Michel então volta à significação das conjugações em vista de o sujeito agindo. Depois de
um exame em profundidade do Salmo 1, ele provisoriamente avança sua tese em termos
filosóficos: o “perfectum” e o “imperfectum” têm um caráter “acidental” e “substancial”
respectivamente:
As ações típicas expressas pelos perfecta designam fatos, que uma pessoa
faz, mas que teoricamente pode não fazer. As ações poderiam ser chamadas
típicas às extensões que a pessoa que as faz manifesta sua pertença a um
certo tipo de indivíduo. Se a pessoa agiu de outra maneira, mostrar-se-ia como
pertencendo a um outro tipo de indivíduo. Por conseguinte, as ações não são
relatadas sob o ponto de vista que eles prosseguiram de uma espécie definida
de pessoa, mas que eles fazem essa espécie de ser antes ser manifesto. Em
resumo: as ações designadas pelo perfectum em relação à pessoa que age ter
um caráter acidental.
Por outro lado, a espécie de árvore [Sl 1.3] é estabelecida daquilo que
precede: é a substância de uma árvore plantada junto às correntes de água.
Que esta árvore produz frutos na sua estação, que suas folhas não murcham
não são ações que podem ou não pode fazer; antes, elas resultam da
necessidade do caráter [Wesen] da árvore. Em resumo: as ações designadas
pelo imperfectum com relação à pessoa do sujeito que age tenha uma caráter
substancial.
Michel tenta validar esta distinção provisória através de um estudo compreensivo do Saltério.
Ele resume suas conclusões assim: “Os critérios para a escolha do tempus não residem na ação
mesma (período de tempo, Aktionsart, ou o semelhante), mas na relação que o falante deseja
ver expressa.”
f Michel agora estuda as formas yqtl isoladas. Ele começa sua pesquisa com a visão de que
qtl designa um fato independente, por conseguinte yqtl deve designar ações dependentes. Ele
valida sua visão examinando as formas yqtl com respeito a (1) conseqüências negativas, o
chamado aoristo poético, (2) ocorrências correspondentes – “onde uma segunda ação
corresponde à primeira,” (3) o uso modal, (4) o uso iterativo, (5) expressões de pedido, e (6)
conjunções. Alguns de seus resultados merecem menção. Em conexão com “o chamado
aoristo poético” ele nega, em oposição a Stade, Bauer, Bergsträsser, Gunkel, e outros, que um
uso antigo de yqtl para ações passadas sobreviveu no Saltério. Para Michel, não existe
diferença significativa entre yqtl e wayyqtl – ambos expressam uma conseqüência:
p 473 Com respeito ao uso modal, ele argumenta que se uma ação ocorre como uma
conseqüência da essência da pessoa agindo ou da determinação da situação, yqtl designa a
noção modal e praticamente é “substancial.” “A expressão ‘ele faz isto’ é independentemente
importante, mas as expressões ‘ele pode (fisicamente), precisa, pode (moralmente)…’ são
significativas somente em relação a outro dado.” Ele argumenta que yqtl é usado
compreensivelmente para ações repetidas, desde que uma ação que repete sempre um novo
acontecimento está sendo reportada em lugar de um fato. A teoria “substancial”, argumenta
ele, também funciona com o uso de yqtl para pedidos e ordens, porque uma ação que é
pedida ou proibida não é importante em si mesma mas tem sua significação através da sua
conexão com a pessoa que dá a ordem. É portanto “substancial”.
h Sua obra contém falhas em sua avaliação das formas de prefixo. Não é verdade que as
conjugações apresentam um contraste filosófico entre situações que são acidentais e reais e
aquelas que são substanciais e menos reais (confronte ʾmr yqtl em Is 40.1 e ʾmr qtl no Sl 83.5: a
primeira é uma citação real menos “real” do que a segunda?). Muitas ações representadas
pela construção wayyqtl significam atos auto-suficientes, independentes (cf. a narrativa da
criação: Gn 1.3 e seguintes). Embora a conjugação prefixo às vezes represente atos
“substanciais”, atos que de necessidade procedem do sujeito, nem sempre procedem assim.
Considere # 1:
1. יָבֵּש ָחצִיר נָבֵּל צִיץ כִי רּו ַּחSeca-se a erva, e caem as flores,
שבָה ֑בֹוְ ָיהוה נsoprando nelas o hálito de
YHWH.
Is 40.7
Segundo a teoria de Michel teríamos esperado, a conjugação de prefixo com os primeiros dois
verbos, porque, se a árvore plantada junto à corrente de água de necessidade produz fruto (Sl
1.3), assim a grama murcha e as flores secam de necessidade diante do vento divino.
i Em termos gerais, também, a obra de Michel pode estar falhada. O enfoque sobre a
poesia, muitas vezes elevado e idiossincrático, ignora um conjunto de (possíveis) efeitos de
espécie para evitar serem misturados por outro conjunto, os da prosa narrativa. Além disso,
enquanto as teorias de Bauer comprovadas demasiadamente especulativas, e traços
importantes não resistiram uma investigação posterior, para dispensar todo o p 474 método
comparativo-histórico, por esta razão parece injustificado. Michel, ao apresentar o seu
método, diz que deseja evitar suposições a priori, todavia ele falha exatamente naquela
contagem, quando alega que a conjugação de prefixo deve ser o oposto preciso da conjugação
de sufixo. Uma forma gramatical não acentuada não é necessariamente a oposta (lógica) de
uma forma acentuada. Demonstraremos, de fato, que a conjugação de prefixo representa tudo
não-perfectivo. Michel, também, caiu na mesma armadilha, como os pesquisadores antes
dele, a armadilha do reducionismo através da abstração. A forma não tem, necessariamente,
apenas um significado: pode incluir diversos significados que o falante e o público distinguem
pelo contexto.
j Alguns pontos específicos podem ser observados. Parece forçado dizer que atos repetidos
estão faltando na realidade. Considere o # 2.
2. שדֶ ה ְו ִהנֵּה־
ָ ַּוּי ְַּרא ְו ִהנֵּה ְבאֵּר ַּבE olhou, e eis um poço no
שָם שְלשָה עֶדְ ֵּרי־צ ֹאן ר ֹ ְבצִיםcampo, e eis três rebanhos de
ovelhas que estavam deitados
ָע ֶֶּ֫לי ָה כִי מִן־ ַּה ְבאֵּר ַּההִיא יֵּשְקּוjunto a ele; porque daquele
ָהעֲדָ ִ ֑ריםpoço davam de beber aos
rebanhos.
Gn 29.2
A forma da conjugação de prefixo יֵּשְקּוnão é necessária aqui por causa da sentença causal
dependente (cf. ָסגַּרem 1Sm 1.5). Antes, o historiador por meio da forma de prefixo está
dando atenção necessária aos fatos, como acontece com a conjugação de sufixo. É muito mais
provável que a conjugação de prefixo denote aqui, como denota em outras línguas semitas,
aspecto imperfectivo e que a realidade não é o resultado. Notavelmente, o estudo de Michel
carece de uma consideração sobre wqtl que é o oposto aparente de wayyqtl, e portanto
poderia ajudar a esclarecer as funções da última forma. Parece improvável, à luz da sintaxe
estrita que rege o uso das formas livre e limitada na prosa, que yqtl e wayyqtl diferem não em
qualidade, mas somente em grau, embora wqtl e wayyqtl sejam completamente distintas.
k A tese variante de Michel é digna de nota. Péter Kustár propõe conclusões semelhantes
às de Michel. Mas, ao passo que Michel se refere a qtl e yqtl como representando ações
independentes e dependentes respectivamente, Kustár se refere a elas como representando
aspectos determinantes e determinados. Escreve ele:
Sua tese caiu em muitas das mesmas censuras como as Michel, notavelmente a insistência na
oposição polar das formas qtl e yqtl.
Vários pontos nessa passagem necessitam ser observados à luz do estudo das conjugações do
hebraico. Comrie não define criticamente o perfectivo como uma ação completa (perfeito).
c Significativamente, Comrie não fala de uma ação, mas de uma situação, que pode ser
estativa ou dinâmica. Se o aspecto perfectivo é definido em termos de uma situação completa,
o termo é aplicável tanto aos verbos estativos como aos fientivos.
e A conjunção prefixo (historicamente longo) (yaqtulu) não pode ser descrita somente em
termos de aspecto imperfectivo. Nesta forma as noções de aspecto e tempo tanto p 477
combinado (aspecto imperfectivo no tempo passado e presente) como separado (aoristo no
tempo futuro). Sperber e Hughes estão parcialmente certos descrevendo-o como tempo
universal. E pode significar mais do que uma combinação de tempo e aspecto ou tempo
simples; pode também significar modos real ou irreal – o indicativo como graus de dúvida e
vontade. Em resumo: uma forma pode significar qualquer tempo, qualquer modo, e o aspecto
imperfectivo (mas não o perfectivo), não imperfectivo, mas não-perfectivo, “um mais do que
oposto” da conjugação de sufixo. (O termo “aoristo” significando sem limites ou fronteiras, é
apropriado).
p 479 30
1. ּו ְבנֵּי יִש ְָראֵּל אָ ָֽכְלּו ֶאת־ ַּהמָןE comeram (pfv.) os filhos de
שנָה
ָ ַאר ָבעִים ְ Israel maná Quarenta anos.
Êx 16.35
2. שנָה ָאקּוט בְדֹור
ָ ַאר ָבעִים
ְ Quarenta anos estive
desgostado (não-ptv.; ou:
estava desgostando) com esta
geração.
Sl 95.10
Quando a forma perfectiva reúne juntamente uma situação estendida interna, nós nos
referimos a ela como uma perfeita constativa. Segundo, o perfectivo não enfatiza a
completude de uma situação. Pesquisadores primitivos erraram conjuntamente caracterizando
a conjugação de sufixo como indicando ação completada, em lugar de indicar uma situação
completa. Expressa desta maneira errônea a teoria que a conjugação de sufixo indica aspecto
perfectivo está aberta à objeção. No # 3 a forma de sufixo não representa uma ação
completada.
2Rs 8.25
p 481 Discutimos esses exemplos como este abaixo. A definição de completude imperfeita
também necessitava encontrar uma psicologia profética anormal para explicar o uso dos
profetas na conjugação de sufixo para eventos futuros. O aspecto perfectivo pode ocorrer em
referência a qualquer período de tempo.
a O significado inerente de uma palavra no contexto mais longo do discurso pode escolher
o começo, ou a extensão ou o fim da estrutura interna da situação representada como um
evento único.
1Rs 2.11
1b. שנָהָ שנַּת שְתֵּ ים־ ֶעש ְֵּרה ְ ִבNo ano doze de Jorão …
Gn 26.13
3. ִזֹובּה
֑ ָ ְואִם־ ָטה ֲָרה מPorém, quando for limpa de seu
fluxo,
Lv 15.28
p 482 4. שר־חַּי
ֶ ַּוּיִהְיּו כָל־יְמֵּי ָאדָ ם ֲאE foram os dias que Adão viveis,
שנָה ּושְלשִים ש ָָנ֑ה ָ תְ שַּע מֵּאֹותnovecentos e trinta anos.
Gn 5.5
Outros verbos construíram dentro deles um “telos” (τέλος = fim, termo) ou ponto terminal
(p. ex., “matar” é télico).
Dn 10.12
a A forma perfectiva, representando uma situação como um todo único, não pode, por ela
mesma, representar uma estrutura interna; contudo, por meio de modificadores, um evento
único pode ser desdobrado em partes:
p 483 b Às vezes uma situação perfectiva é representada por um ponto (.) em contraste
com uma situação imperfectiva, que é representada por uma série de pontos (…) ou uma linha
( _______ ). Comrie sugere mais precisamente que nós vemos a situação perfectiva como uma
gota:
a Verbos estativos diferem de verbos fientivos por prender o sujeito num estado de ser
pelo contrário de um estado de atividade (22.2.1). Temos observado que o inglês usa sua
construção progressiva com verbos fientivos (p. ex., “he is running” [“ele está correndo”],
imperfectivo versus perfectivo “he runs” [“ele corre”]), mas não com os estativos (p. ex., “he
knows” [“ele sabe”], mas não “he is knowing” [“ele está sabendo”]). Com verbos estativos a
situação dinâmica somente continua desde que o sujeito ou agente coloque continuamente
energia nova nele, ao passo que em situações estáticas nenhum esforço é requerido em sua
parte (p. ex., “he fills” [“ele enche”] dinâmica versus estativa “he is full” [“ele está cheio”]).
Mais adiante, em situações dinâmicas da estrutura interna da situação precisa de diferentes
fases, mas esta não está geralmente em situações tão estáticas, onde as fases internas tendem
a ser uniformes. Se dizemos “Deus formou o homem”, a situação dinâmica precisa que Deus
tomou o barro e modelou a carne, etc., mas se dizemos “she fears” [“ela teme”] (estativo) ou
“he knows best” [“ele sabe do melhor modo”] (quase-fientivo), a estrutura interna da situação
é a mesma seja onde for que a olhemos.
Quando um estado durativo é expresso por um verbo com um aspecto perfectivo o foco
pode estar no momento inceptivo (perfectivo ingressivo) ou tanto na incepção como na
continuação (perfectivo constantivo). Cada método necessita de certo dinamismo, para
referência à estrutura interna da situação que implica em alguma mudança. Mesmo assim uma
situação estativa pode tomar-se um evento.
1. ְו ָה ֶָּ֫א ֶרץ ָהי ְתָ ה ֶּ֫ת ֹהּו ו ֶָּ֫ב ֹהּוE a terra era sem forma e vazia.
Gn 1.2
Gn 3.22
p 484 No # 1 está em vista uma única situação; no # 2 há duas coisas em vista, tanto uma
situação anterior como um estado resultante. Mudaria radicalmente o sentido dos dois versos
se os interpretássemos vice-versa.
3. שר נָתַּ ן
ֶ ְו ַּהגָדִ י ָל ְקחּו נַּ ֲחל ָ ָ֑תם ֲאOs gaditas receberam a herança
ָלהֶם מֹשֶהque Moisés lhes deu.
Js 13.8
4. ְו ֶָּ֫למָה נָפְלּו ָפ ֶֶּ֫ניָך׃Epor que descaiu o teu
semblante?
Gn 4.6
ָה ֶָּ֫א ֶרץ הַּטֹבָה ֲאשֶר נָתַּ ן־לְָך׃pela boa terra que te deu.
Dt 8.10
Is 50.7
Aqui vemos a mesma conjugação hebraica traduzida pelos três tempos perfeitos do inglês.
Falantes de inglês, num registro menos formal tendem a substituir o perfeito passado e o
futuro pelos tempos passado e futuro simples, e, como o Hebraico, permitem aos ouvintes a
inferir a noção perfeita mais precisa do contexto. Podíamos igualmente bem traduzir # 3 por
“… Moisés deu-lhes” e # 5 por “… a boa terra ele vos dará.” Perfectividade é uma parte do
sistema de verbo hebraico; a noção de perfeito é a que pode ser explícita em inglês e a que é
pertinente a ações descritas em hebraico. Assim, se falamos a respeito de um verbo perfectivo
tendo um significado perfeito, estamos p 485 falando a respeito de interpretação ou a
respeito de tradução, uma forma especial de interpretação.
O Hebraico pode usar sua forma perfectiva com a mesma significação presente / habitual (“o
perfectivo gnômico”).
1. שמְרּו ֶאת־עֵּת
ָ וְת ֹר … ְועָגּורA rola … e o grou observam o
ב ָ ֹ֑אנָהtempo de sua arribação.
Jr 8.7
O Hebraico, também, usa sua forma perfectiva para uma situação presente em que o falante
analisa uma ação futura (daí: “perfectivo de análise”). O presente perfectivo búlgaro tem um
uso algo semelhante a esse: iskam da kupja (presente perfectivo) kniga, “Eu-quero aquele Eu-
compro livro.”
c Já temos observado que em outras línguas que são orientadas aspectualmente o aspecto
perfectivo deve estar associado com situações futuras. O mesmo acontece com o Hebraico.
Indicadores temporais marcam o tempo futuro em que ocorre a situação temporal.
p 486 2. עַּד־ ָמתַּ י ֵּמ ֶַּּ֫אנְתָ ֵּלעָנ ֹת ִמּפ ָָנ֑יAté quando recusas humilhar-te
diante de mim?
Êx 10.3
a O rico sistema verbal inglês muitas vezes expressa excessivamente variações associadas
a fatores analisados acima. Nesta sessão tentaremos relacionar ao sistema verbal inglês
diversas variações potencialmente peculiares à forma perfectiva hebraica. Expomos, também,
outras variações representadas não formalmente em inglês. (Muitas vezes admitimos-lhes
ilustrações para sugerir maneiras em que a situação perfectiva poderia ser traduzida para o
inglês).
2. וַּתְ ַּכחֵּש ש ָָרה לֵּאמ ֹר ֹלא ָצ ֶַּּ֫ח ְקתִיSara negou dizendo: não me ri.
Gn 18.15
Dn 10.12
1Sm 18.30
p 487 Quando a forma perfectiva representa a situação que ocorreu no passado recente, o
idioma inglês muitas requer o uso do verbo auxiliar “has / have” (“tem / têm”) Embora a forma
pareça ser um perfeito, a idéia é de um passado simples (“perfectivo recente”).
7. שי ָת
ִ ֶּ֫ ו ֶַּּּ֫י ֹא ֶמר מֶה ָעE disse Deus: Que fizeste?
Gn 4.10
Dt 5.24
A forma perfectiva pode representar uma situação passada em que o falante está relutante ou
é incapaz de especificar precisamente (perfectivo indefinido”). Para este uso, também, o
idioma inglês normalmente adiciona o auxiliar “has / have” [“tem / têm”].
Sl 21.3
O contexto pode sugerir uma ênfase sobre a unicidade de um ato no passado indefinido. Neste
caso, a tradução pode ser auxiliada acrescentando o advérbio inglês “ever” [“sempre”] ou
“never” [“nunca”].
14. ֹלא־נִ ְהי ְתָ ה וְֹלא־נ ְִר ֲאתָ ה כָז ֹאתNunca tal se fez.
Jz 19.30
15. ָאחֹור
֑ שת י ְהֹונָתָ ן ֹלא נָשֹוג
ֶ ֶֶּ֫קO arco de Jônatas nunca se
retirou para trás.
2Sm 1.22
c Vários usos do perfectivo hebraico podem ser correlacionados com referência ao tempo-
presente como é entendido em inglês; poderia ter-se em mente que o tempo presente simples
inglês é raramente usado para referir-se ao tempo presente. No perfectivo persistente
(presente), a conjugação prefixo representa uma situação única que começou no passado mas
continua (persiste) no presente. O inglês muitas vezes usa sua forma do perfeito aqui, mas de
fato a forma não justapõe uma situação passada com o estado presente:
Gn 15.3
18. שיתִי
ִ ֶּ֫ שר־ ָע
ֶ ְטֹובה כ ֹל ֲא
֑ ָ לE de tudo quanto fiz a esse
povo.
Ne 5.19
O gnômico ou perfectivo proverbial no hebraico muitas vezes corresponde às formas do tempo
presente em inglês.
Jó 7.9
23. ָא ֶַּּ֫מ ְרתִ י ַּאתָ ה ְו ִצבָא תַּ ְחלְקּו ֶאת־Eu ordeno que tu e Ziba reparti
שדֶ ה׃ ָ ַּהAs terras.
2Sm 19.30
Gn 14.22
p 489 Um perfectivo epistolar representa uma situação no tempo passado do ponto de vista
do recebedor de uma mensagem. Para avaliar do uso do “aoristo epistolar” no latim e no
grego, o escritor usa a forma perfectiva nesse contexto como uma cortesia delicada – “ele
supõe a perspectiva de um recebedor desta maneira considera a mensagem como tendo sido
enviada no passado. O idioma inglês, contudo, emprega a forma do presente progressivo, uma
forma que obscurece a força do hebraico:
1Rs 15.19
2Cr 2.12
O perfectivo epistolar pode ser visto como um caso especial do perfectivo instantâneo. Outro,
um subtipo sobreposto, é o performativo em que não somente estão o falante e o
desempenho simultâneo, eles são idênticos. Dos exemplos acima # 23 é performativo, e ## 26
e 28 (ntn) provavelmente também são. Outro uso do tempo presente da conjugação de sufixo
é o perfectivo de análise.
Rt 4.3
31. ַּוּיַּעַּן ֶעפְרֹון ַּהחִתִ י ֶאת ַאב ְָרהָםE Efrom heteu respondeu a
ָ ַּהAbraão… eu te darei o campo…”
שדֶ ה נָ ֶַּּ֫תתִ י לְָך … ַּוי ְדַּ בֵּר אֶל־
E ele (Abraão) disse: “Eu
שדֶה ָ ֶעפְרֹון … נָתֶַּּ֫ תִ י ֶֶּ֫כסֶף ַּהpagarei o preço do campo.”
Gn 23.10–11,13
32. ּפִתַּ חְתִֶּ֫ יָך הַּּיֹום מִן־הָאזִקִיםEu te soltei hoje das cadeias.
Jr 40.4
e Referindo-se ao tempo futuro absoluto, uma forma perfectiva pode ser persistente ou
acidental. Uma perfectiva persistente (futura) representa uma situação única estendendo-se
do presente para o futuro.
p 490 33. עַּד־ ָמתַּ י ֵּמ ֶַּּ֫אנְתָ ֵּלעָנ ֹת ִמּפ ָָנ֑יAté quando recusas humilhar-te
perante mim?
Êx 10.3
Gn 30.13
36. הֵּן ָג ֶּ֫ ַּועְנּו ָא ֶַּּ֫בדְנּו ֻכ ֶָּ֫לנּו ָא ֶָּ֫בדְ נּו׃Nós morremos. Estamos
perdidos, estamos perdidos.
Nm 17.27
Este uso é especialmente freqüente em discurso profético (daí também chamado de “perfeito
profético” ou “perfeito de confidência”).
Nm 24.17
Is 8.23–9.1
a Os diversos usos da forma perfectiva em conexão com o estado perfeito são revelados
claramente pelo caráter do tempo orientado do sistema verbal inglês.
1. ֶּ֫ ַּוּיָשָב י ִ ְצחָק ַּוּיַּחְּפ ֹר ֶאת־ ְבאֵּר ֹתIsaque reabriu os poços que
שר ָ ָֽחפְרּו בִימֵּי ַאב ְָרהָם ֶ ַּה ֶַּּ֫מי ִם ֲאtinham sido cavados no tempo
de Abraão.
Gn 26.18
Gn 31.32
3. שמּואֵּל מֵּת … ְושָאּול ֵּהסִיר
ְ ּוAgora Samuel tinha morrido …
e Saul tinha desterrado os
adivinhos הָא ֹבֹות e
encantadores
1Sm 28.3
Sl 10.11
7. ְו ִה ְצלִי ַּח עַּד־ ֶָּ֫כלָה ֶַּּ֫זעַּםE será próspero, até que a ira se
complete.
Dn 11.36
a A forma perfectiva dos verbos estativos pode significar a maioria dos usos sugeridos para
verbos fientivos, mas os estativos apresentam um conjunto de problemas especiais na forma
perfectiva. Um estativo denota inerentemente uma situação com uma estrutura interna
estendida, enquanto que a forma perfectiva conceptualiza uma situação de fora, como um
todo único. Nesta seção estamos interessados somente naqueles pontos únicos da gramática
para os estativos. Antes de voltarmos às variações mais precisas da conjugação de sufixo,
observaríamos primeiramente, que a tradução nessas situações depende da natureza do
verbo. Os estativos podem ser analisados dentro de três espécies: (1) aqueles que denotam
uma qualidade adjetival sem receber um objeto, que muitas vezes recebem um verbo de
ligação mais um adjetivo em inglês (p. ex., “Eu sou indigno [ ]ק ֶָּ֫ט ֹנ ְתִ יde qualquer amor”, Gn
32.11); (2) aqueles que denotam uma qualidade e recebem um objeto complementar (10.2.1),
que muitas vezes são traduzidos como aqueles sem objeto (p. ex., “tuas mãos estão cheias
[מ ֵֶּּ֫לאּו
ָ ] de sangue,” Is 1.15); e (3) os quase-fientivos (22.2.3), aqueles que mostram tanto
características estativas quanto fientivas, aqueles que denotam um estado mental ou
psicológico e recebem um objeto (p. ex., “Israel amava [ ]ָאהַּבJosé,” Gn 37.3). A relação entre
essas três espécies de estativos podem ser vistas no trio inglês: “she is afraid” [“ela está com
medo”], “she is afraid of him” [“ela está com medo dele”], “she fears him” [“ela o teme”].
b Os usos das formas de sufixo de estativos são semelhantes àquelas formas de fientivos.
No tempo passado, uma situação pode ser télica (## 1–3), ingressivo (## 4–6), ou constativo
(## 7–8). Essas situações empregam uma qualidade um tanto dinâmica porque a referência é
um evento; a qualidade dinâmica cresce quando o verbo é transitivo (isto é, quase-fientivo; #
7).
Sl 37.30
Gn 48.10
Jz 8.34
Pv 14.16
Sl 34.11
No perfectivo adjetival presente, o uso da forma do verbo dirige a atenção para o
envolvimento do sujeito mais do que uma construção comparável com um adjetivo (27.1c).
Gn 44.20
Verbos estativos que denotem um estado realizado no perfectivo podem estar no ingressivo
no tempo passado (# 4) ou pode significar um estado presente que implicitamente aconteceu
numa situação anterior (## 13–15). Neste uso ele aproxima o estado perfeito, que se refere à
situação precedente como motivando o estado realizado. Podemos argumentar indiretamente
que verbos estativos na conjugação sufixo pode significar um estado presente (realizado)
observando a conexão histórica em muitas línguas entre o tempo perfectivo e a voz passiva, e
entre a voz passiva e as formas estativas. Comrie mostrou que o estado perfeito p 493 e a voz
passiva freqüentemente vão juntos porque ambos se referem a esse estado realizado. Ele
também observa que “as formas mais antigas da voz passiva em muitas línguas são estativas
também.” Essa relação histórica mostrada em muitas línguas sugere que verbos estativos no
perfectivo representam um estado presente e não um evento perfeito.
Sl 65.14
Is 1.15
15. ז ַּ ֑ ֶָּ֫קנְתִ י ֹלא י ָדֶַּּ֫ עְתִ י יֹום מֹותִי׃Eis que agora estou velho e não
sei o dia de minha morte
Gn 27.2
O perfectivo estativo durativo é encontrado com verbos quase-fientivos, indicando uma reação
emocional continuada.
17. דְ בַּר־הַּת ֹ ֵּעבָה הַּז ֹאת ֲאשֶרNão façais esta coisa
ָ abominável que eu aborreço.
ש ֵֶּּ֫נאתִ י׃
Jr 44.4
a A forma perfectiva não denota modo, ou real (isto é, indicativo no grego e latim) ou
irreal (isto é, subjuntivo, optativo, ou imperativo nas línguas clássicas). Essas noções no
hebraico são transmitidas por partículas ou outras características do contexto, mas os verbos
perfectivos são muitas vezes usados nesses contextos.
b Sentenças hipotéticas (“se”) usam o perfectivo em (1) sentenças contrárias ao fato (##
1–3), (2) sentenças de afirmação hipotética (# 4), e (3) expressões de um desejo que não se
espera ser realizado (# 5). Em sentenças contrárias ao fato, a segunda cláusula (“então”)
também usa um perfectivo. Devemos presumir que a conjugação sufixo numa cláusula
condicional tem um valor perfectivo muito embora esse valor não seja óbvio. Thomas O.
Lambdin é incerto acerca dessa visão:
Parece improvável que as conjugações, senão distintas, tornaram-se confusas nessa classe
de sentenças, embora seja possível.
p 494 1. כִי לּולֵּא הִתְ ַּמה ָ ְ֑מהְנּו כִי־עַּתָ הE se nós não nos tivéssemos
ַּ ֶּ֫ detido,
שבְנּו ז ֶה ַּפ ֲע ֶָּ֫מי ִם׃ certamente já
estaríamos segunda vez de
volta.
Gn 43.10
2. לּו ַּה ֲחי ִתֶ ם אֹותָ ם ֹלא ה ֶַָּּ֫רגְתִיSe os tivésseis deixado em vida,
ֶאתְ כֶם׃eu não vos mataria a vós.
Jz 8.19
3. לּו ָחפֵּץ יהוה ַּל ֲהמִיתֵֶּּ֫ נּו ֹלא־Se o Senhos nos quisera matar,
ָל ַּקח ִמּי ָדֵֶּּ֫ נּו עֹלָהnão aceitaria de nossa mão o
holocausto e a oferta de
manjares.
Jz 13.23
Gn 26.10
Nm 14.2
6. ְבק ְָראִי ֲע ֵֶּּ֫ננִי אֱֹלהֵּי צִדְ קִי ַּבצָרOuve-me quando clamo, ó Deus
ְ ה ְִר ֶַּּ֫חבְתָ ִל֑י ָח ֵֶּּ֫ננִי ּוde minha justiça; na angústia
שמַּע תְ ִפלָתִ י׃
me deste largueza; tem
misericórdia de mim e ouve a
minha oração.
Sl 4.2
Sl 22.22
Sl 31.4–6
p 496 31
a As cartas Amarna de Biblos do século XIV a.C. suprem o que é muitas vezes é entendido
como um guia de confiança no sistema verbal como o possuído pelo antepassado do Hebraico
Bíblico (29.4). O cananeu de Biblos tem pelo menos três conjugações de prefixo, inclusive
yaqtulu e yaqtul, as formas de interesse aqui, e o subjuntivo yaqtula, o antecedente do
coortativo do hebraico (o cananita Amarna e outras formas de ENWS mostram traços de
padrão enérgico, também, relativo ao árabe enérgico pesado yaqtulanna p 497 e o enérgico
leve yaqtulan). Essas formas ajudam a explicar as origens de várias formas do Hebraico Bíblico.
1. ַא ֲעלֶה ֶאתְ כֶם ִמ ִמצ ְֶַּּ֫רי ִםDo Egito vos fiz subir.
Jz 2.1
(5) Depois dos advérbios אז, טרם, e בטרםparece que algumas formas de prefixo devem ser
tomadas como pretéritos. Este é um uso condicionado, contudo, como será visto. (6) Em
textos poéticos contando história a conjugação prefixo desligada parece, às vezes, significar
situações pretéritas. David Robertson argumenta que nesses textos poéticos (p. ex., Êxodo 15,
Amós 2.9–12) yqtl desligado é usado no passado, onde nenhuma noção habitual ou
freqüentativa é relevante. Walter Gross encontra um modelo semelhante nesse material; ele,
também, acha que as formas yqtl curtas (< yaqtul) tendem ocorrer inicialmente em cláusula (p.
ex., ys. b em Dt 32.8) e as formas longas yqtl (< yaqtulu) tendem a ocorrer em cláusula
internamente (p. ex., tšth em Dt 32.14). Gross associa as formas cláusulas-iniciais a wayyiqtol,
uma forma com significado perfectivo; as formas não-cláusulas-iniciais ele designa de “aspecto
imperfeito histórico.” (7) Uma comparação dos salmos sinópticos Salmo 18 e 2Sm 22 revela
que os remanescentes da conjugação de prefixo historicamente curta aparentemente se
alterna entre as formas livres e ligadas. Se a forma ligada de yqtl significa ação pretérita, então
temos uma forte evidência de que a forma livre pode, também, significar ação pretérita.
Compare, por exemplo:
2 Sm 22.12
Sl 18.12
O mesmo fenômeno ocorre nos versos 7, 39, 44, e o oposto é encontrado no verso 14. Esta é
uma área impressionante de argumentos dos desenvolvimentos morfológicos e do uso que a
conjugação hebraica de prefixo contém pelo menos dois paradigmas, o longo (< yaqtulu)
significando imperfectivo e situações dependentes, e o curto (< yaqtul) significando um jussivo
quando desligado e um pretérito, especialmente quando ligado com waw relativo.
p 499 e Sobre o outro lado do livro mestre, contudo, os argumentos seguintes (que
apresentamos com algumas apreciações críticas) convencem alguns eruditos que o alegado
valor pretérito do yaqtul não acontece na conjugação de prefixo, ou pelo menos na forma
ligada a ela. (1) O valor jussivo do yaqtul histórico seria facilmente fundido com os valores da
conjugação não-perfectiva yaqtulu. Como veremos, a forma não-perfectiva muitas vezes
significa situações volitivas ou contingentes, duas noções acarretadas pelo modo jussivo. Por
contraste, o valor pretérito dificilmente comporta a faixa de sentidos do não-perfectivo. (2)
Correlativamente, não se pode supor que o (paradigma pretérito) da conjugação de prefixo
teria um valor também associado à conjugação de sufixo. Michel argumenta:
Deveria se aceito que cada forma verbal teria seu próprio significado. A língua
não se desenvolve variando formas verbais se elas não servem para expressar
significados diversos. E se uma língua desenvolve somente duas formas
verbais, tem que aceitar-se que essas duas expressam diferenças básicas,
talvez até contrastes… Realmente se aceitaria que uma língua, na qual,
obviamente, somente dois pontos de vista fossem decisivos em relação a
ações, mais tarde mesclados estes para uma extensão que usa a mesma forma
verbal para os dois pontos de vista?
Por outro lado, no cananeu de Biblos, tanto qatala quanto yaqtul são pretéritos. Além disso,
podemos nos admirar se os fatores sintáticos ou morfológicos distinguindo a origem de
yaqtulu e yaqtul não reduz o número de formas de prefixo realmente “competindo” com as
formas de sufixo. (A diversidade desses dois fatores, seria observado, não lutaria contra sua
operação simultaneamente). (3) Wayyqtl, ainda na maioria da poesia antiga, não representa
sempre um pretérito, e este fato sugere que ele não preserva a noção pretérita alegada de
yaqtul. Por exemplo, no Salmo 29, um poema antigo, encontramos o seguinte:
3. שבֵּר
ַּ ְ קֹול יהוה שֹבֵּר ֲא ָר ִז֑ים ַּויA voz de YHWH quebra
ת־ַארז ֵּי ַּה ְלבָנֹון׃
ְ (יהוה ֶאparticípio) os cedros, O Senhor
quebra (wayyqtl) os cedros do
Líbano.
Sl 29.5
4. קֹול יהוה י ְחֹולֵּל ַּאּי ָלֹותA voz do Senhor faz parir (yqtl)
ַּו ֶֶּּ֫יחֱש ֹף־יְעָרֹותas cervas e desnuda (wayyqtl)
as brenhas
Sl 29.9
F. C. Fensham pensa que as formas wayyqtl nesse salmo são inovações posteriores dos
massoretas. Não pensamos assim, mas, da maneira como está, o texto que temos em p 500
mão – objeto de nosso estudo – não parece tratá-los como pretéritos, ou mesmo como tendo
referência o tempo passado. (4) Inquestionavelmente a conjugação de prefixo tanto em ENWS
quanto no Hebraico Bíblico representaria situações passadas em narrativa, mas que não
necessariamente significam que funcionam como pretérito. Como veremos, a conjugação de
prefixo pode significar ação passada imperfectiva. Assim, também, na poesia hebraica a
conjugação de prefixo em paralelo com a conjugação de sufixo, pode significar um de seus
sentidos de passado não-perfectivo. Por exemplo, talvez pudéssemos achar um sentido
ingressivo e um sentido télico nestas linhas:
Êx 15.5
Numa visão histórica, contudo, a forma da conjugação de prefixo aqui estaria associada não a
yaqtul, mas a yaqtulu. (5) O mesmo evento pode ser descrito ou como uma situação perfectiva
ou como uma não-perfectiva, dependendo somente da visão subjetiva do falante. Isto não é
assim no caso de um sistema de tempo, para noções de tempo absoluto, permanecem
separadas das visões do falante: um evento ou aconteceu antes do tempo do falante ou não.
Há muito mais para o sistema hebraico do que tempo: o falante aproveita a latitude de
representar o mesmo evento com as conjugações tanto de prefixo quanto de sufixo. Porque
elas muitas vezes são usadas subjetivamente para representar uma situação, é possível para o
poeta justapor usos complementares das conjugações uma diante da outra. Podemos
demonstrar o uso complementar das conjugações com referência ao uso do tempo presente.
Por exemplo, o poeta pode colocar um perfectivo gnômico diante de um não-perctivo
habitual, como no # 6:
Pv 11.7
7. ש ֶַּּ֫מי ִם י ִ ָ֑די
ָ כִי־ ֶאשָא אֶל־Porque eu levantarei a minha
וְָא ֶַּּ֫מ ְרתִיmão para os céus e direi…
Dt 32.40
wā ttabaʿū (perf., tbʿ) mā tatlū (imperf., tly) š-šayāṭīnu ʿalā mulki sulaymān E
eles seguiram aquilo que os demônios usaram para recitar (ou: seguir) no
reino de Salomão.
A referência de tempo da conjugação de prefixo tatlū “eles usaram para recitar” é passado e
absoluto, porque ocorreu em um tempo anterior ao evento daquele que falava; o aspecto é
imperfectivo, mais especificamente costumeiro (iterativo), porque uma referência explícita é
feita à estrutura temporal interna, visando a situação de dentro, em contraste a ’ittaba?u “eles
seguiram,” pelo que a referência explícita é feita à situação como um todo único, visando a
situação de fora. A mesma combinação de referência de tempo e aspecto ocorre no hebraico,
em diversos modelos.
Gn 2.6
2. ֶָּ֫ככָה י ַּ ֲעשֶה אִּיֹוב כָל־הַּּימִים׃Assim o fazia Jó continuamente.
Jó 1.5
3. שנָה
ָ שנָה ְב
ָ ְוכֵּן י ַּ ֲעשֶהE assim o fazia ele de ano em
ano.
1Sm 1.7
Sl 55.15
1Rs 6.8
Nm 9.18
2Sm 15.37
8. ַּוּי ָ ֶֻּ֫נעּו ַּאמֹות ַּה ִסּפִים … ְו ַּה ֶַּּ֫בי ִתE os umbrais da porta das
י ִ ָמלֵּא ָעשָן׃portas se moveram … e a casa
se encheu de fumo.
Is 6.4
2Sm 23.9–10
10. וַּתִ יתְ ַּּפלֵּל עַּל־יהוה ּובָכ ֹהEla, pois, orou ao Senhor e
a Sob o título de tempo presente consideramos a faixa dos usos associados aos tempos do
presente inglês, incluindo certos modelos habituais ou gnômicos.
p 505 Joseph usa a forma qtl em Gn 42.7: “De onde viestes?” (בָאתֶ ם ) ֵּמ ֶַּּ֫אי ִן,
porque naquele momento preciso, era óbvio, eles não estavam numa viagem,
mas tinham chegado. Observe, contudo, a diferença em Js 1.8: “Quem sois
vós? E de onde vindes?” (מ ֶַּּ֫אי ִן תָ ֶּ֫ב ֹאּו
ֵּ )ּו. É óbvio para Josué que esses homens
estão em uma viagem, que é sua atividade presente. A pergunta de Josué é:
De onde começastes vossa viagem? Ele não sabe ainda que ele é o objetivo da
viagem deles; mas este aparece na escolha da forma de verbo que eles usam:
“De um país muito distante vossos servos vieram,”, … בָאּו, sugerindo que eles
tinham terminado sua viagem e que tinham procurado seu destino.
1. יִפ ְְר ֵֶּּ֫צנִי ֶֶּ֫פ ֶרץ עַּל־ ְּפנֵּי־ ֶָּ֫פ ֵּרץ י ָֻרץQuebranta-me com
quebranto
Jó 16.14
2. יֹום לְיֹום יַּבִי ַּע ֶּ֫א ֹמֶר ְו ֶַּּ֫ליְלָהUm dia faz declaração a outro
ְל ֶַּּ֫ליְלָה י ְ ַּחּוֶה־דֶָּ֫ עַּת׃dia, e
uma noite mostra
sabedoria a outra noite.
Sl 19.3
3. ת־אל ְב ֶֶּ֫ק ֶרב
֑ ֵּ ַּאֱֹלהִים נִצָב ַּבעֲדDeus está na congregação dos
אֱֹלהִים יִשְּפ ֹט׃poderosos; julga no meio dos
deuses.
Sl 82.1
Sl 61.3
Sl 82.5
Sl 5.3
Is 40.1
Jz 7.5
11. ִשראֵּל
ָ עַּל־כֵּן ֹלא־יאֹכְלּו ְבנֵּי־יPortanto até este dia os
שר עַּל־ֶ ַּה ֶז֑ה ֶאת־גִיד ַּהנָשֶה ֲאisraelitas não comem o tendão;
porquanto ele tocara a juntura
כַּף ַּהּי ֵָּרְך עַּד הַּּיֹוםda coxa no nervo encolhido.
Gn 32.33
12. הַּשֹחַּד י ְ ַּעּור ִּפ ְקחִיםPorque o presente cega os que
têm vista.
Êx 23.8
13. ח־אב
֑ ָ ש ַּמ
ַּ ְ בֵּן ֶָּ֫חכָם יUmfilho sábio torna seu pai
alegre.
Pv 10.1
a Enquanto que tempo (Latim: tempus) se refere à relação temporal absoluta do falante,
modo se refere a um julgamento subjetivo acerca da realidade da situação. Pode ser
considerado como real (isto é, indicativo, nas línguas clássicas) ou mais do que real (modo
irreal ou imaginário, isto é, subjuntivo e optativo nas línguas clássicas). Uma situação pode ser
considerada como irreal por uma das duas razões: (1) porque o falante está incerto a respeito
da realidade da própria situação, ou (2) porque o falante está incerto a p 507 respeito da
realidade existente entre o sujeito e seu predicado na situação. Isto é, a situação pode ser
contingente na relação (1) do falante com a declaração ou (2) do sujeito da declaração ao seu
predicado. Por exemplo, o falante desejando que o sujeito cante, pode dizer: “Tubalcaim
começaria cantar agora,” mas a situação proposta não é real, porque depende da vontade do
sujeito para aceder ao desejo do falante. Por outro lado, o falante, incerto a respeito do desejo
do sujeito de cantar, pode dizer: “Tubalcaim pode cantar quando vê Jubal.” Em ambos os casos
o modo é irreal.
Dt 1.12
A expressão ש ֵּאת ֶאתְ כֶם
ְ ֹלא־אּוכַּל ְלבַּדִ יem Deuteronômio 1.9 mostra que esse valor é
relevante para a conjugação prefixo no # 1.
Gn 6.21
2Sm 22.39
6. ש ָ ֑מע
ְ ַּו ֲאנִי ְכח ֵֵּּרש ֹלא ֶאAssim eu sou como um homem
que não ouve.
Sl 38.14
A RSN traduz # 6 como “Eu sou como um homem que não ouve,” mostrando desse modo uma
conexão íntima entre variação modal e resultados seqüenciais; a sentença relativa em cada
caso depende da situação da sentença primária.
Dt 15.3
9. ֹ יהוה מִי־י ָגּור בְָאח ֶּ֑֫ ֲֶלָך מִי־יִשְכןSENHOR, quem habitará no teu
שָך׃ ֶ ֶּ֫ ְ ְבהַּר ָקדsanto tabernáculo? Quem
morará no teu santo monte?
Sl 15.1
10. כָל־מָקֹומ ֶאשֶר תִ דְרְֹך כַּף־todo lugar que pisar teu pé.
ַּרגְ ְלכֶם בֹוJs 1.3
2Cr 19.2
12. שנֵּיכֶם
ְ שכַּל גַּם־
ְ ָלמָה ֶאPor que eu perderia ambos?
Gn 27.45
Gn 34.31
14. …כִי־נִתֵּ ן ִל ְצ ָב ֲאָך ֶָּ֫לחֶם׃que daríamos pão a vossas
tropas?
Jz 8.6
Sl 66.3
תַּ עֲשּון׃fazer.
Êx 4.15
p 509 17. ֲא ַּח ֶֶּ֫טנָה ִמּי ָדִ י תְ ַּבק ֶּ֑֫ ְֶשנָהda minha mão o requerias.
Gn 31.39
18. ָשית
ִ ֶּ֫ ַּמ ֲעשִים ֲאשֶר ֹלא־יֵּעָשּו ָעTu me fizeste aquilo que não
ִע ָמדִ י׃deverias ter feito
Gn 20.9
19. הֲתֵּ ְלכִי עִם־ ָהאִיש ַּה ֶז֑הQueres (isto é, desejas) ir com
este homem?
Gn 24.58
20. אִם־א ֹתָ ּה תִ קַּח־לְָך קָחSe tu a queres tomar, toma-a,
1Sm 21.10
Êx 21.36
1. תְ ַּח ְט ֵֶּּ֫אנִי ְב ֵּאזֹוב ְו ֶאט ָ ְ֑הר תְ ַּכ ְב ֵֶּּ֫סנִיPurifica-me com hissope,
e
שלֶג ַא ְלבִין׃ ֶ ֶּ֫ ּו ִמficarei limpo; Lava-me, e
eu
ficarei mais banco do que a
neve.
Sl 51.9
Êx 12.3
a Com relação ao uso da conjugação de prefixo sem marcas com variações modais irreais
(31.4) é seu uso com partículas expressando incerteza ou contingência. Esses podem ser
divididos em partículas condicionais apresentando a prótase (o “se” da sentença, em um “se
então” da sentença) e partículas télicas apresentando a apódose (a sentença “então”).
b A mais comum das partículas condicionais é אִם “se”. A conjunção כִי pode ser
igualmente usada. A partícula condicional *contingente é לּו “se somente (… mas não é
assim).”
Gn 32.18
Jó 6.2
c A partícula télica pode ser positiva ( ְל ֶַּּ֫מעַּן, ַּבעֲבּור, “para que”; ֲאשֶרtambém é usada)
ou negativa (ּפֶן, ְל ִבלְתִ י, “para que não”). Em latim, partículas télicas não são usadas com o
modo indicativo, o modo de certeza, mas com o subjuntivo, o modo de contingência.
ֶּפנֵּיכֶםdiante de vós.
Êx 20.20
a A conjugação de prefixo é usada para representar uma situação real que resulta como
conseqüência de outra situação. Enquanto que a conjugação de sufixo pode representar
dramaticamente uma situação futura como um evento acidental, a conjugação de prefixo
representa-a como uma conseqüência lógica de alguma situação expressa ou não expressa.
Embora Michel prolongue demasiadamente o conceito de dependência para todos os usos da
conjugação de prefixo, ele sugeriu plausivelmente que essência em contraste com acidente é
uma das diferenças entre as conjugações.
b Esse uso coincide em parte com algumas variações modais, que também envolvem
dependência, especialmente aquelas de competência, de obrigação, e de deliberação.
Sl 24.4–5
4. גַּם כָל־קֹוֶיָך ֹלא י ֵּ֑ב ֹשּו י ֵּב ֹשּוos que esperam em ti não se
Sl 25.3
Sl 27.1
c Esses exemplos e muitos outros sugerem que a conjugação de prefixo pode representar
uma situação futura como dependente ou contingente em alguma outra situação expressa ou
não expressa. Com referência ao tempo da fala, a situação pode ser futura ou passada. Se a
situação está no futuro, o sentido é de um futuro específico.
6. ָאּו־לְ֑ך … כִי
ָ ֻכלָם נִ ְקבְצּו בTodos esses que se ajuntam
Is 49.18
Esse uso pode ser apropriadamente associado à conjugação de sufixo usada para eventos
futuros.
Zc 1.16
Sl 23.1
A situação conseqüente pode de fato ser passado com referência ao tempo absoluto do
falante, mas futuro a alguma situação diferente. Esse uso é encontrado somente em sentenças
dependentes.
12. ַּוּיָבֵּא אֶל־הָָאדָ ם ל ְִראֹות מַּה־E ele os trouxe a Adão para ver
ּ֑י ִ ְק ָרא־לֹוcomo ele os chamaria.
Gn 2.19
1Rs 7.8
31.6.3 Tempo Passado com Partículas
a A forma de verbo não-perfectivo regularmente (mas nem sempre) tem uma referência a
tempo passado depois de ָאז, ֶֶּ֫ט ֶרם, e ְב ֶֶּ֫ט ֶרם. David Qimḥi apela para o árabe para explicar
esse uso inesperado.
b Em hebraico essas partículas às vezes são usadas com a conjugação de prefixo para
denotar uma situação passada. A mais comum delas é ָאז.
Isaac Rabinowitz concorda com os gramáticos tradicionais que ʾāz seguida por uma forma de
verbo não-perfectivo pode expressar uma conseqüência futuro-temporal ou lógica, enquanto
que com a perfectiva ʾāz “assinala uma narração ininterrupta em uma consecução de ações ou
eventos passados: primeiro fulano fez tal coisa, então (ʾāz) fulano fez (perfeito) tal coisa.” Ele
mais adiante observa que em quinze exemplos quando se refere ao passado, o não-perfectivo
com ʾāz indica que o contexto dos eventos passados narrados é “aproximadamente o tempo
quando, o tempo ou circunstâncias no p 514 curso do qual, ou a ocasião na qual a ação
designada pela forma do verbo imperfeito foi para adiante: isto foi quando (ʾāz…) fulano fazia
(imperfeito) tal coisa”. A ação apresentada por ʾāz é para ser considerada como tendo
acontecido antes da conclusão da ação precedente e nesse sentido o não-perfectivo descreve
uma ação relativa.
1Rs 16.21
c A partícula ֶֶּ֫ט ֶרם, na maioria da vezes precedida por ב, é usualmente empregada em
sentenças temporais.
4. ַּוּי ָ ִֶּ֫לנּו שָם ֶֶּ֫ט ֶרם יַּע ֲֶּ֫ב ֹרּו׃Epousaram ali, antes que
passassem.
Js 3.1
5. ַּוּיִשָא ָהעָם ֶאת־ ְבצֵּקֹו ֶֶּ֫ט ֶרםE o povo tomou a sua massa,
יֶח ָ ְ֑מץantes que levedasse,
Êx 12.34
Gn 27.33
7. ּו ְב ֶֶּ֫ט ֶרם יִק ְַּרב ֲאלֵּיהֶםe, antes que chegasse a eles …
Gn 37.18
Brockelmann havia sugerido com base nas ocorrências dessa construção que é obsoleta no
hebraico bíblico. Compare estes casos:
Js 8.30
compacto leve
O singular feminino e o plural masculino das formas do indicativo e do jusssivo diferem em que
a desinência -na não é encontrada no jussivo. Recordando que as formas mais recentes de
yaqtul e yaqtutu (e o subjuntivo yaqtula) em grande parte fundidas com a perda das vogais
breves finais no hebraico, podemos nos admirar acerca do destino das formas comparáveis em
-na. De fato, há alguns casos do hebraico que preservam o n final em formas mais recentes,
tendo o a breve final desaparecido; esses casos atestam as origens complexas do(s)
paradigma(s) de prefixos hebraicos de um ângulo diferente que os usos sintáticos e
contrastantes de yāqōm / yāqûm. Esses remanescentes morfológicos apresentam um perfil
algo diferente dos fatores discutidos anteriormente, e assim os apresentamos aqui. O n final
hebraico é chamado paragógico (“[palavra-]que se prolonga” no grego), e as próprias formas
podem ser chamadas livremente de paragógicas.
b O paradigma árabe também mostra duas séries de formas enérgicas, uma forma
compacta em –anna, etc., e uma forma leve em –an, etc. Essas formas enérgicas também têm
análogas no hebraico, revelando (como revelam os materiais de Amarna e Ugarit) que os
dialetos ancestrais ao hebraico usavam desinências enérgicas. Curiosamente, contudo, essas
desinências sobrevivem com as formas de prefixo hebraico somente se acompanha um sufixo.
Essas formas se dizem ter uma desinência enérgica; não é claro que tenha havido (como há no
árabe) duas desinências diferentes em questão.
1b. שבֵּרּו֑ ן
ַּ ְתÊx 34.13
2b. ִילין
֑ תְ חIs 45.10
Segundo os cálculos de Hoftijzer, há 6.900 casos de formas que mostrariam a desinência, 23%
de 30.606 formas do não-perfectivo no Hebraico Bíblico; desses 6.900, cerca de 300 não
mostram nun (4% das formas que poderiam tê-lo; 1% das formas dos não-perfectivos). Os
paragógicos tendem a ocorrer em pausa. Hoftijzer acredita que na prosa há uma diferença
entre יכתבוe יכתבון, com a forma mais longa marcando contraste; outros estudiosos
tratam a forma mais longa como durativo. Em linha com sua origem como não-perfectivo
forma longa, a forma paragógica nunca foi encontrada depois de ( אלque gera o jussivo) e
raramente depois de w (em cada moldura de wəyiqtol ou wayyiqtol; mas observe ## 1f–h, 3e–
f). As formas são mais comuns em textos mais recentes; desse modo, para as passagens
sinópticas, paragógicas em Reis não são encontradas, em Crônicas (## 4), e Eclesiastes e o
hebraico de Daniel não têm paragógicas.
4a. ְל ֶַּּ֫מעַּן י ֵּדְ עּו כָל־ ַּעמֵּי ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֶאת־para que todos os povos da
p 517 4b. ְל ֶַּּ֫מעַּן י ֵּדְ עּו כָל־ ַּעמֵּי ָה ֶָּ֫א ֶרץ ֶאת־para que todos os povos da
ש ֶֶּ֫מָך ְ terra conheçam o teu nome
2Cr 6.33
não-assimiladas assimiladas
1a. י ְ ַּכבְדֶָּ֫ נְנִיSl 50.23 1b. תְ ַּבע ֶּ֑֫ ֲַּתנִיJó 7.14
שנ ֶ ָ֑אָך
ְ ִ יPv 9.8
י ַּ ֶֶּ֫ככָהIs 10.24
Dt 32.10
6. ֲשּורנּו וְֹלא
ֶֶּ֫ א ְֶר ֶֶּ֫אנּו וְֹלא עַּתָ ה אVê-lo-ei, mas não agora,
Nm 32.10
p 519 32
1.1 Diversidade
1.3 Significado
32.1.1 Diversidade
Dt 20.2
1b. הַּהּוא ָאמַּר וְֹלא י ַּ ֲעשֶה וְדִ בֶרPorventura diria ele (Deus), e
וְֹלא י ְ ִק ֶֶּ֫מנָה׃não o faria? ou falaria, e não o
confirmaria?
Nm 23.19
2b. ְו ִה ַּצל ְֶּ֫תי ֶאתְ כֶם ֵּמעֲב ֹ ָד ָ ֑תםE vos livrarei de sua servidão.
Êx 6.6
Exatamente, portanto, como no inglês e alemão, não nos frustramos por ler
con’vict, inca’lod, pre’sent, geb’et (dá!), onde o contexto exige convict’,
invalid’, gebet’ (oração), assim no hebraico devemos ter cuidado em dizer
weqaṭ álta quando a gramática e a lógica exigem weqáṭaltá.
Muitas formas da conjugação de sufixo, contudo, sempre recebem o acento na última sílaba
(isto é, milraʿ): por exemplo, ָקט ְֶּ֫לּו, ֲאמ ְַּרתֶֶּ֫ ם, ( ָר ֶּ֫עּוde )רעה, שתֶָּ֫ ה
ָ , etc., e com tais pessoas,
nenhuma mudança é possível.
Ez 14.13
Observe que o acento se desloca para frente com והכרתיmas não com ונברתיe ושברתי
porque a penúltima é aberta na anterior e a última é seguida imediatamente por uma sílaba
acentuada na palavra seguinte. Em acréscimo a esses grupos de exceções, a forma oscila tanto
no Qal quanto no Niphal de verbos geminados e nas formas das raízes ocas (II-waw) que
terminam em ּו ou ָָ ה. Essa distinção entre as duas construções não envolve somente
distinções formais, mas também considerações contextuais.
d A combinação wəqtl (em todas as formas) ocorre 6.378 vezes (13% das formas de
conjugação; cf. 29.1c). É a mais freqüente em Levítico, Amós, Zacarias, Deuteronômio e
Ezequiel. Levítico exibe um alto número porque contém muitas prescrições. A combinação é
freqüente nas duas primeiras seções do cânon, isto é, os livros proféticos e legais, e menos
freqüente nos Escritos, embora seja comum em Daniel e Eclesiastes. A combinação ocorre
muito mais freqüentemente na chamada obra deuteronômica (Deuteronômio através de
2Reis) como diante das obras do chamado Cronista (Crônicas através de Esdras). Isto sugere
que wəqtl (como wayyqtl) esteja ultrapassado.
a Dois grupo de dados comparativos são úteis na consideração das construções em wə+
forma sufixo, uma dos textos de Amarna, o outro do árabe.
b O waw relativo com a conjugação sufixo pode ser o descendente de uma construção
achada no cananeu de Biblos. O waw apódose apresenta uma sentença independente
conseqüente (apódose) depois de uma senença condicional dependente (prótase). W. L.
Moran escreve: “Nas cartas de Biblos há trinta e três casos onde o perfeito [acádico]
[refletindo o uso cananeu] é usado com referência ao futuro. Desses, vinte e quatro são p 522
precedidos pela conjunção u, “e”, e são comparáveis, portanto, ao do hebraico [waw-
conversivo com o perfeito].” A maioria desses vinte e quatro exemplos ocorrem em sentenças
que são condicionais explícitas ou implícitas: “a inversão aparente dos tempos está limitada
principalmente à apódose das sentenças condicionais e sentenças imperativas.” Por exemplo:
(b) com o verbo fientivo: allu paṭārima awīlūt hupši u ṣabtū GAZ āla, “Eis! Se os servos
desertam, então os Hapiru tomarão a cidade”.
Por causa da força do u-relativo com a conjugação de sufixo em Biblos é claramente “e então”,
Moran classificou-o o “e de sucessão.”
Em sentenças condicionais a força da conjunção é claramente “e então”, como
no árabe fa. Quando usada antes de um perfeito com significado futuro, sua
força, acreditamos, é a mesma, enfatizando que o perfeito seguinte é
sucessivo à ação prévia.
Contudo, nem todos os casos de Biblos de u + perfeito significam sucessão; u em alguns casos
assinala simplesmente coordenação.
Em suma, encontramos wqtl tanto relativo quanto conjuntivo num dialeto cananeu, pouco
tempo antes do surgimento do hebraico. Moran sugeriu que o waw relativo no Hebraico
Bíblico desenvolvera seus usos muito diversificados de uma função original de apresentar a
apódose depois de uma sentença condicional. Nesses usos o wə nunca perdeu sua noção de
sucessão ‘então, e assim’ (temporal ou lógica).
c O árabe clássico expressa duas noções diferentes de ‘e’ de maneira que pode ajudar-nos
a entender o hebraico. O árabe tem duas formas: wa e fa. Wa é empregado para ‘simples’ (isto
é, conjuntivo) ‘e’, fa para o ‘e’ ‘enérgico’ (isto é, sucessão, resultado, propósito). Para o ‘e’ de
sucessão, fa (raramente wa) é usado com o indicativo; para o propósito-consecutivo ‘e,’ fa é
usado com o subjuntivo.
p 523 d No hebraico falta essa diferenciação. O ‘e’ ‘simples’ e o ‘enérgico’ são ambos
expressos com ְו. Com a conjugação de sufixo os sentidos são às vezes distinguidos pela
acentuação. Mas, mesmo com o deslocamento da acentuação não é feita nenhuma distinção
de sucessão entre indicativo (cronológica) e subjuntivo (lógica). E separadamente dos desvios
da acentuação marcada, somente podemos distinguir os sentidos diferentes através de escudo
cuidadoso.
32.1.3 Significado
b A. O. Schultz expôs o fundamento para a visão de que o waw não altera as funções das
conjugações. Johnson recentemente reafirmou-o:
c Driver expressou a segunda visão, que está mais próxima da visão tradicional:
Como veremos, Driver exagerou a situação; há ocasiões, tais como quando wəqataltí sucede à
forma perfectiva (veja 32.2.3), em que não assume um valor de verbo dominante mas antes do
não-perfectivo. Mais recentemente Jenni, também, apresentou a visão mais tradicional:
Dois argumentos favorecem essa visão mais tradicional. Primeiro, quando uma negativa ou
outra palavra vem entre o waw e o perfectivo, o discurso volta ao não-perfectivo:
אִם תִ הְיּו כ ֶָּ֫מ ֹנּו … ְונָתֶַּּ֫ נּו ֶאת־Se fordes como nós… então
בְנ ֹתֵֶּּ֫ ינּו ָלכֶם ְו ֶאת־בְנ ֹתֵּ יכֶם נִקַּח־dar-vos-emos nossas filhas e
tomaremos as vossa para nós; e
שבְנּו ִאתְ כֶם ְו ָה ִֶּ֫יינּו ְלעַּם ַּ ֶּ֫ ָ ֶּ֑֫ ָלנּו ְויhabitaremos convosco e
שמְעּו ֵּא ֵֶּּ֫לינּו ְ ִ ֶאחָד׃ ְואִם־ֹלא תseremos um povo (convosco).
.ה ֶָּ֫לכְנּו׃ָ ְו ָל ֶַּּ֫קחְנּו ֶאת־בִתֵֶּּ֫ נּו ְוMas se não nos ouvirdes…,
tomaremos a nossa filha e ir-
nos-emos.
Gn 34:15–17
Embora seja verdade que qtl possa referir-se ao futuro, não parece estranho que a suposta
mudança do ponto de vista de não-perfectivo para perfectivo ocorra somente com a
construção do waw-relativo e que mesmo a menor inserção separando o waw da forma de
verbo efetue uma mudança tal que a ação não seja vista mais de fora como completa, mas de
dentro como incompleta? Além disso, como veremos, a construção wəqataltí freqüentemente
leva adiante o aspecto imperfectivo de um verbo precedente. Embora a conjugação sufixo
possa denotar uma noção gnômica (veja 30.5.1c), ela nunca significa, por ela mesma, uma
atividade costumeira em tempo passado; aquele significado é expresso pela conjugação de
prefixo. Johnson, com sua hipótese de trabalho de p 525 que a conjugação de sufixo tem o
mesmo valor tanto com quanto sem o waw relativo, cita muitos exemplos onde wəqataltí
tinha um significado iterativo em tempo passado. A conjugação de sufixo desligado, contudo,
não tem esse valor.
3. שמְעּו בְקֹלִי
ְ ִשמֹו ַּע ת
ָ ְועַּתָ ה אִם־E agora se me obedecerdes
ִוהְיֶּ֫ יתֶ ם לִי ְסגֻלָהinteiramente…Então sereis
minha segullâ (possessão).
Êx 19.5
4. כִי־י ִ ְהי ֶה ָלהֶם דָ בָר בָא ֵּאלַּיToda vez que uma pessoa tem
ָ ְוuma questão Vem a mim, eu
ש ַּפטְתִֶּ֫ י … וְהֹודַּ עְתִֶּ֫ י ֶאת־ ֻחקֵּי
julgo … e faço saber os
ָהאֱֹלהִיםestatutos do Senhor.
Êx 18.16
c Muitas vezes o waw-relativo com a conjugação de sufixo representa uma situação como
uma simples (con)seqüência, lógica ou temporal, ou ambas, representada por uma situação
precedente, por uma conjugação não-perfectiva. Este wəqataltí simples (con)seqüencial pode
ser exemplificado (##5; cf. # 1).
7. ש ַּפטְתִֶּ֫ י בֵּין אִיש ּובֵּין ֵּר ֵֶּּ֫עהּו ָ … ְוentão eu julgo entre as partes
וְהֹודַּ עְתִֶּ֫ יe faço saber a eles…
Êx 2.6
8. שקָה
ְ ְו ֵּאד י ַּ ֲעלֶה מִן־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץ ְו ִהUmvapor, porém, subia da
terra, e regava toda a face da
terra.
Gn 2.6
Gn 29.2–3.
Jr 12.3
13. ֻכלָם י ֵּ ֶַּּ֫חמּו כַּתַּ נּור וְָאכְלּו ֶאת־Eles estão todos quentes com
Os 7.7
p 528 14. אִם־י ָבֹוא ֵּעשָו אֶל־ ַּה ַּמ ֲחנֶהSe Esaú vier a um bando e o
הַָאחַּת ְוה ֶּ֫ ָ ִ֑כהּו ְו ָהי ָה ַּה ַּמ ֲחנֶהferir. o outro bando Escapará.
ַּהנִשְָאר ִל ְפלֵּיטָה׃Gn 32.9
15. ּו ַּבמֶה נּוכַּל לֹוא ַּו ֲאס ְַּר ֶֻּ֫נהּוComo podemos prevalecer
ְלעַּנ ֹ֑תֹוsobre ele e dominá-lo?
Jz 16.5
16. דֶֶּ֫ ֶרְך ש ְֶּ֫לשֶת יָמִים נֵּלְֵּך ַּב ִמדְ ָ ֑ברDeixa-nos ir caminho de três
ְוז ָ ַּבחְנּו לַּיהוה אֱֹל ֵֶּּ֫הינּוdias para sacrificar ao Senhor.
Êx 8.23
17. אֶל־ ֶֶּּ֫פתַּ ח ֶּ֫א ֹהֶל מֹועֵּד יַּק ְִריב א ֹתֹוÀ porta da tenda da
… ו ָס ַּמְך י ָדֹוcongregação a oferecerá… e
colocará sua mão …
Lv 1.3–4.
18 שיתָ כָל־
ִ ֶּ֫ שת יָמִים תַּ עֲב ֹד ְו ָע ֶ ש ֵּ ֶּ֫ Seis dias trabalharás, e farás
Gn 24.4
Gn 27.12
21. …אֹו־יֹומֹו י ָבֹוא ָומֵּת אֹו ַּב ִמ ְל ָחמָהou o seu dia chegará em que
י ֵֵּּרד ְונִ ְסּפָה׃morra, ou Descerá batalha e
perecerá.
1Sm 26.10
Gn 39.9
25. נָכֹון י ִ ְהי ֶה הַּר בֵּית־יהוה בְר ֹאשQue se firmará o monte da casa
ֶהה ִָרים ְונִשָא ִמ ְגב ָ֑עֹות ְונָחֲרּוdo Senhor, no cume dos
montes; e concorrerão a ele
ֵּאלָיו כָל־הַּגֹוי ִם׃ ְו ָהלְכּו ַּעמִיםtodas as nações. E virão muitos
ַּרבִים וְָאמְרּוpovos e dirão.
Is 2.2–3.
26. …ּו ְל ֶַּּ֫מ ַּען תְ ַּסּפֵּר … וִידַּ עְתֶ ם כִי־para que possais dizer… para
ֲאנִי יהוה׃que saibais que eu sou o
Senhor.
Êx 10.2
Dt 2.25
p 529 28. … ְל ֶַּּ֫מעַּן י ִיטַּב־לִי … ְוחָתָ ה נַּ ְפשִיpara que me vá bem por tua
ִבגְ ָללְֵּך׃causa… e minha vida será
poupada por tua causa.
Gn 12.13
Gn 3.22
31. שמְתִֶּ֫ י לְָךַּ ַּו ֲאשֶר ֹלא צָדָ ה … ְוPorém se não lhe armou ciladas
שמָה׃ ָ ֶּ֫ …מָקֹום ֲאשֶר י ָנּוסordenar-lhe-ei um lugar, para
onde ele fugirá.
Êx 21.13
32. ְו ַּט ְּפכֶם ֲאשֶר ֲאמ ְַּרתֶ ם ָלבַּזMas os vossos filhos, de que
לי ִ ְה ֶי֑ה ְו ֵּהבֵּיאתִֶּ֫ י א ֹתָ םdizeis: Por presa serão; meterei
nela…
Nm 14.31
33. מַּה־ּי ְַּר ֵֶּּ֫אנִי ְו ִה ֶַּּ֫ג ְדתִ י ָלָ֑ךE o que mostrar te notificarei.
Nm 23.3
Êx 24.13
Nm 13.17–18.
p 530 Sucessão como em # 1a pode estar envolvida por considerações léxicas, mas não é
indicada gramaticalmente, como em # 1b. Por exemplo, em português, ‘divide e conquista’
significa uma relação consecutiva entre os dois imperativos, mas não é a mesma coisa com a
ordem “come e bebe”. Essas duas declarações são gramaticalmente semelhantes, mas
representam relações diferentes por razões léxicas; o mesmo é verdadeiro em hebraico.
b A mais importante das formas volitivas é o imperativo (## 2–3), e, como observa Driver,
wəqataltí é “por grande diferença, a construção mais comum depois de um imperativo: às
vezes, contudo, uma sucessão de imperativos é preferida, e às vezes, o perfeito e o imperativo
se alternam.” É, também, encontrado depois de coortativos (## 4–6) e jussivos (## 7–8):
2. לְֶך וְָאמ ְַּרתֶָּ֫ אֶל־ ַּעבְדִיVai, e dize a meu servo.
2Sm 7.5
Gn 6.14
4. ַּו ֲאב ֲָרכָה ְמב ְָר ֶֶּ֫כיָך … ְונִב ְְרכּוAbençoarei a todos que
שּפְח ֹת ָה ֲאדָ מָה׃ ְ בְָך כ ֹל ִמabençoares… e (assim) todas as
famílias da terra serão
abençoadas em ti.
Gn 12.3
Jz 19.13
Gn 1.14
Sl 109.10
32.2.3 Depois de Formas de Conjugação de Sufixo (e wayyaqtl)
a Formas de waw-relativo usadas depois de uma forma de sufixo não empregam o aspecto
perfectivo daquela conjugação. Antes, naquela conexão wəqataltí significa ou uma situação
contingente (lógica e / ou cronológica) (sem aspecto, em tempo futuro) a uma situação
representada por qtl ou uma situação epexegética (com um aspecto imperfectivo no tempo
passado ou presente). O significado conseqüente se liga a wəqataltí quando funciona numa
apódose depois de uma sentença condicional, ou quando a situação representada por qtl
constitui a base para aquela visada pelo wəqataltí relativo, que pode ser dessa maneira
volitivo. A sentença com qtl pode ser uma sentença condicional, que pode estar não marcada
ou apresentada por uma partícula tal como אם. Wqtl relativo normalmente significa uma
situação epexegética com aspecto imperfectivo depois p 531 das formas qtl (ou wayyqtl)
representando uma situação passada. Nessa relação anula a situação representada como um
evento único, desse modo especificando a situação como constantiva (30.1d).
Jz 16.17
2. אִם־ ָחפֵּץ ֶָּ֫בנּו יהוה ְו ֵּהבִיא א ֹתֶָּ֫ נּוSe o Senhor de agradar de nós,
אֶל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ הַּז ֹאתentão nos porá nessa terra.
Nm 14.8
Gn 44.22
1Sm 16.2
7. גָם ֶאת־ ָהא ֲִרי גַּם־הַּדֹוב ִהכָהAssim feriu o teu servo o leão,
שתִ י …כְַאחַּד ְ ַּעב ֶּ֫ ֶ ְ֑דָך ְו ָהי ָה ַּה ְּפ ִלcomo o urso; assim será esse
incircunciso filisteu como um
ֵּמהֶםdeles.
1Sm 17.36
Gn 26.10
Gn 26.22
p 532 10. … ק ַָּרע יהוה ֶאת־ ַּמ ְמלְכּותO Senhor tem rasgado de ti o
ֵּמ ָע ֶֶּ֫ליָך הַּּי֑ ֹום ּונְתָ נָּהreino de Israel, e o tem dado a
teu próximo, melhor do que tu.
1Sm 15.28
Is 6.7
12. שיתִי׃
ָ ֶּ֫ ֲאנִי יהוה דִ ֶַּּ֫ב ְרתִ י ְו ָעO Senhor o disse e eu o farei.
Ez 17.24; 22.14, etc.
Is 49.6
2Rs 5.20
Gn 17.20
18. ַּרק ַּבאֲב ֹתֶֶּ֫ יָך ָחשַּק יהוה לְַא ֲהבָהTão-somente tomou prazer em
֑ ָ teus pais para os amar; e a vós
אֹותם ַּוּי ִ ְבחַּר … כַּּיֹום ַּהז ֶה׃
semente deles, escolheu depois
ּו ַּמלְתֶ ם ֵּאת ע ְָרלַּת ְל ַּבב ְֶכ֑םdeles; circuncidai, pois, o
ְוע ְָר ְּפכֶם ֹלא תַּ קְשּו עֹוד׃prepúcio do vosso coração; e
não mais endureçais a vossa
cerviz.
Dt 10.15–16
Dt 29.2,4,8
p 533 20. ַּה ַּחּי ִים ְו ַּה ָמוֶת נָתֶַּּ֫ תִ י ְל ָפ ֶֶּ֫ניָךVida e morte coloquei diante de
…ּו ִבח ְַּרתֶָּ֫ ַּב ַּחּי ִיםti… assim, escolhei a vida.
Dt 30.19
Gn 40.14
22. שבְנּו ֵּא ֶֶּ֫ליָך ְו ָה ַּלכְתֶָּ֫ ִע ֶָּ֫מנּו
ַּ ֶּ֫ עַּתָ הPor isso tornamos a ti, para que
venhas conosco.
Jz 11.8
e Depois de qtl (ou wayyqtl) representando uma situação em tempo passado, o wqtl
subordinativo representa uma situação imperfectiva dentro de um evento único, a construção
wəqataltí epexegética (cf. 32.2.2; veja também 32.2.1d # 9).
23. ַּוּי ִ ְבחַּר משֶה ַאנְשֵּי־ ֶַּּ֫חי ִל … ַּוּי ִתֵּ ןEscolheu Moisés homens
שפְטּו ֶאת־ ָ א ֹתָ ם ָראשִים … ְוcapazes… e os pôs por
cabeças… e eles julgaram o
הַּדָ בָר ַּה ָקשֶה י ְ ִביאּון אֶל־משֶהpovo; o negócio árduo
ְוכָל־הַּדָ בָר ַּה ָקט ֹן יִשְּפּוטּו הֵּם׃trouxeram a Moisés, e todo
negócio pequeno julgaram eles.
Êx 18.25 – 26
Preferimos interpretar a construção wqtl como epexegética com significado imperfectivo mais
do que como conjuntivo com valor perfectivo, por duas razões: Primeira, wəqataltí
epexegético pode significar uma conseqüência (futura), um significado primário da conjugação
não-perfectiva, depois de qtl. Não vemos nenhuma razão para negar a possibilidade de que
possa expressar, também, aspecto imperfectivo, o outro valor primário da conjugação não-
perfectiva, na mesma construção sintática. Segunda, quando a cadeia é quebrada, o texto
reverte a yqtl, que significa aspecto imperfectivo em tempo passado (veja, p. ex., # 23). Nesta
conexão, a situação representada por wəqataltí não segue cronologicamante aquela expressa
pela conjugação de sufixo, mas antes, explica a situação dominante. O valor aspectual de
wəqataltí epexegético depois de qtl pode ser visto contrariando aquela situação com wəqataltí
depois de היה. Lambdin faz um contraste com as duas construções com estes exemplos:
ָהי ָה ָרעָב ָב ֶָּ֫א ֶרץ ְוי ַָּרד ִמצ ְֶַּּ֫ריְמָהHouve uma forme na terra e ele
costuma descer ao Egito
(habitual).
ָהי ָה ָרעָב ָב ֶָּ֫א ֶרץ ֶּ֫ ַּוּי ֵֶּרץ ִמצ ְֶַּּ֫ריְמָהHouve uma fome na terra e eles
desceram ao Egito (específico,
pontual).
Por este contraste Lambdin com razão visa mostrar a diferença em aspecto entre as duas
sentenças. A primeira é imperfectiva, mais especificamente habitual, a segunda perfectiva,
mais especificamente pretérita. Mas as sentenças, também, diferem com respeito à seqüência
p 534 temporal. O verbo ְוי ַָּרדé contemporâneo com a situação primária, enquanto que ֶּ֫ ַּוּי ֵֶּרד
é provavelmente sucessivo cronologicamente à primeira. Lambdin limita a diferenciação
contemporânea / seqüente a sentenças com היהna sentença principal. Em qualquer narrativa
seqüente, contudo, wəqataltí relativo significa uma situação passada que é subordinativa ou
epexegética à situação representada por wəqataltí ou qtl na cláusula principal.
2Rs 3.4
Gn 30.40–41
Am 4.7–8
1. ְואִם־אֵּין מֹושִי ַּע א ֹתֶָּ֫ נּו ְוי ָ ֶָּ֫צאנּוE não havendo ninguém que
ֵּא ֶֶּ֫ליָך׃nos livre, então iremos a ti.
1Sm 11.3
Rt 1.11
Gn 29.15
Gn 20.11
6. ְ ִהנֵּה־נָא ַּאתְ ־ ֲעק ָָרה וְֹלא י ָ ֶַּּ֫לדְ תEis que agora és estéril, porém
ְוה ִֶָּ֫רית ְוי ָ ֶַּּ֫ל ְדתְ בֵּן׃conceberá e terás um filho.
Jz 13.3
1Sm 20.18
Nm 4.4–5
10. כִי ח ֹק לַּכ ֲהנִים ֵּמ ֵּאת ּפ ְַּרע ֹהSomente a terra dos sacerdotes
וְאָ ָֽכְלּו ֶאת־ ֻחקָםnão a comprou … e comeriam
da porção de Faraó.
Gn 47.22
11. שבָה
ְ ָ ֵֶּּ֫אשֶת ְכסִילּות ה ֹ ִמ ָּי֑ה … ְויA mulher
louca é
֑ ָ ְל ֶֶּ֫פתַּ ח בalvoroçadora…
ֵּיתּה e senta-se à
porta de sua casa
Pv 9.13–14
a Formas wəqataltí podem ser usadas com três tipos de formas de verbos não-finitivos.
Depois de um particípio usado numa cláusula condicional, o wəqtl relativo pode servir na
apódose (# 1). O particípio usado como um casus pendens (## 2–4) é semelhante a uma
sentença condicional. A forma wəqtl pode ser usada para descrever uma situação
conseqüente, seja temporal (# 5) seja lógica (## 6–7; # 6 com força volitiva), seja uma situação
imperfectiva (cf. # 12). Tanto wayyqtl quanto o relativo wəqtl, podem seguir um particípio.
Como se diferem as duas construções? Driver observou muito bem que a última construção
ocorre em conexão com situações indefinidas uma vez que a primeira ocorre em situações
concretas:
O contraste entre wayyaqtl e wəqataltí depois de particípio está coerente com a teoria se que
qtl inverte seu valor com waw-relativo e que wayyqtl conserva um valor pretérito.
Nm 19.11
Êx 12.15
p 536 3. ַּה ְמדַּ בֵּר ֵּא ֶַּּ֫ליְך ַּו ֲהבֵּאתֹו ֵּאלַּיQuem falar contra ti…traze-o a
mim…
2Sm 14.10
Êx 30.33
5. ִהנֵּה ָה ַּע ְלמָה ה ָָרה וְי ֹ ֶֶּ֫לדֶ ת בֵּןA virgem (‘almā) conceberá e
ְוק ָָראתdará à luz um Filho e chamará…
Is 7.14
Gn 48.4
b Diferente o uso de wəqataltí relativo nas construções acima, onde ele mantém sua força
de apódose em vários graus, com um particípio substantivado, a situação representada por
wəqataltí pode representar uma situação subseqüente cronologicamente simples (## 8–11).
Wəqataltí depois de um particípio predicativo em tempo passado representa uma situação
explicativa, imperfectiva (# 12). Para uma situação conseqüente em tempo futuro, veja
37.7.2a.
Êx 21.12
11. הָאֹמ ְִרים נְאֻם־יהוה וַּיהוה ֹלאAqueles que dizem: “Assim diz
ְ o Senhor”, mas O Senhor não
של ָ ָ֑חם ְויִחֲלּו ְל ַּקּי ֵּם דָ בָר׃
os enviou. E fazem que se
espere o cumprimento da
palavra.
Ez 13.6
12. … וִיהֹונָתָ ן ַּו ֲאחִי ֶַּּ֫מעַּץ ע ֹ ְמדִ יםEstavam, pois, Jônatas e Aimaaz
junto a … e uma criada lhe foi
ש ְפחָה ְו ִה ִֶּ֫גידָ ה ָלהֶם
ִ ְו ָה ְלכָה ַּהdisse-lhes.
2Sm 17.17
14. ש ַּלחְתִֶּ֫ י
ָ עַּד־שּוב ַאף־ָא ִֶּ֫חיָך … ְוAté que se desvie de ti a ira de
ּו ְל ַּקחְתִֶּ֫ יָךteu irmão… Então enviarei…
Gn 27.45
Am 1.11
18. שב ְִרי ָלכֶם ַּמטֵּה־ ֶלחֶם וְָאפּו
ִ ְבQuando eu vos quebrantar o
ֶֶּ֫עשֶר נָשִים … בְתַּ נּור ֶאחָדsustento do pão, Então dez
mulheres cozerão o vosso pão
num fomo.
Lv 26.26
1Sm 10.8
21. … ֶָּ֫ ְו ָהי ָה בְיֹום צֵּאתְ ָך ְו ָעב ְַּרתNo dia que saíres e passares…
23. ָהסֵּר ְמשּוכָתֹו ְו ָהי ָה ְל ָבעֵּר ּפָר ֹץTirarei a sua sebe, para que
גְדֵּ רֹו ְו ָהי ָה ְלמ ְִרמָס׃sirva de pasto; Derribarei a sua
parede, para que seja pisada.
Is 5.5
Jr 23.14
a O waw relativo com uma forma sufixo ocorre principalmente nas circunstâncias
observadas acima, mas os dois assuntos anexos precisam de um comentário.
Jz 16.2
Js 2.14
c O segundo ponto está, também, associado com o verbo existencial. Às vezes היה
funciona ou para apresentar um discurso ou para avançá-lo apresentando uma situação que
está mais ou menos ligada vagamente à situação precedente. Gottfried Vanoni estudou as
duas formas de verbos existenciais mais comuns. Ele sustenta que ַּויְהִי não apresenta
ordinariamente uma sentença temporal independente em si mesma, mas antes é sincrônica
com aquela que segue, enquanto que ְו ָהי ָהusualmente tem uma função temporal dêitica.
Nesse uso o tempo muitas vezes é especificado por uma construção temporal adverbial e
seguida por um outro wəqataltí ou por yqtl. Nessa construção wəqataltí significa ou tempo
futuro (## 6–9) ou, em tempo passado, aspecto imperfectivo (## 10–12).
6. … ש ֶָּ֫יהּו
ַּ ְ הַּדָ בָר ֲאשֶר ָחז ָה יA palavra que viu Isaías…será
ְו ָהי ָה בְַאח ֲִרית ַּהּיָמִים נָכֹון י ִ ְהי ֶהque nos últimos dias que o
monte do tempo do Senhor
הַּר בֵּית־יהוהserá estabelecido.
Is 2.1–2
Gn 9.14–15
8. … ְו ָהי ָה בְיֹום ָהנִי ַּח יהוה לְָךE acontecerá que o Senhor vier
ָ ֶּ֫ ָ ְונdar-te repouso …cessou a
שאתָ ַּה ָמשָל ַּהז ֶה
opressão.
Is 14.3–4
9. ִהנֵּה ָאנֹכִי נִצָב עַּל־עֵּין ה ֶּ֑֫ ַָּמי ִם י ָהEis que estou junto à fonte d’
ָה ַּע ְלמָה הַּּיֹצֵּאתágua. Seja que a Donzela que
sair para tirar água…
Gn 24.43
10. ַּו ֵֶּּּ֫ידַּ ע אֹונָן כִי ֹּלא לֹו י ִ ְהי ֶה ַּה ֶּ֑֫ ָז ַּרעMas Onã saia que a semente
שת ָאחִיו ֶ ְו ָהי ָה אִם־בָא אֶל־ ֵֶּּ֫אnão seria dele. Quando entrava
à mulher de seu irmão,
שחֵּתִ ְוderramava-a por terra…
Gn 38.9
11. ְו ָהי ָה ְכצֵּאת משֶה אֶל־ה ֶָּ֫א ֹהֶלQuando Moisés saía da tenda
י ֶָּ֫קּומּו כָל־ ָהעָםtodo o povo se levantava.
Êx 33.8
(a) Como o segundo de um par ou séries mais longas de formas perfectivas agindo
como uma unidade semântica, isto é, representando diferentes aspectos do
mesmo evento, não ações diferentes em uma seqüência de eventos, como bānîm
giddáltî werômántî (“Criei filhos e exaltei-os”, Is 1.2).
Dessa maneira, se uma pertença semântica exige que a situação representada por wəqtl é
perfectiva no aspecto e não subordinada à situação precedente, então a construção seria
efetuada como um waw conjuntivo. Pelo contrário, se o mesmo fator exige que wəqtl
represente uma situação subordinada, seja (con)seqüente e / ou aspecto imperfectivo, então
seria interpretada como uma construção de waw relativo. O Wqtl conjuntivo é usado, pelo
menos, em quatro maneiras diferentes:
b A construção conjuntiva às vezes serve numa hendíade, para representar dois aspectos
de uma situação complexa (cf. o primeiro conjunto de Revell).
1. שבְתִ י
ַּ ֶּ֫ ַּו ֲאנִי ז ָ ֶַּּ֫קנְתִ י ָוEstou
velho e de cabelos
brancos.
1Sm 12.2
Nm 23.19
3. שכ ְֻרתִ י
ְ ֵֶּּ֫התֶ ל בִי ְו ֶה ֱחלִף ֶאת־ ַּמEle me enganou e mudou meu
salário.
Gn 31.7
5. שבּו
ָ ֶּ֫ שיבּו אֶל־ ִלבָם … ְו
ִ ֶּ֫ ְו ֵּהSe eles mudarem seu coração…
se arrependerem e
suplicarem…
1Rs 8.47
p 541 6. ְו ִהנֵּה נָטַּש ָא ִֶּ֫ביָך ֶאת־דִ ב ְֵּריTeu pai deixou o negócio das
1Sm 10.2
7. ש ֶַּּ֫א ְל ָת
ָ ש ֶַּּ֫אלְתָ … ְו
ָ וְֹלא־Porquanto
pediste esta coisa…
e não pediste…
1Rs 3.11
Pv 9.12
9. הּוא־ ִהכָה אֶת־ ֱאדֹום … וְתָ פַּשEle feriu Edom…e tomou Sela
2Rs 23.4
Este uso tende a recolocar wayyqtl comum nos livros mais recentes, em parte quando a língua
chega mais e mais sob a influência do aramaico, que não tem a forma wayyqtl.
Ec 2.5
Ec 2.9
e A forma wəqatalí pode indicar uma disjunção, assinalando uma situação se seqüência
cronológica (39.2.3). Como Johnson observa, “Em vários exemplos uma nota parentética –
uma nota particular ou preliminar inserida parenteticamente – é indicada por wə + perfeito. Se
esta ocorre numa narrativa de tempo passado, wə + perfeito corresponde ordinariamente ao
nosso mais-que-perfeito”.
14. ַּוּי ְַּרא ֵּעשָו כִי־ב ֵַּּרְך י ִ ְצחָק אֶת־E Esaú viu que Isaque tinha
ִ יַּעֲק ֹב ְוabençoado
שלַּח א ֹתֹו ּפַּדֶֶּ֫ נָה א ֲָרם Jacó e o havia
enviado a Padã-Arã.
Gn 28.6
p 542 15. ש ְמעִי … ַּו ֵֶּּּ֫י ֶרד עִם־אִיש ִ ַּוי ְ ַּמהֵּרE apressou-se Simei…e desceu
… י ְהּודָ ה … ְו ֶֶּ֫אלֶף אִיש עִמֹוcom os homens de Judá…e com
ele mil varões de Benjamim
ִמ ִבנְיָמִן … ְו ָצלְחּו ַּהּי ְַּרדֵּ ן ִל ְפנֵּיpassando o Jordão., se prostrou
… ַּה ֶֶּ֫מלְֶך׃diante do rei.
2Sm 19.17–18
1Rs 11.9–10
p 543 33
1.1 Forma
2.1 Sucessão
2.2 Epexegese
2.3 Mais-que-perfeito
33.1.1 Forma
b As formas da conjugação de prefixo longo ou abreviado, são distinguidas nos casos de (1)
o Hiphil de todos os verbos; (2) toda raiz verbal dos verbos III-he exceto o Pual p 544 e
Hophal; (3) o Qal dos verbos geminados, raízes ocas (II-waw / yodh), verbos I-aleph, e verbos I-
waw / yodh. Como salienta com razão Leslie McFall, o waw-relativo com a conjugação de
prefixo nem sempre ocorre com a forma abreviada: “בכֶה
ְ ִ וַּתe ela chorou ocorre ao lado de
וַּתֵּ בְְך, ַּוּי ִ ְבנֶהao lado de ַּו ִֶּּ֫יבֶן, שתֶ ה ְ ִ ַּוּיao lado de ְשת ְ ֵּ ַּוּי, ַּוּי ַּ ֲעלֶהe ַּו ֶַּּּ֫יעַּל, ַּוּי ַּ ֲענֶהe ַּו ֶַּּּ֫יעַּן, ַּוּי ַּ ֲעשֶה
e ַּו ֶַּּּ֫יעַּש, ַּוּי ְִראֶהe ַּוּי ְִרא, ַּוּי ְַּרבֶהe ַּו ֶֶּּ֫י ֶרב, etc.” Se houve originalmente dois conjuntos de
conjugação de prefixo e estes estão refletidos nas formas longas e abreviadas do Hebraico
Bíblico, pode ser que a acentuação da forma abreviada bíblica reflita a acentuação da forma da
que se deriva. As formas longas raras usadas depois de wa(y)– representaria desenvolvimentos
analógicos, secundários, como as duas formas de prefixo vieram a ser vistas como variantes de
uma forma única.
A última pesquisa, por contraste, pode ser caracterizada como uma tentativa
para objetividade. Estudiosos tentaram entender a função do waw na base da
forma com o próprio waw. Para conseguir isso eles muitas vezes tomaram
fenômenos paralelos de outras línguas semíticas para ajudar a esclarecê-lo.
Dessa relação lingüística o waw foi explicado como a modificação de we-
conjuntivo. S. R. Driver (1881) explicou-o à sua maneira; ele pensava que o
waw-conjuntivo tivesse um caráter demonstrativo. De acordo com isso, ele
designava o waw-conjuntivo como significando “uma conseqüência direta do
evento referido dessa maneira.” Para apresentar o ponto de vista de König
(1897), deve-se citar o seguinte: o waw “mais provavelmente é um “e” que se
tornou solene, que liga a conseqüência que depende de um evento
precedente; a conseqüência, portanto, era algo que não tinha acontecido em
relação com aquele momento passado.” E Bauer (1910) pensa que “ali deve
existir nessas conexões com waw um estilo arcaico.” O imperfeito com waw “é
sem tempo exatamente como o proto-fenício yaqtul e pode, portanto, incluir
qualquer momento temporal que possa ser concebido em qualquer maneira
com um verbo conectado com “e”; portanto, presente, passado, futuro como
a conexão em questão o exige…Se a relação com o passado predomina, então
aquela é devida ao fato de que na narração de eventos passados a seqüência
com “e” é preferida. Essencialmente G. R. Driver (1936) nada mais diz do que
isto. Ele pensava que a origem do wa no conectivo acádico ma ou no assírio
uma e mostrava que no assírio, por exemplo, m pode mudar em w. Douglas
Young (1953) vê a origem do imperfeito com waw na fusão do conectivo
egípcio iw e do n, o sinal do tempo passado (wan / wanyiqtol = wayyiqtol).
Visões semelhantes podem ser encontradas. V. Maag, por exemplo, sugeriu que a forma
original com o dêitico ou partícula demonstrativa han. Segundo ele, quando existe um shevá
simples diante de h ambos são sincopados (assim, *whannyiqtul > *wanyiqtul > wayyiqtol). O
fato de que nenhuma teoria baseada numa origem especial para wa(y)– conseguiu aceitação
sugere que o significado da construção composta não pode ser decidida nessa base. Todos
concordam, contudo, que o elemento wa(y)– está relacionado com a conjunção ְו, e une uma
situação à outra.
d Esses dois estudos certamente sugerem que wayyqtl significa noções diferentes de um
pretérito. Em acréscimo ao que ocorre depois da conjugação de sufixo, wayyqtl também
ocorre com a conjugação de prefixo, particípios, sentenças nominais, e infinitivos; em todas
essas ligações, pode se referir ao tempo presente ou futuro, bem como ao passado.
e Se wayyqtl se originou de uma conjugação de prefixo abreviado, yaqtul, mostra em
hebraico significados equivalentes àqueles de conjugação de sufixo. Semelhante àquela
conjugação, tende a representar situações concretas e específicas, segundo o aspecto
perfectivo. Como veremos, pode significar uma situação constativa passada, um estado
perfeito, ou um estado presente com verbos estativos, perfectivo persistente ou gnômico, etc.
Quando uma cadeia de waw-relativos é quebrada, o verbo reverte à conjugação de sufixo, um
fenômeno está sugerindo fortemente que as duas formas são equivalentes, separadamente do
valor do waw-relarivo ligado a ele.
A equivalência evidente de wayyqtl com qtl com respeito ao aspecto, encontra uma analogia
na equivalência do wqtl relativo com a conjugação de prefixo. De fato, o wqtl relativo p 547
pode ter influenciado o desenvolvimento de wayyqtl como uma conjugação de sufixo
‘alternativa’, para ser usada quando a situação é concebida como dependente de uma
anterior.
f Essa evidência favorece fortemente explicando esses exemplos de wayyqtl que devem
ser tomados como se referindo ao presente ou ao futuro de acordo com o significado e os usos
da conjugação de prefixo; isto é, em lugar de considerar uma forma como representando uma
situação habitual ou uma situação futura dependente, etc., preferimos interpretá-lo como
denotando um perfectivo gnômico ou futuro específico, etc. Seria entendido que essa
interpretação perfectiva gnômica, por exemplo, não deriva somente de uma análise descritiva
das passagens em questão, mas também de outras evidências que wayyqtl desempenha como
uma equivalência da conjugação de sufixo.
a O waw-relativo com uma forma de prefixo representa uma situação que é usualmente
sucessiva e sempre subordinada à declaração precedente. A sucessão pode ser absoluta ou
subjetiva, e muitas vezes a distinção entre elas é obscurecida. Uma seqüência temporal
depende de um fato objetivo externo do controle do falante; uma seqüência lógica, pelo
contrário, existe subjetivamente na maneira que o falante vê a relação entre as situações. Às
vezes com wayyqtl uma situação é representada como um vínculo lógico da situação
precedente ou um contraste lógico com ela/elas ou como uma declaração resumida
dela/delas. Se a situação explicativa de fato ocorreu anteriormente ao fato principal, pode ser
necessário traduzir wayyqtl por um mais-que-perfeito. Wayyqtl pode ser usado depois de
qualquer oração que estipula um ponto de partida para desenvolvimento, como acontece
quando wayyqtl é usado epegeneticamente, depois de uma oração ou frase circunstanciais.
33.2.1 Sucessão
p 548 1. ְוהָָאדָ ם י ָדַּ ע ֶאת־ ַּחּוָה … וַּתֶַּּ֫ הַּרAdão conheceu Eva … ela
וַּתֵֶּּ֫ לֶד ֶאת־ ֶַּּ֫קי ִןconcebeu e deu à luz a Caim.
Gn 4.1
1Sm 15.23
Jr 20.17
5. ַּקּוה ִקּוֶּ֫ יהִי יהו֑ ה ַּוּי ֵּט ֵּאלַּיEu fui visitado pelo Senhor;
ש ְועָתִ י׃ ַּוּי ַּ ֲע ֵֶּּ֫לנִי מִבֹור ְ ִ ַּוּיentão se voltou para mim e
ַּ ש ַּמע
ouviu o meu clamor. Então ele
שָאֹון … ַּו ֶָּּ֫יקֶם עַּל־ ֶֶּ֫סלַּע ַּרגְלַּיme tirou da cova… e colocou
כֹונֵּן ֲאש ָֻרי׃ ַּוּי ִתֵּ ן ְבפִי שִירmeus pés na rocha. Ele firmou
חָדָשos meus passos. Então pôs uma
nova canção em minha boca.
Sl 40.2–4
Com referência às construções do waw-relativo nessa passagem, Michel tem este comentário:
6. ָארץ
ֶ כִי ָרדַּ ף אֹוי ֵּב נַּ ְפשִי דִ כָא ֶָּ֫לO inimigo me perseguiu, ele me
… שכִים ַּ ַּחּי ִ ָ֑תי הושִי ֶַּּ֫בנִי ְב ַּמ ֲחabateu até o chão; fez-me
habitar na escuridão… Pelo que
רּוחי בְתֹוכִי ֑ ִ וַּתִ ְת ַּעטֵּף ָעלַּיo meu espírito se angustia em
שתֹומֵּם ִלבִי׃ ְ ִ יmim; e o meu coração em mim
está desolado.
Sl 143.3–4
Aqui, também, Michel oferece um comentário apropriado:
c Mais digno de observação em narrativa é a maneira que wayyqtl traça a linha do discurso
(veja, também, 39.2).
7. שנֵּי ַּה ַּמ ְלָאכִים ס ְֶּ֫ד ֹמָ ה ְ ַּוּי ָב ֹאּוE vieram (wayyqtl) os dois anjos
שעַּר־ס ְ֑ד ֹם ַּ ֶּ֫ ָב ֶֶּ֫ע ֶרב וְלֹוט יֹשֵּב ְבa Sodoma à tarde e Ló estava
sentado (particípio) à porta de
ַּוּי ְַּרא־לֹוט ַּו ֶָּּ֫יקָם ִלק ְָראתָ םSodoma; vendo-o (wayyqtl) Ló
שתֶַּּ֫ חּו ַּא ֶַּּּ֫פי ִם ֶָּ֫א ְרצָה׃
ְ ִ ַּוּיlevantou-se a - seu encontro e
inclinou-se (wayyqtl) com a face
até o chão.
Gn 19.1
p 550 Muitas vezes uma seqüência menor desenvolvida com wqtl (no # 8 depois do
imperativo) opera dentro duma seqüência maior da narrativa indicada por wayyqtl.
8. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר ִהנֶה נָא־ ֲאדֹנַּי ֶּ֫סּורּו נָאE disse ele (wayyqtl): “Meus
אֶל־בֵּית ַּעבְדְ כֶם ְו ִֶּ֫לינִּו ו ְַּרחֲצּוsenhores, por favor, entrai na
casa de vosso servo, nela
ש ַּכ ְמתֶ ם ַּו ַּה ַּל ְכתֶםְ ַּרגְלֵּיכֶם ְו ִהpassai. (wqtl) a noite, lavai
(לְדַּ ְרכ ְֶכ֑ם וַּּי ֹא ְמרּו ֹּלאwqtl) vossos pés e então ide.”
E eles disseram (wayyqtl):
“Não.”
Gn 19.2
O desenvolvimento da cadeia maior muitas vezes se apoia solidamente na cadeia menor (cf.
32.2.3e para wqtl aqui).
9. שמֹו
ְ ַּויְהִי אִיש ֶאחָד … ּוHouve um certo homem.… seu
ֶא ְל ָקנָה … ַּוי ְהִי הַּּיֹום ַּוּיִזְבַּחnome era Elcana … Um dia ele
ofereceu um sacrifício
שתֹו ּו ְלכָל־ ָב ֶֶּ֫ני ָה ְ (… ְונָתַּ ן ִל ְפנִנָה ִאwayyqtl) … Ele dava (yqtl)
ּובְנֹותֶ י ָה מָנֹות׃ ּו ְל ַּחנָה י ִתֵּ ן ָמנָהporções (de carne) à sua
ַאחַּת ַּא ֶָּּ֫פי ִם וַּתִ ְב ֶֶּ֫כה וְֹלא ת ֹא ֶַּּ֫כל׃mulher. A Ana ele dava (yqtl)
ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶרporção.… dobrada. E ela
chorava (wayyqtl) e não comia
(yqtl). E ele disse (wayyqtl)…
1Sm 1.1,4–5,7–8
Sob o título de relação lógica podemos considerar um número mais menos de elos distintos. Às
vezes a situação representada como uma conseqüência lógica ocorrida em tempo absoluto
anterior à primeira situação (# 10). As duas situações podem ser contrastadas logicamente (w
tem o sentido de ‘e ainda’; ## 11–12)
10. שנָתֶַּּ֫ י ִם ה ָָרעָב ְב ֶֶּ֫ק ֶרבְ כִי־ז ֶהPorque já houve dois anos de
שר
ֶ שנִים ֲא ָ ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץ וְעֹוד ָחמֵּשfome na terra, e nos próximo
cinco anos não haverá lavoura e
ש ָל ֵֶּּ֫חנִי
ְ ִ אֵּיו־ח ִָריש ְוקָציר׃ וּיcolheita. Pelo que Deus me
אֱֹלהִים ִל ְפנֵּיכֶםenviou diante de vossa face…
Gn 45.6–7
11. ִי־ר ִֶּ֫איתִ י אֱֹלהִים ָּפנִים אֶ ל־
ָ כTenho visto a Deus face a face,
ָּפנִים וַּתִ ינָצֵּל נַּ ְפשִי׃e a minha alma foi salva.
Gn 32.31
Jz 1.35
Gn 2.1
p 551 15. ַּוּיִק ְָרא שֵּם ַּהמָקֹום הַּהּוא ִג ְלגָלAssim o lugar se chamou Gilgal
עַּד הַּּיֹום ַּהז ֶה׃até o dia de hoje.
Js 5.9
33.2.2 Epexegese
1. ֲאבָל ִאשָה־ַא ְל ָמנָה ֶָּ֫אנִי ַּו ֶָּּ֫ימָתNa verdade sou uma mulher
אִישִי׃viúva, e morreu meu marido.
2Sm 14.5
2. שדֶ ה … ַּו ִֶּּ֫יקֶר ִמק ְֶֶּ֫ר ָה ָ וַּתְ ַּלקֵּט ַּבEla apanhava espigas no
ֶח ְלקַּת ַּהש ֶָרה ל ְֶּ֫ב ֹעַּזcampo… e caiu-lhe por sorte
uma parte do campo de Boaz…
Rt 2.3
b Esse uso é comum depois de היה na oração principal. Se uma seqüência narrativa
começa com uma oração contendo o verbo היה, a oração do waw-relativo seguinte explica a
situação total representada por ele. Ao passo que, o wqtl relativo pode significar evento(s)
habitual(ais) dentro da situação (32.2.1d), o wayyqtl representa eventos específicos, concretos
(# 3–4). O mesmo fenômeno ocorre em conexão com outras formas gramaticais (# 5; a forma
wayyqtl é, talvez, um mais-que-perfeito) é comum especialmente com verbos de falar (## 6–7)
e fazer (## 8–10), em que uma relação de situação subordinada é muitas vezes simultânea com
a situação principal.
Jó 1.1–2
7. וַּתִ ק ְָרא שְמֹו מֹשֶה ו ֶַּּ֫ת ֹאמֶר כִיEla chamou seu nome Moisés,
מִן־ ַּה ֶַּּ֫מי ִם ְמשִיתִֶּ֫ הּוdizendo: “Eu o tirei da água.”
Êx 2.10
10. ְוגַּם ַּאתָ ה י ָדֶַּּ֫ עְתָ אֵּת ֲאשֶר־ ֶָּ֫עשָהTu sabes o que Joabe … fez a
לִי יֹוָאב … ֲאשֶר ָעשָה ִלשְנֵּ ָֽי־mim… o que ele faz aos dois
comandantes do exército de
… ש ֵָּרי ִצבְאֹות יִש ְָראֵּלIsrael … ele os matou…
ַּוּיַּה ְַּרגֵּם ַּו ֶָּּ֫ישֶם דְ מֵּי־ ִמ ְל ָחמָהderramou o sangue de guerra
ְבש ָֹ֑לםem tempos de paz.
1Rs 2.5
33.2.3 Mais-que-perfeito
a O uso de wayyqtl para representar situação do mais-que-perfeito pode ser visto como
uma sub-variedade de uso epegenético, mas tem sido controvertido. Driver negou tal uso
colocado à parte dos exemplos que ocorrem no começo de uma narrativa ou parágrafo. Ele
tentou explicar as exceções a esta regra como devida ao redator que unia juntamente
unidades literárias diferentes sem observar a unidade formal. Mas W. J. Martin e D. W. Baker
argumentam de outro modo. Driver aqui parece inconsistente, uma vez que permite para o
uso epexegético do waw-relativo que pode acarretar uma situação de mais-que-perfeito. Além
disso, wayyqtl no texto recebido, o objeto de nossa investigação gramatical, deve ser
entendido para representar o mais-que-perfeito. David Qimḥi no período primitivo dos
estudos do hebraico já indicava esse uso:
2. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר י ְהוָה ֵּאלָיו מִי שָם ּפֶהDisse-lhe o Senhor: “Quem fez a
לָ ָָֽאדָ ם … ְועַּתָ ה ֵּלְ֑ך וְאָ ָֽנֹכִיboca do homem?…Vai pois
agora…eu te ajudarei a
ְהֹוריתִֶּ֫ יָך ֲאשֶרֵּ ֶא ְהי ֶה עִם־ ִֶּּ֫פיָך וfalar…”Então Moisés voltou-se
תְ דַּ בֵּ ָֽר׃ ַּו ֵֶּּּ֫ילְֶך מֹשֶה ַּו ֶָּּ֫ישָב אֶל־para seu sogro …e disse:
“י ִתְ רֹו חָֹֽתְ נֹו ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר לֹו ֵֶּּ֫א ְלכָה־נָאDeixe-me voltar para o meu
”… ְוא ֶָּ֫שּובָה אֶל־ַאחַּי ֲאשֶר־povo no Egito O Senhor disse a
Moisés em Midiã: “Volta ao
ְב ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם … ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר י ְהֹוָה אֶל־Egito, porque todos os homens
מֹשֶה ְב ִמדְ י ָן לְֵּך שֻב ִמצ ָ ֑ ְֶּ֫רי ִם כִי־que queriam matar-te já
ֵֶּּ֫מתּו כָל־ ָה ֲאנָשִים הַּ ָֽ ְמ ַּב ְקשִיםmorreram”.
שָך׃ ֶ ֶּ֫ ֶאת־נַּ ְפÊx 4.11–12,18 [Pentateuco
Samaritano]–19
p 553 3. ַּוי ְדַּ בֵּר ֲא ֵּלהֶם ֲאבִיהֶם אֵּי־זֶהE disse-lhe seu pai: “Por que
הַּדֶֶּ֫ ֶרְך ה ָָלְ֑ך ַּוּי ְִראּו ָבנָיו אֶת־caminho se foi?” E viram seus
filhos o caminho por onde fora
הַּדֶֶּ֫ ֶרְךo homem de Deus que viera a
Judá.
1Rs 13.12
a Mesmo como relativo wqtl pode representar uma situação seqüencial dependente em
tempo futuro depois de expressões adverbiais (32.2.6), assim também wayyqtl pode expressar
uma situação seqüencial dependente em tempo passado. A função de wayyqt depois de
construções verbais não-finitas é semelhante ao seu uso depois de היהna oração principal
(33.2.2b). A expressão precedente provê ‘um ponto de partida para um desenvolvimento’ e
representa a circunstância em que a narrativa de desdobra. Na maioria dos casos a expressão
é temporal (## 1–5), mas outras frases, usadas em casus pendens, são encontradas (## 6–8;
33.3.4).
1. שלִישִי ַּוּיִשָא ַאב ְָרהָםְ בַּּיֹום ַּהNo terceiro dia Abraão levantou
ֶאת־עֵּינָיוseus olhos.
Gn 22.4
3. ּו ְכעֵּת מּותָ ּה ַּו ְתדַּ ב ְֵּרנָה ַּהנִצָבֹותQuando ela estava morrendo,
ָע ֶֶּ֫לי ָהas mulheres que estavam junto
dela diziam…
1Sm 4.20
Os 11.1
Sl 138.3
7. ְוגַּם ֶאת־ ַּמ ֲעכָה ִאמֹו ַּויְס ִֶֶּ֫ר ָהE,também, Maaca, sua mãe…
ele a depôs.
1Rs 15.13
8. ּו ְבנֵּי יִש ְָרעֵּל … ַּוּיִמְֹלְך ֲעלֵּיהֶםE quanto aos filhos de
1Rs 12.17
b Uma oração circunstancial introduzida por ויהיpode ser seguida por uma forma de
wayyqtl.
ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶרDisse…
Jz 17.1–2
p 554 11. ַּויְהִי בִימֵּי שְפ ֹט הַּש ֹ ְפטִים ַּויְהִיE aconteceu nos dias que os
ֶ ָרעָב בjuizes julgavam…
ָָארץ houve uma
fome na terra.
Rt 1.1
12. ַּויְהִי ַאח ֲֵּרי הַּדְ ב ִָרים ָה ֵּאלֶה ַּוּיֻגַּדAlgum tempo mais tarde ele
disse…
Gn 22.20
Thomas O. Lambdin analisou esta construção freqüente com orações e frases temporais:
Essa construção apresenta os livros de Josué, Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, Ezequiel, Rute (# 11
acima), Ester e Neemias. Wayyqtl separado de ַּויְהִיapresenta os livros de Levítico, Números, 2
Reis, 2 Crônicas, mas estes são mais considerados como princípios secundários; isto é, os livros
têm uma conexão com aqueles que os precede. Este uso de wayyqtl de pois de ויהיfica em
polaridade em frente a wqtl relativo depois de ( ויהיcf. 32.2.6b).
Gn 3.13
Gn 4.5
3. עִם־ ָלבָן ֶַּּ֫ג ְרתִ י ָו ֵּאחַּר עַּד־ ֶָּ֫עתָ ה׃Como
peregrino morei com
Labão e me detive lá até agora.
Gn 32.5
Gn 7.19
Am 1.11
6. וְֹלא־ ָמצְָאה הַּּיֹונָה מָנֹו ַּח ַּו ֶָּ֫תשָבMas a pomba não achou lugar
ֵּאלָיוde repouso… e assim voltou
para ele.
Gn 8.9
7. שיעּו ֶאת־
ִ ֶּ֫ ֹלא־ ָמצְאּו ַּמ ֲענֶה ַּוּי ְַּרEles não acharam uma resposta
אּיֹוב׃e ainda condenaram Jó.
Jó 32.3
10. ַּו ֲאנִי בְתֻ מִי תָ ֶַּּ֫מכְתָ ִ ֑בי וַּתַּ צִי ֵֶּּ֫בנִיA mim tu me sustentas em
ְל ָּפ ֶֶּ֫ניָך לְעֹולָם׃minha integridade e me puseste
diante de tua presença para
sempre.
Sl 41.13
Jó 7.9
Pv 11.2
Sl 45.8
18. ֶַּּ֫יעַּן כִי גָבְהּו בְנֹות צִּיֹון ַּו ֵּת ֶַּּ֫ל ְכנָהPorque
as filhas de Sião se
exaltam e andam…
Is 3.16
19. ְבֹודי
֑ ִ ש ַּמח ִלבִח ִלבִי ַּו ֶָּּ֫יגֶל כ
ָ ָלכֵּןPortanto está alegre o meu
coração e se regozija a minha
glória.
Sl 16.9
c Formas wayyqtl podem significar um estado perfeito depois de formas de sufixo com
aquele significado. Por exemplo, as estruturas de tempo podem ser perfeito presente (## 20–
22) ou mais-que-perfeito (perfeito passado; ## 23–24). Aqui, também, o estado perfeito pode
complementar outros significados da conjugação de sufixo, por exemplo, depois de referências
de tempo passado (## 25–26) ou referências de tempo presente (# 27).
20. ֶַּּ֫יעַּן מָָא ְסכֶם בַּדָ בָר ַּה ֶז֑ה וַּתִ ְבטְחּוVisto como rejeitais esta
ב ְֶּ֫ע ֹשֶקpalavra, e confiais na opressão.
Is 30.12
21. שמָע
ְ שבְתִ י ָו ֶא
ַּ ֶּ֫ ִה ְקEu escutei e ouvi…
Jr 8.6
Jó 30.11 Qeri
23. ו ְָרחֵּל ָל ְקחָה ֶאת־הַּתְ ָרפִיםMas Raquel tinha roubado os
שמֵּם ְבכַּר ַּהגָמָל וַּתֵֶּּ֫ שֶב ִ ְוַּתterafim, e colocado sob a sela
do camelo e sentou-se sobre
ֵּיהם
֑ ֶ ֲעלeles.
Gn 31.34
24. כִי־ ָעז ַּב ִבגְדֹו … ַּו ֶָּּ֫ינָסEle deixou seu vestido nas mãos
dela …e fugiu.
Gn 39.13
Sl 119.90
26. שתֵּ ים ֶעש ְֵּרה ֲא ָבנִים ֵּהקִים ְ ּוJosué levantou doze pedras… e
ֻ י ְהֹוelas permanecem lá até esse
ש ַּע … ַּו ִֶּּ֫יהְיו שָם עַּם הַּּיֹום
dia.
ַּהז ֶה׃
Js 4.9
27. וְֹלא־נִ ְפ ַּקד ִמ ֶֶּ֫מנּו אִיש׃ ַּונַּק ְֵּרבE nenhum falta de nós… pelo
ֶאת־ק ְָרבַּן יהוהque trouxeram uma oferta ao
Senhor.
Nm 31.49–50
p 557 d Visto que uma forma de conjugação de sufixo pode representar uma situação
objetiva futura como única, um evento acidental, um wayyqtl seguinte representa a situação
de acordo com os usos do waw relativo, mas apesar disso como um todo perfectivo, único (##
28–32).
28. כִי־ ֶֶּ֫ילֶד יֻלַּד־ ֶָּ֫לנּו … וַּתְ הִיUm menino nos nasceu… e o
Is 9.5
Neste caso o primeiro waw relativo significa um evento conseqüente e o segundo, com o
verbo de falar, um evento explicativo. Muitas vezes, sucessão cronológica está à vista.
Mq 2.13
30. חָתֻ ם ִבצְרֹור ִּפש ִ ְ֑עי ַּו ִתטְּפ ֹל עַּל־A minha transgressão está
עֲֹונִי׃selada num saco, e amontoas as
minhas iniqüidades.
Jó 14.17
Sl 22.30
Sl 109.28
e Wayyqtl é também usado depois de uma forma de sufixo que é um perfectivo hipotético
ou condicional (## 33–35).
33. כִי לּולֵּי ִמה ְַּרתְ וַּתָ ב ֹאתSe tu não te apressaras, e não
vieras…
Nm 5.27
35. אִם־ ָק ֶָּ֫ראתִ י ַּוּיַּע ֶּ֑֫ ֲֵּננִיAinda que chamasse, e ele me
respondesse…
Jó 9.16
f É muito raro que wayyqtl se refira a outro tempo do que aquele da conjugação de sufixo
precedente, separada de seu uso como mais-que-perfeito ou para indicar o estado perfeito no
tempo presente. Excluindo esses grupos de exceções, ficamos somente com um exemplo da
lista de supostos paradigmas de Gotthelf Bergsträsser de exemplos onde wayyqtl não tem
ligação com uma conjugação perfectiva precedente de um período de tempo diferente.
a Depois de uma forma de prefixo abreviado, wayyqtl expressa uma situação que é
logicamente, temporalmente subordinada, ou epexegeneticamente, e tem um valor perfectivo
que é o mesmo como complementar àquele do verbo principal. Observe, por exemplo, os
valores de pretéritos (## 1–2) e de gnômicos (# 3).
Dt 32.18–19
Sl 90.3
Sl 95.10
Sl 80.9
p 559 c Da mesma maneira, depois de yqtl regular referindo-se a uma situação de tempo
presente, wayyqtl representa uma situação conseqüente ou explicativa na mesma moldura de
tempo de acordo com um aspecto perfectivo. Supondo que as formas de prefixo (excluindo as
formas abreviadas desligadas) estabelecem a estrutura da seqüência verbal, achamos que
freqüentemente wayqtl, depois de yqtl progressivo presente, tem o sentido de perfectivo
presente persistente (## 5–9). Depois de um yqtl imperfectivo habitual, wayyqtl pode ter o
valor de um perfectivo gnômico (# 10).
Mq 6.16
6. ֶָּ֫למָה תִ ְבעֲטּו ְבז ִ ְבחִי … ַּו ְת ַּכבֵּדPor que dais coices contra o
ֶאת־ ָב ֶֶּ֫ניָך ִמ ֶֶּ֫מנִיsacrifício… e honras teus filhos
mais do que a mim?
1Sm 2.29
Sl 94.6–7
Sl 3.5
9. ז ִ ְבחֵּי ַּה ְב ָהבַּי יִזְבְחּו ָבשָרEles sacrificam carne… e a
וַּּי ֹא ֵֶּּ֫כלּוcomem.
Os 9.13
10. ח ַָּרש ב ְַּרז ֶל ַּמ ֲעצָד ּו ָפעַּל ַּב ֶּפחָםO ferreiro faz o machado – e
ּו ַּב ַּמקָבֹות יִצ ֵּ ֑ ְֶּ֫רהּו ַּוּי ִ ְפ ָע ֵֶּּ֫להּוtrabalha nas brasas; e o forma
com martelo; e o forja com a
ִבז ְרֹו ַּע כ ֹחֹוforça de seu braço.
Is 44.12
Sl 38.12–13
12. … כִי ֹלא שָלֹום י ְדַּ ֵֶּּ֫ברּוPois eles não falam de paz… e
ַּוּי ְַּר ִֶּ֫חיבּו ָעלַּי ּפִיהֶם ֶָּ֫אמְרּוeles abrem sua boca de par em
par contra mim e dizem: Ah!
ה ָ ֶ֑אחAh! הֶָאח
Sl 35.20–21
Sl 94.21–22
Assim, também, wayyqtl pode ter um significado perfectivo persistente (## 14–15) ou um
significado estativo de tempo presente (## 16–17) depois de um imperfectivo incipiente.
p 560 14. ש ֶַּּ֫מי ִם
ָ ש ֶַּּ֫מם ַּוּי ַּ ֶֶּ֣֫ ִגידּו
ָ י ִ ְק ָרא אֶל־ ַּהChamará os céus… e os céus
15. י ְִרָאה ו ַָּרעַּד ֶָּ֫יב ֹא ִ ֑בי וַּתְ ַּכ ֵֶּּ֫סנִיTemor e tremor me sobrevêm…
ַּּפלָצּות׃e o horror me cobriu.
Sl 55.6
Jó 4.5
17. יראּו׃
ֶָּ֫ ִתִ ְראּו חֲתַּ ת וַּתVistes o horror e temestes.
Jó 6.21
b Depois de uma oração nominal com referencia a tempo passado, wayyqtl tende a
representar uma situação perfectiva definida em tempo passado, um uso em harmonia com
seu aspecto perfectivo.
2Rs 2.11
3. שא ֱָרה וַּתִֶּ֫ בֶן
ֶ ּובִתֹוE sua filha foi Seerá; que
edificou.…
1Cr 7.24
Hc 3.19
5. אֵּל יהוה ַּו ֶָּּ֫י ֶאד ֶָּ֫לנּוO Senhor é Deus Ele faz brilhas
sua luz sobre nós.
Sl 118.27
6. דָעהּו
֑ ֵֶּּ֫ ֵּיהוה מָה־ָאדָ ם וַּתO Senhor não é homem para o
estimes?
Sl 144.3
Pv 30.25
p 561 8. יראִי
ְ ִמִי־ ַּאתְ וַּתQuem és tu para que temas o
homem?
Is 5.12
Gn 35.3
3. ַארבַּע
ְ ש ֶֶּ֫ב ֶרת ַּו ַּתע ֲֶּ֫מ ֹדְ נָה
ְ ִ ְו ַּהנo ter sido quebrada,
תַּ ח ֶּ֑֫ ְֶתי ָהlevantando-se quatro em ligar
dela.
Dn 8.22
4. ש ְּפכֵּם עַּל־
ְ ִ הַּק ֵֹּרא ְלמֵּי־ ַּהּי ָם ַּוּיEle chamou as águas do mar, e
ְּפנֵּי ָה ֶָּ֫א ֶרץentão derramaram-no sobre a
terra.
Am 9.6
5. שבִי ַּח שְאֹון יַּמִים … ַּוּי ְִיראּוְ ַּמO que aplaca o ruído dos
Sl 65.8–9
6. ִהנֵּה ָהעָם הַּּיֹצֵּא ִמ ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם ַּויְכַּסVede, um povo que sai do Egito,
ֶאת־עֵּין ָה ֶָּ֫א ֶרץcobre a terra.
Nm 22.11
7. ָהאֵּל ַּה ְמ ַּאז ְֵֶּּ֫רנִי ֶָּ֫ ֑חי ִל ַּוי ִתֵּ ן תָ מִיםO Deus que arma com forças e
דַּ ְרכִי׃faz os meus caminhos
perfeitos…
Sl 18.33
8. שהּו
ֵּ ֶּ֫ ַּ גֹועֵּר ַּבּי ָם ַּוּיAquele que repreende o mar e
o seca.
Na 1.4
p 562 9. ִהנֵּה ַּה ֶֶּ֫מלְֶך ב ֹכֶה ַּוּי ִתְ ַּאבֵּלOrei anda chorando e se
lamenta.
2Sm 19.2
10. … נֹצ ְִרים ָבאִים … ַּוּי ִתְ נּוVigias vêm de um terra remota
קֹולָם׃e levantarão sua voz.…
Jr 4.16
11. שקֶר׃
ָ ֶּ֫ כֻלֹו ֶּ֫ע ֹשֶהcada um usa de falsidade
שבֶר ַּעמִי
ֶ ֶּ֫ ַּוי ְַּרּפְאּו ֶאת־e curam a ferida de meu povo.
Jr 6.13–14
12. חֹנֶה ַּמ ְל ַּאְך־יהוה … ַּוי ְ ַּח ְלצֵּם׃Oanjo do Senhor acampa… e
assim os livra…
Sl 34.8
Gn 28.6
Lv 16.1
Dt 9.9
Em referência a tempo presente, o wayyqtl pode ter uma variedade de sentidos, incluindo o
complexo (# 16) e o gnômico (## 17–18).
16. מַּה־לְָך ְל ַּסּפֵּר ח ָ ֻ֑קי וַּתִ שָאque tens tu que recitar os meus
ב ְִריתִ י ֲעלֵּי־ ִֶּ֫פיָך׃estatutos e tomar meu
concerto em tua boca?
Sl 50.16
17. שאִים
ִ ְלְקול תִ תֹו … ַּוּי ַּ ֲעלֶה נFazendo ele soar a sua voz… e
subir vapores…
Jr 10.13
2. שמַּע
ְ ִ ְונִזְעַּק ֵּא ֶֶּ֫ליָך ִמצ ָָרתֵֶּּ֫ נּו וְתE nós clamamos em nossa
וְתֹושִיעַּ׃angústia e tu nos ouviste e nos
salvaste.
2Cr 30.9
Jz 9.7
4. כִי ה ֶַּּ֫ש ֹחַּד י ְ ַּעּוֵּר ִּפ ְקחִים וִי ַּסלֵּףUm presente cega aquele que
דִ ב ְֵּרי צַּדִ יקִים׃vê e torce as palavras do justo.
Êx 23.8
p 564 34
2.1 Jussivo
5.3 Pseudo-Coortativo
terceira pessoajussivo
d A classe de formas volitivas é a base para o estudo sintático de expressões volitivas, mas
é somente a base. Algumas descrições de ordens ou exortações envolvem a conjugação
perfectiva (30.5.4) e outras, a conjugação não-perfectiva (31.5). A forma jussiva não é sempre
morfologicamente distinta das outras formas de prefixo (33.1). O coortativo é quase sempre
marcado por verbos com final he, raramente por verbos com final aleph, e é indistinguível
diante de sufixos. Uma forma ʾqtl pode ser aceita para denotar volição (isto é, pode ser tomada
como coortativo) em um meio onde um coortativo ocorreria, por exemplo, depois de אלou
נאou depois de um imperativo (34.6.7). Às vezes o imperativo é recolocado por um infinitivo
absoluto (35.5.1). Por causa dessas complexidades relativas, discutimos a morfologia das
formas volitivas antes de tratar do uso.
34.2.1 Jussivo
a Os dialetos cananeus antecedentes do hebraico distinguiam formas de prefixo yaqtulu e
yaqtul, como observamos (19.4, 31.1.1, 33.1.2). O jussivo hebraico, em certo sentido, derivou
da forma abreviada yaqtul. Sejam o que forem os fatos históricos, há dois grupos de formas
yiqtol no Hebraico Bíblico: a longa e a abreviada, para certos graus verbais e raízes. Em casos
onde a diferença é encontrada, a forma abreviada é o jussivo (como, também, a forma
wayyqtl).
forma longajussivo
ִֶּ֫יגֵּליִגְלֶה
ִֶּ֫יחַּריֶח ֱֶרה
י ָ ֻקםי ָקּום
י ָ ֵּקםיָקִים
שמ ְֶֶּ֫רָך׃
ְ ִ יְב ֶ ָָֽרכְָך יהוה ְויYHWH te abençoe e te guarde.
יָאֵּר יהוה ָּפנָיו ֵּא ֶֶּ֫ליָך וִיחֻנֶ ָֽךָ׃YHWH faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e
tenha misericórdia de ti.
יִשָא יהוה ָּפנָיו ֵּאלֶיָךYHWH sobre ti levante o seu rosto
Em tal situação todos os verbos são considerados como jussivos. Em alguns exemplos, a forma
distintiva do jussivo não é usada, mesmo quando parecesse (cf. 1Sm 25.25, שים
ִ ָי )ַאל־נָא, um
fenômeno que já observamos com wayyqtl (veja 33.1.1b). A forma mais longa é mais comum
antes de uma forma pausal ou em pausa (p. ex., וְתֵּ ָראֶה, Gn 1.9; e ְוי ְִראֶה, 2Rs 6.17). Esta
cisão esporádica entre forma e significado adverte-nos para distinguir entre forma jussiva e
sentido jussivo; é a mais recente com que estamos principalmente interessados. Por causa da
ampla polissemia de formas yqtl o intérprete deve julgar na maioria dos exemplos sobre a base
da pertença semântica se a forma é jussiva ou não-perfectiva (veja 3.2.3).
c Raramente uma forma jussiva ocorre onde poderíamos esperar uma forma de
conjugação não-perfectiva (cf. Sl 25.9, 47.4, 90.3, 107.29; Is 12.1; Jl 2.2, etc.). Essas formas
imprevistas de jussivo podem ser devidas à confusão entre os grupos de formas ou a
corrupções textuais; ou elas podem representar vestígios de um sistema verbal mais primitivo.
Alguns gramáticos as explicam em fundamentos rítmicos. Por causa dessa confusão formal
secundária, é melhor, em passagens problemáticas dessa natureza, ser orientado mais pelo
sentido do que pela forma. Uma abordagem semelhante é justificada em algumas passagens,
onde a vocalização que caracteriza o jussivo ocorre com a primeira pessoa (cf. Is 42.6).
a Todas as línguas semitas expressam o imperativo, a forma que denota modo volitivo
para a segunda pessoa, por uma forma semelhante à da segunda pessoa da conjugação de
prefixo. Isto é o mais evidente em hebraico no Piel: compare תְ ַּדבֵּרe דַּ בֵּר. A ‘queda’ p 568
aparente do prefixo ‘tu’ não é diferente no imperativo em português, que, também,
normalmente suprime o pronome, p. ex.: ‘Vai!’, não: ‘Tu irás!’. Nos graus Niphal, Hiphil, e
Hithpael, um he protético é adicionado para ‘proteger’ os padrões característicos de infixo
desses graus, por exemplo: שמֵּר
ָ ִה, הֹושַּע, הִתְ ַּחזַּק, etc. O Pual e Hophal regularmente não
formam imperativos. A situação no Qal é algo complexo. Como com outras formas não-
perfectivas (22.3), verbos Qal fientivo e estativo são distinguidos: קְט ֹלfientivo versus ְקטַּל
estativo. A forma do feminino plural ק ְֶּ֫ט ֹ ְלנָהusa a mesma base como o masculino singular,
enquanto que as formas do feminino singular e o masculino plural (aquelas com terminações
envolvendo uma vogal) usam um número de outras bases (ּו/ ִק ְטלִי, ּו/ ָק ְטלִי, pausal ק ְֶּ֫ט ֹלִי
ּו/), que também são encontradas com formas que recebem sufixos pronominais. A forma
longa do imperativo com final ָָ ה-, é encontrada com o masculino singular. O morfema –ā
está relacionado com o –ā do coortativo. A proibição na segunda pessoa é expressa por uma
partícula negativa com o jussivo (34.2.1b), preferencialmente com a forma imperativa.
b O coortativo, como alternativa de Qal imperativo com ָָ ה- sufixo, é derivado de uma
conjugação volitiva cananita mais primitiva yaqtula. Em hebraico, a forma é encontrada quase
exclusivamente na primeira pessoa do singular e do plural.
p 569 3. ֵּיתֹו
֑ יֵּלְֵּך ְוי ָש ֹב ְלבVá, e torne-se à sua casa.
Dt 20.5
6. שמַּע
ְ … ַאל־י ֵַּּרע ְבעֵּי ֶֶּ֫ניָךNão te pareça mal aos teu olhos
בְק ָֹלּ֑הacerca do moço.…ouve a sua
voz…
Gn 21.12
2Sm 5.24
8. י ַּ ֲעבָר־נָא ֲאדֹנִיOra, passe o meu Senhor diante
de seu servo…
Gn 33.14
Êx 34.9
Gn 30.24
c Uma bênção (## 12–15) ou maldição (## 16–18) pode tomar a forma de uma cláusula
jussiva.
13. ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ כ ֹה תְ ב ֲָרכּו ֶאת־ ְבנֵּי יAssim abençoareis os filhos de
ָאמֹור ָלהֶם׃ … יָאֵּר יהוה ָּפנָיוIsrael, dizendo: “…YHWH faça
seu rosto resplandecer sobre
ֵּא ֶֶּ֫ליָךsobre vós.”
Nm 6.23,25
18. יֹום ֲאשֶר־יְלָדֶַּּ֫ תְ נִי ִאמִי ַאל־יְהִיO dia em que minha mãe me
בָרּוְך׃deu à luz não seja bendito.
Jr 20.14
p 570 d A força pragmática usual do jussivo pode estar desaparecida nos contextos
poéticos ou na prosa literária. Em alguns casos esse desaparecimento surge dos sentimentos
projetados sobre a natureza, como observa S. R. Driver.
Para o poeta, seja qual for a sua língua ou país, o mundo é animado pela vida,
vibrando em harmonia com ele mesmo, cujo olho prosaico é incapaz de
discernir: para ele, não meramente o mundo animal, mas a natureza
inanimada, também, está palpitando com emoções humanas, e agudamente
susceptível a toda impressão de fora (p. ex. Sl 65.14, 104.19, 114.3–6; Is
35.1f.); ele dirige ousadamente pessoas e objetos não realmente presentes (p.
ex. Is 13.2, 23.1f., 4; 40.9 etc.; Sl 98.7f.), ou povos uma cena com seres
invisíveis, as criações de sua própria fantasia (Is 40.3, 57.14, 62.10); ele sente,
e expressa uma simpatia intensa com os caracteres a transações ele tem de
lidar. O resultado é que em vez lugar de descrever uma ocorrência na
linguagem de um fato simples, o poeta muitas vezes gosta de representálo sob
a forma de uma ordem procedente dele mesmo.
20. ֲאּו־כ֑ף
ָ נְהָרֹות י ִ ְמחOs rios batam as palmas.
Sl 98.8
Sl 97.1
22. ִי ְָֽיראּו מֵּיהוה כָל־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץToda a Terra tema YHWH.
Sl 33.8
Sl 41.2–3
Sl 50.2–3
Sl 22.27
p 571 34.4 Usos do Imperativo
Rt 2.14
Jz 9.8 Queri
4. ָָאטד
֑ ָ וַּּי ֹא ְמרּו כָל־ ָה ֵּעצִים אֶל־הEntão as árvores disseram aos
לְֵּך ַּאתָ ה ְמלְָך־ ָע ֵֶּּ֫לינּו׃espinheiros: Vem tu, e reina
sobre nós.
Jz 9.14
b O uso principal do imperativo, como sugerido, envolve ordens diretas (## 5–7). Um
imperativo pode, também, conceder permissão (## 8–10) ou transmitir um convite (## 11–13)
ou um desejo (## 14–15). Os imperativos podem ser usados sarcasticamente (## 16–17).
Gn 24.2
7. שפְטּו־דַּל
ִ Defendei o pobre…
Sl 82.3
2Sm 18.23
2Rs 2.17
p 572 10. ֲעלֵּה ּוקְב ֹר אֶת־ָא ִֶּ֫ביָך ַּכ ֲאשֶרVai e sepulta teu pai, como ele
ְ ִהte fez jurar (sepultar).
שבִי ֶֶּ֫עָך׃
Gn 50.6
2Rs 5.22
Sl 82.8
16. ש ֲאלִי־לֹו ֶאת־ ַּהמְלּוכָה כִי הָּוא ַּ ְוPede o reino para ele (Adonias)
(ָאחִי ַּהגָדֹול מ ֶּ֑֫ ִֶמנִיporque é meu irmão mais
velho)
1Rs 2.22
17. שעּו
ְ ֶּ֫ב ֹאּו בֵּית־אֵּל ּו ִפVinde a Betel e transgredi.
Am 4.4
c O imperativo, como o jussivo, tem usos em que sua força ordinária foi perdida. A figura
da heterose (do grego: ἑτέρωσις, hetérosis = mudança) envolve a mudança de uma forma
gramatical por outra; com o imperativo, a heterose cria uma promessa ou uma predição a ser
cumprida no futuro, tornado mais enfático e intenso do que seria o caso se fosse usada a
conjugação de prefixo (## 18–20).
18. שנָה ָ שנָה ָספִי ַּח ּו ַּב ָ ָאכֹול ַּהEste ano se comerá o que
שנָה ָ שנִית ס ִ ָ֑חיש ּו ַּב ֵּ ַּהnascer por si mesmo, e no ano
seguinte o que daí proceder;
שלִישִית ז ְִרעּו ְו ִקצְרּו ְונִטְעּו ְ ַּהporém no terceiro ano semeais
כ ְָרמִים ְו ִאכְלּו פ ְִרי ָם׃e segai, e plantai vinhas e comei
os seu frutos.
2Rs 19.29
19. שלַּח יהוה ִמצִּי֑ ֹון ְ ִ ַּמטֵּה־ ֻעז ְָך יO Senhor enviará o cetro da tua
ְרדֵּ ה ְב ֶֶּ֫ק ֶרב אי ְ ֶֶּ֫ביָך׃fortaleza desde Sião: Domina
no meio dos teus inimigos.
Sl 110.2
Is 54.14
Is 13.2
Is 14.21
a O coortativo expressa a vontade ou forte desejo do locutor. Em casos onde o locutor tem
a habilidade de executar uma inclinação, ele adquire o disfarce de resolução (‘Eu quero…’; ##
1–4). Em outros casos, onde o locutor não pode efetuar um desejo sem o consentimento do
interlocutor, ele conota um pedido. (‘Posso eu…’; ## 5–7). O sentido é optativo quando a
vontade do locutor envolve dúvida, uma potencialidade indefinida (‘Eu poderia / posso…’; ##
8–9). Finalmente, na primeira pessoa do plural, os locutores usualmente procuram investigar
ou encorajar um ao outro para alguma ação (‘Possamos…’; ## 10–12). Pela etimologia o termo
“coortativo” é aplicável somente nesse último uso (do latim: cohortor ‘encorajar’), mas o
termo tem sido desdobrado para atingir outros usos mencionados aqui. A partícula negativa
com o coortativo é ( אל# 2).
Gn 21.16
4. ַּד־כ ֹה
֑ ַּו ֲאנִי ְו ַּה ֶַּּ֫נעַּר נֵּ ְלכָה עEu e o moço iremos até ali e
ש ַּת ֲחוֶה ְ ִ ְונadoraremos.
Gn 22.5
Dt 12.20
Nm 20.19
Jr 6.10
Êx 32.30
11. נֵּ ְלכָה ַאח ֲֵּרי אֱֹלהִים ֲאח ִֵּריםSigamos outros deuses.
Dt 13.3
18. שבָה
ֻ ֶּ֫ ָ ֶּ֫קּומָה ְונLevanta-te e voltemos.
Jr 46.16
Sl 9.14–15
Gn 18.30; cf. v 32
1Rs 22.7
Is 41.26
6. ירה
ָ ש ִֶּ֫ב
ְ ַּ ָמתַּ י יַּעֲב ֹר ה ֶַּּ֫ח ֹדֶש ְונQuando passará a lua nova para
שבֶר ֶ ֶּ֫ vendermos o grão?
Am 8.5
Em sentenças condicionais, o coortativo pode ser usado ou na prótase (## 7–9) ou na apódose
(## 10–12).
Sl 139.8
8. אִם־ ֲאדַּ ב ְָרה ֹלא־י ֵּ ָחשְֵּך ְכא ִ ֵּ֑ביSeeu falar a minha dor não
cessa.
Jó 16.6
Jó 19.18
Is 27.4
p 576 11. מִי־י ִתְ ֵֶּּ֫ננִי ַּב ִמדְ בָר מְלֹון א ְ ָֹֽרחִיםOxalá tivesse no
deserto uma
ְו ֶא ֶעזְבָה ֶאת־ ַּעמִיestalagem de caminhantes!
Então deixaria o meu povo.
Jr 9.1
12. אּולַּי יְפֻתֶ ה וְנּו ְכלָה לֹו ְונִ ְקחָהBem pode ser que se deixe
Jr 20.10
34.5.3 Pseudo-Coortativo
a A forma do coortativo, às vezes, é usada onde está faltando um sentido apropriado. O
uso de uma forma única para denotar tanto modos volitivos quanto indicativos não pode ser
facilmente explicado. Padrões divergentes semelhantes de yaqtula estão provados nas cartas
de Amarna de Biblos; Moran prudentemente oferece esta explicação: “Podemos somente
sugerir que em sentenças de resultado intencional a idéia de realização verdadeira começou a
substituir a de intenção, todavia não completamente, e assim (u[‘e’]) yaqtula, ainda aceito
como indicando um resultado desejado, expressa um resultado real somente depois de uma
sentença na primeira pessoa.” Esse uso no cananeu primitivo exclui a sugestão de alguns dos
hebraístas mais antigos que, em certas passagens, o coortativo não denota impulso interno,
mas compulsão externa e seria traduzido por “deve” (Driver antes tinha recusado esta
sugestão tanto desnecessária quanto improvável).
b O pseudo-coortativo (como podemos chamar essa forma) pode ser usado para se referir
ao tempo passado, sem waw relativo (## 1–3) ou com ele (## 4–6). A última combinação é
relativamente comum (cerca de noventa ocorrências) tem uma distribuição irregular na Bíblia.
A presença dessa construção num texto não pode ser usada para datá-lo, porque por um lado,
yaqtula é usado no cananeu de Biblos para tempo passado, e por outro lado, a combinação é
amplamente usada nos Manuscritos do Mar Morto. A combinação, também, ocorre em alguns
textos pré-exílicos, mas não em alguns livros pós-exílicos (e é ainda faltando em textos
sinópticos pós-exílicos evidenciando a forma). A combinação é também usada em situações
gnômicas (traduzida com o tempo presente inglês; ## 7–8) e com referência a tempo futuro (#
9).
p 577 1. ָאפּונָה׃
ֶּ֫ שאתִ י ֵּא ֶֶּ֫מיָך
ָ ֶּ֫ ָנQuando sofro os teus terrores,
fico perturbado.
Sl 88.16
Pv 7.7
4. … ָו ַּאצִל ֶאתְ כֶם ִמּי ַּד ִמצ ְֶַּּ֫רי ִםE vos livrei das mãos dos
ת־ַארצָם׃ וָאֹמ ְָרהְ ָו ֶאתְ נָה ָלכֶם ֶאegípcios… e a vós dei a sua
terra, e vos disse:…
Jz 6.9–10
Gn 43.21
Jó 29.17
Is 59.10
8. ש ְכבָה
ְ נַּ ְפשִי בְתֹוְך ְל ָבאִם ֶאA minha alma está entre leões.
Sl 57.5
9. ש ְמעָה
ְ ֶה־נ֑ס ֶא
ֵּ עַּד־ ָמתַּ י ֶא ְראAté quando verei a bandeira, e
קֹול שֹופָר׃ouvirei a voz da trombeta?
Jr 4.2
a Depois de um imperativo uma forma verbal não precedida por seu sujeito ou uma
partícula negativa é, normalmente, ou um jussivo (## 1–2) ou um coortativo (## 3–5; cf.
34.5.2b). Onde uma forma de conjugação de prefixo não é marcada morfologicamente nesse
contexto pode ser considerado como tendo força jussiva (# 6) ou coortativa (# 7; 34.1d n. 3). A
segunda forma volitiva significa propósito ou resultado, em contraste com a seqüência
imperativo + imperativo (cf. ## 3, 10). Uma cadeia de jussivos ou coortativos pode seguir um
imperativo. Quando o verbo depois de um imperativo é precedido por seu próprio sujeito (##
8–9) ou por uma partícula negativa (# 10), é usualmente uma forma não perfectiva, com um
sentido volitivo.
p 578 2. הֹוצֵּא ֶאת־ ִבנְָך ְוי ָ֑מ ֹתTira para fora teu filho, para
que morra.
Jz 6.30
Gn 17.1–2
ְ ִלqueimemo-los bem.
ש ֵּר ָ ֑פה
Gn 11.3
Gn 23.13
1Rs 13.18
1Sm 17.37
Gn 42.2
b A partícula é encontrada com uma forma volitiva e ( ִהנֵּה## 1–2), ( אִם## 3), e ( עַּתָה#
4); –nāʾ é ligada à partícula lógica para הנהe אםe ao verbo para ( עתהe muitas vezes p 579
também para ;הנה## 1–2). Ode também ser ligada à negativa ( אל## 3). A combinação הנ ֵּה־ ִ
נָאé encontrada em contextos não volitivos (## 5–6). O coortativo de solução é seguido por
( נא## 7–8). Em ordens que são precedias ou seguidas por uma justificativa (## 9–11), נאé
também encontrada. O n é às vezes dobrado depois de uma sílaba que termina em vogal (##
7–8, confronte ## 9, 11).
Gn 16.2
3. אִם־נָא ָמ ֶָּ֫צאתִ י חֵּן ְבעֵּי ֶֶּ֫ניָך ַאל־Se agora tenho achado graça
נָא תַּ ֲֽעב ֹר ֵּמעַּל ַּע ְב ֶֶּ֫דָך׃aos teus olhos, rogo-te que não
passes de teu servo.
Gn 18.3
5. ִהנֵּה־נָא ָמצָא ַּעבְדְ ָך חֵּן ְבעֵּינֶיָךEis que agora o teu servo tem
וְָאנֹכִי ֹלא אּוכַּל ְל ִה ָמלֵּטachado graça… mas não posso
escapar.
Gn 19.19
2Rs 2.19
7. א ֲֵּרדָ ה־נָה ְוא ְֶראֶהDescerei agora e verei.
Gn 18.21
8. ָאס ָֻרה־נָא ְוא ְֶראֶה ֶאת־ ַּהמ ְַּראֶהAgora me virarei para lá e verei
ַּהגָד ֹל ַּה ֶז֑הesta grande visão.
Êx 3.3
9. הֲֹלא ֲאח ֹתָ ּה ַּה ְק ַּטנָה טֹובָהPorém não é sua irmã mais
ִמ ֶֶּ֫מנָה תְ הִי־נָא לְָך ַּתחְתֶֶּ֫ יהָ׃nova, mais formosa do que ela?
Toma-a, pois, em seu lugar.
Jz 15.2
10. הֲֹלא כָל־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ ְל ָפ ֶֶּ֫ניָך ִה ֶָּּ֫פ ֶרדNão está toda a terra diante de
נָא ֵּמע ָָל֑יti? Eia, pois, aparta-te de mim.
Gn 13.9
11. ִאמ ְִרי־נָא ֲא ֶּ֫ח ֹתִ י ָאתְ ְל ֶַּּ֫מעַּןDize, peço-te, que és minha
ֵּ י ִיטַּב־לִי ַּבעirmã, para que me vá bem por
ֲבּורְך
tua causa.
Gn 12.13
p 580 35
Infinitivo Absoluto
35.1 Formas de Verbos Não-finitos
2.1 Forma
2.2 Significado
35.3 Usos Nominais
b Os termos infinitivo absoluto e infinitivo construto estão abertos à objeção. Eles não
seriam construídos para significar que o “absoluto” é reduzido em certos meios lingüísticos ao
“construto”, como acontece no caso de um substantivo que fica diante de outro substantivo
no caso genitivo (veja 9.2). Antes, para julgar dos seus padrões historicamente característicos
nominais, de suas funções no Hebraico Bíblico, e dos usos semelhantes do infinitivo em outras
línguas semíticas, essas duas formas são historicamente distintas e sem relação. No semita
mais primitivo o padrão nominal que desenvolveu no Hebraico no Qal infinitivo absoluto qātôl
/ qātôl era *qatāl, e o padrão nominal que desenvolveu no infinito construto qətôl era ou *qtul
ou *qutul.
35.2.1 Forma
a Entre os muitos usos no Hebraico Bíblico, o infinitivo absoluto pode intensificar um verbo
finito, servem como uma palavra de ordem, funcionam como um verbo finito. Formas relativas
no acádico, árabe e ugarítico semelhantemente servem para intensificar um verbo finito ou
uma palavra de ordem; e nas línguas semitas do noroeste (o ugarítico, o fenício e o cananeu de
Amarna) tais formas podem funcionar como verbos finitos.
b O padrão do infinitivo absoluto Qal, qātôl, é levado para outros graus, por exemplo,
Niphal nilḥōm, ‘lutar’ e Piel yāssôr ‘retificar.’ Em outro lugar nos chamados graus p 582
derivados, talvez refletindo o uso do infinitivo absoluto Qal, como uma palavra de ordem, os
infinitivos absolutos são idênticos aos imperativos, por exemplo, Niphal himmāṣēʾ, Piel bārēk,
Hiphil haśkêl, Hithpael hitnaśśēʾ. O Niphal e o Piel são os únicos graus padrões variantes
infinitivos absolutos.
d Às vezes, o infinitivo absoluto Qal é assim usado com uma forma de um grau diferente.
Isto é comum com o Niphal (Êx 19.13; 21.20, 22, 28; 22.11, 12; 2Sm 23.7; Is 40.30; Jr 10.5;
34.3; 39.12; Mq 2.4; Na 2.13; Zc 12.3; Jó 6.2); observe o Hophal na expressão usual מת
ַּ יּו מֹות
(Êx 19.12, etc.). O infinitivo absoluto Qal também está incluído com outros graus, por exemplo,
com o Piel (2Sm 20.18), Hiphil (Gn 46.4, 1Sm 23.22, Is 31.5), e Hithpoel (Is 24.19).
e Separadamente da mistura dos infinitos absolutos Qal com outros graus, um infinitivo
absoluto é raramente usado com um verbo finito num grau diferente dele mesmo; ocorrem
exceções, por exemplo, Hophal com Niphal (2Rs 3.23), Hophal com Pual (Ez 16.4), Piel com
Hiphil (1Sm 2.16), e Pilpel com Hithpael (Jr 51.58).
35.2.2 Significado
a Infinitivos, em contraste com formas de verbos finitos, não requerem sufixos que
limitem a situação denotada bela raiz com referência ao agente ou circunstâncias sob as quais
a ação acontece. Antes, eles denotam a ação verbal simples ou um estado no abstrato. Visto
que os infinitivos hebraicos ocorrem nos graus verbais, eles estão limitados com respeito ao
grau definido Aktionsart, embora como vimos o infinito absoluto do Qal é usado com outros
graus.
b Infinitivos são híbridos, substantivos verbais, e como tais são incluídos com as outras
palavras em conjuntos onde esperaríamos ou um verbo ou um substantivo. Às vezes eles são
incluídos em ambos ao mesmo tempo. Considere este exemplo:
O infinitivo absoluto רגום está incluído com o verbo principal יומת como um acusativo
adverbial, qualificando como a ação será executada, e ao mesmo tempo é incluído tanto com
seu sujeito quanto com seu objeto.
e. O infinitivo absoluto é usado muito menos do que o infinito construto na maioria dos
usos freqüentes dos substantivos, isto é, como um sujeito na função nominativa, como
um genitivo, ou na função acusativa.
e Antes de voltar a essas espécies, precisamos observar, além disso, que o infinitivo
absoluto não é normalmente negado; uma partícula negativa, onde é necessária, é
normalmente colocada diante do verbo finito:
Êx 34.7
Dt 21.14
a Os gramáticos mais antigos não tiveram nenhuma dúvida de que quando um infinitivo
absoluto intensifica um verbo, ele é usado como uma espécie acusativo interno.
Recentemente, 1978, quando Ernst Jenni ainda se referiu a essa forma como um objeto
interno. Em ugarítico, contudo, onde o exemplo pode ser formalmente identificado em formas
das raízes final-aleph (= lâmed-aleph), que indicam a vogal final, esse uso do infinitivo absoluto
ocorre com o caso nominativo; por exemplo, ǵmʾu ǵmʾit (para ser vocalizado *ǵamāʾu,
infinitivo absoluto com nominativo u, ǵamiʾtī), ‘tu (f.) certamente estás com sede.’ Neste
ponto de vista, Rudolf Meyer trata apropriadamente do uso correspondente hebraico do
infinitivo absoluto como “uma aposição nominal verbal que permanece no nominativo
isolado.” Por esta razão a construção pode ser analisada como absoluta na função nominativa.
b Porque nesse uso o infinitivo absoluto partilha a raiz verbal (usualmente) e o grau verbal
do verbo finito que acompanha, o uso diz-se ser paronomástico, isto é, baseado na ação da
palavra, ou para mostrar o schema etymologicum. Por incluir o infinitivo paronomástico com o
verbo, a idéia verbal é intensificada. O efeito do infinitivo se refere à sentença inteira, donde
vem o termo complemento absoluto. O infinitivo usualmente enfatiza não o significado
denotado pela raiz do verbo, mas a força do verbo no contexto. Quando o verbo faz uma
afirmação, seja qual for o seu aspecto, a noção de certeza é reforçada pelo infinitivo (p. ex.,
com afirmação, contraste, concessão, ou clímax). Por contraste, se o verbo no contexto é
irreal, o sentido de irrealidade (p. ex., dúvida, suposição, modalidade, ou volição) torna-se
mais convincente. As conjugações verbais podem expressar tanto afirmativa quanto
irrealidade. Usualmente, o infinitivo intensivo com uma conjugação perfectiva vigorosamente
apresenta a certeza de um evento completado, como em ט ַֹּרף טָר ֹף, ‘Sem sombra de dúvida,
ele foi despedaçado’ (Gn 37.33). Com a conjugação não-perfectiva o infinitivo absoluto muitas
vezes enfatiza que uma situação aconteceu, ou acontece, ou acontecerá. Mas uma vez que o
não-perfectivo é usado para irrealidade e volição, o infinitivo absoluto pode intensificar o
sentido de irrealidade em conexão com aquela conjugação. Não há, contudo, uma combinação
precisa entre a força do infinitivo e a conjugação do verbo finito. Tanto a conjugação pode
representar uma situação como real quanto irreal e portanto o infinitivo pode enfatizar ou o
sentido ou a conjugação. Referimo-nos a este uso do infinitivo como infinitivo intensivo.
p 585 c Estudiosos debatem se o infinitivo absoluto pode sempre intensificar a raiz verbal.
Jenni nega-o, enquanto Paul Joüon e S. Riekert afirmam-no. Concordamos com os últimos
eruditos, embora observando que este uso é raro.
1Sm 9.6
5. ְו ָה ְמ ֵּל ַּח ֹלא ֻה ְמ ֶַּּ֫לחַּתְ ְו ָהחְתֵּ ל ֹלאNem tão pouco foste esfregada
ֻת ְלתְ׃ ָֽ ָ חcom sal, nem envolta em faixas
(Pual perf. + Hophal inf. abs.).
Ez 16.4
Jz 20.39
Nm 23.11
11. ו ֶַּּ֫ת ֹאמֶר הָֹלְך ֵּאלְֵּך ִע ָמְך ֶאפֶס כִיE disse ela: “Certamente irei
contigo. Mas…”
Jz 4.9
12. … ָאמֹור ָא ֶַּּ֫מ ְרתִ י בֵּיתְ ָךNa verdade, tinha dito eu que a
ַּד־עֹול֑ם ְועַּתָה
ָ י ִתְ ַּהלְכּו ְל ָפנַּי עtua casa e a casa de teu pai
andariam diante de
perpetuamente. Porém agora.…
1Sm 2.30
13. ָאנֹכִי א ֵֵּּרד ִע ְמָך ִמצ ְֶַּּ֫ריְמָה וְָאנֹכִיE descerei contigo ao Egito, e
ַא ַּעלְָך גַּם־ע ָֹ֑להcertamente te farei tornar a
subir.
Gn 46.4
O clímax de uma série de situações pode ser assinalado com o infinitivo absoluto pospositivo,
precedido por ( גם## 14–15).
14. וַּּיֶּ֫ אכַּל גַּם־ָאכֹול ֶאת־ ַּכ ְס ֵֶּּּ֫פנּו׃Pois, vendeu-nos, e comeu todo
o nosso dinheiro.
Gn 31.15
Nm 16.13
16. ֲהמָֹלְך תִ מְֹלְך ָע ֵֶּּ֫לינּו אִם־ ָמשֹולTu, pois, reinarás sobre nós? Tu
תִ ְמש ֹל ֶּ֫ ָ ֑בנּוdeveras terás domínio sobre
nós?
Gn 37.8
2Sm 19.43
Is 50.2
Nm 12.14
20. אִם־ ִה ָּפ ֵּקד י ִ ָּפ ֵּקדSe vier a faltar…
1Rs 20.39
22. ַאף כִי לּוא ָאכ ֹל ָאכַּל הַּּיֹוםSe somente as tropas tivessem
ָהעָםcomido hoje…
1Sm 14.30
Jó 6.2
25. ישּון
֑ מִי־י ִתֵּ ן ַּהח ֲֵּרש תַּ ח ֲִרOxalá vos calásseis de todo!
Jó 13.5
h Relacionado aos usos tanto afirmativos quanto volitivos do infinitivo está seu uso com
ordens e advertências; como veremos abaixo, o infinitivo pode ficar sozinho como uma palavra
de ordem. Com outras ordens, o infinitivo geralmente é prepositivo com formas de prefixo (##
26–29) e pospositivos com imperativos (# 30; cf. # 9).
p 588 27. הֹו ֵּכ ַּח תֹוכִי ַּח ֶאת־ ֲעמִיתֶ ָך וְֹלא־Não deixarás de repreender teu
תִ שָא ָעלָיו ֵּחטְא׃próximo, e nele não sofrerás
pecado.
Lv 19.17
Êx 21.28
Dt 6.17
Is 55.2
Jr 22.10
Nm 11.32
33. ָאביָך
֑ ִ ֶּ֫ כִי־נִכְס ֹף נִ ְכ ֶַּּ֫ספְתָ ה ְלבֵּיתPorquanto tinhas saudades (de
voltar) à casa de teu pai.
Gn 31.30
34. ֹלא־סכְתִ י
ָ ֶּ֑֫ וְסֹוְךNem me ungi com ungüento.
Dn 10.3
35. ַּויְהִי ַּאְך י ָצ ֹא יָצָא יַּעֲק ֹב מֵּ אֵּתApenas Jacó acabava se sair da
… ְּפנֵּי י ִ ְצחָק … ְו ֵּעשָו … בָאface de Isaque… Esaú …veio!
Gn 27.30
Jz 7.19
3. שכֵּב אֹותָם
ְ ַּוי ְ ַּמדְ דֵּ ם ַּב ֶֶּ֫חבֶל ַּהE os mediu com dois cordéis
para os matar.
2Sm 8.2
Jr 22.19
Nm 15.35
b Um verbo finito pode ser incluído com um infinitivo absoluto paronomástico que está
coordenado com outro, um infinitivo absoluto não-paronomástico (## 6.15). Os hebraístas não
estão unânimes acerca do significado dos dois infinitivos nessa espécie de construção. Alguns
pensam que os compostos expressam invariavelmente continuação, ação contínua, ou
repetição de ação denotada pelo verbo principal, enquanto outros sugerem simplesmente que
o infinitivo não-paronomástico expressa alguma outra qualificação para a ação. Joüon sugere
que os infinitivos representam ação simultânea com o verbo principal. Nessa construção
podemos ver a coordenação de um infinitivo intensivo (o membro paronomástico) e um
infinitivo adverbial (o membro não-paronomástico).
Jz 14.9
7. ִב ְמ ִסלָה ַאחַּת ָהלְכּו הָֹלְך ְוגָעֹוE seguiam um mesmo caminho,
andando e berrando.
1Sm 6.12
2Sm 5.10
Gn 8.3
Jr 7.13
15. ַּהנְ ִבאִים ֲאשֶר ָאנֹכִי ש ֹ ֵּל ַּחOs profetas que eu vos enviei,
ְ ֲאלֵּיכֶם ְו ַּהmadrugando e enviando.
שכֵּם ְושָֹל ַּח
Jr 26.5
1Rs 20.37
18. ְונָגַּף יהוה ֶאת־ ִמצ ְֶַּּ֫רי ִם נָג ֹףO Senhor ferirá o Egito com
ו ְָר ֑פֹואuma praga; ele os ferirá e os
curará.
Is 19.22
A narrativa mais ampla do # 16 mostra claramente que o profeta pretendia que o homem o
ferisse de tal maneira que ele não pudesse ser reconhecido. No contexto do # 17 duas espécies
de erradicação estão em vista: uma erradicação que não está além da recuperação p 591 (vv.
14–17) e uma erradicação que está além da recuperação (v. 17). A ameaça de ferir o Egito no #
18 é expressa em um contexto que promete a restauração do Egito. O pensamento pode ser
expresso em português por uma negativa: “Eu não ferirei o Egito além da recuperação”. Nada
nesse contexto sugere que o infinitivo paronomástico significa ação contínua ou iterativa. A
identificação do infinitivo paronomástico como o infinitivo intensivo que dá proeminência à
idéia verbal, que é então qualificada pela construção adverbial coordenada, é oposta em cada
contexto.
Jó 6.25
1Sm 15.23
5. ש ֵּקט ָו ֶֶּ֫בטַּח
ְ ַּועֲב ֹדַּ ת ַּהצְדָ קָה ַּהA operação da justiça repouso e
segurança.
Is 32.17
ַּכלֵּה׃sírios em Afeca.
2Rs 13.17
7. ש ֑ת ֹה
ָ וְַאח ֲֵּריdepois que beberam
1Sm 1.9
8. שמֵּד
ְ ְב ַּמ ְט ֲאטֵּא ַּהcom vassoura de perdição
Is 14.23
Pv 1.3
p 592 b Um infinitivo absoluto pode ser usado numa variedade de funções de acusativo:
objeto direto (## 11–13), acusativo adverbial de estado (# 14) ou especificação (# 15), e numa
construção de duplo acusativo (# 16). Esses usos de acusativo adverbial diferem daqueles
discutidos acima (35.3.2) em que ali o infinitivo descreve as circunstâncias concomitantes do
verbo.
12. שכֵּל
ְ נָתַּ ן ָלהֶם ָהאֱֹלהִים ַּמדָ ע ְו ַּהDeus lhes deu o conhecimento
e a inteligência.
Dn 1.17
13. חֲלֹוא ז ֶה צֹום ֶא ְבח ֶָרהּו ַּּפ ֵּת ַּחPorventura não é este o jejum
ח ְַּרצֻבֹות ֶֶּ֫רשַּעque escolhi? Que desfaças as
ataduras do jugo…
Is 58.6
16. ש ֵֶּּ֫מנּו
ִ ְ ְסחִי ּומָאֹוס תComo cisco e rejeitamento nos
puseste no meio dos povos.
Lm 3.45
a Alguns infinitivos absolutos (principalmente Hiphils) têm-se tornado advérbios; esses são
semelhantes aos complementos adverbiais tais como ( הָלֹוְך35.3.2), diferindo em que eles
podem ocorrer com uma variedade tipos de verbos. Esses infinitivos incluem ‘ הֵּיטֵּבbem,
perfeitamente’ (## 1–2), ‘ ה ְַּרבֵּהmuito’ (muitas vezes ;מְא ֹד# 3), ‘ ה ְַּרחֵּקà distância’ (# 4),
שכֵּם
ְ ‘ ַּהcedo’ (# 5), e ‘ ַּמהֵּרrapidamente’ (# 6). Um infinitivo adverbial pode modificar um
infinitivo complemento adverbial (# 2).
1. ֵּיטב
֑ ֵּ ְושַָאלְתָ הEntão inquirirás com diligência.
Dt 13.15
Js 3.16
p 593 5. ְמבָדֵּ ְך ֵּרעֵּהּו בְקֹול גָדֹול ב ֶַּּ֫ב ֹקֶרO que bendiz ao seu amigo, em
ַּהש ְֵּכ֑יםalta voz, madrugando pela
manhã…
Pv 27.14
Êx 32.8
a O infinitivo absoluto pode ser usado para “representar” uma variedade de outras formas
de verbo; esse uso de substituição é uma função do caráter não-finito da forma. Pode “repor”
formas de ordem, verbos finitos, particípios, ou infinitos construtos.
a O infinitivo absoluto usado como uma palavra de ordem ou como uma interjeição é
assindético e inicia sua sentença. O uso da forma como um volitivo é extremamente antigo,
para julgar dos usos comparáveis em outras línguas semitas. Num hebraico mais recente
desapareceu, como é mostrado no Cronista (em contraste com o Deuteronomista) e do
Pentateuco Samaritano. Nesse uso ele expressa predominantemente ordens divinas e/ou
proféticas: ordens legislativas (## 1–2), ordens divinas (## 3–6), ou jussivo legislativo (# 7).
Dt 1.16
2. שבָת
ַּ ז ָכֹור ֶאת־יֹום ַּהLembrai-vos do dia de Sábado.
Êx 20.8
Nm 4.2
Êx 12.48
a A função do infinitivo absoluto como verbo finito varia, dependendo do uso do waw.
Sem a conjunção o infinitivo não tem nenhuma conexão formal ou conceptual com a
declaração precedente. Pode ser usado pelo coortativo (## 1–2), jussivo (## 3), perfectivo (##
4), e não-perfectivo (# 5), e em ditos proverbiais (## 6–8, cf. ## 2–3). Todos os exemplos
narrativos citados aqui (## 1, 4–5) ocorrem no discurso direto.
Is 22.13
Pv 17.12
4. ו ֶַּּּ֫י ֹא ֶמר ֵּמ ָהחֵּל ַּהתְרּומָה ָלבִיאDisse ele: Desde que essa oferta
בֵּית־יהוה ָאכֹול ְושָבֹועse começou a trazer à casa do
Senhor, houve que comer e de
que se fartar.
2Cr 31.10
2Rs 4.43
Jó 15.35
Pv 15.22
8. ש ָמע׃
ְ ִ ּפָקֹו ַּח ָאז ְ ֶַּּ֫ני ִם וְֹלא יTu
vês muitas coisas, mas não
as guardas.
Is 42.20
p 595 Às vezes esses infinitivos parecem funcionar como interjeições, isto é, como raízes
simples num discurso rápido e animado com característica de exclamação. O infinitivo
absoluto sem waw pode servir em lugar de um verbo finito enfatizando expressões e
perguntas indignadas (## 9–11). Quando o infinitivo absoluto é usado como interjeição, o
leitor deve prover a pessoa apropriada e o aspecto na base de pertença semântica. A distinção
entre o uso do infinitivo como interjeição ou como advérbio é algo empanado e subjetivo. Por
exemplo, no # 11, os infinitivos seriam traduzidos como abaixo (ou como ‘Tu confias… Tu
concebes…’), ou seriam interpretados como advérbios qualificados e traduzidos: ‘Ninguém
clama por justiça…, confiando em argumento vazio e falando mentiras, concebendo
perturbação e dando à luz ao mal!’
Jr 7.9
Ag 1.9
11. שּפָט ְ ִאֵּין־ק ֵֹּרא ְב ֶֶּ֫צדֶ ק ְואֵּין נNinguém há que clame por
ֶּ֫ ֶב ֱאמּונָה בָטֹו ַּח עjustiça, nem ninguém que
ַּל־ת ֹהּו ְו ַּדבֶר־
compareça em juízo pela
שוְא הָרֹו ָעמָל וְהֹולֵּיד ֶָּ֫אוֶן׃ ָ verdade; confiam na vaidade e
falam mentiras! Concebem o
trabalho e produzem a
iniqüidade.
Is 59.4
c O propósito usado por essa construção pode ser usado também por outras construções;
seu uso pode ser explicado como uma expressão de desejo por uma variação estilística, mas
essa explicação não conta com sua predominância num hebraico bíblico recente. Rubinstein
sugere que é o resultado do desaparecimento de formas de waw-consecutivo em hebraico
recente: “É pelo menos significativo que a maioria predominante de nossos exemplos o
infinitivo absoluto ocorre precisamente no ponto onde se poderia esperar uma transição para
forma consecutiva apropriada do verbo”. Sua nova tese de que a substituição não pertence ao
texto original mas ao trabalho de escribas e copistas carece de evidência convincente.
p 596 d Esse uso do infinitivo absoluto, ligado com waw e funcionando em lugar de um
verbo finito, aproxima de perto seu uso como um complemento adverbial, pois nas duas
construções o infinitivo qualifica um verbo principal. As construções são distinguidas pela
presença ou ausência de um waw conjuntivo. Sem waw o infinitivo é adverbial, qualificando a
mesma situação como o verbo; com waw o infinitivo é usado como um verbo finito e
representa uma situação subordinada ao verbo principal. Em Jr 22.19 (35.3.2 # 4), por
exemplo, os infinitivos adverbiais שלְֵּך
ְ סָחֹוב ְו ַּה ‘arrastados e lançados para bem longe,’
embora coordenados um ao outro, não são coordenados com o verbo e deste modo qualificar
diretamente a situação י ִ ָקבֵּר ‘será enterrado.’ Na construção presente o infinitivo é
coordenado com o verbo principal e representa uma situação distinta da subordinada a ele; o
infinitivo absoluto com waw apresenta uma situação separada daquele representada pelo
verbo finito, embora aquele verbo especifique a pessoa e o aspecto do infinitivo. O infinitivo
pode se encontrado em seqüência com uma forma perfectiva (## 12–13), uma forma não-
perfectiva (## 14–15), um jussivo (# 16), uma forma wəqtl (## 18), um particípio (35.5.3), ou
um infinitivo construto (35.5.4).
Lv 25.14
15. שבַּע
ָ ֶּ֫ אִיש כִי־י ִד ֹר ֶֶּ֫נדֶ ר … אֹו־ ִהQuando uma mulher fizer um
ש ֻבעָה ְ …voto.…ou tomar um
juramento…
Nm 30.3
16. י ְ ַּבקְשּו … ְוי ַּ ְפ קֵּד ַּה ֶֶּ֫מלְֶךBusquem-se… e ponha o rei
comissários.…
Et 2.2–3
18. ַּוּי ְַּרא ּפ ְַּרע ֹה כִי … ְו ַּה ְכבֵּד ֶאת־Faraó viu que.… e ele
a O infinitivo absoluto pode funcionar como particípio, embora esse uso seja difícil de
distinguir de um uso acusativo adverbial. Os exemplos característicos envolvem ou uma
sentença sem verbo (# 1) ou uma mistura de infinitivos e particípios juntos (## 2–3).
Ez 1.14
Et 8.8
3. ַּה ָבנִים ְמ ַּל ְקטִים ֵּעצִים וְהָ ָָֽאבֹותOs filhos apanham a lenha, e os
ְמ ַּבע ֲִרים ֶאת־ ָהאֵּש ְו ַּהנָשִיםpais acendem o fogo, e a
mulheres amassam a farinha.…
לָשֹות ב ֵּ ָ֑צק … ְו ַּהסְֵּך נְ ָסכִיםe oferecem libações.…
Jr 7.18
35.5.4 Como Infinitivo Construto
Is 42.24
2. שתֹו
ָ ַּו ֵֶּּּ֫ישֶב ָהעָם ֶלאֱכ ֹל ְוE o povo assentou-se a comer e
a beber.
Êx 32.6
3. בְתִ תְָך לֹו ֶֶּ֫להֶם ְו ֶֶּ֫ח ֶרב ְושָאֹול לֹוpois deste-lhe pão e espada, e
בֵּאֹלהִיםconsultaste para ele a Deus.
1Sm 22.13
p 598 36
Infinitivo Construto
36.1 Forma e Significado
1.1 Forma
1.2 Significado
36.2 Usos Nominais
36.1.1 Forma
Possessivo ז ַּ ֲע ֶֶּ֫קָךteu
clamor por ajuda (= tu
clamas por ajuda) (Is 30.19)
Am 1.11
2. ַּו ֶָּּ֫יטֶל שָאּול ֶאת־ ַּה ֲחנִית ָעלָיוMas Saul atirou-lhe com a lança
֑ ְלהַּכ ֹתֹוpara feri-lo (i.e., para feri-lo).
1Sm 20.33
Às vezes a ambigüidade é evitada usando אֶתdepois do infinitivo, por exemplo, א ֹתִ י ל ֶָּ֫דעַּת
‘me conhecer’ (Jr 24.7). Às vezes, no papel objetivo, um longo sufixo verbal (–ē hû em lugar de
–ô) é usado para a terceira pessoa masculina e um sufixo enérgico verbal para a segunda
pessoa masculino (–kka < –nka; cf. 31.7.2).
36.1.2 Significado
p 601 b O infinitivo construto pode representar cada parte nominal de uma oração. Numa
construção nominativa, usualmente é encontrado numa oração sem verbo, como sujeito (##
1–4) ou predicativo (# 5). O predicado é masculino até mesmo se o sujeito infinitivo tiver uma
forma feminina (## 1–2). É apropriado traduzir um infinitivo construto com um gerúndio
português em casos raros, como estes.
Gn 2.18
3. ְו ֶָּ֫לנּו ַּה ְסגִירֹו ְבי ַּד ַּה ֶֶּ֫מלְֶך׃Por nós será o entregar na mão
do rei (i.e., será nossa
responsabilidade entregá-lo
sobre a mão do rei).
1Sm 23.20
Gn 11.6
Dt 25.2
7. שת לֵּדָה
ֶ ֵֶּּ֫אuma mulher de parto (i.e., uma
mulher em trabalho)
Jr 13.21
Gn 29.7
Gn 40.20
p 602 d Numa construção acusativa, construtos infinitivos são comuns como objetos ou
acusativos adverbiais. O infinitivo pode ocorrer como uma palavra objetiva com um verbo;
esta forma é habitualmente chamada de complemento verbal porque o infinitivo é um
componente obrigatório para “completar” a situação do verbo (## 10–12).
Gn 4.12
11. ֹלא נּוכַּל דַּ בֵּר ֵּא ֶֶּ֫ליָךNós não podemos falar a ti.
Gn 24.50
Outros verbos que governam complementos verbais incluem ‘ אבהestar disposto’ (Dt 2.30,
10.10), בקשPiel ‘procurar’ (Êx 4.24), ‘ ידעconhecer (como)’ (1Rs 3.7), ‘ מאןrecusar’ (Nm
20.21), ‘ נתןpermitir, causar’ (Nm 20.21). Quando o infinitivo construto ocorre com verbos que
tenha uma força distintamente adverbial (denotando lugar, tempo, maneira, etc.), ocorre mais
bem construído como um acusativo adverbial (## 13–15); a construção usualmente será
traduzida interpretando o infinitivo como um verbo finito e o verbo finito ou particípio por um
advérbio.
Gn 31.28
Êx 2.18
15. ּו ֵּמטִב נ ֵַּּג֑ןumque tange bem com
respeito a tocar (i.e., um que
toca bem)
Ez 33.32
e Como um substantivo o infinitivo construto pode ser definido, ocorrendo não somente
com sufixos mas também com o artigo, ( כ ֹלnotadamente posterior no hebraico bíblico), etc.
Nm 4.12
Esd 1.6
Gn 2.9
Js 2.5
20. שמִיד
ְ נִ ְמ ֶַּּ֫כ ְרנּו … ְל ַּהPorque nós fomos vendidos…
para ser destruído.
Et 7.4
21. ֹלא־י ֵּ ָעשֶה כֵּן ִבמְקֹו ֵֶּּ֫מנּו לָתֵּ תNão é feito em nossa terra dar
(i.e., que demos)…
Gn 29.26
Êx 9.16
g O negativo com o infinitivo construto geralmente é )( לְ) ִבלְתִיraramente ) ְבלִי, uma
forma nominal com o genitivo arcaico com o final î (# 23). בְֹלאé usado, essencialmente com o
significado ‘sem’ (# 24). No hebraico posterior se encontra ל
ְ וְֹלא, אֵּ ין ְל, e אֵּין.
23. שר צּוִתִֶּ֫ יָך ְל ִבלְתִ י ֲאכָל־ ִמ ֶֶּ֫מנּו
ֶ ֲאde
que te ordenei para não
comer
Gn 3.11
a “O uso mais importante do infinitivo construto”, como Ernst Jenni observa, “é seu uso
depois de preposições no lugar de uma oração subordinada (com conjunção e verbo finito)”.
Ele compara os seguintes exemplos.
Gn 39.16
p 604 Estas orações temporais são equivalentes em sentido, e, já que a construção gerúndio é
complicada em português, a primeira construção é melhor traduzida, como a segunda,
empregando uma construção de oração subordinada.
b A preposição comumente usada com infinitivos é ל, por esta razão podemos discutila
separadamente (36.2.3). A construção ocorre com cada preposição, porém mais
freqüentemente com ב e כ, especialmente com um sentido temporal. Com o infinitivo
construto, בindica em geral a proximidade temporal de um evento para com o outro, כmais
especificamente precedendo imediatamente o tempo.
2Sm 5.4
1Rs 15.29
Sl 51.2
As orações infinitivas mais comuns, como observadas, são as temporais, envolvendo ( ב## 2, 4,
5), ( כ## 3, 6, 7), ( עד## 1a. 8), אחרe ( אחרי# 9) e ( מן# 10). Outro grupo de orações indica
relações lógicas, especificamente uma causa ou uma meta. Orações causais são governadas
por ( ב# 11), ( מן# 12), ( יען# 13) e ( על# 14). Orações finais ou resultantes são governadas
por ( למען# 15). Há dois tipos de orações negativas, separativa em ( מן# 16) e concessiva
(‘embora’) em ( על# 17). Assim, בpode ser temporal (## 2,4,5), causal (# 11); עלpode ser
causal (# 14) ou concessiva (# 17); e מןpode ser temporal (# 10) causal (# 12) ou separativa (#
16); o restante das preposições somente tem papel principal nas orações infinitivas.
5. שדֶה
ָ ַּויְהִי ִבהְיֹותָ ם ַּבeenquanto eles estavam no
campo
Gn 4.8
6. ַּויְהִי כ ְִרא ֹת ֶאת־ ַּה ֶֶּ֫נז ֶם … ַּוּי ָב ֹאQuando ele tinha visto o anel…
אֶל־ ָהאִישele saiu ao encontro do
homem.
Gn 24.30
7. שמֶש
ֶ ֶּ֫ כְבֹוא ַּהQuando o sol se puser
Dt 16.6
8. עַּד־ב ֹ ֲאכֶם עַּד־ ַּהמָקֹום ַּהז ֶה׃até que chegues a este lugar
Dt 1.31
p 605 9. ַאח ֲֵּרי הַּכ ֹתֹו אֵּת סִיחןDepois dele ter derrotado Siom
Dt 1.4
Dt 16.9
Dt 28.55
b A combinação pode ser encontrada em qualquer papel nominal numa oração. Num
arcabouço nominativo, geralmente é usado como um sujeito, numa oração sem verbo (## 1–2)
ou em orações com ( היה## 3–4).
2. ְואִם ַּרע ְבעֵּינֵּיכֶם ַּלעֲב ֹד אֶ ת־Se for mau a teus olhos adorar
יהוהYHWH
Js 24.15
3. כִי ֵּמ ֵּאת יהוה ָהי ְתָ ה ְל ַּחז ֵּק ֶאת־Porque de YHWHera o
ִלבָםendurecimento (de) o seu
coração (i.e., porque YHWH o
endureceu)…
Js 11.20
p 606 4. כִי ֹלא ָהי ְתָ ה ֶמ ַּה ֶֶּ֫מלְֶך ְל ָהמִי ֶאת־a morte (de) Abner não
ַא ְבנֵּרprocedera do rei
2Sm 3.37
Infinitivos com l podem servir também como complemento verbal, suprindo um verbo para
“completar” o verbo principal finito (## 5–9). Alguns verbos finitos geralmente governam
complementos em ( לe.g., ירא, # 5), embora outros possam governar infinitivos com ou sem
( לe.g., מאן, # 6; cf. 36.2.1d). Raramente um infinitivo com לé adverbial depois de um
substantivo (## 10–11).
5. שבֶת ב ְֶּ֑֫צֹועַּר
ֶ ֶּ֫ י ֵָּרא ָלEle
estava com medo de ficar
em Zoar.
Gn 19.30
Gn 24.25
11. כִי ּהּוא הַּנ ֹתֵּ ן לְָך כ ֹ ַּח ַּלעֲשֹותPor isto ele é que te dá força
c Orações infinitivas com לsão de tipos variados. Alguns destes tipos são análogos aos
formados com outras preposições, isto é, propósito, resultado e orações temporais. Outros
refletem a distintividade da combinação l, isto é, gerundivo, modal e orações imanentes.
d Orações ou frases de propósito, resultado e temporais podem ser vistas como servindo
ao papel de complementos verbais, embora com complementos de um tipo que pode ser
também especificado por uma oração subordinativa com um verbo finito. Propósito infinitivo
ou orações finais (# 12a) são semelhantes para orações de propósito com verbos finitos (#
12b).
1Rs 5.14
13a. ֑ ְו ָלבָן ָהלְַּך ִלגְז ֹז ֶאת־צ ֹאנֹוLabão foi tosquiar suas ovelhas.
Gn 31.19
13b. ַּו ֵֶּּּ֫י ֶרד יהוה ל ְִרא ֹת ֶאת־ ָהעִירYhwh desceu para ver a cidade.
Gn 11.5
O sujeito do infinitivo pode ser sujeito de um verbo principal (## 12a, 13a, 14) ou um
substantivo não envolvido naquela oração (# 15).
Dt 1.44
Ez 21.24
Orações resultantes expressam uma conseqüência do verbo principal (‘e assim; de forma que’;
## 16–19).
2Sm 14.20
18. ָלמָה ַּאתֶ ם עֹשִים ָרעָה גְדֹולָהPor que trazes grande mal
אֶל־נַּפְש ֹתֵּ כֶם … ְל ִבלְתִ י הֹותִ ירsobre eles… e assim os deixa
sem remanescente?
שא ִֵּרית׃ ְ ָלכֶם
Jer 44.7
19. ַּמדּו ַּע ָמ ֶָּ֫צאתִ י חֵּן ְבעֵּי ֶֶּ֫ניָךPor que achei tal favor aos teus
ִירנִי ֵֶּּ֫ ְל ַּהכolhos para que me notes?
Rt 2.10
p 608 20. ַּו ֶָּּ֫ישָב ַּהּי ָם ִלפְנֹות ֶּ֫ב ֹקֶר ְל ֵּאיתָ נֹוO
mar tornou ao seu fluxo ao
amanhecer.
Êx 14.2
Jz 19.26
Gn 24.63
23. ַּוּי ִתְ נַּבְאּו עַּד ַּלעֲלֹות ַּה ִמנ ָ ְ֑חהEles profetizaram até (o tempo
de) a oferta do sacrifício.
1Rs 18.29
24. עַּד לְבֹוא ֲחמָת׃até a entrada de Hamate
Js 13.5
25. ְו ַּל ִמז ְָרח יָשַּב עַּד־לְבֹוא ִמ ְד ֶָּ֫ב ָרהpara o leste ele ocupou a terra
até a entrada do deserto.
1Cr 5.9
Frases ou orações temporais podem complementar verbos que indicam um período de tempo
que se aproxima ( ;קרב# 26) ou a ser complementado ( ;כלה## 27–28).
Gn 47.29
1Cr 29.29
1Sm 4.19
Dt 5.12
Dt 13.19
Gn 3.22
Sl 119.9
f Os sentidos modais das orações de l são encontrados nas orações sem verbos ou orações
com י ֵּשou אֵּין. Usualmente uma frase preposicional também é usada, geralmente com l (para
indicar possibilidade ou permissão; ## 33–38) ou ʿl (para indicar obrigação ou permissão; ##
39–40), embora outras preposições sejam também encontradas (## 41–43). Orações modais
sem frase prepositiva tendem ser usadas na poesia (## 44–45).
33. מֶה ַּלעֲשֹות לְָך ֲהי ֵּש לְדַּ בֶר־לְָךO que pode ser feito por ti?
אֶל־ ַּה ֶֶּ֫מלְֶךPodemos falar em teu favor ao
rei?
2Rs 4.13
36. ֹלא־לְָך ֻעז ִ ֶָּּ֫יהּו ְל ַּה ְקטִירNão é certo para ti, Uzias,
queimar incenso.
2Cr 26.18
37. י ֵּש לַּיהוה ֶָּ֫לתֶ ת לְָך ה ְַּרבֵּה ִמז ֶה׃YHWH pode te dar muito mais
do que isso.
2Cr 25.9
38. ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ ְואֵּין־ ֶָּ֫לנּו אִיש ְל ָהמִית ְביNenhum de nós tem direito
para matar um cidadão israelita
2Sm 21.4
2Sm 18.11
Ec 3.14
p 610 43. כִי אֵּין זּו ֶָּ֫לתְ ָך ִלגְאֹולE nenhum tem o direito para (a)
redimir exceto tu.
Rt 4.4
Is 5.4
45. שם
ֵּ הָס כִי ֹלא ְל ַּהזְכִיר ְבCale-se, não devemos
mencionar o nome
Am 6.10
46. ִיענִי
֑ ֵֶּּ֫ יהוה לְהֹושYHWH me salvará.
Is 38.20
Pv 19.8
a Um infinitivo construto pode manifestar seu caráter verbal de modos variados. Pode
estar associado apenas ao seu sujeito (## 1–2) seu objeto (## 3–5) ou preposição (## 6–7).
Menos freqüente, tanto o sujeito como o objeto seguem o infinitivo; o objeto pode ser não-
marcado (# 8) ou assinalado por ( את# 9) ou uma frase preposicional pode ser usada (# 10; cf.
10.2.1c–d).
Nm 35.6
2. ִירנּו׃
ֵֶּּ֫ לָמּות שָם ֲא ֶַּּ֫נחְנּו ּו ְבעde forma que nós e nosso gado
podemos morrer ali
Nm 20.4
Jz 9.2
8. בְיֹום עֲשֹות יהוה אֱֹלהִים ֶֶּ֫א ֶרץQuando Deus YHWH fez o céu e
ָ ְוa terra
ש ֶָּ֫מי ִם׃
Gn 2.4
Jó 34.8
Ed 3.12
Em muito de seus usos o infinitivo construto é seguido por um verbo finito.
3. ת־תֹורתִ י … וְֹלא־
ָ עַּל־ ָעזְבָם ֶאporque eles abandonaram
שמְעּו בְקֹולִיָ minha lei… e não obedeceram
minha voz
Jr 9.12
p 612 37
Particípios
37.1 Forma e Significado
a O particípio é assim chamado porque participa tanto das características nominais como
das verbais; é uma forma de verbo não-finito usado como um substantivo (especificamente,
como um adjetivo). O português tem dois particípios, o particípio presente (em –ndo; usado
para formar o verbo progressivo, # 1, e nas orações nominais, # 2) e o particípio passado (em –
do; usado para formar os verbos perfectivos com o auxiliar ‘ter’, # 3, e verbos passivos com o
auxiliar ‘ser,’ # 4). De acordo com os gramáticos tradicionais, a forma –ndo no português pode
servir como particípio, uma forma adjetiva, (# 5–6) ou gerúndio, uma forma substantiva (## 7–
8, cf. # 2). Às vezes gramáticos modernos questionam a utilidade desta distinção. Os variados
usos dos dois particípios dependem das características semânticas como também dos padrões
sintáticos.
1. Abraão estava caminhando de Ur.
b O hebraico tem dois tipos de particípios, ativo e passivo; a característica passiva derivada
dos sistemas que indicam a voz passiva (i.e., Niphal, Pual, Hophal) é independente desta
distinção nos particípios, e a ocorrência de um particípio passivo num determinado sistema
não é completamente previsível. Os particípios masculino singular Qal tem estas formas: ativo
fientivo קֹטֵּל, estativo ָקטֵּלe passivo ( קָטּולraramente ֻקטָלou )קִטֹול. Os particípios são
flexionados em número e grau e são usados tanto no estado absoluto como no construto; no
absoluto eles têm um caráter mais verbal e podem governar substantivos.
1Rs 3.9
11. ֹלא־ ָהי ָה דָ בָר נֶ ְעלָם מִן־ ַּה ֶֶּ֫מלְֶךNada estava escondido do rei.
1Rs 10.3
12. עַּל־הָרֹעִים הָרֹעִים ֶאת־ ַּעמִיcontra os pastores que
apascentam meu povo
Jr 23.2
a Algumas palavras com o paradigma qōtēl (5.2) são apenas usadas como substantivos,
embora outras são às vezes usadas como substantivos ou particípios. B. Kedar-Kopfstein tem
sugerido que considerações sintáticas, etimológicas e semânticas são relevantes em ambas
decisões quando um particípio é usado substantivamente (como um nomen agentis ou
substantivo ator) e a extensão de sua qualidade substantiva. A classificação de palavras das
partes do discurso descreve sua distribuição, isto é, seu potencial de ocorrer numa oração
relativa com a ocorrência de outras palavras na mesma oração (4.2.2). Quando um particípio
se relaciona com outras palavras na mesma oração de modo que o associamos a substantivos,
freqüentemente ele funciona como um nomen agentis. Considere este exemplo.
Dt 16.18
b Os dois substantivos qōtēl poderiam ser substituídos prontamente por outras formas
nominais mas não tão prontamente por outras formas verbais. Por outro lado, no # 2, outro
verbo, em contraste com algumas outras classes de palavras, poderia ser substituído
prontamente por שֹפֵּט.
p 615 2. ְו ִה ֶַּּ֫ג ְדתִ י לֹו כִי־שֹפֵּט ֲאנִי ֶאת־E eu lhe falei que julgaria sua
בֵּיתֹו עfamília para sempre.
ַּד־עֹול֑ם
ָ
1 Sm 3.13
Gn 42.29
Jz 4.22
4. שתִ ים׃
ְ נִ ְל ָהמִים עִם־ ְּפ ִלpelejando com os filisteus
1Sm 17.19
Gn 25.28
7. ְדֹול֑ה
ָ ש ְמחָה ג
ִ ש ֵּמחִים
ְ ּוalegrando com grande alegria
1Rs 1.40
Jz 18.11
2Sm 15.32
12. נ ֹתְ נֵּי ַּל ְחמִי ּומֵּימַּיque (me) dê meu pão e minha
água
Os 2.7
Is 28.6
14. שעַּר־עִירֹו
ַּ ֶּ֫ ָבאֵּיque
tinha vindo ao portão de
sua cidade
Gn 23.10
Is 1.30
25. ְו ִהנֵּה ָהאִיש ְלבֻש ַּהבַּדִ יםO homem vestido com linho
Ez 9.11
26. נְשּוי־ ֶֶּּ֫פשַּעperdoado em relação a pecado
Sl 32.1
d Assim como um particípio pode ser seguido por um objeto no acusativo (o particípio
sendo absoluto) ou por um genitivo (o particípio sendo construto), da mesma forma os p 618
sufixos para o particípio podem ser genitivos ou acusativos. Os sufixos possessivos e acusativos
exibem formas diferentes apenas na primeira pessoa do singular, possessivo –î, objetivo– [ê]nî.
27. שי
ָ ֹ ַּאּי ֵּה אֱלֹו ִּה עOnde está Deus meu Criador?
Jó 35.10
Jó 31.15
Mas mesmo aqui é preciso cautela: “De fato, esta distinção é eliminada, visto que os sufixos
possessivo –ī, de acordo com a analogia dos sufixos restantes, podem também assumir um
significado objetivo”. Este nivelamento é aparente nos seguintes exemplos (o esperado
objetivo –ēnî, ## 30–32).
Jó 7.8
Sl 18.40
Embora o sufixo –î seja mais comum, uma confusão semelhante pode ocorrer com o sufixo
acusativo da primeira pessoa usado como possessivo (contraste שנ ִי
ֵּ ֹ עem Jó 32.22 com # 27).
O uso objetivo dos sufixos é comum (## 33–35); raramente, um particípio com um sufixo
governa outro objeto independente (## 36–37).
p 619 36. ִהנְנִי ַּמ ֲאכִילָם … ַּלע ֲָנ֑הEu os farei comer… absinto.
Jr 9.14
37. שנִי
ָ שכֶם
ְ ַּה ַּמ ְל ִבque vos vestia com escarlata
2Sm 1.24
De fato, esta diferenciação não é assim tão óbvia. Há casos em que o ponto de vista de Sellin
parece claro (contraste, e.g., ## 1–4, 6–7, porém não nos # 5 ou # 8, com os ## 12–13,19,
porém não nos # 14 ou # 24). Uma variedade de outros fatores parece estar envolvida, por
exemplo, em termos de definibilidade (contraste # 11 e # 25), assim estudos posteriores
parecem ter o seu lugar.
a Por adjetival pretende-se falar acerca do uso de um particípio numa oração em que
poderia ser substituído por um adjetivo, atributivo ou predicativo, e não por alguma outra
parte do discurso. Já que o particípio passivo possui algumas características distintivas nesta
função, analisaremos os particípios ativo e passivo separadamente.
1. כִי יהוה אֱֹל ֶֶּ֫היָך אֵּש א ֹ ְכלָה הּואQuanto a YHWH teu Deus, é um
fogo consumidor
Dt 4.24
c O particípio passivo pode ser usado tanto como um atributivo (# 2) quanto como um
adjetivo predicativo (## 3–5).
2. ּו ְבי ָד ֲחזָקָה ּו ִבז ְרֹו ַּע נְטּוי ָהcom uma mão poderosa e com
braço estendido
Dt 4.34
Is 17.2
Sl 111.2
6. שדּודָה
ְ בַּת־ ָבבֶל ַּהA filha de Babilônia, condenada
a destruição
Sl 137.8
9. ֶאת־כָל־ ַּה ֶֶּ֫כסֶף ַּהנִ ְמצָא ְב ֶֶּ֫א ֶרץ־todo o dinheiro que foi
Gn 40.3
Gn 39.20 Qere
Somente raramente, de acordo com Köning, qātûl designa a qualidade abstrata originada na
modificação, por exemplo, ‘ י ְדֻ עִיםexperiente, respeitado’ (Dt 1.13) e ‘ סּורrejeitado’ (cf. Is
49.21).
a O particípio pode ser usado como o equivalente de orações relativas (cf. ‘ouvidor,
alguém que ouve’). Uma oração relativa pode ser independente ou dependente (19.1c–d).
Uma oração relativa independente com um particípio pode ocorrer em qualquer parte da
oração principal, por exemplo, como sujeito (# 1), casus pendens (# 2), predicativo nominativo
numa oração sem verbo (## 3–4), ou objeto (## 5–7). Como cláusula relativa dependente, tal
particípio pode servir como atributivo para uma palavra em qualquer função, por exemplo,
numa frase preposicional (# 8).
2Sm 14.10
Gn 9.6
3. מִי הָא ֹ ֵּמר שָאּול יִמְֹלְך ע ֶּ֑֫ ֵָּלינּוquem é que disse, “Saul reinará
sobre nós?”
1Sm 11.12
4. עֵּי ֶֶּ֫ניָך הָר ֹא ֹת אֵּת כָל־ ֲאשֶרTeus olhos são os que viram
6. ַּוּי ַּ ִֶּ֫גידּו לֹו אֵּת כָל־הַּק ֹר ֹת א ֹתָ םE eles lhe contaram tudo o que
lhes tinha acon tecido.
Gn 42.29
Gn 37.17
8. ַארצָה
ְ ַּכ ֶַּּ֫מי ִם ַּהנְג ִָריםcomo água derramada no chão
2Sm 14.14
Jz 6.28
Sl 19.10–11
12. רּו ַּח ְסע ָָרה בָָאה מִן־ ַּהצָפֹוןum vento tempestuoso que
estava vindo do norte
Ez 1.4
Jr 27.3
Dn 9.26
15. כָל־ ַּה ֶֶּ֫נפֶש ְלבֵּית־יַּעֲק ֹב ַּה ֶָּ֫בָאהtodo o povo da casa de Jacó que
ִמצ ְֶַּּ֫ריְמָהvieram ao Egito
Gn 46.27
Quando orações relativas participiais são usadas em sucessão, a primeira pode ter o artigo e
a(s) outra(s) não (## 16–17), embora às vezes todas tenham o artigo (# 18).
16. … הֹוי ה ָָֽא ֹמ ְִרים ל ַָּרע טֹובAi dos que ao mal chamam
Is 5.20
Am 6.4
Is 40.22–23
c O participial relativo com o artigo pode empregar um sentido genérico indefinido (cf.
‘qualquer que ouvir’). Este sentido assemelha-se ao uso de um particípio substantival com o
artigo para referir-se a uma classe de agentes, por exemplo, ‘ הַּכ ֵֹּרתo cortador (de árvore)’ (Is
14.8), isto é, ‘todos os que derrubam (árvores), lenhadores’. Como um relativo, o particípio
definido refere-se à qualidade transitória (## 19–20).
Gn 26.11
Is 28.16
d Quando o particípio relativo como predicativo recebe o artigo, ele identifica o sujeito
(8.4.1); esta construção corresponde ao francês ‘C’est … celui qui’ (## 21–22; cf. # 20).
p 623 21. הּוא הַּסֹבֵּב אֵּת כָל־ ֶֶּ֫א ֶרץÉ o que rodeia a terra de Havilá.
ַּה ֲחוִילָהGn 2.11
Gn 45.12
e O particípio relativo é uma forma não-finita, assim como Paul Joüon observa, “ele não
expressa em si mesmo tempo ou até mesmo aspecto; … assim הבָא
ַּ ָהאִישpode significar, de
acordo com o contexto, o homem que vem, que virá, que veio, e este uma vez ou
freqüentemente, num instante ou de maneira contínua”. O particípio relativo ocorre
predominantemente em conexão com o tempo contemporâneo ao verbo principal (# 23), ou
sobreposto a ele (# 24) e menos freqüentemente pela ação concluída no passado (## 25–26).
Gn 24.43
24. כִי י ְהֹוָה אֱֹל ֶֶּ֫היָך ְמבִי ֲאָך ֶאל־Porque YHWH teu Deus está te
ֶֶּ֫א ֶרץ טֹובָה … ֲעי ָנ ֹת ּותְ ה ֹמ ֹתtrazendo para uma boa terra …
com fontes e mananciais que
י ֹ ְצאִים ַּב ִב ְקעָה ּו ָבהָר׃fluem nos vales e montes.
Dt 8.7
25. ַּה ֶֶּ֫כסֶף ַּהשָב בְַא ְמתְ ח ֹתֵֶּּ֫ ינּוprata que tinha sido reposta em
בַּתְ ִחלָהnossos sacos na primeira vez
Gn 43.18
26. ַּו ִֶּּ֫יבֶן שָם ִמז ְ ֵּב ַּח לַּיהוה ַּהנ ְִראֶהEle construiu ali um altar a
ֵּאלָיו׃YHWH, que tinha lhe aparecido.
Gn 12.7
f O particípio relativo é negado tanto pelo advérbio da oração אֵּין, um predicador de não-
existência (# 27), mesmo que י ֵּשseja usado como um predicador de existência (# 28; 39.32a),
quanto pelo advérbio ( ֹלא# 29).
4. ש ֵּל ַּח
ַּ ְואִם־אֵּינְָך ְמSe tu não o enviares …
Gn 43.5
Gn 24.30
Js 8.6
b Embora a estrutura sintática usual de um predicativo participial seja uma oração sem
verbo, o caráter verbal do particípio não é eliminado, como demonstram os exemplos acima.
Em suas operações o particípio predicativo se aproxima da conjugação prefixo (cf. 37.7.2a),
mas se distingue dela ao enfatizar uma circunstância durativa, não representando assim a ação
modal/temporal ou volicional, embora o estado contínuo das situações possa envolver ação
repetida. O particípio exibe sua origem adjetival em seu uso essencial para expressar
circunstâncias, estado das coisas, fatos, etc., em lugar de eventos. Nas orações circunstanciais,
ele se concentra nas figuras que se movimentam nos bastidores, contemporâneas à ação
principal; ocorre com freqüência em orações causais (## 8–9).
Gn 3.5
c O particípio não funciona no hebraico bíblico como um verbo finito com uma referência
distinta de tempo, embora tal uso seja comum no hebraico mishnaico e no p 625 hebraico
posterior; deste modo as palavras אנ ִי
ֲ יֹודֵּ ַּעno hebraico bíblico teria o sentido ‘eu sou o que
sabe’, enquanto no mishnaico elas significam simplesmente ‘eu sei’.
10. וִיהֹונָתָ ן וַּ ָֽ ֲאחִי ֶַּּ֫מעַּץ ָֽע ְמדִ יםEnquanto Jonatas e Aimaás
ש ְפחָהִ ְבעֵּין־רֹגֵּל וְהָ ָֽ ְלכָה ַּהestavam ficando em En-Rogel,
uma criada iria …
2Sm 17.17
11. הִיא בָָאה ְבסַּף־ ַּה ֶַּּ֫בי ִת ְו ַּה ֶַּּ֫נעַּרQuando ela cruzou o limiar da
ֵּמת׃casa, a criança morreu.
1Rs 14.17
12. ש ְלחָה
ָ הִוא מּוצֵּאת ְוהִיאQuando estava a ser trazida, ela
enviou (palavra).
Gn 38.25
Jó 1.16
14. שמַּע
ֵּ ֶּ֫ שבָא ש ֹ ֶַּּ֫מעַּת ֶאת־
ְ ּו ַּמ ְלכַּת־Agora a Rainha de Sabá estava
שְֹלמ ֹה … וַּתָ ב ֹאouvindo falar da fama de
Salomão … e assim ela veio.
1Rs 10.1
1Rs 3.2
16. ְונָהָר יֹצֵּא ֵּמ ֵֶּּ֫עדֶןAgora, um rio estava fluindo do
Éden.
Gn 2.10
17. ִהנֵּה ָחמִיְך עֹלֶה ִת ְמ ֶָּ֫נתָ ה לָג ֹזSeu sogro está subindo a Timna
צ ֹאנֹו׃para tosquiar suas ovelhas.
Gn 38.13
Duas variedades deste padrão requerem observação. Com הנה a oração participial
usualmente descreve circunstâncias imediatas (## 18–20; cf. # 17); pelo fato destas
geralmente requererem observação, a tradução ‘eis’ estabeleceu-se no português. Cf. também
1Rs 3.3 (cf. # 15), 4.20. Uma oração com הֹלְֵּךindica um estado de coisas a longo prazo (# 21).
p 626 18. ְו ִהנֵּה אֵּי ֶֶּ֫ננּו פ ֹתֵּ ַּח דַּ לְתֹות הָ ָֽ ֲע ִלּי ָהE viram, que ele não abria as
ַּוּי ִ ְקחּו ֶאת־ ַּה ַּמפְתֵּ ַּחportas do quarto superior,
assim levaram a chave.
Jz 3.25
19. ַּוּיִשָא עֵּינָיו ַּוּי ְַּרא ְו ִהנֵּה שְלשָהEle levantou os olhos e viu, e
ֲאנָשִים נִ ָצבִים ע ָָל֑יוcontemplou três homens que
estavam de pé o aguardando.
Gn 18.2
20. שבַּע
ֶ ֶּ֫ ַּוּי ִישָן ַּו ַּּיָֽחֲֹלם … ְו ִהנֵּהEle dormiu e
sonhou… e viu,
Gn 41.5
21. וַּדָ וִד הֹלְֵּך ְו ָחז ֵּק ּובֵּית שָאּולDavi ia se fortalecendo, mas os
ה ֹ ְלכִים וְדַּ לִ ָֽים׃da casa de Saul iam se
enfraquecendo.
2Sm 3.1
Gn 4.10
25. ְו ָה ֶָּ֫א ֶרץ לְעֹולָם ע ֹ ֶָּ֫מדֶ ת׃A terra dura para sempre
Ec 1.4
26. ִמבְנֹות ַּה ְכנַּ ֲענִי ֲאשֶר ָאנֹכִי יֹושֵּבdas filhas dos cananeus entre os
ְבק ְִרבֹו׃quais eu estou habitando
Gn 24.3
27. כִי ַּהמָקֹום ֲאשֶר ַּאתָ ה עֹומֵּדo lugar onde estás parado
ָעלָיוÊx 3.5
29. עַּל־כֵּן ֲאנִי ז ֹ ֵּב ַּח לַּיהוה כָל־ ֶֶּּ֫פטֶרPortanto estou sacrificando a
ֶֶּ֫רחֶם ַּהזְכ ִָריםYHWH todo o primogênito…
Êx 13.15
p 627 30. שתִ ים נִ ְל ָחמִים ִב ְקעִילָה ְ ִהנֵּה ְפ ִלEis que os filisteus estão
1Sm 23.1
f Com referência a situações que são na realidade futuras, o particípio pode denotar
meramente uma circunstância acompanhando um evento futuro (# 31). Contudo, usualmente,
ele denota a completa gama de idéias conotada pelo português ‘Estou para… Eu vou’, ou seja,
certeza, freqüentemente com imanência – o chamado particípio futurum instans (## 32–37).
Nesta função ele também ocorre numa oração principal com alguma conexão lógica para
outras orações (## 42–44). הנה acontece freqüentemente com todas estas construções
porque aquela partícula chama a atenção para uma situação vívida (## 31–33,35) ou para sua
conexão lógica a algum outro evento (## 38,40,44).
31. לְֵּך אֶל־ּפ ְַּרע ֹה ב ֶַּּ֫ב ֹקֶר ִהנֵּה יֹצֵּאVai ter com Faraó pela manhã,
ַּה ֶַּּ֫מיְמָהele sairá às águas.
Êx 7.15
32. ַּו ֲאנִי ִהנְנִי ֵּמבִיא ֶאת־ ַּהמַּבּולEu vou enviar um dilúvio.
Gn 6.17
33. ִהנֵּה ָאנֹכִי עֹשֶה דָ בָר ְביִש ְָר ֵּ ֑אלEuvou fazer uma coisa em
Israel.
1Sm 3.11
35. ִהנְכָה רֹאֶה ְבעֵּי ֶֶּ֫ניָךIrás ver (isto) com teus próprios
olhos.
2Rs 7.2
36. ֵּאת ֲאשֶר ָהאֱֹלהִים עֹשֶה ִהגִידDeus contou a Faraó o que ele
ְלפ ְַּרע ֹה׃vai fazer.
Gn 41.25
Dt 28.31
38. עֹודְ ָך ִמסְתֹולֵּל ְבע ִ ַּ֑מי … ִהנְנִיTu ainda te levantas contra meu
ַּמ ְמטִירpovo … Portanto, eu vou enviar
chuva…
Êx 9.17–18
39. ַּה ֶֶּּ֫ילֶד אֵּי ֶֶּ֫ננּו ַּו ֲאנִי ֶָּ֫אנָה ֲאנִי־בָא׃O moço não está ali, para mim,
aonde eu irei?
Gn 37.30
40. ִהנְָך ֵּמת עַּל־ ָה ִאשָה … ְוהִואTu vai morrer por causa desta
ְב ֶֻּ֫עלַּת ֶָּ֫בעַּל׃mulher … ela é uma mulher
casada
Gn 20.3
p 628 41. ְוגַּם ֶאת־הַּגֹוי ֲאשֶר יַּעֲב ֹדּו דָ ןA nação à qual servirão eu a
ֶּ֫ julgarei.
ָאנ ֹכִי
Gn 15.14
42. ֲאנִי נֶ ֱאסָף אֶל־ ַּעמִי ִקבְרּו א ֹתִ יEu estou próximo a ser
congregado ao meu povo,
(então) me sepulte …
Gn 49.29
43. ָאנֹכִי הֹלְֵּך בְדֶֶּ֫ ֶרְך כָל־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץEu estou próximo a entrar pelo
ְו ָחז ַּ ְק ָתcaminho de toda a terra, então
sê forte…
1Rs 2.2
a O verbo היה serve como um verbo independente com particípios usados como
substantivos (# 1) ou adjetivos (# 2), incluindo todos os particípios passivos (## 3–4).
1Sm 1.21
2. ִישי
֑ ִ של
ְ ְוהָיּו נְכֹנִים לַּּיֹום ַּהE estar pronto ao terceiro dia.
Êx 19.11
Js 5.5
4. ִירְך בָרּו֑ ְך
ֵּ יְהִי ַּמכPossa aquele que te
reconheceu seja abençoado
Rt 2.19
Ez 43.6
6. וְַא ְבנֵּר ָהי ָה ִמתְ ַּחז ֵּק ְבבֵּיתAgora Abner estava (ou, tinha
שָאּול׃estado?) se fortalecendo na
Casa de Saul.
2Sm 3.6
p 629 7. ַּוּיִהְיּו יָמִים שְלֹושָה בֹזְז ִיםE assim três dias eles estavam
saqueando.
2Cr 20.25
2Rs 18.4
2Rs 21.15
10. שלְש ֹם ֱהי ִיתֶם ִ גַּם־תְ מֹול גַּם־Por muito tempo tinham estado
ְמ ַּב ְקשִים ֶאת־דָ וִד ְל ֶֶּ֫מלְֶךprocurando fazer a Davi rei
2Sm 3.17
Às vezes a noção temporal parece ser mais precisamente ‘exatamente naquele tempo…’ (##
13–14); a noção aspectual pode ser incoativa (‘começar a…’; # 15).
Gn 37.2
14. ש ָר ֵּ ֑אל
ְ ִ ּו ֶֶּ֫מלְֶך ֲא ָרם ָהי ָה נִ ְלחָם ְביO rei da Assíria que então
2Rs 6.8
15. ֵּיתֹו
֑ ַּו ֵֶּּּ֫ילְֶך ֶא ְל ָקנָה הָ ָָֽר ֶָּ֫מתָ ה עַּל־בElcana foi à sua casa a Rama, e
ְו ַּה ֶַּּ֫נעַּר ָהי ָה ְמש ֵָּרת ֶאת־י ְהֹוָהo rapaz começou a ministrar a
YHWH.
1Sm 2.11
c No hebraico bíblico posterior, a combinação היה+ particípio substitui uma forma de
verbo perfectivo: esta “construção perifrástica” provavelmente é o resultado da influência
aramaica, como observa Joüon.
Com a falta de um critério firme formal para distinguir a completa gama de papéis observada
aqui, devemos às vezes hesitar identificar nuanças com precisão.
p 630 16. ְושָם הָיּו ְל ָפנִים נ ֹתְ נִים ֶאת־E eles tiveram primeiramente
ַּה ִמנְחָהarmazenado ali as ofertas dos
grãos.
Ne 13.5
18. וָאֹמ ְָרה ַּל ְל ִוּי ִם ֲאשֶר יִהְיּוEntão eu ordenei aos levitas se
ִמ ַּטה ֲִרים ּו ָבאִיםpurificar e vir…
Ne 13.22
a Quando um verbo perfectivo ou não-perfectivo é usado para descrever uma ação, uma
ação próxima relacionada com o mesmo ator geralmente é descrita com o mesmo tipo de
verbo. Particípios freqüentemente quebram tais paradigmas. Um predicado participial pode
ser seguido por uma forma de prefixo, com sentido semelhante (# 1) ou pode ser usado onde
uma forma de prefixo poderia ser esperada (compare ## 2a–b) ou pode ser seguido pelo waw-
relativo e uma forma de sufixo com uma noção epexegética no tempo passado (cf. 37.6d) ou
uma situação (con)seqüente no tempo futuro (## 3–4; cf. 32.2.5b).
1. ֲאנִי ז ֹ ֵּב ַּח לַּ ָֽיהֹוָה כָל־ ֶֶּּ֫פטֶר ֶֶּ֫רחֶםEu sacrifico a YHWH os machos
ַּהזְכ ִָרים ְוכָל־בְכֹור ָבנַּי אֶ פְדֶ ָֽה׃de tudo o que abre a madre; e
resgato porém todo o
primogênito de meus filhos.
Êx 13.15
2b. וְאֹו ִֶּ֫ליכָה ֶאתְ כֶם אֶל־ ָהאִישEu o conduzirei ao homem que
ֶ ֲאestás procurando.
שר תְ ַּב ֵּקשּו֑ ן
2Rs 6.19
3. ש ְבעָה ָאנֹכִי
ִ כִי ְליָמִים עֹודSete dias a partir de agora
ַּמ ְמטִיר … ּו ָמ ִֶּ֫חיתִ יenviarei a chuva… e destruirei…
Gn 7.4
Semelhantemente, um particípio relativo pode ter continuidade por uma forma não-perfectiva
(# 5), um waw-relativo com uma forma de prefixo breve (## 6–7), ou uma forma de sufixo (##
8–9).
5. שדֶה
ָ הֹוי ַּמגִיעֵּי ֶַּּ֫בי ִת ְב ֶַּּ֫בי ִתAi dos que ajuntam casa a casa
ָ ְבe reúnem campo a campo
שדֶ ה י ַּ ְק ִ ֑ ֶּ֫ריבּו
Is 5.8
p 631 6. מִי־אֵּפֹוא הּוא ַּהצָד־ ַּצי ִד ַּו ֶָּּ֫יבֵּאQuem então que apanhou a
8. הֹוי בֹנֶה עִיר בְדָ ִ ֑מים וְכֹונֵּןAi daquele que edifica uma
Hb 2.12
9. ש ָבעִים … וְָאמְרּו
ְ ִ ַּהנOs que juram… e dizem
Am 8.14
p 632 38
Subordinação
38.1 Organização Textual
b Muito do sistema massorético está voltado para a organização textual, e pouco do que é
relevante pode ser mencionado. Até recentemente, gramáticos modernos de hebraico bíblico
estiveram propensos a desprezar o estudo da massorá, considerando aquele conjunto de
observações e notas como o resultado de um estudo empreendido muito depois de o texto
bíblico ter sido registrado. Tem-se tornado mais e mais claro que os massoretas foram os
primeiros de todos os registradores e preservadores da tradição, e só então os estudiosos se
interessaram pela reconstrução da forma dessa tradição (cf. 1.6.3g–m).
f Uma abordagem mais simples pode ser oferecida. Às vezes um sinal macrossintático
pode servir em mais do que um nível. Considere, por exemplo, ְוnestes dois períodos:
1a. ַּה ְבאֵּש ִה ְבאִיש … ְו ָהי ָה לִיFez-se ele tão aborrecível [em
ְל ֶֶּ֫עבֶדoutro lugar]… que me será por
servo.
1Sm 27.12
1b. ְו ָהי ָה ְב ַּענְנִי ָענָן עַּל־ה ֶּ֫ ָ ָ֑א ֶרץSucederá
que, quando eu
trouxer nuvens sobre a terra…
Gn 9.14
No primeiro período וé uma conjunção interoracional, introduzindo uma oração logicamente
dependente dentro de um período; no segundo, ele acrescenta outra provisão separada ao
pacto noaico e a une ao que precede, num nível macrossintático ou interperiódico.
Estritamente falando, o waw relativo com a conjugação prefixada breve é uma p 635
conjunção macrossintática, unindo períodos dentro de uma extensão maior do discurso,
considerando que o waw relativo com a conjugação prefixo é freqüentemente uma conjunção
interoracional, unindo orações dentro de um período. Uma distinção preliminar entre
conjunções interperiódicas e interoracionais capacita-nos a discutir estas últimas em separado.
h O sistema expresso no texto pode desviar do sistema semântico não expresso; por
exemplo, a conjunção וe a partícula dêitica ִהנֵּהpodem esconder a relação logicamente
subordinada de orações que elas introduzem. Com respeito à primeira, compare, por exemplo,
estes dois períodos sinóticos.
1Cr 14.10
O sistema de discurso no # 2b expressa a conexão lógica entre as orações, a qual é velada pelo
וno # 2a. Discutimos as palavras וe הנהem parte a fim de descobrir o desvio entre a sintaxe
do texto e seu sistema semântico (39.2, 40.2.1). Construções assindéticas, aquelas sem
conjunções, omitem qualquer palavra ou expressão de ligação, dependendo totalmente do
sistema semântico operante por trás do texto para estabelecer relações interpreposicionais.
a Um dos tipos mais comuns de relação lógica entre orações é a condicional. “Duas
orações quaisquer, a primeira das quais apresenta uma condição real ou hipotética, e a
segunda das quais apresenta uma conseqüência real ou hipotética a partir dessa, pode ser
tomada como um período condicional”, afirma T. O. Lambdin. Observe o seguinte alinhamento
de termos relevantes.
c Há duas classes de condicionais, dependendo se a condição for real (se foi cumprida no
passado ou se ainda for capaz de ser cumprida) ou irreal (se contrária aos fatos de uma
situação prévia ou incapaz de cumprimento).
d A prótase de uma condicional real usualmente é introduzida por ( אם## 1–2) ou, na
negativa, לא ( אם## 1, 3); o verbo da prótase pode ser não-perfectivo (# 1) ou perfectivo (##
2–3).
ח־לנּו
ָ ֶּ֑֫ ְו ֶאת־בְנ ֹתֵּ יכֶם נִ ַּקE tomaremos nós as vossas
filhas;
2Rs 7.4
2Rs 4.29
Lv 1.2
Uma prótase também pode ser introduzida por ( אשר# 6, observe a negativa לא )אם, ( הן#
7), ou assindeticamente (# 8). Períodos condicionais podem consistir de duas orações tipo
waw-relativo em justaposição (32.2.3).
6. ְראֵּה ָאנֹכִי נ ֹתֵּ ן ִל ְפנֵּיכֶם הַּּיֹו֑ םVede: Eu estou vos dando uma
ב ְָרכָה ּו ְק ָללָה׃ ֶאת־ ַּהב ְָר ָכ֑הescolha hoje, bênção ou
maldição – a bênção (obtereis)
שמְעּו … ְו ַּה ְק ָללָה אִם־ ְ ִ ֲאשֶר תse ouvirdes … e a maldição
שמְעּוְ ִ(ֹלא תobtereis) se vós não ouvirdes.…
Dt 11.26–28
Lv 25.20–21
Sl 104.28
e A prótase de uma condicional irreal pode ser introduzida por לּו (## 9–11) ou, na
negativa, לּולֵּי / ֹלא <( לּולֵּא+ ;לּו# 12). A partícula לּוpode introduzir uma prótase p 638
livremente situada, uma sem uma apódose (# 13); o sentido ‘oh (eu desejo) que, desejaria
que’. A partícula כיpode também introduzir uma condição irreal (# 14).
9. לּו י ֶש־ ֶֶּ֫ח ֶרב ְבי ָדִ י כִי עַּתָ הSe eu tivesse uma espada na
ה ֲַּרגְתִיְך׃mão, certamente te mataria.
Nm 22.29
Dt 32.29
11. לּו ָחפֵּץ יהוה ַּל ֲהמִיתֵֶּּ֫ נּו ֹלא־Se YHWH nos quisera matar, não
ָלקַּח … עֹלָהaceitaria… a oferta…
Jz 13.23
12. לּולֵּי אֱֹלהֵּי ָאבִי … ָהי ָה לִי כִיSe o Deus de meu pai… não fora
ִ עַּתָ ה ֵּריקָםdo meu lado, tu me despedirias
ש ַּלח ֶּ֑֫ ְָתנִי
agora de mãos vazias.
Gn 31.42
13. וְלּו הֹו ֶַּּ֫אלְנּו ַּו ֵֶּּ֫נשֵּב ְב ֵֶּּ֫עבֶר ַּהּי ְַּרדֵּ ן׃Tomara
nos contentáramos
com ficarmos dalém do Jordão.
Js 7.7
14. גַּם כִי־ ֵּאלְֶך ְבגֵּיא ַּצ ְל ֶָּ֫מוֶת ֹלא־Ainda que eu ande pelo vale da
ִירא ָרע ָ אsombra da morte, não temerei
mal (algum).
Sl 23.4
1. שר
ֶ ש ִמעֵּם ֶאת־דְ ב ָ ָ֑רי ֲא
ְ ְו ַּאEu os farei
ouvir as minhas
Dt 4.10
Gn 22.14
1Sm 15.15
7. שמְרּו ֻחקָיו
ְ ִ ַּבעֲבּור יpara que eles possam guardar
meus preceitos
Sl 105.45
Sl 8.5
10. ַּהאֱֹלהִים ֶָּ֫אנִי … כִי־ז ֶה ש ֹ ֵּל ַּחEu sou Deus… para que envies a
ֵּאלַּיmim… ?
2Rs 5.7
13. ֲאשֶר ֹלא־י ֹאמְרּו ז ֹאת אִי ֶָּ֫זבֶל׃de maneira que já não dirão:
esta é Jezabel.
2Rs 9.37
p 640 14. שְֹלף ח ְַּרבְָך ּומֹו ְתתֵֶּּ֫ נִי ּפֶן־י ֹא ְמרּוDesembainha a tua espada e
לִי ִאשָה ה ֲָר ֶּ֑֫ ָגתְ הּוmata-me, para que não se diga
de mim: a mulher o matou.
Jz 9.54
Sl 119.11
Êx 14.5
Gn. 8.9
3. ש ְכבָה ָעלָיו׃
ָ ֲאשֶרporque se deitara sobre ele.
1Rs 3.19
1Sm 15.23
7. ֶַּּ֫יעַּן ֲאמ ְָרכֶם ֶאת־הַּדָ בָר ַּהז ֶהporque dizeis esta palavra
Jr 23.38
Combinações menos freqüentes são numerosas. A preposição ( על11.2.13) pode introduzir
orações causais com outras partículas, dando como resultado ( על אשר# 8), על־כיe עַּל־
‘ דְ בַּר ֲאשֶרpelo fato que’. A preposição ( מן11.2.11) também é usada desta maneira, p 641
em ( מאשר# 9) ou אשֶר ֲ ִמ ְּפנֵּי, como são ( תחת11.2.15), em ( תנת אשר# 10) e תחת כי, e
ב, em ( באשר# 11). O termo ‘ ֵֶּּ֫ע ֶקבconseqüência’, relacionado a ‘ ָע ֵּקבroda’, também é
combinado com אשרpara introduzir orações (# 12).
Is 43.4
Jr 29.19
a Orações que comparam uma situação com outra freqüentemente usam partículas para
introduzir tanto a situação comparada (na oração subordinada ou prótase) quanto a situação
presente (na oração principal ou apódose). O emparelhamento mais comum é ַּכ ֲאשֶר +
prótase — כֵּן+ apódose (## 1–4), usualmente nessa ordem, ainda que a ordem reversa possa
ser encontrada (# 4). A prótase pode ser introduzida por ְכantes de um infinitivo (# 5) ou de
uma oração sem verbo (# 6), com כןna apódose. (Para o עםcomparativo, veja 11.2.14.)
Gn 41.13
2. ְו ַּכ ֲאשֶר יְעַּנּו א ֹתֹו כֵּן י ְִרבֶה ְוכֵּןQuanto mais eles (os egípcios)
יִפ ְ֑ר ֹץos oprimiam (os israelitas),
tanto mais se multiplicavam e
tanto mais se espalhavam.
Êx 1.12
3. ַָֽארי ֵּה … עַּל־ ְ ָ ַּכ ֲאשֶר י ֶ ְהגֶה הComo o leão… rugem sobre a
ט ְַּרּפֹו … ֹלא יֵּחָת … כֵּן י ֵֵּּרדsua presa (e)… não se
espantam… assim YHWH…
יהוה … עַּל־הַּר־צִּיֹוןdescerá… sobre o monte Sião.
Is 31.4
Gn 18.5
5. ְאּו־ל֑י
ִ כ ְֻרבָם כֵּן ָחטQuanto mais eles se
multiplicaram, tanto mais
pecaram contra mim.
Os 4.7
p 642 6. ִהנֵּה ְכעֵּינֵּי ֲעבָדִ ים אֶל־י ַּדComo os olhos dos servos estão
ֲאדֹונֵּיהֶם … כֵּן עֵּי ֵֶּּ֫נינּו ֶאל־fitos nas mãos dos seus
senhores,… assim os nossos
יהוהolhos estão fitos em YHWH.
Sl 123.2
A partícula כpode ser usada com duas coisas comparadas, produzindo o efeito de assemelhar
uma situação à outra. A presente situação (i.e., a situação sob discussão) usualmente é dada
primeiro (## 7–8), embora a ordem reversa seja encontrada (## 9–10).
7. ְו ָהי ָה ַּכ ַּצדִ יק כ ָָר ָ ֑שעE o (estado do) justo fosse igual
ao (estado do) ímpio.
Gn 18.25
Gn 44.18
9. תֹורה ַאחַּת
ָ ַּכ ַּחטָאת ָכ ָאשָםA oferta pela culpa (ʾšm) é como
ל ֶ ָ֑הםa oferta pelo pecado (ḥṭʾt); uma
única lei haverá para elas.
Lv 7.7
Nm 15.15
Gn 32.27
3. כִי ֹלא י ַּ ֲעשֶה ֲאדֹנָי י ְ ֶהוִה דָ בָר כִיO Senhor YHWH não fará coisa
אִם־ ָגלָה סֹודֹו אֶל־ ֲעבָדָ יוalguma a menos que tenha
revelado seu plano a seus
ַּהנְבִיאִים׃servos, os profetas.
Am 3.7
p 643 4. וְֹלא י ֹאכַּל מִן־ ַּה ֳקדָ שִים כִי אִם־Ele não comerá das coisas
ָרחַּץ ְבשָרֹו ַּב ֶָּ֫מי ִם׃santas a menos que se lave em
água.
Lv 22.6
Gn 43.3
1. ַּויְהִי כַּ ָֽ ֲאשֶר ִכלָה ְל ַּהק ְִריב ֶאת־Quando ele (Eúde) entregou o
Jz 3.18
2. ש ֶֶּ֫מיָך
ָ כִי־א ְֶראֶהQuando/sempre que contemplo
os teus céus …
Sl 8.4
3. ש ָר ֵּ ֑אל ְו ָעלָה
ְ ִ ְו ָהי ָה אִם־ז ַָּרע יCada vez que israelitas
ִמדְ י ָןplantavam suas colheitas, os
midianitas atacavam.
Jz 6.3
5. וְֹלא־ ֶה ֱא ֶַּּ֫מנְתִ י לַּדְ ב ִָרים עַּדE não cria naquelas coisas, até
ֲאשֶר־ ֶָּ֫באתִ י ַּות ְִר ֶֶּ֫אינָה עֵּינִיque vim e (as) vi com os meus
próprios olhos.
1Rs 10.7
7. ְב ֶֶּ֫ט ֶרם י ָב ֹא ַּה ַּמ ְל ָאְך ֵּאלָין וְהּואAntes que o mensageiro viesse
ָאמַּרa ele, ele havia dito.…
2Rs 6.32
p 644 8. ְואִם־י ָשּוב ַּה ֶֶּ֫נגַּע ּופ ַָּרח ַּב ֶַּּ֫בי ִתSe a infecção tornar a brotar na
ַאחַּר ִחלֵּץ ֶאת־הָ ָֽ ֲא ָבנִים וְאַּ ָֽח ֲֵּריcasa, depois de arrancadas as
pedras, depois de raspada (?) a
ִה ְקצֹות ֶאת־ ַּה ַּבי ִת וְאַּ ָֽח ֲֵּרי הִט ָֹֽוחַּ׃casa e depois de rebocada, o
ּובָא הַּכֹהֵּן ו ְָרָאהsacerdote entrará e examinará.
Lv 14.43–44
10. ַּויְהִי מֵָּאז ִה ְפקִיד א ֹתֹו ְבבֵּיתֹוE, desde o tempo que ele (o
… ַּוי ְ ֶָּ֫ב ֶרְך יהוה ֶאת־בֵּיתsenhor) o colocara (a José)
sobre sua casa… YHWH
ַּה ִמצ ְִריabençoou a casa do egípcio.
Gn 39.5
a É comum para uma oração preencher uma estrutura de caso usualmente ocupada por
um substantivo; esse tipo de oração dependente é chamado de oração substantiva ou de
oração substantiva constituinte. (Uma oração sem verbo, também chamada de oração
nominal, é uma oração independente com sujeito e predicado; veja 8.4.) Uma oração
substantiva freqüentemente é prefaciada por כי, אשר, ou (na estrutura de caso acusativo)
;אתessas orações precedidas por כיou אשרsão freqüentemente chamadas de “orações tipo
‘que’ ” (uma vez que a partícula envolvida geralmente é traduzida por ‘que’), enquanto que
muitas orações substantivas são chamadas de “orações objetivas”.
b Numa estrutura de caso nominativo, uma oração pode servir como sujeito de uma
oração principal (## 1, 3–4) ou como um predicado nominativo (# 2). A oração substantiva
pode ser um construto infinitivo (freqüentemente com ;ל# 1), um oração do tipo ( אשר## 2–
3), ou uma oração do tipo ( כי# 4); uma oração em aposição usualmente é assindética (# 5). A
oração substantiva pode ser masculina (## 2–5) ou feminina (# 1).
1. כי ֵּמ ֵּאת יהוה ָהי ְתָ ה ְל ַּחז ֵּק ֶאת־Porquanto de YHWH vinha o
ִלבָםendurecimento do seu coração.
Js 11.20
Gn 6.15
Ec 5.4
4. ּו ְלשָאּול ֻהגַּד כִ ָֽי־נִ ְמלַּט ָדוִדQue Davi havia deixado Queila
ִמ ְקעִילָהcontaram a Saul (lit., contaram
a Saul que Davi…).
1Sm 23.13
5. ְו ִהנֵּה ֱא ֶמת נָכֹון הַּדָ בָר נֶ ָֽ ֶעשְתָ הSe for verdade e certo que tal
p 645 c Uma oração substantiva pode ocorrer após um substantivo no construto, isto é,
numa estrutura genitiva. A oração pode ser introduzida por אשר (## 6–7) ou pode ser
assindética (## 8–9). Semelhantemente, uma oração substantiva pode seguir uma preposição,
com ( אשר# 10) ou sem ele (## 11–12).
6. אֶל־בֵּית ה ֶַּּ֫ס ֹהַּר מְקֹומ ֲאשֶר־para a prisão, o lugar onde os
ֲסּורים
֑ ִ ִירי ַּה ֶֶּ֫מלְֶך אֵּ ֲאסpresos do rei ficavam
confinados
Gn 39.20 Qere
7. כָל־י ְ ֵּמ ֲאשֶר ַּה ֶֶּ֫נגַּע בֹו י ִ ְטמָאEnquanto ele tiver a infecção,
1Sm 25.15
9. ְהֹושע
֑ ֵּ תְ ִחלַּת דִ בֶר־יהוה בQuando YHWH começou a falar
por meio de Oséias…
Os 1.2
10. ַאח ֲֵּרי ֲאשֶר־ ֵּהנִי ַּח י ְהֹוָהdepois que YHWH dera descanso
ְליִש ְָראֵּלa Israel
Js 23.1
עַּל־ ְבלִי ִהגִיד לֹו כִי ב ֵֹּר ַּח הּוא׃avisando que ia embora.
Gn 31.20
12. עַּל ֹּלא־ ָחמָס ְבכ ָ ַּּ֑פיembora não haja violência nas
minhas mãos
Jó 16.17
d Numa estrutura acusativa, uma oração pode posicionar-se como objeto de um verbo ou
como um acusativo adverbial. Como um objeto, uma oração substantiva constituinte é
freqüente após verbos de percepção (geralmente com כי, ## 13, 18; mais raramente com
אשר, # 14; ou assindética, # 15) e de locução (geralmente assindética, # 16; às vezes com
אשר, # 17). O sujeito lógico da oração subordinada substantiva pode ser transposto desta
oração e aparecer como objeto da oração principal (# 18; cf. # 15). Uma oração substantiva
acusativo-adverbial pode ser justaposta à oração principal da qual ela depende (# 19).
13. ַּוּי ְַּרא יהוה כִי ַּרבָה ָרעַּת הָָאדָ םYHWHviu que a impiedade
humana era grande
Gn 6.5
14. שכִיל
ְ שר־הּוא ַּמ
ֶ ַּוּי ְַּרא שָאּול ֲאSaul viu que ele era bem-
sucedido (quão bem-sucedido
ele era).
1Sm 18:15
p 646 16. כִי ָאמַּר אִּיֹוב אּולַּי ָחטְאּו ָבנַּיJó disse: “Talvez os meus filhos
tenham pecado”.
Jó 1.5
2Rs 8.5
18. ַּוּי ְַּרא ְמנֻחָה כִי טֹוב ְו ֶאת־ ָה ֶָּ֫א ֶרץViu que o repouso era bom e
Js 10.9
p 647 39
39.2 Coordenação
b O w frasal usualmente é encontrado em cada item numa série (# 1), mas às vezes apenas
no último de uma série (# 2); raramente ele é distribuído irregularmente através da série (# 3)
e ainda mais raramente é omitido (# 4).
2. שב ָ ַּ֑תּה
ַּ ָחגָּה חָדְ שָּה ְוsuasfestas, suas luas-novas
(festas) e seus sábados
Os 2.13
3. שתִ י
ְ נ ֹתְ נֵּי ַּל ְחמִי ּומֵּימַּי ַּצמ ְִרי ּו ִפaqueles que me dão o meu pão
ש ְמנִי ְושִקּוי ָי׃ ַּ e a minha água, a minha lã e o
meu linho, o meu óleo e as min
has bebidas
Os 2.7
Após uma negativa oracional, o waw com um substantivo tem uma força alternativa (# 5);
como com a operação de associação simples, a operação de alternativas especificadoras pode
ser ou frasal ou oracional. O sentido do # 5 é ‘Eu não salvarei pelo arco e (eu) não (salvarei)
pela espada’, etc. Normalmente, uma frase nominal que especifica outra frase nominal
aparece justaposta a ela em aposição (12.1), mas às vezes o waw p 649 intervém (# 6). Em
alguns casos este waw ocorre numa parte não aposicional de uma oração; em tais casos ele
pode ser chamado de waw enfático (# 7). O waw frasal pontuado como wā indica um laço
íntimo entre as partes da frase (# 8).
Os 1.7
7. וַָא ֲעלֶה בְא ֹש ַּמ ֲחנֵּיכֶם ּו ְכ ַּא ְּפכֶםE eu farei com que o mau
cheiro dos vossos
acampamentos suba até
mesmo aos vossos narizes.
Am 4.10
c O waw oracional é uma conjunção simples, isto é, situa preposições ou orações uma
após a outra, sem indicar a relação hierárquica entre elas. O hebraico bíblico freqüentemente
liga logicamente orações subordinadas a uma oração principal quer assindeticamente quer,
mais freqüentemente, sindeticamente com esta conjunção. G. B. Caird censura justamente
filólogos que inferiram desta característica da língua que os hebreus eram intelectualmente
ingênuos.
Driver está em solo mais sadio quando descreve isto como uma
característica do estilo hebraico do que quando tenta deduzir dele as
limitações do pensamento hebraico. O hebraico possui palavras para ‘se’,
‘porque’ e ‘portanto’; e qualquer língua que possui tais palavras é capaz de ser
usada para o pensamento lógico.
1. ש ָמעֵּאל
ְ ִ ֵֶּּ֫א ְלכָה נָא ְו ַּאכֶה ֶאת־יDeixe-me ir para que eu possa
matar Ismael.
Jr 40.15
2. ִירי
ִ ֶָּ֫ישָב־נָא ַּעבְדְ ָך וְָאמֻת ְבעDeixa
o teu servo voltar para
que eu possa morrer em minha
própria cidade.
2 Sm 19.38
Gn 41.54
3. נִ ְבנֶה־ ֶָּ֫לנּו עִיר ּו ִמגְדָ ל וְר ֹאשֹוEdifiquemos uma cidade e uma
ָ ַּבtorre com seu topo alcançando
ש ֶַּּ֫מי ִם
até o céu.
Gn 11.4
5. ַּוּי ָב ֹא ַּה ֶַּּ֫בי ְתָ ה לַּ ָֽעֲשֹות ְמלַּאכ ְ֑תֹוE ele veio à casa para fazer o
ְואֵּין אִיש מֵּ ַָֽאנְשֵּי ַּה ֶַּּ֫בי ִת שָםseu trabalho, enquanto nenhum
empregado estava na casa.
ַּב ֶָּ֫בי ִת׃
Gn 39.11
6. ַאל־תְ ַאחֲרּו א ֹתִ י ַּוי ָֽהֹוָה ִה ְצלִי ַּחNão me detenhais, visto que
דַּ ְר ִכ֑יYHWH me tem feito bem-
sucedido na minha jornada.
Gn 24.56
Êx 23.9
9. ִירּה ְו ָעצֵּל
֑ ָ [הַּדֶֶּ֫ לֶת תִ סֹוב עַּל־צComo]
a porta se revolve nos
עַּל־ ִמטָתֹו׃seus gonzos, assim, o
preguiçoso, na sua cama.
Pv 26.14
10. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר הַּגֹאֵּל … גְַאל־לְָך ַּאתָ הO resgatador disse: … Redime
… ֶאת־ ְג ֻאלָתִ י … וְז ֹאת ְל ָפנִיםtu o que me cumpria resgatar…
Porque, no passado, este era (o
עַּל־ ַּהגְאּולָה … ְל ַּקּי ֵּם כָל־דָ בָרprocedimento) da redenção…:
שלַּף אִיש נַּ ֲעלֹו … ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר ָ para confirmar qualquer
ֵּה־לְ֑ך ַּוּיִשְֹלף
ָ הַּגֹאֵּל ל ְֶּ֫ב ֹעַּז ְקנnegócio tirava sua sandália…
נַּעֲֹלו׃Assim, o resgatador disse a
Boaz: Adiquire-a para ti. E ele
tirou a sandália.
Rt 4.6–8
11. שמֹו
ְ ּו ְלנָ ֳעמִי מ ֹידַּ ע ְלאִישָּה … ּוOra, Noemi tinha um parente
ֶּ֫ב ֹעַּז׃da parte de seu marido…
chamado Boaz.
Rt 2.1 Qere
12. שלְמֹוןַּ ְו ֵֶּּ֫אלֶה תֹולְדֹות ֶָּּ֫פ ֶרץ … ְוOra, estas são as gerações de
ּוב ֹעַּז הֹולִיד ֶּ֫ הֹולִיד ֶאPerez … Salmon gerou a Boaz e
ֶּ֫ ת־ב ֹעַּז
Boaz gerou a Obede … e Jessé
ְויִשַּי הֹולִיד.… ֶאת־עֹובֵּד׃
ֶאת־דָ וִד׃gerou a Davi.
Rt 4.18, 21–22
a O waw pode situar-se antes de orações que servem para esclarecer ou especificar o
sentido da oração precedente; o uso comum do waw epexegético, em prosa, como o waw-
relativo foi discutido (p.ex., 32.2.3, 33.2.2).
Is 40.10
Gn 27.29 Qere
p 653 3. שמַּע ַּיָֽעֲק ֹב ַּעב ִ ְ֑די ְ ְועַּתָ הMas agora, ouça, ó Jacó, meu
ְויִש ְָראל ָב ֶַּּ֫ח ְרתִ י בָֹֽו׃servo, [ouça,] Israel, a quem
escolhi.
Is 44.1
1 Sm 2.2
c O waw epexegético no nível oracional pode servir ao objetivo de introduzir uma oração
reformulando ou parafraseando a oração precedente; ele pode ser encontrado ou na prosa (##
5–6) ou verso (## 7–8). A nuance precisa do waw nestes e em casos semelhantes geralmente é
difícil de definir.
5. שר־דבֶר יהוה
ֶ וַּּי ֹאמְרּו כ ֹל ֲאEles disseram: Tudo que YHWH
שמָע׃ְ ִנַּ ֲעשֶה ְונtem dito, faremos, isto é, nós
obedeceremos.
Êx 24.7
6. ֲאבָל ִא ָשָֽה־ַא ְל ָמנָה ֶּ֫ ָ ֑אנִי ַּו ֶָּּ֫ימָתAh! Sou mulher viúva, ou seja,
7. כִי־גֹוי אֹבַּד עֵּצֹות ֶּ֫ ֵּ ֑המָה ְואֵּיןEles são uma nação sem juízo,
ָבהֶם תְ בּונָה׃ou seja, não há discernimento
neles.
Dt 32.28
Dt 33.23
a O waw conjuntivo serve para unir duas orações que descrevem situações
interrelacionadas ou sobrepostas que, caso contrário, não estariam logicamente relacionadas.
Pares de tais orações podem formar uma hendíadis. Há uma tendência, tanto em tradução e
comentário, de atribuir ao waw conjuntivo um valor logicamente mais distinto quanto
possível. Esta tendência pode obscurecer a forma distintiva da narrativa hebraica. Já
discutimos o uso do waw conjuntivo ou (copulativo) antes de formas sufixas (32.3) e formas
prefixas (33.4); aqui tratamos do waw conjuntivo antes de formas prefixas volicionais e
algumas não-volicionais.
b O waw conjunto pode conectar formas volicionais: imperativos (## 1–2), jussivos (# 3) ou
coortativos (# 4), ou várias combinações (coortativo + jussivo, # 5; imperativo + coortativo, # 6;
34.6). Ele pode também unir uma oração começando com uma forma prefixa a uma oração
precedente (## 7–9).
1. ש ֵּ ֑תה
ְ ֲעלֵּה אֱכ ֹל ּוVá, come e bebe.
1 Rs 18.41
Gn 9.27
4. ֵּינָך
ֶ ֶּ֑֫ ְו ֶאתְ נָה ב ְִריתִ י בֵּינִי ּובFarei um pacto entre mim e ti e
ְַארבֶה אֹוָֽתְ ָך ִבמְא ֹד מְא ֹד׃ ְ וte multiplicarei
extraordinariamente.
Gn 17.2
5. מּותנּו
ֵּ ֶּ֑֫ ְנַּ ֲעשֶה ָאדָ ם ְב ַּע ְל ֵֶּּ֫מנּו כִדFaçamosos humanos à nossa
Gn 1.26
Is 2.3 = Mq 4.2
ָ ֑בְךserão
envergonhados e
desgraçados.
Is 41.11
1. תֵּ שֵּב הַּנַּ ָֽע ֲָרה אִתֶָּ֫ נּו יָמִים אֹוDeixai a moça ficar conosco uns
עָשֹו֑ רpoucos dias ou dez.
Gn 24.55 Qere
p 655 2. נְטֵּה לְָך עַּל־י ְמִ ָֽינְָך אֹו עַּל־Desvia-te para a direita ou para
ְ a esquerda.
שמ ֹא ֶֶּ֫לָך
2Sm 2.21
3. וְכִ ָֽי־יִגַּח שֹור אֶת־אִיש אֹו ֶאת־Se algum boi chifrar (seja)
ִאשָה ו ֵּ ָ֑מתhomem ou mulher, que
(depois) venha a morrer.…
Êx 21.28
Êx 21.31
5. כִי־לִי כָל־ ַּחי ְתֹו־ ֶּ֑֫ ָיעַּר ְבהֵּמֹותPois são meus todos os animais
ְבה ְַּר ֵּרי־אלף׃ י ָדֶַּּ֫ עְתִ י כָל־עֹוףdo bosque e as bestas sobre as
montanhas.… Conheço todas as
שדַּ י ִע ָמדִ ָֽי׃ָ ה ִ ָ֑רים ְוז ִיזaves dos montes, e é meu tudo
o que pulula (?) no campo.
Sl 50.10–11
a A classe dos advérbios inclui palavras que modificam outras palavras ou orações. Em
muitas gramáticas, a classe apresenta inúmeros problemas: “A classe dos advérbios é a menos
satisfatória das classes de palavras tradicionais. [Ela é uma classe] especialmente mista, …
possuindo um grupo pequeno e muito bem definido de itens em um sistema fechado [muito,
bem, já, ainda], ao lado da classe aberta e indefinidamente grande de itens p 656
[brevemente, grandemente, francamente, periodicamente]”. Além disso, os itens chamados
de advérbios com freqüência se encaixam dentro de outras categorias de classe de palavras,
por exemplo, a palavra inglesa ‘round’ não apenas é um advérbio, mas também um
substantivo, um adjetivo e um verbo. Todos estes problemas são especialmente agudos para o
hebraico (e outras línguas semíticas). A classe dos advérbios é extremamente pequena,
extremamente heterogênea e seus membros são freqüentemente usados de outros modos.
Na verdade, muitas gramáticas de hebraico passam de largo pelos advérbios, tratando algumas
subclasses importantes em detalhe e negligenciando-os completamente.
b As funções adverbiais das várias línguas européias não fornecem guia algum para o uso
adverbial hebraico, porque em hebraico outras abordagens sintáticas são usadas para essas
funções. As duas mais importantes são o acusativo ‘adverbial’ (10.2.2) e o ‘uso adverbial’ do
infinitivo absoluto (35.4); ambos os termos carregam as marcas de gramáticos europeus e
refletem uma abordagem estranha ao hebraico. Contudo, os padrões de usos são claros e é
útil reter tal terminologia numa gramática para falantes do português. Outra abordagem
sintática está baseada no uso de dois verbos em seqüência, correspondendo à construção
verbo + advérbio em outras línguas; os dois verbos hebraicos podem ter a mesma forma ou
podem diferir em forma. (Ocasionalmente, o verbo que é semelhante a um advérbio
português é chamado pelos gramáticos de auxiliar ou quase-auxiliar; esta terminologia possui
relevância questionável.) Exemplos de tais usos são fornecidos por verbos como שובe יסף,
que são freqüentemente traduzidos por advérbios como ‘novamente, ademais,
continuamente’, etc. Esta abordagem sintática que as línguas européias usam como uma
função adverbial é propriamente uma questão para o léxico hebraico; uma vez que o padrão é
apreciado como uma parte integral do hebraico, ele requer pequena atenção gramatical.
c Deixando à parte construções que podem ser chamadas adverbiais de um ponto de vista
externo, somos deixados com uma classe de advérbios hebraicos. É uma classe que sobrepõe a
outros grupos de palavras na língua, e uma que revela apenas regularidades modestas, mas
uma que demanda uma breve revisão antes de tornarmos ao assunto à mão, a subclasse dos
advérbios oracionais.
שמָּה ֹלא ֻר ֶָּ֫ ֑חמָה כִי ֹלא אֹוסִיף עֹוד ֲא ַּרחֵּם ְ ְק ָראPõe-lhe o nome
de Não-compadecida, porque
Os 1.6
A forma עודé um advérbio constituinte, qualificando a extensão de tempo do predicado,
enquanto ) אל (אוסיףé um advérbio oracional, negando a oração inteira. A partícula כיé
outro advérbio oracional, esta enfatizando a oração que ela introduz. Tradicionalmente, a
partícula כיé considerada uma conjunção (cf. ‘porque’), mas nós consideramos que ela seja
um advérbio enfático (cf. ‘realmente’). A questão não é primariamente de tradução (embora a
tradução ‘porque’ seja às vezes ilógica e freqüentemente tediosa), mas, ao contrário, de
כיcom outras formas que funcionam de modo semelhante. O quarto advérbio, לא
alinhar
) (רחמהé um item adverbial, negando apenas o adjetivo que segue imediatamente.
e Em termos de freqüência, advérbios oracionais e constituintes são comuns, enquanto
que itens adverbiais são raros. Em termos de dificuldade gramatical, advérbios oracionais e de
item são de interesse considerável, enquanto que advérbios constituintes requerem menos
atenção.
g Os advérbios de locação são de dois tipos semânticos. Os mais comuns são os dêiticos,
aqueles que apontam para um lugar relativo à situação da fala; os sentidos são ‘aqui’ e ‘lá’
(estáticos) e ‘para cá’ e ‘para lá’ (dinâmicos). Os outros tipos de advérbios locacionais têm
referência independente, isto é, referência independente da situação na qual a oração é
falada; marcadores relevantes incluem ‘acima’ – ‘abaixo’, ‘dentro’ – ‘fora’, ‘ao redor’ e ‘atrás’.
p 658 1. הֲֹלםpara cá
2. ֵֶּּ֫הנָהpara cá
3. כ ֹהaqui
4. ּפ ֹהaqui
5. שמָה
ָ ֶּ֫ /שָםlá, para lá
6. ֶַּּ֫מעַּלacima
7. ֶָּ֫מטָהabaixo
8. ְּפ ִֶּ֫נימָהdentro
9. חּוץfora
12. ַאחַּרatrás
Alguns destes são derivados de raízes (## 6–12, todos os independentes), enquanto que outros
são compostos de elementos encontrados em outras palavras gramaticais (## 1–5, todos os
dêiticos). Os advérbios independentes são também usados como preposições (## 6, 12) ou
como substantivos, freqüentemente com preposições (## 8–12). A maioria destes advérbios
tem apenas sentidos locacionais, embora vários tenham também um sentido temporal raro
(## 2, 5), e כהtambém é encontrado como um advérbio oracional.
18. שלְשֹום
ִ ֶאתְ מֹולpreviamente
20. ְכבָרjá
24. עֹודainda
i Advérbios Escalares formam um grupo mais diverso do que os dos locacionais ou dos
temporais. Um grupo de escalares refere-se a estágios de graus, numa escala que vai de
‘muito, extremamente, abundantemente’ (ampliadores) descendo a ‘pouco, quase’
(diminuidores). Outro grupo de escalares refere-se aos graus de identidade de ação. A situação
pode ser repetida (‘novamente’) ou ininterrupta (‘continuamente’).
29. ה ְַּרבֵּהmuito
30. יֹותֵּרextremamente
38. ֶֶּ֫רגַּעrepentinamente
39. ֶַּּ֫יחְדָו/יַּחַּדjuntamente
41. שוְא
ָ falsamente
43. ֵּריקָםvãmente
Exceto para as três formas com terminação adverbial (## 36, 42, 43), todos estes advérbios são
usados também como substantivos e deve ficar claro que não há linha estrita alguma
separando estes advérbios de maneira de uma variedade de outros usos acusativos adverbiais
de substantivos.
p 660 1. ְו ֶאת־ ָה ֶָּ֫א ֶרץ הַּז ֹאת ֹלא־י ִ ְראֶהE esta terra nunca mais verá / E
עֹוד׃esta terra verá nunca mais.
Jr 22.12
Jr 44.17
3. ַאר ֵּאם
ְ ֶּ֫ע ֹ ֶרף וְֹלא־ ָפנִיםEu lhes mostrarei (meu)
pescoço e não (minha) face.
4. ְהֹורה תִ ָֽקַּח־לְָך
ָ מִכ ֹל ַּה ְב ֵּהמָה ַּהטLevarás contigo sete pares,
ש ֑תֹו ּוִמן־ְ ש ְבעָה אִיש ְו ִא ִ ש ְבעָה ִ machos e suas fêmeas, de
todos os animais limpos, e um
ַּה ְב ֵּהמָה ֲאשֶר ֹלא טְה ָֹרה הִיאpar, macho e sua fêmea, de
שתָֽ ֹו׃
ְ ש ֶַּּ֫ני ִם אִיש ְו ִא
ְ todo animal não limpo.
Gn 7.2
Nos primeiros dois exemplos a negativa לא vem antes do verbo, embora no primeiro o
elemento negado é o advérbio עודe no segundo o elemento negado é o objeto רעה. Nos ##
3–4, o item negativo לאvem antes do item negado específico. A preferência pela ênfase e
pela restrição no nível oracional, em vez de no nível de item, é semelhante ao tratamento da
negação. Na realidade, o hebraico possui apenas um importante item adverbial que não é
principalmente um advérbio oracional e mais comumente usado como tal, ( מאד## 5–6).
5. ַּויְנִי ִ ֵֶּּ֫חנִי אל־הַּר גָב ֹ ָּה מְא ֹדEle me levou a um monte muito
alto.
Ez 40.2
Uma variedade de advérbios causais pode ser usada como itens adverbiais, usualmente num
sentido elevado e freqüentemente em poesia; alguns desses usos são mencionados abaixo.
Is 2.4
Orações verbais dependentes podem ser negadas com ּפןpara uma oração de proposital finita
(# 3) e לבלתיou מןpara uma oração infinitiva (# 6); de outro modo, לאé usado (# 5).
3. ְועֵּינָיו ָהשַּע ּפֶן־י ְִראֶה ְבעֵּינָיוSelaseus olhos a fim de que
não vejam com seus olhos.
Is 6.10
Jr 16.12
Is 7.9
b Orações sem verbo são negadas com ( אֵּיןno construto; ## 6–7) ou raramente ( ֶַּּ֫אי ִןno
absoluto; # 8). Dois tipos freqüentes de orações negativas sem verbo são איןseguido por um
particípio (# 9) e איןcom um sufixo possessivo denotando o sujeito (## 10–11). Vários tipos de
negação podem ocorrer juntos (# 12).
p 662 10. אֵּי ֶֶּ֫ננִי נ ֹתֵּ ן ָלכֶם תֶ בֶן׃Não vos darei palha.
Êx 5.10
11. ֵּינמֹו
ֵּ ֶּ֑֫ ַּב ֲעמַּל אֱנֹוש אEles
não estão (envolvidos) na
dor humana.
Sl 73.5
12. אֵּין־ ָעי ֵּף ְואֵּין־כֹושֵּל בֹו ֹלאNão há entre elas cansado, nem
֑ ָ י ָנּום וְֹלא יquem tropece na estrada;
ִישן
ninguém tosqueneja, nem
dorme.
Is 5.27
b Os disjuntos são aqueles advérbios que modificam a oração em relação ao ato da fala. O
hebraico tem poucos disjuntos, todos raros. Em contraste, o português tem uma grande
quantidade de advérbios disjuntos, e eles são usados com freqüência e são imprecisamente
vertidos para o hebraico. Por esta razão, a categoria merece alguma atenção extra. Os
advérbios disjuntos em português transportam a atitude do falante para a forma do enunciado
(‘verdadeiramente, fielmente, asperamente’) ou para o seu conteúdo (‘definidamente,
naturalmente, certamente, claramente, realmente, verdadeiramente’). Ambos os tipos são
regularmente usados para verter a gama completa de advérbios hebraicos enfáticos,
especialmente quando uma dada forma não possui algum outro equivalente português. É
importante observar esta disparidade entre o português e o hebraico, a fim de que a prática da
tradução não obscureça o fato gramatical. Os dois disjuntos hebraicos referindo-se à forma são
ָא ְמנָהe ֻא ְמנָם( ָא ְמנָםem perguntas polares com )ה, ‘realmente, verdadeiramente’ (## 1–3).
As duas que se referem a conteúdo são ‘ אּולַּיtalvez’ (4–5) e מעַּט
ְ ‘um pouco, algo’ (# 6).
1. ָא ְמנָה ָאנֹכִי ָח ֶָּ֫טאתִיEm
verdade, (eu te digo que)
pequei.
Js 7.20
p 663 2. ָא ְמנָם י ְהֹוָה ֶהח ֱִֶּ֫ריבּו ַּמ ְלכֵּיVerdadeiramente, (eu te digo)
אַּשּור ֶאת־כָל־ ָהא ֲָרצֹותYHWH, que os reis da Assíria
assolaram todas as terras.
Is 37.18
3. ש ֶקר מ ִָל֑י
ֶ ֶּ֫ כִי־ָא ְמנָם ֹלא־Verdadeiramente, (eu assevero)
que minhas palavras não são
mentiras.
Jó 36.4
5. ִע ְמדִ י־נָא בַּ ָֽ ֲחב ַָּרי ְִך ּוב ְֶּ֫ר ֹבDeixa-te estar com os teus
ש ַּפי ְִך … אּולַּי תָֽ ּו ְכלִי הֹועִיל ָ ְכencantamentos … Talvez possas
tirar proveito com isso.
Is 47.12
Ez 11.16
O papel dos disjuntos pode ser desempenhado por não-advérbios, por exemplo, a frase
preposicional ‘ באמתna verdade’.
c Os advérbios que modificam uma oração em relação ao que segue ou, menos
freqüentemente, ao que precede, dividem-se em três categorias: partículas reconhecidas
como coordenadores (אף, )גם, uma série de partículas em K usualmente tomada como
marcadores lógicos (כי, כן, כה, )ככה, e os advérbios temporais comuns (אז, )עתה. As
gramáticas hebraicas tendem a atribuir papéis bem definidos a estas palavras, mas como os
léxicos geralmente reconhecem, estas atribuições não descrevem adequadamente os usos.
Todos estes termos possuem usos enfáticos bem amplos, como também sentidos específicos a
ser discutidos. A noção de que o uso amplo ou difícil de definir originou-se do uso estreito ou
fácil de definir é atrativa, mas provavelmente enganosa.
d Dos dois coordenadores principais, אףé o mais simples e mais próximo a ו, às vezes
escassamente distinto dele (# 7); אףtambém pode servir como um correlativo, alinhando a
situação desta oração com a da oração precedente. As orações envolvidas nesse tipo de
correlação são independentes (# 8), e assim, tal par é distinto da combinação ְכprótase + כֵּן
apódose (38.5). Seguido por כי, אףpode desempenhar um papel enfático (## 8–9). O segundo
coordenador principalגם, embora seja usado como um item adverbial, geralmente possui
mais distintamente uma força lógica do que אף, ainda que ele possa ser usado como um
enfático (## 10–11), freqüentemente seguido de um pronome. Ele pode sinalizar um clímax
final numa exposição (## 12–13) e é o único advérbio hebraico que marca um final de discurso
– todos os outros marcam inícios e meios. A partícula pode servir como um correlativo, numa
apódose após ( יען## 14–15) ou após uma oração dependente (# 16).
Ez 15.5
9. ש ָפטַּי ה ָָרעִים
ְ ִי־ַאר ַּבעַּת
ְ …ַאף כQuanto mais, quando eu
ִ enviar os
ש ַּלחְתִי meus quatro maus
julgamentos …
Ez 14.21
10. ֻכלָם יַּעֲנּו וְי ֹא ְמרּו ֵּא ֶֶּ֫ליָך גַּם־Todos estes falarão (lit.,
ַּאתָ ה ֻחלֵּיתָ כ ֶָּ֫מֹונּו ֵּא ֵֶּּ֫לינּוresponderão) e te dirão: Tu
também, realmente, estás fraco
ש ְלתָ׃
ָ ֶּ֫ נִ ְמcomo nós? E és semelhante a
nós?
Is 14.10
11. שֹוחֵּט הַּשֹור ַּמכֵּה־אִיש זֹו ֵּב ַּחO que imola um boi é como o
ַּהשֶה ע ֵּ ָֹֽרף ֶכלֶב … גַּם־ ֵּהמָהque comete homicídio. O que
sacrifica um cordeiro é
ָבחֲרּו ְבד ְַּרכֵּיהֶםassassino de um cão … Eles
escolheram claramente os seus
próprios caminhos.
Is 66.3
שמְחּו לְָך
ָ ִרנָ ָֽה׃ גַּם־בְרֹושִיםAssim, eles (os habitantes da
terra) irrompem em exaltação.
Até mesmo os ciprestes
exultam ti.
Is 14.7–8
13. ְב ַּח ְלקֵּי־ ֶַּּ֫נחַּל ֶח ְלקְֵּך הֵּם הֵּםA tua herança está entre as
ש ַּפכְתְ נֶסְֶך
ָ גֹורלְֵּך גַּם־ ָלהֶם ָ pedras lisas dos ribeiros. Estas,
estas são a tua porção. Sobre
ֶה ֱעלִית ִמנְחָהelas, até mesmo, derramas a
tua libação e lhes apresentas
ofertas de manjares.
Is 57.6
15. ֶַּּ֫יעַּן ֲאשֶר ֹלָֽא־זָכ ְַּרתְ י ֶאת־יְמֵּיVisto que não te lembraste dos
ְעּורי ְִך … ְוגַּם־ ֲאנִי הֵּא דַּ ְרכְֵּך ֶַּּ֫ נdias da tua mocidade … em
recompensa eu também farei
בְר ֹאש נָ ֶַּּ֫תתִ יrecair sobre a tua cabeça (o
fardo do) teu procedimento.
Ez 16.43
16. ִירי ָה ֶֶּ֫ שמְעּו ַּמטֶה … ֲאשֶר ֲעש ִ Ouvi, ó tribos … cujos ricos da
ְרּו־ש ֶקר
ָ ֶּ֑֫ ש ֶֶּ֫בי ָה דִ בְ ָֹֽ מָ ָֽלְאּו ָחמָס וְיcidade estão cheios de
violência, e cujos habitantes
ּולְשֹונָם ְר ִמּי ָה ְבפִיהֶ ָֽם׃ ְוגַּם־ ֲאנִיfalam mentiras, e a língua deles
ַּכֹותָך
ֶ ֶּ֑֫ ֶה ֱח ֵֶּּ֫ליתִ י הé enganosa na sua boca. Eu, em
recompensa, farei sua ferida
pior (lit., farei dolorida sua
ferida).
Mq 6.9, 12–13
Is 1.27, 29–30
Sl 3.8
Is 14.29
20. ֲהשִי ֵֶּּ֫בנִי ְוא ֶָּ֫שּובָה כִי ַּאתָ ה י ְהֹוָהTraga-me de volta, para que eu
אֱֹלהָ ָֽי׃possa voltar, porque tu é YHWH
meu Deus.
Jr 31.18–19
Jz 5.31
Jr 14.10
23. ְו ֵּאת ֶּּ֫פ ֹעַּל יהוה ֹלא י ַּ ִֶּ֫ביטּוEles não consideram os feitos
ּו ַּמ ֲעשֵּה י ָדָ יו ֹלא ָר ָֽאּו׃ יג ָלכֵּןde YHWH. Eles não olham para
as obras das suas mãos. (Sendo
ִי־דעַּת ּוכְבֹודֹו ֑ ֶָּ֫ ָגלָה ַּעמִי ִמ ְבלassim,) pois, o meu povo será
ְמתֵּ י ָרעָב וַּ ָֽהֲמֹונֹו ִצחֵּה צָמָ ָֽא׃ ידlevado cativo, por falta de
ָלכֵּן ה ְִר ִֶּ֫חיבָה שְאֹול נַּ ְפשָּהentendimento. A sua glória é
fazer homens sofrer de fome e
a sua multidão está seca de
sede. (Sendo assim,) pois, o Seol
aumentou o seu apetite.
Is 5.12–14
24. ָ( ֵּמתִ ים בַּל־יִחְיּו … ָלכֵּן ּפָקֶַּּ֫ דְ תEstando) mortos, eles (outros
ְ ַּוַּתdeuses) não podem viver… isso
שמִידֵּ ם
sendo assim, tu os visitaste com
destruição.
Is 26.14
25. כִי ַּמ ֲעלֵּה הַּלּוחִית ִב ְבכִי ַּי ָֽ ֲעלֶה־Item: Subida de Luíte — eles o
ֶ ֶּ֫ בֹו כִי דֶֶּ֫ ֶרְך חֹור ֶַֹּּ֫ני ִם ז ַּ ֲע ַּקת־montam em lágrimas. Item:
שבֶר
Caminho de Horonaim —eles
… י ְע ֹ ֵֶּּ֫ערּו׃ … כִ ָֽי־יָבֵּש ָחצִירlevantam grito de destruição.…
שאָּֽום׃ ָ ִ עַּל־כֵּן י ִתְ ָרה ע ָ ָ֑שה … יItem: seca-se o pasto … Como
resultado, o que eles pouparam
… eles depositam.
Is 15.5–7
26. … כִי ֶאת־ ַּמ ְעשַּר בְנֵּ ָֽי־יִש ְָראֵּלNa verdade, o dízimo dos
נָתֶַּּ֫ תִ י ַּל ְל ִוּי ִם לְנַּ ָֽ ֲחלָה עַּל־כֵּןisraelitas… eu dou aos levitas
como herança. Como resultado,
ָא ֶַּּ֫מ ְרתִ י ָלהֶם … ֹלא יִנְחֲלּוeu os ordenei … que eles não
נַּחֲלָ ָֽה׃herdem qualquer (outra)
herança.
Nm 18.24
Além de servir como um advérbio constituinte de lugar (‘aqui’), כהé usado para introduzir
fala (especialmente com )אמרação (especialmente com ;)עשהele assim inicia uma seção do
discurso (# 27; cf. # 28). A partícula intimamente relacionada ככהpode introduzir fala que
aponta para trás, ao que precede (# 28) ou ela pode sumariar material precedente (# 29).
Nm 6.23–24
Jr 19.10–11
29. ז ֹאת ֲאשֶר לַּ ָֽ ְל ִוּי ִם ִמבֶן ָחמֵּשIsto é o que diz respeito aos
… שנָה ָו ֶַּּ֫מ ְעלָה י ָבֹוא ָ ְו ֶעש ְִריםlevitas: da idade de vinte e
cinco anos para cima (cada um
שמְר ֹתָ ם׃ְ ֶָּ֫ככָה תַּ ֲעשֶה לַּ ָֽ ְל ִוּי ִם ְב ִמdeles) entrará.… Do modo
precedente farás com os levitas
quanto aos seus deveres.
Nm 8.24, 26
Os advérbios de tempo עתהe אז / ֲאזַּיtêm, além de seu uso temporal, um uso lógico ou
enfático; estes dois usos se fundem em tradução e comentário, porque muitas línguas
atribuem valor lógico (cf. português ‘já que… , então…’) ou mesmo valor enfático (cf.
português ‘Agora pois…’) a palavras de tempo. Contudo, os conjuntos de usos são mais bem
distinguidos, a fim de evitar equívoco quanto ao sentido global de uma passagem. A força
lógica de עתהusualmente é confinada à combinação ועתה, introduzindo um desvio de rumo
argumentative com uma continuidade no assunto e na referência (# 30 duas vezes). No
exemplo, ועתהsepara três estágios de discussão de um tópico único. A partícula אזé mais
diversa. Ela pode marcar uma volta lógica (## 31–32) ou, em verso, desempenha um papel
enfático (# 33). O papel enfático é problemático porque quase qualquer par de orações numa
seqüência (gramatical) pode ser entendido como estando em seqüência temporal. Tanto אז
como אז ַּי
ֲ podem introduzir a apódose de um período condicional (# 34).
30. ֶֶּ֫כ ֶרם ָהי ָה לִידִ ידִ י … ַּוי ְ ַּעז ְקֵֶּּ֫ הּוO meu amado tinha uma
… ַּוּי ִ ָט ֵֶּּ֫עהּו ש ֵֹּרק … ַּויְקַּוvinha… Ele a capinou … e a
plantou de vides… Ele esperava
ַּלעֲשֹות ֲענָבִים ַּו ֶַּּּ֫יעַּש ְבא ִֻשָֽים׃que desse uvas boas, mas deu
… ש ֶַּּ֫לםָ ְועַּתָ ה יֹושֵּב י ְר ָּֽוervas daninhas. E agora que
שפְטּו־נָא בֵּינִי ּובֵּין כ ְַּרמִ ָֽי׃ מַּה־ ִ sabeis estes fatos básicos, ó
שיתִ י ִ ֶּ֫ ַּלעֲשֹות עֹוד ְלכ ְַּרמִי וְֹלא ָעmoradores de Jerusalém…
julgai entre a minha vinha e
בֹו … ְועַּתָ ה אֹודִ ָֽיעָה־נָא ֶאתְ כֶםmim: Que mais se podia fazer
שר־ ֲאנִי עֹשֶה ְלכ ְַּר ִ ֑מי ֶ ֵּאת ֲאainda à minha vinha, que eu lhe
não tenha feito…? E agora (que
vós já formastes o julgamento),
eu revelarei o que decidi fazer à
minha vinha.
Is 5.1–5
31. הַּּיֹום י ָדֶַּּ֫ עְנּו כִי־בְתֹו ֵֶּּ֫כנּו יהוהHoje, sabemos que YHWH está
ֲאשֶר ֹלא־ ְמ ַּעלְתֶ ם בַּיהֹוָה ַּה ֶַּּ֫מעַּלno meio de nós, porquanto não
agistes arrogantemente contra
ַּה ֶז֑ה ָאז ִה ַּצלְתֶ ם ֶאת־ ְבנֵּיYHWH. (Como resultado,
יִש ְָראֵּל ִמּי ַּד יהוה׃podemos concluir), agora, (que)
livrastes israelitas do poder de
YHWH.
Js 22.31
p 668 32. ֶָּ֫למָה ֹּלא מ ֵֶֶּּ֫רחֶם ָאמּות … ִכי־Por que não morri eu na
שנְתִ י ָ עַּתָ הmadre? Por que não expirei ao
ַּ ֶּ֫ ָ ש ֶַּּ֫כבְתִ י ְו ֶאשְקֹו֑ ט י
sair dela? … Se isso tivesse
ָאז י ָנּו ַּח לִי׃acontecido, já agora repousaria
tranqüilo; dormiria, e, como
resultado, tudo estaria bem
comigo.
Jó 3.11, 13
Is 41.1
34. ש ֶָּ֫הי ָה ֶָּ֫לנ֑ ּו בְקּום ֶ לּולֵּי י ְהֹוָהNão fosse YHWH, que esteve ao
ָ ָע ֵֶּּ֫לינּוnosso lado, quando os homens
ָאדָֽם׃ ֲאז ַּי ַּחּי ִים ְבל ֶָּ֑֫עּונּו
se levantaram contra nós,
então eles nos teriam engolido
vivos.
Sl 124.2–3
g O intensificador adverbial מאדé mais freqüente como um item adverbial do que como
um advérbio oracional, mas desde que nesta capacidade ele quase sempre modifica verbos
estativos (## 35–37), não há necessidade de separar os usos muito estritamente. Com formas
de כבד, por exemplo, encontramos o adjetivo כבֵּד
ָ usado com מאדpara ‘extremamente rico’
(Abraão, Gn 13.2) ou ‘opressivamente severa’ (fome, Gn 41.31), e nós também encontramos
ָכבְדָ הcom מאדpara ‘clamorosamente sério’ (pecado, Gn 18.20).
35. ַּוּי ִ ְבטְחּו … ְועַּל ּפ ָָרשִים כִי־Eles confiam em.… cavalos —
36. עַּל־זָקֵּן ִה ְכבַּדְ תְ ֻעלְֵּך מְא ֹד׃E até sobre os velhos fizeste o
teu jugo excessivamente
pesado.
Is 47.6
Is 52.13
a A categoria dos advérbios oracionais restritivos inclui uma gama de partículas que se diz
funcionarem como entidades restritivas, exceptivas, adversativas ou limitativas. Estes
advérbios colocam-se em termos de sentido entre os advérbios negativos e os enfáticos:
geralmente eles são essencialmente negadores da continuidade entre orações e realçam o
status especial da oração em que ocorrem. Na verdade, poderia bem ser argumentado que
estes constituem uma classe especial de advérbios enfáticos; eles certamente mostram uma
unidade maior do que a classe enfática como um toso. Além disso, como veremos, estes
advérbios freqüentemente possuem estritamente funções enfáticas.
c A série completa de usos é evidente com רק, que juntamente com אְךé o mais comum
desses advérbios. O sentido restritivo imediato de רקé encontrado quando ele se situa
inicialmente (## 1–2) ou medialmente (# 3) em sua oração; as glosas portuguesas padrão
refletem a polaridade da oração precedente: após uma oração positiva ‘apenas’, e após uma
oração negativa, ‘mas, exceto’. O sentido restritivo geral é encontrado em dois contextos: raq
pode introduzir um sumário (geralmente com instruções; # 4) ou um esclarecimento (## 5–6)
do que precede. O sentido restritivo não especificado (i.e., onde a situação a ser qualificada
não é descrita) tem com רק, como acontece com outros advérbios deste grupo, um efeito
enfático (# 7).
1. ְוסָרּו ַּה ְצפ ְַּרדְ עִים ִממְָך … ַּרקAs rãs serão retiradas de ti.…
Êx 8.7
2. ַּועֲשּו ָלהֶן כַּטֹוב בְעֵּ ָֽינֵּיכֶם ַּרקFazei o que quiserdes com estas
( ָל ֲאנָשִים ָהאֵּל ַאל־תַּ עֲשּו דָ בָרmulheres). Somente nada
façais a estes homens.
Gn 19.8
3. ּפ ְִרי ַאדְ ָמתְ ָך … י ֹאכַּל עַּם ֲאשֶרUm povo que não conheces
ֹלא־י ֶָּ֫ ָ֑דעְתָ ְו ָה ִֶּ֫ייתָ ַּרק עָשּוקconsumirá o fruto da vossa
terra.… e tu nada serás, mas
ו ְָרצּוץ כָל־ ַּהּי ָמִ ָֽים׃oprimido e esmagado para
sempre.
Dt 28.33
Dt 4.1–2, 4, 9
Dt 12.13, 15
6. ַּוּי ֶ ֱאהַּב שְֹלמ ֹה ֶאת־יהוה ָל ֶֶּ֫לכֶתSalomão amou YHWH (e
ְבחֻקֹות ָדוִד ָאבִיו ַּרק ַּבבָמֹותdemonstrou isto) seguindo as
práticas de seu pai Davi.
הּוא ְמז ַּ ֵּב ַּח ּו ַּמ ְקטִ ָֽיר׃Todavia, [esta devoção não foi
perfeita—] ele ofereceu
sacrifícios nos lugares altos.
1Rs 3.3
7. שמ ְַּרתֶ ם … כִי הִוא ָח ְכ ַּמתְ כֶם ְ ּוObserva-os … porque isto será a
… ְלעֵּינֵּי הָ ָֽ ַּעמִים ֲאשֶר י ִשְ ְמעּוןtua sabedoria … aos olhos dos
povos, que ouvirão (de) todos
אֵּת כָל־הַּ ָֽ ֻחקִים ָה ֵֶּּ֫אלֶה וְָאמְ רּוestes estatutos e dirão: [Em
ַּרק עַּם־ ָחכָם ְונָבֹון הַּגֹוי ַּהגָדֹולface disto poderíamos ter
ַּהז ֶה׃pensado de modo contrário]
mas esta grande nação é um
povo sábio e entendido.
Dt 4.6
d Como ocorre com os advérbios enfáticos há uma série de advérbios restritivos em k: אְַּך
e ;ָאכֵּןalguns usos de כיtambém são dignos de nota aqui. O mais comum dos advérbios
restritivos, אְך, é usado como um item adverbial e como um advérbio oracional restringindo
de um modo geral o que precede, oferecendo esclarecimento (# 8) ou instrução (## 9–10), ou
realçando uma conclusão inesperada (# 11). Os dois usos podem ser achados juntos numa
única passagem (# 12). Diferentemente de אְך, אכן reverte ou restringe o que precede
imediatamente (## 13–14); como אְך, אכןtem um sentido geral enfático (# 15), indicando um
“reconhecimento repentino em contraste ao que era assumido até então”.
8. ָל־רמֶש ֲאשֶר הּוא־חַּי ָלכֶם ֶֶּ֫ כTudo o que se move e vive ser-
י ִ ְהי ֶה לְָאכ ְָל֑ה … אְַּך־ ָבשָרvos-á para alimento.… Contudo
[isto deriva do entendimento de
ְבנַּפְשֹו דָ מֹו ֹלא ת ֹא ֵֶּּ֫כלּו׃que], não comereis carne com
sua força viva (i.é.), com seu
sangue (ainda nela).
Gn 9.3–4
9. שמַּע בְקֹלִי
ְ ָעלַּי ִק ְללָתְ ָך ְבנִי אְַּךTua maldição seja sobre mim,
meu filho, [isto sendo
entendido], apenas me
obedeça.
Gn 27.13
10 בֹאִי ֲעשִי כִדְ ב ֵָּרְך אְַּך ֲעשִי־לִיVai e faze o que disseste.… mas
… ֻעגָה ְק ַּטנָה ב ִָראשֹנָהprimeiro faze dele para mim um
bolo pequeno.
1Rs 17.13
p 671 11. ַּוּי ְַּרא אֶת־ ֱאלִיָאב ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר אְַּך ֶֶּ֫נגֶדE ele olhou a
Eliabe e disse:
[י ְהֹוָה ְמשִיחֹוָֽ׃Antes eu não
conhecia quem
eu estava procurando, mas aqui
ele está —] Certamente, está
perante YHWH o seu messias.
1Sm 16.6
12. ִחז ְקּו ְפנֵּיהֶם ִמ ֶֶּ֫סלַּע ֵּמ ֲאנּוEles endureceram o rosto mais
לָשּוב׃ ַּו ֲאנִי ָא ֶַּּ֫מ ְרתִ י אְַּך־ ַּדלִיםdo que uma rocha e recusaram
arrepender-se. Eu disse: Mas
[ ֵּ ֑הם נֹואֲלּו כִי ֹלא ָי ָֽדְ עּו דֶֶּ֫ ֶרְךeu estava errado em olhar para
יהוה … ֵּא ְלכָה־לִי אֶ ל־ ַּהגְדֹלִיםlá] são apenas os pobres que
… … כִי ֵֶּּ֫המָה י ָדְ עּו דֶֶּ֫ ֶרְך יהוהsão insensatos. Eles claramente
שבְרּו ע ֹל ָ ֶּ֫ אְַּך ֵֶּּ֫המָה יַּחְדָ וnão sabem o caminho de
YHWH.… Irei aos grandes.… Eles
certamente saberão o caminho
de YHWH.… Mas certamente
[que estava extraviado de
mim—] eles todos juntos [ricos
e pobres] quebraram o jugo.
Jr 5.3–5
Is 49.4
Is 53.3–4
15. שיתִ י ֶֶּ֫א ֶרץ … ָאכֵּן ַּאתָ ה ִ ֶּ֫ ָאנֹכִי ָעEu fiz a
terra, [diz YHWH e,
אֵּל ִמסְתַּ ֵּ ֑תרportanto,se poderia pensar
que YHWH deveria ser visível] …
mas [isto não é assim—] tu és
um Deus que se oculta. Is 45.12,
15
Relacionado aos usos de אכןpara restringir a oração imediatamente precedente está o uso
restritivo de ( כי# 16) e כי אםnuma oração que segue uma outra negativa; a combinação כי
אםpode ser usada para restringir material geralmente precedente (# 18).
16. שתְ ָך ֹלא־תִ ק ְָרא אֶת־
ְ ש ַָּרי ִאQuanto a Sarai, tua mulher — já
שמָּה׃
ְ ש ָרה ָ ש ָ ֑רי כִי
ָ שמָּה ְ não lhe chamarás Sarai. Em vez
disso, seu nome é Sara.
Gn 17.15
Dt 7.3,5
18. וַּּי ֹא ְמרּו ֹּלא כִי אִם־ ֶֶּ֫מלְֶך י ִ ְהי ֶהEles disseram: Não! Não
ָע ֵֶּּ֫לינּו׃obstante, que haja um rei sobre
nós.
1Sm 8.19
e Do restante, advérbios menos restritivos, apenas ֲאבָל exibe os três padrões vistos
anteriormente: ele pode restringir uma oração imediatamente precedente (# 19) ou materiais
p 672 geralmente precedentes (## 20–21), e pode marcar uma reversão em expectativas ou
crenças (# 22). Este último uso enfático está desaparecido de אפסe אולם. Ambos אפסe
אפס כיrestringem material precedente geral, oferecendo esclarecimentos (## 23–25), e a
última combinação também pode restringir a oração imediatamente precedente (# 26). A
partícula אּולָםserve apenas para restringir uma oração em relação a uma oração precedente
(## 27–28).
20. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר אֱֹלהִים ֲאבָל ש ָָרהDeus disse: [Não ponha tuas
ְ ִאesperanças sobre Ismael—] de
שתְ ָך ילֶדֶ ת לְָך בֵּן
fato, Sara, tua mulher primária,
te dará um filho.
Gn 17.19
21. ו ֶַּּּ֫י ֹאמֶר ֲהי ָדַּ עְתָ לָ ָֽמָה־ ֶָּ֫באתִ י ֵּא ֶֶּ֫ליָךE ele disse: Sabes por que eu
ְועַּתָ ה ָאשּוב ְל ִה ָלחֵּם עִם־שַּרvim a ti? Eu devo tornar agora
para pelejar contra o príncipe
ּפ ָ ָ֑רס … ֲאבָל ַּאגִיד לְָך ֶאת־dos persas.… Contudo, eu te
ה ָָרשּוםdeclararei o que está expresso
na escritura.
Dn 10.20–21
Gn 42.21
23. גַּם־י ְהֹוָה ֶה ֱעבִיר ח ַָּטָֽאתְ ָך ֹלאNão obstante, YHWH [de sua
תָ מָּֽות׃ ֶֶּ֫אפֶס כִי־נִ ֵּאץ נִ ֶַּּ֫אצְתָ ֶאתparte] transferiu o teu pecado.
Tu não morrerás. Todavia,
[ד ]בר יהוה בַּדָ בָר ַּהז ֶה גַּם ַּהבֵּןdesde que profanaste a palavra
ַּהּי ִלֹוד לְָך מֹות י ָמּות׃de YHWH neste assunto, o filho
que te nascerá morrerá.
25. הָֹלְך ֵּאלְֵּך ִע ָמְך ֶֶּ֫אפֶס כִי ֹלאEu irei contigo, porém
ְ [תִ ְהי ֶה תִ פcontrário às tuas expectativas]
ְַארתְָך
não haverá glória para ti.
Jz 4.9
Am 9.8
27. ַּוּיִק ְָרא ֶאת־שֵּם־ ַּהמָקֹום הַּהּואEle chamou àquele lugar Betel.
בֵּית־אֵּל וְאּולָם לּוז שֵּם־ ָהעִירTodavia, no passado o nome da
cidade era Luz.
ל ִָראָֽשֹנָה׃
Gn 28.19
28. וְכ ֹל ֲאשֶר ָלאִיש י ִתֵּ ן ְבעַּדTudo que uma pessoa tem dará
por sua vida.
p 674 40
40.2 Exclamações
40.1 Introdução
2. ש ָל ֵֶּּ֫חנִי׃
ְ וָאֹמַּר ִהנְנִיE eu disse; “Eis-me aqui, envia-
me a mim”.
Is 6.8
3. ַּוּיֻגַּד ַּל ֶמלְֶך … כִי נָס יֹוָאב אֶל־E disseram ao rei que Joabe
ֶּ֫א ֹהֶל יהוה ְו ִהנֵּה ֵֶּּ֫אצֶל ַּה ִמז ֵּ ְ֑ב ַּחtinha fugido para o tabernáculo
de YHWH; e eis que estava junto
ao altar
1Rs 2.29
Gn 38.13
Js 2.2
p 676 Relacionado com este sentido de imediação está o uso de והנהcomo uma ponte para
apresentar com emoção uma oração nominal (38.8) ou percepção, seja depois de um verbo de
percepção (# 8) ou depois que uma nova situação de percepção for descrita (## 9–10). Nos
últimos exemplos o verbo é geralmente omitido por causa da “vividez”. Nesses usos
freqüentemente é melhor que והנהfique sem ser traduzido.
1Rs 10.7
1Rs 3.21
12. ש ֶַּּ֫מעְנּו כִי ַּמ ְלכֵּי בֵּיתָ [ ִהנֵּה־נָאVisto que] já temos ouvido que
ש ָראֵּל כִ ָֽי־ ַּמ ְלכֵּי ֶֶּ֫חסֶד ֵּ ֑הםְ ִ יos reis da casa de Israel são
clementes – ponhamos, pois,
שקִים ְב ָמתְ ֵֶּּ֫נינּו ַּ שימָה נָא ִ ֶּ֫ ָנsacos nos lombos…
1Rs 20.31
13. [ ִהנֵּה ֶַּּ֫בעַּל ַּהחֲֹלמֹות ַּה ָלז ֶה בָא׃Visto que] lá vem o sonhador-
ְועַּתָ ה לְכּו ְונַּה ְַּר ֵֶּּ֫גהּוmor! – vinde, pois, agora, e
matemo-lo.
Gn 37.19–20
14. ָ ֲאנִי ִהנֵּה ב ְִריתִ י ִא ָ ֑תְך ְו ָה ִֶּ֫ייתA minha aliança é contigo (ou,
לְַאב הֲמֹון גֹוי ִם׃quanto a mim, porque a minha
aliança é contigo) e eis que
serás o pai de uma multidão de
nações.
Gn 17.4
15. ְו ִהנֵּה אֵּין־יֹוסֵּף ב ַּ֑בֹור ַּוּי ִ ְק ַּרעPorque José não estava na cova,
ֶאת־ ְבגָדָ יו׃então rasgou os seus vestidos.
Gn 37.29
17. ִהנֵּה יָמִים ָבאִים ְוגָדַּ עְתִ י ֶאת־Virá um tempo em que farei
ז ְרֹעֲָךcessar a tua força (ou, quando
no futuro.…)
1Sm 2.31
19. ִהנֵּה ָהאֵּש ְו ָה ֵּעצִים ְו ַּאּי ֵּה ַּהשֶהEis aqui o fogo e a lenha, mas
לְעֹלָה׃onde está o cordeiro para a
ʿōlâ?
Gn 22.7
2Rs 7.19
e Além de servir como uma ponte para apresentar uma oração substantiva de percepção,
הנה pode, também, funcionar como uma ponte para ligação lógica entre uma oração
precedente e a oração que ela apresenta, seja verbal (## 21,27,28,31) ou participial p 678 (##
22–24,26,29–30) ou sem verbo (# 25). Esta função de ponte pode envolver uma relação causal
(# 21), uma condição (# 32) ou circunstância (## 23–24), uma reversão de expectativas (## 25),
a apódose a uma oração temporal dependente (## 26–27), um resultado (## 28–30), ou uma
concessão (# 31).
21. ַּו ֶָּּ֫י ָרץ … ְו ִהנֵּה ֵּהחֵּל ַּה ֶֶּ֫נגֶף ב ָ ָ֑עםEele correu… porque a praga
tinha começado (a espalhar-se)
entre o povo.
Nm 17.12
22. ְו ָע ַּמ ְדתָ … ְו ִהנֵּה יהוה עֹבֵּרPermanece.… porque YHWH vai
passar.
1Rs 19.11
23. ַּוּי ָב ֹא אֶל־ ָהאִיש ְו ִהנֵּה עֹמֵּד עַּל־Veio ao homem, enquanto ele
ַּה ְג ַּמלִיםestava em pé junto aos camelos
na fonte.
Gn 24.30
24. עֹוד שַָאר ַּה ָקטָן ְו ִהנֵּה רֹעֶהAinda resta o mais jovem, que
ב ַּ֑צ ֹאןestá cuidando do rebanho.
1Sm 16.11
Is 22.12–13
26. ַּויְהִי־הּוא ט ֶֶרם ִכלָה לְדַּ בֵּרAntes que ele tivesse acabado
ְו ִהנֵּה ִר ְבקָה יֹצֵּאתde falar apareceu Rebeca.
Gn 24.15
28. ַּוּי ַּכֹו ָה ֶאחָד ֶאת־ ָה ֶאחָד ַּו ֶָּּ֫ימֶתAssim um feriu o outro e o
ְ א ֹתֹו׃ ְו ִהנֵּה ֶָּ֫קמָה כָל־ ַּה ִמmatou. Assim agora todo o clã
ש ָּפחָה
desapareceu…
2Sm 14.6–7
29. הֵּן לִי ֹלא נָתֶַּּ֫ תָ ה ֶָּ֫ז ַּרע ְו ִהנֵּה בֶן־Tu não me deste filho; assim
יֹורש א ֹתִ י׃ ֵּ בֵּיתִ יum nascido em minha casa será
meu herdeiro.
Gn 15.3
30. תֶֶּ֫ בֶן אֵּין נִתָ ן לַּ ָֽ ֲעבָדֶֶּ֫ יָך … ְו ִהנֵּהPalha não se dá a teus servos…
ֲעבָדֶֶּ֫ יָך ֻמכִיםe assim teus servos são
açoitados.
Êx 5.16
נָתַּ ן י ָדֹוjuramento,
quebrantando a
aliança, ainda que tivesse feito
com aperto de mão.
Ez 17.18
b Um juramento não precisa ser apresentado por uma exclamação. Não precisa ter
nenhuma apresentação ou pode ser precedido pela partícula ‘( כיcertamente’, 39.3.4c;
positiva, # 1), ( אםnegativa; # 2), ( אם לאpositiva; # 3), ou ( כי אםpositiva; # 4); somente
com as partículas, o juramento tem a forma de uma prótase sem qualquer apódose. Um
juramento pode, também, ser precedido pelo termo חי+ um nome (ou algo poderoso ou um
substituto sagrado); o termo é às vezes pontuado como חַּי (talvez um verbo, mas
provavelmente um substantivo), e às vezes ) ַּחי ִים <( חֵּי. A combinação חי+ nome é seguida
por uma oração com ( כיpositiva; # 5), ( אםnegativa; # 6), ( אם לאpo-sitiva; # 7), ou כי אם
(positiva # 8); os dois itens são gramaticalmente independentes (observe o # 9), apesar da
tradução padrão da frase ḥy como uma prótase e da oração ʾm como sua apódose (‘Como
YHWH vive, possa…’).
Am 4.2
Jr 44.26
Is 14.24
4. שבַּע יהוה ְצבָאֹות ְבנַּפ ְ֑שֹו כִי ְ ִנYHWH Ṣbʾwt jura por si mesmo:
“אִם־ ִמלֵּאתִ יְך ָאדָ םCertamente te encherei de
homens”.
Jr 51.14
2Sm 12.5
p 680 7. חַּי־ָאנִי אִם־ֹלא אָ ָֽלָתִ י ֲאשֶר ָבז ָהMinha (de YHWH) vida! Eu trarei
… ּונְ ַּתתִ יו בְר ֹאשֹו׃sobre a sua cabeça meu
juramento, que desprezou…
Ez 17.19
8. ו ֶַּּּ֫י ֹא ֶמר דָ וִד חַּי־יהוה כִי ִאם־Disse mais Davi: “Vive YHWH!
certamente o ferirá ou
יהוה י ִ ָג ֶֶּ֫פנּו אֹו־יֹומֹו י ָבֹוא ָומֵּתYHWH
seu dia chegará em que morra”.
1Sm 26.10
c Um juramento negativo pode ser apresentado pela frase ָח ִֶּ֫לילָה לִי, convencionalmente
‘longe esteja de mim’, seguida por uma oração dependente especificando o resultado não
desejado; essa oração começa com ( מן# 10) seguida de um infinitivo ou ( אם# 11) seguida de
uma forma de prefixo.
11. ָח ִֶּ֫לילָה לִי מֵּיהוה אִם־ ֶאעֱשֶ הYHWH me proíba que eu faça tal
ֶאת־הַּדָ בָר ַּהז ֶהcoisa!
1Sm 24.7
d Desejos podem ser expressos em orações independentes completas (p. ex., com מִי י ִתֵּ ן
ou ַא ֲחלַּיcom uma forma de prefixo) ou em prótase destituída de apódose, apresentada por
( אְם# 12) ou, na maioria das vezes ( לּו## 13–15).
12. שמַּע־לִי׃
ְ ִיִש ְָראֵּל אִם־תAh, Israel, se me ouvisses!
Sl 81.9
13. ְֹותי
֑ ָ שבָתָ ְל ִמצ
ַּ ֶּ֫ לּוא ִה ְקAh!
Se tivesses dado ouvidos
aos meus mandamentos!
Is 48.18
Jó 6.2
15. לּו־ ֶַּּ֫מתְנּו ְב ֶֶּ֫א ֶרץ ִמצ ְֶַּּ֫רי ִםAh! se morrêramos na terra do
Egito!
Nm 14.2
p 681 1. ֹאשי
֑ ִ ו ֶַּּּ֫י ֹא ֶמר אֶל־ָאבִיו ר ֹאשִי רE ele disse ao seu pai: A minha
cabeça! A minha cabeça!
2Rs 4.19
Sl 1.1
3. ַּאש ְֵּרי ֲאנָשֶיָך ַּאש ְֵּרי ֲעבָדֶֶּ֫ יָךAs alegrias dos teus homens, as
ֵֶּּ֫אלֶה ה ָָֽע ֹ ְמדִ ים ְל ָפ ֶֶּ֫ניָך תָ מִידalegrias destes teus servos que
estão sempre diante de ti!
1Rs 10.8
5. שנָה ְו ִלבִי ֵּ ֑ער קֹול דֹול ֵּ ְ ֲאנִי יEu dormia enquanto meu
דֹודִ י דֹופֵּקcoração velava. Ouve! Meu
amado está batendo!
Ct 5.2
a Há uma meia dúzia de clamores que estão convenientemente associados com aflição.
Somente dois são comuns: ( הֹויcerca de 50 vezes, sempre nos profetas) e ( אֹויcerca de p 682
25 vezes). O clamor הויpode ser seguido por um vocativo (# 1) ou um tópico (# 2); em cada
caso o substantivo seguinte está justaposto a הוי. Em vários casos a partícula não tem, de
modo algum, o sentido de aflição; é meramente um chamamento e convencionalmente
traduzida por ‘Oh!’ (## 3). Às vezes o clamor apresenta um discurso posterior, sem que o foco
pessoal do clamor seja especificado (# 4). Embora seja geralmente proferido, o clamor pode
ser citado (# 1).
Jr 22.18
Is 28.1
3. ה ֹוי כָל־ ָצמֵּא לְכּו ַּל ַּמי ִםÓ vós tos os que tendes sede,
vinde às águas!
Is 55.1
Is 10.5
O clamor אויé geralmente seguido por um tópico; se o tópico é um pronome, recebe um ( ל#
5), mas se é uma frase substantiva, é simplesmente justaposto (# 6). Também, geralmente é
pronunciado, mas pode ser apenas citado (# 7, a única ocorrência de ֲאבֹוי, outro clamor de
aflição).
Jr 13.27
7. ְלמִי אֹוי ְלמִי אֲבֹוי ְלמִי ִמדְ ָונִיםPara quem são os “Ais!” Para
ְלמִי שִיחquem são os “Uis”? Para quem
são as pelejas? Para quem são
as queixas?
Pv 23.29
b Os clamores restantes são raros. A forma ( ֶַּּ֫א ְללַּיMq 7.1) / ( ַא ְל ֶַּּ֫ליJó 10.15) é sempre
seguida por ;ליé pronunciada uma vez (Mq 7.1) e citada uma vez. Em Eclesiastes איé usada
nas formas ( אִילֹו4.10, seguida por uma aposição, seguida por uma oração relativa) e אי־לְך
(10.16, seguida por um vocativo, seguido por uma oração relativa). O clamor p 683 אהָּה ֲ pode
ficar sozinho (p. ex., Jz 11.35) ou diante de um vocativo (p. ex., Ez 4.14); uma vez é seguido por
( לַּּיֹוםJoel 1.15).
a As exclamações que restam, a maioria delas interjeições, não são um grupo homogêneo:
algumas têm etimologias diretas, enquanto que a maioria é fonologicamente marginal. No
caso das formas que parecem representar sons desencontrados – ָאח, הֶָאח, הָס, נָא, ָאנָא, e
– הֵּאé importante ter em mente que a forma da palavra é provavelmente uma convenção.
Exclamações, a saber, tendem para o uso de sons que geralmente não são partes do sistema
de sons da língua, como os sons escritos em inglês como “whew, teh, tut-tut, tisk-tisk, ugh,
argh”. Este grupo de exclamações hebraicas é difícil de ser definido semanticamente, porque a
maioria dos itens é rara.
Jó 39.19, 25
2. וְי ֹאמַּר הֶָאר חַּמֹותִ י ָר ִֶּ֫איתִ י אּור׃Ele diz: “Oh! Eu sou um verme!
Eu posso ver o fogo!”
Is 44.16
3. וַּת ֹאמ ְִרי נֹואָש לֹוא כִי־ָא ֶַּּ֫הבְתִ יMas tu dizes: “Desisto! Não!
ז ִָרים וְַאח ֲֵּריהֶם ֵּאלְֵּך׃Porque amo os estranhos, e
após eles andarei”.
Jr 2.25
(p. ex., Gn 29.21), da qual se desenvolveu o uso exortativo (‘Venha!’.). A partícula enclítica ־נ ָא
freqüentemente é usada depois de imperativos e outras formas volitivas (p. ex., Is 1.18, 5.5),
bem como depois de הנהe de outras exclamações e advérbios. Como Lambdin observa, “a
partícula parece… denotar que a ordem [ou algo semelhante] em questão é conseqüência
lógica, seja de uma declaração imediatamente precedente seja da situação geral na qual foi
proferida”. Um termo relativo, ָאנָא/ ָאנָהé usado antes de imperativos (p. ex., Gn 50.17) e
em contextos semelhantes.
b As perguntas polares podem ser não-marcadas como perguntas ou marcadas com o ֲה
interrogativo (a primeira pergunta no # 1 é não-marcada; a segunda tem )ה. A mesma
pergunta é encontrada com e sem o ה (# 2). Como acontece com outras perguntas, as
perguntas polares com הpodem ter um sentido de exclamação (# 3). Em perguntas duplas ou
triplas, a primeira pergunta tem הe as outras ( אם# 4), ואם, הou או. Perguntas em verso
com freqüência são retóricas, requerendo assentimento mais do que resposta (# 5).
1Sm 21.16
p 685 2a. ֲהשָלֹום ַּל ֶַּּ֫נעַּר לְַא ְבשָלֹוםO jovem Absalão está bem?
2Sm 18.32
2b. שָלֹום ַּל ֶַּּ֫נעַּר לְַא ְבש ָ֑לֹוםO jovem Absalão está bem?
2Sm 18.29
Js 5.13
5. ש ֶָּ֫מעּו
ְ הֲלֹוא תֵּ דְ עּו הֲלֹוא ִתPorventura
não sabeis?
הֲלֹוא ֻהגַּד מֵּר ֹאש ָלכֶם הֲלֹואPorventura não ouvis? Ou
desde o princípio se vos não
ֲהבִינ ֹתֶ ם מֹוסְדֹות ָה ֶָּ֫א ֶרץ׃notificou
isto mesmo? Ou não
entendestes desde os funda
mentos da terra?
Is 40.21
Bibliografia
Índices
Índices de Tópicos
Índices de Autores
p 689 Glossário
ablativo – que tem a faculdade de tirar, extrair, privar. Caso da declinação do latim, alemão, e
outras línguas, que indica circunstâncias (afastamento, instrumento, origem, etc.).
ação de estado-duplo – uma ação envolvendo uma pessoa em duas funções diferentes, isto é,
sujeito e objeto (direto, preposicional ou implícito).
ação indireta – uma ação em que o sujeito é a força de origem ou de motivação mas não o
agente, isto é, não o motor ou o ator imediato; a ação indireta pode se mediada por um
intermediário animado ou inanimado (p. ex., por um servente ou uma ferramenta).
acidência – veja inflexão. Modificação de timbre que sofre às vezes uma vogal sob a influência
de uma vogal vizinha. Rata-se de um caso particular de metafonia.
acidente (no sentido filosófico) – aquilo que está presente mas não é essencial; uma qualidade
não decisiva para um entendimento de uma coisa ou ser; veja também substância.
afixo – forma ligada a outra forma (raiz ou base), antes (prefixo), depois (sufixo), ou
internamente (infixo).
agente – uma forma identificativa de quem é responsável por uma situação, usualmente uma
ação.
alativo – dá-se o nome de alativo ao caso que exprime a direção para a qual tende o processo
expresso pelo verbo (ex.: Ele caminhou PARA PERTO DE MIM).
ambíguo – não claro com um pequeno número de interpretacões variantes possíveis; ver vago.
analogia – um tipo de mudança lingüística em que uma classe maior de formas influencia ou
mesmo alcança uma classe menor.
anaptixe – a intromissão de uma vogal entre duas consoantes, em hebraico, muitas vezes um
segol. O mesmo que suarabácti (Obs. do tradutor).
aoristo – (do grego: ἀ + ὅριστὸ, a + hóristos, sem + limite) – uma forma verbal que indica uma
situação sem relação ao tempo absoluto; o uso real da forma do aoristo em grego envolve
uma variedade de fatores.
apócope – o encurtamento de uma forma no fim e o resultado muda a estrutura da sílaba.
p 690 aspecto – a sinalização de uma forma verbal para indicar principalmente a estrutura
sobre o tempo da situação descrita; veja: Aspekt e Aktionsart.
Aspekt – (palavra alemã) – a maneira em que a estrutura interna de uma situação é entendida
em relação a tempo, como completo ou não; veja também: Aktionsart e aspecto.
base – aqui uma forma de uma raiz intermediária em especificação entre a raiz e uma palavra,
p. ex., qtl é uma raiz, - qtōl- é a base da conjugação de prefixo, e yiqtōl é uma palavra.
cadeia de construto – uma frase envolvendo um termo construto (regens) seguido por um
genitivo ou um termo absoluto (rectum), muitas vezes do tipo possuidor-possuído, p. ex.,
bêt hammélek “a casa do rei”.
cláusula sem verbo – uma cláusula que conecta um sujeito e um predicado sem um verbo,
usado para classificação ou identificação; também cláusula nominal.
cláusula relativa – uma cláusula dependente que modifica uma cláusula substantiva na
cláusula principal e pode ser apresentada por um pronome relativo (“o rei que eu vi”) ou
deixada sem apresentação (“o rei eu vi”).
comentário tópico – aqui uma construção particular envolvendo um tópico (cf. nominativo
absoluto) seguido por comentário; em outro lugar, uma abordagem a uma unidade de
informação (p. ex., uma cláusula) distinguindo uma informação antiga ou dada (tópico,
tema) e uma informação nova (comentário, rema [= comentário]).
declaração genérica – uma declaração que se refere a uma classe de entidades ou eventos;
veja também gnômico.
p 691 dêixis – (palavra grega: “apontando”; no grego: δεῖξὶ, dêixis = prova.) – o sistema de
palavras que deslocam sua referência dependendo da situação da fala (especialmente
características pessoais, temporais e locativas), incluindo proeminentemente pronomes; p.
ex., a referência de Eu depende mais de quem está falando do que ali depende de onde
alguém está apontando (atenção direcionada).
delocutivo – uma forma verbal que se refere ao ato da fala; veja também expressão
performativa.
enclítico – (no grego [ἐγ + κλίνω]: “apoiar-se”) – uma palavra ou elemento que não recebe
nenhuma acentuação em si mesma, mas na palavra precedente; no hebraico, um
elemento escrito junto com a palavra precedente.
epexegese (do grego: επί + ἐξήγησὶ, epi + exégesis, em adição + explicação) – a função de
glosa ou explicação que precede imediatamente um assunto.
epigrafia – um estudo dos antigos escritos que ficam em materiais duráveis, sólidos (como
opostos aos manuscritos, em papiros, fazenda, madeira, pergaminho ou papel).
estatvo – um verbo ou forma verbal que descreve um estado ou qualidade; veja também
fientivo.
etimologia – as origens ou fontes dos elementos de uma palavra ou frase, bem como o estudo
dos desenvolvimentos de sua forma e significado; origem ou fonte é chamada de étimo.
factitiva – uma construção na qual a causa produz um estado, p. ex., se matar significasse
“causar ser morto” seria factitivo; factitivo é contrastado com causativo, uma construção
em que a causa produz um evento, p. ex., se matar significar “causar morrer”, seria
causativo.
finito – uma forma verbal que pode situar-se como um predicado numa cláusula independente
e é flexionada como aspecto e modo; formas não-finitas podem situar-se como predicado
em cláusulas dependentes e não são flexionadas como aspecto ou modo.
fluência – esforço para remover características desviadoras (arcaicas, dialetais, geográficas,
etc.).
forma de citação – a forma de uma palavra dada em citação isolada, como num léxico;
também forma de dicionário.
forma abreviada de prefixo – uma forma de conjugação de prefixo mostrando, onde for
possível, o desvio da acentuação, síncope e associação com os tempos jussivos e
pretéritos.
formas cognatas – palavras que são basicamente derivadas da mesma fonte, p. ex., o hebraico
šēm, o acádico šumu, e o árabe ism são cognatas.
frase – palavras que estão em concordância uma com a outra; ou palavras que formam uma
unidade gramatical única.
gênero – uma categoria de composições com qualidades comuns, p. ex., oração, parábola,
carta.
gnômico – o que tem o caráter de uma regra, provérbio ou ditado; veja também declaração
genérica.
grau – aqui a maior categoria flexiva do verbo assinalando a Aktionsart, p. ex., himlîk é uma
forma Hiphil; em outro lugar, uma forma da raiz intermediária em especificação entre a
raiz e a palavra, p. ex., malk- é a raiz de mélek, malkî, malkâ; ou uma forma de uma raiz à
qual afixos são adicionados, p. ex., mov- é a raiz de imóvel.
hapax legomenon – (do grego: “uma vez lido” [ἅπαξ λεγόμενον, hápax legómenon]); plural:
hapax legomena, ou, menos convencionalmente: hapaxes) uma palavra, uma forma, ou
uma combinação de palavras encontrada somente uma vez em um dado grupo de
literatura.
hendíade – (do grego: “um através de dois”, ἕν + διά + δύο) – uma expressão única
aparentemente separada de duas partes, p. ex., beber em taça e ouro por beber em taça
de ouro.
imperfectivo – um aspecto (Aspekt) em que uma situação é entendida como continuada, tudo
que sua relação temporal no tempo do falante; veja também não-perfectivo e perfectivo.
inflexão – uma marcação morfológica sistemática que assinala uma relação gramatical;
também acidência.
irreal – senão real ou verdadeiro, p. ex., hipotético, dúbio, veja também modo.
mišqal – (no hebraico: “peso”) – substantivo padrão, p. ex., CéCeC é o mišqal de kéleb e mélek.
modernização – processo pelo qual característica antigas ou arcaicas são recolocadas por
outras correspondentes mais novas.
modo – a maior categoria flexional do verbo marcando uma orientação ao fato, seja real
(modo indicativo) ou irreal (os modos volitivos, coortativos, imperativos e jussivos).
paradigma – um conjunto de formas flexivas de uma palavra; ou uma classe de palavras que
podem desempenhar uma função sintática semelhante.
paragógico – (no grego: παραγωγή, paragogê, “levado para trás”) – um elemento que é
adicionado no fim de uma palavra.
paronomásia – (variante: paranomásia) (do grego: παρά + ὀνομασία, pará + onomasía, palavra
que envolve palavras de sons semelhantes) – uma figura de linguagem que consiste em
aproximar as palavras cujo som é semelhante, mas cujo sentido é diferente; p. ex.: “Quem
casa quer casa.” O termo relacionado schema etymologicum refere-se a palavra
empregada envolvendo etimologicamente palavras relacionadas; ambos os termos às
vezes são aplicados ao uso do infinitivo absoluto com um verbo finito correspondente no
hebraico bíblico.
partícula – uma classe de palavras que ligam e unem substantivos e verbos (incluindo
preposições, alguns advérbios, o artigo, etc.) ou existem nas proximidades da pronúncia (p.
ex., exclamações e interjeições).
perfeito – uma forma verbal que indica uma situação passada com relevância presente; veja
também pretérito.
p 693 perfectivo – um aspecto (Aspekt) em que uma situação é entendida como completa
(melhor do que completada), como um todo; veja também imperfectivo e não-perfectivo.
pergunta polar – uma pergunta que exige uma resposta sim ou não.
pretérito – uma forma de descrever uma situação passada simples; veja também perfeito.
privativo – um verbo que indica a remoção de alguma coisa, p. ex., esfolar, escornar.
proclítico/a – (no grego: “apoiando-se na frente”) – uma palavra ou um elemento que não
recebe nenhuma acentuação em si própria e depende da palavra seguinte; no hebraico um
elemento escrito junto com a palavra seguinte ou ligada a ela por um maqqeph.
prótese – (no grego: πρόθεσὶ, próthesis, “colocado diante de”) – a adição de uma sílaba inicial
diante de uma palavra; ’ (= álef) protético no hebraico aparece para separar um grupo de
consoantes iniciais; às vezes o termo próstese (no grego: “colocando com”, “adicionando”)
é também usado.
raiz – aqui o esqueleto consonantal de uma palavra, p. ex., mlk é a raiz de mélek e yimlôk; em
outro lugar, a forma básica de uma palavra, da qual a palavra e as cognatas são derivadas,
p. ex., mover é a raiz de movimento, móvel, imóvel, imobilidade; ou a forma histórica
básica de uma palavra, p. ex., do latim moveo é a raiz da palavra portuguesa mover.
raiz biconsonantal – uma raiz composta por duas consoantes, p. ex., bn, a raiz de bên “entre”
e bn(y), a fonte de bny “construir”.
raiz triconsonantal – uma raiz composta de três consoantes; geralmente excluídas como
biconsonantais estão as raízes fracas médias e as raízes facas finais, entre outras.
rectum – (no latim: “regido”) o termo que modifica ou que define numa frase ou menos vezes
uma cláusula; veja também regens e cadeia de construto.
regens – (no latim “regente”) – a palavra modificada ou definida numa frase ou menos vezes
numa cláusula; veja também rectum e cadeia de construto.
sentença complexa – sentença construída de uma cláusula principal e uma ou mais cláusulas
dependentes; veja também sentença composta.
sentença composta – sentença feita de várias cláusulas coordenadas; veja também sentença
complexa.
sibilante – nome dado ao /s/ e ao /z/, porque a articulação desses fonemas produz ruído
semelhante ao silvo ou assobio; no hebraico: s, š, z, ṣ, s.
significante – aquilo que significa; a palavra como um som; imagem acústica ou manifestação
fȏnica do signo p 694 lingüístico; veja também significado.
síncope – supressão de um ou mais fonemas no interior de uma palavra, p. ex., maior [mor].
sintagma – uma série de elementos diferentes formando uma unidade sintática.
substância (no sentido filosófico) – uma coisa ou ser que é distinto em si mesmo; aquilo que é
essencial e em que os acidentes são inerentes; veja também acidente.
texto sinóptico – um texto preservado em duas (ou mais) versões, assim o Salmo 18 e 2
Samuel 22 são textos sinópticos, e seções dos livros de Reis são sinópticos com seções de
Isaías, Jeremias e Crônicas.
vago – obscuro como resultado de uma informação restrita ou não especificada, capaz de uma
gama inespecificável de interpretações variadas; veja também ambíguo.
verbo intransitivo – um verbo que (normalmente) não rege um objeto; os verbos estativos
geralmente são intransitivos; veja também verbo transitivo.
verbo transitivo – um verbo que (geralmente) rege um objeto (direto) (de um lugar ou
simplesmente transitivo) ou, menos freqüentemente, dois objetos (de dois lugares ou
duplamente transitivo); veja também verbo intransitivo.
p 695 Bibliografia
1 Hebraico Bíblico
d O Verbo
g Crítica Textual
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1. Hebraico Bíblico
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Índices
Índice de Tópicos
Índice de Autores
Os quatro índices, usados em conexão com o capítulo Índice de Conteúdo, devem guiar o
leitor no uso deste livro. Os índices de tópicos e de palavras hebraicas estão arranjados por
seção e número de parágrafo (p.ex., 17.4.2a), por capítulo e número de nota (p.ex., 17n13), ou,
com menos freqüência, pelo número do capítulo (p.ex., 17). No Índice de Tópicos, os verbetes
substantivos, semântica de e verbos, semântica de reúnem uma ampla variedade de material.
Vastas observações, sobre livros da Bíblia são dadas no Índice de Tópicos.
abertura, 3.3.3
caso, 8.1b
conjunções, 33.1.2b
definititividade, 33n4
demonstrativos, 17n2
dual, 7n9
grau D, 21.2.2
grau G, 23n22
grau N, 23n22
infinitivos, 35.2.1a
plural, 7n11
textos, 29.1h
acidente (sentido filosófico), 4.2.2, 12.2b, 24.1h, 27.1d, 29.5e, 29.5h, 31.6.2a, glossário,
acusativo, 4.6.2, 8n3, 9.1a, 9n16, 10, 35.3.3b, 36.1.1e, 36.2.1d36.2.3, 37.3, 38.8d, glossário;
veja também objeto e no Índice de Palavras Hebraicas
cognato, 10.2.1f–g
de complemento, 10.2.3e
de compromisso, 10.2.3c
de estado, 10.2.2b
de grau, 10.2.3c
de instrumento, 10.2.3d
de maneira, 10.2.2e
de médio, 10.2.3d
de movimento, 10.2.2b
demonstrativo, 17.3b
ativa
demonstrativo, 17
pronominal, 16n4
verbal, 37n3
advertências, 35.3.1h
advérbios, 8.3b, 11.3.2, 13.1, 31.1.1d, 32.2.2d, 34.4, 35.5.2a, 36.2.3b; veja também
distributivos
advérbio, 4.2.2, 4.4.1, 4.5c, 4.6.1, 4.6.2, 8.4.2f, 11.2.1, 11.3.2, 39; veja também partículas
enfáticas
constituinte, 39.3.1d–f
de lugar, #39.3.1g
de maneira, 39.3.1j
demonstrativo, 17.2b
disjunto, 39.3.4b
escalar, 39.3.1i
metaproposicional, 39n64
sentença, 39n64
adversativo, 40.2.1d
afiamento, 5.4c
afirmação, 35.3.1b
Afrasiano, 1.2d
Afro-asiático, 1.2d
gênero, 6.3.2f
Agostinho, 2.3.1c
gênero, 6.2.1a
Akhenaten, 1.3.1e
Akiva, 1.5.4a
Aktionsart, 20.1d, 20.2c, 20.2j, 20.2k, 20.2o, 21.2.2o, 24.3.1b, 27.1c, glossário; veja também
aspecto
alegria, 40.2.5b
alemão
acento, 32.1.1b
artigo, 13n1
causativos, 21.2.2c
definitividade, 13.2a
gênero, 6.3.1
número, 7.1e
preposições, 11n24
reflexivos, 23.4a
verbos, 20.1h
alfabeto, 1n55
cunha, 1.3.1e
alofone, 3.3.1
alomorfe, 3.3.2
Amarna, Cananeu, 1.3.1e, 1n14, 1.5.2f, 8.1b. 9n43, 22n9, 29.4h, 29n71, 31.1.1, 34.2.1, 34.2.2b,
34.5a, 34.5.3a–b, 35.2.1, 35n25,
e hebraico, 1.4.1d
graus, 22.6
amonita, 1.3.2b
artigo, 13n4
infinitivos, 35n2
verbos, 35n25
Amós
análise, 3.3.5
anartro glossário
animação, 4.2.2c, 6.2.2a, 6.3.1, 6.3.2, 6.4, 6.5.1, 6.6, 6n43, 7.2.1, 7.4.1e, 9.5.1d, 9n22, 12.3c,
16.1d, 18.1d–e, 18.2–3
antimeria, 14.3.3d
antropologia, 6.2.2c
antropomorfismo, 24.3.2c
Aphel, 21n8
apócope, 16n46, glossário,
aposição, 4.4.1b, 4.6.1, 10.2.2e, 10.3.2, 10.4, 11.2.10h, 11.4.3, 12.14.1b, 14.3.3c, 14n7, 15n28,
16.3.2c, 16.3.4, 16.3.5, 16.4e, glossário,
adjetivos e, 15.2.1j
caso, 8.1b
dual, 7n9
e hebraico, 2.4–5
genitivo, 9n40
graus, 21.1c, 21n9, 21n27, 22.6, 23.2.2c, 23.6a, 24.1d, 24.2a, 24n15, 24n28, 26n1, 27n16
verbos, 22.3a, 29.4g, 29n93, 30.5.4e, 31.2, 31.7, 33.1.2b, 34n20, 34n34, 35.2.1a,
vocativos, 4.7d
artigo, 13n4
e acádico, 27n7
e hebraico, 2.4–5
infinitivos, 35n25
influência no hebraico, 10n37, 14n7, 16n46, 26n5, 27n30, 29n64, 32.3d, 37.7.1c; veja
também aramaismos
interrogativo / indefinido
judeu-palestino, 15n12
numeral, 15n15
ortografia, 1.5.2h
partículas, 40n48
plural, 7.4b
preposições, 10n10, 11n85, 11n109,
pronome, 18n9
pronomes, 16n30
sintaxe, 12n10
šêzīb, 27n7
yhb, 40.2.5c
arcaico glossário
aspecto (Aspekt), 20.2c, 20.2g, 20.2h, 29.3, 29.6, 30.1a, 35.1, glossário,
aspecto, 20.2c, 29.3f, glossário; veja também Aktionsart
aspiração, 3.3.1d
auto-maldição, 40n18
Balaam, 1.3.2b
base glossário
basco
ergatividade, 23.2.1b
gênero
bênção, 34.3
benefactivo veja ação de duplo estado
Berber, 1.2d
brevidade, 9.7b
hieróglifos, 1n11
Cabala, 2.1d
pronomes, 16n12
e demonstrativos, 17.3b
cadeia, 3.5d
Camos, 1n79
capítulo, 40n3
cartas, 30.5.1d
catalão, 1.2b
causalidade, 9.5.2c, 9n21, 20.2m, 20.2o, 21.2.2, 21n18, 24.1i; veja também orações, casual,
centrípeto, 11.2.10d
chádicas, línguas, 1.2d
Chinês
gênero, 6.3.1b
verbos, 30.1a
vocabulário, 6n41
choro, 11n37
circunstancial, 22.7
Cristãs, Escrituras
14:10 11n33
17:21 11n33
19:20 1n16
clareza, 9.7b
classe, 13.2b
coesão, 38.1i
coletivos, 6.3.2c, 6.3.2f, 6.4.2, 6.4.3, 6.6c, 7.1c, 7.2.1, 7.4.1, 13.5.1f, 15.2.2b, 15.2.3a, 15.2.5a,
16.4b
colofão, 1.5.2d
cólon, glossário
coortativo, 20.2f, 29.1a, 31.1.1, 32.2.2, 34.1, 34.2.2b, 35.5, 324.6; veja também pseudo-
coortativo
construção
comparações, 10.2.1g, 10.2.2e, 11.2.9, 11.2.11e, 11.2.14c, 11n98, 13.5.1f, 13.8a, 14.4, 39.2.3b
compulsão, 27.5b
computadores, 1n68
concessão, 27.5c
conjugatio, 21.1a
conjunções, 4.2.2, 4.8, 11.2.8, 11n49, 11n118, 20.1g, 38.1g, 39.1–2; veja também waw e
coordenação
p, 32n9, 39.2.6c
š, 19n1, 19n14
convite, 34.3b
cadeia construta, 4.1.1b, 4.6.1, 8.2e, 8n8, 9, 10n19, 11.2.10e, 12.1, 12n1, 13.4, 14.1b, 14.3.3b,
14.5b14.5c, 35n44, 36.1.1, 36.2.1c, 37.3c, 37n23, glossário
construto, k, 9.3d
contraste, 8.4.2c
contrastividade, 31.7.1b
frasais, 16.3.2c
Cóptico, 1.2d
pronome, 16.3.3
verbo, 8n12
conselho, 34.3b
contagem
cópia, 4n14
co-texto, 9.7b
Cowley, A. E. 2.4d
Cratylus, 3n4
Crônicas
ʾt em, 10n32
orações, 19.7c
pronomes, 16n12
sintaxe, 31.6.3c
culto, 39n67
cusítica-omótica, 1.2d
daghesh, 1.5.4e
Daniel
aramaico, 1n6
pronomes, 16n12
tipológica, 1.4.2c
ético, 11.2.10d
Decálogo, 35n52
definitividade, 8.4a, 9.7, 9.8b, 10.2.1g, 10.3, 11.2.10e, 12.1c, 13, 14.2, 36.2.1a, 36.2.1e, 37.5b–
d; veja também artigo e he (artigo)
e genitivo, 9.7
demonstrativo, 17.4–5
numerais, 15.2.6
substantivos, 5.2
numerais, 25.4c
verbos, 22.5, 36n14, 37.2b; veja também o português e numeral e grau em pergunta
determinismo, 3n38
Deuteronômio
datação, 1.4.2c
dialetologia, 1.3.2
diptote, 8.1c
distorção, 1.4.1d
distributivos, 7.2.3, 11.2.5f, 11.2.10c, 12.5a, 15.1b, 15.6, 23.4b; veja também repetição
diversidade, 7.2.3c
dor, 40.2.5b
Dt (grau), 21.1c
duplo estado (duplo status) ação de, 20.2n, 20.2o, 21n15, glossário; veja também Hithpael e
Niphal e reflexivo
“falso” glossário
sujeito, 4.2.2
edomita, 1.3.2b
egípcio, 1.2d
conjunções, 33.1.2b
Elias, 1.4.1b
Eliseu, 1.4.1b
emocionais, 22.7
ênfase, 7.2.3c, 7.4.1a, 9.8b, 10.3b, 12.4a, 12.5a, 16.3.1b, 16.3.2a, 16n17, 16n35, 35.3.1b,
35n21, 39.3.5; veja também infinitivo absoluto
beth, 11n128
enclítico, mem, 1.6.2e, 3.3.4e, 5n29, 7.4b, 9.3d, 9.8, 11.1.2d, 39n2, 39n48,
encorajamento, 34.5.1a
Encyclopédie, 3n40
Enérgica, forma, 20.2f, 31.1.1, 31.7, 31n8, 32n32, 33.1.1a, 34n34, 36.1.1d, 40n43,
Emprestadas, palavras, 3.4b, 3n34,
entendimento, 3.5
epítome, 17.5b
equivocação, 3.2.3d
Escolasticismo, 2.3.1
escolha, 3.5d
Esdras-Neemias
datação, 1.4.1e
orações, 19.7c
pronomes, 16n12
eslavo
dual, 7.3a
espanhol, 1.2b
demonstrativo, 17n1
verbos, 20.2g
estativo, 20.2c, 20.2k, 20.21, 20.9, 33.3.3b, 33.3.4c, 33.3.5c, glossário; veja também
conjugação prefixo, não-perfectivo e Qal e conjugação sufixo, perfectivo e verbos
Ester
advérbios, 39n51
linguagem, 1n36
pronomes, 16n12
estimativa, 20.2m
estóicos, 4.2.2d
estruturalismo, 3.3.5
preposições, 10n10
graus, 23.6a
verbos, 29.4
eufemismo, 1.5.3e
adjetivos, 14.1
definitividade, 13.2
pronome, 7n3
ad-hoc, 40.2.3a
ais, 40.2.4
de imediação, 40.2.1b
desejos, 40.2.2
interjeições, 40.2.5
juramentos, 40.2.2
nominais, 40.2.3
exortação, 34.3b
experimentais, 22.7b
Ezequiel
pronomes, 16n12, 16n40,
sintaxe, 39n75
verbos, 32.1.1d
fenício, 3.4e
fone, 3.3.1
fonéticas, 3.3
fonologia, 1.5.2f, 1.6, 3.3, 5.1g, 5.8, 9.2, 10n14–15, 12n1; veja também morfologia e raízes,
fracas,
anaptixe, 1.6.3c
enfático, 26.1.1b
velar, 26.1.1c
assonância, 13.6b
ditongo, 1.5.2h
duplicação, 24.1
aleph, 15n11
l, 17.2
š, 27n7
t, 21.2.3c, 23.1b
t + n, 26.1.2
e erros, 1.6.2c
alongamento, 24.1
guturais, 5.8b
labiais, 5.8d
líquidas, 5.8c
monossílabos, 4.2.1
nasais, 5.8c
qames, 1.6.3d
reduplicação, 5.5
ritmo, 34.2.1c
shewa, 36.1.1c–d
velares, 5.8d
vocalização de
š, 19.2c
waw, 32.1.2b
fiens, 29n43
fientividade, 10.2.1, 20.2k, 20n14, glossário; veja também Qal e conjugação sufixo e verbos
finito glossário
adjetivos, 9.1c
causativos, 21.2.2c
definitividade, 13.2a
numero, 7.1e
preposições, 11.2c
pronomes, 16.4g
reflexivo, 23.4a
adverbial, 8.2e
em construto, 9.6
substantivas, 9.3b
freqüentativo, 20.2i
futurum, 29n2
pronomes, 16.4b
genérico, uso, 7.2.2, 20n13, 37.5c, glossário
Gênesis
aramaico, 1n6
genitivo, 8n3, 9, 9n16, 10.1a, 11.1.1, 14.3.3b, 14.5b, 36.1.1d, 36.1.2c, 36.2.3, 37.3, 38.8c,
de associação, 9.5.3h
de autoria, 9.5.1c
de desvantagem, 9.5.2e
de efeito, 9.5.2c
de espécie, 9.5.3g
de gênero, 9.5.3i
de instrumento, 9.5.1d
de localização, 9.5.2f
de material, 9.5.3d
de meta, 9.5.2f
de qualidade, 9.5.1j
de relação, 9.5.1i
de substância, 9.5.3d
de vantagem, 9.5.2e
demonstrativo, 17.3b
epexegético, 9.5.3c
instrumental, 9n22
partitivo, 9.5.1k
perifrástico, 9.7
possessivo, 9.5.1g
superlativo, 9.5.3j
temporal, 9.5.1f
tópico, 9.5.3d–e
aspecto, 30n4
ergatividade, 23.2.1b
germânicas, línguas
verbos, 31.4b
gerundivo, 23n23
gesto, 30.5.1d
glória, 9.4g
glossa, 10n30
gnômico, 33.1.2f, 33.3.2, 33.3.3c, 33.3.4c, 33.3.5b, 33.3.5d, glossário; veja também textos
proverbiais
gramáticos
egípcios, 4.2.2d
enciclopedistas, 3n40
Europeu, 39.3.1b
latim, 4n7
Porto-Real, 3n40
romanos, 6.2.1a
gramaticalização, 29.2
grau, mistura de
Hithpael e outros, 26.1.1d
grau-base, 21.1c
graus, 2.2.2b, 3.3.5e, 5.1b, 20.1a, 20.3, 21, 21n5; veja também grau em pergunta
(= raiz), 21n1
menor, 21.2.3
Grego, clássico
adjetivos, 9.1c
artigo, 13n2
conectares, 3n29
demonstrativo, 17n1
dual, 7.3a
fonologia, 5n22
genitivo, 3.2.3b, 9n13, 9n15
semitismos, 11n64
superlativo, 14n28
verbos, 20.1h, 20.2g, 20.2j, 21n21, 23.2.2d, 23.4d, 23.4h, 23n8, 29.2j, 29.31, 30.5.1d, 31.4f,
Grundstamm, 21.1c
guerra-relâmpago, 11.2.9a
halakot, 38.1c
hatrano, 1n5
hauçá, 1.2d
he demonstrativum, 33.1.2b
he paragogicum, 34n10
hebraico
história, 1.3–4
hebraico, bíblico
datação, 1.4
do norte, 1n36
posterior, 1n25, 7n7, 10n32, 10n42, 11.2.13g, 13.3f, 15n12, 15n31, 16.3a, 16.3.5d, 19.2c,
19.2c, 19.7c, 19n6, 19n10, 33n16, 34.5.3b, 35.5.2b–d, 35n17, 35n54, 35n60, 36.2.1e,
36.3.2, 36n22, 37.1e, 37.7.1c,
uniforme, 3.4g
hebraico, inscricional, 1.3.2b, 1n45, 3.4d, 6n42, 11n15, 11n60, 11n65, 18n14, 19n13, 30n22,
hebraico, medieval, 1.3.3d, 14n28
hebraico, michnaico, 1.3.3c, 1.4.1c, 10.3b, 11n42, 11n119, 14n11, 16.3a, 17n8, 19.2c, 19n1,
20n11, 29.2a, 29n17, 34n9, 36n8–9, 40n44
infinitivos, 35n2
pronomes, 16n12
hebraico, moderno, 1.1a, 1.3.3e, 1n28, 2.1b, 19n1, 20n6, 20n11, 21n11, 27n30, 37n44
hebraico, de Qumran, 1.3.3b, 1.4.1e, 1.4.2b, 1n23, 11n42, 15n12, 23n27, 29n17, 35n57,
36.2.3e, 36n24, 36n34, 37n27, 39n61
ʾt em, 10n28
preposições, 11n8
hemistíquio glossário
hermenêutica, 1.5.4
heterosis, 34.4c
Hexapla, 1n78
hierarquia, 3.3, 4.1,
Hiphil, 10.2.3, 11n85, 20.1d, 24n12, 27, 29.4j, 31.1.1, 33.1.1b, 34.2.2a, 36.1.1b
atmosférico, 27.4a
bilaterais, 27.2
de tolerância, 27.5c
denominativo, 27.4
gerador, 27.4a
interno, 27.2f
isolado, 27.4
modal, 27.5
permissivo, 27n25
trilateral, 27.3
unilateral, 27.2
Hishtaphel, 21.2.3d
Hithpaal, 26.1.1c
denominativo, 26.4
e formas - tn -, 26.1.2b
passivo, 26.3
Hithpalel, 21.2.3
Hithpolel, 26.1.1c
homoioarkton, 1.6.2c
homoioteleuton, 1.6.2c
denominativo, 28.4
isolado, 28.4
modal, 28.5
huriano, 21n20
imperativos, 11n95, 12.4, 20.2f, 28n6, 29.1a, 29n1, 31.5a, 31n30, 31n64, 32.2.2, 32n31, 34.1,
34.2.2a, 34.4, 34.6, 39n72; veja também comandos
Hophal, 28n6
Pual, 28n6
imprecação, 40n18
incerteza glossário
indo-européias, línguas
gênero, 6.3.1b
sintaxe, 35n48
infectum, 29n43
gênero, 6.4.2e
dobrado, 35.3.2b–d
morfologia, 35.2.1
infinitivo construto, 4.4.1, 4.5b, 4.6.2, 11.2.5c, 11.2.8, 11.2.9e, 11.2.10a, 11n98, 11n100, 14.4f,
27n27, 31.4b, 31n64, 32.2.5c, 33.3.5, 36, 40.2.2c
inglês / português
acento, 32.1.1b
causativos, 21.2.2c
conjunções, 39.2.1a
cópula, 30.5.3a
decapitação, 6.4.1c
definitividade, 13.2
denominativos, 24.4a
discurso, 38n39
étnica, 5.7c
exclamações, 40.2.5a
gerúndios, 37.1
história do, 1.1a, 1.4.1d, 10n8,
justaposição, 12.1
modais, 31.4b
modificadores, 12n6
negação, 18n19
ortografia, 1.6.2d
particípios, 37.1
perguntas, 18.1
preposições, 11.2.4
reflexivos, 23.4a
repetições, 12.5a
abaixo, 4.2.1b
como, 11n34
en -, - en, 20.2m
um, 13.2
ferramentas, 7.1d
glória, 9.4
mamãe, 6n41
molhar, 10n23
mover, 23.1j
muito, 14n25
o/a/ao/as, 13.2
papai, 6n41
pares, 7.3a
round, 39.3.1a
voar, 21.2.2
- ward, 10.5a
alimentar 10n23
aluno, 5.7b
cortar, 23.1j
cozinhar, 21.2.2b–d
substantivos, 13.5.1c
superlativo, 9n33
verbos, 3n7, 22.2.1e, 23.3b, 27.1c, 29.2a, 29.2j, 29.6, 30.1a, 30.2.3a, 30.3b, 30.5.1b,
30.5.1c, 30.5.3, 30n8, 32.3e, 34.2.2a, 36.1.1, 36.2.1b, 36.2.3e,
volicionais, 34.1a
voz, 20.2j
instrução, 39.3.5d
interdições, 31n61
interjeições, 4.2.2, 20.1a, 34.5.1a, 35.5.1, 35.5.2a, 40.2.5; veja também exclamações
interrogativos, 8.4a, 18, 31.4f, 31n61, 34.5.2b, 35.3.1g, 38.8b, 39n72; veja também he
interrogative
entonação, 18n1
indireto
pronomes, 16.3.2e
irrealis, 24.3.2,” 5.3b, 35.3.1b, 38.2c, 38.2e, glossário; veja também modo
Isaiah, capítulos., 40–66, partícula presentativa, 40n4
Islã, 1.2b
italiano, 1.2b
gênero, 6.6b
número, 7.1e
Jeremias
aramaico, 1n6
verbos, 35.5.2b
Jó
verbos, 29.2f
verso, 1.4.1d
Juízes
estrutura, 38n12
sintaxe, 39n10
juramentos, 11.2.11e, 39n78; veja também exclamações e substantivos, semântica dos, pactos
jussivo, 20.2f, 29.1a, 29.4g, 31.1.1, 32.2.2, 33.1.1a, 34.1, 34.2.1, 34.3, 34.6,
“primeira-pessoa”, 34.2.1c
König, E, 2.5b
Lamentações
morfologia, 8.2e
pronomes, 16.12
título, 18.4e
latim, 1.2b
casos, 8.1
coordenador, 9n44
dativo, 11.2.10
definitividade, 13n2
demonstrativos, 17n1
partículas, 40n48
pronomes, 10.3b
legislação, 11.2.6c, 11.2.9b, 11n54, 31.54c, 31.5d, 32.2.1d, 32.2.3d, 34.2.1b, 34.4a, 35.5.1a,
38.2d,
lexis, 3.2.2a
ligação, 4.2.2d
maldição, 34.3
maldições, 40n18
mandaico, 1n5
mandamentos, 16.3.2e, 34.3b, 34.4b, 35.2.2d, 35.3.1h, 35.5.1, 35n52; veja também
imperativos
matres lectiones, 1.5.2h, 1.5.3d, 1.6.1a, 1.6.2f, 1.6.3a, 18.1e, 19n31, glossário
mayela 9n4
methegh, 9.2c
midrash, 2.1b
Midrashim, 1.3.3
milra‘, 32.1.1b
mito, 3.3.5
artigo, 13n4
plural, 7.4b
texto, 1.4.2b
verbos, 29n17
modi, 29.3f
modo, 20.1d, 20.2f, 29.1, 29.5f, 30.5.4, 30n8, 31.1.2, 31.4, 34n1, 35.3.1g, glossário; veja
também irrealis
morfologia, 3.3, 4.2.1, 5.1f, 9.2, 11.1.2, 29.4i, 29n73, veja também
elementos formativos
advérbios, 39.3.1
gênero, 6
história da, 8.1c; veja também
do e sistema verbal,
desenvolvimento do
imperativo, 34.2.2a
numeral, 5, 6’ 15n11
plural, 7.4b
morfes, 3.3.2
Moses, 1.1a
multifuncionalidade, 20.1
Murabba‘at, 1.5.4b
nabateu, 1n5
negação, 39n59
ʾyn, 18n22
mh, 18n22
nesiga, 32.1.1c
neutro (pronome), 6.6d, 16.3.5c, 16.4f, 16n42, 16n43, 17.4.3b, 17n3, glossário,
adjetival, 23.3
denominativo, 23.5
duplo-estado, 23.4
e objeto, 10.2.1d
isolado, 23.5
médio, 23.2.1
partículas, 37.4d
passivo, 23.2.2
nomes, 4.2.2e, 5.1, 6.4.1c, 6.5.3, 6n42, 8.1c, 8.2, 9.7a, 10.2.3d, 11.2.10e, 12.1d, 12.2b, 12.3e,
13.4b, 13.4c, 15.5.1c, 13.6a, 14.2e, 40.2.2b; veja também apelativos e substantivos,
semântica de, nomes de lugar
e demonstrativos, 17.4.1a
teofóricos, 6.5.3
nominalizações, 5n13
nominativo, 8n3, 9.1, 9n16, 10.1b, 10.3, 35.3.3a, 36.2.1b, 36.2.3, 38.8b, glossário
demonstrative, 17.3b
pronomes, 16.2a
nominativo absoluto, 4.7, 8.3a, 8.4, 10.3.2d, 16.3.3d, 16.3.5d, 16n22, 32.2.5a, 33.2.4, 37.5a,
38.2d, glossário,
objeto
direto, 4.6.2, 4.7c, 9.1a, 9.5.2b; veja também acusativo e pronomes, pessoais
mediado, 9.1a
ofícios, 12.3e
onoma, 4.2.2d
“que”, 38.8b
adversativas, 40.2.1d
condicionais, 29.6f, 31.4e, 31.6.1, 32.1.2, 32.2a, 32.2.1, 32.2.3, 32.2.4a, 32.2.5c, 33.3.1e,
34.5, 34.5.2, 35.3.1g, 37.6f, 38.1g, 38.1i, 38.2, 39.3.4d, 39.3.4f, 40.2.2a
correlativas, 39.3.4d
em construto, 9.6
exceptivas, 38.6
gerundivas, 36.2.3
hipotéticas, 30.5.4b
imanentes, 36.2.3
independentes, 19.1c, 19.1d, 19.2f, 19.3a, 19.3c, 19.4b, 19.5b, 19.5d, 19.7c,
modais, 36.2.3
sem verbo, 4.5c, 8.3c, 8.4, 9.1a, 12.1f, 14.3.1a, 14.3.2, 20.1a, 27.1b, 27.1c, 29.4a, 33.3.4,
35.3.3, 35.5.3a, 36.2.3b, 36.2.3g, 36n31, 37.5a, 37.6, 38.8, 39.2.3b, 40.2.1c–e, glossário
separativas, 36.2.2–3
oromo, 1.2d
anulação
conjunção, 39n3
demonstrativos, 17.2
preposição, 11.4.2
Samaritano, 16n16
shewa, 15.2.1h
Palmirene, 1n5
paragógico glossário
parágrafos, 38.1c
parashiyyot, 38.1c
particípios, 4.2.2d, 4.4.1, 4.6.1a, 5.3b, 7.4.3d, 8.4.2c, 8.4.2e, 9.6b, 10.2.2d, 10n18, 13.5.2d,
27n6, 29.1a, 29.2a, 29.2c, 29.3n, 29.4a, 29n17, 31.2c, 31.3c, 31n64, 32.2.5a–b, 33.3.5,
34n9, 35.1, 35.5.3, 37, 39.3.3b, 40.2.1b, 40.2.1e
Hiphil, 27n27
Pual, 25.1b
partículas, 4.2.2, 4.6.2, 5.1a, 11.1.2, 38.1a, 39.3.1d, 39.3.4, glossário; veja também partículas
enfáticas e partículas locativas e partículas restritivas e partículas temporais
palavra, tradição da classe de, 4.2.2, 16.1a; veja também tipos de palavra
particulares, 12.2b
passivo, 10.3d, 10.4, 11.2.10g, 11.2.11d, 28.1c, 30.5.3c, 37.1b; veja também voz
paciente glossário
palavra, 4.1–2
palavra, ordem de, 8.3, 8.4, 9.1c, 14.3.1, 38n13, 39n38, glossário
patriarquia, 6.5.3a
qātîl, 5.5a
qatlāl, 5.3e
qattāl, 5.4a
qattîl, 5.4c
qǝtālâ, 5.3f
qǝtaltāl, 5.5a
qǝtûllâ, 5.5b
qittēl, 5.4b
qittûl, 7.4.2
ʾ + qtl, 5.6e
ʿ + qtl, 5.6d
m + qtl, 5.6b
t + qtl, 5.6c
y + qtl, 5.6d
qtl + î, 5.7c
Pealal, 21.2.3
datação, 1.4.2c
gramática, 7n16
perífrase, 9.7
permissão, 27.5b
persa
aspecto, 30.1a
ergatividade, 10.3c
perspectiva, 11.4.3
pesar, 40.2.5b
pesher, 8n16
pesos, 11n15
artigo, 13n4
infinitivo, 35.2.1
numeral, 15n9
ortografia, 1.5.2h
plural, 7.4b
pronomes, 16n12
comparativo, 24.2h
declarativo, 24.2f, 24.2g,
denominativo, 24.4
factitivo, 24.2
freqüentativo, 24.5
resultativo, 24.3
Pilel, 21.2.3
Pilpel, 21.2.3
pisqot, 38.1c
honorífico, 14.2c
múltipla-escolha, 7n15
de composição, 7.4.1b
de extensão, 7.4.1c
de resultado, 7.4.1b
plurale tantum, 7n2
Poal, 21.2.3
Poel, 21.2.3
partículas, 5.3b
polaridade glossário
e gênero
Polpal, 21.2.3
Polinésia, 3.5e
português, 1.2b
Praga, Escola de, 3.3.5, veja também orações descontínuas, 8.4.2g, 8n13
prefixo, conjugação de, 5.1b, 11.1.1, 11.1.2b, 29.1, 29.3k, 29.6e, 30.1a, 31, glossário; veja
também enérgica forma e formas de nun-paragógico
com waw-relativo, 33
diversidade, 29.4e–j
jussivo, 31.1.1
t-preformativo, 31n2, 31n48
valores, 31.1.2
wyiqtol, 29.1
yiqtol, 29.1
futuro, 31.6.2b
habitual, 31.1.1e
incipiente-progressivo, 31.1.1e
ingressivo, 31.1.1e
irregular, 33.3.1f
lógico, 33.2.1d
não-perfectivo
conseqüente, 31.6.2
de capacidade, 31.4c
de contingência, 31.6.1
de deliberação, 31.4f
de desejo, 31.4h
de incerteza, 31.6.1
de obrigação, 31.4g
de permissão, 31.4d
de possibilidade, 31.4e
de proibição, 31.5b
de proibição, 31.5d
dependente, 31.6.2
estativo, 31.3c
habitual, 31.2b
habitual, 31.3e
progressivo, 31.3b
perfeito, 33.3.1c
perfectivo, 33.3
pretérito, 31.1.1
volicional, 34.1
prefixação, 5.6
pregenitivo, 9.2a
e acusativos, 10.2.1
no construto, 9.6b
e acusativos, 11.4.1
monográfica, 11.1.2c
proclítica, 11.1.2c
prescrições, 32.1.1d
pressuposição, 12.3e
pretérito, 20.2c, 29.4g, 31.1.1, 31n10, 33.3.1a, 33.3.2, glossário; veja também conjugação
sufixo
preteritum, 29n2
animação, 18.1c–e
definitividade, 13.4b
demonstratives, 16.1c, 17
interrogativos, 16.1c, 18
pessoais, 16.1c, 16.2–4
justaposição, 12.4
substituto, 34.1b
sufixados:, 4.6.1, 8.4.1a, 8.4.2a, 8n5, 8n8, 8n15, 9.1, 9.3, 9.5.3b, 10.2.1, 12.4, 13.4, 13.6b,
14.5c, 16.4, 18.4b, 19.3b, 22.3, 31.7, 31n8, 34.1d, 35.1, 36.1.1, 37.3, 39.3.3b
reflexivo, 16.4g
ressuntivo, 16.3.2c
Profetas, Anteriores,
definitividade, 13.4b
verso, 37n28
pseudossoritas, 39n87
delocutivo, 25.2
denominativo, 25.4
estimativo, 25.2
factitivo, 25.2
frequentativo, 25.5
infinitivo, 25n2
produtivo, 25.4b
resultativo, 25.3
pontualidade, 20.2i
Pulal, 21.2.3
putativo, 20.2m
denominativo, 22.5
impessoal, 22.7
permanentes, 22.3.4
temporários, 22.3.4
Qimḥi, David, 2.2.2b, 2.3.1d, 2n1, 29.2b, 29.3i; veja também Índice de Autoridades
Qoheleth, 1n36
quadriliterais, 5.6f
quadrivia, 2.2.3a
quantificadores, 9.5.3f, 14.3.1b,
quinqüiliterais, 5.6f
aramaico, 1n5
datação, 1.4.1e
raízes, fracas, 1.6.3f, 2.2.1a, 5.1, 5.6b, 5n17, 7.4b, 11.1.2d, 20.3, 20n17, 21.2.3, 23.6.1d, 26.1.1,
27n1, 27n10, 29.4i, 31.1.1, 32.1.1c, 33.1.1b, 34.1d, 34n3, 35n10, 36n7
reanálise, 13.6b
redução, 6.4.1c
redução
específica, 13.2a
reflexivo, 11.2.10d, 16.4g, 20.2j, 20.2n, 21.2.2g, 21.2.21, 23.1e, 23.1g; veja também ação de
duplo-estado
não-Niphal, 23.4c
Reis
zh, 17.4.3
justaposição, 12.5
substantivos, 7.2.3
rhēma, 4.2.2d
ritmo, 39n74
Romance, línguas
gênero, 6.3.1c
verbos, 20.2g
romeno, 1.2b
russo
gênero, 6.3.1e
número, 7.1e
semântica, 7.1c
Rute
datação, 1.4.2b
sacrifício, 6.5.3
Saltério
Galicano, 1.6.3k
vocabulário, 40.2.3a
Samaritano, Pentateuco, 1.4.1, 1.5.3f, 9.8c, 10n28, 10n32, 10n46, 14n10, 14n12, 15n23,
17n22, 31n49, 35.5.1a, 35n52, 35n57, 37n27; veja também texto
Samuel
Sânscrito
dual, 7.3a
escribas, 1.5.3c
saudações, 40n3
semântica, 3.2, 3n8, 4.2.2c, 10.2; veja também substantivos, semântica dos e verbos,
semântica dos
semítico, noroeste, antigo, 1.3.1, 8.1b; veja também ugarítico e cananeu, Amarna
“clássicas”, 1.2b
acusativo, 10.1
advérbios, 39.3.1
artigo, 13n4
caso, 8.1
demonstrativo, 13n5
genitivo, 9.8b
infinitivos, 35.1b
justaposição, 12.1f
número, 7.1g
plurais, 7.4b
preposições, 11n102
relativo, 19n2
Septuaginta, 1.5.3f, 1.5.4, 1.6.3k, 9.1c, 9.8c, 38.1c, 39.2.6c; veja também texto
Hiphils, 27n9
números, 7.4.3f
fonologia, 1.6.3b
preposições, 11n26
leitura, 28n4
semelhança, 12.2
Shema, 8.4.2g
signifiant glossário
significado, 3n10
signifié glossário
símile, 11n50
sinais, 3.2.1
solicitude, 27.5b
Somali, 1.2d
Sophist, 4n10
sofistas, 6.2.1a
composto, 4.4.1b
indefinido, 4.4.2
subserviência, 3.3b
complexas, 10.4c
em k, 11.2.9
substantivo
classe, 7.2.2
comum, 13.5
plural-invariável, 7.1d
primitivo, 5n1
abstrações, 5.2, 5.3d, 5.5d, 5.6b, 6.3.2f, 6.4.2, 6.4.3a, 7.4.1c, 7.4.2, 13.5.1g
ação, 5.6c
adjetivos, 14.3.3
corpo, 11.2.1
cosmologia, 13.4b
defeitos, 5.4b
dias, 14.3.1d
extensão, 7.4.1c
fontes, 11n106
idade, 9.5.3b
instituições, 13.4b
instrumentos, 5.6b
legumes, 7.4.1b
membros, 15.4b
nomes de lugar, 6.4.1, 7.3d, 8.2, 11.2.6c, 13.4b, 11.5.1f, 13.6, 13n11
pacto, 11.2.6
realeza, 14.5b
realia, 3n30
rios, 11n106
ruídos, 5.3f
sangue, 7.4.1d
sons, 5.3f
substância, 13.3c–d
verbosidade, 9n28
vestuário, 6.4.3a
com waw, 32
qatal, 29.1
wqatal, 29.1
wqataltí, 29.1h
wqatálti, 29.1h
complexa, 30.5.1b
definida, 30.5.1b
fientiva, 30.5.1b
ingressiva, 30.5.1b
perfectiva
acidental, 30.5.1e
adjetival, 30.5.3c
durativa, 30.5.3c
epistolar, 30.5.1d
estativa, 31.3c
habitual, 30.4
performativa, 30.5.1d
persistente, 30.5.1c, 30.5.1e, 31.3b,
precativa, 30.5.4c
proverbial, 30.5.1c
recente, 30.5.1b
waw-relativo
casus-pendens, 32.2.1e
conseqüential
epexegético, 32.2.3
sincronismo, 17.5b
sinestesia, 40n41
sinonímia, 5.6d
demonstratives, 17n2
e hebraico, 2.4–5
graus, 21.1c
suaíle, 6.3.1f
syndesmos, 4.2.2d
tagmema, 3n19
e gramática, 2.1b
citado, 1.6.3h
tannaim, 1.5.4a
tD (grau), 26.1
télico glossário
tetragrama, 1.5.3e
Pentateuco Samaritano, 9.8c, 10n32, 11.2.6c, 15n23, 17n22, 22n32, 31n49, 33.2.3a,
33.3.2a, 35n57,
Qumrã, 39.3.5e
versões, 11n59
e definitividade, 13.4b
e numero, 7.4.3b
Tiberíades, 2.1e
títulos, 11n65
tolerância, 27.5c
Tosefta, 1.3.3c
visita, 36.2.3d
transitividade, 10.1b, 10.2.1, 10.2.3a, 10.3.2, 10.4, 11.4.1, 20.1d, 20.2k, 20.21, 20.2o,
22.2.1d, 22.2.3, 22.4a, glossário
e voz
tradução, 3.3.4e, 3.5e, 9.4c, 10n7, 11n125, 12.1g, 13.5a, 29.1f, 29.2, 29n22, 30.3b, 30.5.3,
39.3.1d, 39.3.4b, 40n4
triptote, 8.1c
trisagion, 12n15
trivia, 2.2.3a
turco
caso, 8.1
fonologia, 3.3.1
gênero, 6.3.1b
caso, 8.1c
dual, 7n9
he locale, 8.2d
preposições, 11.1.3, 11n2, 11n4, 11n5, 11n37, 11n61, 11n80, 11n96, 11n109, 11n116,
11n117, 11n126, 11n133
perguntas, 40n48
verbos, 22n17, 29.3e, 29.4e, 29.4h, 29n73, 30.5.4c, 31.1.1, 34n16, 38n17,
verso, 1.4.2d
vocabulário
ʾtr, 17n2
p (‘boca’), 5n1
p (‘e’), 32n9
spsg, 1n73
ytn, 22n19
verbal, sistema, desenvolvimento, do, 22.2.2c, 22.2.3e, 23.2.2c, 24.1g, 26.1.3, 26.3a,
verbos, 4.2.2
estativos, 14.1c, 14.4c, 14.4d, 14.4f, 14.5d, 30.1, 30.2.3, 31.2b, 33.3.1b, 37.1b, 37.1e,
39.3.4g
existenciais, 32.2.6c
finito, 4.5b
neutro, 22.2.1a
alcance, 11.2.5f
artes, 25.3d
características, 22.4
circunstância, 22.4
comando, 36.2.3d
combate, 23.4e
compromisso, 10.2.3c
conhecimento, 4.4.1b
consolidação, 11.2.5
construção, 25.3d
contagem, 4.4.1b
criação, 10.2.3c
desejo, 10.2.1h
escuta, 11.2.10d
extensão, 11.2.5f
fala, 10.2.3b, 11.2.4, 11.2.5f, 11.2.10d, 11.2.10g, 11.2.13g, 30.5.1d, 33.2.2b, 33.2.2d,
fazer, 11.2.4, 11.2.10d
golpeamento, 11.2.5f
governo, 11.2.5f
intimidação, 11.2.11d
movimento, 9.5.2f, 11.2.7, 11.2.10d, 11.2.13b, 11.2.14c, 11.4.3d, 11n19, 27.2b, 34.5.1a,
35.3.2e, 37.3c
negociação, 11.2.4
percepção, 22.2.3b
plantação, 10.2.3d
qualidades, 22.4
realização, 33.2.2b
toque, 11.2.5f
visão, 11.2.5f
verso glossário
abertura, 31n31
acróstico, 16n34
aliteração, 13.6b
assonância, 13.6b
diversidade, 1.4.1j
fonologia, 5.8c
graus, 26.3b
Hithpael, 26n8
jussivo, 34.3d
verbos, 23.4, 29.4i, 29.5, 31.1.1g–h, 31.3b, 31.3e, 31.7.1b, 31n47, 33.1.2, 33.2.1, 34.2.1a,
35.5.2d, 36.3.2, 37.3c, 37n30, 37n44
versículo glossário de
vocativo, 4.7, 8.3a, 8.3d, 8n3, 8n11, 9.1a, 11n96, 19.4b, 40.2.4,. glossário; vocativo (cont)
volicional, uso, 31.1.2, 31.5, 31.7.1b, 32.2.2, 33.4, 34, 35.3.1b, 39.2.2, 39.2.5b,
voz, 20.1d, 20.2j, 20.2o, 21.2.1c, 21.2.2, 22.2.1, glossário; veja também passiva
vulgaridade, 1.5.3e
ʿatīdī 29.2b
adversativo, 8.3b
conjuntivo-seqüencial, 39.2.2
conseqüencial, 29.5
copulativo, 32.1.1
enfático, 39.2.1b
epexegético, 39.2.4
explicativo, 39.2.1b
frasal, 39.2.1
haššārût, 29.2b
ḥibbûr, 29.2b
hippûk, 29.2b
indutivo, 29.2h
interoracional, 38.1f–h
intersentencial, 38.1f–h
macrossintático, 38.1f–h
oracional, 39.2.1
relativo, 29.3g, 29.5g, 31.1.1, 32.1.1, 33.1.2, 34.5.3b, 35.5.2c, 39.2.1d, 40.2.1c,
resultadvo, 29.2f
Zacarias
pronomes, 16n12
Índice de Autores
Aartun, K., 188n2, 637n19, 647n1, 648nn1–2, 655n26, 656n31, 657n36, 658n41, 659n48, 697,
710
Albrecht
Albrektson
Andersen, F. I., 24n70, 52n19, 76n13, 78, 78n16, 78nn18–19, 130, 130n12, 131n14, 135n22,
140, 140n8, 140n11, 162n1, 178n34, 250n23, 266n23, 312n18, 332n5, 356n20, 360n26,
648n2, 695, 697, 700, 703, 704, 705, 712.
Baker, D. W., 54n22, 198n31, 552, 522n13, 649n5, 653n18, 697, 700, 705
Balmes, A. de, 37
Barr, J., 4n2, 21n65, 23n69, 26nn73–75, 27n77, 28n79, 30n90, 31n1, 38n30, 39n35, 39n37, 40,
40nn38–39, 40n41, 41, 41nn42–44, 42n45, 42n47, 43nn53–55, 47n8, 54n23, 99, 99n22,
125n1, 199n38, 200, 200n42, 200n44, 201n46, 215n102, 302n45, 661n59, 697, 698, 699,
703, 706, 709
Bauer, H., and P. Leander [BL], 42, 42n50, 84n2, 127n6, 332n3, 339n32, 351n4, 364, 364n7,
374n26, 376n38, 378, 379n3, 380n7, 396n2, 397, 397n6, 581n4, 589n35, 599n2, 614n10,
618n29, 695, 712
Bergsträsser, G., 5n3, 6n7, 28, 42, 42n46, 87n12, 126n4, 237n4, 255n1, 292n11, 352n7,
353n14, 378n1, 424n1, 480n2, 581, 581n3, 629n52, 713
———. [GB], 42, 42n51, 363n2, 369n18, 370n20, 373nn24–25, 374n26, 379, 379n4, 392n31,
392n33, 396n2, 407, 407n33, 467, 467n61, 472, 480n3, 497, 501, 501n13, 507n27,
513n35, 514n40, 523, 523n12, 526n23, 554n18, 557, 557n20, 582n13, 583n16, 591n44,
599n2, 602n13, 602n15, 603n17, 628n50, 695, 696
Blake, F. R., 459, 459n24, 467, 467n63, 483n7, 544n1, 589n35, 700
Blau, J., 5n4, 96n3, 177n29, 360n26, 360n34, 399n15, 568n12, 575n23, 656n31, 662nn64–65,
662n67, 674n12, 675n4, 695, 697, 700, 703, 706, 709
Bloch, A., 468n67, 700
Brockelmann, C., 25n71, 28, 42, 42n46, 96n2, 98, 98n18, 102, 102n31, 104n37, 173n20,
215n102, 232n14, 292n11, 316n1, 321n12, 327n23, 351n4, 353, 353n10, 360, 360n29,
363nn1–2, 364, 365n8, 367n15, 380n7, 391, 391n30, 396n2, 457, 461n29, 464, 464n49,
465n53, 466, 466n58, 466n60, 467n64, 467n67, 471, 497, 501n12, 503, 503n21, 514,
514n42, 581n5, 581n9, 582n11, 589n36, 593n49, 599n2, 624n42, 695, 713
Caird, G. B., 84, 85n3, 143n14, 228n4, 649, 649n7, 653n19, 699
Chomsky, W., 4n1, 31nn1–2, 33n6, 34n10, 34n12, 34n14, 35, 35nn15–16, 36n21, 38, 38n29,
224n128, 359n25, 374n26, 424n2, 429n18, 459n19, 520n1, 696, 697, 709
Cross, F.M., 15n43, 16n45, 17n50, 21n62, 24, 24n70, 159n46, 337n23, 703, 705, 707, 709
Dahood, M., 140n8, 159n45, 160n49, 162n1, 190n8, 223n124, 291n9, 302n45, 326n22,
360n27, 495n27, 655n26, 697,699, 700, 705
Davidson, A.B., 268, 338, 339n28, 552n13, 553n15, 554, 554n19, 561n22, 613, 613n5, 621n38,
622n39, 624n43, 656n31, 656nn33–34, 681n32, 696
Driver, G.R., 367, 367n13, 367n16, 457n11, 461n29, 467, 467n62, 475n89, 545, 596n60, 649,
653n19, 700
Driver, S. R.
Duke, R. K.
Duran, P.
Eaton, J. H.
Eissfeldt, O.
Eitan, I.
Elgin, S. H.
Ellenbogen, M.
Emerton, J. A.
Ewald, H.
Fensham, F. C.
Fenton, T. L.
Finley, T. J.
Fishbane, M.
Fisher, W.
Fitzgerald, A.
Fitzmyer, J. A.
Fleisch, H.
Floyd, E. D.
Follis, E. R.
Forbes, A. D.
Freedman, D. N.
Friedrich, J, 712
Friedrich, P.
Fronzaroli, P.
Frye, R. M.
Gesenius, W. [veja, também, G. Bergsträsser for GB], 41, 42, 57, 98, 459, 463n38, 545, 696
Gesenius, W., E. Kautzsch e A. E. Cowley [GKC], 98, 109nn48–49, 110n50, 127n7, 137n3,
140n7, 158n41, 171n18, 177n29, 196n24, 208n74, 221nn120–21, 223n124, 224n130,
291n8, 339n31, 351nn 1–2, 325n5, 360n28, 360n31, 361n35, 363n1, 376n40, 380n8,
396n2, 397, 397n4, 419n2, 433n1, 435n5, 440n18, 461n28, 494n24, 511n32, 516n49,
516n51, 516n53, 516n58, 517nn63–65, 518n68, 565n3, 567nn6–8, 568n11, 584n21,
585n26, 589n36, 599n2, 613n3, 614n8, 614nn11–12, 615n14, 616n24, 619n32, 620n35,
628n51, 656n32, 661n59, 661n61, 681n32, 684n43, 696
Goddard, B.L., 581n8, 584n22, 585n25, 589n34, 589n37, 591n43, 592n46, 595n55, 700
Goetze, A., 354, 354n 17, 396–99, 397n7, 415, 428, 700, 703
Gordon, C. H. [incluindo UT], 6nn8–9, 7n15, 13, 13n36, 127n7, 159n45, 162n1, 185n44, 188n2,
189n5, 190n8, 198n33, 209n80, 222n123, 273n4, 290n3, 291n6, 292n12, 307n10, 317n5,
351n4, 360n34, 370n19, 424n1, 463n41, 469n71, 494n22, 515n9, 584n19, 599n3, 648n2,
697, 707, 711, 713
Goshen-Gottstein, M. H., 22n67, 38n28, 39n36, 43n53, 131n16, 331n1, 351n3, 353, 353n10,
353n12, 353n14, 354n16, 359n25, 635n14, 648n1, 700, 705, 706, 709, 713
Greenberg, J.H., 45n1, 56, 56nn26–27, 57n30, 58n31, 58n33, 61n38, 83n1, 713, 715
Greenberg, M., 151n31, 271n30, 353–55, 353n14, 397n3, 475n91, 613, 614n7, 679n22, 696,
697, 705
Greenstein, E.L., 31n1, 38n28, 59n35, 93n30, 470n73, 514n38, 514n38, 517n63, 700, 703, 707,
709
Gross, W., 76n13, 131n15, 163n4, 470n75, 498, 498n8, 546, 546n6, 657n38, 684n45, 700, 707
Halliday, M.A.K., 46, 61, 61n37, 78n16, 343, 343nn1–2, 344n3, 715
Hammershaimb, E., 581, 581n7, 582n14, 584n20, 585n25, 595nn56–57, 595n59, 596n60, 700
Held, M., 379n4, 470n75, 498, 498n4, 501, 684n48, 701, 707
Hillers, D.R., 77n15, 402–3, 402n24, 438n14, 489n17, 682n33, 697, 699, 701, 705
Hoftijzer, J., 517, 125n1, 130n12, 178n32, 185n46, 462n36, 475n88, 516–17, 516n48,
516nn50–51, 516nn54–59, 517nn60–62, 522n9, 635n15, 697, 701, 707, 712
Holladay, W.L., 291, 249n22, 302n46, 327n27, 359, 359n23, 404n26, 410n38, 443n28, 485n10,
518n67, 576n27, 641n28, 670n98, 679n22, 683n40, 683n42, 696, 705
Huehnergard, J., 7n14, 119n11, 127n5, 211nn92–93, 211nn95–96, 368n17, 424n2, 470n73,
480n2, 517n63, 566n4, 637n22, 638n23, 701, 711, 712, 714
Ibrahim, M.H., 95n1, 96n4, 97n9, 97n11, 98, 98nn13–15, 98n19, 99nn20–21, 100nn24–25,
101n28, 102n34, 103n35, 104n36, 109nn46–47, 715
Jenni, E., 400n17, 401n21, 418, 419n2, 420n6, 421, 421n9, 426n7, 696, 701, 707
———. [LHS], 192n16, 208n77, 216n106, 379, 379n6, 485n11, 489n16, 489n18, 516n59,
518n68, 523–25, 523n12, 524n16, 584, 584n18, 585, 585n23, 600n9, 603n22, 604n23,
606n29, 613n4, 637n20, 696
———. [Das hebräische Piʻel], 354, 354n17, 396n1, 398n11, 399n12, 399n15, 400n16, 400n18.
403n25, 404nn27–28, 405n29, 407n32, 408n34, 409n35, 410n37, 410n39, 411nn41–43,
412nn44–46, 415n51, 416nn52–54, 421, 421n10, 428, 433–35, 433n2, 434n4, 435nn5–6,
701.
Joüon, P., 98, 98nn16–17, 170n14, 178n32, 244n10, 250n23, 251n25, 256n2, 259n7, 292n13,
308n11, 311n16, 317n4, 320n9, 332n6, 333n10, 334n11, 339n29, 339n32, 351n2, 360,
360n28, 363n3, 374n26, 380n7, 389, 389n25, 390n26, 396n2, 425n5, 436n10, 455n2,
477n97, 487n12, 489n18, 503n19, 507n27, 513n36, 522n10, 523, 523n12, 525n20,
526n23, 564n1, 565n2, 567n6, 571n17, 585, 585n23, 585nn25–26, 589, 589n37, 590n42,
591n44, 599n2, 603n18, 608n33, 611n39, 623, 623n40, 629, 629n52, 636n17, 638n24,
641n28, 654n20, 656nn31–32, 659n35, 659nn52–53, 660n58, 662n62, 665n81, 674n1,
679, 679nn18–19, 679n21, 679n23, 680nn24–25, 680n28, 681nn30–32, 684n45, 684n47,
696, 698.
Kedar-Kopfstein, B., 85, 85nn4–7, 86, 87, 86n8, 86n10, 614–15, 614n13, 615n15, 615nn18–20,
619, 619n31, 701.
König, E., 42, 42n49, 383n11, 465, 545, 615, 615n16, 620, 620n36, 620n36, 624n43, 696.
Kustár, P., 464, 464n47, 474, 474n87, 475n88, 498n5, 544, 545n3, 701.
Lambdin, T. O., 67, 127n5, 237n4, 317n4, 351n2, 360n34, 363n3, 374n26, 374n28, 379, 379n5,
385, 386n21, 387n23, 388n24, 396n1, 399n12, 429n18, 436n12, 441, 441n19, 451n5, 464,
464n46, 493, 493n20, 506n25, 517n63, 523, 523n12, 525, 525n20, 533–34, 533n34,
536n37, 554, 554n17, 571n17, 577n32, 578, 578n35, 614, 614n9, 616, 617n25, 636,
636n16, 636n18, 638n23, 650, 650nn8–11, 651n14, 652n15, 675n7, 676n12, 684, 684n43,
696, 698, 701, 703.
Lambert, M., 373n26, 379n4, 391n28, 392–93, 392nn31–32, 393nn34–35, 498n8, 696, 701.
Lyons, J., 47n10, 61, 62n40, 72n12, 78n21, 97n5, 112n1, 125n2, 163n5, 229n7, 290n1, 346n7,
356n20, 364n6, 366n12, 383, 384nn12–13, 430n23, 716.
McCarter, P. K., Jr., 211n88, 216n104, 281n21, 339n30, 672n106, 705, 706.
McCarthy, D. J., 606n29, 624n41, 625n45, 675n4, 676, 676n11, 678n17, 698.
McCarthy, J.J., 714.
McFall, L., 31n1, 34, 34n13, 455n1, 456nn3–4, 457, 457nn7–10, 458nn12–14, 458n18, 459,
459nn20–23, 460, 460nn25–27, 461n30, 461n32, 463, 463nn37–40, 464, 464n42, 464n45,
464n48, 465, 465n54, 465nn56–57, 466nn59–60, 467n62, 467n66, 475n92, 477n97, 501,
501nn14–15, 504, 504n23, 505n24, 513n37, 544, 544n1, 552n14, 567n9, 576n29, 701.
Mettinger, T.N.D., 90, 90n21, 399n15, 468n67, 470n74, 477n96, 699, 701.
Meyer, R., 4n1, 42, 42n52, 49n15, 178n32, 190n8, 467n67, 468n67, 467nn72–73, 477n96,
498n6, 584, 584n20, 599n3, 608n32, 696, 698, 699, 701, 703, 709, 710.
Michaelis, J.D., 41
Michel, D., 95n1, 113n4, 457, 457n8, 461, 466, 470–74, 470nn74–76, 471nn77–79, 472nn80–
83, 473n84, 475, 476, 497, 499, 499n10, 511, 511n33, 523, 523n11, 546, 546n5, 548–49,
548n8, 549n9, 696, 701.
Moran, W.L., 7n10, 127n9, 365n9, 469n71, 480n2, 497n2, 521–22, 522nn5–8, 564n1, 567n8,
568n12, 573, 573n19, 576, 576n26, 596n60, 707, 710, 711.
Moscati, S., 42n46, 89n19, 306n2, 351n4, 353, 363n3, 378n1, 386n22, 464n44, 567n9, 599n2,
714.
Muraoka, T., 130n12, 131n15, 147n23, 163n6, 165n9, 166n11, 177nn29–30, 180, 180n35,
184n37, 208, 208nn74–76, 291n5, 293n17, 293n20, 294nn21–22, 295n23, 296nn24–25,
297, 297n26, 298nn30–31, 299n33, 299n35, 300nn37–38, 300n40, 301n41, 301n44,
584n21, 585n25, 593n52, 660n58, 662n63, 663nn72–73, 669n90, 670n98, 672n103,
675n6, 698, 701, 705, 708, 713.
O’Connor, M., 17n50, 26n73, 58n34, 59n35, 67n7, 76n13, 90n22, 93n30, 131n15, 137n2,
139n6, 140n12, 155n36, 157n40, 160n48, 162n2, 178n31, 204n55, 211n96, 222n123,
223n124, 293n18, 339n31, 397n8, 494n22, 596n60, 607n30, 616n22, 633n9, 644n34,
645n37, 652n17, 668n87, 699, 704, 708, 712, 713.
Pardee, D., 7n12, 8n17, 188n2, 189nn4–5, 190n8, 191, 191nn10–12, 192n14, 192n17, 193n19,
196nn24–25, 197nn28–30, 198n32, 198n34, 199nn36–37, 205n60, 206n61, 206nn63–64,
207n72, 208n73, 211n96, 215n103, 217nn108–9, 219n116, 220n117, 222n122, 223nn125–
26, 224n128, 224n130, 225nn132–35, 346n7, 489nn16–17, 636n17, 701, 702, 708, 711.
Polzin, R., 10n25, 12, 12n31, 14, 14nn39–40, 178n32, 184n37, 278n12, 288n31, 333n10,
335n15, 539n39, 553n16, 576n30, 580n2, 583n17, 593n50, 594n54, 603n22, 708.
Qimhi, D., 31n1, 36, 36n20, 39, 359, 429n18, 459, 464, 513, 520, 552.
Qimron, E., 9n23, 93n31, 177n28, 200n42, 278n12, 292nn15–16, 302n46, 391n27, 324n2,
358n17, 526, 526n24, 544n1, 576nn29–30, 580n2, 604n24, 608n32, 609n34, 610n36,
618n27, 702, 710.
Rabin, C., 4n1, 12n31, 13, 13n35, 28n79, 36n19, 42n47, 126n4, 352n8, 422n13, 514n38,
680n28, 681n32, 699, 710, 714.
Rainey, A.F., 192n15, 469n71, 469n73, 470n73, 497n3, 498n8, 515n44, 517n63, 518n69,
567n6, 698,702, 711.
Rashi, 39.
Revell, E. J., 21n64, 29, 29n82, 29nn86–89, 59n21, 463n41, 468n67, 469n73, 520, 521n3, 540,
540n40, 544n2, 565n3, 567n29, 632n2, 649n6, 650n10, 702, 704.
Richter, W. [incluindo GAHG], 45n1, 54n24, 57n28, 66n2, 67, 67n8, 68n9, 79n22, 84n2, 125n1,
130n12, 143n17, 226n1, 236n2, 272n1, 324n17, 346n7, 353n11, 469n73, 635n12, 635n15,
675n4, 683n37, 696, 704, 705.
Robins, R. H., 66n3, 66nn5–6, 97nn6–8, 261n18, 290nn1–2, 366, 366n12, 612n1, 716.
Rosenthal, F., 5n6, 237n4, 273n6, 286n27, 320n9, 337n24, 515n47, 713.
Rundgren, F., 332n2, 351n3, 398n10, 476n96, 477n96, 480n2, 702, 714.
Ryder, S. A., II 354n17, 396n1, 399, 399nn13–15, 400nn18–20, 404n28, 405, 405n29, 409n35,
411n41, 414–15, 414n50, 419n3, 429n18, 702.
Sawyer, J. F. A., 47n8, 396n1, 399n15, 467, 467n64, 696, 699, 702.
Segal, M. H., 10n25, 93n31, 158n42, 178n33, 188n2, 194n20, 221n119, 248n18, 260n11,
292n12, 307n8, 332n7, 347n11, 458n17, 567n9, 600nn8–9, 625n44, 684n44, 710.
Segert, S., 346n7, 349n16, 353n11, 467n64, 702, 711, 712, 713.
Soden, W. von, 188n1, 190n9, 191n13, 210n85, 272n1, 273n4, 291n7, 319n8, 386n22, 398,
398n10, 405, 405n31, 427nn11–12, 461n29, m468n69, 714.
Speiser, E. A., 59n36, 102, 102nn32–33, 108n43, 109n45, 277n10, 426–28, 427n9, 427n13,
428n17, 429n18, 435nn7–8, 439n16, 699, 702, 714.
Sperber, A., 25n71, 137n3, 143n17, 177n27, 358–59, 358n22, 359n24, 398n11, 457, 462–63,
462nn33–35, 581n6, 595n56, 684n45, 696.
Swiggers, P., 31n1, 38n28, 57n30, 58n31, 62n40, 64n1, 66n4, 66n6, 68n10, 191n12, 290n3,
469n71, 612n1, 698, 699, 710, 711, 712, 716.
Talstra, E., 54, 54n23, 458n12, 489n17, 564n1, 634n10, 666n82, 698, 708.
Tene, D., 31nn1–2, 32–35, 32nn4–5, 33nn6–7, 33n9, 34n11, 34n14, 35nn15, 16, 36nn17–18,
36n20, 37, 37n22, 37nn24–27, 38n28, 38nn31–32, 40n38, 40n40, 353n13, 710.
Watke, B. K., 12n33, 13n34, 15n44, 18n52, 20nn58–59, 21n63, 156n38, 159n47, 177n28,
185n46, 593n50, 682n33, 696, 705, 706.
Williams, R. J., 338, 338n27, 363n4, 374n26, 376nn38–39, 433n1, 475n91, 514n44, 517nn63–
64, 518n68, 567n6, 589n35, 637n18, 642n30, 644n34, 654n21, 668n89, 670n93, 697, 702.
Wright, W., 98, 98n15, 227n3, 231n10, 326n2, 468n70, 502n17, 515n45, 573n20, 593n49,
655n25, 715.
Yeivin, I., 28n81, 29, 29nn84–85, 33, 33n8, 632n1, 633, 633nn3–8, 704.
אֹבֵּד 5.2d†
ָאבֹות 6.3.2b
ֲאבִי 40n26
ַּאבִיר 5.4c
ֶאבֶן 7.2.1d
אבק 23.5a
ֵּאבֶר †6.4.3a
ֲאגֻדָ ה 5.5b
אגם 5.6f
אֱדֹום 6.4.1d
אֲדֹנָי 40.2.3a
אֹוי 40.2.4a
ֱאוִיל 23.5b
אּולָם 39.3.5e
23.5aאות consentir
ָאז 11n97, 17.2b, 17n10, 29.3g, 31.1.1d, 31.1.1f, 31.6.3, 33.1.2b, 33.3.3b,
38.7a, 39.3.1h, 39.3.4c, 39.3.4f
אֵּזֹור 5.6f
אֹזֶן 6.4.1b
ֲאחָּה 40.2.4b
ָאחֹור 11.2.10b
ִאטֵּר 5.4b
אֵּי־זֶה 18n25
אֹיֶבֶת 6.4.2c
אִילֹו 40.2.4b
אֵּין 10.3.2b, 18.4a, 18n23, 22n40, 36.2.1g, 36.2.3f, 37.5f, 37.6a, 39.3.3b,
39n58, 39n61
אִיש 6.5.1a, 6n40, 7.2.1d, 9.5.3b, 12.3b, 13.4c, 13.8d, 15.2.3a, 18n2
אִישֹון 5.7b†
אֵּיתָ ן 5.6e
ַאל 4.2.1a, 31.7.1a, 34.1b, 34.1d, 34.2.1b, 34.2.1d, 34.2.1e, 34.4a, 34.5.1a,
34.7b, 34n6, 39.3.3a, 39n59
אֶל 4.2.1a, 10.2.1i, 11.1.2c, 11.1.2d, 11.1.3a, 11.2b, 11.2.2, 11.2.13b,
11.3.2, 11.4.3a, 11n20
ֱאלֵּי 11.2.2a
ֵּאלֶה 17.2a
אֱֹלהִים 6.5.2a, 7.4b, 7.4.3b, 9n33, 13.4b, 13.5.1b, 13.6a, 14.5b, 14n5
אלח 23.5a
ֵּאלְי 1.6.3k
ִאלֵּם 5.4b
ִאם 18.1c, 31.6.1b, 31n31, 32.2.1b, 32.2.3a, 32.2.3b, 34.7a, 34.7b, 38.2d,
38.6b, 38.7a, 39n21, 39n72, 40.2.2a, 40.2.2c, 40.2.2d, 40.3b
אִם־ֹלא 38.2d
ָאמָה 7.4b
ַּאמָה 7.3c
ֱאמּונָה 6.4.2b
אמץ 27n18
ֱאמֶר 39.3.4b
ָאנָה 18.4f
ָאנָה 18.4f
ָאנָה 40.2.5c
אֱנֹוש 6n40
ֲאנָחָה 5.3f
ִאנָעֵּר 21n27
ִאנָקָה 5.3f
ָאסּור 37.4e
ָאסִיף 5.3c
ַּאסִיר 5.4c
אסף 23.4e
אסר 22n31
ֵּאפֹו 39n72
ֵּאפֹוד †6.4.3a
אֹפֶל †6.4.3a
אפס 22.4d
ֶאפֶס 39.3.5e
אצל 22.5a
ארב 24.5c
ַארבֶה
ְ 5.6f
ַארבַּע
ְ 15.2.2a, 15n5, 15n11
א ֵֹּרג †5.2d
א ֲִרי 6.5.1a
ַארי ֵּה
ְ 6.5.1a
ארְך 10.2.1d
ַארנֶבֶת
ְ 5n26, 6.5.2a
ַארצָה
ְ 8.2d
ארר 22n32
ֵּאש 5.8b
אַּשּור 6.4.1d
אשם 22.3k
שם
ָא ָ †6.4.3a
שר
ֲא ֶ 3.2.2b, 4.7c, 8n20, 10.3.1a, 11.2.9a, 13n19, 18.2e, 18.2g, 18.3c, 18n2,
19.1, 19.2a, 19.2b, 19.3, 19n6, 27.3b, 31.6.1c, 38.1g, 38.2d, 38.3b,
38.3c, 38.4a, 38.7a, 38.8a, 38.8c, 38.8d, 38n14
שת
ֶ ֵּא 9n28(part.)
ֵּאת 3.2.2b, 3.3.4e, 8n1, 9.3d, 10.1, 10.2.1c, 10.3, 12.3f, 16.2a, 16.4c, 16.4g,
16n6, 17.2b, 23.2.1b, 23.2.2e, 25n4, 26n29, 27.3b, 28n3, 28n5,
36.1.1e, 36.3.1a, 38.8a
ְַּאת 16.3a
ָאתֹוו 6.5.1a
א ֹתִ י 11.2.4a
ִאתִ י 11.2.4a
אתמה 16n16
ַּאתֵּ ן 16.3a
ב 9.5.2f, 10n14, 10n15, 11.1.2c, 11.1.2, 11.1.3a, 11.2b, 11.2.5, 11.3b,
11.4.3c, 11n87, 11n115, 11n128, 11n132, 13.3f, 14.5c, 15.6a, 19n18,
23.2.2f, 23n19, 27.3b, 31.6.3b, 36.1.1c–d, 36.2.2b, 36n22, 38.4a
ַּבמָת 18.3d
באש 23n27
ָבבֶל 6.4.1d
בֹוצֵּר †5.2e
בזז 22.6b
בָחּור 11.4.3b
בחר 30n17
ֶבטֶן 6.4.1b
בִי 40.22.3a
בֵּינֹות 11.2.6a
בְֹלא 36.2.1g
בֶן־ָאדָ ם 9.5.3b
בנה 33.1.1b
בֹנֶה †5.2d
ַּבעַּד 11.2.7
ְבעִיר 11.2.7
בעל 22.5a
בֹעֵּר †5.2e
בעת 23.6.3a
בָצּור 5.3d
ָבצִיר 5.3c
בצק 22.4d
ָבקַּר 6.5.2a
בָרּוְך 11.2.10d
ב ְִרית 6.1c
בשל 7.3b
בַּת 25.2a
בַּת־צִיֹון 6.4.1d
בְתּואֵּל 8.2b
בְתֹוְך 11.1.2b
בְתּולָה 9.5.3h
בתר 24.3.1a
24.6גאל contaminar
גֹאֵּל †5.2d
ְג ֻאלָה 5.5b
גבה 26.2d
ְבּורה
ג ָ 6.4.2b
ִגבֵּן 5.4b
גבר 22.3k
גדל 22.3k, 24.1f, 24.2a, 24.2g, 24.2h, 24n25, 25.1b, 26.2f, 27.1c, 27.2d,
27.2f, 27.2g, 27n17
גדע 25.3c
ג ֹדֵּ ר †5.2d
גֶו †6.4.3a
גור 10.2.2b
גִילֹונִי 5.7c
גלח 24.2a
גמל 10n11
גֹמֶר 6n42
גַּן †6.4.1d
ַּגנָב 5.4a
ַּגנָה 6.4.3a
גנן 5.6f
גער 11n122
גֵּר 7.2.1d
גשם 25.4b
גשש 24n28
ד ֹב 6.5.2a
דָ ג †6.4.2d
דוש 22n32
דחה 22n31
דלג 24.5b
דלה 24.3.2e
דָ ם 7.4.1b
הֶָאח 40.2.5b
ֵּהבִיא 10.2.1c
הבל 22.5a
22n38הגה gemer
22n38הגה remover
ַּהגִישָה 34.4a
הּוא 8.4.1b, 8n15, 8n16, 16.3a, 16.3.3b, 16.3.5d, 16n10, 16n13, 16n15,
16n27, 16n28, 16n30, 17.2a, 17.3, 17.5, 39n57
הֹוד 11.105
היה 4.5c, 8n15, 8n16, 10.3.2b, 12.1f, 18.3b, 29n91, 32.2.3e, 32.2.6b–c,
33.1.2b, 33.2.2b, 33.2.4b, 34n9, 36.2.3b, 36.2.3g, 37.7.1, 38n11
הֵּיטֵּב 35.4a
ָהלְָאה 17.2b
הָלֹוְך 35.3.2c
ַּהלָז 17.2a
ַּהלֵּזּו 17.2a
הלְך 11n108, 23n9, 24.3a, 24.5b, 24n51, 26.1.2b, 26.1.2d, 26n8, 26n18,
27.5b, 34.5.1a
הֹלְֵּך 37.6d
הלכוא 19n31
ִהנָבֵּא 21n30
ִהנַּבְאּו 21n30
ִהנַּבְאתִ י 21n30
ִהנֵּה 16.2a, 16.3.5b, 16.4c, 17.2b, 17.4.3c, 17n10, 34.7a, 34.7b, 36n29,
37.6a, 37.6d, 37.6e, 37.6f, 36n41, 38.1e, 38.1h, 38.1i, 40.2a, 40.2.1
ִהנֵּה־נָא 34.7b
הָס 40.2.5c
הפְך 23.2.2b
הַּר 6.3.2c
הרה 22n38
ה ְַּרחֵּק 35.4a
ה ִָרים †7.4b
שכֵּיל
ַּה ְ 36.1.1b
ש ְבעָה
ַּה ְ 34.4a
שכֵּם
ַּה ְ 35.3.2c, 35.4a
שמֶר לְָך
ִה ָ 23.4e
השתחוה 21.2.3d
הִתְ יַּחֵּש 36.2.1f
ז ֹאתָ ה 17n5
זבד 10.2.3b
זְבֻד 14.5b
זְבֻלּון 5.7b
זֶה 6.6d, 17.2a, 17.3, 17.4, 17n4, 17n18, 18.2b, 18.3b, 18.3c, 19.2, 19.5,
19n8, 19n9, 38.1g
זָהָב 12.1b
זֹהַּר 27.4a
זֹולֵּל 37.2b
זֹונָה †5.2d
זור 22n30
זִיד 27n18
זכר 27.3c
זִכָרֹון 5.7b
זָמִיר 5.3c
זמן 25.4b
זמר 11n86
זנב †24.4f
זנה 22n30
27.4cזנח secar
זעק 10.2.1i
זקק 25.3a
ז ֶַּרע 7.2.1c
ז ֵֹּרע †5.2e
זרק 22n30
ֶחבְרֹון 5.7b
חגג 22.5a
חֲגֹור †6.4.3a
חַּד 15n6
חדל 35.5.4b
חדש 24.2a
ח ֹדֶ ש 15.3.2b
חֹובֵּר †5.2d
21n34חוה bater
21n34חוה viver
ַּחּוָה 13.4b
חול 22n32
חֹומָה 5.2b
חּוצָה 2.1b
שה
חּו ָ 34.4a
חֹזֶה 5.2d
ַּחטָא 5.4a
ִחטָה 7.4.1b
ִחטִין 7.4b
חֹטֵּן 12n5
חַּּיין 7.4b
ַּחיִל 6.4.2b
חִיצֹון †5.7b
חכה 24.5b
ֵּחלֶק †6.4.3a
חָם 8.2c
חֲמּוטַּל 8.2b
חֲמֹור 6.5.1a
ֲחמִיטַּל 8.2b
חמש 24.4h
ח ֹ ֶמש 15.5a
שם
ֲח ִמ ִ 15n5
חנף 22.4c
חנק 23.3.4b
ֲחסִידָ ה 6.5.2a
חפר 22.4e
חפש 25.3a
חצב 22.6b
חצה 15.5a
ֲחצִי 15.5a
חקה 26.2e
ֻחקִים 7.4b
חרב 22.4c
חרה 22.7b
חָרּוץ 5.3d
ח ִָריש 5.3c
ח ֶֶרם 27.4a
ח ְֶרמֹון 13.4b
חרש 22.4c
ח ָָרש 5.4a
ח ֶֶרש 39.3.1j
ח ֵֵּּרש 5.4b
ח ֵֹּרש †5.2e
שכָה
ָח ְ †6.4.3a
ח ֹשק 25.3d
חתת 22.4e
טֹהַּר 11n66
טוב 11n113
טֹוב 14.4c, 22.7b, 22n21
טֹובָה 6.4.2b
טול 27.4b
טנף 24.2a
טַּף 7.2.1c
טרף 22n31
יאל 23.5b
יאש 40.2.5b
יבל 27n29
יבש 22.4c
יָבֵּש 5.3a
ֹוגֵּב †37.2b
יגע 22n23
ידה 27n29
י ָדֹות 7.3b
י ָדַּ י ִם 7.3b
ידע 1.6.3f, 10.2.1d, 18.2f, 23.4h, 24.4g†, 27.3c, 27.5b, 29.4a, 31n49,
35n63, 36.2.1d
יֹובֵּל 5.2b
יֹום 3.3.5e†, 7.3c, 9.5.1f, 9.7b, 11n61, 13.5.2b, 15.2.1a, 15.2.3a, 15.3.2b,
15n2
יּומָה 35.2.1d
יֹונָה 6.5.2a
שב
יֹו ֵּ †5.2d†, 5.2f
שבֶת
יֹו ֶ 6.4.2c
יֹותֵּ ר 39.3.1i
יחל 5.6c
יַּחַּש 26n27
יַּטִי 21n27
ילד 10.3c, 10n8, 21n20, 22.3b, 22.3m, 22n30, 22n34, 24.2e, 28.1b
יֹלֵּד †5.2d
יֻלַּד 22.6d
יַּלְדּות †5.7d
י ִלֹוד 22n37
י ְ ָללָה 5.3f
י ָם 7.4.1d
ינק 22.3i
יִנַּשא 21n30
יִנַּשְאּו 21n30
יַּעַּל 31.1.1f
י ַּ ֲעלֶה 31.1.1f
י ְעֹעֵּרּו 39n83
יעף 22.4d
יפע 27n18
יצב 23.6.4a
יַּצֵּב 31.1.1d
יצק 28.3a
יִצְרּו 21n27
יקד 22.4d
י ָקּוש 5.3d
י ְִרָאה 36.1.1d
ש ַּלי ִם
י ְרּו ָ 7.3d
ירש 22.3i
שה
י ְֻר ָ 5.5b
ש ָר ֵּאל
יִ ְ 5.8b, 6.4.1d
י ְשּועָה 5.6d
ישר 25n4
שרּון
יְ ֻ 5.7b
שר
ַּכ ֲא ֶ 38.5a, 38.7a
כבד 20.2m, 22.2.2a, 22.3d, 22.4c, 23n36, 24.2a, 24n25, 25n4, 27.2d,
27n15, 37.1e, 39.3.4g†
כָבֹוד 6.4.2b
כבס 26.3b
ְכבָר 39.3.1h
ֶכבֶש 5.8e
כהה 31n5
כֹחִי 1.6.3k
כִי 2.1b, 8n17, 18.2g, 22.2.2d, 31.6.1b, 32.2.1b, 38.2d, 38.3b, 38.4a,
38.6h, 38.7a, 38.8, 38n13, 38n24, 39.3.4d, 38.3.4c, 39.3.4d, 39.3.4e,
39.3.5d, 40.2.2b
ָככָה 39.3.4c,39.3.4e
כ ֹל/ כָל 7.2.2a, 7.2.2b, 8n5, 8n14, 8n17, 9.5.3f, 10.3.1a, 12n10, 14.3.1b, 14.5d,
15.6c, 15n5, 16n3, 18n2, 31.6.3c, 31n41, 36.2.1e
כנע 23.6.3a,23n37
ָכנָף 6.4.1b
כסה 23n36
כַּּפֹות 7.3b
כ ֶֶרם 6n37
כ ֵֹּרם †37.2b
כרע 27.2b
שב
ֶכ ֶ 5.8e
שבָה
ִכ ְ 5.8e
כשר 22.4c
כָתּוב 5.3d
כָתֵּ ף 5.3a
ל 2.1b, 9.7a, 9.7b–c, 9n23, 10.2.1i, 10.3.2b, 10.4, 10n10, 10n22, 11.1.2c,
11.1.2d, 11.2b, 11.2.10, 11.3b, 11.3.2a, 11.4.1b, 11.4.3a, 11n128,
13.3f, 15.6a, 15.6b, 16.4d, 18.3b, 19n15, 22.7b, 23.2.2f, 23.4c, 23n19,
27.3b, 33.1.2b, 36.1.1c–d, 36.1.2, 36.2.3, 36n8, 36n22, 38.8b, 39n63,
40.2.4b
לָטֹהַּר 11n66
ְלהֵּן 11.3.3a
ִל ְפנֵּי 11.2.10a, 11n59, 31.5d, 31.6.2b, 34.1b, 34.2.1b, 34.2, 1d, 34.2.1e,
34.4a, 35.2.2e, 35n52, 36.2.1g, 37.5f, 37n14, 38.3c, 39.3.1d, 39.3.2a,
39.3.3a, 39n59, 39n86, 40.2.2a
ֹלא 18n2
הֲֹלא 18n2
לֻא 36.2.3d
לבב 6.5.1a
ָלבִיא 6.4.2d
לּו 40.2.2d
ְלחִי 6.4.1b
לחם 10n11
לחץ 5.8c
ַּליְלָה 8.2d
ֶלכֶת 36.1.1d
לָשֹון 6.4.1b
שכָה
ִל ְ 5.8c
לשן 27.4a
מאוה 5.6d
מְאּומָה 18n2
ָמגֹור †6.4.3a
מהר †24.4g
ַּמהֵּר 35.4a
מֹוָאבִי †5.7c
מוג 23.6.1c
מול 11n84
מֹולֶדֶ ת 6.6b
שב
מֹו ָ 5.6b
ַּמזָלֹות 5.8c
ַּמזָרֹות 5.8c
מָחֹול †6.4.3a
ָמחָר 39.3.1h
ָמטָה 39.3.1g
ִמלִין 7.4b
מלְך 22.5a
ַּמלְכּות †5.7d
מַּן 18n5
מִן 4.2.1a, 8.4.2a, 9.6b, 11.1.2b, 11.1.2c, 11.1.2d, 11.2b, 11.2.11, 11n2,
11n128, 11n132, 14.4b–d, 15.6b, 23.2.2f, 24.2h, 36.2.2b, 38.3c, 38.4a,
39.3.3a, 39n60, 40.2.2c
מֵַּאח ֲֵּרי 11.3.3a
ִמבֵּית 11.3.3a
מִחּוץ 11.3.2a
ַּמעֲשר 15.5a
מ ֵָּרחֹוק 11.3.2a
מנה 15n29
מֹנֶה 15.4b
ֵּמסַּב 39.3.1g
מסר 1.5.4d
ַּמעַּל 11.1.2b–11.3a–39.3.1g
ֵּמצַּח †6.4.2f
מְקֹומִי 9n24
מ ְַּרָאה 5.6d
מ ְַּראֶה 5.6d
מ ְַּראֲשֹות 7.4.1c
מ ְַּרבִית 5.6d
מ ְַּרגֵּל 5.3b
מ ְַּרגְלֹות 7.4.1c
מ ְֶרחָק †7.4.1d
מרק 22n30
מֹשֶה 13.4b
שכָב
ִמ ְ 7.4. 1e
שכָן
ִמ ְ †7.4. 1e
מִשל 22.5a
שנֶה
ִמ ְ 15.4a
שעֵּן
ַּמ ְ †6.4.3a
שּפָט
ִמ ְ 5.6b
שתִ ין
ַּמ ְ 26n1
מָתֹוק 5.3e
ַּמתָ ן †6.4.3a
נְאֻם 40.2.3a
נאף 24.5c
נְָאקָה 5.3f
נֹבֵּל 37.2c
נָגִיד 5.3c
נגר 27.2c
נֹואָש 40.2.5b
נֹוקֵּש †5.2c
נֹורא
ָ 37.4d
נחץ 5.8c
נחש 24.4g
שתַּ יִם
ְמ ֻח ְ 7.3d
נטה 27n11
נטע 23.6.1d
נטף 26.2d
נטש 22n38
נְכֹונָה 6.4.2b
נסה 35.5.4b
נסה 23.6.1d
נסְך 30n17
נֹסֵּס 37.2b
נֵּץ †6.4.2d
נצל 23.4b
נצר 29n67
נקה 24n25
נָקִי 5.3c
נקר 25.3b
נָשִים 6.3.2b
נשְך 24.3.3c
שכָה
נִ ְ 5.8c
נשק 24.3.3c
נתְך 23n33
נתר 24.2b
נתש 22n32
ְסגֻלָה 5.5b
סגר 5.8d
סוְך 22n32
סּור 37.4e
סֹכֵּן †5.2c
סכר 5.8d
ֶסלָה 40.2.3a
סמְך 11.1.3a
סעף †24.4f
ספה 22n5
ס ִָריס 5.4c
סתר 26.2c
עבד 22n30
ֲעבֻדָ ה 5.5b
עָגֹול 5.3e
עגם 5.6f
עגן 5.6f
עַּד־ָאנָה 18.4f
עַּד־מָה 18.3d
עַּד־ ָמתַּ י 18.1f, 30n11
11.2.12עַּד futuro
עֶד 11.2.12
עֲדֵּ י 11.2.12a
עֲדֶ ן 39.3.1h
עוד 10n11
עול 10n11
ָעוֶל 5.6f
עֹולָם 39.3.1h
עור †24.4g
ִעּוֵּר 5.4b
עּורה
ָ 34.4a
עֵּז 6.5.1a
עזב 22n30
עטר 5.6f
עִּיין 7.4b
ַּעי ִן 6.4.1b, 6.4.1e, 13.4b
עֵּינַּיִם 7.3b
ָעיֵּף 5.3a
עִר 6.4.1d
ַּעכְשּוב 5.6f
עַּל־מָה 18.3d
עַּל־ּפִי 11.3.1a
11.2.13עַּל altura
עלז 5.8d
ֲעלֵּי 11.2.13a
ֶעלְיֹון 13.4b
ֶעלֶם †6.5.1a
עלס 5.8d
עלץ 5.8d
עַּם 11.4.3b, 13.3e, 18.4b
ִעמָדִ י 11.2.14a
ַּעמִים 7.4b
עמם 22n38
ָענִי 5.3c
עפר †24.4e
ָעעּום 5.3d
עצר 11n100
עקר 5.6f
ע ֶֶרב 27.4b
ע ֵֹּרב †5.2b
ע ֲֻרבָה 5.5b
ערה 5.6f
עָרּום 5.3d
ע ִָריץ 5.4c
ע ֵֶּרְך 13.6b
ע ְֶרכְָך 13.6b
שב
ֵּע ֶ 7.2.1c
שי
עֹ ָ 37.3d
ירית
ש ֲִע ִ 15.5a
עשר 24.4i
שר
ֶע ֶ 15.2.2a†, 15.2.3†, 15n5
שרֹון
ִע ָ 15.5a
ש ִרים
ֶע ִ 15.2.4a†, 15n5, 15n17
עשר 26.2f
שתֵּ י
ַּע ְ 15.2.3b†, 15n15
עַּתָ ה 34.7a, 34.7b, 38.1e, 39.3.1h, 39.3.4c, 39.3.4f, 40.2.1c
ּפגע 10n11
ּפחד 22.4e
ּפלא 24.2a
ּפלט 5.8d
ָּפלִית 5.3c
שתִ ים
ְּפ ִל ְ 13.5.1f
ּפְנּואֵּל 8.2b
ּפני 11.3.1a
ְּפנִימָה 39.3.1g
ּפסס 22n22
ּפעל 2.2.1a, 20n17, 21.1b
ּפקד 30n17
ְּפקֻדָ ה 5.5b
ָּפקִיד 5.3c
ּפרס 27.4a
ּפרק 26.2d
ּפרר 27n10
ּפרש 24.3.1b
ּפרש 25.3a
ּפְשק 24.3.1b
שת
ֵּּפ ֶ 7.4.1b
צ ֹאן 6.5.2a
צִדֹנִין 7.4b
ָארים
ַּצּו ִ 7.4.1c
צֹועֵּק 37.2c
צוק 10n11
ַּצּוָרֹון 5.7b
צֹורף
ֵּ 37.2c
צָחֹות 6.4.2b
צחק 5.8d
ֵּצלָע 6.4.1b
צמא 22.4d
צמד 23.5b
צעִיר 5.3c
צפן 22n5
צקה 31n49
צ ֹר 13.4b
קבב 35n10
קָדֹוש 12n15
שים
קְדֹו ִ 7.4.3b
קדם 24.4g
ק ֹדֵּ ר 37.2b
קדש 22.3k, 22.4c, 23n36, 23n37, 24.1a, 24.2e, 24n25, 26.2f, 26.3a, 27.2d
ק ֹ ֶהלֶת 6.6b
קֹוב 35n10
ְקוֻצֹות 5.5b
קור 5.6f
קֹטֵּף †5.2e
ָקמַּי 37.3d
קנא 10n9
ָקצִיר 5.3c
קצץ 25.3c
ק ֶֶרב 11n16
ק ְָרבָן 5.7b
ק ֶֶרן 6.4.1b
ק ְָרנֹות †7.3b
קרץ 22n38
קָשֹות 6.4.2b
ר ֹ ֶאה †5.2d
ִרבֹו 15.2.5a
ִרבֹוא 15.2.5a
ַּרבִים 14.3.1c
ֶרבַּע 15.5a
רֹבַּע 15.5a
רבץ 22.31
ַּרבַּת 39.3.1h, 39.3.1i
רגז 22.4e
ַּרגְלִי 5.7c
ַּרגָלִים 7.3b
ֶרגַּע 7.3b
רוח 5.6f
רֹזֵּן 6n37
ָרחֹוק 37.2b
רחק 22n5
ריב 25.3b
ִריב 35n10
רכב 22.31
ֶרכֶב 7.3.1c
רכְך 27n10
רמה 24.2a
רמָה 7.2.1c
רנן 25.5a
עב 22.4d
22n5רעה pastar
22n38רעע quebrar
רפה 10n11
ָרצִין 7.4b
רקב 22.4d
רקע 25.3d
רשע 27.2e
ש ְבעָה
ָ 6.4.3a
שגב 23n31
שְדֵּ ה 13.4b
שֹונֵּא 37.2b
שְחֹוק 36.2.1f
שחק 5.8d
שטָן 13.6a
שכֶל
ֵּ 27.4a
ש ְלמָה
ַּ 5.8e
ש ְמלָה
ִ 5.8e
שער 22.5a
שעָר
ֵּ 6.3.2f, 6.4.2d
שפָתַּ י ִם
ְ 7.3b
שר
ַּ 13.4b
ש ֵֹּרק 5.2b
שְָאגָה 5.3f
ש ֲאנָן
ַּ 5.5a
שא ִֵּרית
ְ 5.7d
שבֹלֶת
ִ 3.4e
שבַּע
ֶ 15.2.2a, 15n5
ש ְבעָתַּ י ִם
ִ 15.4a
שבר 22.5a, 23.2.1a, 23.2.1b, 24.1a, 24.1f, 24.3b, 24.3.1a, 24.3.2d, 24.4b
שגל 22n31
שַּד 6.4.1b
שדד 22n29
שַּדַּ י 13.4b
שוְא
ָ 39.3. 1j
שֹוטֵּף 37.2c
שֹועֵּר †37.2b
שֹוק 6.4.1b
שנָה
שֹו ַּ †6.4.2d
שטח 24.3.1b
שטף 22n31
שֹטֵּר 37.2b
שיר 22n32
שִיר 6.4.2d
שכֶם
ְ 27.4b
שכן 22n20
שכר 22n35
של
ֶ 9.7c, 19n15
שלג 22.7a
שלֵּו
ָ 5.3a
שלְשֹום
ִ 39.3. 1h
שם
ָ 4.7c, 17.2b, 17n10, 39.3.1g, 39.3.1h, 39n39
שֵּם 5n1, 8n14
שמד 23n37
שמָה
ָ 17.2b, 17n10, 39.3.1g
ש ַּמי ִם
ָ 7.3d
שמֹנֶה
ְ 15.2.2a, 15n5
שמֶש
ֶ 13.5.1b
שמְשֹון
ִ 1.6.3c
שן
ֵּ 6.4.1b, 6.4.1e
שנָה
ָ 7.3c, 12.5a, 15.2.3a, 15.3.2c
שנַּי ִם
ְ 15.2.1h–j, 15.4a, 15n5
שנֵּים
ְ †15.2.3b
שען 23.4b
שער 22n41
ש ְפחָה
ִ 7.2. 1d
שפט 37.2a
שפְך 22n30
ש ֶקל
ֶ 15.2.3a
שקע 27.5b
שקק 26n18
שרץ
ֶ 7.2.1c
ש ֶֹרש 21n1
שש 24.4h
שש
ֵּ 5n1, 15.2.2a, 15n5, 15n11
שים
ש ִ
ִ 5n1, 15n11
שתה 31.1.1b
ת ֹאמִרּו 31n2
תֹודָ ה 5.6c
תֹור 6.4.3a
תֹורה
ָ 6.4.3a
תַּ ֲח ֻלאִים 5.6d
תמם 26.1.1b
תעב †24.4g
תפר 24.5c
שע
ַּ ֵּת 15.2.2a
שתֶ ה
ְ ִת 31.1.1d
Gênesis
1.1–2 129
1.3–4 242
1.3ff 473
1.8 174
1.13 274
1.14 530
1.15 443
1.25 179
1.29 209
2.8 179
2.10 625
2.13 274
2.20 26
3.2 241
3.3 333, 511, 517n61
3.9 327
3.12 129
3.17 207
4.2 232
4.5 555
4.7 205
4.9 327
4.12 602
4.19 388
4.22 301
4.24 375
4.25 220
5.4 447
5.5 482
5.20 280
5.24 427
6.4 221
6.10 231
6.13 221
6.18 74
6.21 507
7.5 165
7.8–9 289
7.9 165
7.20 171
7.21 198
8.1 436
8.3 590
8.7 590
8.11 206
8.22 22
9.3–4 670
9.10 617
9.14–15 539
9.16–17 312
9.18 298
9.19 129
9.23 134
9.24 180
9.26 569
9.27 654
10.10 104
10.18 392n33
10.21 269n29
10.30 302
10.32 245
11.5 607
11.6 601
11.10 281
11.24 280
11.29 127n7
11.31 215
12.1–2 578
12.1–4 395n38
12.2 209
12.4 281
12.5 114
12.7 248, 621, 623
12.8 212
12.9 590
12.12 401n22
12.18 207
13.7 651n14
13.15 183
13.17 206n67
14.2 130
14.4 486
14.6 159
14.9 278
14.18 127n26
14.22 488
14.23 295
14.24 294n22
15.1 129, 193
15.2 124
15.4 294n22
15.7 333
15.9 422
15.11 216n107
15.12 610
15.14 628
15.17 200
15.19–21 115
16.3 232
16.4 392n31
16.12 197
16.13 616
17.1 263
17.1–2 578
17.2 654
17.4 677
17.5 671n102
17.6 305
17.8 149
17.11 181
17.12 172
17.17 281
17.21 310
18. 170
18.2 626
18.3 579
18.4 374
18.5 641
18.7–8 242
18.9 328
18.10 586
18.14 266
18.15 486
18.19 639
18.22 221
18.26 511
18.27 133
18.30 575
19.1 549
19.5 246
19.6 180
19.8 669
19.10 180
19.19 579
19.28 245
19.30 606
19.33 313n22
19.34 212n97
20.9 509
20.10 323
20.11 534
20.12 557
20.17 184n39
21.1 652n15
21.3 340
21.8 558
21.9 172n19
21.10 219
21.12 569
21.15 251
21.16 573
21.23–24 296
21.24 391
21.26 319
21.29 260
21.30 180
22.3 276
22.4 553
22.5 573
22.7 677
22.12 617
22.14 639
22.16 640
22.22 127
22.24 553
23.8 609
23.10–11 489
23.15 327
23.20 550
24.1 492
24.2 571
24.7 294n22
24.8 310
24.16 151
24.20 243
24.21 428
24.25 606
24.27 77
24.32 145
24.50 602
24.54 219
24.55 654
24.56 651
24.57 565n3
24.58 509
24.64 243
25.8 171n18
25.10 421
25.11 219
25.21 390
25.26 166
25.28 616
26.1 22
26.9 328
26.15 302
26.16 267
26.20 73
26.22 531
26.28 201
26.29 166
27.2 493
27.3 170
27.6 172n19
27.10 639
27.12 528
27.13 670
27.15 195n23
27.22 392n33
27.24 132
27.30 588
27.34 301
27.36 287
27.42 182
27.43 208
27.44 275n8
28.9 217n110
28.13 333
28.19 663
28.22 414
29.2–3 527
29.7 601
29.15 534
29.20 275
29.26 603
29.30 265
29.34 278
30.6 517n64
30.13 490
30.14 120
30.16 313n22
30.20 174
30.24 569
30.30 77
30.31 323
30.35 263
30.37 263
30.39 107
30.40–41 534
30.43 257
31.1 335
31.6 296
31.16 298
31.19 607
31.20 645
31.26 552
31.34 556
31.35 140n9
31.36 317
31.37 287
31.42 638
31.47 5n6
31.52 72
31.54 196
32.1 108
32.5 555
32.6 114
32.7 135
32.9 528
32.12 616
32.17 119n12
32.19 232
32.21 564n21
32.25–26 391
32.26 166
32.27 642
32.28 320
32.29 661n59
32.32 127
33.1 135
33.8 140n9
33.10 661n59
34.8 76
34.11 565n3
34.19 270
34.23 298
34.31 508
35.2 73
35.4 219n116
35.8 248
35.17 243
35.19 140n10
36.7 266
36.14 551
36.27 309
36.30 134n20
36.31–32 551n12
37.9 279
37.10 222
37.18 514
37.19 149, 306, 307
37.19–20 677
37.22 199
37.26 323n16
37.27 384n17
37.29 677
37.30 627
37.36 240n7
38.8 413
38.9 539
38.10 331
38.14 140n10
38.16 565n3
38.25 625
38.26 265
38.28 243
39.1 240n7
39.2 548
39.5 644
39.6 151
39.9 528
39.13 556
39.16 603
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Êxodo
1.8 80
1.10 683
1.12 641
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Levítico
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3.1 109
4.23 109
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25.20–21 637
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26.43 448n2
27.16 438
27.17–18 213
27.23 250
Números
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2.33 360n28
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30.17 200
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32.10 314
32.14 194
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35.23 603
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Deuteronômio
1.2 279
1.3 284
1.4 605
1.6–7 208n78
1.9 507
1.11 203
1.13 620
1.14 132
1.15 175
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1.28 329
1.30 195n21
1.31 604
1.37 426
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1.45 443
2.7 181
2.19 150
2.27 116
3.5 132n17
3.11 134
3.18 171n18
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4.4 669
4.5 675n4
4.7 320
4.11 516
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4.30 532
4.32 204
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4.35 297
4.36 600
4.37 164
4.42 366
5.3 299
5.14 285n26
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5.17–21 593n52
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6.2 174
6.3 147
6.5 659n49
6.7 199
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27.6 174
27.15 134
27.15–26 681n30
28.5 134
28.21 646
28.29 629
28.31 627
28.33 669
28.48 263
28.49 333
28.54 270
28.55 605
28.56 597
28.63 393
28.67 321
29.2 532
29.4 532
29.9 115
29.10 114
29.21 401
29.28 135
30.12 518
30.19 533
31.3 132
31.8 297
31.9ff. 16
31.18 314
31.27 628n51
32 14
32.6 661n59
32.7 116
32.10 518
32.13 558
32.14 498
32.18–19 528
32.21 621n58
32.28 653
32.39 618n28
33.6 569
33.8 134n20
33.11 160
33.16 128
33.17 282
33.22 132n18
33.23 653
33.27 132
34.1–3 309
34.4 309
34.9 366
Josué
1.1 554
1.2 233
1.3 508
1.6 441
1.12 115
1.14 171n18
2.2 675
2.5 603
2.9 393
2.10 180
2.14 539
2.15 202
2.20 310
3.4 263
3.11 123
3.12 116n6
3.13 123
3.16 592
4.8 279
4.9 556
4.14 437
5.5 628
5.13 685
6.1 623
6.19 170
6.26 232
7.3 282
7.7 638
7.9 178n32
7.12 173
7.15 175n31
7.20 662
8.6 624
8.12 278
8.13 212
8.30 514
8.30–31 558
9.3 148
9.8 505
9.24 451
10.5 389
10.9 649
10.11 331
10.12 558
10.12–13 251
10.13 301
10.19 412
11.9 245
11.21 219
12.6 145
13.5 608
13.8 484
14.5 406
14.10 311
15.7 240
15.13 194
15.19 174
15.41 280
17.1 157
17.16 385n19
18.2 406
19.51 406
21.41 281
22.4 208
22.9 391
22.25 201
22.31 667
23.1 645
23.16 537
24.25 16
24.26 16
Juízes
1.1 554
1.4 179
1.5 179
1.8 344
1.12 529
1.14 323
1.35 550
2.17 371
3.14 280
3.20 243n8
4.11 195
4.14 310
4.16 216
4.19 176
5 4, 14
5.3 296
5.4 438
5.5 337
5.26 517n63
5.29 101n29
5.31 666
6.3 539, 643
6.8 252
6.9–10 577
6.11 245
6.15 269n29
6.16 528
6.17 335n14
6.24 245
6.30 578
6.36 624
6.39 575n24
7.2 267
7.7 283
7.12 335
7.17 677
7.19 588
7.20 381
7.23 283
8.6 508
8.8 222
8.11 87n13
8.19 494
8.26 335n16
8.34 492
9.7 563
9.8 571
9.14 571
9.16 263
9.25 416
9.32 416
9.33 677
9.45 176
9.48 645
9.51 202
9.53 251
9.54 640
10.9 377n45
10.13 297
10.18 321
11.7 294
11.9 296
11.12 324
11.19 148n24
11.38 294
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11.40 186n47
12 59
12.8 212
13.3 534
13.8 375n34
13.17 320
14.3 295
14.4 301
14.6 244
14.9 590
15.4 282
15.13 586
15.19 381
16.2 538
16.4 196
16.15 317n4
16.16 269
16.23 551
17.1–2 553
17.3 283
17.11 155n35
17.13 209
18.9 676n10
18.11 616
18.12 196n18
18.16 616n21
18.17 616n21
18.19 274
19.1 70
19.9 444
19.11 574
19.22 165
19.26 608
19.28 574
19.30 487
20.9 312
20.15 427
20.16 313
20.39 586
20.44 182
20.48 387
21.8 319
21.9 426
21.16 114
21.21 110
1Samuel
1.2 560
1.4 244
1.4–5 550
1.5 474
1.7 503
1.7–8 550
1.10 504
2.2 653
2.6–8 618n28
2.11 629
2.31 677
2.33 74
2.34 274
2.36 252
3.11 627
3.12 589
3.13 615
4.12 314
4.16 248
4.19 608
4.20 553
6.3 585n28
6.6 438
6.12 590
6.19 199
7.1 438
7.13 394
7.14 201
7.15–16 534
8.1 175
8.5 300
8.8 552
8.9 242
8.14 269
8.15 414
8.17 414
8.18 314
8.19 671
9.1 553
9.6 586
9.8 288
9.9 574
9.11 624
9.12 205
9.16 205
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10.2 541
10.4 276
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10.6 426
10.7 312
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11.5 323
11.6 611
11.11 392n33
11.12 621
12.2 540
12.3 487
12.7 389
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12.22 259
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14.15 268
14.16 157
14.19 384n14
14.27 372
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14.34 194
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16.10 277
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26.19 425
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27.1 171
27.12 634
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28.20 171
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29.10 376
30.3 676
30.6 377n45
30.21 283
2Samuel
1.1 554
1.4 70, 591
1.5 328
1.9 246n15
1.18 16
1.19 329
1.21 26n73
1.22 487
1.24 619
2.8 240
2.9 231
2.17 268
2.18 252
2.19 654n20
2.21 655
2.22 208n78
2.30 280
3.1 626
3.6 628
3.11 179
3.17 629
3.30 641
3.31 232
3.34 149n27
4.5 181
5.4 604
5.10 590
5.19 635
5.24 569
6.2 223
6.3 224
6.5 224
6.6 198n35
6.22 392n31
7.5 530
7.6 74
7.7 181
7.8 227
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7.22 437
7.28 298
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8.4 282
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10.7 230
11.17 70n11
12.2 592n46
12.5 679
12.6 286
12.13–14 672
12.22 321
12.23 324
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14.1 224
14.2 311
14.16–7 678
14.13 425
15.4 321
15.13 244
15.14 574
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16.4 488
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18.2 287
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18.20 149n27
18.23 571
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18.32 685
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19.2 562
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19.14 240
19.17–18 542
19.18 280
19.22 403
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19.30 488
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19.38 650
19.19 569
19.43 587
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20.18 582
20.22 452
21.4 609
21.7 201
21.20 116n6
22.4 394
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22.26 425
22.38 576n28
22.48 394
22.44 498
23.1 216
23.7 582
23.8 114
23.9–10 504
23.15 321
23.17 197
23.19 216
24.3 287
24.9 104
24.12 594
24.14 574
24.16 194
24.22–23 488
24.24 586
1Reis
1.2 230
1.4 368
1.12 565n3
1.25 569
1.26 299
1.37 404
1.43 123
1.46 255
1.52 150
2.2 628
2.5 552
2.6 567
2.9 171
2.11 481
2.13 256
2.18 217
2.19 205
2.21 375n32
2.22 572
2.26 150
2.29 675
2.36 329n30
2.37 537
2.38 256
2.40–41 171
2.42 329n30
2.43 147
3.2 625
3.5 514n38
3.9 613
3.11 541
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3.19 640
3.21 676
3.22 297n29
3.23 309
3.25–26 567n6
4.12 186
4.19 274
4.20 626n46
5.3 107
5.5 207
5.10 149
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6.15 197
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6.37–38 284n25
6.38 492
7.12 260
7.45 375n34
8.2 284n25
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8.13 268
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10.1 625
10.2 197
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10.29 197
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11.9–10 542
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12.17 553
12.24 517n61
13.11 251
13.18 578
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22.7 575
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22.15 316
22.20 311
22.24 327n26
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2Reis
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Isaías
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Jeremias
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51.58 582
52 17
Ezequiel
1.1 554
1.6 210
1.14 597
2.1 150
2.2 621
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34.5–6 393
34.10 300n40
34.20 300n40
35.10 182
35.13 440n17
36.9 194
36.35 307
36.38 153
37.7 497n2
37.9 360n30
37.11 209n79
37.16 206n65
38.11 155n34
38.14 684n48
38.13 431
39.27 260
40.1 644
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40.31 260n14
41.7 9
42.6 423
42.14 127n8
43.6 628
44.5 210
44.8 516
44.9 211
44.30 271n30
45.13 414
46.1 386
47.12 412
48.14 567
Oséias
1.1 648
1.6 657
1.7 649
2.9 265
2.10 648
3.4 171
4.4 568
4.7 641
5.10 203n52
6.2 213
7.7 527
8.6 665n81
8.9 208n78
8.13 559
9.13 610n35
9.14 103
10.1 104
10.14 374n29
12.14 380
13.8 107
13.15 200
14.1 421
14.10 320
Joel
1.7 588n33
1.15 683
2.2 567
2.17 199n38
3.1 167
4.14 119
Amós
1.8 109
1.13 408
2.6 245n12
2.7 639n25
2.9–12 498
3.3 389, 642n31
3.3–4 642n32
3.4 642
4.2 679
4.4 572
4.7–8 534
4.9 246n14
4.10 649
4.13 618n28
5.2 153
5.5 104
5.8–9 618n28
5.25 685
6.1 261
6.3 516n48
6.4 622
6.6 392
7.2 320n10
7.4 498n4
7.5 320n10
7.15 221
7.17 420
8.5 575
8.10 147
8.14 631
9.1 555
9.5 393
9.5–6 618n28
9.6 561
9.8 673
Obadias
10 147
11 204n57
13 517n63
Jonas
1.2 258
1.4 381
1.7 335n15
1.8 328
1.12 335n15
2.6 215n103
2.9 267
3.3 368
3.5 270
4.1 379
4.10 335n14
4.11 282
Miquéias
1.5 320
1.7 375n32
2.3 172
2.4 582
2.6 438
2.7 245n36
2.8 442
2.13 557
3.1 208
3.12 118
4.1–3 17
4.2 654
4.8 22
4.14 197
5.1 104
5.4 338
6.9 664
6.12–13 664
6.16 559
7.1 682
7.2 175
7.3 299n35
7.4 265, 271
Naum
1.2 149n27
1.4 561
1.7 139
1.10 375n36
2.7 384
2.9 291n9
3.13 592
3.16 555
Habacuque
2.12 631
3 14, 681
3.1 207n70
3.8 140
3.9 382n10
3.13 140
3.19 560
Sofonias
1.9 415
3.2 367
3.8 385
3.9 172
3.17 217
Ageu
1.1 286
1.4 262, 299
1.9 595
2.5 177n30
2.23 489n17
Zacarias
1.9 441n22
1.16 512
2.6 613
2.8 440n17
2.10 440n17
3.3 620
3.4 489n17
3.8 247
4.10 104
7.5–6 300
11.6 678n16
11.9 69
11.17 128
12.3 582
12.4 246
12.10 597
14.1 421
14.2 375n31
14.9 274
14.10 260
Malaquias
1.2–3 366
1.7 417
2.13 603n21
3.24 175
Salmos
1 472
1.1 681
2.2 250
2.3 574
2.8 250
2.9 151
3.2 263
3.5 559
4.9 250
5.3 506
5.7 162
5.10 121
6.2 567
7.7 494n26
7.12 289
7.18 573
8.4 643
8.8 122n14
8.10 123
9.6 222
9.7 299
9.13 184n38
10.11 491
10.18 567n6
12.2 715
12.3 116
12.8 337
13.5 166
14 17
14.5 167
15.1 508
15.5 512
16.4 164
16.6 101n29
16.9 556
17.5 595n55
17.9 336
17.10 25n72
17.13 445
18.1 207
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18.7 498
18.9 364
18.16 159
18.24 425
18.26 425
18.31 76
18.36 150
18.38 576n28
18.39 498, 507n28
18.40 618
18.44 498
19.3 505
19.8–11 621n38
19.10–11 622
21.3 487
21.4 226
22.16 450
22.22 495
22.27 570
22.30 557
22.32 620
23.1 513
23.2 74
23.4 638
24.4–5 512
24.6 311
24.8 318
25.3 512
25.9 567
26.1 512
27.1 304
27.7 506
28.8 121
28 470n75
29.5 499
29.9 499
29.11 250
30.2 408
30.10 323n16
31.5–6 495
31.24 218n111
32.1 617
32.10 518
33.1 212
33.8 570
33.17 244
34.4 403
34.7 338
34.8 562
34.11 492
35.8 332
35.20–21 559
35.25 683
36.8 326
36.13 375n31
37.20 492
37.23 448
37.28 384
37.35 487
38.2 567
38.12 498n4
38.12 498n4
38.12–13 559
38.14 507
38.17 440n17
40.2–4 548
40.14–18 17
40.16 683
41.2–3 570
41.3 422
41.13 555
42.5 503n20
42.9 151
43.4 268
44.14 107n39
44.24 124
44.25 409n35
45 59
45.17 209
46.2 196
46.3 392
46.5 261n19
46.6 392
46.7 197
46.11 198
47.4 567
48.2 149
48.8 408
50.2–3 570
50.4 560
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50.10–11 655
50.23 518
51.2 604
51.3 203
51.9 509
51.10 338
51.11–14 509n30
52.7 413
53 17
55.6 560
55.13 9, 440n17
55.15 503
55.18 171
55.24 9
57.5 577
57.8–12 17
57.10 196
58.2 172
58.6 422
58.10 376n41
59.6 160
60.3 491
60.4 392n31
60.5 230
60.7–14 17
62.10 265n22
63.2 258
63.3 225
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64.8 175
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65.14 168, 493, 570
66.3 508
66.6 577
66.19 670n96
67.2 195
68.7 225
68.9 337n23
68.18 287
68.27 9
69.32 443
70. 17
70.4 621n38
71.16 442
72.15 518
72.20 419n4
73.5 662
73.7 25
73.14 245
73.16 301
73.20 213
74.12 160
74.13–14 122
75.9 449
78.13 363
78.21 431
78.23 384n15
78.29–30 91
78.40 326
79.5 325
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80.9 558
81.6 218
81.8 225
81.9 680
82. 470n75
82.1 505
82.3 571
82.8 572
83.5 473
83.5–6 506
83.15 364
84.7 155n34
87.3 421n9
87.5 116n7
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88.16 577
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98.7f. 570
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108.7–14 17
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109.28 557
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114.3–6 570
114.7f 570
118.18 517n64
118.27 560
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119.11 640
119.16 426
119.47 426
119.70 25n72
119.87 225
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119.162 596n60
120.5 682n35
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121.3 569
122.2 628n51
122.4 335
123.4 209n79
124.1–5 668n88
124.2–3 668
124.3 172n19
124.6 335
129.3 165
132.1 419
132.3 153
132.12 336
132.15 176
132.16 176n25
132.18 176n25
136.1 256
136.3 123
137.3 174
137.6 450
137.7 621n38
137.9 336n17
138.2 437
138.3 553
139.3 420n7
139.8 575
139.8–9 510n31
139.9 565n3
139.12 441
139.14 173
139.15 374n30
139.16 374n30
140.12 149n28
141.4 199
141.7 381
143.3–4 549
143.6 488
144.3 560
144.6 167
146.5 336
147.3 648n2
147.14–15 630n54
149.2 123
Jó
1.1 243
1.1–2 551
1.2 278
1.3 278
1.6 150
1.10 202
1.11 673n107
1.16 309, 625
1.21 422
2.2 427
2.4 202
2.4–5 673
3.3 464
3.10 148n26
3.11 668
4.2 118
4.3 257
4.5 560
4.20 375n32
5.9 618n28
5.11 392n31
5.23 451
6.4 169
6.21 560
6.25 591
7.3 176n24
7.8 618
7.14 518
7.15 266
7.18 206n62
8.8 146n20
9.9–10 618n28
9.12 321
9.15 75
9.16 557
9.18 121
9.26 220
9.34 518
10.7 605
10.16 426
11.2 149n28
11.12 391
11.13 406
11.17 265
12.6 121
12.24 140
13.3 597
13.5 587
13.16 661n59
13.25 181
13.27 430
14.17 557
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15.14 322n15
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15.21 250
15.35 594
16.6 575
16.14 505
16.17 645
17.16 517n63
18.15 420
19.2 516
19.5 440n17
19.6 663n72
19.7 415
19.18 575
19.19 337
19.24 375
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21.9 214
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22.20 394
22.21 451
22.27 563
23.16 394n37
24.5 155n34
24.10 415
24.22 118
25.2 618n28
25.5 445
27.5 439
28.3 114
28.28 124
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29.22 438
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30.16 425
30.17 420
30.21 208n73
31.10 118
31.15 618
32.2 404
32.3 555
32.7–8 670n96
32.12 216
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40.16 122
40.19 122
42.11 618
Provérbios
1.3 591
1.20–33 100
2.12 121
2.22 393
3.18 289
5.19 149
6.6 247
7.4 100
7.7 577
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9.10 123
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19.8 610
20.2 147
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21.3 387
21.10 375n32
21.14 256
21.16 591
21.26 167n12
21.28 412
22.6 221n119
22.17 509
22.19 442
22.21 230
23.22 336
23.29 682
24.17 382
24.25 377
25.3 651n13
25.4 26n73
25.5 246
25.24 149n28
25.25 651
26.13 200
26.14 651
26.15 386
26.23 26n73
26.25 413
27.14 593
27.18 419n4
27.23 588n33
28.15 429n18
28.20 121
29.12 157
30.10 443
30.25 560
31.3 118
31.29 259
31.30 432
Rute
1.1–2 242
1.3 240
1.4 203
1.6 294
1.11 534
1.13 267
1.17 332n4
2.7 530
2.10 607
2.13 275
2.14 571
2.17 231n9
2.20 207
2.21 516
3.3 390
3.4 516n51
3.8 170
3.9 318
3.12 72
3.15 279
3.16 320
3.18 516n51
4.3 489
4.5 648n2
4.6–8 652
4.9 488
4.18 652
4.21–22 652
1.13 246
2.8 415
2.10 208n78
2.13 208n78
2.14 442
2.16 207
3.1 335
3.4 662n67
3.10 174
4.10 223n127
4.12 223n127
5.2 681
5.9 270
5.10 214
5.14 419n4
5.16 121
6.3 207n68
6.8–9 299
7.7 492
7.8 309
7.10 262
8.1 410
8.6 269
Eclesiastes
1.2 267
1.4 626
1.16 296
2.1 296
2.3 327n25
2.5 541
2.9 541
2.19 365
3.14 609
3.17 244
4.1 595n57
4.3 658n45
4.7 595n57
4.10 682
4.12 423
5.4 644
5.5 324
7.12 123
7.16 426
7.19 239
7.24 233
7.26 248n18
8.1 239
8.2 680n28
8.7 325n18
9.4 212
9.11 595n57
9.12 197n27
10.16 682
11.2 318
11.6 327n25
11.9 247
12.5 425
12.12 389
Lamentações
1.3 104
1.6 119
1.8 386
1.9 440n17
1.17 201
1.18 299
2.5 184n40
2.6 409n35
2.20 375n31
3.45 592
Ester
1.1 554
1.8 116
1.19 218n113
1.22 116n7
2.2–3 596
2.3 596n60
3.4 116
3.7 284n25
3.13 596n60
5.6 215
6.1 630
6.3 318n6
6.8 222
7.4 603
8.5 376n42
8.8 597
8.9 284n25
8.15 226
8.17 431
9.1 596n60
9.21 630n53
9.27 630n53
Daniel
1.4 139n6
1.10 324
1.13 571
1.17 592
1.20 287
5.19 629
8.4 440n17
8.7 426
8.8 440n17
8.15 204
8.22 561
8.25 440n17
8.26 384
9.23 121
10.3 588
10.7 672
10.8 216n105
10.20–21 672
11.11 426
11.12 282
11.14 360n30
11.22 375n31
11.36 491
12.2 121
12.3 444
12.13 118
Esdras
1.5 211n89
1.6 602
2.64 283
4.7 4
5.4 320n9
7.6 301
7.28 218n113
8.20 335
8.25 248n19
9.3 171n18
9.14 591n45
10.13 274
10.17 248n19
Neemias
1.1 554
2.1 284n25
2.3 375n36
2.12 325n19
2.13 375n36
2.16 221
4.4 115
4.12 194
4.13 592n46
5.14 147
5.18 200
5.19 488
6.1 385n19
7.2 203
8.11 683
9.3 624n41
9.13 258
9.19 182
9.21 371
9.28 169
9.34 182
10.38 414
13.5 630
13.22 630
13.24 116n7
1Crônicas
3.4 281n20
5.1 603n19
5.17 432
5.20 596n60
7.24 560
9.27 116
12.18 599
12.34 116
12.40 279
13.1 185
13.2 218
13.9 198n35
14.10 635
16.23–33 17
16.34–36 17
16.35 425
17.8 544
19.6 391
21.30 394
22.3 661n61
22.4 661n61
22.5 441
22.19 387
25.2 93
25.5 279
25.14 93
26.13 116n7
26.26 301
26.28 339
27.27 336
28.14–15 116n7
28.15 173
28.18 74
29.6 185
29.17 248
29.25 216n105
2Crônicas
1.1 554
1.10 565n3
2.12 489
2.14 245n12
3.11 279
5.11 603n20
6.2 296
6.23 170n16
6.25 170n16
6.27 170n16
6.30 170n16
6.35 170n16
6.39 170n16
7.21 184
8.14 116n7
11.12 116n7
12.12 603n19
12.13 227
16.9 87n13
16.11 16
18.23 327n26
18.29 594
19.2 508
19.5 116n7
20.6 609
20.17 609
21.19 91
22.6 432
24.6 143
24.14 602n16
24.25 91
25.16 208n78
25.23 215n101
26.5 446
26.8 440
26.18 609
28.15 465
28.20 367
29.29 608
29.36 249, 339
30.21 199
31.10 594
32.23 360n30
36.16 426
36.21 448n2