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Roteiro:
Diabetes Gestacional
Síndromes hipertensivas da gravidez
2). Embora não exista consenso sobre qual método é o mais eficaz para rastreamento e
diagnóstico do diabetes gestacional, quais recomendações oferecem uma alternativa
efetiva para tal?
O rastreamento deve ser iniciado pela anamnese para a identificação dos fatores de
risco, os quais são:
-Idade igual ou superior a 35 anos;
-IMC maior ou igual a 25 kg/m2 (sobrepeso e obesidade);
-Antecedente pessoal de diabetes gestacional;
-Antecedente familiar de DM (parente de primeiro grau);
-Macrossomia ou polihidrâmnio em gestação anterior;
-Óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior;
-Malformação fetal em gestação anterior;
-Uso de drogas hiperglicemiantes (corticoides, diuréticos tiazídicos);
Universidade de Rio Verde – UniRV
Faculdade de Medicina de Rio Verde – FAMERV
Medicina Integrada à Saúde na Comunidade - MISCO V
Diretor da Faculdade de Medicina: Prof. Me. Rychard Arruda de Souza
Coordenadora do Curso de Medicina: Profa. Ma. Kênia Alves Barcelos
MISCO V: Prof.ª Ma. Barbara Correia Neves Sabino, Prof.ª Ma. Lara Cândida de Sousa Machado e Prof.ª Ma. Viviana Cristina de Souza
Carvalho
-SOP;
-HAS;
Dois ou mais valores devem estar acima do normal para confirmação diagnóstica.
Recomenda-se ainda a dosagem de hemoglobina glicada nos casos de diabetes e
gestação, devido à sua associação, quando aumentada, com malformações.
Dieta
O tratamento inicial consiste na prescrição de dieta para diabetes que permita ganho
adequado de peso de acordo com o estado nutricional da gestante, avaliado pelo
índice de massa corporal (peso/altura2) pré-gravídico (quadro 31).
CONSIDERAR
• Quando o índice de massa corporal for normal, a ingestão calórica diária deve ser
estimada na base de 30–35Kcal/Kg.
• Em gestantes com sobrepeso ou obesas, devem ser recomendadas pequenas
reduções na ingestão calórica (dietas com 24kcal/Kg/dia não parecem induzir efeitos
adversos ao feto).
• Gestantes magras (IMC <19) requerem ingestão calórica na base de 40kcal/Kg/ dia
para prover ganho adequado de peso.
• A dieta deve ser fracionada em cinco a seis refeições diárias.
• A composição calórica diária inclui 40–50% de carboidratos complexos ricos em
fibras, 20% de proteínas e 30–40% de gorduras não saturadas.
• A distribuição calórica diária será de 10–20% no café da manhã, 20–30% no
almoço, 20–30% no jantar e até 30% para lanches, incluindo um lanche ao deitar
para evitar a hipoglicemia noturna se a mulher estiver em uso de insulina.
• Carboidratos de absorção rápida, como o açúcar comum, quando permitidos
moderadamente a gestantes com bom controle metabólico, devem entrar no cálculo
do valor calórico total da dieta. Adoçantes artificiais não calóricos podem ser
utilizados.
Adoçantes
• Adoçantes têm sido utilizados pelas gestantes, tanto por automedicação como por
recomendação médica. O quadro abaixo permite orientação mais acurada sobre os
riscos, dada a variedade disponível no mercado.
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Atividade física
A atividade física deve fazer parte da estratégia de manejo do diabetes na gestação.
Gestantes sedentárias podem ser orientadas a iniciar um programa de caminha das
regulares ou equivalente e/ou exercícios de flexão dos braços, 20 minutos por dia.
Gestantes que já praticavam exercícios regularmente podem mantê-los, evitando os
de alto impacto.
60% das gestantes com diabetes gestacional podem se manter euglicêmicas, sem
maiores riscos para a gravidez, somente com dieta e atividade física.
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Controle glicêmico
Nas gestantes com diagnóstico de diabetes gestacional, o controle glicêmico deve
ser feito com glicemias de jejum e pós-prandiais semanais. O controle também pode
ser realizado com avaliações de ponta de dedo.
Após 7 a 14 dias de dieta, realizar perfil glicêmico ambulatorial, por meio de glicemia
de jejum, uma hora após o café e uma hora após o almoço, sendo considerados
anormais valores maiores ou iguais a 95mg/dL (jejum) e 140mg/dL (1 hora após as
refeições). Se a gestante apresentar um dos valores alterado com a dieta adequada,
está indicada insulinoterapia.
Hipoglicemiantes orais
Embora já existam estudos com o emprego de hipoglicemiantes orais na gravidez,
como a gliburida, os mesmos ainda não devem ser utilizados na prática clínica até
que mais estudos possam confirmar a sua segurança. As mulheres que estiverem
em uso dos mesmos devem interrompê-los ao engravidar.
A dose total diária deve ser dividida em 2/3 pela manhã e 1/3 à tarde e à noite. A
dose do desjejum deve ser dividida em 2/3 de insulina de ação intermediária (ex.:
NPH) e 1/3 de insulina regular. A dose da noite deve ser dividida ao meio com
insulina regular antes do jantar e insulina NPH ao deitar.
10). Quais condutas a serem tomadas em mulheres com pré-eclâmpsia grave com idade
gestacional entre 24 e 33:6 semanas, considerando os critérios de elegibilidade e manejo?