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O Fluido Cósmico Universal

Até meados do século XIX, os cientistas acreditavam que os seres vivos eram
gerados espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs,
cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios. Em 1745, o cientísta
inglês John T. Needham (1713-1781) realizou vários experimentos em que
submetia à fervura frascos contendo substancias nutritivas. Após a fervura, fechava
os frascos com rolhas e deixava-os em repouso por alguns dias. Depois ao
examinar essas soluções ao microscópio, Needham observava a presença de
microorganismos. A explicação que ele deu a seus resultados foi de que os
microorganismos teriam surgido por geração espontânea. Ele dizia que a solução
nutritiva continha um “fluido” responsável pelo surgimento das forças vivas.

– “Nesse mundo, nada é para ser temido, somente compreendido” - Madame


Curie

– “Ciência sem religião é manca, religião sem ciência é cega” - Albert Einstein

Diz André Luiz, num texto psicografado por Waldo Vieira, em 15/01/1058, publicado
em Evolução em dois mundos, cap. 1 (Fluido cósmico), salientando o público-alvo
ao qual se destina a leitura [“Se não sentes o frio da noite sobre o revolto mar
das provações humanas, entorpecido na ilusão que te faz escarnecer da
própria verdade, nossa lembrança em tuas mãos traz errado endereço. Mas se
guardas contigo o estigma do sofrimento, indagando pela solução dos velhos
problemas do ser e da dor, se percebes a nuvem que prenuncia a tormenta e o
vórtice traiçoeiro das ondas em que navegas, vem conosco! “ Evolução em
dois mundos; Nota de André Luiz - Uberaba, 25/07/1958]:

– O fluido cósmico é o plasma divino. (…) Nessa substância original (…)


operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas (…) em serviço de Co-
criação (…) obedecendo a leis predeterminadas. Devidas à atuação
desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações
estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as
nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo,
encerrando a evolução em estado potencial (…) oferecendo campos
gigantescos ao progresso do Espírito.(De forma condizente com o
conhecimento científico da época e levando em consideração o público-alvo,
André Luiz coloca o fluido cósmico como a substância original do Universo,
oferecida pelo Criador como campo para o progresso do Espírito, em serviço de
Co-criação, segundo as Leis Divinas; com a evolução científica
compreendemos que a substância primitiva é constituída de matéria ponderada
e imponderada).
Observações dos Espíritos
A Química, cujos progressos foram tão rápidos depois da minha época, (…)
ignorou completamente os quatro elementos primitivos que os Antigos
concordaram em reconhecer na natureza (…) o elemento terrestre (…) o ar e a
água (…) o fogo. Em compensação, descobriu um número considerável de
princípios, até então desconhecidos. (…) Deu a esses princípios o nome de
corpos simples, indicando de tal modo que os considera primitivos e
indecomponíveis e que nenhuma operação, até hoje, pode reduzi-los a frações
relativamente mais simples que eles próprios. Nota de Allan Kardec: Os
principais corpos simples são: entre os não metálicos, o oxigênio, o
hidrogênio, o azoto, o cloro, o carbono, o fósforo, o enxofre, o iodo; entre os
corpos metálicos: o ouro, a prata, a platina, o mercúrio, o chumbo, o estanho,
o zinco, o ferro, o cobre, o arsênico, o sódio, o potássio, o cálcio, o alumínio,
etc.

Há questões que nós mesmos, Espíritos amantes da ciência, não podemos


aprofundar e sobre as quais não poderemos emitir senão opiniões pessoais,
mais ou menos hipotéticas. Sobre tais questões eu me calarei, ou justificarei a
minha maneira de ver. A questão com que nos ocupamos, porém, não
pertence a esse número: (…) se não se admitir a unidade da matéria, será
impossível explicar, já não direi somente os sóis e as esferas, mas, sem ir tão
longe, a germinação de uma semente na terra ou a produção de um inseto.

O Fluido (Éter) = matéria imponderável


Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos (o fato de que o
fluido penetra os corpos significa que são coisas diferentes; corpos representam a
matéria, logo, fluido é outra coisa). Esse fluido é o éter ou matéria cósmica
primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que
presidiram às metamorfoses da matéria (o éter é o meio pelo qual a matéria é
modificada; mais uma vez fica clara a diferenciação entre éter e matéria), as leis
imutáveis e necessárias que regem o mundo. Allan Kardec: A gênese, cap. 6,
item 10.

Como princípio elementar do universo, ele (o FCU) assume dois estados


distintos: o de eterização ou imponderabilidade (sendo o éter o meio pelo qual a
matéria é modificada, no seu estado primitivo apresenta-se na forma imponderável),
que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de
ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele (no estado
consecutivo, apresenta-se sob a forma ponderável, após penetrar e presidir as
metamorfoses da matéria).

O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar


primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável
variedade dos corpos da natureza. (cap. X.) (ao lermos o cap. X percebemos que
essa referência à matéria elementar primitiva trata exclusivamente da MATÉRIA
PRIMITIVA DO PLANETA TERRA; mas, para compreendermos isso, temos que
analisar todo o capítulo X).

Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que


também são fluídicos, uma aparência tão material quanto a dos objetos
tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as
substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para
produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus
materiais, ainda que por processos diferentes. (A informação, extremamente
relevante, é que, para os Espíritos a parte imponderável da matéria (os bósons)
tem a aparência material. Eles os elaboram e combinam para produzirem
determinados efeitos).

Estado atual do conhecimento científico sobre a


matéria imponderável
Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos
instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para
perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. (O Modelo Padrão da
Física de partículas é uma teoria que descreve as forças fundamentais fortes,
fracas, e eletromagnéticas, bem como as partículas fundamentais que fazem toda a
matéria. Desenvolvida entre 1970 e 1973, é uma teoria quântica de campos,
consistente com a mecânica quântica e a relatividade especial. Há duas partículas
fundamentais: os férmions são as partículas que constituem a matéria ponderável;
os bósons são partículas imponderáveis que mediam as interações da matéria
ponderável). Há os pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que
deles só podemos fazer ideia mediante comparações tão imperfeitas como
aquelas mediante as quais um cego de nascença procura fazer ideia da teoria
das cores (os férmions são: os Léptons (elétron, múon, tau e seus neutrinos) e os
Quarks (up, down, charm, strange, top e bottom). Os bósons são: os fótons, os
bósons W+, W− e Z, as oito espécies dos glúons, e os bósons de Higgs).

Mas entre esses fluidos (matéria imponderável) alguns são tão intimamente
ligados à vida corpórea que, de certa forma, pertencem ao meio terreno.
(Fóton: eletromagnetismo → Mantém os átomos juntos e tem o maior papel no dia-
a-dia das pessoas. O magnetismo e a eletricidade são simplesmente diferentes
manifestações dessa força). Em falta de percepção direta, podem-se observar
os seus efeitos, como se observam os do fluido do ímã, fluido que jamais se
viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimento de alguma
precisão. Esse estudo é essencial, porque está nele a solução de uma
imensidade de fenômenos inexplicáveis unicamente pelas leis da matéria.

Essas múltiplas formas (da matéria imponderável), indefinidamente variadas


segundo as combinações da matéria (novamente a distinção entre imponderável
e ponderável), são conhecidas na terra sob os nomes de gravidade, coesão,
afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa (claríssima atribuição de
propriedades da matéria imponderável, perfeitamente condizente com a
eletrodinâmica quântica, que divide a matéria em dois componentes: partículas de
matéria ponderável (férmions) e partículas imponderáveis mediadoras (bósons);
essas propriedades caracterizam o meio pelo qual as partículas imponderáveis
modificam a matéria).
Ora, assim como só há uma substância simples, primitiva, geradora de todos
os corpos, mas diversificada em suas combinações, também todas essas
forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que,
pelos desígnios eternos, foi soberanamente imposta à criação, para lhe
imprimir harmonia e estabilidade. (mais uma vez ratifica a diferenciação entre a
substância primitiva geradora de todos os corpos e as forças, considerando que
ambos estão sujeitos a uma lei universal soberanamente imposta à criação).

A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais


de todos os universos (ratifica a existência de dois elementos distintos - matéria
ponderável e imponderável - acrescentando um terceiro elemento - o fluido vital, não
entrando em discussão a origem do fluido vital) que estadeiam suas
magnificências diante da eternidade (esses elementos - matéria ponderável e
imponderável - evoluem por estágios sucessivos ao longo do tempo no Universo).
Ela é a mãe fecunda de todas as coisas (a matéria cósmica primitiva - os dois
elementos já interligados - matéria ponderável e imponderável - dá origem a todas
as coisas do Universo; é a mãe de todas as coisas), a primeira avó (ratifica a
informação de que tudo que vem a seguir no Universo tem uma só origem, sendo
simplesmente gerações sucessivas da matéria primitiva) e, sobretudo, a eterna
geratriz (ela continuará eternamente em processo de transformação, criando
gerações que se sucedem por toda a eternidade) esse fluido cósmico que enche
o mundo (no caso, o Universo - não apenas o Planeta) (…) nada mais é do que a
substância primitiva onde residem as forças universais donde a natureza há
tirado todas as coisas (ratifica a informação prévia de que o fluido cósmico é o
elemento primitivo onde residem as forças - ao éter são inerentes as forças que
presidiram às metamorfoses da matéria - significa que o éter é o meio pelo qual a
matéria é modificada; mais uma vez fica clara a diferenciação entre éter e matéria).

Fluido vital
O fluido vital, existente em todos os corpos vivos da Natureza, [...] tem por
fonte o fluido universal. É o que chamais fluido magnético, ou fluido elétrico
animalizado. Modificado segundo as espécies. É ele que lhes dá movimento e
atividade e os distingue da matéria inerte. Allan Kardec: O livro dos espíritos,
questões 65 e 66. (Considerando que toda a matéria existente na Natureza é
constituída de elementos ponderáveis associados a forças ou elementos
imponderáveis, o fluido vital é mais um desses elementos imponderáveis; no estágio
atual do conhecimento científico ainda não há a menor possibilidade de se definir as
características do fluido vital).

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