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INTERMODALIDADE NO TRANSPORTE
OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS PRIVADOS NO BRASIL
1 – Introdução
O ‘Programa Avança Brasil’, desenvolvido para o período 2000 a 2007, cuja implantação
está sendo iniciada, sucede ao ‘Programa Brasil em Ação’, que compreendeu o período de 1996 a
1999. Para elaborar esse último, foram realizados em 1996, todas as pesquisas e os estudos que
serviram de base para os projetos técnicos e de investimentos financeiros de curto, médio e longo
prazos, de ambos Programas, estendendo-se até o horizonte de 2015.
O Programa compreende dois períodos – de 2000 a 2003 e de 2004 a 2007 – que
contemplam etapas seqüenciadas do projeto de longo prazo desenhado pelos ‘Eixos Nacionais de
Integração e Desenvolvimento’, que representam macro-diretrizes para o País e onde estão
inseridos, entre outros, os corredores estratégicos de desenvolvimento.
Estes Eixos fornecem uma radiografia dos problemas nacionais e das imensas
oportunidades e potencialidades que o País oferece.
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Quadro 1
PRODUÇÃO NACIONAL DOS PRODUTOS SELECIONADOS
1996
PRODUTO QUANTIDADE (Em MAIORES PRODUTORES
103t)
ÁLCOOL 10.077 SÃO PAULO e PARANÁ
ARROZ 9.990 RIO GRANDE DO SUL e
MARANHÃO
MILHO 32.994 PARANÁ e MINAS GERAIS
SOJA 24.238 PARANÁ e MATO GROSSO
FARELO DE SOJA 16.790 PARANÁ e MATO GROSSO
ÓLEO DE SOJA 3.798 PARANÁ e MATO GROSSO
TRIGO 3.294 RIO GRANDE DO SUL e PARANÁ
CIMENTO 35.597 MINAS GERAIS e SÃO PAULO
GASOLINA 10.717 SÃO PAULO
ÓLEO DIESEL 24.772 SÃO PAULO
FERTILIZANTES 6.680 SÃO PAULO e RIO GRANDE DO
SUL
MINÉRIO DE FERRRO 164.587 MINAS GERAIS E PARÁ
TOTAL 337.534
TOTAL sem MIN. de 179.962
FERRO
Quadro 2
MATRIZ DE TRANSPORTE
(PRODUTOS SELECIONADOS – SEM MINÉRIO DE FERRO).
(ALOCADOS POR MODALIDADE)
1996
MODALIDADE VOLUME TRANSPORTADO
QUANTIDADE – 103t PARTICIPAÇÃO – %
RODOVIÁRIO 114.995,8 63,9
FERROVIÁRIO 58.847,6 32,7
HIDROVIÁRIO 1.619,7 0,9
NAVEGAÇÃO DE 4.499,2 2,5
CABOTAGEM
TOTAL 179.962,2 100,0
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O crescimento da demanda pelo transporte de carga, no que diz respeito à renda nacional
é elástico. Isso se deve as características da economia do País, onde se verifica uma ampla
dispersão das atividades econômicas e a dimensão do comércio intra e inter-regional,
representando esse último, mais de 50% dos fluxos de transportes.
O estudo assumiu taxas modestas de crescimento econômico para o País: de 6%, entre
2001 e 2010, e de 7%, entre 2011 e 2015.
Na tabela 3 apresenta-se o consumo, no território brasileiro, de cada um dos produtos
selecionados. As ofertas e os consumos futuros de cada um dos produtos, por micro-regiões
geográficas, determinam os excedentes e as necessidades de cada uma. Alguns produtos serão
parcialmente importados para atender o consumo.
Quadro 3
PRODUÇÃO NACIONAL DOS PRODUTOS SELECIONADOS
2015
PRODUTO QUANTIDADE (Em MAIORES PRODUTORES
103t)
ÁLCOOL 10.000 SÃO PAULO e PARANÁ
ARROZ 14.810 RIO GRANDE DO SUL e
MARANHÃO
MILHO 39.645 PARANÁ e MINAS GERAIS
SOJA 40.851 MATO GROSSO e TOCANTINS
FARELO DE SOJA 23.727 MATO GROSSO e PARANÁ
ÓLEO DE SOJA 6.653 MATO GROSSO e PARANÁ
TRIGO 5.276 PARANÁ e RIO GRANDE DO SUL
CIMENTO 49.618 MINAS GERAIS e SÃO PAULO
GASOLINA 24.722 SÃO PAULO
ÓLEO DIESEL 50.652 SÃO PAULO
FERTILIZANTES 10.203 SÃO PAULO e RIO GRANDE DO
SUL
MINÉRIO DE FERRRO 265.272 MINAS GERAIS E PARÁ
TOTAL 541.429
TOTAL sem MIN. de 276.157
FERRO
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O volume de cargas sem o minério de ferro totaliza 276,2 milhões de toneladas, em 2015.
Desse total, estão excluídos todos os fluxos do comércio internacional brasileiro, inclusive as
exportações de minério de ferro, equivalentes a 150 milhões de toneladas, transportadas por
sistemas ferroviários. Vejam o resultado:
Quadro 4
MATRIZ DE TRANSPORTE – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
PRODUTOS SELECIONADOS – SEM MINÉRIO DE FERRO
ALOCADOS POR MODALIDADE
2015
MODALIDADE VOLUME TRANSPORTADO
QUANTIDADE – 103t PARTICIPAÇÃO – %
RODOVIÁRIA 111.015,0 40,2
FERROVIÁRIA 115.985,9 42,0
HIDROVIÁRIA 19.331,0 7,0
NAVEGAÇÃO E CABOTAGEM 29.824,9 10,8
TOTAL 276.156,8 100,0
3.6 – Parcerias
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O governo federal está consciente de que não é capaz de financiar, isoladamente todos os
investimentos estratégicos idealizados nos Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento. Daí
a necessidade de parcerias entre os três níveis de governo, federal, estadual e municipal com os
organismos internacionais, organizações não-governamentais e empresas privadas para viabilizar
a execução do Programa.
As parcerias estão na base da execução dos projetos. Cada parceiro assume
determinados compromissos para permitir a consecução de um objetivo ou a realização de um
projeto. No atual momento econômico do País, o setor transporte necessita com maior
intensidade da participação do capital privado, seja na construção, na adequação da capacidade,
na operação e na administração da nova estrutura de transporte a ser implantada.
O sucesso do Programa dependerá do trabalho integrado desses parceiros. Assim,
estimulando o empresário privado a participar de parcerias com o setor público, será possível
aumentar acelerar o desenvolvimento.
Cabe registrar, que a participação do capital privado que em 1996 começou com 25%,
atingiu a 33%, em 1998.
4 – Necessidades de Investimentos
Quadro 6
NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
EM INFRAESTRUTURA ECONÔMICA
2000 - 2007
NECESSIDADES DE VALORS (Em R$ 109)
INVESTIMENTOS
FERRROVIAS 18,9
RODOVIAS 22,4
HIDROVIAS 2,9
PORTOS 1,3
AEROPORTOS 9,6
PAGING e TRUNKING 1,4
FIBRA ÓTICA 1,4
COMUNICAÇÃO DE DADOS 0,6
TELEFONIA FIXA, PÚBLICA e MÓVEL 67,7
LINHAS DE TRANSMISSÃO 3,3
USINAS TERMELÉTRICAS 17,6
USINAS HIDRELÉTRICAS 29,1
RECURSOS HÍDRICOS/NE 8,6
GASODUTOS 1,3
TOTAL 186,1
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Para tanto, foram aprovados pelo Congresso Brasileiro os seguintes dispositivos legais:
Lei Nº 8.031, de 12 de Abril de 1990, que cria o Programa Nacional de Desestatização,
posteriormente alterada e revogada pela Lei Nº 9.941 de 9 de Setembro de 1997, que vem
aperfeiçoar a Lei anterior;
Lei Nº 8.630, de 25 de Fevereiro de 1993, que dispõe sobre o regime jurídico dos portos
organizados e das instalações portuárias, conhecidas como Lei dos Portos;
Lei Nº 8.987, de 13 de Fevereiro de 1995, que dispõe sobre o Regime de Concessões e
Permissões da prestação de serviços públicos,atualizada pala Lei Nº 9.791 de 24 de Março de
1999;
Lei Nº 9.611, de 19 de Fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte Multimodal de
Cargas, conhecida como a Lei do Operador de Transporte Multimodal – OTM.
Esse conjunto de Leis firma as seguintes tendências para o setor transporte, permitindo
ao Brasil dar um salto no desenvolvimento do Setor Transporte, com aumento da produtividade e
alterações na matriz de transporte entre os diversos modais:
Tendências Gerais
• Incremento da movimentação portuária de carga marítima conteinerizada, em
decorrência do aumento de exportações e importações;
• Maior integração regional do País com seus vizinhos, especialmente com o
Mercosul;
• Maior competitividade dos outros modais – ferroviário, hidroviário e da navegação
de cabotagem;
• Maior intercâmbio entre as modalidades de transportes;
• Consolidação do papel do Estado como planejador e formulador de diretrizes gerais
e como agente regulador do mercado de transportes;
• Redefinição dos quadros institucional e de financiamento do Setor Transporte, com
a aceleração dos processos de concessão e a retirada do Estado do seu papel
histórico de executor da política de transportes.
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Com a simulação do fluxo para 2015 foi feita uma sucinta análise de pré-viabilidade
econômico-financeira para identificar e hierarquizar os investimentos mais atrativos por
modalidades, tanto públicos quanto privados:
Ferroviários
Vila Califórnia/SP – Evangelista de Souza/SP, com 45 km;
Alto Araguaia/MT – Cuiabá/MT, com 535 km;
Uberlândia/MG – Alto Araguaia/MT, com 771 km;
Cascavel/PR – Foz do Iguaçu/PR, com 179 km;
Campo Limpo Paulista/SP – Engº Manoel Feio/SP, com 63 km.
Hidroviários
Rio Tapajós e rio Teles Pires – Cachoeira Rasteira/PA/MT – Santarém/PA, com
1.034 km;
Rio Branco e rio Negro – Caracaraí/RR – Manaus/AM, com 685 km;
Rio Parnaíba – Santa Filomena/PI – Teresina/PI, com 825 km;
Rio Tocantins e rio Araguaia – Nova Xavantina/MT – Belém/PA, com 1.931 km.
Rodoviários
- Corredor Oeste-Norte, com intervenções em 2.157 km nos 15 trechos relacionados a
seguir:
Cachoeira Rasteira/PA/MT – Apiacás/MT;
Juruá/MT – Nova Bandeirantes/MT;
São José do Rio Claro/MT – Entronc. BR-163/MT-338 (MT);
Apiacás/MT – Nova Bandeirantes/MT;
Campo Novo do Parecis/MT – São José do Rio Claro/MT;
Peixoto de Azevedo/MT – Cachimbo/PA;
Posto Fiscal p/rio Juruena/MT – Entron. MT-220/MT-325;
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- Corredor Centro-Norte, com intervenções em 252 km, nos 4 segmentos que seguem:
Divisa DF/GO – Dois Irmãos/GO;
Aragarças/GO – Aparecida do Rio Claro/GO;
Dois Irmãos/GO – Barro Alto/GO;
Barro Alto/GO – Uruaçu/GO.
ANEXO
ESTUDO DE CASOS
1 – RODOVIÁRIO
RODOVIA: MT-160
TRECHO: de CACHOEIRA RASTEIRA (PA/MT) a APIACÁS (MT)
Descrição do Projeto
Trata-se da pavimentação de trecho de rodovia estadual destinado a atender o
escoamento de granéis agrícolas, fertilizantes, cimento e combustíveis, pela hidrovia do Tapajós-
Teles Pires, ligando Cachoeira Rasteira, no norte do Mato Grosso, ao porto de Santarém, no
estado do Pará.
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Justificativa
A produção agrícola do norte do Mato Grosso, atualmente, é superior a 1 milhão de
toneladas/ano, com potencial de crescimento expressivo. O principal obstáculo ao crescimento é a
infraestrutura viária para escoamento, além dos custos/distância para alcançar centros
consumidores ou portos exportadores.
Objetivos e Meta
• Ampliação das alternativas de transporte no norte do Mato Grosso;
• Redução do custo de transporte dos produtos com origem ou destino na região, em
particular granéis agrícolas, fertilizantes, cimento e combustíveis;
• Pavimentação de 150 km de rodovia.
Avaliação Social
A pavimentação dessa rodovia possibilitará a geração de empregos, por viabilizar a
expansão da produção agrícola e o incremento da atividade econômica.
Avaliação Econômica
A avaliação apresentou os seguintes resultados:
Prazo e Investimento
Estima-se que as obras sejam executadas no período de 36 meses.
São estimados investimentos de R$ 30 milhões.
2 – FERROVIÁRIO
FERROVIA: FERRONORTE
TRECHO: de ALTO ARAGUAIA (MT) a CUIABÁ (MT) – ETAPA II
Descrição do Projeto
Trata-se da construção do trecho da Ferronorte, entre Alto Araguaia e Cuiabá – Etapa II.
Essa Etapa, com 536 km em bitola larga, interligará Cuiabá a ALTO Araguaia. Nessa
localidade terá conexão com a Etapa I, que liga o Alto Araguaia a Aparecida do Taboado (MS),
Santa Fé do Sul (SP) e, com a Etapa III, de Alto Araguaia a Uberlândia, ligada a linha da Ferrovia
Centro-Atlântico.
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Justificativa
Trata-se da Etapa II da Ferronorte destinada basicamente ao transporte de grãos para
exportação e que compreende a extensão de 1706 km de ferrovias ligando São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais;
Encontra-se em execução a Etapa I das obras, que interliga Santa Fé do Sul (SP) a
Aparecida do Taboado (MS) e a Alto Araguaia (MT). E Santa Fé do Sul, conecta-se com as linhas
da Fepasa;
O Ministério dos Transportes juntamente com o governo do estado de São Paulo
construíram a ponte rodo-ferroviária sobre o Rio Paraná, com 2.600 m, na divisa de São Paulo
com o Mato Grosso do Saul.
Objetivos e Meta
Ampliação das alternativas de transporte na região Centro-Oeste;
Viabilização de áreas potenciais de produção de grãos agrícolas;
Redução do custo de transporte, mediante a ligação de Cuiabá com o porto de Santos pela
sua rota mais curta, interligando os sistemas ferroviários da Fepasa com os da Ferronorte;
Construção de 535 km de ferrovia.
Avaliação Social
Até 2001 a Ferronorte estará gerando mais de 1000 empregos diretos, considerando,
apenas, a operação da ferrovia e a exploração das atividades geradas nos terminais.
Avaliação Econômica
A avaliação apresentou os seguintes resultados:
Prazo e Investimentos
Estima-se o prazo de três anos para a execução das obras.
Os investimentos estão estimados em R$ 535 milhões.
3 – HIDROVIÁRIO
HIDROVIA: TAPAJÓS – TELES PIRES
TRECHO: de CACHOEIRA RASTEIRA (MT/PA) a SANTARÉM (PA)
Descrição do Projeto
Análise do transporte pelos Rios Tapajós-Teles Pires, numa extensão de 1.043 km, no
trecho compreendido entre Santarém e Cachoeira Rasteira, assegurando a navegação comercial
em 75% do tempo do ano médio. Com profundidade acima de 1.80 e larguras variáveis de 30 a 70
m, o rio apresenta canal de navegação que permite o tráfego de comboio de embarcações com
1,5 m de calado e 16 m de largura, ao longo de toda a hidrovia.
A via navegável em sua maior parte sobre leito rochoso, tem como principais obstáculos à
navegação as cachoeiras de São Luís do Tapajós e Chacorão, que interrompem o tráfego normal
de cargas em períodos de águas baixas.
As obras de derrocamento e dragagem do rio, inclusive do seu maior obstáculo, a
cachoeira de Chacorão, com implantação da sinalização e dos demais investimentos iniciais
necessários à navegabilidade, estão orçadas em R$ 151 milhões, e poderão ser executadas em
24 meses. As obras portuárias de construção dos terminais de Cachoeira Rasteira e Itaituba foram
estimadas em R$ 40 milhões. A adaptação do porto de Santarém para movimentação de produtos
agrícolas deverá ser assumida pela iniciativa privada – onde 4 grupos empresariais ligados a
movimentação de granéis agrícolas já solicitaram terminais – e não foi considerada no projeto.
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Estão previstos ainda investimentos de R$ 30 milhões para o 5º e o 10º ano após o início das
operações.
Justificativa
A produção agrícola do norte do Mato Grosso, atualmente, apresenta-se superior a 1
milhão de toneladas/ano, com potencial de crescimento expansivo. O principal obstáculo a esse
crescimento é a infraestrutura viária para escoamento, além dos custos/distância para alcançar os
centros consumidores e portos exportadores.
Objetivos e Meta
Ampliação da malha hidroviária da Região Norte integrando o norte do Mato Grosso, o
sudoeste do Pará e o sudeste do Amazonas;
Redução do custo de transportes dos produtos com origem na região ou destinados a ela,
em particular dos produtos agrícolas e derivados, combustíveis e fertilizantes;
Implantação da alternativa de escoamento de excedentes agrícolas produzidos na região,
para destina-los ao porto de exportação de Santarém (PA);
Implantação de 1.043 km de hidrovias;
Construção de terminais portuários nas localidades de Cachoeira Rasteira e de Itaituba.
Avaliação Social
A viabilização da hidrovia do rio Tapajós ampliará a atividade agrícola no norte do Mato
Grosso, gerando empregos e desenvolvendo pólos agro-industriais na região e ao longo do rio
(Itaituba, Santarém e outras).
Avaliação Econômica
A avaliação apresentou os seguintes resultados:
Prazo e Investimentos
Estima-se que as obras possam ser executadas em 24 meses.
Os investimentos estão estimados em R$ 191 milhões.
4 – HIDROVIÁRIO
HIDROVIA: ARAGUAIA-TOCANTINS
TRECHO: de NOVA XAVANTINA (MT) a BELÉM (PA)
Descrição do Projeto
Análise de transporte pelos: rio Araguaia (entre Aruanã (GO) e a foz do rio Araguaia); rio
Tocantins (entre a foz do Araguaia e o porto de Vila do Conde (PA)); e rio das Mortes (entre Nova
Xavantina (MT) e São Félix do Araguaia (MT)), numa extensão de 2.654 km, assegurando a
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Justificativa
A produção de grãos agrícolas no Mato Grosso, atualmente, apresenta-se superior a 5
milhões de toneladas/ano, com potencial de crescimento expressivo. O principal obstáculo a esse
crescimento é a infraestrutura viária para escoamento, além dos custos/distância para alcançar os
centros consumidores ou os portos exportadores.
Nos estudos de viabilidade, o fluxo identificado em 1999 entre Nova Xavantina e São Félix
do Araguaia foi de 98 mil toneladas/ano. Esse fluxo foi incorporando cargas, durante o trajeto, até
atingir o porto de Vila do Conde, com 1,5 milhão de toneladas/ano.
Objetivos e Meta
Ampliação da malha hidroviária da Região Norte, integrando o leste de mato Grosso, o
oeste e o norte do Tocantins e o leste do Pará;
Redução do custo de transporte dos produtos com origem ou destino na região, em
particular de grãos agrícolas e derivados, combustíveis e fertilizantes.
Implantação da alternativa de escoamento de excedentes agrícolas produzidos na região,
para destiná-los a exportação pelo porto de Vila do Conde (PA);
Implantação de 2.645 km de hidrovias;
Adaptação e ampliação do porto de Vila do Conde, para movimentação de insumos e
produtos agrícolas.
Avaliação Social
A viabilização dessa hidrovia beneficiará toda a região, consolidando as cidades
ribeirinhas, expandindo a agricultura, transportando passageiros, etc.
Avaliação Econômica
A avaliação apresentou os seguintes resultados:
Prazo e Investimentos
Estima-se que as obras sejam executadas no período de 36 meses.
Para a execução integral do projeto, serão necessários recursos para investimentos iniciais
na ordem de R$ 460 milhões, e complementares, no 5º e 10º ano após o início da operação, de
R$ 40 milhões em cada um destes dois anos, totalizando R$ 540 milhões.
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