Quando penso em equilíbrio, logo me vem a ideia de polaridade, de
uma balança com dois pesos iguais, um de cada lado... uma balança centrada.
Quando penso em equilíbrio emocional vem a ideia de uma pessoa
centrada, tranquila, em paz.
Quais os parâmetros que usamos para determinar se uma pessoa
está no seu “centro” emocional?
Uma pessoa tranqüila, que fala ponderadamente, que é gentil e
amável? Mas isso pode ser só fachada!!! De um momento para outro, se contrariada, ela pode extrapolar seu aparente equilíbrio e explodir, não pode?
Mas então, o que é preciso para manter o auto-centro?
Acredito que apenas o autoconhecimento permite o auto-centro de
forma verdadeira. E como atingirmos então, esse autoconhecimento e, consequentemente, esse auto-centro?
O autoconhecimento está além das informações sobre ‘quem somos
nós’. Poderíamos fazer uma lista sobre as características de nossa personalidade e essa lista de forma alguma ajudaria a saber quem somos. Pois não somos quem pensamos que somos!!!
Poderíamos consultar alguém realmente muito sábio que pudesse nos
dizer “Quem eu sou?”. Mesmo assim, as informações que o mais sábio dos humanos nos desse não nos ajudaria a esclarecer nossas dúvidas.
Primeiramente “Quem eu sou?” precisa ser experimentado para que
se tenha essa experiência como base.
Através da meditação poderemos chegar mais perto de “Quem eu
sou” e através dessa experiência compreendermos e treinarmos o nosso auto-centro.
Quem tem a experiência de “Ver-Se”, de saber “Quem É” poderá
perceber que esse mundo que experimentamos é um sonho. Poderá perceber que seu corpo sente necessidades, mas que elas não podem determinar “Quem É”. Perceberá que sua mente sente desejos, mas que a realização deles ou não, de forma alguma muda “Quem É”. Perceberá que suas frustrações e alegrias são transitórias e toda a transitoriedade que experimenta não muda “Quem É”. Ao meu ver, essa é a base do auto-cento.
Podemos observar a nossa mente diante dos acontecimentos e
‘controlar’ nossas emoções de medo, ciúme, ira, mágoa, frustração, abandono, traição, ataque... e não reagirmos. Podemos nos manter calados e imóveis. Mas dentro de nós, nosso coração, músculos e respiração acompanharão nossa inércia? Quais os pensamentos que teremos nesse instante? Certamente os que escolheremos aceitar ter!
O auto-centro não é inércia e nem reação. O auto-centro é visão
amorosa!
Diante do significado que o ego dá de medo, ira, traição, ataque e
frustração, o Espírito Santo dá o significado de ‘pedidos de amor’.
Diante de pedidos de amor o nosso Ser ama!
Eis a visão verdadeira de Deus diante de todos os Filhos que se vêem
separados e com medo: eles são inocentes e merecem amor! Assim, Deus devolveu-Lhes a Sua Mente, restabelecida através do Espírito Santo, e compartilha conosco a Sua Visão Amorosa! E é somente isso Que Somos!