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ARCADISMO
Literatura
Literatura do
do séc.
séc. XVIII
XVIII –– Setecentismo
Setecentismo ou
ou Neoclassicismo
Neoclassicismo
Domínio
Domínio histórico
histórico no
no Brasil:
Brasil:
1768: “Obras”,
1768: “Obras”, de
de Cláudio
Cláudio Manuel
Manuel da
da Costa
Costa
1836: “Suspiros
1836: “Suspiros poéticos
poéticos ee Saudades”,
Saudades”, de
de Gonçalves
Gonçalves de
de Magalhães
Magalhães
TENDÊNCIAS ÁRCADES : o momento poético: valorização da
natureza e dos afetos comuns do
homem – inspiração na tradição
clássica (Mimese e Arcádia)
• fugere urbem
• locus amoenus
• aurea mediocritas
• carpe diem
• inutilia truncat
Além do Horizonte
Se
Se você
você não
não vem
vem comigo
comigo
Nada
Nada disso
disso tem
tem valor
valor
Jota
Jota Quest
Quest
Composição: De
De que
que vale
vale oo paraíso
paraíso sem
sem oo amor
amor
Composição: Roberto
Roberto ee Erasmo
Erasmo Carlos
Carlos
Se
Se você
você não
não vem
vem comigo
comigo
Tudo
Tudo isso
isso vai
vai ficar
ficar
Além
Além do
do horizonte
horizonte deve
deve ter
ter
Algum No
No horizonte
horizonte esperando
esperando por
por nós
nós dois
dois
Algum lugar
lugar bonito
bonito pra
pra viver
viver em
em paz
paz
Onde
Onde eu
eu possa
possa encontrar
encontrar aa natureza
natureza
Alegria Além
Além do
do horizonte
horizonte existe
existe um
um lugar
lugar
Alegria ee felicidade
felicidade com
com certeza
certeza
Lá Bonito
Bonito ee tranqüilo
tranqüilo
Lá nesse
nesse lugar
lugar oo amanhecer
amanhecer éé lindo
lindo
Pra
Pra gente
gente sese amar
amar
Com
Com flores
flores festejando
festejando
Mais
Mais um
um dia
dia que
que vem
vem vindo
vindo
Onde Se
Se você
você não
não vem
vem comigo
comigo
Onde aa gente
gente pode
pode se
se deitar
deitar no
no campo
campo
Se Nada
Nada disso
disso tem
tem valor
valor
Se amar
amar nana relva
relva
Escutando De
De que
que vale
vale oo paraíso
paraíso sem
sem amor
amor
Escutando oo canto
canto dos
dos pássaros
pássaros
Se
Se você
você não
não vem
vem comigo
comigo
Aproveitar Tudo
Tudo isso
isso vai
vai ficar
ficar
Aproveitar aa tarde
tarde sem
sem pensar
pensar na
na vida
vida
Andar No
No horizonte
horizonte esperando
esperando por
por nós
nós dois
dois
Andar despreocupado
despreocupado
Sem
Sem saber
saber aa hora
hora de
de voltar
voltar
Bronzear Além
Além do
do horizonte
horizonte existe
existe um
um lugar
lugar
Bronzear oo corpo
corpo todo
todo sem
sem censura
censura
Gozar Bonito
Bonito ee tranqüilo
tranqüilo
Gozar aa liberdade
liberdade de
de uma
uma vida
vida
Sem Pra
Pra gente
gente sese amar
amar
Sem frescura
frescura
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Elementos não-convencionais:
– representação direta da natureza mineira, e não clássica;
– lirismo pessoal (depressivo) decalcado da biografia, mas
sem exageros .
•Eu, Marília,
•Eu, Marília, não
não sou
sou algum
algum vaqueiro,
vaqueiro, •Eu vi
•Eu vi oo meu
meu semblante
semblante numa
numa fonte,
fonte,
Que
Que viva
viva de
de guardar
guardar alheio
alheio gado,
gado, Dos
Dos anos
anos inda
inda não
não está
está cortado;
cortado;
De
De tosco
tosco trato,
trato, de
de expressões
expressões grosseiro,
grosseiro, Os
Os Pastores,
Pastores, que que habitam
habitam este
este monte,
monte,
Dos
Dos frios
frios gelos
gelos ee dos
dos sóis
sóis queimado.
queimado. Respeitam
Respeitam oo poder
poder dodo meu
meu cajado.
cajado.
Tenho
Tenho próprio
próprio casal
casal ee nele
nele assisto;
assisto; Com
Com taltal destreza
destreza toco
toco aa sanfoninha,
sanfoninha,
Dá-me
Dá-me vinho,
vinho, legume,
legume, fruta,
fruta, azeite;
azeite; Que
Que inveja
inveja até
até me
me tem
tem oo próprio
próprio Alceste:
Alceste:
Das
Das brancas
brancas ovelhinhas
ovelhinhas tiro
tiro oo leite,
leite, Ao
Ao som
som dela
dela concerto
concerto aa voz
voz celeste
celeste
E
E mais
mais asas finas
finas lãs,
lãs, de
de que
que visto.
visto. Nem
Nem canto
canto letra
letra que
que não
não seja
seja minha.
minha.
Graças,
Graças, Marília
Marília bela,
bela, Graças,
Graças, Marília
Marília bela,
bela,
Graças
Graças àà minha
minha estrela!
estrela! Graças
Graças àà minha
minha estrela!
estrela! ...
...
1ª.
1ª. parte
parte
-- Valorização
Valorização da
da figura
figura da
da mulher
mulher
“MARÍLIA DE DIRCEU”
amada;
amada;
-- A
A natureza
natureza éé o
o cenário
cenário perfeito
perfeito
para
para o
o idílio;
idílio;
-- Declaração
Declaração de
de Dirceu
Dirceu aa Marília;
Marília;
-- Dirceu
Dirceu assume-se
assume-se como
como pastor;
pastor;
-- Sonhos
Sonhos de
de felicidade
felicidade futura.
futura.
2ª
2ª parte
parte
-- Escrita
Escrita no
no cárcere
cárcere pelo
pelo inconfidente;
inconfidente;
-- Substitui-se
Substitui-se o
o locus amoenus pelo
locus amoenus pelo
locus
locus horrendus;
horrendus;
-- Pré-Romantismo:
Pré-Romantismo: melancolia,
melancolia,
saudade,
saudade, depressão
depressão
Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela! (...)
Forma e conteúdo:
Treze cartas anônimas
Decassílabos brancos
Critilo (Gonzaga) escreve a seu amigo Doroteu (Cláudio
M. da Costa), criticando os atos do governador do
“Chile”, Fanfarrão Minésio, (o governador de Minas
Gerais, Luís da Cunha Menezes)
BASÍLIO DA GAMA
Personagens:
- Diogo Álvares Correia (Caramuru, náufrago português)
- Paraguaçu (filha do cacique Taparica)
- Gupeva e Sergipe (chefes indígenas)
- Moema (índia amante de Diogo)
Características de “Caramuru”:
Tradicionalismo épico: duros trabalhos dum heróis,
contato entre gentes diversas, visão duma seqüência
histórica (uma “brasilíada”!);
XXXIX XL
Bem puderes, cruel, ter sido esquivo, Tão dura ingratidão menos sentira,
Quando eu a fé rendia ao teu engano; E esse fado cruel doce me fora,
Nem me ofenderas a escutar-me altivo, Se a meu despeito triunfar não vira
Que é favor, dado a tempo, um desengano; Essa indigna, essa infame, essa traidora!
Porém, deixando o coração cativo Por serva, por escrava, te seguira,
Com fazer-te a meus rogos sempre humano, Se não temera de chamar senhora
Fugiste-me, traidor, e desta sorte A vil Paraguassu, que, sem que o creia,
Paga meu fino amor tão crua morte? Sobre ser-me inferior é néscia e feia.