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Subsídio Semanal
Edição: 15
Ano: 2019
Formato: Digital - PDF
Periocidade: Trimestral
Trimestre: 1° de 2019
Comentarista: EV. Jair Alves
E-mail: projetosbiblicos@live.com
Publicação: Site Subsídios EBD: www.subsidiosebd.com
Apresentação 2
A fim de disponibilizar uma fonte de estudos e pesquisas para
alunos e professores de Escolas Bíblicas, o Blog “Subsídios
EBD” criou o “E-book: Subsídios EBD”.
Nossos leitores têm subsídios para cada lição de adultos e vários artigos
teológicos.
Nisto cremos:
Informações:
Boa leitura
Site Subsídios EBD
www.subsidiosebd.com
Sumário
Apresentação ...................................................................................................................2
Subsídios para cada Lição Bíblica – 1° trimestre de 2019 ....................................3
Lição 1: Batalha Espiritual – A realidade não Pode Ser Subestimada .............................5
Lição 2: A Natureza dos Anjos - A Beleza do Mundo Espiritual ....................................12
Lição 3: A Natureza dos Demônios - Agentes da Maldade no Mundo Espiritual ........25
Lição 4: Possessão Demoníaca e a Autoridade do Nome de Jesus ...............................41
Lição 5: Um Inimigo que Precisa Ser Resistido ..............................................................50
Lição 6: Quem Domina a sua Mente .............................................................................56
Lição 7: Tentação –A Batalha por nossas Escolhas e Atitudes ......................................63
Lição 8: Nossa Luta não é contra Carne e Sangue .........................................................68
Lição 9: Conhecendo a Armadura de Deus ...................................................................72
Lição 10: Poder do Alto contra as Hostes da Maldade .................................................77
Lição 11: Discernimento de Espíritos - Um Dom Imprescindível ..................................82
Lição 12: Vivendo em Constante Vigilância...................................................................86
Lição 13: Orando sem Cessar ........................................................................................88
Artigos Bíblicos-Teológicos ........................................................................... 92
A Oração Eficaz .................................................................................................................................. 92
O Coração à Luz da Bíblia .................................................................................................................. 96
A Doutrina da Maldição Hereditária ................................................................................................. 99
Os anjos são inferiores a Cristo em Cinco pontos ........................................................................... 104
O mapeamento espiritual ............................................................................................................... 106
A Tolerância para com os Fracos na Fé ........................................................................................... 108
A Teologia da Educação Cristã ........................................................................................................ 112
A Relação entre Jesus Cristo e o Espírito Santo .............................................................................. 119
O Crente e a Ceia do Senhor ........................................................................................................... 123
Subsídio 1 5
I – BATALHA ESPIRITUAL
Uma vez que estamos lutando contra um adversário que não podemos
ver, devemos confiar no Deus da Bíblia - não na nossa própria
espiritualidade, sagacidade ou nossas estratégias de guerra - para
alcançar a vitória (2 Co 5.7). Devemos manter nossa mente voltada
para as coisas de Deus em vez de especular sobre o próximo
movimento do diabo (Fp 4.8).
1
Lições Bíblicas do 1° trimestre de 1997 - CPAD
Novo Testamento, as forças das trevas sabiam que Paulo era servo de 6
Deus e o atacaram (At 19.15; 2 Co 11.23-12.1-9). 2
II – DOIS REINOS
2
OROPEZA, B. J. 99 Perguntas sobre, Anjos, Demônios e Batalha Espiritual. Mundo Cristão, 2000
3
SOARES, Esequias/ SOARES, Daniele. Batalha Espiritual. O povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do
Mal. 1ª edição de 2018 – CPAD
1. Dois reinos
Dois são os reinos que governam os seres humanos.
O Reino do Filho de Deus. Também chamado do Reino do Filho de seu
amor. O segundo é o reino das trevas, o qual é chamado de "potestade
das Trevas" (Cl 1.13; Ef 6.12).
Quem serve a Jesus com fidelidade pode se alegrar no que diz a Bíblia
Sagrada.
Vejamos:
Colossenses 1.13: "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor".
1 João 5.19: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no
maligno".
O Reino de Jesus é eterno e regido com justiça pelo seu ilimitado poder
e sabedoria (Ap 1.18; 5.12; 19.11). Já o reino das trevas é temporário e
limitado. Este reino terminará com o seu rei lançado no lago de fogo
eterno (Ap 20.10). O lago de fogo eterno também é o destino de todos o
que não pertencem ao Reino de Deus (Mt 25.41).
Os dois reinos são opostos, mas não são iguais. É falsa a teoria que 8
defende a ideia que coloca o diabo como igual a Deus. Essa teoria tem
sido demonstrada ignorantemente por muitos cristãos e pregadores
que passam a impressão de que Satanás é uma ameaça a Deus. São
dois poderes, um maior, outro menor. Deus é onipotente, mas o Diabo
não tem todo o poder. Ele é limitado, por isso não pode ser comparado
com o Senhor.
Por outro lado, não haverá nada a temer se tiver uma vida cristã
consciente da necessidade de leitura bíblica e oração diárias, e viver no
Espírito de acordo com a luz recebida pela Palavra de Deus (Cl 2.6-8;
G1 5.16-26; Rm 8.1-13; 1 Jo 1.7). Ela deve acordar toda manhã e orar,
crendo com fé que Deus a ajudará durante o dia, meditar sempre nas
Escrituras e recusar tudo o que venha a ser contrário à vontade de
Deus, segundo os ensinamentos bíblicos.
1.2 Não se torne uma presa fácil às críticas dos outros nem aos
cuidados prementes da vida que o mantêm ocupado, impedindo-o de
empenhar-se na batalha e obter êxito (Lc 21.34-36; Ef 6.10-18).
1.3 Não se esqueça de que bastam as armas espirituais para lhe dar
vitória sobre o pecado e Satanás (2 Co 10.4-7; Ef 6.10-18).
1.5 Não se desanime quando parecer que você está perdendo a guerra
(1 Tm 6.12; 2Tm 4.7; 1 Pe 1.7; 4.12; Tg 1.12).
1.7 Não deixe de usar a autoridade de Cristo por meio de seu precioso
sangue, de seu nome e do poder do Espírito Santo contra os poderes
demoníacos (At 1.8; Jo 14.12-15; Mc 16.15-20).
IV – EXEMPLOS DE BATALHAS
1. No Antigo Testamento
No Antigo Testamento, o relato que trata da deliberação sobre a guerra
contra Ramote-Gileade registrado em 1 Reis 22.10-28, e a passagem
paralela de 2 Crônicas 18.5-27 mostra uma cena dramática do embate
entre o falso profeta Zedequias liderando um grupo de 400 falsos
profetas e o profeta de Deus, Micaías. Era uma batalha espiritual, uma
disputa do reino das trevas contra o reino da luz.
2. No Novo Testamento 10
No Novo Testamento, o exemplo mais conhecido é a tentação de Jesus
no deserto registrada nos evangelhos sinóticos (Mt 4.1-11; Mc 1.12,
13; Lc 4.1-13). Situação dessa natureza aparece com certa frequência
nos evangelhos (Mt 12.22; 17.19, 21).
3. Níveis de Batalhas
Satanás observa o crente e investe contra ele. Às vezes de maneira
sutil, com pequenas coisas. Por exemplo, leva-o a pensar que não faz
mal ganhar algum dinheiro de forma desonesta se for para comprar
coisas necessárias para casa. Segundo ele, os fins justificam os meios.
Essas ciladas4 podem levar à corrupção do caráter do crente.
a) Ataque pessoal
O diabo ataca de surpresa, onde ele encontra fragilidade e falta de
vigilância. Não pense, irmão ou irmã que você está fora da observação
do inimigo. Lembre que ele rodeia e passeia pela terra e observa as
ações de cada crente (Jó 1.6-10).
c) Ataques sociais
Quantas vezes um crente é provocado por um vizinho, ou por alguém
no trânsito, no trabalho, na escola. Use a autoridade espiritual que
possui e repreenda a investida do inimigo no poder do nome de Jesus.
4
Cilada é sinônimo de emboscada, deslealdade, traição, perfídia, embuste, engano, armadilha, ardil.
CONCLUSÃO
A realidade da batalha espiritual está invisível aos olhos humanos.
Para enxergá-la e enfrentá-la, é necessário que o crente esteja firmado
em Cristo e seja conduzido pelo Espírito Santo. Não podemos esquecer
que Deus é soberano inclusive sobre as atividades malignas, por isso
não há espaço para medo. É importante que sejamos sábios em
perceber a atuação do inimigo, não lhe dando poder demais nem
subestimando sua força.
12
Subsídio 2
Lição 2: A Natureza dos Anjos - A Beleza do
Mundo Espiritual
INTRODUÇÃO
A criação dos anjos só será entendida plenamente depois de
conhecermos os fundamentos da doutrina da criação. Há um processo
ordenado na história da criação que se apresenta em três fases
distintas como se segue: a criação espiritual; a criação material; a
criação da vida sobre a terra.
I – O PROCESSO DA CRIAÇÃO
Deus não precisava criar o universo; Ele escolheu criá-lo. Por quê?
Deus é amor, e o amor é mais bem expressado em direção a algo ou
alguém — assim, Deus criou o mundo e as pessoas como uma
expressão do seu amor, ou seja, Deus criou o universo porque ama
cada um de nós.5
5
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - CPAD
II – OS ANJOS
1. Definição
Somente as Escrituras revelam informações confiáveis sobre os anjos.
Eles são mencionados cerca de 108 vezes no Antigo Testamento e 165
vezes no Novo Testamento. A designação anjos - seja mal'ak do
hebraico do Antigo Testamento ou angelos do grego do Novo
Testamento - significa 'mensageiro'.
2. Sua natureza
Os anjos são:
a) Criaturas, isto é, seres criados. Foram feitos do nada pelo poder de
Deus. Não conhecemos a época exata de sua criação, porém sabemos
que antes que aparecesse o homem, já eles existiam havia muito
tempo, e que a rebelião daqueles sob Satanás se havia registrado,
deixando duas classes — os anjos bons e os anjos maus. Sendo eles
criaturas, recusam a adoração (Ap 19.10; 22.8, 9) e ao homem, por
sua parte, é proibido adorá-los. (Gl 2.18)
b) Espíritos
Os anjos são descritos como espíritos, porque, diferentes dos homens,
eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e
desaparecem à vontade, e movimentam-se com uma rapidez
inconcebível sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente
espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de
tornar visível sua presença aos sentidos do homem. (Gn. 19.1-3.)
d) Numerosos
As Escrituras nos ensinam que seu número é muito grande. "Milhares
de milhares o serviam, e milhões de milhões" (Dn 7.10). "Mais de doze
legiões de anjos" (Mt 26.53). "Multidão dos exércitos celestiais" (Lc
2.13). "E aos muitos milhares de anjos" (Hb 12.22). Portanto, seu
Criador e Mestre é descrito como o "Senhor dos exércitos".
e) São assexuados
Os anjos não se reproduzem nem estão sujeitos à morte (Mc 12.25; Lc
20.36). Os anjos sempre são descritos como varões, porém na
realidade são assexuados6; cada anjo é uma criação original. Por esta
causa não propagam a sua espécie; eles não têm sexo, ainda que
citados no sentido masculino, porém neste campo são neutros. (Lc
20.34, 35). As Escrituras, jamais, inferem aos anjos pronomes do
gênero feminino como: "angélica".
6
Não possui vida sexual.
15
3. Sua classificação
Visto como "a ordem é a primeira das leis do céu", é de esperar que os
anjos estejam classificados segundo o seu posto e atividade. Tal
classificação é implícita em 1Pe 3.22, onde lemos: "os anjos, as
autoridades, e as potências". (Cl 1.16; Ef 1.20, 21.)
a) Anjo do Senhor
A maneira pela qual o "Anjo do Senhor" é descrito, distingue-o de
qualquer outro anjo. É-lhe atribuído o poder de perdoar ou reter
pecados, conforme diz o Antigo Testamento. O nome de Deus está nele.
(Êx 23.20-23.)
Duas coisas importantes são ditas acerca desse anjo: primeiro, que o
nome de Jeová, isto é, seu caráter revelado, está nele; segundo, que ele
é o rosto de Jeová, ou melhor, o rosto de Jeová pode-se ver nele. Por
isso tem o poder de salvar (Is 63.9); de recusar o perdão (Êx 23.21).
Veja-se também a identificação que Jacó fez do anjo com o próprio
Deus. (Gn 32.30; 48.16.) não se pode evitar a conclusão de que este
Anjo misterioso não é outro senão o Filho de Deus, o Messias, o
Libertador de Israel, e o que seria o Salvador do mundo. Portanto, o
Anjo do Senhor é realmente um ser incriado.
b) Arcanjo
Os arcanjos são anjos chefes, revestidos por Deus de autoridade sobre
outros anjos.
O arcanjo Miguel 16
Miguel, cujo nome traduzido do hebraico significa “quem é semelhante
a Deus”, é um arcanjo, também chamado “um dos primeiros príncipes”
(Dn 10.13-21). Miguel está investido da missão especial de proteger o
povo de Israel (Dn 12.1). Quando Israel estava prestes a cumprir a
profecia sobre a sua volta do cativeiro de Babilônia (Dn 9.2), os
príncipes dos demônios queriam a todo custo impedir essa vitória (Dn
10.13). Miguel, então, lutou contra eles, garantindo a volta.
O arcanjo Gabriel
A maneira pela qual Gabriel é mencionado, também indica que ele é de
uma classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus (Lc
1.19) e a ele são confiadas às mensagens de mais elevada importância
com relação ao reino de Deus (Dn 8.16; 9.21).
Outros Arcanjos
Existem outros arcanjos mencionados com destaque, como o anjo a
quem foi dada a chave do abismo (Ap 9.1), o anjo das águas (Ap 16.5),
o anjo que tem poder sobre o fogo (Ap 14.18) e aquele anjo que João
presenciou na sua visão e que tinha grande poder, pois a terra foi
iluminada com a sua glória (Ap 18.1).
e) Os querubins 17
São também anjos de elevada graduação e chamados “querubins da
glória” (Hb 9.5). Os querubins ocupam um posto de grande
responsabilidade na administração divina, junto ao trono de Deus. A
Bíblia diz que Deus está entronizado entre os querubins (Sl 99.1; 80.1;
Is 37.16; 2 Rs 19.15; 2 Sm 6.2).
g) Os 24 anciãos
Junto ao trono de Deus encontramos um grupo de seres angelicais da
mais elevada função celestial (Ap 4.4-10; 6.5-14; 7.11-13; 11.6; 14.3;
19.4), chamado de “os vinte e quatro anciãos”. Deus os encarregou de
representarem a igreja de Deus de todos os tempos. Dessa maneira, 12
anciãos representam a igreja do Antigo Testamento (as 12 tribos de
Israel), enquanto outros 12 representam a igreja do Novo Testamento
(os 12 apóstolos do Cordeiro). Isso se registra conforme a visão do
apóstolo João na cidade celestial chamada nova Jerusalém, onde os
nomes das 12 tribos de Israel estão gravados nas 12 portas da cidade
(Ap 21.12), e os 12 apóstolos do Cordeiro nos 12 fundamentos dessa
cidade (Ap 21.14).
A Bíblia não revela a sua função, porém informa que eles têm vestidos
brancos, com coroas de ouro sobre as suas cabeças (Ap 4.4), e
permanecem sempre diante do trono de Deus (Ap 4.4), cantando
louvores ao Cordeiro pela salvação que Ele ganhou com o seu sangue
(Ap 5.8-13).
4.13, 23); do “anjo do abismo” (Ap 9.11); do anjo que “tinha poder 18
sobre o fogo” (Ap 14.18); do “anjo das águas” (Ap 16.5); e dos “sete
anjos” (Ap 8.2).
4. Seu caráter
a) Obedientes
Eles cumprem os seus encargos sem questionar ou vacilar. Por isso
oramos: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mt
6.10; Sl 103.20; Judas 6; 1 Pe 3.22).
b) Reverentes
Sua atividade mais elevada é a adoração a Deus. (Ne 9.6; Fl. 2.9-11;
Hb 1.6.)
c) Sábios
"Como um anjo... para discernir o bem do mal", era uma expressão
proverbial em Israel. (2 Sm 14.17.) A inteligência dos anjos excede a
dos homens nesta vida, porém é necessariamente finita. Os anjos não
podem diretamente discernir os nossos pensamentos (1 Reis 8.39) e os
seus conhecimentos dos mistérios da graça são limitados (1 Pe 1.12).
Como diz certo escritor: "Imagina-se que a capacidade intelectual dum
anjo tenha uma compreensão mais vasta do que a nossa; que uma só
imagem na mente angelical contenha mais detalhes do que uma vida
toda de estudos poderia proporcionar aqui."
d) Mansos
Não abrigam ressentimentos pessoais, nem injuriam os seus
opositores (2 Pe 2.11; Jud. 9).
e) Poderosos
São "magníficos em poder" (Sl 103.20).
f) Santos
Sendo separados por Deus e para Deus, são "santos anjos" (Ap 14.10).
5. Sua obra
a) Agentes de Deus
São mencionados como os executores dos pronunciamentos de Deus.
(Gn 3.24; Num 22.22-27; Mt 13.39,41, 49; 16.27; 24:31; Mc 13.27; Gn
19.1; 2 Sm 24.16; 2 Reis 19.35; Atos 12.23).
b) Mensageiros de Deus
Por meio dos anjos Deus envia:
1) Anunciações (Lc 1.11-20; Mt 1.20, 21).
2) Advertências (Mt 2.13; Hb 2.2).
3) Instrução (Mt 28.2-6; Atos 10.3; Dn 4.13-17).
4) Encorajamento (Atos 27.23; Gn 28.12).
c) Servos de Deus
"Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para
servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14).
7
Declaração de Fé das Assembleias de Deus, Pág. 88
Refutação bíblica
Refutação bíblica
Jesus jamais foi criado (Jo 1.3), Miguel é criatura celestial, criada
pelo próprio Jesus (Cl 1. 15,16);
Jesus é adorado por Miguel (Hb 1.6), Miguel não pode ser
adorado (Cl 2.18: Ap 22.8,9);
Jesus é o Senhor dos senhores (Ap 17.14), Miguel é príncipe (Dn
10.13);
Jesus é Reis dos reis, Miguel é príncipe dos judeus (Dn 12.1);
Jesus é o Filho de Deus. Miguel é anjo; “Porque, a qual dos anjos
disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe
serei por Pai e Ele me será por Filho? E outra vez, quando
introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus
o adorem” (Hb 1.5,6).
Miguel é um dos primeiros príncipes (Dn 10.13), o que indica que
existem outros iguais a ele. Jesus, porém, é o Unigênito do Pai, o
que mostra que não existe outro igual a Ele (Jo 1.14; 3.16).
1. Juventude e beleza
"E, entrando no sepulcro, viram um mancebo assentado à direita,
vestido de uma roupa comprida, branca..." (Mc 16.5a).
Eles não têm a eternidade na mão como Deus, mas quanto ao tempo e
ao espaço, são seres eternos. Os anjos tiveram princípios, embora não
tenham mais extinção de existência. Deles disse Jesus: “... não podem
mais morrer".
Maria Madalena afirma ter visto um anjo que ainda era "mancebo".
Este anjo possuía, evidentemente, uma eternidade de anos! Mas
observe bem: ainda era mancebo!
2. Estatura
Quanto à sua estatura, a Bíblia não fornece maiores detalhes; mas nos
leva a entender que há certa categoria "maior" que a estatura humana
(SI 8.5) e outra "menor" (Ap 21.17).
3. Seus Nomes
Talvez na esfera celeste, os nomes dos anjos sejam abundantes;
porém, na esfera terrena, ou pelo menos aqueles que chegaram até nós
através de seu serviço ou revelação, seus nomes não são tão
abundantes.
Gabriel (Dn 8.16; Lc 1.26),
Miguel (Dn 8.13; 12.1),
Maravilhoso? (Jz 13.6,17,18).
Quanto aos anjos maus, seus nomes são também citados com
escassez.
Vejamos alguns:
Apoliom,
Abadom,
Diabo,
Legião, etc. (Lc 8.30; Ap 9.11; 12.9).
Quanto aos anjos maus, seus nomes são também citados com
escassez excessiva. Apenas estes: Apoliom, Abadom, Diabo, Legião,
etc. (Lc 8.30; Ap 9.11; 12.9).
Em Marcos 13.32, Ele disse: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe,
nem os anjos que estão no céu...". Os anjos sabem, provavelmente,
coisas a nosso respeito que desconhecemos. E devido ao fato de serem
espíritos auxiliadores, usarão sempre este conhecimento para o nosso
bem e não para maus propósitos.
"Então disseram aqueles varões a Ló: Tens alguém mais aqui?..." (Gn
19.12;Mt 24.36; Mc 13.32). Em outras passagens tais como 2 Samuel
14.17,20, fica subentendido à luz do contexto, que os anjos de Deus
são sábios e dotados de conhecimento superior. Porém, nunca lhes é
atribuída a "onisciência".
CONCLUSÃO
Os anjos têm um lugar muito mais importante na Bíblia do que o
Diabo e os seus demônios. Estes últimos nos atacam. Os primeiros
nos defendem.
A Bíblia ensina que os anjos intervêm nos assuntos das nações (Dn
9.13-21; 11.1; 12.1). Deus os utiliza com frequência, a fim de exercer
julgamento sobre as nações. Eles guiam, consolam e cuidam do povo
de Deus em meio ao sofrimento e perseguição.
Subsídio 3 25
1. Espíritos Decaídos
Os demônios são parte [outra parte estão em prisão] (1 Pe 2.4; Jd 6)
dos anjos decaídos, os quais se rebelaram contra Deus (2 Pe 2.4; Jd 6)
Eles foram criados por Deus e eram originalmente bons e, assim como
o ser humano, dotados de livre-arbítrio; porém, sob a direção de
Satanás, eles pecaram e rebelaram-se contra Deus, tornando-se maus
(Ap 12.9). São identificados como "espíritos imundos” (At 8.7),
"espíritos malignos" (At 19.12), "demônios" (Lc 9.1). Eles são espíritos
maus desprovidos de corpos, capazes de possuir corpos humanos (L
11.24-26) e de animais (Mc 5.12,13): Satanás, o maioral deles (Lc
10.18).
26
A principal razão dessa distinção decorre dos textos que dizem que os
anjos decaídos foram postos em prisão no inferno (1 Pe 2.4; Jd). Nesse
caso, os demônios não poderiam fazer parte daqueles, uma vez que
estão soltos.
8
O Tártaro é uma palavra grega, que só aparece uma vez no Novo Testamento: "Porque, se Deus não perdoou
aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando
reservado para o juízo" (2 Pe 2.4). O inferno mencionado aqui é o Tártaro, [tartaroo], em grego, parece indicar
o lugar de suplício para os anjos rebeldes, até o dia do julgamento deles.
a) Os príncipes da terra
Alguns demônios são chefes de grandes regiões, ou de países, e por
isso são chamados como tendo autoridade sobre esses lugares. Em
Daniel 10.13,21, chamam-se “o príncipe da Pérsia” e “o príncipe da
Grécia”. Certamente o Diabo tem encarregado demônios graduados
para liderar as forças malignas em cada país ou região.
b) As hostes da maldade
Os demônios estão organizados em hostes espirituais da maldade
(Ef 6.12) e em legiões de demônios (Me 5.9,15). Essas formações têm
como seus chefes os “príncipes das trevas” (Ef 6.10-12).
Continuaremos sobre este assunto na Lição 10 - Poder do Alto contra
as Hostes da Maldade.
1. A queda do Satanás
Quando o pecado entrou no coração de Lúcifer e ele foi lançado fora do
céu, experimentou uma total transformação. Após ter sido um
querubim perfeito, tomou-se a personalidade mais perversa e caída
que se possa imaginar, autor de todo o pecado e a fonte de todo o mal.
Como castigo por sua maldade, Satanás foi lançado fora do céu,
juntamente com um grupo de anjos que ele havia alistado em sua
rebelião. (Mt 25.41; Ap 12.7; Ef 2.2; Mt 12.24.) Ele procurou ganhar
Eva como sua aliada; porém, Deus frustrou o plano e disse: "Porei
inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3.15).
Deus criou Lúcifer perfeito; no entanto, dentro desse ser perfeito foi
criado o mal: “Naquele tempo eras perfeito e irrepreensível em teus
sentimentos e atitudes, desde o dia em que foste criado, até oque se
observou malignidade em ti” (Ez 28.15 - KJA).
Outra versão bíblica diz que o mal foi achado nele. A palavra “achar”
usada neste texto (Ez 28.15), é matsa, que significa descobrir,
inventar. Assim, ele inventou o mal. O mal não estava originalmente
nele, porque ele saiu do próprio Deus que é absolutamente perfeito.
2. Seu castigo
O apóstolo João teve uma visão prospectiva (futura) e, ao mesmo
tempo, retrospectiva (passada) no céu. O Senhor voltou com ele no
tempo, para mostrar-lhe o clima criado por ocasião da grande rebelião
(Ap 12.7-9). Satanás foi expulso do céu com a velocidade e a explosão
de um raio (Lc 10.18; Is 14.12). Aquele que na sua altivez queria estar
acima do próprio Deus foi condenado ao mais profundo abismo (Is
14.15).
EXPULSÃO DO CÉU:
Por causa de sua rebelião, Satanás foi atirado do céu Deus:
“... pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus... lancei-te
por terra” (Ezequiel 28.16-17).
CORRUPÇÃO DE CARÁTER:
Lúcifer, uma vez criado para a glória de Deus, se tornou em Satanás
com um caráter que se opunha a tudo o que Deus é e faz.
PERVERSÃO DE PODER:
O poder de Satanás foi uma vez usado para a glória de Deus. Agora ele
tem se inclinado a propósitos desorganizados e destrutivos. De acordo
com Isaías 14, ele debilita as nações (versículo 12), provoca que a terra
e os governos também (versículo 16), e aqueles tomados como
prisioneiros não possuem alívio (versículo 17).
Traços da personalidade:
É um assassino (João 8.44a).
É um mentiroso (João 8.44b).
É um pecador inveterado (1 Jo 3.8).
É um acusador (Apo 12.10).
É um adversário (1 Pe 5:8).
4. Sua natureza
a) Um ser criado (Ez 28.14,15) - Portanto tem que responder perante
seu criador.
b) Um ser espiritual (Ef 6.11, 12).
c) Foi um Querubim (Ez 28.14).
d) O ser angelical mais elevado (Ez 28.12).
e) Um ser cruel.
A crueldade de Satanás pode ser vista nos seguintes nomes: “leão”
(1 Pe 5.8), “dragão” (Is 27.1), “Abadom” (Hebraico) ou “Apoliom” (grego),
que significa “destruidor” (Ap 9.11), “homicida” (Jó 8.44), “antiga
serpente” (Ap 20.2).
6. Limitações de Satanás
Por mais sábio, poderoso e experiente que Satanás seja, Deus lhe
colocou certas limitações (Jó 1.12). Ele é uma criatura e, por
conseguinte, não é nem onipotente, nem onipresente nem onisciente.
Em suma:
Satanás perturba a obra de Deus (1 Ts 2.18); opõe-se ao Evangelho (Mt
13.19; 2 Co 4.4); domina, cega, engana e laça os ímpios (Lc 22.3; 2 Co
4:4; Ap 20.7, 8; 1 Tm 3.7). Ele aflige (Jo 1.12) e tenta (1 Ts 3.5) os
santos de Deus. Ele é descrito como presunçoso (Mt 4.4, 5); orgulhoso
(1 Tm 3.6); poderoso (Ef 2.2); maligno (Jo 2.4); astuto (Gn 3.1 e 2 Co
11.3); enganador (Ef 6.11); feroz e cruel (1 Pe 5.8).
9
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
a) A luta
Judas limita-se a revelar que a peleja entre Miguel e o Diabo deu-se
por causa do corpo de Moisés. O que buscava o maligno, afinal, com os
restos mortais do profeta e legislador dos hebreus?
Inferimos dos textos sagrados, ter sido o arcanjo enviado para sepultar
o defunto. No entanto, o Diabo se lhe opôs, pois intentava suscitar, dos
despojos do homem de Deus, um objeto de culto, a fim de levar Israel à
apostasia à semelhança do que aconteceu com a serpente de bronze
(Nm 21.9; 2Rs 18.4).
1. O preparo espiritual
Estejamos sempre em espírito de oração. Nalguns casos, teremos de
estar em jejum conforme preconiza o próprio Senhor (Mt 17.21). Não
confiemos nem em nossa força nem em nossa experiência. Firmemo-
nos inteiramente em Deus.
2. O espírito de reverência 38
Há muitos obreiros que, para fazer o marketing pessoal, fazem uma
verdadeira campanha publicitária para libertar os oprimidos do Diabo.
Perguntam o nome do demônio e querem saber a sua
procedência.
Em seguida, interrogam-no acerca de sua missão, como se
ninguém soubesse ser o trabalho do Diabo matar, roubar e
destruir. E com isto desperdiça-se todo o tempo da exposição da
Palavra de Deus, induzindo o povo a uma macabra distração.
Há também os exorcistas que, insensível à tortura do
endemoninhado, prolongam de tal forma a sessão de
libertamento, que dão espaço a que o demônio descarregue na
igreja todo os seus impropérios, levando inclusive o possesso a
despir-se e até a quebrar a mobília do santuário. Isto tem gerado
escândalos e tropeços.
3. Uso de linguagem sã
Não xingue o Diabo nem use de palavras chulas contra o adversário.
Pois é exatamente isto o que ele quer. Tratando-o com vitupérios, você
só conseguirá uma coisa: levar a irreverência ao povo de Deus além de
esvaziar-se espiritualmente.
5. A manutenção do culto 39
Estejamos apercebidos a fim de’ que certos tipos de endemoninhados
não nos tirem a reverência do culto, transformando-o num triste e
lamentável espetáculo. Às vezes o sujeito nem possesso está. O que ele
quer é perturbar a boa ordem da casa de Deus. Por isso, muito
discernimento e cuidado.
CONCLUSÃO 40
Quando Jesus vier em glória (Ap 19.11-16), Satanás será preso e
amarrado por mil anos (Ap 20.1-3). Depois será solto por um pouco de
tempo e logo continuará aquilo que é próprio dele, isto é, enganar os
homens que, em grande número, o seguirão e se ajuntarão na batalha
contra Deus (Ap 20.7,8). Deus, porém, não esperará mais e mandará o
fogo do céu devorar Satanás e as suas hostes.
41
Subsídio 4
1. Opressão demoníaca
Todos os cristãos, estão sob o ataque das forças satânicas.
Constituímos um alvo ao qual ele tem de se opor, impedir, ferir e
destruir se possível.
2. Possessão de demônios 42
A possessão de demônios significa a introdução de uma nova
personalidade no ser da vitima. A nova personalidade apresenta feições
de caráter diferentes por inteiro, daquelas que realmente pertencem à
vitima em seu estado normal, e esta troca de caráter tende, com raras
exceções, para a perversidade moral e impureza. Muitas pessoas,
quando possuídas de demônios, dão evidências de um conhecimento
do qual não podem dar conta em seu estado normal.
17). E você pode descansar seguro de que “maior é o que está em vós 44
do que o que está no mundo” (1 Jo 4.4).
Diz o texto bíblico: "E, tendo chegado à outra margem, à província dos
gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos
sepulcros; tão ferozes eram, que ninguém podia passar por aquele
caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, 45
Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? (Mt 8.28,
29).
O medico amado Lucas, por sua vez, não foi apóstolo do Senhor.
Como também o evangelista Marcos, que não obstante ter acompa-
nhado o Senhor Jesus, não está escrito que ele foi um dos seus
apóstolos (Mc 14.52).
Relata-nos Lucas:
"Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos
que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos
que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra,
pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó
excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado
minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a
certeza das coisas de que já estás informado" (Lc 1.1-4).
Era uma legião ("muitos") que falavam, mas o transmissor era um.
Podem existir muitas vozes, (Rm 15.6) mas somente uma deve ser
notória, ou falar por todos; é o que lidera, e Mateus registrou este
adendo.
10
Fonte: Jornal Mensageiro da paz, Junho de 2016 - José Edson de Souza
“Na verdade, Jesus fez diante dos seus discípulos muitos outros sinais
que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados
para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para
que, crendo, tenham vida em seu nome (João 20.30,31 – NAA)”.
EM SUMA:
Em nome de Jesus a sua Igreja prega (Lc 24.47; At 9.27).
Todo joelho deve se dobrar diante do nome de Jesus (Fp 2.10;
Rm 14.11).
A Igreja verdadeira invoca o nome de Jesus (1Co 1.2).
CONCLUSÃO
O texto de Lucas 5.17 diz que antes da cura do paralítico de
Cafarnaum a “virtude do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17;
Lc 4.14; 5.17). A palavra “virtude”, do grego dynamis é a mesma usada
em Atos 1.8 para se referir ao poder do Espírito Santo. Dymanis é o
poder do Espírito Santo para realizar milagres.
Aquilo que Jesus começou a fazer pelo poder do Espírito Santo teria
continuidade através de seus seguidores. O Senhor delegou à Igreja o
mesmo poder que estava sobre si (Lc 9.1,2; 10.9,18,19; At 1.8; 4.8;
13.9). Dessa forma a Igreja estaria capacitada a cumprir a sua missão.
Quando a Igreja negligencia a Terceira Pessoa da Trindade, perde não
somente o seu foco, mas também a sua identidade.
50
Subsídio 5
1. Os demônios
Os espíritos invisíveis malignos que caíram do céu formam a esfera do
'demoníaco', sendo sua missão martelar a mensagem 'Você fará'. Você
fará isto. Você fará aquilo. Você não morrerá. Você usufruirá disto.
Você se sentirá bem. Você será feliz. E assim por diante.
2. O Mundo
O segundo alvo do diabo, 'o mundo', neste sentido não significa o
planeta no qual vivemos. Significa a sociedade na qual vivemos, a
sociedade que esquece e ignora a Deus. É o sistema que se opõe de
forma persistente e organizada ao Reino de Deus.
Você sente uma pressão para conformar-se com o mundo? Você sente
uma pressão para comportar-se como as pessoas ao seu redor? Você
sente uma pressão para vestir-se de certo modo, assistir certos
programas, concordar com seus amigos, gastar seu dinheiro em certas
coisas?
3. A carne
A carne não refere-se ao seu corpo físico; mas sim, é um termo técnico
da humanidade caída em sua fragilidade e pecado.
CONCLUSÃO
Satanás deseja usar nosso inimigo externo, o mundo, bem como nosso
inimigo interno, a carne, para nos derrotar. Suas armas e seu plano de
batalha são terríveis.
56
Subsídio 6
Lição 6: Quem Domina a sua Mente
INTRODUÇÃO
“Como você pensa determina quem você é. Por isso, a Escritura
adverte-o para ter cuidado com o foco de sua atenção (Filipenses 4.8).
Sua vida atual é resultado de seu pensamento de ontem. Sua vida de
amanhã será determinada pelo que você pensa hoje”. 11
“O que ocupa sua mente e o que você pensa pesa mais do que todas as
outras coisas. Sua percepção da vida determina quanto você ganha,
onde vive e quem se tornará”.12
I – A BATALHA NA MENTE
A mente é o campo de batalha espiritual na guerra espiritual. Cada
ataque de Satanás envolve a mente humana. Embora o Diabo não
possa interagir diretamente conosco, de modo físico, pode ter acesso a
nossas mentes. Ele não pode ler a nossa mente, mas pode influenciar
os nossos pensamentos.
Ter a mente de Cristo (Ver 1 Co 2. 12) significa pensar como Ele. Para
sabermos o que Cristo pensa sobre os mais diversos assuntos, os
quais envolvem a nossa vida e o mundo espiritual, então precisamos
conhecer a Bíblia Sagrada.
11
JOHN C. MAXWELL
12
JOHN C. MAXWELL
Satanás peleja por sua mente porque a maneira como você pensa
afeta a maneira como você age (Provérbios 23.7).
O Diabo sabe que se você pode controlar sua mente, você pode
controlar seu corpo, suas ações e seu espírito.
c) Cegueira espiritual13 58
Satanás opera nas mentes dos não crentes para cegá-los à verdade do
Evangelho (2 Coríntios 4.4).
d) Isolamento
O propósito desta estratégia é isolar-lhe do resto do corpo de Cristo.
Visto que os crentes funcionam juntos no ministério como um corpo, o
isolamento lhe torna não funcional.
f) Rebelião
Satanás também introduz pensamentos rebeldes dentro de sua mente.
Rebelião é desobediência voluntária contra a autoridade de Deus. A
rebelião foi o pecado original de Satanás.
g) Acusação e condenação
Satanás é chamado “o acusador dos irmãos” (Apocalipse 12.10). Ele
envia dardos inflamados de acusação a sua mente, fazendo-se sentir
inferior e condenando-se. Ele lhe dará sentimentos de culpa, vingança,
indignidade e vergonha.
h) Impureza sexual
Satanás introduzirá pensamentos de impureza sexual, luxúria, e
fantasias sexuais mentais. Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: qualquer
que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já
adulterou com ela” (Mateus 5.28).
i) Pensamentos errados
Se você permite que Satanás persista em pensamentos de depressão,
suicídio, tormento, acusação, etc., você pode tornar-se mentalmente
enfermo.
13
Distúrbio da razão; falta de discernimento.
Somos produto do ambiente que cerca nossa vida. Não é por acidente 59
que as pessoas com tendência a serem negativas, com frequência,
encontram o mesmo comportamento em casa.
os cristãos podem renovar sua mente para que não se conformem com 61
os maus hábitos deste mundo (Rm 12.2).
Você nunca poderá ter uma mente cristã, sem ler as Escrituras,
porque você não pode ser profundamente influenciado pelo que
não conhece.
CONCLUSÃO 62
Você tem que derrubar as imaginações malignas que Satanás insere
em sua mente. Você tem que derrubar pensamentos que se exaltam a
si mesmos contra Deus. Você tem que levar cada pensamento à
obediência do Senhor. Você “derrubar” ao tomar, conscientemente, o
controle de sua mente e recusar a conviver com os pensamentos que
Satanás insere.
63
Subsídio 7
1. Definições
Os termos "tentação" e "tentar" na Bíblia aplicam-se tanto no
campo secular como no campo religioso. O substantivo
"tentação" significa literalmente "teste, provação, instigação".
3. Aspectos da tentação 64
As tentações fazem parte da batalha espiritual. Elas podem ser
classificadas em dois aspectos importantes:
II – A ORIGEM DA TENTAÇÃO
1. Da parte da carne
a) Tentação humana
A Bíblia nos diz que “não veio sobre vós tentação, senão humana” (1
Co 10.13). Neste texto, podemos entender que “tentação humana” quer
dizer a que é própria da natureza carnal do homem (ver Rm 7.5-8;
G15.13,19). Ela tem seu aspecto mal, pernicioso, incitador ao pecado.
b) O significado da carne
A carne, é o “centro dos desejos pecaminosos” (Rm 13.14; G1 5.16,24).
Dela vem o pecado e suas paixões (Rm 7.5; G1 5.17-21). Na carne não
habita coisa boa (Rm 7.18). Devemos salientar que o termo carne,
aqui, não se refere ao corpo, que não tem nada de mal em si mesmo,
mas à natureza carnal, herdada de nossos pais. O corpo do crente é
templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20).
2. Da parte do mundo 65
O mundo, como fonte de tentação, não é o mundo físico, criado por
Deus. O Dicionário da Bíblia, de Davis, diz que “a palavra mundo
emprega-se frequentemente para designar os seus habitantes”, como
em SI 9.8, Is 13.11 e Jo 3.16.
3. Da parte do Diabo
É a fonte mais cruel da tentação. Seu caráter é sempre destrutivo.
Satanás é o agente e o estimulador da tentação.
dizendo: “Está escrito...” (Mt 4.4b, 7a, 10b). Por isso, é preciso ler a 66
Bíblia, para usar a Palavra na hora certa.
2. Através da oração
Jesus nos mandou orar sem cessar para não cairmos cm tentação (Lc
22.40; 1 Ts 5.17). A maioria dos crentes, hoje, não ora. Certo pregador
disse: “O Diabo ri da nossa sabedoria, zomba das nossas pregações,
mas treme diante de nossas orações”. Não há poder das trevas, não há
tentação que resista ao poder da oração (At 16.25,26). Portanto, não
deixe de orar (Cl 4.2).
3. Através do Jejum
Jejum – Significa Abstinência total ou parcial de alimento durante um
determinado período, visando aprimorar o exercício da oração e da
meditação. O jejum bíblico não pode ser visto como penitencia, mas
como um sacrifício vivo e agradável a Deus.
4. Através da vigilância
Jesus enfatizou a importância da vigilância para não cairmos em
tentação (Mt 26.41a). Vigiar é estar atento, é conhecer a origem dos
eventos que nos sucedem, é estar apercebido das coisas. No Evangelho
de Mateus, o Senhor nos instruiu quanto à vigilância (Mt 26.41). Fique
atento em relação às coisas que podem distrair e dominar você (Lc
21.34).
14
Arrependimento; sentimento de remorso, de culpa pelos pecados cometidos ou por ofensas contra Deus.
6. Resistindo ao Diabo
Da tentação devemos fugir, mas devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Ele
é astuto e usa de ardis psicológicos para nos amedrontar. Jesus não
teve medo, mas enfrentou o Maligno, por isso venceu (Mt 4.1-11).
Satanás é quem tem de fugir, não somente porque ele não tem poder
sobre nós, mas porque temos a promessa de que as tentações que
sofremos nunca vão além de nossa capacidade de lidar com elas (1 Co
10.13).
CONCLUSÃO
“Antes que venha a tentação, devemos vigiar e orar muito (Mt 26.41).
Não é orar quando já estamos sendo tentados, é orar antes (Mt 6.13).
Orar significa estar em contato com Deus. Deus ouve as orações (SI
10.17); Deus responde as orações (SI 3.4); Deus outorga ousadia e
poder (At 4.31)”.15
15
PR. Joá Caitano
Subsídio 8 68
(Mt 12.24); para Satanás como “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 69
14.30; 16.11); e, ainda, ao “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2).
Não devemos jamais subestimar o poder do diabo. Não é por acaso que
ele é comparado com um leão e com um dragão! O Livro de Jó mostra
o que ele pode fazer com o corpo, o lar, as riquezas e os amigos de uma
pessoa.
2. Principados
O Novo Testamento aplica o termo “principado”, do grego, arché. Na
hierarquia do reino das trevas, os principados são os que ocupam
posição mais elevada. O termo quer dizer “primeiro ou primeiros”.
Esses seres têm um poder próprio e sabem governar, reger e, dado a
isso, provavelmente, cobiçaram, juntamente com Lúcifer, um governo
superior.
3. Potestades
Potestades e autoridades - do grego “exousia”. Seres que gozam do
privilégio de tomar decisões. São a coroa de um exército.
1. Fortalecimento (v.10)
“[...] fortalecei-vos no Senhor...”
O verbo “fortalecei-vos” está no passivo do imperativo presente e
significa “seja fortalecido” ou “seja capacitado”. Uma interpretação
mais literal de 6.10 é “Seja capacitado pelo Senhor e pelo poder de sua
força” (3-16). Nesse combate seria não só tolo como perigoso tentar ser
forte com o apoio apenas de nossa autoconfiança. Ao invés da auto
suficiência, Paulo exorta os crentes a fortalecerem- se
sobrenaturalmente na força do seu poder (Sl 18.1,31,32,39).
2. Conhecimento (v.11)
O leitor perguntaria: Que tem a ver conhecimento com armadura?
Para termos a armadura de Deus, precisamos conhecer todo o
equipamento dessa guerra espiritual. Precisamos estar revestidos da
armadura de Deus, a sua panóplia, isto é, ter todas as armas
necessárias para um combate. A armadura espiritual incompleta torna
o crente vulnerável aos ataques satânicos.
16
Decaídos - Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e, como o homem, dotados de livre escolha. Sob a
direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados fora do céu (João 8.44; 2 Pe 2.4; Jd 6).
CONCLUSÃO
Estamos em guerra contra as forças demoníacas organizadas numa
hierarquia que domina a humanidade e o sistema mundial: economia,
política, religião e cultura de todas as sociedades (Rm 8.19 – 23,38).
Subsídio 9 72
1. O Cinto da verdade
“[...] tendo cingidos os vossos lombos com a verdade...”
Mas o que é a verdade?
A verdade é Jesus Cristo (Jo 14.6), é por isso que, nós cristãos, somos
os portadores da verdade.
Alerta bíblico:
“Não mintam uns aos outros, uma vez que vocês se despiram da
velha natureza com as suas práticas” (Cl 3.9 –NAA).
2. A couraça da justiça
a) Utilidade
Proteger alguns dos órgãos vitais do corpo. Essa parte da armadura,
feita de chapas de metal ou correntes, cobria o corpo, do pescoço à
cintura, na frente e atrás.
b) Significado
A couraça da justiça se refere à retidão de caráter e conduta.
3. As sandálias do evangelho
a) Utilidade
Os soldados romanos usavam sandálias com cravos na sola para dar
mais apoio aos pés durante a batalha.
b) Significados
Prontidão para a batalha, para permanecer inabalável contra o
inimigo.
Prontidão para anunciar o evangelho (Mt 28.19,20; Mc 15; At
1.8).
4. O escudo da Fé
O escudo do soldado romano, normalmente, medindo cerca de 1,20m
de altura por 60 a 80 centímetros de largura, era feito de madeira e
revestido de couro resistente.
a) Utilidade 74
O soldado o segurava diante de si para protegê-lo de lanças, flechas e
"dardos inflamados".
Alerta bíblica:
“Segurando sempre o escudo da fé, com o qual poderão apagar todos os
dardos inflamados do Maligno” (Ef 6.16 – NAA).
5. O capacete da salvação
a) Utilidade
O capacete protege a mente dos ataques dos inimigos (Ef 6.12).
Satanás deseja atacar nossa mente, e foi assim que derrotou Eva (Gn
3; 2 Co 11:1-3).
b) O significado
O capacete da salvação refere-se à mente controlada por Deus.
Quando Deus controla a mente, Satanás não consegue fazer o cristão
se desviar (Veja sobre a mente na lição 6).
6. A espada do Espírito
A palavra usada para “espada” (machaira) denota a pequena espada ou
adaga (que media entre 30 e 35 cm) que o soldado usava para repelir o
inimigo em combates corpo a corpo, e não a espada longa usada para
matá-lo (rhompbaia).
a) Utilidade
A espada é a arma ofensiva que Deus nos dá. O soldado romano usava 75
embainhada em seu cinto uma espada curta para combates corpo a
corpo.
II – OBJETIVO DA ARMADURA
“Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam
resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer
inabaláveis.” (Ef 6.13 – NAA).
O uso do artigo definido junto com a palavra grega dia (hemera) sugere
um determinado dia. Mas certos expositores consideram que é o tempo
especial de conflito para cada cristão em particular, como indica o
Salmo 41.1: “O Senhor o livrará no dia do mal”.
17
Comentário Bíblico Pentecostal - CPAD
CONCLUSÃO
AS ARMAS DO CRENTE
Armas de contra-ataque e
Armas de Defesa ataque
1 A verdade O evangelho
2 A justiça A espada
3 O evangelho A oração (Ef 6.18)
5 O capacete O nome de Jesus (Mc 16.17-18)
18
Comentário Bíblico Beacon – Gálatas a Filemom - CPAD
19
Comentário Bíblico Pentecostal - CPAD
Subsídio 10 77
Potestades
20
ARC – Almeida Revista Corrigida
2121
ACF – Almeida Corrigida Fiel
2. O local da batalha 78
“[...] nos lugares celestiais (Ef 6.12 – ACF)”.
O campo de batalha espiritual não se limita a alguma área geográfica e
terrena, mas abrange todo e qualquer lugar onde o reino de Deus
esteja. Onde estiver um crente fiel, ali se tornará um campo de
batalha. Como a batalha é espiritual, resta ao crente lutar com as
armas espirituais contra poderes espirituais (veja sobre a armadura de
Deus na lição 9).
a) Serpentes e escorpiões
A serpente é símbolo de Satanás, e o escorpião é símbolo dos demônios
(Ap 20.2; 9.1-5). Sendo sim, trata-se de linguagem figurada para
representar poderes demoníacos.
CONCLUSÃO 81
Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de
Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos
aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras
pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo (Lc
4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
Creia que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu
domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8)
82
Subsídio 11
1. Conceito
“A palavra ‘discernir’ (grego “diakrisis”) significa julgado através de,
distinguir, e tem o sentido de penetrar por baixo da superfície,
desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos e da
animação”. O dom de discernir os espíritos é uma capacitação
sobrenatural do Espírito Santo que permite conhecermos a natureza e
o caráter dos espíritos.
a) Objetivo
Ajuda o crente a separar o falso do verdadeiro, o puro do impuro, o
santo do pecador, o joio do trigo e, especialmente, a intenção dos
corações. Leia 1 João 4.1.
Aías: “.. e entrando ela pela porta, disse ele: Entra, mulher de
Jeroboão, porque te disfarças assim?” (1 Rs 14.1,2, 4, 6).
Eliseu: “Mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei
de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir” (2 Rs
6.12).
Moisés (Ex 32.17, 18) etc.
Outro exemplo:
Pedro, no caso de Ananias e Safira (At 5.1-10).
2. Discernindo os Milagres
A luz das Escrituras, os milagres podem ter três origens: divina (Êx
7.3,4; Jó 9.10; SI 96.3 e At 10.38; Mc 16. 15-20); humana, no caso de
truques e ilusionismo (At 13.8); e demoníaca, mediante sinais e
prodígios de mentira (2 Ts 2.9-11; 2 Tm 3.8 e 1J o 2.18).
24
SOUZA, E. A. Os nove dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985, pp.37,38,44,45
3. Discernindo os espíritos
Podem ser de:
mentira (At 5.3; Ap 21.27; 22.15);
apostasia (2 Ts 2.3; 2 Co 6.17);
traição (2 Sm 3.27);
ciúme (Nm 11.29);
falsidade (Mt 7.15);
ecumenismo (Ap 13.12; Gn 11.1);
prostituição (Os 5.4);
demônios (Mt 17.21; 1 Co 10.21);
adivinhação (At 16.16-18);
enfermidade (Lc 13.10-16).
CONCLUSÃO
Num universo religioso, como o atual, onde há tantas imitações e
fingimentos, faz-se urgente o dom de discernimento de espíritos, para
sabermos as proveniências dos espíritos. 25
25
PR. Elienai Cabral
Subsídio 12 86
2. Vigiai
26
HUGO, M. Petter. Concordância Greco — Espanola del Nuevo Testamento. Editorial CLIE, Barcelona,
Espanha.
CONCLUSÃO
A vigilância espiritual é uma prevenção para nós que lutamos dia a dia
contra o Diabo e suas hostes espirituais da maldade (1 Pe 5.8; Ef
6.12).
“Estejam alertas, fiquem firmes na fé, sejam corajosos, seja fortes (1Co
16.13 - NTLH).
Subsídio 13 88
27
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Pág. 145
O inimigo vem para destruir, e, quando ele o fizer, você deve estar 89
pronta para lutar de forma defensiva, a fim de contê-lo. Mas o melhor é
orar com antecedência para prevenir. 28
3. O cristão e a oração
A oração é:
Essencial para a comunicação com Deus (Marcos 1.35);
Essencial para o crescimento em Deus (Mateus 6.9-13);
Essencial para o serviço de Deus (Tiago 5.16-18);
Essencial para o louvor de Deus (Salmo 150);
Essencial para a experiência de Deus (Salmos 57.1-3);
A forma especial de Deus de se comunicar (Romanos 8.15);
II – ELEMENTOS DA ORAÇÃO
1. A confiança
O principal tema do ensinamento de Jesus sobre a oração é a
confiança que seus seguidores podem ter na bondade de Deus Pai. Por
isso, eles podem ser ousados ao pedir-lhe coisas boas, uma vez que o
Senhor se compraz em dar generosamente para seus filhos (M t 7.9-
11). Jesus chegou mesmo a fazer a declaração de que seus discípulos
podem pedir “tudo” em oração e receberão (Mc 11.24; M t 21.22)! Isso
não quer dizer que Deus sempre realiza os sonhos mais espantosos de
seus filhos. Os discípulos de Jesus têm de pedir “em fé”, “crendo, o
recebereis”, a isso se segue que só podem pedir verdadeiramente em fé
coisas que são consistentes com o caráter e o Reino de Deus.
2. A perseverança
Jesus contou duas parábolas sobre a necessidade de ser persistente
na oração. Em uma, um homem levanta-se da cama para dar um pão
ao amigo por causa da persistência deste (Lc 11.5-8). Em outra
parábola, um juiz injusto atende ao pedido de uma viúva por causa da
recusa dessa mulher em deixá-lo em paz (Lc 18.1-8). Persistência na
oração não significa apenas orar muito; mas se recusar a procurar em
outro lugar as coisas que só Deus pode conceder. A oração é uma
questão de pedir, de procurar e de bater à porta (Mt 7.7).
É Nosso compromisso:
Orar sempre: Lucas 21.36; Efésios 6.18.
Orar continuamente: Romanos 12.12.
Orar sem cessar: 1 Tessalonicenses 5.17.
28
OMARTIAN, Stormie. Guerreiros de Oração: O caminho para uma ida de vitória. Edição eletrônica. 1ª edição
de 2014 – Editora Mundo Cristão.
3. A autenticidade na oração 90
Jesus fez uma ligação entre a atividade de orar e o resto da vida. Ele
comentou, em particular, que é inútil os discípulos orarem pelo perdão
de Deus se não estiverem dispostos a perdoar uns aos outros (Mt
6.14,15; 18.23-35). Os discípulos de Jesus não podem ser “hipócritas”
(Leia Lc 18.9-14).
2. De pé (2 Crônicas 20.5,6)
Este texto refere-se a Josafá, rei de Judá, que, em pé, diante do povo,
orou a Deus, e recebeu a resposta imediatamente. Os crentes
costumam orar em pé, no início, durante e no fim dos cultos, e têm
recebido grandes vitórias.
IV – ONDE ORAR?
CONCLUSÃO
Falar sobre guerra espiritual sem falar da oração, é o mesmo que
mandar para a guerra um soldado fraco e despreparado ao o combate.
Pois, a oração é a fonte de energia que capacita o crente a usar toda
armadura de Deus para a luta contra as hostes da maldade. “O Diabo
ri de nossa sabedoria, zomba de nossas pregações, mas treme diante
de nossas orações”.
29
Vicissitude - Sequência de mudanças ou transformações; variação. Revés ou circunstâncias contrárias e
desfavoráveis.
30
Auge - O ponto mais alto.
Artigos Bíblicos-Teológicos
A Oração Eficaz
Texto Áureo
1Rs 18.42b-45 “Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e
meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha
para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele:
Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena
nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e
dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E
sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio
uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”.
2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus
expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o
farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu
nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia
com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13).
O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts
5.17). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi
somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a
Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11
nota). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou
em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse
grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho
morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida.
(a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade
(Sl 150; At 2.47; Rm 15.11)
(b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a
Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6).
(c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16;
Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9).
(d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades,
segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que
precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos
(Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6).
(e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória
(Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).
4) O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1).
Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto
para a parede e orou intensamente a Deus para que prolongasse sua vida. Deus
mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de
vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).
5) Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para
não ser devorado por eles, e Deus atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).
I - DEFINIÇÃO DE CORAÇÃO
O povo da atualidade geralmente considera que o cérebro é o centro
diretor da atividade humana. A Bíblia, no entanto, refere-se ao coração
como esse centro; “dele procedem as saídas da vida” (4.23; cf. Lc 6.45).
Biblicamente, o coração pode ser considerado como algo que abarca a
totalidade do nosso intelecto, emoção e volição (ver Mc 7.20-23).
Basta uma leitura na Bíblia, ainda que superficial, para ver com
clareza a fragilidade dessa doutrina, a começar pela história de Caim e
Abel. Ambos eram filhos dos mesmos pais, receberam a mesma
educação religiosa, entretanto um era fiel, e o outro, ímpio (1 Jo 3.12).
O que dizer de Jacó e Esaú, irmãos gêmeos, educados no mesmo lar?
Aquele recebeu a bênção porque este a trocou por um prato de comida
(Ml 1.2; Hb 12.16, 17).
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que 100
há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o
SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos
filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço
misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus
mandamentos (Êx 20.4-6).
“Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual
morrerá pelo seu pecado” (Dt 24.16). Esse preceito é aplicado na vida
prática posteriormente (2 Rs 14.5, 6).
seus filhos podem herdar seu ponto fraco. Sua geração foi purificada, 102
mas eles têm de purificar-se também!
demônio, porta-voz da legião, “rogava muito que os não enviasse para 107
fora daquela província”. Isso faz parecer, à primeira vista, que os
promotores do tal ensino estão certos.
a) Não contender
“Recebei-o” significa que devemos receber a cada irmão como ele é e
não como queremos que ele seja. Não temos o direito de impor a ele a
nossa maneira de ver o Cristianismo, nem discutir na tentativa de
convencê-lo do contrário (1Co 11.16; 1Tm 6.4). Devemos recebê-lo com
amor sincero dentro da fraternidade cristã.
2. Legumes (v.2)
Convém lembrar que o vegetarianismo religioso teve a sua origem no
hinduísmo. Os gnósticos eram também vegetarianos. Havia até os que
considerasse canibais aquele que comesse carne. Talvez alguns judeus
tivessem chegado a esse extremo por causa de uma interpretação
judaica forçada de Deuteronômio 14.21: “Não cozerás o cabrito com o
leite da sua mãe”. Não é permitido ao judeu consumir a carne do
cabrito juntamente com o leite da cabra, mãe do animal, como faziam
os povos idólatras, vizinhos de Israel. Os judeus, portanto, evitando
correr o risco de o leite comercializado ser da mãe do cabrito comprado
no açougue, resolveram proibir o consumo de carne com leite.
4. Evitando o risco
O crente fraco ou enfermo mencionado nos vv.1,2 deve ser judeu muito
escrupuloso quanto à alimentação, o qual resolveu ser vegetariano
para evitar o risco de comer carne sacrificada aos ídolos ou sufocada.
Abster-se de alimento por questões de saúde é algo pessoal. Praticar,
porém, tal coisa como condição para ir ao céu, a ponto de criticar os
que não seguem esse padrão, isso caracteriza seita.
Provavelmente, a expressão “um faz diferença entre dia e dia” (v.5) 110
trata-se dos dias especiais de festa segundo as leis cerimoniais do
Antigo Testamento. O comentário da é do parecer que alguns cristãos,
mormente os judeus cristãos, ainda consideravam que os dias
sagrados do Antigo Testamento continuavam válidos, ao passo que
muitos outros os tinham como dias comuns.
1. O sábado
O fim do sábado estava previsto nos profetas (Os 2.11). A palavra
profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do
sábado que se cumpriu em Jesus (Cl 2.14-17). A questão não é o
sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo
Concerto (Hb 8.6-13), por essa razão o sábado não aparece nos quatro
preceitos de Atos 15.20,29.
2. O sábado cerimonial
As festas judaicas eram anuais, mensais ou lua nova, e semanais (1Cr
23.31; 2Cr 2.4; 8.13; 31.3; Ez 45.17). O sábado cerimonial ou anual já
está incluído na expressão “dias de festa”, que são as festas anuais;
“lua nova”, mensais; e “dos sábados”, festas semanais (Cl 2.16). No
versículo seguinte o apóstolo diz: “Que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17). Isto é: são figuras das
coisas futuras, que se cumpriram em Jesus. Por isso que Jesus
afirmou ser Senhor do sábado (Mc 2.28).
3. Constantino e o Domingo
Afirmar que o imperador romano, Constantino, substituiu o sábado
pelo domingo é uma falácia. A palavra “domingo” significa “dia do
Senhor”. Isso porque nesse dia Jesus ressuscitou (Mc 16.9). O
primeiro culto cristão aconteceu num domingo (Jo 20.1) e o segundo
também (Jo 20.19,20). As reuniões cristãs de adoração aconteciam no
primeiro dia da semana (At 20.7; 1Co 16.2). Aos poucos essa prática
foi se tornando comum, sem decreto e sem imposição. Foi algo
espontâneo. O imperador apenas confirmou uma prática cristã antiga.
4. Lição prática
O apóstolo conclui que “cada um esteja inteiramente seguro em seu
próprio ânimo” (v.5b) e que “aquele que faz caso do dia, para o Senhor
o faz” (v.6). Isto é: quando adoramos não é tão importante, quanto o
que, como e por que adoramos. O que realmente importa é Cristo ser o
centro em tudo quanto o crente faz.
CONCLUSÃO
A Educação Cristã não pode ser considerada uma mera filosofia; tem
de ser vista como uma das mais importantes reflexões teológica da
Igreja de Cristo. Esta reflexão representará toda a diferença entre o
progresso e o obscurantismo.
1. Teologia
Esta palavra é formada por dois vocábulos gregos: Theos, Deus e logia,
estudo ou tratado. Etimologicamente, o termo teologia significa estudo
de Deus.
Desde que a palavra foi criada pelo grego Ferécides, seu conceito vem
desdobrando-se e ramificando-se com respeitável abrangência.
Acredita-se que uma das mais completas definições de teologia seja a
do eminente pastor metodista William Burton Pope: “E a ciência de
Deus e das coisas divinas, baseada na revelação feita ao homem por
meio de Jesus Cristo e sistematizada em seus vários aspectos no
âmbito da Igreja Cristã”.
2. Educação
Procedente do vocábulo latino educatione, a palavra educação significa
etimologicamente extrair. Em termos pedagógicos, educar pressupõe o
desenvolvimento pleno das faculdades físicas, intelectuais, morais e
espirituais do ser humano, implicando mudanças de comportamento
no educando em virtude da educação recebida.
3. Educação Cristã
1. A Bíblia Sagrada
E imprescindível que a Teologia da Educação Cristã tenha, como
seu mais sólido fundamento, a Bíblia Sagrada, e que a considere
com o a inspirada, infalível e inerrante Palavra de Deus. Se não a
tiver com o seu principal alicerce, não poderá ela ser considerada
com o tal.
2. Os credos e as declarações de fé
Além da Bíblia Sagrada, a Teologia da Educação Cristã tem como
importantes fundamentos os credos e as declarações de fé decretados
pelas diversas confissões cristãs. Estes, porém, não podem, sob
hipótese alguma, ser considerados mais importantes que as Escrituras
Sagradas, nem contrariá-las.
até ignoram essa tão sublime tarefa da Igreja, faz-se necessário que se 118
teologize sobre o assunto. Som ente assim haverão de se conscientizar
acerca das demandas bíblicas respeitantes à ação pedagógica do povo
de Deus. A teologia, conquanto pareça especulativa, não deve se
perder no movediço e traiçoeiro terreno das especulações; sua missão
é levar os fiéis a prestar a Deus um serviço de excelência.
1. Nascimento.
O Espírito Santo é descrito como o agente na milagrosa concepção
de Jesus (Mat. 1.20; Luc. 1:35). Jesus esteve relacionado com
o Espírito de Deus desde o primeiro momento da sua existência
humana. O Espírito Santo desceu sobre Maria, o Poder do Altíssimo
cobriu-a com sua sombra, e àquele que dela nasceu foi dado o direito
de ser chamado santo, Filho de Deus. Para João, o precursor, foi
suficiente que fosse cheio do Espírito desde o ventre de sua mãe, ao
passo que Jesus foi concebido pelo poder do Espírito no ventre, e por
essa razão levou tais nomes e títulos que não podiam ser conferidos a
João.
Deus, operando pelo Espírito, é o Pai da natureza humana de Jesus,
no sentido de que sua origem proveniente da substância da Virgem
mãe foi um ato divino. O efeito dessa intervenção divina revela-se no
estado imaculado de Cristo, sua perfeita consagração, e seu senso
permanente da Paternidade de Deus. Enfim, o poder do pecado foi
destruído, e Um nascido de mulher, ao mesmo tempo que era homem
e santo, era também o Filho de Deus.
O segundo Homem é do céu (1 Cor. 15:47).
Sua vida era de cima (João 8:23); sua passagem pelo mundo
representa a vitória sobre o pecado, e os resultados de sua vida foram
a vivificação da raça (1 Cor. 15:45). Aquele que nenhum pecado
cometera e que salva o seu povo dos seus pecados, necessariamente
teria que ser gerado pelo Espírito Santo.
120
2. Batismo.
Com o passar dos anos, começou uma nova relação com o Espírito.
Aquele que havia sido concebido pelo Espírito e que era cônscio da
morada do Espírito divino em sua pessoa, foi ungido com o Espírito.
Assim como o Espírito desceu sobre Maria na concepção, assim
também no batismo o Espírito desceu sobre o Filho, ungindo-o como
Profeta, Sacerdote e Rei. A primeira operação santificou sua
humanidade; a segunda consagrou sua vida oficial. Assim como sua
concepção foi o princípio da sua existência humana, assim também
seu batismo foi o princípio de seu ministério ativo.
3. Ministério.
Logo foi levado pelo Espírito ao deserto (Mar. 1:12) para ser tentado
por Satanás. Ali ele venceu as sugestões do príncipe deste mundo, as
quais o teriam tentado a fazer sua obra duma maneira egoísta,
vangloriosa e num espírito mundano, e a usar seu poder conforme o
curso de ação da ordem natural. Ele exerceu seu ministério com o
conhecimento íntimo de que o poder divino habitava nele. Sabia que o
Espírito do Senhor Deus estava sobre ele para cumprir o ministério
predito acerca do Messias (Luc. 4:18); e pelo dedo de Deus expulsou
demônios. (Luc. 11:20; vide Atos 10:38.) Ele testificou do fato que o
Pai, que estava nele, era quem operava as obras milagrosas.
4. Crucificação.
O mesmo Espírito que o conduziu ao deserto e o sustentou ali,
também lhe deu força para consumar seu ministério sobre a cruz,
onde, "pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus"
(Heb. 9:14). Ele foi à cruz com a unção ainda sobre ele. O Espírito
manteve diante dele as exigências inflexíveis de Deus e o inflamou de
amor para com o homem e zelo para com Deus, para prosseguir,
apesar dos impedimentos, da dor e das dificuldades, para efetuar a
redenção do mundo. O Espírito Santo encheu-lhe a mente de ardor,
zelo e amor persistentes, os quais o conduziram a completar seu
sacrifício. Seu espírito humano estava de tal modo saturado e elevado
pelo Espírito de Deus que vivia no eterno e invisível, e pôde "suportar a
cruz, desprezando a afronta" (Heb. 12:2).
5. Ressurreição.
O Espírito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo.
(Rom. 1:4; 8:11.) Alguns dias depois desse evento, Cristo apareceu a
seus discípulos, soprou sobre eles, e disse: "Recebei o Espírito Santo"
(João 20:22; vide Atos 1:2). Essas palavras não podem significar o
revestimento de poder pelo qual o Senhor, antes de sua ascensão, lhes 121
havia mandado que esperassem. Alguns eruditos crêem que esse sopro
foi meramente um símbolo daquilo que havia de ocorrer cinqüenta dias
depois, isto é, um lembrete do Pentecoste vindouro.
Outros crêem que algo de positivo foi concedido aos discípulos, nesse
ato. Uma comparação com Gên. 2:7 indica que o sopro divino
simboliza um ato criador. Mais tarde Cristo é descrito como um
espírito vivificante, ou o que dá vida. (1 Cor. 15:45.) é de supor que
nessa ocasião o Senhor da vida fizesse conhecer a seus discípulos,
por experiência, "o poder de sua ressurreição"?
Os onze discípulos seriam enviados ao mundo para cumprirem uma
nova missão; continuariam a obra de Cristo. Em si mesmos eram
incapazes para tal missão, assim como um corpo inanimado é incapaz
de efetuar as funções dum homem vivo. Dai inferimos a necessidade
do ato simbólico de dar a vida. Assim como a humanidade antiga
recebeu o sopro do Senhor Deus, assim também a nova humanidade
recebeu o sopro do Senhor Jesus. Se concedermos que nessa ocasião
houve uma verdadeira concessão do Espírito, devemos lembrar,
porém, que não foi a Pessoa do Espírito Santo que foi comunicada,
mas a inspiração de sua Vida.
O Dr. Westcott assim frisa a distinção entre o Dom da Páscoa e o
"Dom do Pentecoste": "O primeiro corresponde ao poder
da Ressurreição, e o outro ao poder da Ascensão." Isto é, o primeiro é a
graça vivificante; o outro é a graça de dotação.
6. Ascensão.
Notem os seguintes três graus na concessão do Espírito a Cristo:
1) Na sua concepção, o Espírito de Deus foi, desde esse momento,
o Espírito de Jesus, o poder vivificante e santificador, pelo
qual ingressou na sua carreira de Filho do homem e pelo qual viveu
até o fim.
2) Com o passar dos anos começou uma nova relação com o Espírito.
O Espírito de Deus veio a ser o Espírito de Cristo no sentido de que
descansava sobre ele para exercer seu ministério messiânico.
3) Depois da ascensão, o Espírito veio a ser o Espírito de Cristo no
sentido de ser concedido a outros. O Espírito veio para habitar em
Cristo, não somente para suas próprias necessidades, mas também
para que ele o derramasse sobre todos os crentes. (Vide João 1:33 e
note-se especialmente a palavra "repousar".) Depois da ascensão o
Senhor Jesus exerceu a grande prerrogativa messiânica que lhe foi
concedida — enviar o Espírito sobre outros. (Atos 2:33; vide Apo. 5:6.)
Portanto, ele concede a bênção que ele mesmo recebeu e desfruta, e
nos faz co-participantes com ele mesmo. Assim é que não somente
lemos acerca do dom, mas também da "comunhão" do Espírito Santo,
A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo por ocasião de sua
última refeição de Páscoa, na companhia dos discípulos (com
frequência chamada de “Ultima Ceia”), apenas horas antes de ser
crucificado (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-26).
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou
no meio deles” (Mt 18.20). Portanto, Ele é o convidado invisível de cada
celebração da Ceia do Senhor.
Deus, onde Jesus prometeu beber de novo do fruto da videira (Mc 125
14.25). E muito provável que este versículo se refira à “bodas do
Cordeiro” (cf. Mt 8.11; 22.1-14; Lc 13.29; Ap 19.7).
126
Notemos, entretanto, que a Bíblia não diz quem estava tomando a Ceia
do Senhor de maneira indigna, para que parassem de fazê-lo. Antes,
devemos examinar “a nós mesmos”, “julgando-nos a nós mesmos” e
esperando “uns pelos outros” (1 Co 11.28,31,33). Em outras palavras,
devemos esperar até que possamos reconhecer o Corpo de Cristo nos
outos e participar da Ceia do Senhor na unidade do amor e da fé,
honrando a Cristo e à Palavra de Deus. Na realidade, é pior para o
crente recusar-se a tomar do que participar da Ceia do Senhor de
maneira indigna. Ao recusar-se a participar, uma pessoa estará
dizendo: Recuso arrepender-me e a crer que o corpo e o sangue de
Cristo foram o sacrifício eficaz de que preciso para a purificação dos
meus pecados.
Referências 127
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