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da Aprendizagem
SUMÁRIO
Aula nº5. Data: 23 de Março de 2012 – (Sexta,15.30h- 17.30h)
1. Noção de Desenvolvimento Humano
1.1. Conceitos e modelos do Desenvolvimento
2. Abordagem de algumas teorias explicativos do
desenvolvimento infantil e das suas implicações na
aprendizagem:
O processo é sempre o mesmo. A criança vai incorporando os novos objectos percebidos aos
esquemas de acção já formados (assimilação – consiste em interpretar novas experiências em
termos das estruturas mentais existentes sem que estas se alterem), mas por outro lado estes
esquemas de acção vão-se transformando (acomodação – consiste em alterar as estruturas
mentais existentes para integrar novas experiências) em função da assimilação e da
acomodação (Piaget, 1990).
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Abordagem do desenvolvimento perspectivado por várias teorias
psicológicas: Estádios do desenvolvimento segundo Piaget
IMPORTANTE
Esta “permanência” para surgir tem que ser precedida por um conjunto de
experiências com qualidade que resultam de um ambiente estimulante.
10 Psicologia do Desenvolvimento e da aprendizagem
Piaget e os estádios
Representação simbólica – 18/24 m – (através da combinação mental e não
pelo uso do tacto, o bebé representa mentalmente os acontecimentos e
objetos através do uso de símbolos. Passa-se da inteligência sensório-
motora para a inteligência simbólica.
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Sub-estádio Idade características exemplos
Designação (meses)
1 – exercícios reflexos 0-1 Exercícios dos reflexos Sucção começa logo que sente o mamilo
2 – reacções circulares primárias 1-4 Repetição dos reflexos (centrado no próprio corpo) Mamar no biberão
3 – reacções circulares secundárias 4-8 Mais interessados no ambiente. Repetem acções com Puxar alguma coisa e vê-la cair. Início da
resultados interessantes permanência do objecto
4 – coordenação de esquemas secundários 8-12 Actos intencionais dirigidos a objectivos Puxar um cordel de uma caixa de música. Procura o
objecto sempre no mesmo local
5 – reacções circulares terciárias 12-18 Curiosidade e experimentação. Exploram activamente o Solução para os problemas por tentativa e erro.
meio envolvente Procura objecto no último local onde foi escondido
se vir os deslocamentos
6 – associações mentais 18-24/30 Representação mental dos acontecimentos. Pensa e Conceito de objecto desenvolvido, procura em
antecipa acontecimentos. todos os locais possíveis
1º subestádio-Reflexos:
Os primeiros esquemas de acção ou sensório-motores são os
reflexos inatos (sucção, preensão, audição, visão, olfacto, o
tacto e o paladar) que se vão transformando, pela estruturação
do espaço e do tempo, em imagens mentais que a criança
guarda e que vai começar a usar com intencionalidade.
Durante este período, o pensamento sofre uma transformação qualitativa. As crianças deixam de estar
circunscritas ao seu meio sensorial imediato. Surge a possibilidade de representação elementar (acções,
percepções coordenadas interiormente).
Aumento substancial da capacidade de armazenamento de imagens;
Nesta fase as crianças são profundamente egocêntricas e isso manifesta-se na sua forma de expressão
linguística;
Ex: amigos imaginários; histórias mirabolantes; tem conversas consigo próprias ou com objectos
inanimados.
Dois subestádios:
Pré-conceptual (2-4). Nele se destaca o egocentrismo intelectual, ou seja, a criança acha que o mundo
foi criado para ela; Não consegue compreender as relações entre as coisas nem o ponto de vista dos
outros. Acha que a lua a segue…
e
Pensamento intuitivo (4-6) – pensamento subjectivo, imediato e directo, não reversível sem lógica
do conjunto, percepcionando um acontecimento em partes separadas.
As crianças neste período não se preocupam com a precisão mas dedicam-se a imitar e a experimentar. A
vantagem do modo intuitivo é que as crianças são capazes de livres associações, fantasias e significados
únicos ilógicos.
A estrutura mental é amplamente intuitiva e imaginativa; O pensamento intuitivo é muito importante para o
desenvolvimento da criatividade.
Nesta fase no entanto, a criança já tem um pensamento que lhe permite distinguir entre o real e
o imaginário. Podendo já aprender sequências de números e algumas letras, começando a
emergir alguns atributos do estágio seguinte.
Os educadores têm um papel vital na forma como apresentam o mundo ,definindo a forma de pensar
da criança em contexto social.
Ao nível da linguagem as crianças neste período não se preocupam com a precisão mas dedicam-se a
imitar sons e a experimentar e dizer muitas palavras diferentes. A vantagem do modo intuitivo é que as
crianças são capazes de livres associações, fantasias e significados únicos ilógicos.
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Características e estrutura formal do
raciocínio do pré-operatório
• Centração – a criança centra-se na dimensão mais saliente (eg. prova
dos líquidos)
• Egocentrismo (não distingue o ponto de vista do próprio do ponto de vista dos outros)
• Irreversibilidade (não percebe a existência de uma operação que anula outra - eg.
Prova dos líquidos)
As actividades agora podem ter regras e estas são lei que não podem ser
alteradas.
BIBLIOGRAFIA
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TAVARES, J. & ALARCÃO, I. (2005). Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Coimbra:
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TAVARES, J., Pereira, A.S., Gomes, A.A., Monteiro, S. e Gomes, A. (2007). Manual de Psicologia do
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SOARES, I. (2009). Relações de vinculação ao longo do desenvolvimento. Braga: Psiquilibrios.
SPRINTHALL, N. A. & SPRINTHALL, R. C. (1993) Psicologia Educacional. Uma abordagem
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