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1. Ossos
O osso, ou tecido ¢sseo, uma forma r¡gida de tecido conectivo que forma a ma
ior parte do esqueleto. O sistema esquel tico ou esqueleto (G. seco) do adulto con
siste em mais de 200 ossos que constituem a estrutura de sustenta Æo do corpo.
Algumas cartilagens tamb m sÆo inclu¡das no sistema esquel tico ( p. ex., as car
tilagens costais que unem as extremidades anteriores das costelas ao esterno).
As liga äes entre os componentes do esqueleto sÆo denominadas articula äes; a maioria dela
s permite movimento.
O sistema esquel tico consiste em duas partes principais; (1) o esqueleto
axial, composto do cr nio, coluna vertebral, esterno e costelas e (2) o esqueleto
apendicular, formado pelos c¡ngulos peitoral e p lvico e ossos dos membros.
O estudo dos ossos denominado osteologia. Embora os ossos estudados no l
aborat¢rio sejam sem vida e secos, devido a remo Æo das suas prote¡nas, os ossos sÆo ¢rgÆos
vos no corpo que mudam consideravelmente ... medida que se envelhece.
A exemplo de outros ¢rgÆos, os ossos possuem vasos sangu¡neos, vasos linf tico
s e nervos e podem ser comprometidos por doen as.
Osteomielite uma inflama Æo da medula ¢ssea e osso adjacente. Quando quebrado
ou fraturado, o osso cicatriza. Ossos nÆo usados, p. ex. num membro paralisado, so
frem atrofia (isto , tornam-se mais finos e mais fracos). O osso pode ser absorvi
do, como ocorre ap¢s a perda ou extra Æo de dentes. Os ossos tamb m sofrem hipertrofia (
ou seja, tornam-se mais espessos e fortes) quando t m um maior peso para sustentar
.
Ossos de pessoas diferentes exibem varia äes anat"micas. Variam de acordo co
m a idade, sexo, caracter¡sticas f¡sicas, sa£de, dieta, ra a e com diferentes condi äes gen
cas e endocrinol¢gicas.
As varia äes anat"micas sÆo proveitosas na identifica Æo de restos esquel ticos, um
aspecto da medicina forense ( a rela Æo e aplica Æo de fatos m dicos aos problemas legais)
.
Os ossos vivos sÆo tecidos amold veis que cont m componentes org nicos e inorg n
icos. Consistem essencialmente em material intercelular impregnado de subst ncias
minerais, principalmente fosfato de c lcio hidratado, isto , Ca3 (PO4)2.
As fibras col genas no material intercelular conferem aos ossos elastici
dade e resist ncia, enquanto os cristais de sais na forma de tubos e bastäes lhe con
ferem dureza e alguma rigidez. Quando um osso descalcificado no laborat¢rio por su
bmersÆo, por alguns dias, em cido dilu¡do, seus sais sÆo removidos, por m o material or
g nico permanece. O osso ret m sua forma, mas est tÆo flex¡vel que se pode dar um n¢. Um
osso calcinado tamb m ret m sua forma, mas seu tecido fibroso destru¡do. Em consequ ncia
, torna-se quebradi o, inel stico e esmigalha-se facilmente.
A quantidade relativa de subst ncia org nica para inorg nica nos ossos varia c
om a idade. A subst ncia org nica maior na inf ncia; por isso, os ossos de crian as curv
am-se um pouco.
Em alguns dist£rbios metab¢licos como o raquitismo e osteomal cia, h uma ca
lcifica Æo inadequada da matriz dos ossos. Como o c lcio confere dureza aos ossos, a
s reas nÆo-calcificadas arqueiam-se um pouco, particularmente se sÆo ossos que sust
entam peso. Isso acarreta deformidades progressivas, como o joelho valgo.
Embora o diagn¢stico de raquitismo seja sugerido pelo alargamento cl¡nico no
s locais das placas de cartilagem epifis ria, o diagn¢stico confirmado pelas t¡picas
altera äes radiogr ficas que ocorrem nas extremidades em crescimento dos ossos long
os e costelas nesses pacientes.
As fraturas sÆo mais comuns em crian as que em adultos, devido ... combina Æo de
seus ossos mais delgados e atividades descuidadas. Felizmente, muitas dessas fr
aturas sÆo muito finas ou do tipo em galho verde, que nÆo sÆo graves. Numa fratura em
galho verde, o osso quebra como um ramo de salgueiro.
As fraturas da placa de cartilagem epifis ria sÆo graves porque podem resu
ltar na fusÆo prematura da di fise e ep¡fise, com subsequente encurtamento do osso;
p. ex. , a fusÆo prematura de uma ep¡fise radial acarreta um desvio radial progressi
vo da mÆo ... medida que a ulna continua a crescer. A exist ncia de ep¡fises nÆo-fundida
s em pessoas jovens pode ser muito proveitosas no tratamento delas; p. ex., a co
loca Æo de grampos atrav s da placa de cartilagem epifis ria no joelho interrompe o cr
escimento no membro inferior. SÆo os ossos da perna normal que sÆo grampeados para p
ermitir que os ossos da perna curta alcancem a primeira.
Felizmente, as fraturas se consolidam mais rapidamente em crian as que em
adultos. Uma fratura femoral ocorrida ao nascimento est unida em tr s semanas, en
quanto que a uniÆo demora at 20 semanas em pessoas de 20 anos ou mais.
Durante a idade avan ada, os componentes org nico e inorg nico do osso se redu
zem, produzindo uma condi Æo denominada osteoporose. H uma redu Æo na quantidade de os
so (atrofia do tecido esquel tico) e, em consequ ncia, os ossos das pessoas idosas p
erdem elasticidade e fraturam facilmente. Por exemplo, as pessoas senis podem tr
ope ar numa pequena sali ncia enquanto andam, sentir ou ouvir o colo do seu f mur (oss
o da coxa) quebrar e cair no chÆo. As fraturas do colo do f mur sÆo especialmente comu
ns em mulheres idosas, porque a osteoporose mais intensa nelas do que nos homens
idosos.
TIPOS DE OSSO
H dois tipos principais de osso, esponjoso e compacto, mas nÆo h limite
s preciosos entre os dois tipos, uma vez que as diferen as entre eles dependem da
quantidade relativa de subst ncia s¢lida e do n£mero e tamanho dos espa os em cada um de
les.
Todos os ossos t m uma arruma Æo externa de subst ncia compacta ao redor de uma
massa central de subst ncia esponjosa, exceto onde a £ltima substitu¡da , por uma cav
idade medular ou um espa o a reo, p. ex., os seios paranasais.
A subst ncia esponjosa consiste em trab culas finas e irregulares de subst nci
a compacta que se ramificam e se unem umas com as outras para formar espa os inter
comunicantes, que sÆo preenchidos com medula ¢ssea. As trab culas da subst ncia esponjos
a sÆo arranjadas em linhas de pressÆo e tensÆo. Nos adultos h dois tipos de medula ¢sse
a, vermelha e amarela.
A medula ¢ssea vermelha ativa na forma Æo de sangue (hematopoese), ao passo qu
e a medula ¢ssea amarela sobretudo inerte e gordurosa. Na maioria dos ossos longos
h uma cavidade medular no corpo ou di fise, que cont m medula ¢ssea amarela na vid
a adulta. Na medula ¢ssea amarela, a maior parte do tecido hematopo tico, foi substi
tu¡da por gordura.
A subst ncia compacta parece s¢lida, exceto por espa os microsc¢picos. Sua estru
tura cristalina lhe confere dureza e rigidez e torna-se opaca ao raio-X.
Classifica Æo dos ossos. Os ossos podem ser classificados regionalmente como
axiais (cr nio, v rtebras, costelas e externo) ou apendiculares (ossos dos membros
superiores e inferiores e ossos associados a estes).
Tamb m se classificam os ossos de acordo com sua forma.
1. Os ossos longos sÆo de forma tubular e possuem um corpo (di fise) e dua
s extremidades, que sÆo c"ncavas ou convexas. O comprimento dos ossos longos maior
que sua largura, embora alguns ossos longos sejam pequenos (p. ex., nos dedos).
As extremidades dos ossos longos articulam-se com outros ossos;
assim, elas sÆo dilatadas, lisas e cobertas com cartilagem hialina. Geralmente, a
di fise de um osso longo oca e tipicamente apresenta tr s margens separando suas t
r s faces.
2. Os ossos curtos sÆo de forma cub¢ide e encontrados apenas no p e no pulso,
p. ex., os ossos do carpo. Apresentam seis faces, das quais quatro ou menos sÆo a
rticulares e duas ou mais sÆo para fixa Æo de tendäes e ligamentos e para entrada de vas
os sangu¡neos.
3. Os ossos planos consistem em duas placas de osso compacto com osso es
ponjoso e medula entre elas, p. ex., os ossos da calv ria (ab¢bada craniana), o ex
terno e a esc pula (exceto pela parte delgada desse osso). O espa o medular entre
as l minas externa e interna dos ossos planos do cr nio conhecido como d¡ploe (G. dupl
o).
A maioria dos ossos planos ajuda a formar paredes de cavidades (
p. ex., a cavidade do cr nio); por isso, a maior parte deles levemente encurvada a
o inv s de plana. No in¡cio da vida, um osso plano consiste numa fina camada de subs
t ncia compacta, por m a medula (p. ex., d¡ploe) surge no seu interior durante a segun
da inf ncia, resultando em camadas compactas de cada lado da cavidade medular.
4. Os ossos irregulares exibem formas variadas (p. ex., ossos da face e
v rtebras). Os corpos das v rtebras possuem algumas caracter¡sticas de ossos longos.
5. Os ossos pneum ticos cont m cavidades (c lulas) aer¡feras ou seios, p. ex.
, as c lulas aer¡feras mast¢ideas na parte mast¢idea do osso temporal e os seios paranas
ais. Evagina äes da membrana mucosa da orelha m dia e da cavidade do nariz invadem a c
avidade medular, produzindo, respectivamente, as c lulas aer¡feras e seios.
6. Os ossos sesam¢ides sÆo n¢dulos ¢sseos arredondados ou ovais que se desenvolv
em em certos tendäes (p. ex., a patela no tendÆo do quadr¡ceps da coxa, e o pisiforme
no tendÆo do flexor ulnar do carpo).
Tais ossos foram denominados sesam¢ides em virtude de sua semelhan a a semen
tes de s samo. SÆo comumente encontrados onde tendäes cruzam as extremidades dos ossos
longos nos membros. Protegem o tendÆo de um desgaste excessivo e mudam o ngulo do
tendÆo quando ele passa para se inserir. Isso resulta numa maior vantagem mec nica n
a articula Æo. A face articular de um osso sesam¢ide coberta de cartilagem articular,
enquanto o resto incrustado no tendÆo.
7. Os ossos acess¢rios desenvolvem-se quando surge um centro de ossifica Æo ad
icional dando origem a um osso, ou quando um dos centros usuais nÆo se funde ao os
so principal. A parte separada do osso da a impressÆo de um osso supranumer rio.
Os ossos acess¢rios sÆo comuns no p e importante conhec -los para que nÆ
sejam confundidos com lascas de ossos ou fraturas em radiografias.
8. Os ossos heterot¢picos sÆo aqueles que nÆo pertencem ao esqueleto principal
, mas podem desenvolver-se em certos tecidos moles e ¢rgÆos em decorr ncia de doen a. Es
se tipo de osso pode formar-se em cicatrizes, e uma inflama Æo cr"nica, caracter¡stica
da tuberculose, pode produzir tecido ¢sseo no pulmÆo.
ACIDENTES àSSEOS
A superf¡cie dos ossos nÆo lisa e polida nem mesmo em contorno, exceto nas
reas cobertas por cartilagem e onde os tendäes , vasos sangu¡neos e nervos passam em
sulcos (p. ex., o sulco intertubercular na cabe a do £mero e o sulco do nervo radia
l na sua di fise ).
Os ossos exibem uma variedade de sali ncias, depressäes e orif¡cios. Os aciden
tes encontrados em ossos secos em qualquer rea onde os tendäes, ligamentos e f sc
ia estavam fixados. A fixa Æo das fibras musculares de um m£sculo nÆo causam nenhum acid
ente num osso.
Os acidentes ¢sseos come am a tornar-se proeminentes durante a puberdade (12
... 16 anos) e ficam cada vez mais acentuados na idade adulta. Os acidentes rec
ebem nomes para ajudar a distingui-los.
Eleva äes. Os diversos tipos de eleva Æo nos ossos sÆo citados abaixo em ordem de
proemin ncia. Examine cada tipo num esqueleto.
Uma eleva Æo linear ou pouco saliente referida como uma linha (p. ex., a lin
ha [LMCCL1]nucal superior do osso occipital, e linha supracondilar medial). Lin
has muito proeminentes sÆo chamadas cristas (p. ex., a crista il¡aca, e a crista p£bic
a).
Uma eleva Æo arredondada denominada (1) tub rculo (pequena emin ncia saliente);
(2) protuber ncia (uma tumefa Æo ou calombo, p. ex., protuber ncia occipital externa). (
3) trocanter (uma grande eleva Æo romba, p. ex., o trocanter maior do f mur); (4) tube
rosidade ou t£ber (uma grande eleva Æo); e (5) mal olo (uma eleva Æo semelhante ... cabe a
um martelo).
Uma eleva Æo pontiaguda ou parte salientada chamada de espinha, p. ex., a es
pinha il¡aca ntero-superior, ou processo, p. ex., o processo espinhoso de uma v rteb
ra. As facetas (Fr. pequenas faces) sÆo pequenas reas ou superf¡cies de um osso, li
sa e planas, especialmente onde ele se articula com outro osso. As facetas art
iculares sÆo cobertas com cartilagem hialina (p. ex., as facetas de uma v rtebra).
Uma rea articular arredondada de um osso denominada cabe a (p. ex., a cab
e a do £mero) ou c"ndilo, p. ex., o c"ndilo lateral do f mur. Um epic"ndilo um process
o proeminente logo acima de um c"ndilo.
Depressäes. Pequenas concavidades nos ossos sÆo descritas como fossas, enqua
nto as depressäes estreitas e longas sÆo referidas como sulcos. Uma reentr ncia na mar
gem de um osso chamada de incisura, p. ex., a incisura do acet bulo.
Forames e Canais. Quando uma incisura fechada por um ligamento ou osso d
e modo a formar uma perfura Æo ou buraco, denominada forame (p. ex., forame magno).
Um forame que tenha extensÆo chamado de canal (p. ex., canal facial ). Um canal t
em um orif¡cio em cada extremidade. Um meato (uma passagem) um canal que entra num
a estrutura mas nÆo a atravessa, p. ex., o meato ac£stico externo ou canal auditivo
.