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Conta-se uma história sobre o encontro do Buda com um iogue que se vangloriava
de conseguir atravessar um rio a pé, caminhando por sobre as águas, o que
significava que seus poderes espirituais eram superiores aos do
Buda.
O iogue provou ser capaz de caminhar sobre a água e afirmou que precisou, no
mínimo, de vinte e cinco anos de rígido treinamento espiritual para dominar tal
poder. O Buda coçou a cabeça e indagou por que ele se dera a todo aquele
incômodo, uma vez que por apenas cinco rúpias o iogue poderia ter apanhado
uma barca.
Quando ficam sabendo que escrevi um livro sobre os anjos, é comum as pessoas
perguntarem: “Você é um anjo?” e “Você já chegou a ver um anjo?” Fico com a
impressão de que elas gostariam que eu entrasse num estado de arrebatamento e
proclamasse que um anjo me apareceu na mais brilhante luz imaginável, tão
intensa que mal pude ficar em pé, e que me disse para escrever um livro a fim de
que as pessoas pudessem ter essa mesma experiência.
Então noto que elas ficam um pouco desapontadas por eu não ter nenhuma
declaração sensacional a fazer, nenhuma explicação quanto ao modo como
escondo as minhas asas. Para responder a essas perguntas com sinceridade,
afirmo que, primeiro, sou um ser humano e me orgulho disso; segundo, não vi
nenhum anjo em todo o seu esplendor celestial.
Prefiro que os anjos deixem indícios sutis de sua existência que, quando
descobertos por mim, fortaleçam o meu crescimento interior; isto é mais
importante do que os acontecimentos externos ou uma visitação física.
A história sobre o Buda e o iogue que contei, demonstra como podemos nos
deixar levar pelos assim chamados milagres, ignorando o que nos cabe fazer
na vida diária. Afinal de contas, somos apenas humanos – o que em si e por si já é
um milagre! Não é preciso que os anjos se apresentem num arrebatamento para
transmitir-nos uma mensagem, e geralmente eles não o
fazem.
Ainda que o façam, isso não significa que nossos poderes espirituais sejam, no
mínimo, maiores do que antes. Se nos pusermos à cata de sinais e
fenômenos assombrosos como a única forma de conhecer os anjos (e de crescer
espiritualmente) , poderemos ficar completamente impermeáveis à mensagem
deles.
Obviamente, os anjos ajudam de maneira efetiva a co-criar milagres nas vidas dos
humanos. Todos nós temos diferentes experiências de vida, e o modo como
os anjos trabalham conosco será específico para cada um de nós.
Quando determinada coisa é nova, ela é excitante e intensa, mas ao fim de certo
tempo a excitação se desfaz porque nos tornamos habituados a ela. O infeliz
efeito colateral desse vício de entretenimento é que quando as
pessoas anseiam tanto por sentir, à vezes se entregam a sentimentos de dor,
sofrimento e ódio contra si mesmas.
Não existe, realmente, nada de mau num dia isento de sensações. Você pode
facilmente reverter a situação de modo a transformá-la em um período de
preparação interior e de cultivo para outras experiências mais ricas.
Nos dias “vazios”, lembre-se de que os anjos não estão de férias; na verdade, eles
podem estar atarefadíssimos, brincando com a sua mente e ajudando a
reprogramar seus pensamentos para os tempos divertidos que se
avizinham. Portanto, relaxe e aceite um ou dois dias, aqui e acolá, em que as
coisas não são exatamente divertidas e excitantes.
Prefiro não relatar alguns de meus casos angélicos, por achar que eles se
destinam ao meu estágio de aprendizado e perderiam muito ao serem traduzidos
em palavras. Minha amiga Shannon observou certa vez: “O motivo por que é
difícil falar com alguém sobre uma experiência com anjos é que você
realmente “tem de estar ali”.
Não estou aqui para modificar suas convicções. Fico satisfeita por todos
contarmos com nossas linhas de pensamento individuais. Imagine o quanto
seria enfadonho se todos acreditássemos nas mesmas coisas e todos aqueles
com quem nos relacionamos concordassem conosco!
Conta-se uma história sobre o encontro do Buda com um iogue que se vangloriava
de conseguir atravessar um rio a pé, caminhando por sobre as águas, o que
significava que seus poderes espirituais eram superiores aos do
Buda.
O iogue provou ser capaz de caminhar sobre a água e afirmou que precisou, no
mínimo, de vinte e cinco anos de rígido treinamento espiritual para dominar tal
poder. O Buda coçou a cabeça e indagou por que ele se dera a todo aquele
incômodo, uma vez que por apenas cinco rúpias o iogue poderia ter apanhado
uma barca.
Quando ficam sabendo que escrevi um livro sobre os anjos, é comum as pessoas
perguntarem: “Você é um anjo?” e “Você já chegou a ver um anjo?” Fico com a
impressão de que elas gostariam que eu entrasse num estado de arrebatamento e
proclamasse que um anjo me apareceu na mais brilhante luz imaginável, tão
intensa que mal pude ficar em pé, e que me disse para escrever um livro a fim de
que as pessoas pudessem ter essa mesma experiência.
Então noto que elas ficam um pouco desapontadas por eu não ter nenhuma
declaração sensacional a fazer, nenhuma explicação quanto ao modo como
escondo as minhas asas. Para responder a essas perguntas com sinceridade,
afirmo que, primeiro, sou um ser humano e me orgulho disso; segundo, não vi
nenhum anjo em todo o seu esplendor celestial.
Prefiro que os anjos deixem indícios sutis de sua existência que, quando
descobertos por mim, fortaleçam o meu crescimento interior; isto é mais
importante do que os acontecimentos externos ou uma visitação física.
A história sobre o Buda e o iogue que contei, demonstra como podemos nos
deixar levar pelos assim chamados milagres, ignorando o que nos cabe fazer
na vida diária. Afinal de contas, somos apenas humanos – o que em si e por si já é
um milagre! Não é preciso que os anjos se apresentem num arrebatamento para
transmitir-nos uma mensagem, e geralmente eles não o
fazem.
Ainda que o façam, isso não significa que nossos poderes espirituais sejam, no
mínimo, maiores do que antes. Se nos pusermos à cata de sinais e
fenômenos assombrosos como a única forma de conhecer os anjos (e de crescer
espiritualmente) , poderemos ficar completamente impermeáveis à mensagem
deles.
Obviamente, os anjos ajudam de maneira efetiva a co-criar milagres nas vidas dos
humanos. Todos nós temos diferentes experiências de vida, e o modo como
os anjos trabalham conosco será específico para cada um de nós.
Quando determinada coisa é nova, ela é excitante e intensa, mas ao fim de certo
tempo a excitação se desfaz porque nos tornamos habituados a ela. O infeliz
efeito colateral desse vício de entretenimento é que quando as
pessoas anseiam tanto por sentir, à vezes se entregam a sentimentos de dor,
sofrimento e ódio contra si mesmas.
Não existe, realmente, nada de mau num dia isento de sensações. Você pode
facilmente reverter a situação de modo a transformá-la em um período de
preparação interior e de cultivo para outras experiências mais ricas.
Nos dias “vazios”, lembre-se de que os anjos não estão de férias; na verdade, eles
podem estar atarefadíssimos, brincando com a sua mente e ajudando a
reprogramar seus pensamentos para os tempos divertidos que se
avizinham. Portanto, relaxe e aceite um ou dois dias, aqui e acolá, em que as
coisas não são exatamente divertidas e excitantes.
Prefiro não relatar alguns de meus casos angélicos, por achar que eles se
destinam ao meu estágio de aprendizado e perderiam muito ao serem traduzidos
em palavras. Minha amiga Shannon observou certa vez: “O motivo por que é
difícil falar com alguém sobre uma experiência com anjos é que você
realmente “tem de estar ali”.