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RECIFE
2009
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Introdução
A história da Estação Ecológica do Tapacurá confunde-se com a própria
história da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Criada em 1975 por
iniciativa do Professor João Vasconcelos Sobrinho, foi instalada nas terras
onde funcionou entre 1917 a 1936 a antiga Escola Superior de Agricultura “São
Bento”, que deu origem à Universidade Federal Rural Pernambuco (UFRPE)
transferida em 1938 para o bairro de Dois Irmãos no Recife.
A foto mais antiga da Escola em 1915, antes da construção da igreja em 1917. Do lado
direito, ao fundo vê-se o outeiro de Pedro.
(fonte Álbum das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária - 1913-
1923. Friburgo/Alemanha: Tipographia Herder & Cia, 1923).
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Professor Associado do Departamento de Biologia da UFRPE. argus@db.ufrpe.br
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Professora Associada do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da UFRPE.
adelia@dmfa.ufrpe.br
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Prédio da Escola e seu jardim em 1922. (fonte Álbum das Escolas Superiores de
Agricultura e Medicina Veterinária - 1913-1923. Friburgo/Alemanha: Tipographia Herder & Cia,
1923).
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Professor aposentado da UFRPE, onde exerceu várias funções, destacando-se a Direção da Escola
Agrotécnica, no período de 1958 a 1968. Idealizou juntamente com o Professor Roldão Siqueira Fontes e
do Professor Vasconcelos Sobrinho a Campanha Nacional em prol da Preservação do Pau-brasil.
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escola, passando a chamar-se Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas, que foi
professor de Zootecnia, na Escola e na Escola Agrotécnica de São Lourenço
da Mata. Na Escola desenvolveu um grande interesse pelo estudo das
serpentes venenosas da região e também pela aplicação da diagnose com
base no exame da íris na medicina veterinária, conhecida como iridiologia,
como pode ser constatado pelo artigo de sua autoria intitulado “A diagnose
iridiana na medicina veterinária” (IKAS, 1930) publicado no jornal estudantil da
Escola “O Semeador”.
Dom Agostinho Ikas, chamado pelo povo de “Pai dos Pobres”, era a
figura mais conhecida e querida do Vale do Tapacurá. Muitas vezes
enfrentando rigoroso inverno a qualquer hora do dia ou da noite. Protegido por
capa e guarda-chuva, tendo em uma das mãos uma lanterna, saía da Escola
anexa à igreja, subindo e descendo ladeiras, para dar extrema-unção a um
moribundo, ou dar remédio a um enfermo, não importando se rico ou pobre,
branco ou preto, crente ou ateu (SOUZA, 2008).
Acometido de grave doença, foi transferido para o Mosteiro de São
Bento, em Olinda, falecendo em 3 de setembro de 1968, sepultado no piso do
pátio interno do Mosteiro, cuja laje contém os seguintes dizeres: “PA. D. In Sub,
Augustino Ikas, Pater Pauperum Vocatus. Natus in Markelsheim die 20 febr
1893, obit die 3 sept 1968” (SOUZA, 2008).
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INTRODUÇÃO
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O processo de conurbação é caracterizado por um crescimento que expande a cidade, prolongando-a
para fora de seu perímetro absorvendo aglomerados rurais e outras cidades.
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Medidas preliminares
Por ocasião da instalação da Estação Ecológica, foram convocados
todos os moradores com suas famílias (mulheres, filhos e agregados), para
receberem as primeiras informações sobre o significado e as finalidades de
uma Estação Ecológica, e sobre a colaboração que de todos eles se esperava.
Com este fim foram realizadas várias palestras de nível acessível ao
entendimento de todos, resultando alguns compromissos aceitos por aqueles
que quisessem continuar na área da Estação como seus funcionários. Esses
compromissos foram os seguintes:
Trabalhos de implantação
Cumpre trazer ao conhecimento deste Egrégio Conselho o que foi
realizado no decorrer deste primeiro ano de existência da Estação Ecológica do
Tapacurá. Iniciaremos pelas atividades administrativas para em seguida relatar
o que existe em andamento no campo das pesquisas.
Pesquisas em realização
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Trata-se da Professora Eneide Carvalho de Arruda.
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Situação financeira
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Visitantes
Para conhecimento das instalações e das finalidades da Estação, bem
como para coleta de dados informativos e noticiosos, visitaram a Estação
Ecológica do Tapacurá as seguintes pessoas: Dom Conrado e Dom Eugênio
do Mosteiro de São Bento de Olinda; TV Globo; Revista Veja; Revista
Manchete; Atlântica Cinematográfica; estudantes do Colégio São Bento de
Olinda; Padre Miguel Dankers da Congregação do Sagrado Coração; Professor
Zadoc da Fonseca, da Universidade Católica; Professor Evado Machado, da
Universidade de Minas Gerais; Professor Geraldo Mariz, da Universidade
Federal de Pernambuco; Dr. Elpídio Dias, do Departamento Estadual de
Estradas e Rodagens.
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guiado ao dito rumo de Loeste, e com outro marco pequeno da banda de Leste
do dito caminho, e fomos adeante com o dito rumo de Loeste, e com mil, e
duzentas braças, que he meia legoa de terra, pôs o demarcador dous marcos
de pedra a entrada de umas Tabocas em huma meia ladeira descendo para
hum ribeirinho, aonde havia algum Brazil junto a hum pao grande, que chamam
Supopira Mirim, e destes ditos ...cos de meya legoa correo o demarcador pelo
dito rumo de Loeste quatro centas, e des braças, e chegou com ellas o dito
demarcador a hum outeiro de Tabocas, que tinha muitas pedras cor de ferro, e
no cume do outeiro meteo o demarcador hum marco, ...por um marco de pedra
encostada a outra fixa com quatro testemunhas, e couza de tres braças para a
banda de Suloeste esta, hum pao de arco grande, e fomos adeante com o dito
rumo de Loeste, e com oito centas, e trinta braças dos marcos da meya legoa
chegamos ao rio Tapicuerahi entre dous engâs com huns coragatazes em cima
e do dito rio fomos correndo com o dito rumo, e com nove centas, e vinte
braças chegamos a uns penedos que estam na dita demarcaçam, e com mil e
duzentas braças, que he outra meya legoa, e com outra meia meya legoa
atras, fazem somma de dous mil, e quatrocentas braças, que he uma legoa de
terra, e chegou o demarcador com ella a hum caminho que vay para a matta do
Brazil, e no cabo della metteo o demarcador dous marcos de pedra grandes,
hum da banda do Sul do dito caminho, outro da banda do Norte, hum marco
com duas letras D.I. por marca, e por esta maneira ficou chea a legoa de terra
por este dito rumo. E ficaram dentro desta legoa alguns curraes que estam
apozentados nella, assistio a esta demarcaçam Diogo da Costa hereo nella,
que possue a terra de Francisco Fernandes do Porto: e destes ditos marcos o
demarcador foi correndo a segunda quadra pelo rumo do Norte por huns
outeiros de Tabocas, e com nove centas, e noventa braças chegamos a hum
outeiro, que tinha uma lagea alta da bando do Sul, e raza da banda do Norte,
aonde se descobria o curral dos Padres de Sam Bento, e outros ahi chegados,
a qual lagea fica por marco, e do dito marco, foi o demarcador correndo pelo
dito rumo do Norte, com nove centas, e quarenta braças, e chegamos ao cume
do dito outeiro, e outra lagea que fica Leste o este com o dito curral, e da
banda de Loeste da dita lagea esta um penedam muito alto, e grande que
descobre por sima de todo o matto couza de dês braças, pouco mais, ou
menos, da banda de Loeste da demarcaçam, o qual penedo fica tambem
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Leste, Oeste com o dito curral dos Padres da Ordem do Bemaventurado Sam
Bento: e fomos adeante com o dito rumo Norte, e com mil, e duzentas braças
que he meia legoa, chegamos a um outeiro razo de Tabocas, aonde metteo o
demarcador hum marco de pedra com duas testemunhas, o marco guiado ao
rumo do Norte, e deste dito marco de meya legoa foi o demarcador correndo
com o dito rumo do Norte, e depois de se acharem os Tabocas, entramos em
uma matta e com mil e trinta braças alem da meia legoa, que vem de ser duas
mil, e duzentas, e trinta braças, chegamos a um caminho de carro, que serve
de tirar pao Brazil, e da banda do Norte do dito caminho metteo o demarcador
hum marco de pedra com suas testemunhas guiado ao dito rumo do Norte, e
do dito marco, e caminho foi o demarcador correndo pelo dito rumo do Norte
com mais cento, e setenta braças, que vem a ser duas mil, e quatrocentas
braças, que he uma legoa, e passamos com as cento, e setenta braças por
huma covoada, que no cabo dellas faz como vargea, e se acabaram em sima
de hum outeiro em sima da vargea, aonde se acabou a legoa de terra da
segunda quadra, aonde metteo o demarcador hum marco guiado ao rumo do
Leste, e outro guiado ao rumo do Sul pegado ao de Leste, e por esta maneira
foi chea, e enteirada esta segunda quadra: e dos ditos marcos o dito
demarcador foi correndo a terceira quadra pelo rumo de Leste, e com trezentas
e vinte braças chegou o demarcador a hum rio de muitos penedos, e passando
o dito rio pelo dito rumo de Leste com quinhentas, e sincoenta braças,
chegamos a hum caminho de carro, por onde se tira pao Brazil, que era o
mesmo que havíamos passado com o segundo rumo, e da banda de Leste do
dito caminho de carro metteo o demarcador hum marco de pedra com suas
testemunhas, o marco guiado ao dito rumo, e do dito marco foi o demarcador
correndo o rumo de Leste, e com mil, e duzentas braças, que he meya legoa
de terra, chegamos com ella a uma matta, aonde estava hum pao muito
grosso, e fes o demarcador nelle umas moças por baliza, por haver muita
chuva nam foi o demarcador mais por diante, e por ser pouco necessario, e
daqui vai cortando a demarcaçam a Leste athe dar nos marcos da
demarcaçam da terra do dito Licenciado Gaspar Rodrigues Covas, e por essa
maneira ficou esta dita terra demarcada, e enteirada, sem haver duvida, nem
embargo algum, e o dito demarcador a deo por medida, e acabada a dita
medicam da terra aos vinte e sete de Janeiro da dita era, e a requerimento da
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Ruínas da Escola vistas da Pedra Grande em 2000 (foto de José Rodrigues Correia Filho).
Ruínas da Escola com a represa completamente seca, vendo-se à direita a ponte sobre o rio Tapacurá
que dava acesso à Escola (Foto de M.A.B. de Oliveira, 1994).
Pernambuco: no alto no centro Dom Pedro Roeser, diretor geral; à direita Dom Pedro Bandeira de Melo,
diretor; à esquerda Dom Hildebrando Schafer, secretário; à esquerda o homenageado Conselheiro João
Alfredo Correa de Oliveira; à direita o orador da turma Eng. Agr. Ulisses Cavalcanti de Melo; abaixo, a
direita o Eng. Agr. Felipe Carneiro Vieira da Cunha e à esquerda o Eng. Agr. Manuel Carneiro Leão;
abaixo da direita para a esquerda, o Eng. Agr. Renato Elísio de Gusmão Neves, Eng. Agr. Fernando da
Rocha Cardoso, Agr. João Higino de Carvalho, Agr. Salvador Nigro, Agr. João Gonçalves Carneiro,
abaixo à direita Eng. Agr. Gabriel Castelo Branco e à esquerda o Eng. Agr. Otávio Cabral de Vasconcelos.
açúcar, milho, feijão, inhame e mandioca em áreas da estação, que pela sua
extensão não pareciam lavouras de subsistência. Por outro lado a presença de
animais domésticos era muito freqüente, tais como cães, aves canoras
engaioladas, bois, vacas e cavalos.
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Durante os anos 70, os professores Galileu e Deoclécio em pesquisas de campo eram sempre
acompanhados pelo indispensável Mariola, técnico com imensa experiência de campo que armava as
redes de captura de aves e morcegos, realizava a marcação ou a taxidermia dos exemplares capturados.
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Uma importante presença na EET nesta época era a do técnico e taxidermista Paulo Francisco da Silva
(da Zoologia da UFRPE), que acompanhava o trabalho de campo de todos os pesquisadores e que além
de conhecer todas as áreas da Estação, tinha um vasto conhecimento da fauna local.
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Coleta de gafanhotos na EET em 2005 (de costas com a rede entomológica o Professor Cláudio
Câmara e o Professor Argus V. de Almeida).
Considerações finais
Na difícil conjuntura política do país nos anos 70 do século passado foi
fundada em 1975 a Estação Ecológica do Tapacurá, em plena ditadura militar,
que entre os seus objetivos tinha o desenvolvimento econômico do país a
qualquer preço, mesmo que este resultasse em impactos ambientais
gigantescos como foi o caso da construção das usinas nucleares de Angra e na
construção da estrada transamazônica.
Era o tempo do chamado “milagre brasileiro” com altíssimo índice de
crescimento econômico ou da palavra de ordem: “Brasil: ame-o ou deixe-o!”
como um aviso aos insatisfeitos.
Era o tempo em que o governo oficialmente comemorava as conquistas
da seleção brasileira de futebol e, ao mesmo tempo, praticava o assassinato e
a tortura de milhares de presos políticos nos porões dos órgãos de repressão.
Era o tempo em que os representantes da ditadura em encontros
internacionais faziam arrogantes declarações de que o Brasil preferia ter um
forte desenvolvimento econômico mesmo que isso representasse a destruição
do meio ambiente.
Era o tempo das universidades amordaçadas e ameaçadas
constantemente pelo decreto 477, que cassava professores, pesquisadores e
funcionários, prendendo estudantes até nas salas de aula. A própria
Universidade Rural sofreu ações repressoras, tais como a ocupação do
campus de Dois Irmãos por tropas para reprimir protestos estudantis, prisão e
assassinato de estudantes (como Odijas de Carvalho), cassação de
funcionários, tutela e controle dos órgãos superiores de deliberação
universitária e a presença constante de um órgão de informação dentro do
campus como a famigerada ASI (Assessoria de Segurança e Informação) que
se imiscuía na contratação de professores e funcionários fazendo o
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quem fosse flagrado repetindo o alarme. A Polícia Federal anunciou que estava
investigando a origem (nunca descoberta) do boato e fontes do governo do
Estado alegaram que o boato fora espalhado por terroristas.
O pânico durou cerca de duas horas, mas seu momento de maior
intensidade teve cerca de 30 minutos. Mais de 100 pessoas foram atendidas
nos serviços de emergência dos hospitais.
Passada a correria, técnicos da Companhia de Abastecimento de Água
informaram que um rompimento da Barragem de Tapacurá (que tem
capacidade para acumular 94 milhões de metros cúbicos de água em nada
sofrera com a enchente) traria conseqüências imprevisíveis para a cidade do
Recife.
Foi neste contexto que se deu a fundação da Estação Ecológica do
Tapacurá em 1975. O acontecimento em si não representava nenhuma
ameaça ao “status quo”. O próprio Vasconcelos Sobrinho e o conjunto de
autoridades universitárias e governamentais citado no relatório possuía um
perfil politicamente conservador.
Entretanto, era uma iniciativa que “remava contra a maré”. Ainda não
fazia parte da ideologia do “Brasil Grande” a organização e manutenção de
Unidades de Conservação. Basta ler o relatório de Vasconcelos Sobrinho para
perceber, por trás da retórica, as suas dificuldades de administração, para
conseguir verbas mínimas para a manutenção da Estação e para educar e
convencer os antigos funcionários em adotar uma postura conservacionista.
Por outro lado, torna-se evidente no seu relatório, a compreensão que
tinha sobre uma política ecológica, que poderíamos classificar de militante.
Como ele próprio se via como um “Dom Quixote da ecologia” que somos, a
lutar contra os “moinhos de vento” do poderio econômico e da política, com a
espada franzina da proteção à vida, à natureza, ao ambiente.”
Na sua compreensão, as ações conservacionistas da EET não deveriam
limitar-se à Estação, mas deveriam estender-se à toda sociedade, como ele
próprio escreveu: “para construir um núcleo de atuação ativo, capaz de
interferir beneficamente no sentido ecológico, em vastas áreas, e assim ampliar
de muito seu âmbito de atuação”. Como nas ações descritas por ele em seu
relatório, contra a pesca das tartarugas em Serinhaém, contra a construção de
um cinema em uma praça do Bairro Novo em Olinda e a posição da EET sobre
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a proteção das matas do grande Recife. Nestas ações, não era só o militante
ecológico que agia, era também um representante da EET.
Será que o Conselho da Estação teria compreendido as idéias de
Vasconcelos Sobrinho sobre o papel da EET? Duvidamos muito, com a
composição descrita no relatório, poucos membros poderiam ter compreendido
as suas idéias, tais como Gilberto Freyre, Costa Porto e Geraldo Mariz.
Então o que restou das intenções de Vasconcelos Sobrinho para a EET?
Se a Estação, ao longo dos seus 34 anos, não chegou a se transformar num
centro articulador das ações conservacionistas em Pernambuco, como
almejava Vasconcelos Sobrinho, tornou-se, em compensação, uma importante
Unidade de Conservação como área de pesquisas biológicas, como ele próprio
preconizava.
Por outro lado, é preciso reconhecer, que as idéias de Vasconcelos
Sobrinho como militante das causas ambientais influenciou, direta ou
indiretamente, diversos movimentos e organizações ambientalistas no Recife,
tais como a Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (ASPAN), o
movimento ecológico estudantil “Curupira” que atuou no campus da UFRPE
durante os anos 80 do século passado e atualmente o Grupo Árvores da
UFRPE, que congrega professores, técnicos e estudantes em ações
ambientais visando a proteção das árvores do campus, e que recentemente
prestou uma homenagem ao ecólogo. O grupo é coordenado pelas professoras
Maria de Fátima Vieira Santos (Departamento de Biologia) e Isabelle Meunier
(Departamento de Ciência Florestal).
Referências Bibliográficas
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CALDAS, Alberto Lins. Ensaio de ego-história – 1. Porto Velho: lathé biosa, ano
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FONSECA, Homero. Viagem ao planeta dos boatos. Rio: Editora Record, 1996.
MELLO, José Antonio Gonsalves de. Introdução. In: BRANDÃO, A.F. Diálogos
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MELLO, José Antonio Gonsalves de. Fontes para a história do Brasil holandês:
A economia açucareira. 2a ed. Recife: CEPE, 2004.