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01. Introdução
A palavra petróleo vem do latim, petrus, “pedra” e oleum, “óleo, extraído das rochas
denominadas de Rocha Reservatório. O petróleo apresenta-se em várias cores, variando
entre o negro e o castanho escuro, tendo caráter oleoso, inflamável, menos denso que a
água, com cheiro característico e composto basicamente por milhares de compostos
orgânicos, com predominância exclusiva dos hidrocarbonetos”. Quando a mistura contém
uma maior porcentagem de moléculas pequenas seu estado físico é gasoso e quando a
mistura contém moléculas maiores seu estado físico é líquido, nas condições normais de
temperatura e pressão.
O petróleo no seu estado natural é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de
hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre,
nitrogênio, oxigênio e metais). Os contaminantes são considerados como impurezas e
podem aparecer em toda a faixa de ebulição (destilação) do petróleo, mas tendem a se
concentrar nas frações mais pesadas.
São substâncias compostas somente por átomos de carbono (C) e de hidrogênio (H),
formando diversos tipos de moléculas.
(Óleo Parafínico)
(Óleo Naftênico)
(Óleo Benzênico)
No óleo cru pode aparecer também a combinação dos três tipos de hidrocarbonetos
acima mencionados, onde dessa maneira a classificação do óleo será determinado pela
predominância do tipo de hidrocarboneto.
Além dessa mistura de hidrocarbonetos, o óleo cru também contém, em proporções bem
menores, outras substâncias conhecidas como Contaminantes;
¨
Os heteroátomos (contaminantes) mais comuns são os átomos de enxofre (S),
nitrogênio (N), oxigênio (O), e de metais como níquel (Ni), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio
(Na) e vanádio (V), podendo inclusive estar combinados de muitas formas;
Abaixo uma tabela que exemplifica a composição elementar do óleo cru (% em peso)
Hidrogênio 11-14 %
Carbono 83-87 %
Enxofre 0,06-8 %
Nitrogênio 0,11-1,7 %
Oxigênio 0,1-2 %
Metais até 0,3 %
a) óleo doce - apresenta baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 % de sua massa);
b) óleo ácido - apresenta teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5 % de sua massa).
02.1. Exploração
a) Bombeamento Mecânico;
b) Injeção de Gás;
c) Injeção de Água.
(Bombeio Mecânico)
02.3. Transporte
Pelo fato dos campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos
dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção através de
embarcações, caminhões, vagões, ou tubulações (oleodutos e gasodutos).
02.4. Refino
O processo de refino é importante porque é a partir dele que ocorrerá a obtenção dos
mais diversos produtos utilizados nas mais variadas aplicações. São os chamados produtos
derivados do petróleo (gasolina, GLP, querosene, etc).
02.5. Distribuição
Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os gastos com
bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou acumulação de sólidos nas
tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.
Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado
Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos próprios campos
de produção (campos de petróleo).
(Emulsão água-óleo)
b) quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/l) de óleo;
04. Derivados
Outros derivados servirão ainda como matérias primas de várias indústrias, para a
produção de outros artigos (os produtos finais).
a) Gás Combustível;
b) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);
c) Gasolina;
d) Querosene;
e) Óleo Diesel;
f) Óleo Combustível;
g) Coque (utilizado em indústria de cimento e aço).
a) Nafta e Gasóleos;
b) Lubrificantes;
c) Asfalto;
d) Solventes domésticos e industriais, como aguarrás, querosene, etc;
b) Destilados Leves
c) Destilados Intermediários
d) Destilados Pesados
e) Resíduos
O gás natural ocorre em formações rochosas no subsolo terrestre, da mesma forma que
o petróleo, sendo até mesmo em alguns casos extraído com este. Quando o gás natural é
encontrado com o petróleo, é dito gás associado; quando o poço de gás não apresenta
petróleo, é dito gás não associado. O gás natural está presente também no petróleo, pois se
encontra dissolvido nele. É composto por hidrocarbonetos parafínicos (alcanos), desde os
de moléculas com o menor número de carbono - o metano (CH4) - até o pentano (C5H12).
Contém também quantidades pequenas de gases inertes como o dióxido de carbono (C02), o
nitrogênio (N), e em alguns casos pode apresentar pequenas quantidades de hélio (He).
A partir do gás natural bruto extraído diretamente do poço produtor, é possível obter
frações de hidrocarbonetos mais pesados, chamados de líquidos de gás natural (LGN).
Desses líquidos retira-se a gasolina natural e o GLP. A gasolina retirada do gás natural,
composta basicamente por hidrocarbonetos com cinco átomos de carbono, é bastante
"leve", ou seja, volátil, sendo seu uso apropriado para misturas com combustíveis
automotivos. O LGN é um dos produtos das UPGN’s (Unidade de Processamento de
Gás Natural)
O outro composto classificado como líquido de gás natural é o GLP, abreviação de gás
liquefeito de petróleo, que é uma mistura de propano (C3H8) e butano (C4H10). Chama-se
gás liquefeito, porque sob pressão moderada e temperatura ambiente, o produto engarrafado
encontra-se na forma líquida. Dessa maneira, ele é amplamente utilizado como combustível
de uso doméstico, comercial e industrial, e como combustível de empilhadeiras e tratores.
Também utilizado como produto petroquímico. O petróleo produz uma pequena quantidade
de hidrocarbonetos na faixa do GLP cujo total se situa no máximo de 2 a 2,5%. A
quantidade de GLP produzida direto da destilação é pequena e composta exclusivamente
por hidrocarbonetos parafínicos. A quantidade de GLP extraída do petróleo é aumentada
através de processos de craqueamento de produtos mais pesados, como no craqueamento
catalítico, no qual são gerados também olefinas como o propeno e o buteno.
Destilados Leves
Como regra geral, as parafinas normais apresentam valores baixos de 10, e esse valor
decresce à medida que o peso molecular aumenta. As isoparafinas (alcanos ramificados)
apresentam características antidetonantes melhores que as parafinas, e quanto mais
ramificações, melhor é o 10. As olefinas apresentam maior 10 do que as parafinas
correspondentes e os naftênicos (cadeias cíclicas) apresentam valores intermediários entre
parafinas e olefinas. Os compostos aromáticos são os que apresentam os maiores valores de
10.
Destilados Intermediários
O gasóleo antigamente era pirolisado para enriquecimento de gás artificial. Hoje em dia
a maior parte é utilizada como combustível ou então craqueada para obtenção de gasolina e
GLP.
O óleo diesel é um tipo especial de gasóleo com faixa de destilação entre 300C e 4210C.
Possui um conjunto de propriedades que permitem sua utilização em máquinas movidas por
motores de ciclo diesel.
Destilados Pesados
O termo óleo combustível abrange uma larga escala de produtos, que se estende do
querosene aos materiais viscosos. Por ser uma mistura complexa de substâncias químicas, a
sua classificação não pode ser rigidamente definida. No entanto, podemos separá-los em
dois tipos principais: os óleos combustíveis destilados, que possuem faixa de ebulição
definida, e os óleos residuais, que são resíduos da destilação e contêm frações asfálticas. Na
Resíduos
04. Refinaria
Numa indústria petrolífera, são as refinarias que geram os produtos finais a partir do
petróleo recebido dos campos de produção.
Nem todos os derivados são gerados de uma só vez e em um mesmo local na refinaria.
Quase sempre, eles são obtidos após uma seqüência de processos, chamados de
operações unitárias e que consiste em transformações de um ou mais fluidos (gás e/ou
líquido), que servem de entradas do processo, em outros fluidos, chamados saídas do
processo.
b) as necessidades de um mercado.
Durante a vida de uma refinaria, pode mudar o tipo de petróleo que ela recebe, como
também podem mudar as especificações (qualidade) ou a demanda (quantidade) dos
derivados por ela produzidos. Por isso pode-se dizer que toda refinaria tem um certo grau
de Flexibilidade, isto é, uma capacidade de reprogramação dinâmica na operação do seu
Esquema de Refino, que permite reajustar o funcionamento das Unidades para se adequar a
mudanças no tipo de óleo e nas necessidades do mercado e ambientais.
Geralmente uma refinaria apresenta o seguinte Esquema de Refino, que será abordado
nos próximos tópicos:
(Esquema Simplificado)
A) PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
B) PROCESSOS DE CONVERSÃO
• Viscorredução;
• Craqueamento Térmico;
• Coqueamento Retardado;
• Craqueamento Catalítico;
• Hidrocraqueamento;
• Reforma Catalítica;
• Isomerização e Alquilação Catalítica.
• Dessalgação Eletrostática;
• Tratamento Cáustico;
• Tratamento Merox;
• Tratamento Bender;
• Tratamento Dea/Mea;
• Hidrotratamento.
D) PROCESSOS AUXILIARES
• Geração de Hidrogênio;
• Recuperação de Enxofre;
O petróleo bruto, ou cru, deve ser submetido à destilação para que tenha seu potencial
energético efetivamente aproveitado. As “unidades de destilação” ou “refinaria de petróleo”
são as instalações onde se separam as diversas frações que compõem o petróleo cru através
da destilação, ou seja, nessas unidades as frações de petróleo são separadas em função da
diferença em suas faixas de ponto de ebulição. Normalmente as refinarias contam com duas
unidades de processo para efetuar a destilação do petróleo: Destilação Atmosférica e
Destilação a Vácuo.
Por ser um processo físico, não se espera que as propriedades físicas dos componentes
sejam modificadas, pois o sistema deve ser operado de forma a não permitir a ocorrência de
reações químicas. Porém, devido ás elevadas temperaturas de operação para a destilação
das frações mais pesadas, o craqueamento térmico nem sempre poderá ser totalmente
evitado.
Podemos concluir, que a Destilação do petróleo não pretende obter produtos puros e
diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são Frações, misturas ainda
complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, diferenciadas por suas faixas de ebulição.
O gás combustível é formado basicamente por uma mistura rica de metano e etano,
contendo menores quantidades de propano e butano. O gás combustível contém também
gases inorgânicos, entre os quais o gás sulfídrico (H2S).
Conhecido também como gás liquefeito do petróleo, é formado por uma mistura de
propano e butano que, embora gasosos á pressão atmosférica, são comercializados no
estado líquido, por isso a denominação de gás liquefeito do petróleo.
O GLP pode ser produto final, onde caso será armazenado em esferas ou produto
intermediário, indo para unidade de tratamento cáustico. O GLP tem sua maior utilização
como combustível doméstico, porém ele também pode ser utilizado como combustível
industrial, matéria-prima para obtenção de gasolina de aviação e insumo para a indústria
petroquímica.
Nafta é um termo genérico adotado na indústria petrolífera para designar frações leves
do petróleo, que abrange a faixa de destilação da gasolina e do querosene. A faixa de
destilação poderá variar de 200C a 2000C.
O fracionamento da nafta, nesses dois ou três cortes, depende da sua aplicação final.
Dessa forma a nafta pode ser produto final, armazenada em tanques (como nafta, gasolina
ou solvente) ou produtos intermediários, indo para unidade de tratamento cáustico, ou ainda
como carga para a unidade de reforma catalítica (para gerar gasolina de melhor qualidade).
A Nafta Leve é enviada para tanques, para mais tarde ser vendida como nafta
petroquímica, ou para ser utilizada na produção de gasolina automotiva.
A Nafta Pesada pode ser enviada para a Unidade de Reforma Catalítica para aumento
de octanagem (melhoria na qualidade da gasolina) para produção de gasolina, ou
diretamente para ser utilizada na mistura de gasolina;
Pode ser produto final, tanto como querosene de aviação (QAV) ou de iluminação ou
produto intermediário, indo para unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento). Para que
o querosene seja vendido como querosene de aviação é necessária a passagem pela unidade
de HDT.
Os gasóleos atmosféricos são conhecidos como diesel leve e pesado devido a sua
ampla faixa de destilação e constituem uma fração composta por hidrocarbonetos com faixa
de ebulição entre 150 a 4000C. Sua composição química é muito variável no que diz
respeito á distribuição dos hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos.
Podem ser produtos finais, indo como óleo diesel armazenado em tanque ou produtos
intermediários, alinhados para uma unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento) e,
depois como óleo Diesel para armazenamento;
Parte do resíduo de vácuo pode também servi de carga para o processo de produção de
coque de petróleo conhecido como u-coque. Dependendo do petróleo, pode-se produzir
diferentes tipos de coque com aplicações específicas.
Craqueamento Catalítico
Por isso existem os processos de Conversão, todos de natureza Química. Cada um deles
é realizado numa Unidade própria. O Craqueamento Catalítico é um exemplo importante
desses processos.
(Craqueamento Catalítico)
A U-CC tem como carga uma mistura de Gasóleos de Vácuo produzidos na Unidade
de Destilação.
a) Gás Combustível;
b) GLP;
c) Nafta;
d) Óleo Leve;
e) Óleo decantado.
Devido à carga da U-CC possuir, em geral, alto teor de enxofre, os produtos por ela
gerados possuem teores de enxofre acima do permitido pelas especificações de cada um
deles.
Por isso, com exceção do Óleo Decantado, todos os demais produtos da U-CC precisam
passar por processos específicos de tratamentos, para redução do teor de contaminantes (em
especial, de enxofre).
Gás Combustível - vai para a unidade de tratamento DEA (para remover H2S) e em
seguida queimado em fornos e/ou caldeiras na própria refinaria;
GLP - vai para a unidade de tratamento DEA (para remover H2S), em seguida para a
unidade de tratamento cáustico (para remover mercaptans) e, daí, para armazenamento em
esfera;
Nafta - vai para a unidade de tratamento cáustico (para remover H2S e mercaptans) e
daí para armazenamento em tanque de nafta ou gasolina;
Óleo Leve - vai para a unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento) e, daí, para
armazenamento, como óleo Diesel;
Óleo Decantado - embora também contenha enxofre em alto teor, não é tratado e,
normalmente, é misturado ao resíduo de vácuo (da destilação), compondo o óleo
combustível.
Por outro lado há a necessidade da sua formação, uma vez que é com sua combustão
que a unidade possui uma fonte de calor, usada para suprir a energia requerida no processo.
Portanto o processo é termicamente balanceado. A produção de coque está relacionada com
as características da carga e do catalisador, como também com o balanço térmico da
unidade.
A) Entrada de Carga
B) Pré-aquecimento
C) Craqueamento
Após a separação dos gases craqueados e o catalisador, os primeiros são enviados para
uma coluna de fracionamento onde, através da diferença de ponto de ebulição, são
separados a nafta (gasolina) e o GLP.
Após a separação, o GLP e a nafta, passam pela seção de tratamentos para que alguns
compostos de enxofre sejam removidos, pois tais compostos são excessivamente tóxicos ou
corrosivos.
Craqueamento Térmico
Coqueamento Retardado
Os produtos efluentes da torre são hidrocarbonetos leves na faixa de gás, GLP, gasolina
e frações mais pesadas que não foram craqueadas.
Viscorredução
A carga é constituída de óleos residuais pesados, que seriam adicionados aos óleos
combustíveis gerando produtos de baixa viscosidade e também frações leves como GLP e
gasolina. Atualmente é um processo que se encontra em desuso.
(Fluxograma da Viscorredução)
Reforma Catalítica
Alquilação Catalítica
Na Alquilação Catalítica também são geradas nafta pesada, propano e n-butano de alta
pureza como produção secundária.
a) melhoramento da coloração;
b) melhoramento do odor;
c) remoção de compostos de enxofre;
d) remoção de goma, resinas e materiais asfálticos;
e) melhoramento da estabilidade à luz e ao ar.
a) Tratamento DEA/MEA
b) Tratamento Cáustico;
c) Tratamento MEROX;
d) Tratamento BENDER;
d) Hidrotratamento.
Por exemplo: o GLP produzido a partir do craqueamento catalítico, por possuir elevado
teor de H2S, é submetido a um processo de extração com DEA (dietilamina), que substitui
a soda cáustica na extração do H2S, porém não extrai as mercaptans, sendo necessário uma
posterior extração com NaOH. O DEA é facilmente regenerável, liberando H2S por
simples aquecimento.
Já vimos que as frações mais pesadas têm a tendência de conter maiores concentrações
de contaminantes. Isso faz com que os produtos do Craqueamento Catalítico (que tem
essas frações como carga) sempre sejam tratados. Por sua vez, frações obtidas pela
Destilação podem até sofrer ou não tratamento, dependendo do teor de enxofre no petróleo.
Tratamento DEA
A DEA apresenta grande capacidade de regeneração, e pode ser substituída por MEA
(Monoetanolamina) em unidades cujas correntes não contenham sulfeto de carbonila
(SCO).
Tratamento Cáustico
Consiste na utilização de solução aquosa de NaOH para lavar uma determinada fração
de petróleo. Dessa forma, é possível eliminar compostos ácidos de enxofre, tais como H2S
e mercaptanas (R-SH) de baixos pesos moleculares.
Como carga, trabalha-se apenas com frações leves: gás combustível, GLP e naftas.
Gás Combustível
O Gás Combustível que vem da Destilação normalmente não é tratado , devido ao seu
baixo teor de contaminantes.
Porém, o Gás Combustível do Craqueamento possui alto teor de gás sulfídrico (H2S),
que é normalmente reduzido pelo chamado Tratamento DEA. Conforme verificado
anteriormente esse processo utiliza uma solução de dietanolamina (DEA), com a finalidade
de absorver o H2S e CO2 da mistura gasosa (a 350 °C). Posteriormente, essa solução, é
aquecida a 1200°C, liberando os contaminantes.
GLP
Dependendo do petróleo, o GLP da destilação pode não ser tratado. Porém, quando
necessário, ele passa pelo chamado Tratamento Cáustico, onde é utilizada uma solução de
soda cáustica (NaOH).
O GLP do Craqueamento, devido aos teores mais altos H2S e mercaptans, é tratado em
2 etapas:
1ª Etapa: passa pelo Tratamento DEA, para remover o H2S (mercaptans não são
removidos pela DEA);
Nafta
Tratamento MEROX
O processo conhecido como MEROX é aquele adotado para que se obtenha uma
regeneração da soda cáustica que retira o H2S. Dessa maneira o MEROX é um processo
que visa a economia do NaOH utilizado no tratamento cáustico.
O Tratamento MEROX pode ser aplicado a frações leves (GLP e nafta) e intermediárias
(querosene e diesel). Utiliza um catalisador organometálico (ftalocianina de cobalto) em
leito fixo ou dissolvido na solução cáustica, de forma a extrair as mercaptanas dos
derivados e oxidá-las a dissulfetos.
Tratamento BENDER
Hidrotratamento
O processo HDT é descrito para óleos lubrificantes básicos, mas pode ser aplicado aos
demais derivados após pequenas variações nas condições operacionais. As taxas de reação
são afetadas especialmente pela pressão parcial de hidrogênio.
(Fluxograma do Hidrotratamento)
Processos Auxiliares
CO + H2O → CO2 + H2
Opera com fornos e conversores de alta e baixa temperatura, para transformação do gás
de síntese gerado; os catalisadores empregados são à base de NiO-K2O, Fe3O4-Cr2O3 e
CuO-ZnO);
Recuperação de Enxofre
Na URE, mais de 93% do H2S é recuperado como enxofre líquido de pureza superior a
99,8%.
86. A gasolina e o óleo diesel são retirados na primeira etapa do processo de refino.
Resolução:
86. Errado - A primeira etapa do refino é a destilação, onde são obtidos os seguintes
produtos: Gás Combustível, GLP, Naftas, Querosene, Gasóleos Atmosféricos, Gasóleos
de Vácuo e Resíduo de Vácuo, conforme representação abaixo. A gasolina e o óleo
diesel são obtidos a partir de Processos de Conversão.
87. Certo - O gás ácido é um dos produtos do refino do petróleo presentes, por
exemplo, no GLP. O gás ácido presente no GLP é o H2S. Para e remoção do H2S do
GLP utiliza-se o processo de Tratamento com DEA. Assim o H2S aparece como um dos
produtos do Tratamento com DEA (ver fluxograma do processo - pág.38)
O Grau API é uma escala idealizada pelo American Petroleum Institute - API,
juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade
relativa do petróleo. Na verdade o Grau API mede a qualidade do petróleo, e a partir
dessa medição o petróleo poderá ser classificado em:
Petróleo leve ou de base Parafínica - Possui ºAPI maior que 31,1 - Contém, além de
alcanos, uma porcentagem de 15 a 25% de cicloalcanos. Os óleos parafínicos são
excelentes para a produção de querosene de aviação (QAV), diesel, lubrificantes e
parafinas.
Petróleo médio ou de base Naftênica - Possui ºAPI entre 22,3 e 31,1 - Além de
alcanos, contém também de 25 a 30% de hidrocarbonetos aromáticos. Os óleos
naftênicos produzem frações significativas de gasolina, nafta petroquímica, QAV e
lubrificantes.
Petróleo pesado ou de base Aromática - Possui ºAPI menor que 22,3 e é constituído,
praticamente, só de hidrocarbonetos aromáticos. Os óleos aromáticos são mais
indicados para a produção de gasolina, solventes e asfalto.
Podemos observar que quanto maior o Grau API, melhor a qualidade do petróleo e
maior mercado ele terá. Nesse caso o Petróleo Leve (Grau API maior que 31,1) é aquele
que apresenta melhor qualidade.
Além das maiores dificuldades para produção, o óleo pesado tem menor valor de
mercado, se comparado a um óleo leve, isso porque gera menos derivados nobres.
Outro fator de desvalorização dos óleos pesados é o elevado teor de ácidos naftênicos,
os quais, se não forem eliminados, podem causar graves problemas de corrosão nas
refinarias.
Esses hidrocarbonetos são, em geral, mais “leves” do que aqueles que compõem o
óleo diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica
(normalmente de 4 a 12 átomos de carbono).
O óleo diesel é formado através da mistura de diversas correntes como gasóleos, nafta
pesada, diesel leve e diesel pesado, provenientes das diversas etapas de processamento
do petróleo bruto.
26. De acordo com o processo apresentado, uma das soluções extratoras adequadas é
constituída por uma solução aquosa de:
Resolução:
Opção: c
III - alimentação da solução extratora pela parte inferior da torre, junto com a corrente
de gás.
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
Resolução:
Email: concursosvideos@yahoo.com.br
0**79 32177076 / 9963-5262